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Apostila de Metodologia da Pesquisa - Atualizada

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APOSTILA
CND - Curso Normal à Distância
(21) 3347-3030 / 2446-0502
Apostila 
Metodologia da Pesquisa 
 
 
3 
 
 
 
Sumário 
Introdução ............................................................................................................ 4 
1 . Metodologia e pesquisa em educação ........................................................ 6 
2 . A pesquisa em educação ................................................................................. 13 
3. Modalidades de pesquisa em educação- tipos de pesquisa ......................... 18 
3.1. A pesquisa bibliográfica............................................................................ 18 
3. 2. A pesquisa de campo .................................................................................. 23 
3.3. A pesquisa documental ............................................................................. 25 
3.4. A pesquisa-ação ....................................................................................... 26 
4. O projeto de pesquisa e a apresentação dos seus resultados ................... 29 
4.1. Considerações sobre a elaboração do projeto de pesquisa ................ 29 
4.2. A ordem de montagem de um trabalho ..................................................... 39 
4.2.1. Os elementos pré-textuais ................................................................ 39 
4.2.2. Os elementos textuais da pesquisa .................................................... 44 
5. Cuidados necessários com as referências e citações .................................. 47 
6. A construção do texto de um capítulo e a conclusão ....................................... 53 
6.1. Construindo o texto de um capítulo ........................................................... 53 
6.2. A elaboração da conclusão ....................................................................... 55 
7. Ajudando a elaborar relatório de estágio ......................................................... 56 
7.1. Como e o que observar? ........................................................................... 56 
7.2. Como será a linguagem adequada a um relatório? .................................. 58 
7.3. Algumas recomendações para a elaboração do texto do relatório ........... 59 
Referências Bibliográficas e Bibliografia .............................................................. 62 
Anexo 1. Exemplo de pesquisa bibliográfica ....................................................... 66 
Anexo 2. Exemplo de pesquisa de campo.......................................................... 68 
Anexo 3. Exemplo de pesquisa documental em educação ................................. 69 
Anexo 4. Exemplo de pesquisa ação em educação ............................................ 70 
Anexo 5. Exemplo de projeto de pesquisa de trabalho de término de curso ........ 71 
Anexo 6. Introdução de monografia ..................................................................... 75 
 
 
4 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Caro aluno , cara aluna 
Você está iniciando um módulo muito instigante para todos aqueles 
que sentem necessidade de aprofundar os estudos em Educação, através 
de pesquisas. 
Vamos trabalhar com informações fundamentais a quem deseja criar 
textos acadêmicos com aplicação de normas técnicas que fazem a leitura 
do texto apresentar clareza, coesão e coerência. O bom uso desses 
recursos permite uma leitura que flui de forma ordenada e enquadrada nos 
parâmetros que regem a construção do trabalho científico, especialmente da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Cabe ainda destacar que cada instituição tem normas próprias para 
a apresentação dos trabalhos monográficos que você precisará conhecer, 
também, de forma a atender as recomendações específicas da mesma. Por 
exemplo nos nossos módulos convencionamos usar preferencialmente o 
tipo de fonte Arial tamanho 12, que é bastante recomendado para trabalhos 
científicos. 
Nossos materiais de estudo não podem ser considerados como 
pesquisas científicas, mas algumas das regras de apresentação de 
trabalhos acadêmicos estão sendo obedecidas de forma a tornar nossos 
textos agradáveis à leitura e ao mesmo tempo, procuramos torná-los 
interativos visando fazê-lo construtor dos conhecimentos que vamos 
apresentando. Dessa forma estamos colocando caixas de textos com letras 
diferentes, usamos cores para chamar atenção e usamos ilustrações o que 
não seria comumente utiizado ao longo do texto de trabalhos monográficos. 
Assim durante o seu estudo desse material de Metodologia da pesquisa 
estaremos abordando aspectos ligados à elaboração do conhecimento, à 
 
5 
 
 
 
pesquisa qualitativa em educação e as modalidades mais utilizadas tais como as 
pesquisas bibliográficas, de campo, documentais e de pesquisa ação. 
Faremos ainda a apresentação de esquema de plano de pesquisa e as 
partes mais importantes na composição de um bom projeto de pesquisa. 
Também trazemos informações essenciais quanto à composição de um 
trabalho monográfico apresentando os elementos pré-textuais, textuais e pós 
textuais em trabalhos acadêmicos. 
Enfim pensamos em auxiliá-lo na elaboração de seu relatório de estágio 
e apresentamos considerações que certamente facilitarão o seu trabalho. 
Ao final dos sete capítulos, além das referências, estão anexos materiais 
que são exemplos de tópicos de destaque, que foram explicados ao longo da 
apostila. 
Boa leitura e interação! 
 
6 
 
 
 
 
1 . METODOLOGIA E PESQUISA EM EDUCAÇÃO 
 
Você já notou que para fazermos as atividades, desde as mais 
corriqueiras até as mais complicadas, costumamos realizar um plano de 
ação? 
Dessa maneira podemos considerar que o mesmo ocorre quando 
pretendemos realizar uma pesquisa em Educação. Assim buscamos um 
caminho para isso. 
 
 
 
 
De acordo com Demo(1995 , p.11) metodologia quer dizer “estudo 
de caminhos, dos instrumentos usados para fazer ciência”, ou como se 
refere Minayo(1998, p.22) “caminhos e instrumental próprios de 
abordagem da realidade.” 
Já o termo pesquisa significa, no dicionário Aurélio (FERREIRA, 
1986), "indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; investi-
gação, inquirição". Ainda de acordo com Tozoni-Reis (2010, p.2) é a 
"investigação e estudo, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou 
princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento". Ela pode ser 
natural ou social, no entanto, é necessário ressaltar que é um processo através 
do qual se conhece e interpreta uma realidade. 
Dessa forma a função da pesquisa é a interpretação do que 
vivenciamos. A pesquisa, como afirma Santos (1989), é a "prática social de 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens como: 
Conceituar metodologia da pesquisa 
Refletir sobre a construção do conhecimento 
Avaliar a questão da neutralidade do conhecimento 
 
7 
 
 
 
conhecimento". Assim fica patente o caráter social da atividade de pesquisa, 
conferindo-lhe como objetivo último o conhecimento para a vida social. 
Surge nessa definição um outro termo que exigirá algumas 
considerações sobre ele, de forma que o mesmo fique claro para nós Trata-se 
do estudo sobre conhecimento. 
Nosso mundo humano é construído pela cultura, pelos sujeitos em 
suas relações interpessoais e com o ambiente em que vivem. Vivemos no 
mundo em constante ação: observamos, sentimos e agimos, mas sempre - e 
isso nos diferencia de outras espécies vivas - pensamos. Todos os nossos atos 
são acompanhados de pensamento, de reflexões sobre o observado, o sentido e 
o vivido. 
Assim, o conhecimento diz respeito à compreensão teórica do mundo e 
das coisas, a elaboração do mundo das coisas no pensamento, a busca de 
significado para eles. Mas torna-se também a ação prática, a definição, no 
pensamento e na ação, do modo de agir no mundo. 
Nesse sentido, buscamos conhecer, significar, compreender todas as 
situaçõesvividas em busca de desvendar mistérios sobre o funcionamento da 
vida em suas múltiplas dimensões. Todo conhecimento tem como objetivo, então, 
a convivência dos sujeitos com o mundo e as coisas que o cercam - uma 
convivência compreendida, significada. Agir sobre o mundo para transformá-lo, 
exige sua compreensão e interpretação. A busca do conhecimento é uma atitude 
essencialmente humana, buscar compreender e dar significado para o mundo e 
as coisas é uma atitude que faz parte da essência do ser humano. 
É preciso lembrar que o processo de elaboração de conhecimento 
sobre o mundo não é um processo individual. Pode-se dizer que o 
conhecimento é histórico e social. Histórico porque cada conhecimento novo dá 
continuidade aos conhecimentos anteriores e social porque nenhum sujeito 
constrói, a partir de nada, um novo conhecimento: todo conhecimento se apoia 
 
8 
 
 
 
em conhecimentos anteriores, produzidos por outros sujeitos, portanto, ele é 
social e coletivamente produzido. 
 
 
 
 
 
O conhecimento "ilumina" a ação humana sobre o mundo e as coisas; 
é a luz do caminho a ser percorrido. Assim, o conhecimento pode ser, então, 
um instrumento de libertação. 
Há ainda uma importante questão relativa à produção do 
conhecimento. É a questão da sua neutralidade. Sendo algo construído pelo 
homem, esse conhecimento pode ser usado para controle ou para a 
libertação, portanto ele não é neutro. 
Para Tozoni-Reis o conhecimento é uma forma teórico-prática de 
compreensão do mundo, das pessoas e das coisas. Dessa forma devemos 
entendê-lo como um instrumento para melhor enxergar as relações dos 
sujeitos entre si, e deles com o ambiente em que vivem em variadas, múltiplas 
e detalhadas dimensões. 
Observe o organograma baseado em Luckesi( 2005) em Filosofia da 
Educação. 
 
