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Autor: Prof. Walter José Godinho Meireles
Colaboradores: Prof. Clovis Chiezzi Seriacopi Ferreira
 Prof. José Carlos Morilla
Instalações 
Prediais Elétricas
Professor conteudista: Walter José Godinho Meireles
Possui graduação em Engenheira Elétrica pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI – 1979) e pós-graduação 
em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap – 1983). Possui especialização de 
curta duração na área de engenharia elétrica, como: Comando e Proteção Elétrica Industrial (FEI – 1982); Transformadores 
de Medição (FEI – 1984); SPDA com o especialista Duilio Moreira Leite, precursor das técnicas de proteção 
contra descargas atmosféricas e de ensaios em equipamentos elétricos de alta e baixa tensão (2002); Instalações 
Hidráulicas (USP – 1985).
Foi professor universitário na Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes de 1985 a 1992 nos cursos de Engenharia 
Eletrotécnica nas disciplinas correlatas às Instalações Elétricas Prediais e Industriais. 
É professor da Universidade Paulista (UNIP) desde 2004 nos cursos de graduação de Engenharia Eletrotécnica 
e Eletrônica nas disciplinas correlatas às Instalações Elétricas Prediais e Industriais e Instalações Prediais Elétricas e 
Hidráulicas para Arquitetura, desde 2018, e Instalações Prediais Elétricas para Engenharia Civil, desde 2006, e de 
Fundamentos de Circuitos Elétricos para Engenharia Mecânica e Mecatrônica, desde 2019.
Desde 2012, atua como docente na UNIP nos cursos de pós-graduação de Engenharia Eletrotécnica, Engenharia 
Civil e Arquitetura nos módulos de Instalações Elétricas nos cursos de: Sistema Elétrico de Potência (SEP); MBA em 
Gestão de Obras e Edificações; Proteção Elétrica Contra Incêndio; e Iluminação de Emergência. Também é docente na 
pós-graduação de Engenharia de Incêndio e no módulo de Riscos Elétricos, no curso de pós-graduação de Engenharia 
de Segurança do Trabalho.
Fora do âmbito acadêmico, atuou como engenheiro eletricista na coordenação de obras ou projetos de instalações 
elétricas em algumas empresas.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
M479i Meireles, Walter José Godinho.
Instalações Prediais Elétricas / Walter José Godinho Meireles. – 
São Paulo: Editora Sol, 2020.
104 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Eletricidade. 2. Luminotécnica. 3. Condutores. I. Título.
CDU 621.316.31
W508.98 – 20
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Vitor Andrade
 Lucas Ricardi
 Aline Ricciardi
Sumário
Instalações Prediais Elétricas
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE ...................................................................................................................9
1.1 Desenvolvimento de um projeto de instalações elétricas prediais .................................. 10
1.2 Relação dos itens técnicos a serem estudados ........................................................................ 10
1.3 Classes de tensões elétricas de serviço ........................................................................................ 10
1.4 Tipos de fornecimento de energia disponíveis pelas concessionárias 
de energia elétricas ..................................................................................................................................... 11
1.4.1 Fornecimento em baixa tensão para consumidores (até 75 kW) ........................................ 12
1.4.2 Fornecimento em média tensão (acima de 75 kW) .................................................................. 14
2 PROJETO DE DISTRIBUIÇÃO DE TOMADAS ............................................................................................ 15
2.1 Definição dos tipos de tomadas .................................................................................................... 15
2.2 Dimensionamento das TUGs ............................................................................................................ 17
2.2.1 TUGs para área úmida ......................................................................................................................... 17
2.3 TUE ............................................................................................................................................................ 20
3 DIVISÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS DE TOMADAS E DE ILUMINAÇÃO .................................. 20
3.1 Montagem dos circuitos elétricos ................................................................................................. 20
3.2 Padronização dos circuitos elétricos ............................................................................................ 23
3.3 Elementos de proteção dos circuitos elétricos ......................................................................... 24
3.4 Planta de circuitação de uma residência de luxo .................................................................. 25
4 MONTAGEM DE UMA ENTRADA DE ENERGIA .................................................................................... 29
4.1 Documentos técnicos para a aprovação da entrada de energia 
na concessionária local ............................................................................................................................. 29
Unidade II
5 LUMINOTÉCNICA ............................................................................................................................................. 46
5.1 Conceitos ................................................................................................................................................ 46
5.1.1 Nível de iluminância ou nível de iluminamento ....................................................................... 46
5.1.2 Fluxo luminoso ....................................................................................................................................... 47
5.1.3 Intensidade luminosa ........................................................................................................................... 47
5.1.4 Curva de distribuição luminosa ........................................................................................................ 48
5.1.5 Eficiência energética para iluminação .......................................................................................... 49
5.1.6 Temperatura de cor ............................................................................................................................... 49
5.1.7 Índice de reprodução de cores ..........................................................................................................50
5.2 Dimensionamento de luminárias pelo método de lumens ................................................. 51
5.2.1 Determinar a iluminância ou nível de iluminamento ............................................................. 51
5.2.2 Calcular o fluxo luminoso total ....................................................................................................... 51
6 QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA – TIPOS E APLICAÇÃO ................................................... 56
6.1 Definição de quadros e painéis ....................................................................................................... 56
6.1.1 PGBT E QGBT ............................................................................................................................................ 56
6.1.2 QDF e CDF ................................................................................................................................................. 58
6.1.3 QGFL e QL .................................................................................................................................................. 59
6.1.4 QLs ................................................................................................................................................................. 63
6.2 Elementos de proteção especial .................................................................................................... 64
6.2.1 DR (diferencial residual) ....................................................................................................................... 64
6.2.2 Funcionamento de um DR .................................................................................................................. 64
6.2.3 DPS (dispositivo de proteção de surto) .......................................................................................... 66
7 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ................................................................................................. 68
7.1 Os métodos de dimensionamento segundo a NBR 5410 ................................................... 68
7.2 Capacidade de condução de corrente ......................................................................................... 68
7.2.1 Fator de correção de temperatura ambiente .............................................................................. 73
7.2.2 Fator de correção para agrupamento de circuitos .................................................................... 73
7.3 Limites de máxima queda de tensão .......................................................................................... 75
7.3.1 Coeficiente de queda de tensão por trecho denominado β ( beta) ................................... 75
7.4 Proteção contra sobrecarga ............................................................................................................. 76
7.5 Método da proteção contra curto-circuito ............................................................................... 79
7.6 Método da seção mínima ................................................................................................................. 79
7.7 Método da certificação ...................................................................................................................... 79
7.8 Dimensionamento de condutos: eletrodutos e eletrocalhas.............................................. 80
8 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) ................................... 82
8.1 Comparativo entres a NBR 5419 (2005) e a NBR 5419 (2015) ......................................... 82
8.2 As quatro partes da NBR 5419 ....................................................................................................... 83
8.2.1 NBR 5419-1 – Princípios gerais ........................................................................................................ 83
8.2.2 NBR 5419-2 – Gerenciamento de risco ......................................................................................... 83
8.2.3 NBR 5419-3 – Danos físicos à estrutura e perigos à vida ..................................................... 84
8.2.4 NBR 5419-4 – Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura ............................ 91
8.3 Sistemas de aterramento geral ....................................................................................................... 91
8.3.1 Equipotencialização do aterramento – uso da BEP .................................................................. 92
7
APRESENTAÇÃO
As instalações elétricas prediais são modalidades da elétrica que projetam e executam serviços de 
eletricidade desde a entrada de energia até a alimentação elétrica dos pontos terminais de utilização, 
como iluminação e tomadas de força para os equipamentos de uso residencial: chuveiros, exaustores, 
aparelhos de ar-condicionado etc. 
O objetivo desta disciplina é trazer para o aluno uma visão clara da aplicação das instalações elétricas 
num projeto ou numa obra predial residencial. 
Sabe-se que o aluno de outras modalidades de engenharia, que não seja a elétrica, precisa ter um 
conhecimento básico da aplicação de técnicas e conhecimentos das instalações elétricas. Assim, poderá 
contratar um especialista ou um instalador de instalações e terá condições de fiscalizar, saber transmitir 
as necessidades técnicas corretas e conferir os conceitos básicos das grandezas elétricas para discuti-las 
com segurança e confiabilidade. 
Não se espera que o aluno torne-se um expert na matéria após estudar este livro-texto, mas que 
pelo menos saiba das grandezas elétricas, da linguagem correta com os princípios básicos das normas 
vigentes, principalmente no tocante às instalações elétricas. Caso elas não sejam bem executadas, 
podem ser um elemento de risco à edificação, aos equipamentos e aos usuários.
O plano de ensino desta disciplina estabelece como principais tópicos a serem estudados, a 
saber: conhecimentos básicos de distribuição de tomadas, suas diferenças e suas aplicações; mínimo 
conhecimento de luminotécnica para uma boa escolha de luminárias para instalá-las em locais adequados.
Também serão estudados os critérios técnicos para uma montagem correta e segura de um quadro 
de distribuição elétrica, evitando aquecimento, curto-circuito e princípios de incêndio. 
Finalmente, serão acentuados os princípios de SPDA (sistema de proteção contra descargas 
atmosféricas), importantes para proteger uma edificação contra os efeitos dos raios atmosféricos.
INTRODUÇÃO
O estudo desta disciplina segue a mesma ordem de elaboração de um projeto de instalação elétrica 
predial. Obviamente, além da qualidade de sua execução, é obrigatório seguir rigidamente o projeto e 
sua respectiva norma, a NBR 5410 (ABNT, 2004), que é a última versão aprovada para aplicação.
A má qualidade da execução pode prejudicar a instalação elétrica ao ponto de colocar em risco a 
vida do usuário e do instalador e a vida útil da própria instalação. Por exemplo, uma emenda de cabos 
malfeita ou instalada em local indevido pode provocar um curto-circuito e até mesmo princípios de 
incêndio, mesmo que estes condutores estejam bem dimensionados e o material seja de boa qualidade. 
Serão acentuadas diversas observações para o instalador e para a elaboração de um laudo técnico.
