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CONCEITOS RALACIONADOS A AUDITORIA

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AUDITORIA
Organizador:
João Guterres de 
Mattos
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
M435a Mattos, João Guterres de.
 Auditoria / João Guterres de Mattos. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 124 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-010-8
 1. Auditoria. I. Título. 
CDU 657.6
Conceitos relacionados 
à auditoria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Diferenciar auditoria interna de auditoria externa.
  Reconhecer o papel da auditoria interna dentro das empresas.
  Listar as principais ferramentas tecnológicas utilizadas pela auditoria 
interna.
Introdução
Com o crescimento do mercado de auditoria ao longo dos anos, muitos 
nichos importantes foram explorados. Neste contexto, dois principais 
escopos no mercado de auditoria surgiram. Na Itália do século XV, 
os primeiros auditores surgiram através do trabalho excepcional como 
guarda-livros, que trabalhavam para os mercadores da época.
Ao longo dos anos, com a regulamentação da profissão, surgiram 
empresas especializadas, ocupando o nicho de serviços de auditorias 
independentes. Para regulamentar esse trabalho, foi necessária a criação 
de regras e padrões. Nasciam, então, os principais órgãos vinculados 
à profissão de auditoria.
Neste texto, você vai conhecer as diferenças entre o trabalho dos 
auditores internos e externos. Você vai aprender também o papel dos 
órgãos que regulamentam a profissão.
Características e diferença entre auditoria 
interna e externa
O trabalho do auditor interno e do auditor externo, na maioria das vezes, tem 
focos diferentes, no entanto, em ambos os campos de atuação os trabalhos 
devem ser pautados por compromisso ético, dedicação e técnica que requer 
a profi ssão de auditor. Em determinados casos, os trabalhos dos auditores 
internos e externos podem ser compartilhados com os auditores externos, o 
que demonstra que, do ponto de vista técnico, as profi ssões se assemelham. 
Auditoria interna
A auditoria interna é uma área de staff dentro da empresa, trata-se de uma 
equipe de auditores que possui vínculo empregatício com a empresa e trabalha 
a serviço da alta administração. Ainda que o auditor interno faça parte do 
quadro laboral da empresa, seu trabalho precisa ser realizado com maior grau 
de independência possível, ou seja, a área de auditoria deve se reportar para o 
mais alto nível hierárquico da empresa, para que toda e qualquer inconformi-
dade seja devidamente levada a conhecimento da alta administração.
Área de staff representa uma área de assessoria e consultoria vinculada a alta 
administração.
Além disso, outros dois fatores são de extrema importância no trabalho da 
auditoria interna:
  Periodicidade dos testes: a equipe de auditores internos trabalha em 
tempo integral dentro de uma única empresa, os trabalhos de averi-
guações de áreas e controles-chave acontecem com maior frequência.
  Profundidade dos testes: os testes feitos pela auditoria interna tendem 
a ser realizados com excelente nível técnico, pois além dos conhecimen-
tos básicos da profissão de auditor, a equipe interna, geralmente, tem 
 Auditoria 26
grande conhecimento dos processos e normas da empresa e conseguem 
fornecer excelente cobertura aos riscos dos negócios no qual operam.
Uma equipe de auditoria interna, para gerar valor para à empresa, precisa 
estar apta a realizar diferentes tipos de auditoria. Precisa ter conhecimento 
sobre normas técnicas e práticas de mercado relativas à contabilidade, para 
poder averiguar os dados contábeis e acompanhar o trabalho de auditoria 
interna. Também necessita conhecer as diretrizes operacionais internas, bem 
como detalhes dos processos para realizar trabalhos operacionais, contribuindo, 
assim, com a identificação de riscos e melhoria contínuas. Além disso, precisa 
ter habilidade técnica para conduzir auditorias de gestão, além de apoiar a 
empresa em projetos e reestruturações.
Por isso, o conhecimento técnico e a formação acadêmica da uma equipe 
de auditores internos pode variar, pois precisa acompanhar as necessidades 
dos negócios. Profissionais de administração de empresas e contabilidade são 
mandatórios na composição de uma equipe de auditoria interna, pois somente 
eles podem dar cobertura a alguns tipos de trabalhos anteriormente citados. 
Auditoria externa
A auditoria externa, ou auditoria independente, cumpre uma função muito 
importante na sociedade. Seu trabalho se assemelha ao trabalho do auditor 
interno em alguns aspectos, porém há importantes fatores que diferenciam 
esses profi ssionais. O primeiro deles, e de maior importância é o vínculo 
trabalhista. O auditor externo não tem vínculo trabalhista com a empresa 
auditada, ele é um prestador de serviço, fato que gera maior independência 
nos trabalhos e, consequentemente, na emissão do parecer.
