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Fluxos assistenciais Jordânia Castanheira Diniz Esp. Nutrição clínica funcional e esportiva Referência e contra referência • Sustentação: • Constituição Federal e reafirmada na Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. • Referência é o encaminhamento do usuário para os níveis de atenção mais complexos. Referência e contra referência • Contra Referência é o retorno do paciente ao gestor do cuidado básico, quase sempre a Estratégia de Saúde da Família (ESF), ordenado pelo Gestor de Saúde. • Ação mais desafiadora; Referência e contra referência • Sistema de Referência e Contra referência deve funcionar como um mecanismo administrativo gerencial, que visa a adequar a operacionalização do SUS e observar a lógica da hierarquização dos serviços, possibilitando o acesso do usuário, sistematicamente, a todos os níveis de complexidade de atendimento. Importante ressaltar • A falta do gerenciamento do cuidado pela atenção básica gera um excesso de encaminhamento para especialistas e um alto consumo de exames, tornando os serviços pouco resolutivos, pois a assistência desse modo é incapaz de atuar sobre as diversas dimensões do sujeito usuário. (CAMPOS, 1992; MERHY, 1998; FRANCO; 1999). Protocolos Os Protocolos, de forma sintética, são as rotinas das ações de cuidados e ou de gestão de um determinado serviço, elaborados a partir do conhecimento científico, por experiências profissionais, por especialistas da área, e que servem para orientar fluxos, condutas e procedimentos dos trabalhadores em saúde (Werneck, 2009). Protocolos Clínicos Os Protocolos clínicos são definidos pelo Ministério da Saúde (MS) como sendo recomendações, que auxiliam no manejo de problemas de saúde, baseados na melhor informação cientifica atual, respaldados em evidências clínicas e orientações concisas, sobre testes diagnósticos e tratamentos. Protocolos Assistenciais Protocolos assistenciais, diferentemente dos clínicos, são instrumentos de gestão e referem-se, principalmente, à organização do processo de trabalho dos trabalhadores em saúde, definindo quem está mais habilitado a fazer, quanto deve ser feito e como deve ser feito. Protocolos de Organização da Gestão Os Protocolos de Organização da Gestão são instrumentos a serviço dos secretários de saúde, abrangendo normativas, fluxos administrativos, processos de avaliação e de constituição do sistema de informação, estabelecendo as interfaces entre as diversas unidades e entre os níveis de atenção. Esses protocolos se organizam a partir da necessidade de saúde, da situação de saúde da população, dos indicadores epidemiológicos, dos parâmetros assistenciais de cobertura, com o intuito de diagnosticar, planejar, decidir as ações prioritárias, baseadas no orçamento municipal de saúde, na Programação Pactuada Integrada (PPI), CNES, Ficha de programação Orçamentária (FPO), etc. Protocolos de Acesso Protocolos de Acesso, estes devem levar em conta que, de um lado, encontra-se a oferta de serviços e de ações de saúde e, do outro, a demanda por esses serviços e ações. Portanto, o principal objetivo destes é a garantia de uma alternativa assistencial, diante das necessidades de saúde e dos recursos finitos. Protocolos de Acesso • Pode-se dizer que o protocolo de acesso é composto por três áreas: • 1. A padronização das listas de espera; • 2. A definição de unidades solicitantes e unidades executantes, estando subdividida em: • a) marcação de consultas e exames; • b) definição do fluxo de acesso para a regulação; • 3. A organização dos protocolos clínicos de acesso aos exames e consultas especializados. Observação: As listas de espera devem ter um único padrão em todas as unidades de saúde do município, independente da origem do encaminhamento, do solicitante, da região geográfica, ou se vindo de unidades da rede privada contratada/credenciada ao SUS. Tipos de encaminhamentos ROTINA ʹ São aqueles encaminhamentos que a equipe optou por não fazer referência quanto à gravidade e ou à prioridade de marcação. Portanto, deverão seguir rigorosamente a ordem cronológica de entrada na lista de espera dos centros de saúde. Tipos de encaminhamentos PRIORIDADE ʹ São aqueles em que, tanto o médico assistente do paciente ou outro profissional de saúde, quanto o coordenador da unidade de saúde entendem que, se não realizados em tempo hábil, podem levar a um prejuízo ao sistema ou ao paciente. Não se deve admitir classificação, nesse