PROVA TEORIAS DO JORNALISMO

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PROVA TEORIAS DO JORNALISMO – 29/10/20
ALUNO: Marcos Moisés Satler Ferreira
6° período de Jornalismo
1) Sobre as noções de acontecimento e meta-acontecimento, e o significado de ambas as noções para o jornalismo, discorra, em pelo menos 18 linhas, sobre a distinção entre ambas. Você pode se valer de exemplos retirados da web ou de outras fontes, mas em especial, deve demarcar as distinções entre os conceitos, na perspectiva da teoria do jornalismo. (Obrigatória).
As noções de acontecimento e meta-acontecimento para o jornalismo são muito importantes, mas, equivocadamente, muitas pessoas interpretam um acontecimento como um meta-acontecimento e vice-versa. No Dicio, Dicionário Online de Portugês, o significado de “acontecimento” é: “O que acontece; tem existência real; evento, fato: acontecimento feliz.” Ou seja, é uma situação ocorrida, podendo ter um grande destaque para a sociedade ou até mesmo passar despercebido por todos. Para o jornalismo, se torna um acontecimento os fatos que merecem destaque, os fatos que irão chamar maior atenção e despertar o interesse da sociedade, é algo que deixa de ser do agrado individual e torna-se do agrado coletivo, recebendo um tratamento especial pela mídia.
Quando o acontecimento é relatado pela mídia, ele passa a ter uma nova versão, pois é impossível uma matéria descrever com exatidão o fato ocorrido, já que é criada uma versão que tenta se aproximar do verdadeiro fato, então ocorre o meta-acontecimento. Segundo o Dicio, a palavra “meta” tem o seguinte significado: “Aquilo que se pretende alcançar; objetivo, finalidade. Finalização de alguma coisa; termo, limite.” Então, um meta-acontecimento possui a finalidade de transmitir um acontecimento, mas quando a mídia transmite um acontecimento, ele cria uma versão do mesmo.
Para diferenciar os significados de acontecimento e meta-acontecimento, podemos exemplificar da seguinte forma: Um torcedor muito fanático assiste a partida do seu time de futebol no estádio, em uma tarde de domingo. O jogo que ele está assistindo é um acontecimento. Mas, quando o mesmo torcedor chega em casa, ele vai ler uma matéria de um portal esportivo sobre o mesmo jogo, a matéria no site está retratando um meta-acontecimento, pois ela é uma tentativa de explicar o jogo, é uma nova versão do que foi a partida de futebol. Então, o mesmo torcedor presenciou o acontecimento e também um meta-acontecimento por parte da mídia.
3) Sobre as fontes jornalísticas, suas tipificações são amplas e difusas. Mas interessa-nos aqui discutir a fonte rotineira do jornalismo, no hard news, que estão sempre à disposição da imprensa, e por isso mesmo são denominadas fontes regulares ou estáveis. Por assim dizer, tornam-se, em geral, referência para informar/opinar sobre determinados assuntos. Considerando os textos trabalhados sobre o tema na disciplina, aborde a importância da existência desse tipo de ponte, mas também os riscos que ela pode significar para o bom jornalismo.
É indiscutível que as fontes são muito importantes para o jornalismo, principalmente aquelas que sempre se colocam a disposição, pois eles informam, acrescentam e opinam na matéria. As tipificações das fontes são amplas, as fontes preferidas pela mídia são as do grupo oficial, que, segundo o texto “Classificação das fontes de notícias”, de Aldo Antonio Schmitz, referem-se a alguém em função ou cargo público que se pronuncia por órgãos mantidos pelo Estado.
Mesmo a fonte tendo um grau muito importante de status e também de credibilidade, o jornalista deve sempre ter em mente que ela não é a versão oficial do fato, a matéria não deve ser guiada somente pelo que a fonte diz, pois, em muitos casos, as fontes podem ter um grau de interesse por trás, buscando ganhar um destaque por parte da mídia. Então, estes são os riscos que fontes que estão sempre á disposição do jornalismo pode acarretar no trabalho de um bom jornalismo, podendo causar uma dependência entre fonte e jornalista, e uma grande aproximação entre os dois acaba fazendo com que o profissional do jornalismo acabe ignorando outras versões de um mesmo acontecimento. Este tipo de fonte é fundamental para o jornalismo, mas cabe o jornalista tratar ela como fonte e não como alguém que está intrínseco no que está sendo relatado, para isso é fundamental não extrapolar o relacionamento com a fonte.