A independência é tão importante para o trabalho do auditor externo, que 
a comissão de valores imobiliários (CVM) institui normas relativas ao prazo 
em que uma firma de auditoria pode permanecer prestando serviço para 
uma empresa auditada. A norma estipula um prazo máximo de vínculo de 5 
anos, depois desse prazo, a auditada deve buscar uma nova firma de auditoria 
externa para avaliar suas demonstrações contábeis, e só poderá recontratar o 
antigo parceiro, depois de três anos. Está regra se aplica, fundamentalmente, 
a todas as empresas vinculadas a CVM.
27Conceitos relacionados à auditoria
CVM é a comissão de valores mobiliários, responsável pela regulamentação do mercado 
de capitais no Brasil.
O objetivo principal de uma auditoria externa é examinar os registros 
contábeis, por meio de procedimentos técnicos e emitir parecer em parcial 
acerca dos dados averiguados. Como consequência deste trabalho, é possível 
identificar uma fraude. Além disso, você precisa saber que não é escopo do 
auditor externo emitir parecer e recomendações sobre a qualidade de produtos, 
em geral, essas atividades são desempenhadas por áreas específicas dentro 
das empresas e, por vezes, passam por auditoria interna. 
É mandatório que os profissionais de auditoria externa, que realizam 
auditorias de balanço, tenham formação em ciências contábeis, contudo, 
uma empresa de auditoria também conta com profissionais de outras áreas, 
responsáveis pela cobertura de outros serviços ofertados por essas firmas. 
Cabe, no entanto, salientar que o principal produto e o mais reconhecido no 
mercado é de fato a auditoria das demonstrações financeiras e controles-chave 
relacionados à contabilidade.
Outro ponto importante e característico do trabalho da auditoria externa 
é a profundidade dos testes. O auditor externo possui algumas limitações 
em relação aos auditores internos no que se refere ao grau de conhecimento 
dos negócios e, também, não tem o mesmo prazo para realização dos testes, 
geralmente é menor. Dessa forma, a profundidade dos testes não é a mesma 
obtida em uma auditoria interna. 
 Auditoria 28
Principais diferenças
Agora que você já conheceu um pouco mais das características das audito-
rias interna e externa e descobriu que o dever ético, o escopo e os testes dos 
auditores internos externos são tecnicamente semelhantes, vamos elencar e 
comparar as diferenças. Veja, no Quadro 1, a seguir, as principais diferenças 
entre essas duas profi ssões. 
Objeto comparativo Auditor interno Auditor externo 
Vínculo empregatício Funcionário da empresa Profissional 
independente 
Grau de 
independência
Menor Maior
Tipos de auditorias 
mais comuns 
Contábil, operacional 
e gestão 
Contábil
Periodicidade 
dos testes 
Maior Menor 
Responsabilidade Trabalhista Civil e criminal
Profundidade 
dos trabalhos 
Maior Menor 
Contribuições 
para o negócio 
Maior Menor 
Contribuições para 
os investidores e 
público externo
Menor Maior
 Quadro 1. Características das profissões. 
29Conceitos relacionados à auditoria
Leia a Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis (NBCT) nº11 para saber mais sobre as características da auditoria externa.
Função da auditoria interna
A auditoria interna desempenha uma função extremamente importante dentro 
das organizações, seu papel é prestar serviço a alta administração da empresa, 
apoiando no controle dos bens ativos, no acompanhamento do andamento 
de processos e cumprimento das normas internas. Cabe à auditoria interna 
garantir um ambiente de controles internos saudável, bem como realizar as 
devidas recomendações sobre possíveis melhorias, quando necessário.
O trabalho do auditor interno deve transmitir confiança para alta ad-
ministração, pois eles são os olhos e os ouvidos da alta cúpula da empresa 
em meio aos processos. Nesse sentido, é importante informar que o auditor 
interno deve transitar com total liberdade por todas as áreas da empresa, para 
que ele possa ter uma visão macro e sistêmica dos negócios. Somente dessa 
forma, poderá cumprir alguns de seus objetivos, que são dar suporte às rotinas 
administrativas e financeiras da empresa e realizar uma incursão nos demais 
processos transacionais e não transacionais da empresa.