9 
 
 
 
 
 
Assim, voltando nossa ótica para a pesquisa em educação, é 
importante refletir a importância da Educação que pode se apresentar como 
transformadora ou reprodutora dos objetivos da sociedade. Se 
considerarmos que educação seja um instrumento de reprodução da 
sociedade. ela será é uma educação não-crítica, que buscará a adaptação do 
sujeito à mesma sociedade. Assim se vivemos numa sociedade desigual, e a 
educação é concebida como um processo de adaptação e instrumento de 
 
10 
 
 
 
reprodução dessa sociedade, ela terá como objetivo final a manutenção da 
desigualdade. 
Já a educação como instrumento de transformação da sociedade é a 
educação crítica, aquela que tem como finalidade principal a instrumentalização 
dos sujeitos para que esses tenham uma prática social crítica e transformadora. 
Isso significa dizer que, numa sociedade desigual, os sujeitos precisam se 
apropriar de conhecimentos, ideias, atitudes, valores, comportamentos etc., de 
forma crítica e reflexiva, para que tenham condições de atuar efetivamente na 
sociedade, sob a perspectiva de transformação. 
Apropriando-nos das ideias de Luckesi(2005), a partir do organograma 
apresentado, quando expõe suas reflexões a respeito do conhecimento 
escolar, ele ressalta que o mesmo precisa incorporado pela compreensão, 
exercitação e ter utilidade criativa. 
Vários conceitos e implicações importantes foram trazidas nesse 
capítulo, objetivando despertar seu interesse em captar a realidade através do 
conhecimento e registrá-las segundo normas técnicas.. Trabalhamos com 
aspectos essenciais sobre os quais ao final desse estudo você deve buscar 
fixar a sua atenção. 
 metodologia 
 pesquisa 
 conhecimento e realidade 
 neutralidade 
 método direto e indireto de conhecimento 
 conhecimento escolar 
Assim você estará pesquisando e "conhecendo o conhecimento." 
 
 
11 
 
 
 
 
Atividades 
1-Interprete a citação abaixo buscando entender o que Minayo 
(1998) está trazendo à reflexão:: 
Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua 
indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta 
a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. 
Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula o 
pensamento e ação, ou seja, nada pode ser intelectualmente um 
problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da 
vida prática. (MINAYO, 1998, p. 17). 
 
 
 
2- Pense sobre as ponderações de Luckesi que são apresentadas a 
seguir: Reescreva-as segundo seu entendimento. 
(...) “devemos pensar no conhecimento não só "como um mecanismo de 
compreensão e transformação do mundo", mas também "como uma 
necessidade para a ação e, ainda, como um elemento de libertação". 
(LUCKESI, 1985,p.51) 
“O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade 
em caminhos "iluminados", de tal forma que nos permite agir com certeza, 
segurança e previsão." (LUCKESI, 1985, p. 51).” 
 
 
12 
 
 
 
 
 
3- Aprecie as palavras de Tozoni-Reis (2010, p.4) e interprete-as 
Em sua prática social, a pesquisa é uma atividade complexa que 
se realiza em todos os momentos da vida humana. Pesquisar é 
produzir conhecimentos para a ação. Portanto, pesquisamos 
sempre e a todo o momento. Ocorre que, no mundo acadêmico, 
dedicamo-nos a uma prática de pesquisa mais sistematizada, 
mais organizada. Isso ocorre porque a produção dos 
conhecimentos exige as formas científicas de compreensão das 
coisas. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
2 . A PESQUISA EM EDUCAÇÃO 
Há variadas possibilidades de caminhos para a realização de uma pesquisa, 
quer seja em Educação ou em outro setor . 
 
 
 
 
 
 
Para começar a abordar a questão da pesquisa em Educação escolhemos 
adaptar o pensamento de Rubem Alves no livro “Entre a ciência e a sapiência” (1999 
p.123,124,125). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que será que esse escritor está tentando mostrar? 
Há os pianos. Há a música. Ambos são absolutamente reais. 
Ambos são absolutamente diferentes. Os pianos moram no mundo 
das quantidades. Deles se diz :”Como são bem feitos”. [...] Pianos são 
máquinas de grande precisão Sua fabricação exige uma ciência 
rigorosa. 
A música mora no mundo das qualidades. Dela se diz “Como 
é bela”. 
[...] A realidade da música se encontra no prazer de quem a 
ouve. O prazer é uma experiência qualitativa. Não pode ser medido. 
Não há receitas para a sua repetição. Cada vez é única, irrepetível.” 
 
 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens como: 
Identificar os métodos de pesquisa quantitativa e qualitativa. 
Relacionar a metodologia qualitativa com os métodos mais usados em 
Educação. 
Reconhecer a possibilidade de complementaridade entre o quantitativo e o 
qualitativo 
Reconhecer o caráter multidisciplinar da Educação que cria uma peculiaridade 
ao saber pedagógico. 
 
14 
 
 
 
Você percebeu que o autor está abordando a realidade em aspectos 
qualitativos e quantitativos? 
Vamos imaginar que você queira pesquisar sobre um determinado produto. 
Que caminhos você poderá buscar para conhecê-lo? 
Ir a uma loja e conversar sobre o mesmo com o representante de vendas? 
Buscar na internet o site da empresa e ler a informação sobre o mesmo? Ler o 
catálogo de propaganda que você recebeu? Comparar o preço do produto em 
diferentes propagandas? Buscar informes nas reclamações da defesa do consumidor 
para formar um juízo de valor sobre o produto? 
Verificou a multiplicidade de caminhos para a pesquisa? 
De acordo com o site brasilescola1 há dois grandes métodos de 
investigação: Quantitativo e o Qualitativo. Nesse aspecto a natureza do 
problema e seu nível de aprofundamento é que determinarão a escolha do 
método de pesquisa.. 
Se quisermos ser pesquisadores em Educação precisamos escolher 
caminhos para realizar a nossa pesquisa. A natureza do trabalho de pesquisa é que 
acaba por indicar qual será a melhor opção para realização do estudo que se quer 
desenvolver,como já afirmamos acima. Muitas indagações são feitas quantoao 
propósito de realizar pesquisas em educação. Porém, os autores dos trabalhos 
de pesquisa em Educação enfatizam a importância da pesquisa qualitativa. 
O autor Triviños (1995) ao falar sobre pesquisa qualitativa conta-nos que, a 
partir da década de setenta do século XX, o interesse dos educadores se volta para a 
discussão dos aspectos qualitativos de Educação. Para ele o ensino sempre se 
voltou para o qualitativo mas manifestava-se através de medidas quantitativas como 
por exemplo a percentagem de analfabetos, de repetentes , do número de matrículas, 
 
1
 http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/metodos-pesquisa.htm 
 
15 
 
 
 
refletindo o discurso positivista que aplicava os mesmos princípios das ciências 
naturais à Educação. Ainda para o autor acabou-se formando uma dicotomia entre 
quantitativo e qualitativo, e cada grupo acusava o outro ou de quantificar ou de fazer 
pesquisas qualitativas que entendiam como “artificial e inútil”(TRIVINÕS ,1995,p.116). 
Ressalta então que essa interpretação é errônea. 
A pesquisa em Educação, assim como a pesquisa em outras áreas 
das ciências humanas e sociais, é essencialmente qualitativa. 
No entanto, é necessário considerar que os fenômenos humanos e 
sociais nem sempre podem ser quantificáveis, pois, como afirma Minayo 
(1998), trata-se de um "universo de significados, motivos, aspirações, 
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo 
das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à 
operacionalização de variáveis".( MINAYO et al,1998, p.21, 22) 
A pesquisa qualitativa defende a ideia de que, na produção de 
conhecimentos sobre os fenômenos humanos e sociais, interessa muito mais 
compreender e interpretar seus conteúdos do que descrevê-los. 
No entanto, é preciso compreender a diferença entre a abordagem 
quantitativa e a qualitativa na pesquisa. Enquanto a primeira dá ênfase aos 
dados visíveis e concretos, a segunda aprofunda-se naquilo que não é 
aparente, "no mundo dos significados, das ações e relações humanas" 
(MINAYO, 1998). Essa autora afirma também que não há razão para colocar 
em oposição essas duas abordagens, pois elas podem se complementar. É 
possível dar às análises dos dados quantitativos, por exemplo, uma abordagem 
qualitativa. Se você retornar às afirmativas de Triviños verificará que os dois 
autores têm o mesmo ponto de vista. 
Fique alerta para o fato que os paradigmas qualitativos são, portanto, os 
mais valorizados no tratamento dos fenômenos sociais, inclusive em sua dimensão 
 
16 
 
 
 
investigativa. No entanto, no mundo científico em geral, essa valorização ainda é 
controversa. 
Para encerrar a polêmica entre o qualitativo e o quantitativo vamos 
considerar que em Educação, a pesquisa possui caráter essencialmente 
qualitativo, sem perder o rigor metodológico. A ênfase consiste em 
compreender os diversos elementos dos fenômenos estudados. 
As discussões sobre a pesquisa qualitativa como referencial metodológico 
em Educação ressaltam as investigações dos fenômenos educativos quer na 
escola ou extra muros escolares, nos diversos espaços de nossa sociedade. Esses 
fenômenos, na abordagem qualitativa, deverão ser compreendidos em sua 
complexidade histórica, política, social e cultural, para que possamos produzir 
conhecimentos comprometidos com a educação crítica e transformadora. 
Este nosso capítulo sobre a pesquisa em Educação não poderia ser 
concluído sem colocar em cena uma outra peculiaridade relativo ao saber 
pedagógico. Esse aspecto diz respeito ao caráter multidisciplinar da Educação e ao 
fato da mesma fazer interface com outras ciências como por exemplo a Sociologia , a 
Filosofia, a Antropologia e a Psicologia. 
Para Tozoni-Reis (2010) no entanto, não podemos esperar consensos 
teórico-metológicos na nossa área de estudo porque ela é dinâmica e complexa 
e precisamos estar conscientes dessa complexidade, produzindo conhecimentos 
que vão se constituir em saber pedagógico. 
 