8
A eletricidade participou da evolução da indústria e da humanidade no geral, contribuindo desde 
o início de sua utilização. Como sua execução é complexa, podendo causar acidentes terríveis e até 
fatais, serão estudados itens como: aplicação das normas; cuidados na execução; proteção e obediência 
rígida ao dimensionamento dos dispositivos de proteção, principalmente dos condutores e dos 
cabos alimentadores.
9
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE 
Os registros mais antigos sobre a eletricidade são da Grécia Antiga, quando o filósofo Tales de Mileto 
(624 a.C.-558 a.C), ao esfregar uma pedra de âmbar em uma pele de carneiro, observouque pedaços 
de palha e fragmentos de madeira eram atraídos pelo âmbar, e foi dessa pedra que surgiu o nome 
eletricidade, palavra originada do grego elektron. Contudo, muito tempo se passou até que os estudos 
relativos às suas aplicações fossem iniciados, a partir do século XVI, intensificando-se e aprimorando-se 
desde então, tanto quanto ao uso quanto à geração e distribuição. 
 Naquela época, a evolução dos conceitos sobre os sistemas de potência foi marcante em um 
período de 15 anos, praticamente definindo as características dos sistemas como hoje são apresentadas, 
sobretudo conceitos envolvendo corrente elétrica e fornecimento de energia. Após vários estudos da 
evolução da eletricidade, descobriu-se o sistema de potência elétrica em corrente alternada, que seria 
uma alternativa para a transmissão de energia elétrica em grande escala, com maior eficiência em 
relação aos sistemas de corrente contínua. Os sistemas de potência elétrica em corrente alternada 
permitiram o uso da energia como nós a conhecemos atualmente.
Figura 1 – Tales de Mileto, descobridor da eletricidade
Figura 2 – Âmbar
10
Unidade I
Figura 3 – Corrente alternada
1.1 Desenvolvimento de um projeto de instalações elétricas prediais
A seguir, são destacados os principais itens de um projeto:
• Potência total a ser instalada na edificação, contando com a potência da iluminação e a relação 
total das TUGs (tomadas de uso geral) e TUEs (tomadas de uso específico).
• Classe de tensão de cada equipamento e o número de fases. É preciso verificar se a distribuição 
é monofásica, bifásica ou se tem algum equipamento que necessita de tensão trifásica definida 
pelo próprio fabricante. 
1.2 Relação dos itens técnicos a serem estudados
Após a escolha do tipo de fornecimento de energia, conforme a disponibilidade da concessionária 
e a característica das cargas do local do projeto, bem como a definição dos equipamentos – que 
serão bifásicos –, é necessário confirmar se os demais equipamentos de menor potência serão 
mesmo monofásicos e escolher o local para se instalar o quadro de distribuição. Em apartamento ou 
casa, é importante que o quadro fique perto da entrada de energia, para evitar queda de tensão do 
cabo alimentador.
Em um prédio, por exemplo, o quadro deverá ficar próximo da prumada da tubulação, que vem do 
centro de medição, e é importante que ele seja fixado na região dos equipamentos de maior potência. 
Normalmente, em um prédio residencial, o quadro fica na área de serviço, onde passa o shaft das 
instalações com a prumada de elétrica.
Antes da elaboração do projeto e do dimensionamento dos circuitos, é essencial definir o número de 
tomadas e seu o melhor local, classificando-as quanto ao seu uso, como TUG ou TUE.
1.3 Classes de tensões elétricas de serviço
No Brasil, as classes de tensões elétricas utilizadas nas instalações são oriundas da divisão internacional 
das classes de tensão padronizadas pelos grandes fabricantes multinacionais e das classes de tensão de 
serviços fornecidos pelas nossas usinas geradoras administradas pelas concessionárias locais.
11
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Essas classes de tensões são usadas nos serviços da distribuição, instalação e aplicação da eletricidade. 
São divididas em: baixa tensão; média tensão; alta tensão; e extratensão.
A tabela a seguir resume as tensões padronizadas pelas concessionárias de distribuição da energia e 
das tensões de serviços mais usuais, devido à facilidade de geração na usina e à distribuição nas redes.
Tabela 1 – Tensões nominais padronizadas 
Norma Ansi Norma IEC Norma ABNT Normas usuais nas concessionárias de energia
Baixa tensão
240 / 120 240 / 120 240 / 120220λ / 127
240 / 120
220λ / 127
480λ / 277 480λ / 277440 / 254 –
480λ / 277
440 / 254
4160 4160 – 4160
– 6600 – 6600
6900 – – 6900
Média tensão
13200λ / 7620 13200λ / 7620 – 13200
13800 13800 13800 13800
34500λ / 19920 34500λ / 19920 – –
– 35000 – –
69000 69000 69000 69000
– – – 88000
 Lembrete
Normalmente, em um prédio residencial, o quadro fica na área de 
serviço, onde passa o shaft das instalações com a prumada de elétrica.
1.4 Tipos de fornecimento de energia disponíveis pelas concessionárias de 
energia elétricas
Os tipos de fornecimento de energia podem ser distribuidos em baixa tensão (BT), envolvendo os 
seguintes sistemas: monofásico, bifásico ou trifásico – no sistema de alimentação com ligação em 
estrela ou delta (triângulo). Nas tensões da tabela anterior, a concessionária fornece a energia em 
tensões específicas dos aparelhos a serem alimentados, facilitando o uso direto da tensão fornecida.
Também é possível fornecer a energia em média tensão. Conforme a tabela anterior, são valores 
muito acima da tensão usual dos aparelhos. Assim, é preciso transformar a tensão para valores dos 
aparelhos utilizados, o que é feito por meio de cabine primária e/ou subestação transformadora 
abaixadora de tensão. 
12
Unidade I
1.4.1 Fornecimento em baixa tensão para consumidores (até 75 kW)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de inúmeras concessionárias de energia 
espalhadas pelos estados, possui cinco tipos de fornecimento de energia. O projetista ou instalador deverá 
conhecê-los; assim, conforme as cargas e as características da instalação, poderá fazer a melhor escolha. 
 Observação
Cada concessionaria utiliza uma identificação comercial para cada tipo 
de fornecimento. Neste estudo, usaremos a identificação A, B, C, D.
Tipo A: sistema a dois fios: F – N (monofásico)
Quando a alimentação é em estrela, tem-se F – N = 127V. Quando a alimentação é em delta, tem-se 
F – N = 120V.
Esse sistema é oferecido pela concessionária em casas populares e é limitado, pois as cargas só 
poderão ser monofásicas. Normalmente são casas com potência instalada entre 4 e 6 kW.
Tipo B: sistema a três fios: F – N – F (bifásico)
Esse sistema é fornecido em duas tensões de alimentação: delta ou estrela. Quando o sistema for em 
delta, as tensões serão: Fase – Fase = 240V e Fase – Neutro = 120V. Em geral, é oferecido no município 
de São Paulo e em algumas cidades da Grande São Paulo.
Quando o sistema for em estrela, as tensões serão: Fase – Fase = 220V e Fase – Neutro = 127V.
Esse sistema só alimenta cargas monofásicas e cargas bifásicas.
 Observação
Como se vê, não existe tensão 110V, as tensões monofásicas serão 120V 
ou 127V dependendo do sistema de alimentação elétrica da concessionária. 
Tipo C: sistema a quatro fios: F – F – F – N (trifásico – 220V ou 240V)
Esse sistema também é fornecido em duas tensões de alimentação: delta e estrela. 
Tipo C1: tensão de alimentação em delta (triângulo) 
Quando o sistema for em delta com alimentação trifásica – 3Ø, com as fases R, S, T e o neutro (N), 
teremos as seguintes tensões:
13
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
RST – 3Ø = 240V
RT–- 2Ø = 240V
ST e RS - 2Ø = 250V (variável)
RN e TN – 1Ø = 120V
SN – 1 Ø = 175V (perigo de queimar os equipamentos monofásicos)
 Observação
Cuidado: quando o sistema for 3∅, delta, não usar a fase S para 
alimentação monofásica. Nesse sistema, a fase S é conhecida como 
fase de força, a qual só poderá ser usada junto com as outras fases, no 
sistema trifásico. 
Tipo C2
Quando o sistema for alimentado em estrela (trifásica – 3Ø), com as fases R, S, T e o neutro (N), 
teremos as seguintes tensões:
RST – 3Ø = 220V
RS, RT, ST – 2Ø = 220V
RN, SN, TN – 1Ø = 127V
Destaca-se que o sistema estrela trifásico permite alimentar cargas trifásicas, bifásicas e monofásicas.
Tipo D: sistema a quatro fios: F – F – F – N (trifásico – 380V)
Esse sistema é fornecido com a alimentação em 380V (trifásico), possuindo as seguintes tensões:
RST – 3Ø = 380V
RN – 1Ø = 220V
SN – 1Ø = 220V 
TN – 1Ø = 220V
Pode-se afirmar que nesse sistema a tensão 220V é monofásica, pois obtém-se com 380/1,73 = 220V. 
Como não é usual, no Brasil, equipamentos elétricos fornecidos na tensão bifásica 380V, não se usa a 
tensão bifásica nesse sistema. Todavia, como a ligação é emestrela, é possível obter-se a tensão bifásica 
14
Unidade I
em 380V, basta alimentar RS ou RT ou ST, assim, haverá a tensão 2 Ø 380V. A figura a seguir destaca o 
resultado das tensões em ligações trifásicas em delta ou estrela.