 O auditor interno avalia os fluxos dos processos apontando os pontos de 
riscos, também realiza testes nos processos de rotina das áreas auditadas para 
verificar a sua eficácia e eficiência. Ainda, o auditor interno analisa e testa os 
controles internos já mapeados de cada uma das áreas que audita, realizando 
testes substantivos quando necessário. Faz parte da rotina do auditor, além do 
cumprimento do plano de auditoria, atender a demandas especiais da gestão, 
como por exemplo investigações de possíveis fraudes ou erros operacionais.
Por vezes, a auditoria interna acaba prestando serviços de consultoria para 
as mais variadas áreas da empresa, pois antes de os gestores das referidas 
áreas tomarem uma decisão estratégica, acabam consultado a auditoria interna 
com o intuito de averiguar os reflexos das ações desejadas em outras áreas 
 Auditoria 30
da empresa ou até mesmo em termos de compliance das normas externas. 
Porém, cabe salientar que a auditoria interna não tem poder de decisão sobre 
os processos, apenas faz recomendações baseadas em aspectos técnicos. A 
decisão de acatar ou não é de responsabilidade dos administradores do negócio.
O auditor não tem responsabilidade direta sobre os processos que examina, 
sua responsabilidade é limitada ao seu parecer final e, também, não tem por 
prática realizar pessoalmente a implantação das ações que recomenda ao 
final de cada trabalho. Ele pode, por vezes, atuar como consultor, conforme 
citado anteriormente, apoiando a área sobre os passos que deve seguir até a 
implantação de um plano de ação, porém não é recomendável que ele faça isso.
Muitas empresas enxergam a área de auditoria interna como uma ferra-
menta de controle centralizada e, assim, formam equipes de auditores internos 
visando a redução de custos, substituindo pessoas que realizam e fiscalizam os 
controles diretamente nos processos e trazendo essa atividade para uma área 
corporativa para serem realizadas por mão de obra técnica. Esse processo, na 
maioria das vezes, tem um excelente custo-benefício, além de trazer maior 
segurança para os processos em razão do nível de segregação de funções.
Outro ponto extremamente importante para o trabalho do auditor é o sigilo. 
Os auditores detêm muitas informações sigilosas e estratégicas das empresas, 
como: informações financeiras, de pessoal, margens de produtos, preços de 
compra, lista de clientes, lista de fornecedores e outros dados que são valiosos 
para o negócio. Portanto, é impreterível que essas informações fiquem restritas 
a equipe de auditoria e sejam arquivadas, física ou virtualmente, em ambientes 
seguros, nos quais os demais setores da empresa não tenham acesso.
Os trabalhos de auditoria interna são baseados em princípios éticos, pro-
cedimentos técnicos e metodologia, acompanhe, a seguir:
  Testes de observância: visam à obtenção de uma segurança razoável 
quanto aos controles internos estabelecidos pela administração, se estão 
em efetivo funcionamento e, inclusive, quanto ao seu cumprimento 
pelos funcionários da entidade.
  Teste substantivos: visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, 
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações 
da entidade.
  Papéis de trabalho: são compostos por evidências (documentos) e 
apontamentos feitos pelo auditor ao longo do trabalho, visando a amparar 
as informações citadas em seu parecer.
31Conceitos relacionados à auditoria
A auditoria interna trabalha de forma planejada e estruturada, com intuito 
de dar cobertura aos principais exames e localidades (filiais e empresas do 
grupo) necessários para continuidade do negócio. Os dados são devidamente 
selecionados, de forma direcionada ou amostral aleatória, porém pautadas 
por aspectos técnicos.
Por fim, o trabalho é finalizado com o relato dos fatos apurados por meio 
de um sumário executivo e/ou relatório analítico, que demonstra a todos 
os envolvidos no processo de auditoria os resultados obtidos, sempre com 
uma visão imparcial, objetiva e contributiva. Quando possível, são também 
demonstrados os benefícios gerados a partir do trabalho, como:
  fraudes identificadas;
  valores recuperados;
  perdas identificadas e estancadas a partir do trabalho;
  desvios relevantes;
  oportunidades de melhoria.
Leia a NBCT nº 12 para saber mais sobre as características da auditoria interna.
Órgãos reguladores da profissão de auditor
O crescimento da demanda no mercado de auditoria acompanhou a globalização 
e as respectivas evoluções do mercado ao redor do mundo. Por esse motivo, 
surgiu a necessidade da formação de fóruns e comitês para discutir o tema 
auditoria e outros relacionados à profi ssão do auditor. Cabe salientar que o 
auditor precisa estar atento as mudanças legislativas no mercado interno e 
externo, pois essas mudanças afetam diretamente seu dia a dia.
