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Gravidez e Lactação

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Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
Gravidez e Lactação 
• Se o óvulo for fertilizado, 
ocorrerá nova sequência de eventos, 
denominada gestação ou gravidez, e o 
óvulo fertilizado acabará se 
desenvolvendo em um feto a termo. 
Maturação e Fertilização 
• Ainda no ovário, o óvulo se 
encontra no estágio de ovócito primário. 
• O primeiro corpo polar é 
expelido do núcleo do oócito. O primeiro 
oócito, em seguida, torna-se o segundo 
oócito 
• Ainda no estágio de oócito 
secundário, é expelido para a cavidade 
abdominal. 
• O óvulo, em conjunto com 
centena ou mais de células anexas da 
granulosa que constituem a coroa 
radiada, é expelido diretamente para a 
cavidade peritoneal e deve, então, entrar 
em uma das tubas uterinas para chegar à 
cavidade uterina. 
• Os cílios são ativados pelo 
estrogênio ovariano, que faz com que 
eles batam na direção da abertura, ou 
óstio, da tuba uterina envolvida. 
• O transporte dos 
espermatozoides é auxiliado por 
contrações do útero e das tubas 
uterinas, estimuladas por 
prostaglandinas no líquido seminal 
masculino e por ocitocina liberada pela 
hipófise posterior da mulher durante o 
seu orgasmo. 
• A fertilização do óvulo ocorre 
normalmente na ampola → 
espermatozoide penetra a coroa radiada 
e depois a zona pelúcida. 
• Zigoto possui 46 cromossomos. 
o XX → sexo feminino; 
o XY → sexo masculino. 
• Depois de ocorrida a fertilização, 
normalmente são necessários outros 3 a 
5 dias para o transporte do ovo 
fertilizado pelo restante da tuba uterina 
até a cavidade uterina. Os cílios sempre 
batem na direção do útero. 
• O transporte lento do ovo 
fertilizado pela tuba uterina permite a 
ocorrência de diversos estágios de 
divisão celular. 
• A progesterona exerce efeito de 
relaxamento tubular que permite a 
entrada do ovo no útero. 
 
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
• A implantação do blastocisto 
no útero. 
• Depois de atingir o útero, o 
blastocisto em desenvolvimento, 
geralmente, permanece na cavidade 
uterina por mais 1 a 3 dias antes de se 
implantar no endométrio. 
• Antes da implantação, o 
blastocisto obtém sua nutrição das 
secreções endometriais uterinas, 
denominadas “leite uterino”. 
• A implantação resulta da ação de 
células trofoblásticas que secretam 
enzimas proteolíticas que digerem e 
liquefazem as células adjacentes do 
endométrio uterino. 
• Tendo ocorrido a implantação, as 
células trofoblásticas e outras células 
adjacentes (do blastocisto e do 
endométrio uterino) proliferam 
rapidamente, formando a placenta e as 
diversas membranas da gravidez. 
• Quando o concepto se implanta 
no endométrio, a secreção contínua de 
progesterona faz com que as células 
endometriais inchem ainda mais e 
armazenem mais nutrientes. 
• Os nutrientes do endométrio são 
usados pelo embrião para seu 
crescimento e desenvolvimento. 
Anatomia e Função da Placenta 
• Em torno de 21 dias após a 
fertilização, o sangue também começa a 
ser bombeado pelo coração do embrião 
humano. 
• Sinusoides sanguíneos, supridos 
de sangue materno, desenvolvem-se em 
torno das partes externas dos cordões 
trofoblásticos. 
• Vilosidades placentárias nas 
quais capilares fetais crescem. Assim, as 
vilosidades, carregando sangue fetal, são 
rodeadas por sinusoides que contêm 
sangue materno. 
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
• Nutrientes e outras substâncias 
atravessam essa membrana placentária 
basicamente por difusão. 
