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TEORIAS DA INTERAÇÃO SOCIAL – A ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO DE ESTIGMAS SOCIAIS 1. O estigma, segundo Goffman (1978), não envolve unicamente a divisão entre sujeitos normais e sujeitos estigmatizados, mas sim uma complexidade maior que diz respeito a: um processo interativo entre o sujeito normal e o sujeito cumpridor das normas estabelecidas um conflito social gerado por normas cumpridas e não cumpridas uma interface entre o estigmatizado e o patológico um processo social de dois papéis, onde cada sujeito participa de ambos uma interação entre os papéis desempenhados pelo sujeito 2. ¿Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.¿ (ROCHA, E. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1988, p. 05) Sobre o conceito de etnocentrismo, assinale o que for correto Práticas xenofóbicas (de aversão aos estrangeiros) são exemplos do preconceito produzido pela radicalização de perspectivas etnocêntricas sobre o mundo social, pois indicam que determinado grupo se considera superior aos outros O racismo é um modo arbitrário de classificar as coletividades humanas a partir de determinadas características físicas, hierarquizando-as por meio de noções culturalmente produzidas sobre a suposta ¿superioridade racial¿ de certos grupos. O etnocentrismo foi um fenômeno característico das sociedades tradicionais, cuja organização social não permitia a assimilação do diferente ¿ com o advento da globalização, a discriminação deu lugar à compreensão das diferenças A produção de estereótipos sobre pessoas ou culturas diferentes da nossa é a melhor forma de combater o etnocentrismo, pois produz representações simples sobre os outros, facilitando o entendimento mútuo e promovendo a igualdade O estigma é uma condição, um traço ou um atributo indesejável nas relações sociais que desqualifica os indivíduos, ao identificá-los como ¿desviantes¿ ou ¿estranhos¿ aos valores tidos como ¿normais¿ em cada época Explicação: Saãs falsas as alternativas que apontam que o etnocentrismo é exclusiv de sociedades tradicionais e que o os estereotipos são a melhor a forma de se combater o etnocentrismo. 3. (Unespar 2016) "Ter uma visão de mundo, avaliar determinado assunto sob certa ótica, nascer e conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser homem ou mulher são algumas das condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e ideológica, e, consequentemente, na alteridade, isto é, no outro ser humano, que é igual a cada um de nós e, ao mesmo tempo, diferente". (TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010, p. 174) Observa-se, na sociedade contemporânea, um certo comportamento de intolerância para com o outro, sobretudo, o considerado diferente, isto é, tem ocorrido,especialmente na sociedade atual, uma visão do todo a partir das partes, quer dizer, indivíduos e grupos têm observado a realidade circunstancial por meio de sua ótica, de sua etnia e de seus valores de mundo. Esse comportamento é, de acordo com o sociólogo Summer, denominado de: Alteridade Xenofobia Etnocentrismo Ideologia Utilitarismo Explicação: Etnocentrismo, expressão usada em estudos sociologicos e antropológicos para o fenomeno de analisar um grupo, etinia ou cultura diferente a sua de forma a julgar as diferenças entre elas. V V F F V https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp 4. (Unespar 2015- adaptado) Diz uma anedota que o Sir James Frazer, importante antropólogo da época, ao ser perguntado se falaria algum dia com um selvagem, respondeu muito simples e sinceramente: Deus me livre! De fato, a sua teoria dispensava qualquer contato com o "outro", qualquer "trabalho de campo", pois que tudo já estava pronto. (ROCHA, Everaldo. O que é Etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense. 2000, p. 32-33.) De acordo com o texto é correto afirmar que: O etnocentrismo não considera o "outro", independentemente de sua condição O etnocentrismo estava em achar que o "outro" não era completamente dispensável como elemento de transformação da teoria O etnocentrismo estava em achar que o "outro" era completamente dispensável como elemento de transformação da teoria O etnocentrismo considera o "outro", bem como o valoriza a partir de sua localização cultural O etnocentrismo é importante para o desenvolvimento de uma teoria sociológica Explicação: O etnocentrismo estava em achar que o "outro" era completamente dispensável como elemento de transformação da teoria 5. Ato que quebra o princípio de igualdade, como distinção, exclusão, restrição ou preferências, motivado por raça, cor, sexo, idade, trabalho, credo religioso ou convicções políticas. Estamos nos referindo ao conceito de Preconceito Estigma Estereótipo Etnocentrismo Discriminação Explicação: Preconceito e discriminação muitas vezes são usadas como sinônimos, mas a discriminação é uma ação de tratamento diferenciado de forma a prejudicar o outro com base em caractarísiticas biológicas ou sociais. 6. Em seu clássico Estigma - Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, Erving Goffman considerou que o termo estigma é usado em referência a um atributo profundamente depreciativo, mas o que é preciso, na realidade, é uma linguagem de relações e não de atributos. Sobre o tema tratado pelo autor, é INCORRETO afirmar que: um dos tipos de estigma está ligado às abominações do corpo. há estigmas ligados às culpas de caráter individual, percebidas como vontade fraca,paixões tirânicas ou não naturais. por definição, acreditamos que alguém com um estigma não seja completamente humano. os estigmas tribais de raça, nação e religião não são transmitidos através de linhagem. Nenhuma das alternativas. 7. A favela é vista como um lugar sem ordem, capaz de ameaçar os que nela não se incluem. Atribuir-lhe a ideia de perigo é o mesmo que reafirmar os valores e estruturas da sociedade que busca viver diferentemente do que se considera viver na favela. Alguns oficiantes do direito, ao defenderem ou acusarem réus moradores de favelas, usam em seus discursos representações previamente formuladas pela https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp sociedade e incorporadas nesse campo profissional. Suas falas se fundamentam nas representações inventadas a respeito da favela e que acabam por marcar a identidade dos indivíduos que nela residem. RINALDI, A. Marginais, delinquentes e vítimas: um estudo sobre a representação da categoria favelado no tribunal do júri da cidade do Rio de Janeiro. In: ZALUAR, A.; ALVITO, M. (Orgs.). Um século de favela. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1998. O estigma apontado no texto tem como consequência o(a) distorção na representação política. enfraquecimento dos direitos civis. crescimento dos índices de criminalidade. aumento da impunidade criminal ineficiência das medidas socioeducativas. Explicação: Quando falamos em marginalizados, rotulados,estigmatizados e discriminados em nosso país precisamos, como sinalizamos durante toda aula, contextualizar com a uma estrutura social, política e econômica. Isso significa reconhecer a história do Brasil e das relações de poder que aqui se estabeleceram. Assim, conseguimos reconhecer que os grupos que nos referimos são os negros, as mulheres, os nordestinos, a população LGBT, os moradores de favela e de rua e todas as chamadas minorias políticas em nosso país. Esses são temas que hoje permeiam e tem grande relevância na sociologia brasileira.
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