Por isso, você deve conhecer os principais órgãos relacionados a auditoria 
e ficar atento às normas emitidas por essas entidades, pois os auditores, tanto 
internos como externos são multiplicadores e fiscalizadores dessas legislações. 
Logo, é possível afirmar que o estudo sobre o trabalho e abrangência dos 
órgãos reguladores é de primordial importância para a formação do auditor.
 Auditoria 32
Nacionais
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
A CVM é um órgão nacional, vinculado ao ministério da fazenda, que tem 
como fi nalidade acompanhar o mercado de valores mobiliários no Brasil. Por 
meio de sua Instrução Normativa nº 308, delibera sobre os direitos e deveres 
das auditorias independentes, tratando de trabalhos envolvendo empresas que 
operam no mercado de capitais brasileiro.
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 
O IBRACON tem como principal objetivo a luta em prol do fortalecimento 
da profi ssão de auditor independente e das estruturas de mercado no Brasil, 
além disso é a instituição autorizada a traduzir o Livro Normas Internacionais 
de Relatório Financeiro (IFRS).
CFC e CRC – Conselho Federal e Regional de Contabilidade
O CFC é responsável pela regulamentação da profi ssão contábil e pela emissão 
de normas que norteiam o trabalho de contadores e auditores internos e exter-
nos, em relação a trabalhos de auditoria contábil ou de avaliação de controles 
internos que afetam a situação patrimonial ou resultado das empresas.
IIA Brasil – Instituto dos Auditores Internos do Brasil
O IIA Brasil tem como preocupações promover o valor dos auditores internos 
nas organizações, proporcionar condições para o desenvolvimento e a capaci-
tação dos executivos do setor e, ainda, disseminar o papel desse profi ssional 
no mercado.
Internacionais
IASB – International Accounting Standards Board
Criado em 2001, com sede em Londres, o IASB é responsável pelo estudo e 
divulgação das normas contábeis internacionais (IFRS, do inglês International 
Financial Standards Reports).33Conceitos relacionados à auditoria
FASB – Financial Accounting Standards Board
Também é responsável pelo estudo e divulgação de normas técnicas da con-
tabilidade chamadas FAS, do inglês fi nancial accounting standards. Porém 
as normas emitidas por essa entidade estão restritas a empresas do mercado 
fi nanceiro americano. Não são consideradas normas internacionais como o 
IFRS.
IFAC – International Federation of Accountants
Criado em 1977, com sede nos Estado Unidos, o IFAC é responsável por emitir 
orientações contábeis e de auditoria em aspectos como:
  IAS (normas e procedimentos internacionais de auditoria) por meio 
do apoio ao IAASB;
  código de ética sobre dos profissionais de contabilidade;
  procedimentos internacionais de contabilidade gerencial e governamental.
IAASB – International Auditing and Assurance Standards Board
Criado em 1978, nos Estados Unidos, é intitulado como organismo de nor-
matização e tem como fi nalidade estabelecer normas internacionais sobre 
auditoria, revisão, outras assegurações, controle de qualidade e serviços 
relacionados. Também trabalha para melhorar a qualidade da prática dos 
auditores em todo o mundo.
PCAOB – Public Company Accounting Oversight Board
Ativo desde 2002, também com sede nos Estado Unidos, foi criado em conjunto 
com a Lei SOX (Sarbanes-Oxley), com a fi nalidade de fi scalizar auditores e, 
consequentemente, proteger os interesses dos investidores. Embora aplicável 
às empresas que estão submetidas a SOX, o PCAOB tem como missão esta-
belecer as normas de auditoria, controle de qualidade, ética e independência 
em relação aos processos de inspeção e a emissão dos relatórios de auditoria.
 Auditoria 34
1. O mercado brasileiro, qualquer 
que seja o setor de atividade 
e salvo algumas exceções, é 
bastante competitivo e volátil. Por 
isso, as empresas identificaram 
ao longo dos anos que os bons 
resultados não estão apenas 
vinculados a um bom produto, 
mas também a uma boa gestão. 
O mercado de auditoria interna 
vem ganhando espaço dentro das 
entidades e gerando valor a elas.
Assinale a alternativa correta em 
relação ao papel e posicionamento 
da auditoria interna dentro das 
empresas. 
a) Reportando-se hierarquicamente 
ao mais alto cargo existente na 
empresa, a auditoria interna 
busca garantir a manutenção 
saudável do ambiente de 
controles internos e mapear 
os riscos do negócio de 
forma a evitar perdas e 
potencializar ganhos.
b) A auditoria interna deve ser 
composta por uma equipe de 
contadores altamente treinados. 