• Transporte de sangue: 
o 2 artérias umbilicais: mãe → feto 
o 1 veia umbilical: mãe → feto 
 
• A principal função da placenta 
é proporcionar difusão de nutrientes e 
oxigênio do sangue materno para o 
sangue do feto e difusão de produtos de 
excreção do feto de volta para a mãe. 
• Nos primeiros meses de gravidez 
a membrana placentária ainda é espessa, 
e possui baixa permeabilidade. Mais 
tarde, essa permeabilidade aumenta 
devido ao afinamento das camadas. 
• 3 fatores favorecem o transporte 
de O2 para o feto: 
1. A diferença de PO2 entre 
sangue materno e fetal é de 20 mmHg → 
maior pressão do materno faz com o O2 
passe para o fetal. 
2. A Hb fetal apresenta mais 
afinidade por O2. 
3. Efeito Bohr: quanto 
menor a pressão de CO2, maior a 
afinidade da Hb pelo O2. 
A perda de dióxido de carbono torna o 
sangue fetal mais alcalino, enquanto 
maior quantidade de dióxido de 
carbono no sangue materno o torna 
mais ácido. Essas mudanças fazem a 
capacidade de sangue fetal de se 
combinar com oxigênio aumentar e a 
de sangue materno diminuir. 
• Glicose, eletrólitos e ácidos 
graxos também são utilizados pelo feto e 
se difundem por difusão facilitada. 
• Excretas formadas no feto 
também se difundem através da 
feto --> mãe
Por isso a placenta ainda demora para exercer as suas funções como um todo.
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
membrana placentária para o sangue 
materno. 
Fatores Hormonais na Gravidez 
• Na gravidez, a placenta forma 
quantidades especialmente grandes de 
gonadotropina coriônica humana, 
estrogênios, progesterona e 
somatomamotropina coriônica humana, 
essenciais à gravidez normal. 
• Gonadotropina Coriônica Humana (HCG): 
• Secretado pelas células 
trofoblásticas sinciciais para os líquidos 
maternos. 
• A sua função mais importante é 
evitar a involução do corpo lúteo ao 
final do ciclo sexual feminino mensal. 
• Faz com que o corpo lúteo secrete 
quantidades ainda maiores de seus 
hormônios sexuais — progesterona e 
estrogênios — pelos próximos meses. 
Esses hormônios sexuais impedem a 
menstruação e fazem com que o 
endométrio continue a crescer e 
armazenar grandes quantidades de 
nutrientes, em vez de se descamar em 
produto menstrual. 
• Corpo lúteo removido antes de 
sete semanas → aborto espontâneo. 
Depois a placenta secreta progesterona e 
estrogênios suficientes para manter a 
gravidez. 
• HCG também age na produção de 
testosterona no feto masculino. 
• Estrogênio: 
• Placenta e corpo lúteo secretam 
tanto estrogênio quanto progesterona. 
• Perto do final da gestação, a 
produção diária de estrogênios 
placentários aumenta em cerca de 30 
vezes o nível de produção materna 
normal. 
• Os estrogênios secretados pela 
placenta não são sintetizados de novo a 
partir de substratos básicos na placenta. 
• Os estrogênios exercem 
basicamente função proliferativa na 
maioria dos órgãos reprodutores e 
anexos da mulher. 
• Na gravidez, eles causam: 
o Aumento do útero materno; 
o Aumento das mamas maternas e 
crescimento da estrutura dos ductos 
da mama. 
o Aumento da genitália externa 
feminina da mãe. 
o Relaxam ligamentos pélvicos. 
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
• Progesterona: 
• A progesterona é também 
essencial para uma gravidez bem-
sucedida; na verdade, é tão importante 
quanto o estrogênio. 
