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Prescrição: Intercambialidade de Medicamentos: O fármaco referência somente pode ser intercambiável com fármacos similares aprovados na listagem da Anvisa. O fármaco referência é intercambiável com o fármaco genérico. Os fármacos similares não são intercambiáveis entre si. Os fármacos genéricos e similares não são intercambiáveis. Bioequivalência: Consiste na demonstração de equivalência entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição de princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade O teste de bioequivalência é a demonstração de que um medicamento similar ou genérico e seu respectivo medicamento de referência apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. A bioequivalência na grande maioria dos casos assegura que o medicamento é equivalente terapêutico do medicamento referência, ou seja, que apresenta a mesma eficácia clínica para a resolução da doença que está sendo tratada. Tipos de Prescrição: Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP): Não necessitam de prescrição, mas devem ser utilizados de acordo com a orientação de um profissional farmacêutico. A embalagem deste medicamento não possui tarja, também denominados como OTC “over the corner” ou “sobre o balcão. Exemplo: Advil, Aspirina, Novalgina, etc. O MIP deve possuir reações adversas com casualidades conhecidas, baixo potencial de toxicidade e de interações medicamentosas. O MIP deve ser utilizado em curto período de tempo ou pelo tempo previsto em bula no caso de medicamentos de uso preventivo (não existem MIPs de uso contínuo). O MIP deve ser usado para o tratamento de doenças não graves e com evolução inexistente. O MIP deve ser de fácil manejo pelo paciente, cuidador ou mediante orientação pelo farmacêutico. O MIP deve apresentar baixo potencial de risco ao paciente. O MIP não deve possuir potencial de gerar dependência psíquica ou química. As regras para enquadramento de um medicamento como isento de prescrição estão na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 98/2016, que estão disponíveis no Portal da Anvisa. Medicamentos de Venda Sob Prescrição: Devem ser prescritos pelo profissional médico ou dentista e são divididos em dois grupos. ➔ Há os que são vendidos sem retenção e com retenção de receita. Com retenção de receita são medicamentos de uso controlado (psicotrópicos, antibióticos, alguns anti-inflamatórios), podem levar à dependência do medicamento e/ou a sérios efeitos colaterais, podem estar com a tarja vermelha ou preta. ➔ Medicamentos de Tarja Preta são entorpecentes ou psicotrópicos e outros relacionados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA Portaria 344/98) capazes de causar dependência física ou psíquica, além de alterarem o humor e o comportamento do usuário. Prescrição em odontologia: Notificação: ordem escrita ao paciente com indicações para o farmacêutico fornecer a medicação corretamente, e para o próprio paciente usá-la corretamente. A prescrição é um ato profissional em que o cirurgião-dentista se responsabiliza pelo paciente. Os responsáveis pela prescrição são os dentistas e os farmacêuticos, profissional que prescreveu junto ao farmacêutico. Tipos de Receituários: Receituário Comum: 1. Cabeçalho (impresso): Nome do Cirurgião-Dentista, Especialidade, Endereço e CRO 2. Super Inscrição: Nome do Paciente e Endereço 3. Inscrição, Sub Inscrição e Adscrição: Uso, Medicamento, Princípio Ativo, Posologia e Orientações 4. Riscar espaço branco para evitar adulteração 5. Data Assinatura e Carimbo Receituário Simples: é utilizado para a prescrição de medicamentos anódinos e de medicamento de tarja vermelha, com os dizeres venda sob prescrição médica, e segue regras descritas na Lei 5.991/1973 Medicamentos com notificação de receita para a Anvisa controlar onde aquela matéria prima e foi parar e a distribuição, rastreando pacientes e comprimidos, também são controlados devido ao tráfico. Medicamentos com notificação de receita e de controle especial, o prescritor receita apenas para a região e o farmacêutico só entrega na região, a receita apenas funciona por até 30 dias, são blocos numerados para controle. Notificação de Receituário Tipo A: Entorpecentes: ➔ Lista A1: como a morfina ➔ Lista A2: como a codeína e tramadol ➔ Lista A3: como metilfenidato Notificação de Receituário tipo B: Psicotrópicos: ➔ Lista B1: como Alprazolam, Diazepam e Midazolam Psicotrópicos Anorexígenas: ➔ Lista B2: Anfepramona, Femproporex e Mazindol Receituário de Controle Especial: Exemplos: Bupropiona, Carbamazepina, Sertralina, Clorpromazina, Clomipramina, Tramadol e Codeína No que concerne à prescrição de medicamentos, é vedado: ➔ Indicar atos desnecessários ou proibidos pela legislação do Brasil ➔ Receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível ➔ Assinar em branco folhas de receituários, laudos, atestados ou outros documentos ➔ Prescrever e aplicar medicamentos fora do âmbito da odontologia ou sem relação com o tratamento e acompanhamento odontológico Os mandamentos para a prescrição: ➔ Atentar ao uso e administração adequado de medicamentos. ➔ Anamnese e Diagnóstico corretos ➔ Droga Correta ➔ Dose Certa (posologia) ➔ Horário mais apropriado ➔ Via de Administração adequada Nomenclatura: Nome Químico [(2,3-diidro-1,5-dimetil-3-axo-2-fen il-1H-pirazol-4-il)metilamino] metanossulfônico (2S, 5R, 6R)-6-{[(2R)-2-amino-2-(4-hydro