Deve reportar-se ao diretor 
de contabilidade da empresa 
para poder analisar os dados 
contábeis e informar sobre todas 
as inconformidades identificadas 
e corrigidas, sem restrições 
de gerentes e supervisores.
c) A auditoria interna, 
diferentemente da externa 
(que busca avaliação dos dados 
contábeis) tem como principal 
objetivo proteger o patrimônio 
da empresa. Para isso, mapeia 
e cria mecanismos antifraude 
e realiza investigações sobre 
desvios éticos e negligência. Por 
isso, a auditoria interna deve, 
impreterivelmente, reportar-se 
ao diretor jurídico da empresa.
d) A auditoria interna trabalha 
em conjunto com a área de 
recursos humanos da empresa, 
de forma a reportar-se à 
mesma diretoria. Sua atividade 
está vinculada à análise de 
conduta dos funcionários da 
empresa em discordância com 
a missão, a visão e os valores da 
empresa. Se forem identificadas 
inconformidades, a auditoria 
interna irá subsidiar e munir 
a área de recursos humanos 
de documentação que apoia 
nas ações punitivas, sempre 
respaldados pela legislação 
trabalhista brasileira.
e) Embora a folha de pagamento 
do departamento de auditoria 
seja de responsabilidade da 
empresa, a auditoria interna 
reporta-se hierarquicamente 
ao IBRACON, pois necessita 
manter o grau de independência 
exigido pela profissão e o 
regulamento pelas normas 
internacionais de contabilidade. 
Este departamento tem 
como objetivo fiscalizar os 
procedimentos internos 
para garantir a qualidade 
35Conceitos relacionados à auditoria
de gestão e gerar conforto 
aos stakeholders (clientes, 
fornecedores, investidores, etc).
2. O trabalho do auditor independente 
é de extrema importância para a 
sociedade. Apesar disso, no passado 
já ocorreram diversos problemas 
em que o parecer emitido por 
empresas de auditoria independente 
não refletia a realidade e favorecia 
as empresas auditadas. Assinale a 
alternativa que melhor descreve 
os objetivos de uma auditoria 
externa e os cuidados que devem 
ser tomados para garantir um 
parecer imparcial e realista da 
situação econômico-financeira das 
empresas auditadas. 
a) Para garantir a qualidade 
dos pareceres emitidos por 
auditores independentes, a CVM 
publicou uma norma em 1999. 
Ela estabelecia os prazos de 
relacionamento entre auditados 
e auditores. Segundo orientações 
da CVM, uma empresa de 
auditoria não pode ter relação 
(avaliação das demonstrações) 
do mesmo cliente por mais de 
três anos. Se a empresa auditada 
desejar recontratar esta firma 
de auditoria, após encerrado 
o prazo de três anos, deve 
aguardar pelo menos cinco anos.
b) O auditor externo tem como 
principal atividade a avaliação 
dos procedimentos técnicos 
e operacionais da empresa. 
Ele divulga ao mercado um 
parecer conclusivo a respeito 
da qualidade dos processos 
da empresa. Em documento 
adicional, recomenda 
melhorias nos processos e 
produtos ofertados pelas 
empresas auditadas.
c) O auditor externo, quando 
contratado para realização de 
auditoria contábil, restringe seu 
parecer a aspectos relativos 
à situação patrimonial da 
empresa, ou seja, apenas 
aqueles fatos que refletiram 
no balanço patrimonial.
d) A auditoria externa, por meio 
de avaliações técnicas e 
valendo-se de alto grau de 
independência, tem como 
principal objetivo identificar 
fraudes e distorções que possam 
causar prejuízos aos investidores 
das empresas auditadas.
e) A auditoria contábil é um dos 
serviços mais vendidos pelas 
firmas de auditoria ao redor 
do mundo. Para garantir a 
qualidade destes serviços, foi 
instituído que apenas contadores 
registrados podem executar o 
trabalho de auditoria contábil.
3. Ao longo dos anos, foram criados 
diversos órgãos para regulamentar 
e controlar a evolução da profissão 
e do mercado de auditoria no 
Brasil. Analise as questões e 
aponte a que retrata o correto 
papel do respectivo órgão 
relacionado à auditoria. 
a) A CVM (Mobile Values 
Commission) é responsável 
pela regulamentação da Bolsa 
de Valores americana e por 
supervisionar os trabalhos 
das firmas de auditorias 
que emitem parecer sobre 
a situação financeira de 
empresas que operam na 
bolsa dos Estados Unidos.