 
 
Por fim, faz-se necessário destacar que na caminhada qualitativa da 
pesquisa em Educação a tarefa do pesquisador envolvido como principal 
instrumento de investigação deve ser destacada. Para nossa Ciência a 
 
17 
 
 
 
compreensão dos conteúdos, como já citamos, é mais importante do que sua 
descrição ou sua explicação. 
De acordo com o citado por Tozoni-Reis ao consultar Alves-Mazzotti e 
Gewandsznajder(1998) o pesquisador é o principal instrumento de investigação e 
assim precisa de contato direto e prolongado com o campo, para poder captar 
os significados dos comportamentos observados. 
PESQUISADOR + CAMPO + FONTE = PESQUISA 
E então caro aluno? Você percebeu como a sua atitude investigativa 
e o registro delas através da utilização de determinadas regras, se constitui 
numa importante tarefa da educação que se quer efetivamnete 
transformadora? 
Até este capítulo trouxemos múltiplos enfoques para enriquecer seus 
de conhecimentos sobre pesquisa. 
Para torná-lo um pesquisador cada vez mais capaz, o próximo 
capítulo enfocará as diferentes modalidades de pesquisa em Educação. 
 Venha conosco! 
 
 
18 
 
 
 
3 MODALIDADES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO- tipos de pesquisa 
 
Imagine que você precisará fazer uma pesquisa, com temática ligada à 
Educação. Ao pôr em prática a sua pesquisa há que se considerar a fonte de 
dados que você utilizará, já que ela serve de indicativo para modalidade de 
pesquisa que vai ser realizada. Dentre as muitas modalidades de pesquisa 
presentes nos estudos em Educação, é válido citar quatro tipos, muito utilizados. 
São elas :a pesquisa bibliográfica, a pesquisa de campo, a pesquisa documental 
e a pesquisa-ação. 
 
 
 
 
Partimos então para o entendimento de cada uma delas, levando em 
conta, principalmente, o campo de coleta de dados. 
3.1. A pesquisa bibliográfica 
Em todas as pesquisas, inclusive nas experimentais, que não são 
muito próprias para as ciências humanas e sociais, o pesquisador precisa 
buscar na bibliografia especializada conhecimentos científicos e até 
informações menos sistematizadas que se relacionam ao seu estudo 
De fato, todas as modalidades de pesquisa exigem uma revisão 
bibliográfica; uma busca de conhecimentos sobre os fenômenos investigados, na 
bibliografia especializada. Ao final da apostila verifique o material usado como 
exemplo.(Anexo 1) 
A pesquisa bibliográfica tem como principal característica o fato de 
que o campo de informação, onde serão feitas as coletas dos dados, se 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens como: 
Reconhecer as formas mais usuais de pesquisa em educação: pesquisa 
bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa documental e pesquisa-ação. 
Destacar a importância da coleta de dados nas diferentes tipos de pesquisa 
Analisar a importância da leitura atenta, do fichamento bibliográfico e da 
contextualização das obras dos autores referenciados na pesquisa.. 
 
19 
 
 
 
encontra na própria bibliografia sobre o tema ou sobre o objeto que se pretende 
investigar. 
No entanto, na pesquisa bibliográfica vamos buscar nos autores e obras 
selecionados, os dados para a produção do conhecimento pretendido. 
O foco nesse tipo de pesquisa é colocar os próprios autores consultados 
em uma situação de conversa entre eles. Verifique que isso foi sendo feito ao 
longo do nosso módulo de forma procurar ouvir diferentes autores, buscando 
elucidar aspectos sobre nossa disciplina. 
Assim não partimos para ouvir entrevistados, nem observar situações 
vividas, mas mantivemos uma conversação e debate com os autores através de 
seus escritos. Isso é bem comum na pesquisa bibliográfica. 
A pesquisa bibliográfica obedece a um passo a passo que acaba por ser 
comum a outros tipos de pesquisa. 
O primeiro passo é o delineamento da pesquisa queconsiste na 
elaboração do projeto de pesquisa. 
Nele o pesquisador vai proceder a uma revisão bibliográfica: para aclarar 
melhor o problema de pesquisa. Isso permite que ele se aproprie de 
conhecimentos para a compreensão mais aprofundada do assunto e do tema. 
A partir dessa seleção e da continuidade dela através da leitura 
cuidadosa dos autores e obras selecionados são coletados os dados para 
análise. 
De posse dos dados e após um estudo aprofundado sobre os mesmos, 
passa-se a sua organização, através de categorias de análise. 
Depois da análise e interpretação dos dados segue-se para a discussão 
dos resultados obtidos na coleta de dados. 
Chega-se a fase de redação final que consistirá na elaboração do 
relatório final da pesquisa na forma exigida para o nível de investigação. Esses 
 
20 
 
 
 
níveis podem ser os de monografia, trabalho de conclusão de curso, dissertação 
de mestrado, tese de doutorado ou outro tipo de relatório. 
 Parada para revisão 
Releia os informes sobre a pesquisa bibliográfica e faça um esquema 
simples sobre o passo a passo para a organização da mesma. 
 
 
 
 
Pronto para continuar? 
 
No entanto, é necessário observar a especificidade dos procedimentos 
metodológicos Vejamos que procedimentos são esses: leitura apurada, 
contextualização da obra e autor estudado.e fichamento bibliográfico. 
Comecemos pela leitura para análise e interpretação dos dados. Ela é 
específica em todo processo, e exige do pesquisador muita atenção. 
 
21 
 
 
 
 
 
Severino (1985), ao apresentar uma metodologia para leitura, análise e 
interpretação de textos, afirma que não é possível captar os significados mais 
profundos das ideias expressas nos textos acadêmicos e científicos se não com 
um procedimento de leitura que seja sistematizado. Assim ele traça, diretrizes 
metodológicas para a leitura, análise e interpretação de textos. 
Interpretar, num sentido restrito, é tomar uma posição própria a 
respeito das ideias enunciadas, é superar a estrita mensagem do 
texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é 
explorar toda a fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las 
com outras, enfim, é dialogar com o autor. (SEVERINO, 1985, p. 
60). 
 
Atividade 
Aplique ao texto de Saviani (1998, p.45) esse procedimento sugerido no 
parágrafo anterior. 
Para a pedagogia crítico-social dos conteúdos, o processo de 
apropriação do conhecimento como elaboração ativa do sujeito, em interação 
com o objeto e os outros sujeitos, é o ponto chave do processo de ensino. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
Voltando à sugestão de Severino(1985) quando ele enfatiza as múltiplas 
tarefas de alguém que interpreta o texto de um autor. Severino chama a atenção 
para o fato que é preciso contextualizar historicamente o autor e sua obra, para, 
em seguida, proceder a um minucioso resumo da obra no que diz respeito à 
estrutura do texto, as ideias apresentadas pelo autor a interpretação dessas 
ideias, a problematização (discutir com o autor). 
 Vamos tentar esclarecer a situação de contextualização. Suponha que 
você leia algo escrito por Comênio (1592-1670), na Didática Magna. Tenha 
sempre em mente que ao escrever o texto o autor vivia no período de 
nascimento do pensamento pedagógico moderno e assim mais facilmente você 
entenderá as propostas que ele apresenta. 
 
Outra técnica de leitura muito valiosa é o fichamento bibliográfico. O 
fichamento bibliográfico deve acompanhar o estilo do pesquisador, mas alguns 
de seus elementos são fundamentais tais como : informações completas sobre 
autor e obra, informações do contexto histórico da produção da obra, resumo da 
obra, identificação do objetivo, identificação da tese (ideia original defendida pelo 
autor), identificação do referencial teórico (conceitos, categorias e pressupostos), 
informações sobre as fontes e referências utilizadas pelo autor (INÁCIO-FILHO, 
1995). O fichamento permite, portanto, sistematizar o trabalho de coleta de 
dados sobre o qual serão empreendidas as análises dos temas em estudo. 
Assim, a produção de conhecimentos, que resulta do trabalho de 
investigação científica que toma a pesquisa bibliográfica como modalidade e não 
se reduz a uma apresentação das ideias de diferentes autores acerca do tema 
estudado. Ao contrário, exige do pesquisador a produção de argumentações 
 
23 
 
 
 
sobre o tema, nascidas da sua própria interpretação, resultado de um estudo 
aprofundado sobre o assunto. Concordar, discordar, discutir, problematizar os 
temas à luz das ideias dos autores lidos são os procedimentos dessa modalidade 
de pesquisa. 
3. 2. A pesquisa de campo 
Essa modalidade de pesquisa, como o próprio nome indica, tem a fonte 
de dados no próprio campo em que ocorrem os fenômenos. No caso da pesquisa 
em Educação, o foco está na observção dos espaços educativos. Quando nos 
referimos aos campos educativos, estamos nos referindo ao escolar e extra 
escolar, onde as atividades de ensino-aprendizagem se realizam. 
A pesquisa de campo em educação, portanto, caracteriza-se pela ida 
do pesquisador aos espaços educativos para coleta de dados, com o objetivo 
de compreender os fenômenos que nele ocorrem. Ao proceder a análise e 
interpretação dos dados, a pesquisa poderá contribuir aclarar aspectos 
educativos tanto nos ambientes educativos escolares quanto nos espaços 
extra escolares.(Anexo 2) 
Dessa forma, os grandes momentos do processo de pesquisa, nessa 
modalidade, também são, a princípio iguais ao da pesquisa bibliográfica, e 
seguidos da coleta de dados com a ida ao campo. Ocorre então a busca de 
dados para a análise mediante a aplicação de algumas técnicas e instrumentos. 
Esses dados passam por determinada organização. São agrupados em 
categorias para facilitar a análise. 
Seguem-se dois momentos essenciais quando são analisados, 
interpretados e discutidos os resultados obtidos na coleta de dados em diálogo 
com os autores consultados .Ou seja o que foi observado é confrontado com as 
ideias dos autores selecionados como referenciais para análise. 
 