Delta com neutro
Fase força (4o fio)
Fase
Fase
Neutro
VL
VL
VL
VF
120/240V (1)
Estrela com neutro
Fase
Fase
Fase
Neutro
VL
VF VF
VFVVLL
VVLL 120/208V (2)
127/220V
220/380V (3)
Figura 4 – Sistema e tensões nominais de fornecimento 
 Observação
Quanto aos tipos de fornecimento de energia em baixa tensão (BT), 
é importante destacar o cuidado mencionado no tipo C1, pois nessa 
alimentação, por característica técnica do transformador da usina 
geradora ou da concessionária de distribuição de energia, uma das fases, 
geralmente a S, é conhecida como fase de força e originalmente só 
poderá ser utilizada junto com as demais fases (R e T) para constituir 
a alimentação trifásica. Essa fase não poderá ser usada sozinha com 
o neutro, porque provoca um desequilíbrio na geração; assim, sua 
tensão atinge 175V a 190V, o que provoca queimas em aparelhos que 
originalmente são monofásicos, ou seja, foram feitos para trabalhar com 
tensões entre 120V ou 127V. Portanto, quem projeta, fiscaliza ou executa 
a entrada de energia em delta deve medir as tensões de chegada na caixa 
padrão ou no centro de medição para localizar qual é a tensão de força, 
isolá-la das demais tensões e identificá-la para que ela não seja utilizada 
equivocadamente, o que provocaria problemas sérios de curto-circuito, 
aquecimento ou até mesmo incêndio. 
1.4.2 Fornecimento em média tensão (acima de 75 kW)
Quando a potência total instalada do consumidor ultrapassar 75 kW, o fornecimento será em média 
tensão – em 13,2 kV ou 13,8 kV, conforme disponibilidade da linha de distribuição da concessionária.
15
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
De 75 kW até 225 kW, é possível montar uma cabine simplificada com transformadores em poste, 
cabine metálica blindada ou de alvenaria. Diz-se simplificada porque não é necessário ter disjuntor em 
média tensão antes do transformador, pois a proteção é feita através de chaves/fusíveis tipo Matheus 
instaladas pela concessionária no poste de alimentação.
Nesse tipo de fornecimento, a transformação de energia é de responsabilidade do consumidor. Quando 
há cargas com tensões variadas, monofásicas, bifásicas e trifásicas, é usual projetar o transformador 
com o secundário em estrela para permitir o acesso ao neutro, e uma das tensões mais usadas é em 
380V – 3Ø com 1Ø – 220V, assim, a distribuição torna-se econômica.
 Lembrete
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de inúmeras 
concessionárias de energia espalhadas pelos estados, possui cinco tipos de 
fornecimento de energia. O projetista ou instalador deverá conhecê-los; 
assim, conforme as cargas e as características da instalação, poderá fazer 
a melhor escolha. 
2 PROJETO DE DISTRIBUIÇÃO DE TOMADAS
2.1 Definição dos tipos de tomadas 
Em um projeto de instalações elétricas prediais, existem dois tipos de tomadas de força: TUG e TUE.
As TUGs são adotadas para aparelhos que consomem até 10 amperes de corrente, por exemplo, 
rádio, televisor, carregador de celular. 
A figura a seguir destaca o layout de um apartamento com móveis locados para que o projetista 
seja prático e eficiente. As TUGs devem ser fixadas em locais mais lógicos, como na bancada da cozinha, 
uma de cada lado da cama do casal. 
Segundo a norma NBR-5410 (ABNT, 2004), o número mínimo de TUGs dimensionadas deve considerar 
o perímetro do local. São usadas para diversos equipamentos de pequenas potências, para momentos 
eventuais, e não de uso contínuo, como batedeira, liquidificador, bateria de celular, carregador de 
notebook ou de Ipad. Obviamente, devem ser instaladas em locais práticos e seguro, e o layout dos 
móveis é fundamental nessa escolha. 
Por sua vez, as TUEs, como o próprio nome sugere, são utilizadas para alimentar um equipamento 
específico e dimensionadas para a potência deste equipamento, são de uso fixo e exclusivo. São usadas 
em aparelhos que consomem corrente elétrica nominal entre 10 e 20 amperes.
16
Unidade I
COZINHA
ÁREA DE SERVIÇO
DORMITÓRIO
EMPREGADA
SUÍTE
DORMITÓRIO 2DORMITÓRIO 1
WC
WC
SALA DE JANTAR
SALA DE ESTAR
PLANTA APARTAMENTO
ESCALA 1:50
4,00
3
,0
0
3
,0
0
2,80
2
,0
0
4,00
3
,0
0
3
,0
0
4,003,507
,6
0
6,00
3
,6
0
1,50
3
,0
0
1
,8
5
3,002,50
1
,8
5
2
,7
0
1,50
3
,4
0
4,60
1
,1
5
8,85
PLANTA DO APARTAMENTO – LAYOUT
Figura 5 – Planta do apartamento com layout dos móveis
 Saiba mais
Conheça mais sobre a NBR 5410:
ABNT. NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2004.
17
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
2.2 Dimensionamento das TUGs
São dimensionadas em função do perímetro do ambiente onde serão instaladas, portanto, o cálculo 
é feito por tipo de ambiente para definir o mínimo de tomadas. Como vimos, o que determina o número 
de TUGs e sua localização é a necessidade do usuário para o local em questão.
2.2.1 TUGs para área úmida 
Em uma área úmida, utiliza-se o número inteiro imediatamente superior ao calculado.
Exemplo de aplicação
Numa cozinha medindo 4,0 m x 3,5 m, dimensionar o número de TUGs. 
Resolução: 
Número de TUGs = (4 + 3,5 + 4 + 3,5) / 3,5 = 15 / 3,5 = 4,28
Assim, é preciso arredondar para cinco TUGs.
COZINHA
ÁREA DE SERVIÇO
DORMITÓRIO
EMPREGADA
SUÍTE
DORMITÓRIO 2DORMITÓRIO 1
WC
WC
SALA DE JANTAR
SALA DE ESTAR
PLANTA APARTAMENTO
ESCALA 1:50
4,00
3,
00
3,
00
2,80
2,
00
4,00
3,
00
3,
00
4,003,507
,6
0
6,00
3,
60
1,50
3,
00
1,
85
3,002,50
1,
85
2,
70
1,50
3,
40
4,60
1,
15
8,85
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
QGLF
TUG
TUG
TUG
TUE
TUE
TUG TUG
TUG TUG
TUE
TUG
TUGTUG
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
TUG
PLANTA DO APARTAMENTO – TOMADAS
Figura 6 – Planta do apartamento com a locação das TUGs 
18
Unidade I
2.2.1.1 As potências das TUGs para a cozinha
As três primeiras TUGs da cozinha ou da área de serviços terão uma potência individual de 600 W 
e as demais 100 W/cada. Na distribuição de circuitos dessas TUGs, a NBR-5410 (ABNT, 2004) determina 
que as tomadas de 600 W não podem estar num mesmo circuito das tomadas de 100 W por questão de 
segurança e risco de aquecimento.
2.2.1.2 TUGs para os demais ambientes
Considerar como demais ambientes numa instalação residencial: sala de jantar, sala de estar, 
dormitórios, suítes, dependência de empregada, sala de home theater, escritório de home office. Para 
tal, aplica-se a seguinte fórmula de dimensionamento:
Número de TUGs = Perímetro / 5,0 
Utiliza-se o número inteiro imediatamente superior ao calculado.
Exemplo de aplicação
Determinar o número de tomadas de TUGs de uma sala de estar medindo 6,0 m x 5,0 m. 
Resolução:
Número de TUGs = (6,0 + 5,0 + 6,0 + 5,0) / 5,0 = 22,0 / 5,0 = 4,4
Assim, é preciso arredondar para cinco TUGs.
A potência desse item é considerada como 100 W para cada tomada.
As TUGs de microcomputadores e impressoras possuem as potências de 100 W cada. Conforme 
a relação apresentada a seguir, podem ser somadas para a montagem dos circuitos junto com as 
outras, desde que não ultrapassem o limite de potência de cada circuito. De acordo com a definição do 
dimensionamento de circuitos, tem-se em média as seguintes potências:
• Microcomputadores = 300 W (usar DPS no quadro de distribuição).
• Impressoras = 500 W (usar DPS no quadro de distribuição desta carga).
• Secador de cabelo = 1500 W (usar DDR no quadro de distribuição).
• Barbeador elétrico = 300 W (usar DDR no quadro de distribuição desta carga).
19
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
 Observação
DPS significa dispositivo de proteção contra surtos. DDR significa 
disjuntor diferencial residual.
 
COZINHA
ÁREA DE SERVIÇO
DORMITÓRIO
EMPREGADA
SUÍTE
DORMITÓRIO 2DORMITÓRIO 1
WC
WC
01
02
SALA DE JANTAR
SALA DE ESTAR
PLANTA APARTAMENTO
ESCALA 1:50
4,00
3,
00
3,
00
2,80
2,
004,00
3,
00
3,
00
4,003,507
,6
0
6,00
3,
60
1,50
3,
00
1,
85
3,002,50
1,
85
2,
70
1,50
3,
40
4,60
1,
15
8,85
T4
T4
T2
QGLF
T2
T2
T3
T5
T1 T1
T4 T4
T6
T4T4
T4
T1
T4
T4
T4
T4
T4
T4 T4
T4
T4
T4T4T4
T1 T2,T3
T1-T3
T1-T4T4
T4
T6
T4,T5,T6
T4
Legenda
Tomada baixa 0,30 m
Tomada baixa 0,80 m
Tomada baixa 1,50 m
QGF – Quadro geral de força
T1 - TUGs da cozinha – 1 X 127V
T2 - TUGs da área de serviço – 1 X 127V
T3 - TUE da área de serviço – 1 X 127V
T4 - TUGs dos equipamentos – 1 X 127V
T5 - TUE do WC 01 – 1 X 127V
T6 - TUE do WC 02 – 1 X 127V
PLANTA DO APARTAMENTO – CIRCUITO DAS TOMADAS
Figura 7 – Planta com a circuitação das TUGs
20
Unidade I
2.3 TUE 
Quando existe um equipamento elétrico para ser alimentado numa residência, quer seja casa 
ou apartamento, necessita-se de uma tomada exclusiva para esse equipamento. Essa tomada é 
identificada como tomada de uso específico (TUE) e é de uso exclusivo para esse equipamento.
A potência dessa tomada é exatamente a potência do equipamento. Quando o equipamento tem 
uma potência ≥ 2000 W, essa tomada deverá ser ligada num circuito independente só para ela e sua 
tensão de serviço deverá ser 2 ∅ (bifásico).