tipo de acesso, por motivos não assistenciais. O tempo esperado de acesso irá depender da capacidade de resposta do sistema municipal às demandas. Tipos de encaminhamentos URGENTE ʹ São aqueles que não devem, em hipótese alguma, aguardar a espera através de lista, sob pena de comprometimentos graves à saúde do paciente. São de registro exclusivo do médico assistente e devem conter, obrigatoriamente, o relato do caso, o exame físico, as hipóteses diagnósticas e o motivo do encaminhamento ao acesso imediato ao sistema de saúde. Os serviços de regulação desse acesso deverão seguir também um fluxo de urgência, definido em ação gerencial prévia. Tipos de encaminhamentos • EMERGENTE - Os casos de emergência médica são aqueles definidos como uma situação em que o paciente corre risco súbito e imprevisto de morte. Esses casos devem ser tratados imediatamente, sem qualquer possibilidade de regulação de cotas. Mas, sempre que possível, deverá ser objeto de auditoria posterior ao fato. Encaminhamentos • Definida a tipologia de classificação dos encaminhamentos, pode-se dizer que caberá às • unidades básicas de saúde solicitantes: • a) A organização e o encaminhamento para a lista de espera, conforme a tipologia; • b) O acompanhamento ou, conforme o caso, o agendamento de retorno de consultas e • exames; Definida a tipologia de classificação dos encaminhamentos, pode-se dizer que caberá às unidades básicas de saúde solicitantes: c) O encaminhamento de todos os casos para os serviços municipais de regulação, especialmente os prioritários e de urgência; d) Acompanhar as marcações da lista de espera e os casos devolvidos, negados ou reenviados pela regulação, sendo a unidade solicitante responsável pela informação do agendamento aos pacientes; Definida a tipologia de classificação dos encaminhamentos, pode-se dizer que caberá às unidades básicas de saúde solicitantes: e) Realizar a busca - ativa dos pacientes faltosos; f) Avisar a todos os usuários por elas agendados ou não, sendo de sua responsabilidade o registro nos casos em que os usuários não quiserem mais os procedimentos agendados; g) Participar de todos os treinamentos e atualizações que se fizerem necessários, para o bom desempenho do sistema de acesso municipal. Limites dos protocolos: • - não devem ser tomados para além da realidade de assistência à saúde municipal; • - sua utilização, desprovida de avaliação, acompanhamento e revisão anual constitui risco de • produzir um processo de trabalho pobre e desestimulante; • - deve haver um espaço definido nas agendas dos gestores e dos trabalhadores, para vários • momentos de planejamento, avaliação, renovação e inovação dos protocolos. VANTAGENS NA ADOÇÃO DOS PROTOCOLOS • - ajudam a definir, padronizar e revisar continuamente as ações de saúde e a organização do • serviço; • - atendem a problemas dos mais variados graus de complexidade; • - trata-se de uma excelente oportunidade de educação permanente em saúde e de integração • entre a gestão e as equipes de saúde; VANTAGENS NA ADOÇÃO DOS PROTOCOLOS - são importantes ferramentas de orientação, para a concretização das práticas diárias em saúde e de gestão, quando ilustrados e expostos, na forma de textos, quadros, fluxogramas, algorítmos; - a exposição dos protocolos em área pública apresenta uma dupla vantagem: para os profissionais, ajuda na execução pactuada dos processos de cuidado em saúde, para os usuários, denota o nível de gestão do cuidado em saúde. LINHA DO CUIDADO A Linha do Cuidado é a imagem que expressa os fluxos assistenciais completos, pelos quais perpassam os usuários, no sentido de atender às suas necessidades de saúde. Assim, ela desenha todo o itinerário que o usuário faz em uma rede de saúde, incluindo segmentos não necessariamente inseridos no sistema de saúde, mas que participam de alguma forma da rede, tal como entidades comunitárias e de assistência social. Desta forma, a Linha do Cuidado é diferente dos processos de referência e contra referência, pois são mais abrangentes e incluem os protocolos estabelecidos. Cartão nacional de saúde • Uma ferramenta, que auxilia na operacionalização das linhas de cuidado e nos protocolos • institucionalizados pelo Sistema, é o Cartão Nacional de Saúde Referências • BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2008. • BRASIL. Lei nº 8.443, de 1992. Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 jul. 1992.
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