24 
 
 
 
A partir disso se elabora o relato final que pode ser como já anteriormente 
citado uma monografia, um trabalho de conclusão de curso, uma dissertação de 
mestrado, uma tese de doutorado ou ainda, por exemplo, o relatório de estágio. 
 
Há algumas maneiras de proceder à coleta de dados, levando em conta 
as condições, objetivos e práticas de sua realização. As técnicas mais usadas 
pelas pesquisas de campo das ciências da educação são a observação e a 
entrevista. 
A técnica de observação variará segundo o grau de participação do 
pesquisador no local observado, podendo assumir dois tipos: observação ou 
observação participante. Tenha em mente que observação é a técnica de coleta 
de dados por meio da qual o pesquisador assume o papel de observador sem 
nenhuma intervenção intencional no fenômeno observado, enquanto a 
observação participante leva em conta a ação do próprio pesquisador. É, por 
assim dizer um trabalho em que um professor, fazendo investigação de coleta de 
dados por exemplo do processo aprendizagem da leitura e escrita dos seus 
alunos, a observa e registra . 
No tocante à entrevista essa pode também ser utilizada como entrevista 
estruturada ou semi-estruturada, segundo o grau de sistematização delas. A 
entrevista estruturada é a técnica de coleta de dados em que o pesquisador segue 
rigorosamente um roteiro preestabelecido para suas entrevistas. Podemos 
considerar que o questionário é um instrumento muito usado na pesquisa de 
campo, e o mesmo tem o máximo da estruturação possível para uma entrevista. 
A entrevista semi-estruturada é como o próprio nome indica o meio 
termo entre a estruturada e a totalmente livre como uma conversa entre 
entrevistador e entrevistado sobre os temas de interesse da pesquisa. 
 
25 
 
 
 
3.3. A pesquisa documental 
Como o sugeridopelo nome essa modalidade de pesquisa consiste na 
coleta dos dados, através de documento que pode ser histórico, institucional, 
associativo, ou oficial. Isso significa dizer que a busca de dados estará focada 
nos documentos, que exigem uma análise, para a partir daí produzir-se 
conhecimentos. 
 
A seguir estão alguns exemplos de documentos que podem ser 
utilizados para esse trabalho em Educação: 
 O Relatório Mundial da Educação lnfantil da Unesco 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 
 O Plano Nacional de Educação 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais. 
 Os Referênciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 
 As Diretrizes Curriculares para os cursos de Pedagogia 
 Agenda 21 
 e a Carta de Salamanca 
Concluimos ressaltando que a pesquisa documental em educação é, 
portanto, uma análise que o pesquisador faz a documentos que tenham 
significado para a organização da educação ou do ensino. (Anexo 3) 
Que outros importantes documentos você poderia citar como exemplo 
para pesquisa documental em Educação? 
 
 
26 
 
 
 
3 .4 A pesquisa-ação 
Tal como o nome indica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças 
através ação e ao mesmo tempo através da pesquisa se busca a compreensão a 
respeito da ação da qual se participa.(Anexo 4) .A consideração dessas duas 
dimensões, mudanças e compreensão, podem dar uma importante contribuição 
na elaboração do projeto de pesquisa. Nessa metodologia a pesquisa-ação a 
produção de conhecimentos é articulada com a ação educativa. Fazer pesquisa-
ação significa planejar, observar, agir e refletir de maneira mais consciente, mais 
sistemática e mais rigorosa o que fazemos na nossa experiência diária. Por um 
lado investiga, produz conhecimentos sobre a realidade a ser estudada e, por 
outro, realiza um processo educativo para o enfrentamenlo dessa mesma 
realidade. Essa modalidade da pesquisa qualitativa também é conhecida como 
pesquisa participante, pesquisa participativa ou pesquisa-ação-participativa. E 
considerada "uma modalidade nova de conhecimento coletivo do mundo e das 
condições de vida de pessoas, grupos e classes populares" (BRANDÃO, 1981, 
p. 9). 
Tem como ponto forte a participação democrática dos sujeitos 
envolvidos. tomando como ponto de partida os problemas reais, e refletindo 
sobre eles, visa-se romper a separação entre teoria e prática na produção de 
conhecimentos sobre os processos educativos. " 
Atividade 
Compare as afirmativas e estabeleça as suas conclusões a respeito da 
pesquisa- ação, a partir do exposto pelos dois autores. 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
Texto 1 
(...)consiste em uma alternativa de pesquisa que coloca a ciência a 
serviço da emancipação social, trazendo duplo desafio: o de pesquisar e o de 
participar, o de investigar e educar, realizando a articulação entre teoria e prática 
no processo educativo. (DEMO, 1992 citado por TOZONI REIS,p.41). 
Texto 2 
A pesquisa-ação tem como ponto de partida a articulação entre a 
produção de conhecimentos para a conscientizaçao dos sujeitos e solução de 
problemas socialmente significativos (THIOLLENT, 2000 citado por TOZONI 
REIS, p.41). 
 
 
 
 
Nessa modalidade de pesquisa os participantes deixam de ser "objetos" 
de estudo para serem pesquisadores, produtores de conhecimentos sobre sua 
própria realidade. O sujeito que vive a realidade socioambiental em estudo é, 
portanto, um sujeito-parceiro das investigações definidas participativamente; ou 
ainda, um pesquisador comunitário que constrói e produz conhecimentos sobre 
essa realidade em parceria com aquele que seria identificado, numa outra 
modalidade de pesquisa, como pesquisador acadêmico. 
São claros os fundamentos político-sociais da pesquisa científica sob a 
metodologia da pesquisa-ação em educação. Referem-se, em especial, à 
necessidade de superar um modelo de ciência que se fundamenta na separação 
entre a teoria e a prática. Por outro lado para alguns pesquisadores que utilizam 
métodos e metodologias convencionais, a pesquisa ação é pobre, porque não 
 
28 
 
 
 
existem as condições metodológicas exigidas para um trabalho considerado 
“científico”. 
Ao final da apresentação das quatro formas mais comuns de pesquisa 
metodológica em Educação, é válido registrar que no Brasil, as pesquisas em 
educação têm crescido muito em número e qualidade da produção . 
Ressaltamos que não há necessidade de se fechar um círculo, levando 
em conta somente os tipos de pesquisa apresentados no nosso capítulo. 
Há na verdade um desejo de construir práticas inovadoras de pesquisa em 
Educação, de forma a permitir a elaboração de um retrato cada vez mais próximo 
da realidade educativa em nosso país, para que todos os envolvidos em Educação 
possam auxiliar com seus trabalhos para a construção da sonhada sociedade mais 
justa e democrática. 
Fica aqui o convite: vamos então partir para o processo de pesquisa e 
registro da mesma? O próximo capítulo tratará de auxiliá-lo a construir 
conhecimentos a esse respeito. 
 
29 
 
 
 
 
4. O PROJETO DE PESQUISA E A APRESENTAÇÃO DOS SEUS 
RESULTADOS 
Quando pretendemos realizar uma boa pesquisa há dois grandes 
momentos que merecem atenção especial. O primeiro deles trata da 
elaboração do projeto de pesquisa e o segundo da forma correta de registrar 
seus resultados. 
 
 
 
 
 
 
4-1 Considerações sobre a elaboração do projeto de pesquisa 
Ao partirmos para a pesquisa faz-se necessário elaborar um projeto 
de pesquisa adequado ao que se pretende e ao mesmo tempo procurando 
atender às normas técnicas e à qualidade científica. É nele que o 
pesquisador esboça, delimita e expõe o objeto de estudo explicitando o tipo 
de abordagem que pretende dar ao assunto sobre o qual trabalhará. 
De acordo com Tozoni-Reis(2010) podemos entender projeto de 
pesquisa nãopode ser entendido como via de única mão, sem possibilidades de 
contornar quando suregirem os imprevistos Dessa forma, ressalva que o 
projeto nos permite criar as condições concretas para evitar qualquer coisa que 
nos imobilize. 
O meio acadêmico dá ao projeto de pesquisa uma importância que se 
assemelharia ao cartão de vista do pesquisador. 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens como: 
Reconhecer o passo a passo necessário para construir um projeto de 
pesquisa 
Estabelecer relação entre as partes do projeto inicial com a elaboração do 
relato final da introdução da pesquisa 
Identificar os elementos pré, pós e textuais na montagem de um trabalho 
acadêmico 
 
30 
 
 
 
Eis aqui o meu projeto! 
 