3 DIVISÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS DE TOMADAS E DE ILUMINAÇÃO 
Em um projeto de instalações elétricas prediais ou comerciais, a divisão de circuitos é um 
critério adotado pela maioria dos projetistas, técnicos e engenheiros. A norma também orienta 
dividir as categorias de cargas, como cargas de iluminação e de força, no caso de tomadas 
para equipamentos. 
Essa divisão de circuitos permite facilitar a montagem da tabela de cargas, vide tabela 
a seguir, que relaciona não só a potência do circuito como a tensão de serviços. Assim, em 
função dessas grandezas elétricas, dimensiona-se a corrente elétrica para estipular a proteção 
individual do circuitos e do respectivo condutor para cada circuito, e estes são identificados 
como circuitos terminais, pois sempre terminam no ponto de alimentação de uma tomada com 
seu respectivo equipamento ou algum sistema de iluminação, de aquecimento e/ou aparelhos de 
ar-condicionado. 
3.1 Montagem dos circuitos elétricos
Ocorre em função das características das cargas. No caso das tomadas, é usual separar os circuitos 
das TUGs por potência, pois a norma sugere que não se misture num mesmo circuito tomadas de 
potência diferentes, mesmo que todas sejam TUGs.
A TUE, por ser usada para determinado equipamento, o circuito dimensionado é individual, 
independente e estipulado pela potência do respectivo aparelho. 
Os circuitos de iluminação são dimensionados em função da potência das luminárias, de sua tensão 
de serviços, como especifica a norma de segurança NR 10 (BRASIL, 1978). A legislação fixa que sejam 
dimensionados no mínimo dois circuitos de iluminação para cada apartamento ou casa por questão de 
segurança e determinação do Corpo de Bombeiros da região. 
 A montagem dos circuitos também estipula que as cargas de iluminação e as cargas de tomadas de 
força podem estar num mesmo quadro de distribuição, porém em circuitos separados. 
21
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Tabela 2 – Relação de equipamentos do apartamento modelo n. 82
Quantidade Tipo/Modelo Potência individual Tensão
2 peças Ar-condicionado 24000 BTU 2200 W Bifásico – 220V
4 peças Ar-condicionado 30000 BTU 2600W Bifásico – 220V
1 peça Chuveiro blindado 6200 W Bifásico – 220V
1 peça Chuveiro semiblindado 5200 W Bifásico – 220V
1 peça Torneira elétrica 2800 W Bifásico – 220V
1 peça Lava-louça 3200 W Bifásico – 220V
1 peça Secadora 5400 W Bifásico – 220V
1 peça Exaustor 2200 W Bifásico – 220V
1 peça Triturador de lixo 400 W Monofásico – 127V
1 peça Ferro elétrico 950 W Monofásico – 127V
Conforme a tabela anterior, acrescentando as TUGs, tem-se:
6 TUGs de 600 W, sendo três na cozinha e três na área de serviço.
26 TUGs de 100 W. 
Além disso, acrescentam-se 3 TUEs de 300 W, para os microcomputadores, e uma impressora de 500 W, 
todos alimentados em 1∅ – 127V.
Exemplo de aplicação
Com a relação de cargas da tabela anterior e o acréscimo das TUGs, montar a tabela dos circuitos 
com as devidas identificações. 
Resolução: 
Inicia-se a montagem dos circuitos pelas TUGs de 600 W. Como temos um total de seis unidades e o 
limite é de 2000 W por circuito, divide-se essas tomadas em dois circutos de 1800 W, identificando-os 
com a letra T, sendo:
T1 – Circuito com 3 TUGs de 600 W da cozinha, num total de 1800 W. 
T2 – Circuito com 3 TUGs de 600 W da área de serviço, num total de 1800 W.
As demais TUGs de 100 W, num total de 2600 W, serão divididas em mais dois circuitos. 
T3 – 13 TUGs de 100 W, num total de 1300 W, escolhidas na planta pela proximidade.
T4 – 13 TUGs de 100 W, num total de 1300 W restantes, que devem estar próximas.
T5 – 3 TUEs de 300 W dos micros e 1 TUE de 500 W da impressora, num total de 1400 W. 
22
Unidade I
Com base na relação das cargas específicas das TUEs da tabela dos equipamentos do apartamento 
modelo, monta-se a continuidade da circuitação do exemplo:
T6 – Ar-condicionado de 24000 BTU de 2200 W – 2∅ – 220V.
T7 – Ar-condicionado de 24000 BTU de 2200 W – 2∅ – 220V.
T8 – Ar-condicionado de 30000 BTU de 2600 W – 2∅ – 220V.
T9 – Ar-condicionado de 30000 BTU de 2600 W – 2∅ – 220V.
T10 – Ar-condicionado de 30000 BTU de 2600 W – 2∅ – 220V.
T11 – Ar-condicionado de 30000 BTU de 2600 W – 2∅ – 220V.
T12 – Chuveiro blindado de 6200 W – 2∅ – 220V.
T13 – Chuveiro semi-blindado de 5200 W – 2∅ – 220V.
T14 – Toneira elétrica de 2800 W – 2∅ – 220V.
T15 – Lava Louças de 3200 W – 2∅ – 220V.
T16 – Secadora de 5400 W – 2∅ – 220V.
T17 – Exaustor de 2200 W – 2∅ – 220V.
T18 – Triturador de lixo e ferro elétrico, com total de 1350 W – 1∅ – 127V.
Com o fechamento da circuitação do apartamento usado como exemplo e com base no modelo 
da tabela de cargas padronizada para montar o diagrama unifilar do quadro de distribuição que será 
montado nesse apartamento padrão, monta-se a seguinte tabela de carga:
Tabela 3
Des. circuito Potência (W)
Tensão 
(V) N. fases
In circuito 
(A)
Disjuntor 
(A)
Condutor 
(mm2)
Com 
DR
Sem 
DR
T1-TUGs 1800 127 1∅ 14,17 16 2,5 X
T2-TUGs 1800 127 1∅ 14,17 16 2,5 X
T3-TUGs 1300 127 1∅ 10,23 12 2,5 X
T4-TUGs 1300 127 1∅ 10,23 12 2,5 X
T5-TUEs 1400 127 1∅ 11,02 12 2,5 X
T6-Ar cond. 2200 220 2∅ 10,0 12 2,5 X
T7-Ar cond. 2200 220 2∅ 10,0 12 2,5 X
T8-Ar cond. 2600 220 2∅ 11,8 15 2,5 X
T9-Ar cond. 2600 220 2∅ 11,8 15 2,5 X
T10-Ar cond. 2600 220 2∅ 11,8 15 2,5 X
23
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Des. circuito Potência (W)
Tensão 
(V) N. fases
In circuito 
(A)
Disjuntor 
(A)
Condutor 
(mm2)
Com 
DR
Sem 
DR
T11-Ar cond. 2600 220 2∅ 11,8 15 2,5 X X
T12-Chuveiro 6200 220 2∅ 28,18 36 6,0 X
T13-Chuveiro 5200 220 2∅ 23,63 30 6,0 X
T14-Torneira 2800 220 2∅ 12,72 16 2,5 X
T15-Lava louça 3200 220 2∅ 14,54 16 2,5 X
T16-Secadora 5400 220 2∅ 24,54 30 6,0 X
T17-Exaustor 2200 220 2∅ 10,0 12 2,5 X
T18-Trit. + ferro 1350 127 1∅ 10,62 12 2,5 X
 Observação
A tabela anterior mostra alguns circuitos que têm equipamentos com 
DR (diferencial residual). Equipamentos que trabalham dentro com água ou 
em áreas úmidas necessitam de DR. 
3.2 Padronização dos circuitos elétricos
A NBR 5410 (ABNT, 2004), no tocante à distribuição de circuitos, não fixa um valor limite de potência 
para os circuitos. 
Contudo, a prática dos instaladores com os procedimentos usuais dos projetistas promoveu o 
consenso de que a padronização do limite de potência por circuito é fundamental. Assim, deve-se 
padronizar os disjuntores de proteção com os respectivos condutores de circuitos terminais, o que facilita 
muito a manutenção, o estoque e, obviamente, a reposição de quaisquer componentes da instalação e 
o modelo de quadro de distribuição elétrico de luz e força. 
A seguir, destaca-se a padronização mais usual no meio de projetistas:
• Para circuitos de TUGs monofásicas (127V ou 120V), usa-se o limite do circuito até 2000 W.
• Para circuitosde TUGs bifásicos (220V ou 240V), usa-se o limite do circuito até 2500 W.
• No mesmo circuito de TUGs, não se pode usar tomadas de 100 W junto com tomadas de 600 W. 
• As TUEs cujos equipamentos específicos tiverem potência individual acima de 2000 W deverão 
ser ligadas num circuito independente, mas quando houver uma TUE com potência menor que 
este valor, ela poderá pertencer ao mesmo circuito de TUG, desde que não ultrapasse o limite de 
potência por circuito padronizado. 
24
Unidade I
• A somatória das TUGs de uma mesma residência não deve ultrapassar o valor limite do 
circuito, no caso de 1∅ de 2000 W, para manter o senso de padronização. Divide-se o valor 
total da potência dessas tomadas para que os circuitos sejam menores, porém com potências 
mais próximas. Exemplo: se a somatória das TUGs monofásicas de um apartamento for de 
2400 W, como ultrapassou o limite de 2000 W, o senso de padronização sugere que essas 
tomadas sejam divididas em dois circuitos de 1200 W cada, e não um circuito de 2000 W e 
outro de 400 W. 
3.3 Elementos de proteção dos circuitos elétricos
Para dimensionar os disjuntores para os circuitos terminais monofásicos e bifásicos de um quadro de 
distribuição de luz e força residencial, adota-se o roteiro a seguir.
Primeiro, dimensiona-se a corrente nominal do circuito.
Incirc = P (w) / V do circuito
Onde:
P (w) = Potência total do circuitos em watts 
V = Tensão onde está ligado o circuito
Com o valor da In do circuito terminal calculado, dimensiona-se a corrente do disjuntor de proteção 
desses circuitos pela fórmula a seguir:
Indisj.< 1,25 x Incirc.