• Os efeitos especiais da 
progesterona, essenciais à progressão 
normal da gravidez, são os seguintes: 
o A progesterona faz com que 
células deciduais se desenvolvam no 
endométrio uterino. Essas células têm 
papel importante na nutrição do 
embrião inicial. 
o A progesterona diminui a 
contratilidade do útero grávido, 
evitando, assim, que contrações 
uterinas causem aborto espontâneo 
o A progesterona contribui para o 
desenvolvimento do concepto mesmo 
antes da implantação, proporcionando 
material nutritivo apropriado para o 
desenvolvimento. 
o A progesterona, secretada 
durante a gravidez, ajuda o estrogênio 
a preparar as mamas da mãe para a 
lactação. 
• Somatotropina: 
• É secretada em quantidade 
muitas vezes maior do que todos os 
outros hormônios da gravidez 
combinados. E tem também diversos 
possíveis efeitos importantes. 
• Causa pelo menos 
desenvolvimento parcial das mamas 
animais e, em alguns casos, causa 
lactação. 
• Tem fracas ações, semelhantes às 
do hormônio do crescimento, causando a 
formação de tecidos proteicos, da mesmamaneira como faz o hormônio do 
crescimento. 
• Diminui a sensibilidade à 
insulina e a utilização de glicose pela 
mãe, disponibilizando, assim, 
quantidades maiores de glicose ao 
feto. 
• Ademais, o hormônio promove a 
liberação de ácidos graxos livres das 
reservas de gordura da mãe, assim, 
proporcionando essa fonte alternativa de 
energia para o metabolismo materno 
durante a gravidez. 
• É um hormônio metabólico 
geral, com implicações nutricionais 
específicas tanto para a mãe quanto 
para o feto. 
• Pré-Eclâmpsia e Eclampsia: 
• Pré-eclâmpsia: Cerca de 5% de 
todas as gestantes apresentam 
hipertensão induzida pela gravidez, que 
é um rápido aumento da pressão arterial 
em níveis hipertensivos nos últimos 
meses de gravidez. Se caracteriza por 
retenção excessiva de sal e água pelos 
rins maternos e pelo ganho de peso e 
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
desenvolvimento de edema e hipertensão 
na mãe. 
• Outra teoria é que a pré-
eclâmpsia resulta de algum tipo de 
autoimunidade ou alergia na mulher 
causada pela presença do feto. Em 
apoio a essa hipótese, os sintomas 
agudos normalmente desaparecem 
poucos dias depois do nascimento do 
bebê. 
• Em mulheres com pré-eclâmpsia, 
as arteríolas maternas não apresentam 
essas alterações adaptativas, por razões 
que ainda não estão claras, e não ocorre 
fornecimento de sangue suficiente à 
placenta. 
• Eclampsia: caracterizada por 
espasmo vascular por todo o corpo; 
convulsões clônicas na mãe, às vezes 
seguidas por coma; grande redução do 
débito renal; disfunção hepática; 
geralmente hipertensão grave; e toxemia 
generalizada. Geralmente, ocorre pouco 
antes do nascimento do bebê. 
Parto 
• O nascimento do bebê. 
• Ao final da gravidez, o útero fica 
progressivamente mais excitável, até 
que, por fim, desenvolve contrações 
rítmicas tão fortes que o bebê é expelido. 
• Responsáveis pelo parto: 
1. Mudanças hormonais 
progressivas que aumentam a 
excitabilidade da musculatura uterina; e 
2. Mudanças mecânicas 
progressivas. 
• A partir do sétimo mês, a 
secreção de estrogênio continua a 
aumentar, enquanto a de progesterona 
permanece constante ou até mesmo 
diminui um pouco. 
• O aumento do estrogênio faz com 
que o útero tenha maior contratilidade. 
• A ocitocina também causa 
contrações uterinas. 
• O útero também sofre distensão 
com o crescimento do feto, e quanto 
mais distensível, mais excitável. 
• O feto também age nesse 
processo: 
o A hipófise do feto secreta 
ocitocina. 
o As adrenais do feto secretam 
cortisol → estimulante uterino. 
o Membranas fetais liberam 
prostaglandinas → em altas 
concentrações no parto podem aumentar 
a intensidade da contração uterina. 