Você vai elaborar um projeto de pesquisa? Que tal seguir os princípios 
apresentados por Rudio(1986 citado por TOZONI REIS, 2010). 
Podemos partir desses princípios para pensar no projeto de 
pesquisa.que será realizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que pesquisar? 
Resposta: formulação do problema, das hipóteses e das 
referências teóricas. 
Por que pesquisar? 
Resposta: justificativas. 
Como pesquisar? 
Resposta: metodologia da pesquisa. 
Quando pesquisar? 
Resposta: cronograma 
Com que recursos? 
Resposta: orçamento. 
Quem pesquisa? 
Resposta: pesquisador/coordenador/orientador e/ou 
grupo de pesquisa. 
(RUDIO,1986) 
 
 
 
31 
 
 
 
Nossa caminhada até aqui está possibilitando que você perceba a 
importância da elaboração de um bom projeto? 
Os esquemas para realizar as pesquisas podem apresentar pequenas 
alterações de acordo com o que a Instituição propõe para a realização. .(Anexo 
5) 
 
 
 
MODELO DE PROJETO DE PESQUISA 
1. INTRODUÇÃO 
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA 
3. OBJETIVOS 
4. JUSTIFICATIVA 
5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
6. HIPÓTESE(S) 
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
8. METODOLOGIA DA PESQUISA 
9. CRONOGRAMA 
10. BIBLIOGRAFIA 
 
Dessa forma as decisões a serem tomadas no projeto de pesquisa 
dizem respeito não só ao tema e sua importância mas também aosobjetivos, 
às justificativas, ao problema, às hipóteses, aos procedimentos metodológicos, 
ao tempo de execução, aos recursos financeiros necessários e aos 
pesquisadores participantes. 
Exemplo de esquema de Projeto de Pesquisa do 
Trabalho de Término de Curso do Centro Universitário da 
Cidade-UNIVERCIDADE 
 
 
32 
 
 
 
 
O assunto e o tema da pesquisa: informações da introdução 
Todo trabalho científico, seja ele uma proposta ou um relatório de 
pesquisa em forma de artigo ou texto completo tem início com a introdução. Essa 
introdução precisa ter a qualidade necessária para integrá-la ao corpo do 
trabalho. 
A introdução tem o objetivo de traçar um panorama geral do estudo 
proposto, isto é, descrever em linhas gerais o estudo que será apresentado 
A introdução deve informar ao leitor o ponto a partir do qual o autor da 
proposta concebe o assunto e o tema a ser estudado. Para isso, necessitamos, 
em primeiro lugar, apresentar o assunto em estudo e, então, apresentar o tema. 
Um assunto, no processo de investigação científica, diz respeito a uma 
abordagem mais geral do tema a ser estudado. Assim, se vamos estudar, por 
exemplo, um tema sobre a a introdução do colegiado escolar numa dada 
instituição, podemos considerar que o assunto é a Gestão escolar. Outro 
exemplo: se o assunto de um estudo monográfico é alfabetização, o tema pode 
ser a alfabetização na Educação Infantil. 
 
Assunto Tema 
 
Assim é recomendável que na introdução o pesquisador, a partir do 
assunto mais geral, caminhe para enfocar seu tema. 
 
33 
 
 
 
Uma introdução bem escrita não precisa ser longa, mas deve ser 
objetiva, tratar do assunto e do tema estudado de forma a fazer quem lê se 
interessar e seguir adiante com a leitura 
É válido apresentar ao leitor na introdução, o que e como será tratada a 
temática a ser desenvolvida no decorrer do texto. 
Falando de uma forma mais livre, a introdução pode ser comparada ao 
lançamento de uma novela ou um filme que vá estrear. Antes deles 
acontecerem, a televisão mostra partes do conteúdo, traça o perfil rápido dos 
personagens de maneira a interessar o público. 
Assim, é importante que o tema seja contextualizado na introdução para 
que se possa compreender melhor as perspectivas de análise. 
Se o pesquisador apresentar o trabalho acerca da alfabetização na 
Educação Infantil, como citado no exemplo anterior, é imprescindivel que na 
introdução ele deixe claro o que ele entende como "Educação Infantil" e 
"alfabetização" para esse grupo de crianças, explicando os principais conceitos 
que serão abordados pelo trabalho. Fará essa explicação a partir de uma breve 
análise das principais concepções defendidas e/ou criticadas por outros autores. 
Assim, a introdução de um projeto de pesquisa tem necessariamente algumas 
tarefas a cumprir: deve fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o assunto e o 
tema, tomar posição acerca das diferentes concepções sobre eles, anunciar o 
estudo a ser empreendido e apresentar, brevemente e parte a parte, o restante 
do projeto. 
Justificativa 
Outro aspecto essencial ao projeto de pesquisa diz respeito às justificativas 
do estudo. Justificar é mostrar que o tema proposto é relevante procurando 
 
34 
 
 
 
enfatizar as razões pelas quais se justifica sua realização. É possível 
conseguir argumentos a partir da leitura dos autores e obras que tratam do 
tema. Esses darão suporte ou subsídios para a justificativa. 
De acordo com Deslandes devemos considerar algumas indagações: 
"Quais os motivos que a justificam? Que contribuições para a compreensão, 
intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa?" 
(DESLANDES,1998). Nos projetos de pesquisa em educação, é na justificativa 
que o pesquisador argumenta sobre a relevância social e científica do tema em 
estudo que deve ter razões que comprovem a importância da realização 
mesma. 
Definição dos objetivos 
Um objetivo é um propósito, uma meta, um alvo que se pretende 
atingir, uma ação a ser realizada, a própria materialização do estudo. Assim, a 
definição dos objetivos é uma das mais importantes etapas de um trabalho 
científico. É a partir da formulação dos objetivos que se pode delinear o projeto 
de pesquisa. 
A formulação deles obedece a uma certa ordem e coerência. Vejamos 
de que forma isso deve ser considerado. É conveniente apresentar, 
primeiramente, objetivos gerais do estudo para, em seguida, traçar os 
objetivos específicos. Também não é interessante apresentar muitos 
objetivos, mas aqueles que têm mais significado para o trabalho. Facilita 
muito a leitura se os objetivos estiverem interligados entre si e apresentados 
de forma sequencial. É recomendável para garantir a clareza da ação a ser 
realizada, iniciar sempre a formulação deum objetivo usando uma ação no 
infinitivo: identificar, analisar, compreender etc. 
 
35 
 
 
 
O problema de pesquisa 
A escolha e formulação ao problema de pesquisa, parte importante do 
projeto, é uma das tarefas mais difíceis na construção da proposta da 
pesquisa. 
O tema necessita, num primeiro momento, ser explorado de tal forma 
pelo pesquisador a ponto de criar os indicativos para um problema de pesquisa, 
ainda mais específico. O problema emerge, dessa forma, do tema criando a 
problematização. Para Salomon(2004) o proposto é partir de um assunto mais 
amplo, delimitar um tema, pensá-lo na perspectiva do estudo, e dos objetivos, 
é chegar perto da formulação do problema. 
Como o problema decorre de um aprofundamento do tema, ele é sempre 
individualizado e específico. 
Autores ligados à metodologia da pesquisa indicam que o problema deve 
ter algumas características. A mais usual delas é formular o problema como 
pergunta, o que serve para facilitar a pesquisa. A formulação do problema deve 
ser clara e precisa. A apresentação como pergunta parece ser a mais simples, 
além do que facilita sua identificação por quem consulta o projeto de pesquisa. 
A escolha de um problema merece que o pesquisador faça sérias indaga-
ções (RUDIO, 1986 citado por TOZONI-REIS 2010, p.2): 
a) Trata-se de um problema original? 
b) O problema é relevante? 
c) Ainda que seja "interessante", é adequado para mim? 
d) Tenho hoje possibilidades reais para executar tal estudo? 
e) Existem recursos financeiros para a investigação desse tema? 
f) Terei tempo suficiente para investigar tal questão? 
 
36 
 
 
 
A formulação das hipóteses 
O que são hipóteses e qual seu papel no projeto de pesquisa? 
Hipóteses têm ligação com as indagações que orientam a investigação. Isto é, 
são respostas provisórias aos problemas de pesquisa e têm como função 
principal nortear as investigações. As hipóteses orientam o diálogo do 
investigador com a realidade a ser compreendida e interpretada, portanto, 
devem ser claras, objetivas, específicas e ter como base as referências 
teóricas do estudo apresentado pelo projeto. 
Para Salomon(2004, p 35) a hipótese e problema formam um todo 
indivisível, quando se pensa no projeto, tanto em termos de metodologia quanto 
teoricamente. 
A definição da hipótese como resposta provisória ao problema é um 
dado interessante. Por ser a "solução" indicada a hipótese precisa ser 
comprovada ou rejeitada pela pesquisa. Assim a coleta de dados e sua análise 
se fazem em função da(s) hipótese(s) 
Tanto o problema como a hipótese são formulados dentro do marco teó-
rico de referência adotado pelo pesquisador. O esboço desse marco teórico já 
deve existir e ser revelado no projeto. O processo de pesquisa, particularmente 
nas fases do levantamento bibliográfico e da documentação, proporcionam ao 
pesquisador sua complementação ou sua reformulação. 
Marco teórico também é chamado de referencial teórico.O que é 
preciso fazer para construir um marco teórico? Revisar a literatura, isto é, 
ler os livros e os autores que tratam do assuntoque você pretende 
pesquisar e reconhecer e escolher a teoria de um autor sobre o assunto. 
Isto se chama: revisão de literatura. 
 
 
37 
 
 
 
A escolha da metodologia 
 
A metodologia tem como objetivo principal informar sobre o caminho a 
ser percorrido na pesquisa,tanto na monografia, no projeto de pesquisa ou 
trabalho de término de curso. Deve apresentar todo caminho percorrido, com a 
coerência teórico-metodológica necessária. Assim, num projeto de pesquisa em 
educação encontramos na metodologia, em primeiro lugar, uma reflexão teórica 
sobre a metodologia de pesquisa qualitativa e a modalidade de pesquisa escolhida 
para o trabalho: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa documental, 
pesquisa-ação etc. 
Deslandes (1998) nos inspira a sintetizar os principais elementos da meto-
dologia para realização da pesquisa: definição do universo ou campo onde se fará a 
pesquisa; coleta de dados; e organização e análise dos dados, isto é, após a 
reflexão teórica acerca da modalidade de pesquisa escolhida, na metodologia 
devem constar a abrangência do universo a ser pesquisado (lembremos que a 
pesquisa qualitativa não se baseia em critérios estatísticos de amostragem do 
universo de pesquisa, mas exige que ele seja definido e anunciado), as técnicas e 
instrumentos que vão viabilizar a coleta de dados, descritos da maneira mais 
detalhada possível (entrevistas, observações, questionários etc.), e a descrição 
também detalhada de como serão organizados e analisados os dados coletados. 
É uma boa possibilidade anexar o roteiro, mesmo que provisório, das 
observações, entrevistas e/ou questionários ao projeto de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
É possível ainda apresentar uma descrição detalhada de todos os pro-
cedimentos de pesquisa usados no trabalho. Trata-se de especificar quantas 
entrevistas foram previstas, quantas foram realizadas, com que público, onde, além 
dos procedimentos de organização e análise dos dados. 
Leia o exemplo que visa auxiliá-lo a identificar as partes do projeto de 
pesquisa, no resumo final de uma pesquisa realizada.. 
Uma professora procurou descobrir porque havia diferenças na forma de 
denominar um mesmo colégio quando os alunos estavam cursando a primeira 
fase da Ensino Fundamental e outra quando ingressavam na segunda fase. Para 
entender o porquê da diferença de representação para a mesma instituição na 
passagem do 5º ano para o 6º ano, a professora entrevistou professores de 
ambos os segmentos, pais de alunos que também eram professores do mesmo 
colégio e assitiu às aulas tanto do primeiro quanto do segundo segmento para 
tentar descobrir no discurso dos diferentes agentes sociais, as razões para a 
diferença de nomenclatura e atitude, dentro da mesma instituição. Para isso usou 
a análise de discurso como forma de desvelamento daquela realidade , além da 
pesquisa bibliográfica e documental. 
 