Então, é preciso escolher na lista de equipamentos ofertados o disjuntor imediatamente inferior 
a esse valor calculado. Sempre use esse critério em negrito, com apenas uma exceção: quando houver 
na lista dos disjuntores ofertados um disjuntor superior, mas próximo do valor, só utilizá-lo se seu valor 
não ultrapassar a 3% do valor calculado. Para tal, complementa-se a fórmula anterior com esse critério 
de até 3%, a saber:
Indisj. < 1,25 x Incirc x 1,03
Os disjuntores ofertados são padronizados em amperes (A): 06, 10, 12, 16, 20, 25, 32, 36, 40, 50, 63, 
80, 100, 125, 150, 163, 200, 225, 250, 325, 400, 500 e 630.
25
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
COZINHA ÁREA DE SERVIÇO
DORMITÓRIO
EMPREGADA
SUÍTE
DORMITÓRIO 2DORMITÓRIO 1
WC
WC
SALA DE JANTAR
SALA DE ESTAR
PLANTA APARTAMENTO
ESCALA 1:50
4,00
3
,0
0
3
,0
0
2,80
2
,0
0
4,00
3
,0
0
3
,0
0
4,003,507
,6
0
6,00
3
,6
0
1,50
3
,0
0
1
,8
5
3,002,50
1
,8
5
2
,7
0
1,50
3
,4
0
4,60
1
,1
5
8,85
QGLF
L1
L1
L1
L1
L1
L2
L2
L1L1
L2 L2 L2
PLANTA DO APARTAMENTO – ILUMINAÇÃO
Figura 8 – Planta de iluminação do apartamento dividida em circuitos
3.4 Planta de circuitação de uma residência de luxo 
Para finalizar o projeto de distribuição das tomadas com as divisões de circuitos, serão apresentadas 
três plantas de uma residência de luxo. Serão ilustrados o diagrama da planta de distribuição das TUGs 
e das TUEs a partir do quadro geral de distribuição, bem como uma legenda específica. Existem nas 
instalações várias legendas que são usadas para um mesmo tipo de planta. A norma não padroniza, mas 
orienta que qualquer legenda utilizada deverá ser demonstrada e repetida em todas as plantas do projeto. 
26
Unidade I
A seguir, destaca-se um exemplo de distribuição de iluminação e tomada. 
S S
SS
SS S S
TV
S
S
A A
A SOBE
SOBE
R
AM
PA
 i=
25
%
C
=4
.2
0m
1
2
3
4
67891011
12
PROJEÇÃO
PERGOLA
PROJ. PAV. TÉRREO
M
U
R
O
 H
=4
.7
0m
M
U
R
O
 H
=3
.0
0m
GRELHA
97.25
FUNDO
13
5
DEPÓSITO
W.C.1
DORM. EMP.
ÁREA DE SERVIÇO
GARAGEM
HALL
PISCINA
MURO DE ARRIMO
M
U
R
O
 D
E 
AR
R
IM
O
M
U
R
O
 D
E 
AR
R
IM
O
MURO DE ARRIMO
DG- TELEFONE
QDLF- EMBASAMENTO
12
b
2
1
b
1
b
1
b
1
b
1
b
1
b
1
b
1
b
1
b
1
b
1
a
2 2
2
2
2
2
a b
11
a b
1
1
2
2
2
2
3
4
5 6
7
12
7
71221b
1b
71b 2
71b 2
21b 71b 27 1b 2
612
#4
6
#4
1a 1b
1a 1b
21b
21b
21b
1b
12c d c d
c
d
12d
6
#4
12
2
12
1
2
53
12
35
4
712 6
#4
2 2
2919 20 2821 272625242322
#4 #4
4xØ3/4"
1889 1710 14
4xØ3/4"
11 12 13
#4
15 16
#4
ESC:1:50
PLANTA EMBASAMENTO
Figura 9 – Planta de distribuição elétrica: residência de luxo (parte 1)
27
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
R3
0.0
0
S
PR
O
JE
Ç
ÃO
 D
O
MURETA H=50cm
M
U
R
O
h=
2.
00
m
C
AN
AL
ET
A
AB
R
IG
O
 D
E 
P
O
RT
A
M
U
R
ET
A
H
=1
.6
0m
PR
O
J.
 D
O
 B
EI
R
AL
PROJ. DO BEIRAL
97.25
FUNDO
CHURRASQ.
GUARITA
PISCINA
VER DET. AMPLIAÇÃO PISCINA
DECK EM MADEIRA
COZINHA
JARDIM
QDF-PISCINA
COIFA FOGÃO
10 10MLL
13
GELEDEIRA
FREEZER
12
12
12
8a
14
10
11
MICROONDAS
111110
1110
13
8a 121110
b
8
121110
14
#4
13
8 121110
b
15
15
15
15
8b 15
9f
9g
9g
9g
1
9g
9g
9g
9g
9f g
1
#6
1
#6
S
S
S
S
S
S
C
 S
SS
SS
SS
DESCE
SOBE
DESCE
SOBE
97.05
R
AM
PA
 i=
25
%
C
=4
.2
0m
1
2
3
4
5
6
710 8
projeção do 
pavim. superior PERGOLADO
mureta h=1.00m
M
U
R
O
 H
=2
.0
0m
M
U
R
O
 h
=2
.0
0m
MURO H=4.20m
PR
O
J.
 D
O
 B
EI
R
AL
MURO H=4.20m
PERGOLADO
97.45
PROJ. DO BEIRAL
9
JANTAR
LAVABO
LAREIRA
ESTAR
ÁREA DESCOBERTA
e
e
8
AR COND.
24000 BTU
PERSIANA 
ELÉTRICA
1/4CV
PERSIANA
ELÉTRICA
1/4CV
8a
c
8
c
8
c
ca
8a
8d
8d
8d
8d8d
8d
e
15
15
16
PERSIANA 
ELÉTRICA
1/4CV
16
AR COND.
24000 BTU
18
8
15
16
17#4
15
17
#4
16158
18
#4
17
#4
16
d
15
8 15
15
c d
158 c d158
8c
15
8
d
8d
8d
8d
8d
8d
181716
#4
15
15
15
15
CENTRAL DE SOM
9f
9
f
g
9f
9f g
8h 8h
8h8h
8h i
8i
8d
8h
8h8h
2919 20 2821 272625242322
#4 #4
4xØ3/4"
#4 #4
8
8 15
15
8 15
8 15
h
h
9h
ESC:1:50
PLANTA PAV. TÉRREO
Figura 10 – Planta de distribuição elétrica: residência de luxo (parte 2) 
 
28
Unidade I
S
SS
S
S
S
TV
S
S
S
S
S
S
SS
TV
DESCE
FL
O
R
EI
R
A
C
O
BE
R
TU
R
A 
EM
 T
EL
H
A 
C
ER
ÃM
IC
A
PROJ. DO BEIRAL
i=
50
%
COBERTURA EM TELHA CERÃMICA
i=50%
COBERTURA EM TELHA CERÃMICA
i=50%
C
O
BE
R
TU
R
A E
M
 T
EL
H
A 
C
ER
ÃM
IC
A
i=
50
%
FLOREIRA
SUÍTE 1
SUÍTE
CLOSETBANHO 1
CLOSET
VAZIO
BANHO 3
CASAL
HALL
19 19
c
19
19
19
e
19c
19
a
20
aa
a
a a
bb
b
a
a
20
20
20
20
20
2020
202020
21
21
21
21 21
21
21
21
22
CHUVEIRO
5400W
23
24 25
AR COND.
2600W
PERSIANA
1/4CV 
PERSIANA
1/4CV 
25
26
a
b
20 ba
20 b
20 b
20 a20 a
20 a
20 a
20 a20 a
20 ba
2322
#4
22
#4
23
#4
2322
#4
19
19
2322
#4
19
23 19
2119 19 21
21
19c
c
21 2322
#4
19
19
19 21
21
19 21
19 21
24
#4
24
#4
25
2919 21 28
#4
2119
2928
#4
19 21 19e
19 21
26
#4
19
19 21
19 21
21
25
e
19
CAIXA DE PASSAGEM
H=0,30
2919 20 2821 272625242322
#4 #4
4xØ3/4"
S
S
TV
S
S
S
PR
O
J.
 D
O
 B
EI
R
AL
PR
O
J.
 D
O
 B
EI
R
AL
SUÍTE 2
BANHO2
19 19
d
19
b
b
b
b
a
b
20
20
2020
20
20
21
21
21
21
21
21
27
AR COND.
2600W
28
AR COND.
2600W
29
20 ba
20 b
20 b
20 b
20 b
20 b
20 b
PERSIANA
1/4CV 
25
29
#4
19 21
21
2919 21
#4
28
#4
2821
#4
19d
d
d
2119d
19d
2725
#4
2725
#4
19 21
21
e
19
21
25
25
ESC:1:50
PLANTA PAV. SUPERIOR
Figura 11 – Pavimento térreo
TV
S
A
Legenda
Caixa de entrada de energia tipo “E”
Tubulação de luz embutida no teto ou parede
Quadro de distribuição de luz (QDLF)
Tubulação de luz embutida no piso
Ponto de luz incandescente no teto
Tubulação de telefone embutida no teto ou parede
Ponto de luz incandescente na parede (Arandela)
Tubulação de telefone embutida no piso
Ponto de tomada - 127v - baixa - H=0,30m.
Tubulação de tv embutida no teto ou parede
Ponto de tomada - 127v - media - H=1,15m 
salvo indicado
Tubulação de tv embutida no piso
Interruptor simples H=1,15m
Fiações: fase, neutro, retorno e terra respectivamente.
Interruptor bipolar para acionamento da banheira
Tubulação que sobe
Ponto de telefone H=0,30m
Tubulaçãoque desce
Ponto de interfone H=1,60m
Luminária de muro
Ponto de (TV) televisão altura indicada
Projetor
Caixa de ligação para ponto de força chuveiro
Projetor de jardim
Ponto de ligação para força persiana, 
ar-condicionado e banheira
Luminária fluorescente 2x20w - 127v 
Sensor de presença
Luminária dicróica
Luminária para jardim
Luminária para piscina
Ponto de luz hqi de 75w no teto
S
Figura 12 – Legenda das plantas anteriores
29
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
4 MONTAGEM DE UMA ENTRADA DE ENERGIA 
4.1 Documentos técnicos para a aprovação da entrada de energia na 
concessionária local
Quando a residência, normalmente uma casa, tem necessidade de aumentar seus cômodos, são 
montadas instalações improvisadas para alimentar novos chuveiros, novos quartos, cozinha etc. Assim, 
a instalação elétrica precisa ser ampliada com novos circuitos.