xyphenyl)- acetyl]amino}-3,3-dimethyl-7-axo- 2-thia-1-azabicyclo[3.2.0]heptane-2 -carboxylic acid Nome Genérico ou Denominação Comum Brasileira (DCB), ou na sua falta a Denominação Comum Internacional (DCI) Dipirona Amoxicilina Nome Comercial Novalgina, Anador Amoxil, Flemoxon, Novocilin Classe Terapêutica Analgésico Antibiótico A prescrição depende: de um amplo conjunto de fatores que dependendo do tipo de medicamento ou finalidade do uso, poderá ser prescrito por médicos, médicos-veterinários, cirurgiões-dentistas, enfermeiros e farmacêuticos. Contudo, todos os profissionais, devem escrever legivelmente e, sempre obedecendo aos artigos 35 e 41 da Lei 5.981 de 17 de dezembro de 1973 Legislação: Só terá validade as receitas que (artigo 35): ➔ Que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e, de modo legível, observados a nomenclatura oficial do medicamento e o sistema de pesos e medidas oficiais do medicamento, em português, em letra de forma, datilografada ou impressa por computador é aceitável ➔ Que contiver o nome e o endereço residencial do paciente, expressamente, o modo de usar medicação ➔ Posologia, apresentação, método de administração e duração do tratamento ➔ Que contiver a data e assinatura do profissional, endereço do consultório ou residência, e o número da inscrição no respectivo Conselho Profissional ➔ Ser assinadaclaramente e acompanhada do carimbo permitindo identificar o profissional em caso de necessidade ➔ Não deve conter rasuras e emendas. Não poderão ser feitas receitas ilegíveis, capazes de induzir erro ou troca na dispensação dos medicamentos e/ou que se apresentem em código. ➔ Parágrafo Único: O receituário de medicamentos entorpecentes ou a este equiparados e os demais sob regime de controle, de acordo com a sua classificação, obedecerá às disposições da legislação federal específica ➔ A resolução de CFF 357, de 20 de abril de 2001, determina ainda que o farmacêutico é o responsável pela avaliação do receituário e somente será dispensada a receita que não estiver seguindo o manual de orientação do farmacêutico em prescrição e dispensação de medicamentos utilizados em odontologia No que se refere à intercambialidade de medicamentos, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 16, de 02 de março de 2007, que estabelece critérios para a prescrição e dispensação de medicamentos genéricos, determina: ➔ No âmbito do SUS, as prescrições pelo profissional responsável adotarão, obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira (DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional (DCI) ➔ Nos serviços privados de saúde, a prescrição ficará a critério do profissional responsável, podendo ser realizada sob Denominação Comum Brasileira (DCB) ou na sua falta sob Denominação Comum Internacional (DCI) ou sob nome comercial ➔ No caso de o profissional prescritor decidir pela não intercambialidade de sua prescrição, a manifestação deverá ser efetuada por item prescrito, de forma clara, legível e inequívoca, devendo ser feita de próprio punho, não sendo permitidas outras formas de impressão Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): para o processo de prescrição racional de medicamentos, é necessário a observância de seis etapas: 1. Primeira Etapa: O profissional de saúde deve coletar informações do paciente, e investigar e interpretar seus sinais e sintomas, para realizar o diagnóstico (anamnese e diagnóstico) 2. Segunda Etapa: A partir do diagnóstico, o profissional de saúde deve especificar, os objetivos terapêuticos, o quê e porquê 3. Terceira Etapa: Selecionar o tratamento que considerar mais eficaz e seguro para aquele paciente 4. Quarta Etapa: O ato da prescrição pode conter medidas medicamentosas e/ou medidas não medicamentosas que muitas vezes contribuem sobremaneira para a melhoria das condições de saúde do paciente 5. Quinta Etapa: Após escrever a prescrição o profissional deve informar o paciente sobre a terapêutica selecionada 6. Sexta Etapa: Por fim, combinar nova consulta para o monitoramento do tratamento proposto, retorno Propriedades da Droga Ideal: ➔ Efetividade ➔ Segurança ➔ Seletividade: mínimo de interação ao longo do sistema, apenas se ligar com o receptor que tem afinidade ➔ Reversibilidade: antagonista, medicamento que tem afinidade pelo mesmo lugar do medicamento anterior, fármaco que faz bloqueio ➔ Fácil Administração: de preferência via oral ➔ Mínimas Interações: que não interaja com alimentos por exemplo ➔ Mínimas Reações Adversas Como Prescrever, o que levar em consideração: ➔ Situações Fisiológicas: idade, peso, sexo, gestação ➔ Hábitos do Paciente: como fumo e álcool ➔ Doenças: como insuficiência renal e diabetes ➔ Características da Droga: via de administração, toxicidade da droga (fígado, rim, medula óssea), tempos de eliminação da droga e seletividade do fármaco ➔ Prontuário, Anamnese e Exame Físico O cirurgião-dentista não possui habilitação legal para prescrever medicamentos destinados ao controle de glicemia, cardiopatias, hipertensão, tratamento de úlcera gástrica, entre outros, uma vez que são situações de competência médica Dessa forma, para analisar a competência do cirurgião-dentista na prescrição medicamentosa, se faz necessário compreender o que já está determinado por lei e reconhecido pela literatura e pela Ciência respeitando o âmbito de atuação profissional. Siga no insta para ver mais resumos: @odontoinspira