 
 
39 
 
 
 
4.2. A ordem de montagem de um trabalho 
Com o projeto de pesquisa bem elaborado, podemos partir para a 
realização e apresentação da pesquisa, que conterá também os chamados 
elementospré-textuais, os textuais e ospós-textuais. 
2 
Reforçando as ideias apresentadas 
Essa estrutura conta com: 
 elementospré-textuais (capa, folha de rosto, resumo, sumário); 
 elementos textuais (introdução e seus componentes, 
desenvolvimento e conclusão) 
 e elementospós-textuais (referências e anexos). 
4.2.1. Os elementos pré-textuais 
São assim considerados a Capa, Folha de Rosto e Sumário. Esses 
componentes são utilizados em todos os trabalhos acadêmicos. 
A capa, a folha de rosto e o sumário, devem vir cada um deles em 
folha separada. Eles fazem parte da apresentação inicial do projeto de 
pesquisa de uma monografia e depois é transformado na própria apresentação 
do trabalho. 
É importante ressaltar que cada Instituição estabelece o modelo que 
deseja aplicar a seus trabalhos, especialmente quanto à capa e folha de rosto.. 
 
40 
 
 
 
Os tipos de letra mais comumente aplicadas são a Times New Roman e a Arial 
no tamanho 12 . 
O sumário é obrigatório segundo as regras da ABNT e consiste na 
enumeração das divisões, capítulos e outras partes do trabalho com o 
respectivo número de página. Há algumas regras para a apresentação do 
sumário que podem ser procuradas por você na ABNT sob o número 
6027/1989. Optamos por não apresentá-las nesse seu primeiro contato com a 
metodologia da pesquisa. À medida que seu interesse pelo método de 
apresentação da pesquisa for crescendo, você deverá buscar mais informações 
sobre as normas na ABNT. 
Observe as sugestões de modelo, que se referem aos elementos pré 
textuais publicado em nosso manual de estágio. 
 
 
2
 portaldoprofessor.mec.gov.br 
 
41 
 
 
 
NOME DA INSTITUIÇÃO 
 
NOME DO ALUNO 
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local (cidade) e ano (da entrega) 
(letra minúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado) 
 
 
42 
 
 
 
NOME DA INSTITUIÇÃO 
 
NOME DO ALUNO 
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado) 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estágio apresentado 
para a conclusão do Estágio 
Supervisionado do Módulo (nº do 
Módulo) da (nome da instituição) 
Tutor: 
 
 
 
 
 
 
Local (cidade) e ano (da entrega) 
(letra maiúscula, fonte arial ou times new roman 14, negrito centralizado) 
 
 
43 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO.................................................................................................XX 
DESENVOLVIMENTO.....................................................................................XX 
CONCLUSÃO..................................................................................................XX 
REFERÊNCIAS...............................................................................................XX 
ANEXOS..........................................................................................................XX 
 
 
44 
 
 
 
4.2.2 Os elementos textuais da pesquisa 
Daqui em diante estaremos apresentando as formas de registro dos 
resultados de sua pesquisa. 
 
Ao apresentar um trabalho acadêmico você tem três partes principais e 
inevitáveis, quais sejam : a introdução o desenvolvimento e a conclusão, (ABNT-
NBR14.724/2002) e cada uma delas apresenta aspectos que precisam ser 
cuidados ao tratarmos de um trabalho de pesquisa. 
A introdução é a parte inicial do texto que deve conter a delimitação do 
assunto e tema estudado, objetivos, e demais elementos que ajudam a situar o 
universo pesquisado. 
Para destacar as partes da Introdução 
Já criamos pistas para você construir a Introdução de qualquer trabalho 
acadêmico. Quando precisamos descrever os resultados do trabalho, aquele 
esquema do projeto de pesquisa nos trará os aportes para se construir a 
Introdução da monografia propriamente dita. 
Você poderá, comparando o exemplo do Anexo 5 mais esquemático com 
o do anexo 6, que contém a introdução de um trabalho já feito, estabelecer as 
suas conclusões. 
Você também verificará o quanto o projeto é valioso durante a pesquisa , 
para elaborar a introdução dos resultados da pesquisa, mas também para a 
continuidade do estudo. 
 
 
 
45 
 
 
 
Descrever o desenvolvimento do trabalho significa acompanhar a 
exposição detalhada e pormenorizada da temática estudada. O desenvolvimento 
é constituído de capítulos e seções abordando os aspectos da pesquisa 
realizada. Representa um longoexercício de elaboração escrita e precisa ser 
abordado levando em conta a coerência e a clareza. Ao compor os capítulos do 
texto você sempre fará referências a autores, citando-os direta ou indiretamente. 
Esse assunto será abordado em capítulo posterior. 
Por fim , entre os elementos textuais, encontra-se a conclusão , onde 
você deve expor o que foi possível verificar, referindo-se o que você expôs na 
introdução. É comum também que sejam trazidas recomendações, tendo em 
vista as ações futuras. 
 
Questionário síntese sobre esse capítulo 
Na abordagem de introdução de um trabalho qual dessas duas 
partes é considerada mais geral: o assunto ou o tema? 
Que parte da Introdução pode ser apresentada como uma 
pergunta? 
Que parte da introdução é considerada como propósito ou meta? 
Como se denomina o caminho que se escolhe para realizar a 
pesquisa? 
As instituições adotam sempre os mesmos modelos de projeto de 
pesquisa? 
 
46 
 
 
 
 Em que parte do projeto de pesquisa são indicados instrumentos 
que serão utilizados tais como : questionários,entrevistas e observações ? 
 Quais são os três grupos de elementos que estruturam a ordem 
de montagem para apresentação de uma pesquisa? 
 Qual a denominação geral para a capa, folha de rosto e sumário? 
 Ao expor seu trabalho de pesquisa há três partes, chamadas 
textuais , que não podem ser esquecidas. Quais são elas? 
Que parte inicial da apresentação escrita da pesquisa tem o 
projeto como fonte de inspiração para redigi-la ? 
 
Banco de respostas às perguntas 
Atenção ! 
Há respostas repetidas e respostas que não serão usadas 
Introdução - Metodologia - Elementos pré./pós/ e textuais.- Objetivos 
Introdução, desenvolvimento e conclusão - Problema 
Sim - Hipótese- Elementos pré textuais.- Não 
Assunto - Tema - Elementos pós textuais.- Objetivos 
 
 
 
47 
 
 
 
 
5- CUIDADOS NECESSÁRIOS COM AS REFERÊNCIAS E CITAÇÕES 
 
 Quando citamos autores no nosso trabalho de pesquisa precisamos 
também atender às normas técnicas de apresentação dos mesmos, tanto nas 
citações no texto quanto na apresentação das referências bibliográficas. 
 Assim este capítulo será dedicado a apresentação de tópicos sobre as 
referências e as.citações 
 
 
 
 
 
 
As referências são um componente importante do projeto de pesquisa, 
pois têm o papel de oferecer ao leitor mais algumas pistas sobre os caminhos 
teóricos e metodológicos percorridos pelo pesquisador. 
Sua finalidade objetiva é apresentar a documentação usada nos estudos 
empreendidos para desenvolvimento do tema, proporcionando um maior 
aprofundamento dos estudos. 
As diretrizes e normas para as referências são as mesmas tanto para 
projetos quanto para relatórios de pesquisa quer sejam monografias, trabalhos de 
término de curso, dissertações, teses artigos científicos ou relatos de estágios. 
Muitos pesquisadores até iniciam a leitura de um trabalho científico pelas 
referências, pois, a partir dos autores tratados no estudo, temos um conjunto de 
informações a respeito da abordagem dada ao tema, e isso já fornece uma pista 
do interesse do leitor pelo estudo. 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens como: 
Reconhecer as referências como um conjunto padronizado de elementos 
retirados de um documento que permite a sua identificação. 
Identificar e diferenciar as citações diretas e as indiretas. 
Entender a importância da veracidade da utilização da citação de autor, de 
forma a evitar o plágio na construção do texto. 
 