Como a potência instalada aumentou, é necessário solicitar para a concessionária de distribuição 
elétrica local o aumento de carga ou então uma nova entrada de energia. Para tal, é preciso que haja 
divisão física da casa com outra entrada de acesso, por exemplo. 
As concessionárias de distribuição e comercialização da energia no Brasil são gerenciadas pela 
Aneel. Para aprovar uma entrada de energia nova ou um aumento de cargas, elas solicitam documentos 
técnicos e verificam os seguintes aspectos:
• Relação de carga instalada, que dispõe todos os aparelhos e sistemas de consumo de energia 
elétrica, sem nenhum critério de tempo de uso ou de demanda, de preferência separados por 
grupos de cargas.
• Faz-se o cálculo de demanda: trata-se do estudo da simultaneidade do uso das cargas instaladas, 
importante para o dimensionamento do cabo alimentador da instalação. Essas cargas são separadas 
por tipo de cargas, conforme a orientação da concessionária de distribuição elétrica local. 
• Obtém-se então a potência total demandada.
• Depois, dimensiona-se a entrada de energia, através da corrente nominal demandada e, conforme 
tabela padrão da concessionária, escolhe-se o padrão da entrada, por meio da categoria de 
fornecimento de energia.
• Fixa-se o memorial descritivo da entrada de energia, um documento que reúne os três registros 
citados anteriormente como um memorial de cálculo. Depois, preenche-se uma tabela padrão 
a ser apresentada na concessionária local para aprovação da nova ligação ou do pedido de 
aumento de carga.
• Após a montagem de todos os documentos e juntá-los no memorial descritivo, completa-se 
a documentação. 
Exemplo de aplicação
Montar os documentos técnicos para aprovação da entrada de energia elétrica de uma escola 
de ensino fundamental instalada na cidade de São Paulo, a qual é atendida pela Enel, destacando a 
relação de cargas. 
30
Unidade I
Resolução: 
a) Relação de carga, separada em grupos
Com a relação de todos os equipamentos e pontos de elétrica da referida escola, montou-se a tabela 
a seguir, já separada por tipo de carga:
Grupo 1: lâmpadas e tomadas. 
Grupo 2: aparelhos elétricos.
Grupo 3: motores. 
Então, obteve-se a potência total instalada de 67,70 kW. Como o valor é menor que 75,0 kW, a 
entrada de energia será fornecida pela concessionária local em baixa tensão.
Tabela 4 – Relação de carga de uma escola de ensino fundamental
Relação de carga
1. Grupo de lâmpadas e tomadas Carga (W) Quantidade Total (W)
1 – Tomadas de uso geral 100 50 5000
2 – Três primeiras TUGs da cozinha 600 3 1800
3 – Lâmpada incandescente 100 13 1300
4 – Lâmpada de vapor metálico 250 6 1500
5 – Lâmpada de vapor metálico 500 2 1000
6 – Lâmpada fluorescente de compensação 50 200 10000
Total do grupo 20600
2 Grupos de aparelhos elétricos Carga (W) Quant. Total (W)
1 – Chuveiro elétrico 5200 2 10400
2 – Torneira elétrica 3000 1 3000
3 – Aquecedor de passagem 5200 1 5200
4 – Forno elétrico 1500 1 1500
5 – Microcomputador 600 10 6000
6 – Lava-louça 3000 2 6000
7 – Ar-condicionado 2600 2 5200
Total do grupo 37300
3 Grupos de motores Carga (W) Quant. Total (W)
1 – Motor bifásico (bomba de rec.) 2 CV 1950 2 3900
2 – Motor bifásico (bomba de inc.) 3 CV 2950 2 5900
Total do grupo 9800
 Total geral 67,70 kW
31
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
b) Cálculo de demanda (em W)
A seguir, serão apresentadas duas tabelas, uma de fator de demanda de iluminação e a outra de 
TUGs e iluminação para locais de uso coletivo.
Por ser tratar de escola, usa-se e tabela de fator de demanda, com os seguintes detalhes: o primeiro 
grupo de cargas da tabela anterior envolve a somatória da potência das TUGs com as lâmpadas (Grupo 
1). Assim, aplica-se o fator de demanda da tabela de TUGs de uso coletivo. Essas tabelas sugestivas 
são fornecidas pela concessionária local e variam conforme a região do país em função do clima, dos 
costumes e até mesmo da cultura específica de cada um.
Para obter-se a potência demandada do Grupo 1 = Pot. Tot. x F.D, onde tem-se D1 = (12000 x 1) + 
((20600 – 12000) x 0,5) = 20600 W, obtido pela tabela de uso coletivo, localizando o item de escolas e 
semelhantes, calcula-se a demanda da iluminação e TUGs com 1,0 (100%) para os primeiros 12 Kw e 0,5 (50%) 
para o que exceder a 12 kW.
O cálculo da demanda do grupo de aparelhos elétricos, Grupo 2, é feito usando-se a tabela fatores 
de demanda para aparelhos. Conforme essa tabela, tem-se o seguinte detalhamento de cálculo:
Esses aparelhos pertencem ao mesmo grupo, a saber:
2 peças – chuveiro elétrico de 5200 W 
1 peça – torneira elétrica de 3000 W
1 peça – aquecedor individual de passagem de 5200 W 
Esse grupo possui um total de carga de 18600 W. Com um número de quatro aparelhos, tem-se pela 
tabela um fator de demanda de 48%, isto é, um fator de multiplicação de 0,48.
Ainda no mesmo item b), tem-se na lista de aparelhos da escola um forno elétrico com potência 
de 1500 W, e pela referida tabela de potência mínima de aparelhos domésticos, o fator de demanda 
desse item é de 100%, isto é, um fator de multiplicação de 1,00 e 2 peças – lava-louça de 3000 W (total 
de 6000 W). Assim, tem-se o fator de demanda de 72%, isto é, um fator de multiplicação de 0,72. No 
mesmo item, tem-se 10 peças – microcomputador de 600 W (total de 6000 W). Estes, por não constarem 
na tabela de aparelhos, envolvem uma demanda de 100%, isto é, um fator de multiplicação de 1,00.
O último item mencionado no grupo de aparelhos são 2 peças – ar-condicionado com 2600 W (total 
de 5200 W), com um fator de demanda de 100%, isto é, um fator de multiplicação de 1,00.
Assim, obtém-se um total de potência demandada desse grupo:
D2 = (18600 x 0,48) + (1500 x 1,00) + (6000 x 0,72) + (6000 x 1,00) + (5200 x 1,00)
32
Unidade I
D2 = 8928 + 1500 + 4320 + 6000 + 5200 
Logo, D2 = 25948 W 
Considerarando todos os aparelhos resistivos, com fator de potência 1,0, com exceção do 
ar-condicionado (por ser indutivo, tem um fator de potência 0,85), tem-se a potência aparente desse 
item = (20748 x 1.0) + (5200 : 0,85) : 26865 VA
O cálculo do fator de demanda desse grupo é obtido pela seguinte fórmula:
Potência do maior motor + 0,5 x potência dos demais motores. No exemplo da escola, tem-se :
D3 = 2950 + (1950 + 1950 + 2950) x 0.5 = 6375 W 
Considerando um fator de potência dos motores de 0,85, obtém-se uma potência 
demandada de 7.500 VA 
Potência total demandada da escola:
DT = D1 + D2 + D3 = 52923 W (potência útil) ou DT = 56756 VA (potência aparente) 
c) Cálculo da corrente total demandada 
Como a potência total instalada da escola é maior que 35 kW, ela pode ser alimentada por sistema 
trifásico em delta, isto é, dm 240V.
I(A) = DT / √3. 240V (delta) = 56756 VA / √3. 240V = 136,53 A 
Tabela 5 – Fator de demanda de iluminação e TUG residencial, hotel e flat
Potência instalada de iluminação e 
tomadas de uso geral (kW) Fator de demanda (%)
Até 1 86
Acima de 1 a 2 75
Acima de 2 a 3 66
Acima de 3 a 4 59
Acima de 4 a 5 52
Acima de 5 a 6 45
Acima de 6 a 7 40
Acima de 7 a 8 35
Acima de 8 a 9 31
Acima de 9 a 10 27
Acima de 10 24
33
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICASTabela 6 – Fator de demanda de iluminação e TUG de uso coletivo
Descrição Fator de demanda 
Auditórios, salões para exposição e semelhantes 1,0
Bancos, lojas e semelhantes 1,0
Barbearias, salões de beleza e semelhantes 1,0
Clubes e semelhantes 1,0
Escolas e semelhantes 1,0 para os primeiros 12 kW e 0,5 para o que exceder a 12 kW
Escritórios 45
Garagens comerciais e semelhantes 40
Hospitais e semelhantes 35
Igrejas e semelhantes 1,0
Indústrias 1,0
Restaurantes e semelhantes 1,0
Tabela 7 – Fatores de demanda para aparelhos
Número de 
aparelhos
Chuveiro; torneira 
elétrica; aquecedor 
individual de 
passagem
Lava-louças; 
aquecedor 
central de 
passagem
Aquecedor 
central de 
acumulação
Fogão 
elétrico; 
forno 
micro-ondas
Máquina de 
secar roupas; 
sauna; ferro 
elétrico
Hidromassagem
1 100 100 100 100 100 100
2 68 72 71 60 100 56
3 56 62 64 48 100 47
4 48 57 60 40 100 39
5 43 54 57 37 80 35
6 39 52 54 35 70 25
7 36 50 53 33 62 25
8 33 49 51 32 60 25
9 31 48 50 31 54 25
10 a 11 30 46 50 30 50 25
12 a 15 29 44 50 28 46 20
16 a 20 28 42 47 26 40 20
21 a 25 27 40 46 26 36 18
26 a 35 26 38 45 25 32 18
36 a 40 26 36 45 25 26 15
41 a 45 25 35 45 24 25 15
46 a 55 25 34 45 24 25 15
56 a 65 24 33 45 24 25 15
66 a 75 24 32 45 24 25 15
76 a 80 24 31 45 23 25 15
81 a 90 23 31 45 23 25 15
91 a 100 23 30 45 23 25 15
34
Unidade I
Número de 
aparelhos
Chuveiro; torneira 
elétrica; aquecedor 
individual de 
passagem
Lava-louças; 
aquecedor 
central de 
passagem
Aquecedor 
central de 
acumulação
Fogão 
elétrico; 
forno 
micro-ondas
Máquina de 
secar roupas; 
sauna; ferro 
elétrico
Hidromassagem
101 a 120 22 30 45 23 25 15
121 a 150 22 29 45 23 25 15
151 a 200 21 28 45 23 25 15
201 a 250 21 27 45 23 25 15
251 a 350 20 26 45 23 25 15
351 a 450 20 25 45 23 25 15
451 a 800 20 24 45 23 25 15
801 a 1000 20 23 45 23 25 15
Tabela 8 – Fatores de demanda de ar-condicionado
Número de aparelhos Fator de demanda
1 a 10 100
11 a 20 90
21 a 30 82
31 a 40 80
41 a 50 77
Acima de 51 75
d) Dimensionamento da entrada de energia
Após o dimensionamento da corrente elétrica I = 136 A, no exemplo da escola e da escolha do 
disjuntor ou fusível de proteção, define-se o tipo de categoria de fornecimento da energia elétrica 
considerando a tabela padronizada da concessionária. Depois, monta-se a tabela a seguir, com os dados 
técnicos e especificações dos equipamentos e materiais da entrada de energia, como: diâmetro dos 
condutores fase e seu tipo monofásico, bifásico ou trifásico; condutor neutro e condutor terra; tipo de 
medição; proteção elétricas (disjuntores ou fusíveis); tipo de caixa padrão; eletrodutos correspondentes; 
e o tipo de poste a ser utilizado.