• O mecanismo do parto: 
• O útero sofre episódios 
periódicos de contrações rítmicas fracas 
e lentas = Contrações de Braxton Hicks. 
• Essas contrações ficam 
progressivamente mais fortes ao final da 
Tirando a parte romântica, o feto é um parasita.
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
gravidez, forçando o bebê a sair pelo 
canal do parto. 
• A teoria de feedback positivo 
sugere que a distensão do colo uterino 
pela cabeça do feto torna-se, finalmente, 
tão grande que provoca forte reflexo no 
aumento da contratilidade do corpo 
uterino. Isso empurra o bebê para frente, 
o que distende mais o colo e desencadeia 
mais feedback positivo ao corpo uterino. 
• Para o feedback positivo 
persistir, cada novo ciclo devido ao 
processo de feedback positivo deve ser 
mais forte que o precedente 
• Quanto mais contração, mais 
forte ela fica. 
Lactação 
• As mamas têm seu 
desenvolvimento estimulado pelos 
estrogênios do ciclo sexual feminino 
mensal. 
• Os estrogênios estimulam o 
crescimento da parte glandular das 
mamas, além do depósito de gordura, 
que dá massa as mamas. 
• Estrogênios secretada pela 
placenta faz com que o sistema de ductos 
das mamas cresça e se ramifique. 
• Quatro outros hormônios são 
igualmente importantes para o 
crescimento do sistema de ductos: 
hormônio do crescimento, prolactina, os 
glicocorticoides adrenais e insulina. 
• A progesterona — agindo 
sinergicamente com o estrogênio, bem 
como com os outros hormônios 
mencionados — causará o crescimento 
adicional dos lóbulos mamários, com 
multiplicação dos alvéolos. 
Thiago Gurgel Regis 
Morfofuncional I 
• Estrogênio e progesterona inibem 
a verdadeira secreção de leite. 
• A prolactina tem o efeito 
oposto, ela promove a secreção de 
leite. 
• A placenta secreta grande 
quantidade de somatomamotropina 
coriônica humana, que provavelmente 
tem propriedades lactogênicas, 
apoiando, assim, a prolactina da hipófise 
materna durante a gravidez. 
• Colostro: o líquido secretado nos 
últimos dias antes e nos primeiros dias 
após o parto. 
• Essa prolactina age nas mamas 
maternas para manter as glândulas 
mamárias secretando leite nos alvéolos 
para os períodos de amamentação 
subsequentes. 
• A produção de leite pode se 
manter por vários anos se a criança 
continuar a sugar, embora a formação de 
leite, normalmente, diminua 
consideravelmente depois de 7 a 9 
meses. 
• O leite é secretado de maneira 
contínua nos alvéolos das mamas, mas 
não flui facilmente dos alvéolos para o 
sistema de ductos e, portanto, não vaza 
continuamente pelos mamilos. Em vez 
disso, o leite precisa ser ejetado dos 
alvéolos para os ductos, antes de o bebê 
poder obtê-lo. Essa ejeção é causada por 
um reflexo neurogênico e hormonal 
combinado, que envolve o hormônio 
hipofisário posterior ocitocina. 
• O ato de sugar uma mama faz 
com que o leite flua não só naquela 
mama, mas também na oposta. 
• No auge da lactação na mulher, 
1,5 litro de leite pode ser formado a cada 
dia (e até mais se a mulher tiver gêmeos). 
• A ocitocina durante a 
amamentação, diminui o ciclo 
ovariano e a menstruação. 
• Não só o leite fornece ao recém-
nascido os nutrientes adequados, como 
também proporciona uma proteção 
importante contra infecções, como 
anticorpos e leucócitos. 
• Particularmente importantes são 
anticorpos e macrófagos que destroem a 
bactéria Escherichia coli, que, com 
frequência, causa diarreia letal em 
recém-nascidos.

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