 
48 
 
 
 
A apresentação das referências devem ser bastante detalhadas, uma vez 
que objetivam padronizar as informações em todos os países do mundo. No 
Brasil, como já citamos, essa normatização é feita pela ABNT. 
Para o objetivo do nosso estudo serão trazidas a você alguns informes 
essenciais dada a importância que essa parte da pesquisa apresenta. 
As referências completas devem vir sempre no final do texto, mas à 
medida que desenvolvemos o trabalho há também alguns cuidados no 
tratamento das mesmas sendo essencial observar rigorosamente as normas de 
referências. 
Dessa forma todos os autores citados ou referenciados durante o texto 
têm que estar nas Referências. Se um autor teve muita importância na 
fundamentação teórica do trabalho, ele tem que estar citado ou referido 
durante o mesmo. 
Há duas formas de citar um autor: de forma direta ou indireta 
A citação direta é a fala literal do autor, transcrita diretamente do texto 
lido. Para fazer "citações diretas' de autores quando forem muito adequadas ao 
tema abordado deve-se ter em conta alguns procedimentos. Para trechos 
transcritos com até 3 linhas, colocar a citação no corpo do trecho, sempre entre 
aspas, sem itálico e com fonte igual a do restante do texto. Se a citação 
ultrapassar as três linhas ela deve ser apresentada em destaque, com fonte 
menor e com recuo em relação ao parágrafo utilizado no texto. Observe o 
recurso sendo usado no nosso módulo na página 8. Atenção: o número da 
página da obra de onde a citação direta for extraída precisa aparecer também. 
A citação indireta é um recurso que indica a influência dos autores lidos 
nas ideias apresentadas pelo pesquisador. Para chamada no texto, deve-se en-
trar com o último sobrenome do autor e o ano de publicação. Exemplos: 
(GARCIA, 1993) caso ela venha no final da paráfrase ou se você preferir ou 
Garcia (1993) se estiver se referindo a ele durante a paráfrase.. 
 
49 
 
 
 
Para reforçar 
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável 
ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas. 
Exemplo: Ramal (2002) e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em 
letras maiúsculas. Exemplo: (RAMAL, 2002) 
 
Continuando a nossa conversa sobre as citações há ainda mais 
algumas informações úteis. 
Assim nas citações diretas ou indiretas, quando se trata de uma obra 
de dois autores, deve-se colocar "e" entre eles. Exemplo: De acordo com 
Gandin e Gandin (1999) ... ou (GANDIN e GANDIN,1999) se estiver no final do 
texto citado. 
Por outro lado usa-se "et al” se os autores forem três ou mais por 
exemplo: (MINAYO et al, 2005) ou Reis et at (2005). 
Outra regra a ser seguida é a de que para fazer omissões de partes do 
trecho citado ou saltos maiores nas citações, deve-se usar reticências entre 
colchetes [...];.Você pode observar a aplicação da regra na página 9 do nosso 
módulo. 
Quando se você quer citar um autor que foi citado por outro (citação de 
citação), porque não se tem a obra original usa-se apud ou citado por. Exemplo: 
Segundo Montessori (apud GADOTTI, 2002). 
Algumas vezes as notas de rodapé são necessárias .Use-as somente 
para completar informações. A versão mais moderna dos editores de texto oferece 
esse recurso, podendo se colocar o número no texto e no rodapé. A referência já 
vai aparecer com letra menor do que a do texto e com espaço simples. 
 
50 
 
 
 
 
Algo mais sobre citação 
Citação é a menção de uma informação extraída de outra fonte. Ela pode ser 
direta ou indireta. Citação direta é a transcrição textual de parte da obra do 
autor consultado. Citação indireta é o texto baseado na obra do autor 
consultado. Sempre que utilizar citações diretas, é necessário especificar no 
texto a página, volume, tomo ou seção da fonte consultada. Na citação 
indireta, a indicação da página consultada é opcional. 
 
Exemplos com citações indiretas: 
O diretor de escola, que deveria ser um agente envolvido na formação do 
aluno, acaba por se transformar num burocrata que se limita a assinar papéis e 
seguir ordens superiores. (HORA, 1994) 
Exemplos com citações diretas: 
As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas 
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no 
interior da citação. 
Primeiro exemplo 
ParaLibâneo, “o campo da atividade pedagógica extra-escolar é extenso. 
Poder-se-ia incluir no item da educação extra-escolar toda gama de agentes 
pedagógicos que atuam no âmbito da vida privada e social.” (LIBÂNEO, 1997, 
p.52) 
Segundo exemplo 
As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser 
destacadas com recuo da margem esquerda, com letra menor que a do texto 
utilizado e sem aspas. 
 
51 
 
 
 
 
As mudanças recentes no capitalismo internacional colocam novas 
questões para a Pedagogia. O mundo assiste hoje a intensas 
transformações, como a internacionalização da economia, as inovações 
tecnológicas e científicas que levam à introdução, no processo 
produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, mudança de 
perfil profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores, 
que acabam afetando os sistemas de ensino. (LIBÂNEO, 1997, p.20) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fique atento 
 
Há autores que diferenciam bibliografia de referências bibliográficas nos 
trabalhos acadêmico científicos. Dessa forma a bibliografia seria a 
Para fazer as citações indiretas usamos as 
paráfrases. 
Paráfrase é a interpretação de um texto 
com palavras próprias, mantido o 
pensamento original. (KOOGAN/HOUAISS, 
1994) 
 
 
52 
 
 
 
apresentação dos autores lidos, mesmo os que não são referidos ou citados no 
texto, e as referências mostram apenas os autores referidos e citados. 
Como nossos módulos não são apresentação de trabalho científico 
optamos por usar as duas denominações, tendo em conta que, por exemplo, nos 
módulos da Língua portuguesa seria contra producente para a continuidade da 
sua leitura, a cada exemplo citar de que gramática o mesmo estava sendo 
retirado. 
No entanto, em trabalhos acadêmicos deve-se usar apenas a referência 
bibliográfica. Há diferentes possibilidades de apresentação das referências mas 
a mais usada é a da colocação em ordem alfabética de autores. 
Nos trabalhos científicos, as referências devem apresentar os 
seguintes dados: autor, título da obra, numeração da edição, local da 
publicação, editora e ano de publicação. Esses são os dados mais comuns, 
porém, dependendo do tipo de referência, é preciso também constar 
indicação do volume, coleção, número de série, do tradutor, número de 
páginas, data mais completa de publicação, do endereço de acesso 
eletrônico etc. Para saber mais sobre as referências consulte as normas 
ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
 
53 
 
 
 
 
6- A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DE UM CAPÍTULO E A CONCLUSÃO 
Para descrever os capítulos e elaborar a conclusão do trabalho são 
necessários alguns cuidados. 
 
 
 
 
 
6-1 Construindo o texto de um capítulo 
 Ao começar um capítulo deve-se apresentar um parágrafo introdutório que 
aborde, de forma geral, o que vai ser descrito nos subitens do mesmo. 
 Ao final do capítulo o mesmo deve ter um fechamento sobre o que foi 
pesquisado e relatado, cabendo fazer referência ao que vai ser desenvolvido a 
seguir, no próximo capítulo. 
 Para que o leitor não tenha a leitura longa que leve à dispersão, procure 
abrir parágrafos com freqüência. Elimine também o uso de parênteses e não use 
reticências nem pontos de exclamação. 
 Ao elaborar um texto para um trabalho científico é aconselhável o uso de 
forma impessoal na terceira pessoa como nas sugestões: 
 Achou-se por bem; Utilizaram-se os dados disponíveis; Procurou-
se elucidar. (ISKANDAR, 2003). 
Essa rigidez de forma pode ser e já é flexibilizada, com a possibilidade da 
utilização da primeira pessoa do plural. Observe o exemplo: 
É interessante que ao termos coragem de romper com as fronteiras 
disciplinares vamos encontrar respostas a nossas questões as quais, na 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens como: 
Identificar expressões que ajudam a citar os autores que dão suporte aos 
capítulos 
Relacionar os objetivos do trabalho com a construção dos capítulos 
Reconhecer a necessidade de retorno à Introdução no momento de construir a 
conclusão 
 
 
54 
 
 
 
fronteira disciplinar que alguns insistem em nos prender, não havíamos 
encontrado. 
Como enfocar, por exemplo, o problema do fracasso escolar se nos 
mantivermos na gaveta disciplinar fechada e o entregarmos aos 
especialistas avaliadores do sistema? (ALVES E GARCIA, 2001, p.95) 
Ao elaborar o texto dos capítulos você deverá, citar os autores cujas 
obras darão sustentação as suas ideias a respeito do tema escolhido, utilizando-
se das citações diretas e indiretas, cuja forma de apresentação técnica já 
estudamos. 
Não fica muito agradável a leitura de textos com citações diretas muito 
longas . Evite também utilizar muitas citações numa página só. 
É muito comum a utilização de citações indiretas ou paráfrases. Para citar 
indiretamente existem algumas expressões que podem nos servir de auxílio. 
Há algumas expressões úteis na elaboração desses comentários: 
 Parece acertado que; dever-se-ia dizer que; é lícito supor; conclui-
se daí que; ao exame desse texto percebe-se que... 
Exercícios com paráfrases e citações 
Atividade 1 
PERRENOUD, Philippe. Avaliação entre duas lógicas: da excelência à 
regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999, P.14. 
A escola conformou-se com as desigualdades de êxito por tanto tempo quanto 
elas pareciam "na ordem das coisas". Dentro dessa perspectiva, uma avaliação formativa 
não tinha muito sentido: a escola ensinava e, se tivessem vontade e meios intelectuais, 
os alunos aprendiam. A escola não se sentia responsável pelas aprendizagens, limitava-
se a oferecer a todos a oportunidade de aprender: cabia a cada um aproveitá-la! A noção 
de desigualdade das oportunidades não significou, até um período recente, nada, além 
disto: que cada um tenha acesso ao ensino, sem entraves geográficos ou financeiros, 
sem inquietação com seu sexo ou sua condição de origem. 
 