 Saiba mais
Consulte a referência a seguir para visualizar a tabela padronizada de 
uma concessionária de energia.
A EVOLUÇÃO em aprender eletricidade. Entendendo Elétrica, [s.d.]. Disponível 
em: https://entendendoeletrica.com/cetecc/. Acesso em: 3 ago. 2020.
35
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Tabela 9 – Dimensionamento da entrada de energia da escola 
Tensão 240 / 120V
Categoria B-08
Medição Indireta (caixa tipo M + T)
Condutor
70 mm2 (3 fases)
70 mm2 (1 neutro)
Proteção
Antes da medição: chave secc. seca NH 250 A – (manobra c/ carga)
Após a medição: disjuntor de 163 A – (manobra c/ carga)
Eletroduto 60 mm PVC ou 50 mm aço
Aterramento
Bitola do condutor: 35 mm²
Eletroduto: 20 mm PVC ou 25 mm aço
Poste 300 N, duplo T
e) Montagem do memorial descritivo da entrada de energia 
Para concluir o exemplo de aplicação da montagem da documentação técnica para a aprovação 
da entrada de energia da escola em referência, monta-se um memorial descritivo, composto das 
seguintes páginas: 
• Página 1: logotipo da empresa que montou o documento, número do documento, dados do 
cliente e endereço da obra (a escola) e o título do documento.
• Página 2: cabeçalho padrão do documento com folha de controle das páginas utilizadas.
• Página 3: índice do documento com os seguintes itens:
—― objetivo;
—― relação de carga;
—― cálculo de demanda; 
—― dimensionamento; 
—― conclusão. 
• Página 4: logotipo da concessionária a aprovar o documento e detalhamento do 
objetivo do documento.
• Página seguinte ou mais: relação de cargas. 
• Página seguinte ou mais: cálculo de demanda e dimensionamento da corrente geral.
36
Unidade I
• Página seguinte ou mais: ficha técnica com os componentes da entrada de energia.
• Página final: conclusão do documento com o número da instalação existente (se existir) e 
assinatura do engenheiro responsável pela entrada de energia.
f) Planta de uma entrada de energia em BT
Conforme o roteiro acentuado da documentação técnica para a aprovação da entrada de energia 
na concessionária local, após o levantamento de cargas, o dimensionamento da potência demandada 
e a montagem da ficha de dimensionamento pelo tipo de categoria de fornecimento, é necessário 
preencher a documentação ilustrada com o projeto de entrada da caixa padrão com os postes, de acordo 
com a entrada de energia solicitada em BT.
Figura 13 – Centro de medição de energia em prédio residencial
Figura 14 – Quadro de distribuição compacto (CDQ) de um centro de medição
37
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Poste de concreto duplo T (3F + N) # 95 mm2 + 4º fio) # 95 mm
Eletroduto em aço zincado Ø 65 mm
Braçadeira de aço zincado
Chave sescionadora tipo NH
CX. – M CX. – T
Chave secc. sob 
carga s/fusíveis 
3 x 250 A
(N) 95 mm2
Neutro
5/8” x 2”
DPS 
de 
40kA
Disj. 
32 A
Niple 
# 2
Terminal de 
aterramento
(T) # 95 Cu nu
Aterr. neutro
(3F) # 95 mm²
8 x 2,5 mm
MediçãoBloco de 
aferição
TC TC TC
Caixa para dispositivos de 
proteção e manobra (cx. tipo T)
Caixa externa para entrada
Proteção da bomba de incêndio
Telefone – 250 x 150 x 100 mm
Prever instalação de DPS
Caixa externa para entrada
TV a cabo – 250 x 150 x 100 mm
Caixa de inspeção
Ver detalhe abaixo
Haste cobreada
Dim. Ø 5 / 8” x 2,40 mm
Acionamento com carga 3 x 250 A / Fus. NH 160 A
300 dAN / 7,50 m
Eletroduto em aço zincado
Ø 25 mm (TV a cabo)
Eletroduto em aço zincado
Ø 32 mm (telefone)
Ø 32 mm
(T) # 95 Cu nu
Aterr. neutro
Vista frontal
Eletroduto em aço zincado
Eletroduto em aço zincado
Ø 32mm (telefone)
Alimentador QF–BI (b. incêndio)
Ø 32 mm – (2F + 4ºfio +T) # 6 mm
(3F + N) # 95 mm + (T) # 50 mm
Eletroduto em PVC rígido Ø 2 ½”
Caixa de inspeção
Ver detalhe abaixo
Haste cobreada
Dim. Ø 5/8” x 2,40 m
Ø 25 mm (TV a cabo)
Esc.: 1:10
Ø 32 mm
Figura 15 – Projeto de uma entrada de energia em BT com as caixas M + T
38
Unidade I
Armação secundária 
com quatro estribos
Braçadeira de aço zincado
Isolador p/ 4º fio
Braçadeira de aço zincado
Deixar 50 cm por fio
Curva de 180°
Braçadeira de aço zincado
Braçadeira de aço zincado
Poste de concreto duplo T
300 dAN / 7,50 m
Vista superior Corte B–B
Pingadeira
Concreto
Eletroduto aço zincado
Prancha de madeira compensada de 
espessura 17 mm +- 2 mm
Haste 3/4” x 3,00 m
Cabo de cobre nu
Caixa de inspeção
Conf. detalhe abaixo
Haste cobreada
Dim. Ø 5 / 
8” x 2,40 mm
Corte A-A
Esc.: 1:10
Conector de bronze cabo-haste
Conector cabo-haste em latão
Caixa de medição tipo M
Porta externa
Chapa n. 14 MSG Reboco
Reboco
Chapa de aço n. 14 MSG.
Visor com vidro e dispositivos para selagem
Ø 25 mm (TV a cabo)
Eletroduto aço zincado
Ø 32 mm (telefone)
Caixa de inspeção de aterramento
Alça tipo telefônica
Alça tipo TV a cabo
Curva de 180°
Figura 16 – Projeto de uma entrada de energia em BT com detalhes do poste e cabos
39
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
 Resumo
Nesta unidade, estudamos o desenvolvimento de um projeto de 
instalações elétricas prediais.
Para tal, foram apresentadas as relações de documentos técnicos que 
devem ser observados e as classes de tensões elétricas de serviço.
Na sequência, explicou-se como funciona o fornecimento de energia 
em baixa e em média tensão.
Na divisão dos circuitos elétricos de tomadas e de iluminação, foram 
elencadosos seguintes aspectos: montagem dos circuitos elétricos; 
padronização; elementos de proteção; e planta de circuitação de uma 
residência de luxo. 
Por fim, foram acentuados os documentos técnicos para a aprovação 
da entrada de energia na concessionária local.
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir.
Aquecimento de água: elétrico, a gás ou termossolar?
Avalie três fontes de aquecimento e eleja a mais conveniente para sua residência
Em época de crise hídrica e elétrica, vem à tona a discussão sobre qual maneira de esquentar a 
água agride menos o meio ambiente. Fazer essa escolha fica mais difícil por causa da extensão do 
território brasileiro, cujas necessidades em tal seara variam entre os estados. Com climas peculiares, os 
critérios técnicos de definição do melhor sistema são divergentes – um aquecedor eficiente no Sul será 
superdimensionado no Norte. Tanto que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 
(Inmetro) recomenda, visando a melhorar a eficiência do chuveiro elétrico, a utilização de potências 
diferentes de acordo com a região onde será instalado.
Os principais métodos disponíveis no país são três: elétrico, a gás e solar, que mantém um boiler 
como auxiliar. Apesar de nosso imenso potencial energético solar, o aquecimento da água nos lares 
brasileiros ainda é dominado pelo chuveiro elétrico, responsável pelo consumo de 8% da geração de 
toda a energia nacional e por 18% do pico de demanda do sistema. O aparelho aumenta a temperatura 
da água imediatamente, sem desperdiçá-la, mas gasta a energia gerada por recursos hídricos ou, em 
situações adversas, por usinas termoelétricas, que têm custo de produção bem mais alto. O segundo 
40
Unidade I
método mais comum, o aquecedor a gás de passagem, usa um recurso natural finito – e 50% do 
volume consumido atualmente vêm importado da Bolívia. A terceira alternativa, a termossolar, emprega 
energia limpa, mas encontra restrições por causa do alto valor do equipamento e das regiões com pouca 
insolação. Ainda assim, cresceu em vendas nos últimos anos.