 Auditoria 36
b) O Instituto Brasileiro de 
Contabilidade (IBRACON) é 
responsável pela regulamentação 
da profissão contábil no Brasil.
c) O Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC) é 
responsável pela regulamentação 
e análise dos trabalhos realizados 
por auditores independentes. 
O Conselho Regional de 
Contabilidade (CRC) fica 
responsável pela avaliação 
e garantia da qualidade do 
trabalho das auditorias internas.
d) Os Institutos dos Auditores 
Internos do Brasil (IIA Brasil) são 
voltados à regulamentação 
e ao fortalecimento da 
auditoria interna no Brasil.
e) O Instituto de Auditoria e 
Segurança da Informação 
do Brasil (IASB) é a entidade 
responsável pela regulamentação 
da profissão do auditor de TI 
e dos profissionais da área de 
segurança de informação.
4. Marque a alternativa que 
melhor diferencia o auditor 
interno do externo. 
a) Quantidade e profundidade 
dos testes realizados durante 
o trabalho de auditoria.
b) Técnicas e procedimentos 
de trabalho.
c) O escopo de trabalho.
d) Princípios e 
responsabilidades éticas.
e) Necessidade de avaliação 
dos controles internos.
5. Assinale a afirmativa correta 
em relação a órgãos, objetivos 
e obrigações da profissão de 
auditoria. 
a) A maior contribuição de um 
auditor para com o auditado 
é a transparênciade sua 
opinião. Além disso, no caso 
da auditoria interna, além da 
opinião, devem ser ponderadas 
as recomendações do auditor, 
que são valiosas para o 
andamento dos negócios.
b) A auditoria interna deve 
compartilhar seus papéis de 
trabalho com os auditores 
externos, pois este processo 
é parte do escopo da área 
de auditoria interna.
c) As auditorias externas são 
contratadas pelas empresas 
para avaliar sua situação 
econômico-financeira e emitir 
um parecer ao mercado, 
buscando dar credibilidade 
aos números. Sua opinião 
formal deve, impreterivelmente, 
atender aos interesses da 
empresa que a contratou.
d) O IIA, como órgão representante 
dos auditores internos, é 
responsável por avaliar os papéis 
de trabalho dos auditores 
externos antes da publicação 
das demonstrações contábeis.
e) As auditorias internas sempre 
ocorrem para atender a 
demandas geradas no canal 
de denúncia das empresas.
37Conceitos relacionados à auditoria
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Auditores independentes. Brasília, DF, 2016. 
Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/menu/ regulados/auditores/aud_indepen-
dentes.html>. Acesso em: 12 dez. 2016.
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução CVM 308. Brasília, DF, 1999. Disponível 
em: <http://www.cvm.gov.br/legislacao/ inst/inst308.html>. Acesso em: 12 dez. 2016.
CHIQUITO, Antonio R. Princípios da auditoria contábil externa. Portal Contábeis, 2005. 
Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/artigos/63/ principios-da-auditoria-
-contabil-externa/>. Acesso em: 12 dez. 2016.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria operacional e de gestão. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
GOMES, F. MBA em Contabilidade Internacional: conceitos nº 07. [S.l.]: DocPlayer, 2010. 
Disponível em: <http://docplayer.com.br/ 3682846-Orgaos-internacionais-de-conta-
bilidade.html>. Acesso em: 12 dez. 2016.
MAUTZ, Robert K. Princípios de auditoria. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1987.
PORTAL DE CONTABILIDADE. NBC T- 11 - Normas de auditoria independente das demons-
trações contábeis. São Paulo, c2016. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.
com.br/ nbc/t11.htm>. Acesso em: 12 dez. 2016.
PORTAL DE CONTABILIDADE. NBC T- 12 - Da auditoria interna. São Paulo, c2016. Disponível 
em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ nbc/t12.htm>. Acesso em: 12 dez. 2016.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Rotatividade dos auditores independentes. São Paulo, 2007. 
Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ tematicas/rotatividade-
deauditores.htm>. Acesso em: 12 dez. 2016.
 Auditoria 38
http://www.cvm.gov.br/menu/
http://www.cvm.gov.br/legislacao/
http://www.contabeis.com.br/artigos/63/
http://docplayer.com.br/
http://www.portaldecontabilidade/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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