55 
 
 
 
Use o espaço abaixo e parafraseie as ideias expressas pelo autor. Você 
poderá usar: Segundo... - de acordo com... - como lembra... -, atendendo ao que 
propõe. - a partir do pensamento de... -... (ano).Obs.: sempre se coloca o ano da 
obra consultada. 
 Segundo Perrenoud (1999) 
 
 
 
6.2 A elaboração da conclusão 
Esta é a parte final do texto e para elaborá-la você deve se preocupar em 
voltar à Introdução e verificar se seus objetivos, sua hipótese e se os autores 
referenciados como essenciais permitiram que você cumprisse o roteiro que havia 
traçado. 
Abra parágrafos referentes às conclusões a que você chegou a cada 
capítulo. 
Apresente sugestões para ação a partir do que você concluiu. Também é 
interessante relatar se a pesquisa que você realizou instigou-o, a saber, mais 
sobre a temática envolvida. 
O texto da conclusão é uma criação sua, uma vez que relata seus 
achados diante do que foi pesquisado. Por tanto, na conclusão, evite colocar 
citações de autores . 
O capítulo que concluímos buscou instrumentalizá-lo para escrever seu 
texto com coesão, coerência e atendendo às normas técnicas.Surge uma 
oportunidade de você treinar a utilização dessas normas porque você terá que 
fazer seu relatório de estágio. 
 
56 
 
 
 
 
7- AJUDANDO A ELABORAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
 
 Durante o nosso curso você precisará estagiar e apresentar relatório a 
respeito dos estágios realizados. 
 Essa é uma exigência legal obrigatória para cursos como o que você está 
realizando. A legislação pertinente está no nosso manual de estágio. 
 Serão cinco os relatórios de estágio a serem desenvolvidos no curso: 1-
sobre a Educação Infantil, 2-sobre os Aspectos Administrativos de uma 
instituição, 3-sobre o Ensino Fundamental correspondendo à alfabetização e à 
observação nas turmas até o quinto ano, e por fim,correspondendo ao módulo III 
os relatórios :4-observação de Inclusão e 5-Educação de jovens e adultos.Assim nesse capítulo abordaremos informações para ajudá-lo a fazer a 
observação e elaborar o documento escrito, após a realização do estágio. 
 
 
 
 
 
 
7-1 Como e o que observar? 
 O manual de estágio da nossa instituição determina objetivos dos estágios 
e o foco de cada um deles, como já citamos acima. Contém também roteiros de 
direcionamento do olhar para cada um, com esquemas e perguntas que poderão 
ajudá-lo durante a fase de estágio. 
Ao término do estudo desse capítulo você poderá ter construído e 
sistematizado aprendizagens tais como: 
Identificar as partes essenciais num bom relatório 
Reconhecer que a linguagem a ser utilizada no relatório é uma linguagem que 
precisa seguir normas técnicas 
Reconhecer a importância do diário de campo e relacionar as anotações feitas 
com as informações a serem registradas no relatório 
 
 
57 
 
 
 
 Preste muita atenção: nosso estágio deve ser feito em Instituição escolar 
cuja documentação legal já esteja registrada para funcionamento. O 
estabelecimento deve ter CNPJ e Ato autorizativo. 
 
 Agora é hora de partir para o campo prático , o que mais se pode pensar 
quanto ao estágio? 
 
Você já ouviu falar em diário de campo? 
 O diário de campo é um caderno onde você poderá anotar as suas 
percepções, vivências, encaminhamentos, opinião de avaliação do estágio, 
sugestões sobre como você pensa que a atividade poderia estar sendo feita etc. 
Esse diário é opcional. 
 Joazeiro (2002) faz várias considerações sobre a utilização do diário de 
campo : anotar dificuldades, surpresas, fatos, reações das pessoas é a primeira 
delas. Anotar também as suas próprias percepções e questionamentos sobre o 
que está acontecendo é importante. É preciso também saber fazer uma avaliação 
Ato Autorizativo- 
Autorização de funcionamento é o ato pelo qual o Conselho de 
Educação, após análise e aprovação de processo específico, permite o 
funcionamento das atividades educacionais em estabelecimentos integrantes do 
seu Sistema. 
CNPJ 
Quando se abre e registra uma empresa na Junta Comercial, ela 
recebe um número de CNPJ assim como nós temos o CPF. Esse número é o 
documento principal da empresa, que a acompanha por toda a sua trajetória, 
mesmo que ela mude de endereço, objetivo social ou nome. 
 
58 
 
 
 
sobre cada informação obtida. Se perceber que estratégias de abordagem para 
obter os dados que precisa, não estão trazendo bons resultados, pense em 
mudança. 
 O diário de campo serve também para controle de carga horária diária, 
porque depois você terá facilidade em preencher o documento da nossa 
instituição sobre o dia a dia de observação. 
 Lembramos que o diário de campo é algo exclusivo do estudante 
estagiário e que a ele compete resguardá-lo sob sigilo 
Lembre-se : Use a ética e mantenha seu diário como documento de uso pessoal 
e particular. 
 Cumprida a carga horária estipulada para o estágio, e com as suas 
anotações feitas, o próximo passo é o desafio de passar suas impressões sobre 
as atividades anotadas para a linguagem escrita mais técnica do relatório.Isso 
significa dizer que a forma como suas anotações forma feitas, no diário de 
campo, não podem ser transcritas literalmente. 
 Elaborar o relatório exige reflexão. Seu relatório precisa ter coerência 
interna, não sendo necessário utilizar, no relato escrito, a cronologia dos fatos 
observados. A cronologia vai aparecer na sua ficha de observação de estágio , 
naquele modelo padrão da nossa Instituição. 
 
7.2. Como será a linguagem adequada a um relatório? 
 O relatório é um documento que também tem normas técnicas,de acordo 
com a ABNT, para a elaboração. 
 
59 
 
 
 
 "É a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante 
pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. " (UFPR, 
1996) . 
 Ou ainda: O relatório, então, é uma exposição escrita na qual se 
descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execução de 
serviços ou de experiências .(UFPR, 2000). 
 Pode ser acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, 
gráficos, estatísticas .No caso específico do nosso estágio escolar poderá ter 
anexos os documentos comuns à escola como exemplo de circulares, provas, 
comunicados, convites de eventos, festas e da documentação relativas ao Projeto 
Pedagógico da Instituição, do regimento da escola etc. Esses documentos devem 
ter correspondência com o que está sendo descrito ao longo do texto.. Por 
exemplo se você estiver comentando sobre a avaliação do terceiro ano e tem o 
teste para anexar, cite-o em coloque entre parênteses o número de anexo 
correspondente ao mesmo(1) . 
 
7.3. Algumas recomendações para a elaboração do texto do relatório 
 Para elaboração do relatório , você deve reler as recomendações da 
nossa apostila, especialmente os capítulos 5 e 6 . No entanto, para reforçar 
aspectos importantes seguem algumas sugestões . 
 O relatório terá obrigatoriamente elementos textuais, pré textuais e pós 
textuais. 
 No tocante à parte textual é obrigatório que você apresente: introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
 Na introdução apresente um parágrafo inicial que aborde, de forma geral, 
a importância do estágio e a seguir descreva especificamente o que vai ser 
observado. 
 
60 
 
 
 
 Ao elaborar o texto fuja da utilização da primeira pessoa do singular. 
 É preferível que você, com frequência, abra parágrafos e assim evite um 
texto muito longo. 
 De preferência elimine parênteses, não use reticências e nem pontos de 
exclamação. 
 Para elaborar o texto você deverá, certamente, citar os autores cujas obras 
dão sustentação as suas ideias a respeito do tema abordado. Assim ao 
descrever as observações, por exemplo, na Educação Infantil , faça uma ponte 
entre o que você viu e o que estudou no nosso curso e no material de cada 
disciplina estudada. Você encontrará as referências dos autores que o auxiliarão 
a elaborar as ideias a serem expostas no seu texto. 
 Para fazer referência aos autores, utilizam-se as citações diretas e 
indiretas de duas maneiras: A) cita-se um texto para depois ser interpretado . B) 
cita-se um texto como apoio à uma interpretação já feita. 
 Para criar as subdivisões do desenvolvimento volte aos aspectos citados 
no manual de estágio para cada o módulo.. O manual direciona o seu olhar para 
alguns tópicos, mas isso não impede de você registrar no seu relatório 
observações que vão além do está sugerido . 
Ao escrever o texto devemos utilizar expressões impessoais como: 
 de acordo com as observações feitas... 
 foi possível perceber durante o estágio... 
 pelo que foi observado é possível que ... 
 em decorrência do que foi exposto... 
 cabe pois concluir que ... 
 parece acertado que... 
 conclui-se daí que ... 
 
61 
 
 
 
 Outra parte muito importante é a hora de elaborar a conclusão. Como já 
citamos no capítulo anterior,é interessante voltar à Introdução , onde 
normalmente se traçam os objetivos do estágio, seu foco de observação e 
suas expectativas , para construir uma conclusão coerente com a proposta 
feita na Introdução. É igualmente importante apresentar alguma sugestão 
pertinente ao que foi observado, como contribuição à equipe que o acolheu 
como estagiário. 
 Quanto aos elementos pré textuais verifique a padronização para capa 
folha de rosto e sumário, constantes do manual de estágio do IECS. 
 Para os elementos pós-textuais alguns lembretes são necessários. Ao 
elaborar as referências bibliográficas verifique as normas que aparecem no 
capítulo 5 e também observe a forma como estão apresentadas as referências 
bibliográficas do material de cada disciplina. Um lembrete sempre necessário 
quanto a busca de informações em sites : procure sites de credibilidade e 
informe o endereço e data de acesso ao material. 
 Como normalmente os relatórios têm anexos,eles devem constar do 
sumário

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