Adaptado de: http://casa.abril.com.br/materia/aquecimento-de 
-agua-eletrico-gas-ou-solar. Acesso em: 11 ago. 2020. 
Para fins de aplicação da situação exposta, considere a tabela a seguir, que destaca a simulação de 
gastos em uma casa com dois banheiros e quatro moradores.
Tabela 10
Item Dois chuveiros de 7,5 kW
Aquecedor de 
passagem
Aquecedor 
termossolar
Equipamento R$ 700,00 R$ 1.700,00 R$ 3.000,00
Instalação do equipamento (material e mão de obra) R$ 300,00 R$ 600,00 R$ 1.500,00
Energia elétrica (no ano) R$ 1.900,00 -X- -X-
Gás (no ano) -X- R$ 1.000,00 -X-
Água (no ano) R$ 1.000,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00
Total no primeiro ano R$ 3.900,00 R$ 4.400,00 R$ 5.600,00
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas a seguir.
I – Considerando que a capacidade energética brasileira instalada seja aproximadamente igual a 150 
GW, os chuveiros elétricos consomem 12.000 MW.
II – Em termos de investimentos iniciais (equipamentos e instalação total), o valor a ser aplicado 
no sistema de aquecedor termossolar é cerca de 1,9 vez o valor a ser aplicado no sistema de 
chuveiros elétricos.
III – Tomando como base o total gasto com aquecimento no tipo de residência em estudo até 
o terceiro ano de funcionamento, que inclui investimentos iniciais e gastos com consumo de 
energia elétrica, gás e água, o aquecimento pelo sistema de aquecedor de chuveiros elétricos 
é o mais barato.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas
B) II, apenas.
C) III, apenas.
41
INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: vamos considerar que a capacidade energética brasileira instalada seja igual a 150 GW 
(ou 150.000 MW). O enunciado diz que “apesar de nosso imenso potencial energético solar, o aquecimento 
da água nos lares brasileiros ainda é dominado pelo chuveiro elétrico, responsável pelo consumo de 
8% da geração de toda a energia nacional”.
Logo, precisamos calcular o resultado de 8% de 150.000 MW:
8x150.000
8% de150.000MW 12.000MW
100
= =
Verifica-se que os chuveiros elétricos consomem 12.000 MW.
Observação: o prefixo k refere-se a quilo (103); o prefixo M, a mega (106); o prefixo G, a giga (109).
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a tabela a seguir destaca os investimentos iniciais a serem feitos no sistema de chuveiros 
e no sistema de aquecedor termossolar.
Tabela 11
Item Dois chuveiros de 7,5 kW
Aquecedor 
termossolar
Equipamento R$ 700,00 R$ 3.000,00
Instalação do equipamento (material e mão de obra) R$ 300,00 R$ 1.500,00
Total de investimento inicial R$ 1.000,00 R$ 4.500,00
Observa-se que o investimento inicial no sistema de chuveiros é de R$ 1.000,00 e que o investimento 
inicial no sistema de aquecedor termossolar é de R$ 4.500,00.
Assim, deve-se calcular o quanto R$ 4.500,00 representam de R$ 1.000,00:
R$4.500,00
R$4.500,00 "em" R$1.000,0 4,5
R$1.000,00
= =
42
Unidade I
Verificamos que, em termos de investimentos iniciais (equipamentos e instalação total), o valor a ser 
aplicado no sistema de aquecedor termossolar é cerca de 4,5 vezes o valor a ser aplicado no sistema de 
chuveiro elétrico.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a tabela a seguir mostra os gastos totais com cada um dos três sistemas de 
aquecimento até o terceiro ano de uso. A tabela já apresenta os gastos com consumo de energia elétrica, 
gás e água efetuados até o terceiro ano de funcionamento, obtidos pela multiplicação dos gastos do 
primeiro ano por três.
Tabela 12
Item Dois chuveiros de 7,5 kW
Aquecedor de 
passagem
Aquecedor 
termossolar
Equipamento R$ 700,00 R$ 1.700,00 R$ 3.000,00
Instalação do equipamento (material e mão de obra) R$ 300,00 R$ 600,00 R$ 1.500,00
Energia elétrica até o 3º ano R$ 5.700,00 -X- -X-
Gás até o 3º ano -X- R$ 3.000,00 -X-
Água até o 3º ano R$ 3.000,00 R$ 3.300,00 R$ 3.300,00
Gasto total até o 3º ano R$ 9.700,00 R$ 8.600,00 R$ 7.800,00
Verifica-se que, tomando como base o total gasto com aquecimento no tipo de residência em estudo 
até o terceiro ano de funcionamento, que inclui investimentos iniciais e gastos com consumo de energia 
elétrica, gás e água, o aquecimento pelo sistema de aquecedor termossolar é o mais barato.
Observação: apenas para ilustrar com mais detalhes a evolução dos gastos acumulados para cada 
uma das três opções de sistemas de aquecimento, destaca-se a tabela a seguir. Assim, verifica-se que, 
embora o investimento inicial do sistema de chuveiros elétricos seja o menor, ao longo do tempo, essa 
opção torna-se a mais onerosa.
Tabela 13
Item Dois chuveiros de 7,5 kW
Aquecedor de 
passagem
Aquecedor 
termossolar
Total de investimento inicial R$ 1.000,00 R$ 2.300,00 R$ 4.500,00
Gasto total até o 1º ano R$ 3.900,00 R$ 4.400,00 R$ 5.600,00
Gasto total até o 2º ano R$ 6.800,00 R$ 6.500,00 R$ 6.700,00
Gasto total até o 3º ano R$ 9.700,00 R$ 8.600,00 R$ 7.800,00
Gasto total até o 4º ano R$ 12.600,00 R$ 10.700,00 R$ 8.900,00
Gasto total até o 5º ano R$ 15.500,00 R$ 12.800,00 R$ 10.000,00
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INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
Questão 2. (Enade 2011) Em uma situação hipotética de implantação de uma obra de construção 
civil, foram solicitadas a um engenheiro júnior, pelo gerente do empreendimento, várias tarefas, 
destacando-se as relacionadas com as instalações elétricas.
Como primeira tarefa, o gerente do empreendimento solicitou que o engenheiro fizesse a distribuição 
elétrica da iluminação de uma das salas do escritório da obra, que se encontra com suas tubulações 
secas (eletrodutos e caixas sem fiação) já distribuídas e que não poderão sofrer nenhuma alteração. 
O circuito é único e monofásico.
Considerando essas informações e a simbologia da norma ABNT NBR 5410, qual dos 
esquemas a seguir seria o correto para o engenheiro apresentar ao gerente como solução para a 
instalação solicitada?
A)
QD
a
a a
a
-1-
-1-
100
B)
QD
aa
aa
-1-
-1-
100
E)
QD
a
a
a
a-1-
-1-
100
C)
QD
a
a
aa -1-
-1-
100
D)
QD
a
a
a
-1-
-1-
100
Resposta correta: alternativa E.
44
Unidade I
Análise das alternativas
O fornecimento de energia elétrica para instalações prediais é feito em corrente alternada. 
Nesse contexto, podemos destacar o seguinte:
• Para ligarmos uma lâmpada em 127V, precisamos fechar um circuito.
• Para comandarmos, a partir de dois pontos distintos, uma lâmpada ligada em 127V, necessitamos 
de dois interruptores paralelos no circuito entre uma das fases e o neutro.
• Qualquer que seja a situação do circuito em dado momento, aberto ou fechado, a comutação de 
um dos interruptores inverte essa situação, acendendo ou apagando a lâmpada.
• Para comandarmos, a partir de três pontos distintos, uma lâmpada ligada em 127V, necessitamos 
de dois interruptores paralelos e um interruptor intermediário no circuito entre uma das 
fases e o neutro.
• Podemos comandar a instalação de quantos pontos se desejar adicionando mais interruptores 
intermediários no circuito (os condutores que interligam os interruptores são denominados retornos).
• Para ligarmos uma lâmpada ou uma tomada em tensão elétrica de 220V, deve haver ligação 
nas duas fases. 
A planta da sala mostrada no enunciado apresenta somente o circuito de uma lâmpada, que deve 
ser comandada por três interruptores distintos, um em cada porta. As lâmpadas, de modo geral, são 
ligadas a uma tensão elétrica de 127V e, portanto, a uma fase e a um neutro disponíveis no quadro de 
distribuição (QD). 
Na situação em análise, temos três interruptores:
• dois interruptores paralelos (three way);
• um interruptor intermediário (four way).
Logo, no QD para a lâmpada, precisa existir um condutor de fase.
De modo geral, para a situação proposta no enunciado, precisamos de:
• Uma fase do QD até o primeiro interruptor paralelo.
• Dois retornos do primeiro interruptor paralelo para o interruptor intermediário.
• Dois retornos do interruptor intermediário para o segundo interruptor paralelo.
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INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS
• Um retorno do interruptor paralelo até a lâmpada.
• Um neutro da lâmpada para o QD.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o esquema dessa alternativa mostra condutores neutros no interior dos eletrodutos a 
partir de todos os interruptores até o QD. 
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o esquema dessa alternativa mostra somente dois retornos entre todos os 
interruptores e a lâmpada. 
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o esquema dessa alternativa mostra somente um retorno partindo do primeiro 
interruptor paralelo.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o esquema dessa alternativa mostra três retornos partindo do primeiro 
interruptor paralelo.
E) Alternativa correta.
Justificativa: o esquema dessa alternativa mostra:
• Uma fase do QD até o primeiro interruptor paralelo.
• Dois retornos do primeiro interruptor paralelo para o interruptor intermediário.
• Dois retornos do interruptor intermediário para o segundo interruptor paralelo.
• Um retorno do interruptor paralelo até a lâmpada.
• Um neutro da lâmpada para o QD.

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