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Livro Eletrônico
Aula 05
Criminologia p/ PC-ES (Delegado) - Com Videoaulas - Pós-Edital
Paulo Bilynskyj, Equipe Paulo Bilynskyj, Beatriz V. P. Pestilli
 
SUMÁRIO
Sumário .......................................................................................................................1
Boas Vindas .................................................................................................................5
Apresentações.............................................................................................................5
APRESENTAÇÃO PAULO BILYNSKYJ .................................................................................... 5
APRESENTAÇÃO BEATRIZ PESTILLI ..................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO DO CURSO ............................................................................................... 8
Qual a importância da criminologia na atualidade e porque a disciplina é tão explorada em concursos
jurídicos? ................................................................ . . . ................................................................................... 8
Metodologia de curso...................................................................................................... 14
O que nossas aulas abordarão?........................................................................................................................ 14
Questões........................................................................................................................................................... 14
Destaques a Legislação e Jurisprudência.......................................................................................................... 15
Resumos ........................................................................................................................................................... 15
Quais serão os formatos utilizados?................................................................................................................. 15
.PDF................................................................................................................................................................... 15
VIDEOAULAS ..................................................................................................................................................... 16
Quadro sinóptico do Curso Estratégico para Delegado ES ........................................18
Cronograma de Aulas ................................................................................................18
Quadro sinóptico de aula: Aula 05............................................................................19
1 に Considerações Iniciais..........................................................................................20
2 に Introdução ao estudo da Criminologia Contemporânea ....................................21
3 に Estatística Criminal e Cifras Criminais .................................................................21
3.1 に Cifra Negra ............................................................................................................. 23
 O tema em provas..................................................................................................................................... 24
 O tema em provas..................................................................................................................................... 28
3.2 に Cifra Dourada ......................................................................................................... 28
3.2.1 - Fatores de natureza social..................................................................................................................... 30
3.2.2 - Fatores de natureza jurídico-formas ..................................................................................................... 30
3.2.3 - Fatores de natureza econômica ............................................................................................................ 30
 O tema em provas..................................................................................................................................... 31
3.3 に Cifra Cinza............................................................................................................... 32
Paulo Bilynskyj, Equipe Paulo Bilynskyj, Beatriz V. P. Pestilli
Aula 05
Criminologia p/ PC-ES (Delegado) - Com Videoaulas - Pós-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
 
3.4 に Cifra Amarela.......................................................................................................... 33
3.5 に Cifra Verde.............................................................................................................. 33
4 に Técnicas contemporâneas ...................................................................................34
4.1 に Técnicas de investigação......................................................................................... 34
4.2 に Técnicas de Investigação sociológica ...................................................................... 35
4.2.1 に Investigação extensiva ou quantitativa ................................................................................................ 35
4.2.2 に Investigação intensiva ou qualitativa ................................................................................................... 35
4.2.3 に Investigação-Ação................................................................................................................................. 36
 Recognição visuográfica de local de crime ............................................................................................... 36
 Perfilamento Criminal ............................................................................................................................... 37
5 に Testes Criminológicos Contemporâneos .............................................................38
5.1 に Teste de Personalidade Projetivos........................................................................... 39
5.1.1 に Técnica de Rorschach: .......................................................................................................................... 39
5.1.2 に Teste PMK に Psicodiagnóstico Miocinético de Periculosidade Delinquencial: .................................... 39
5.1.3 に Teste do Desenho ou HTP に House Tree, Person.................................................................................. 40
5.1.4 に Tat ou Teste de apercepção temática .................................................................................................. 40
5.2 に Testes de Personalidade Prospectivos ..................................................................... 40
5.3 に Testes de Inteligência.............................................................................................. 41
 Tabela de QI .............................................................................................................................................. 42
5.3.1 に Teste de raciocínio aritmético .............................................................................................................. 43
5.3.2 に Teste de memorias para números........................................................................................................ 43
5.3.3 に Teste de semelhança ............................................................................................................................ 44
5.3.4 に Teste de arranjo de figuras................................................................................................................... 44
5.3.5 に Teste complementar figuras................................................................................................................. 44
5.3.6 に Teste do desenho de cubos ..................................................................................................................44
5.3.7 に Teste de números e símbolos............................................................................................................... 44
5.3.8 - Teste de arranjo de objetos................................................................................................................... 45
5.3.9 に Teste do Vocabulário ............................................................................................................................ 45
6 に Fatores Sociais da Criminalidade.........................................................................45
7 に Criminologia Contemporânea .............................................................................47
7.1 に Criminologia no Estado Democrático de Direito ...................................................... 47
7.2 に Criminologia Ambiental .......................................................................................... 47
7.1.1 に Classificação das teorias ambientais..................................................................................................... 48
7.1.2 に Teorias teoria das atividades rotineiras................................................................................................ 48
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7.1.3 に Teoria da escolha racional .................................................................................................................... 48
7.1.4 - teoria do padrão racional ...................................................................................................................... 49
7.1.5 に Teoria da oportunidade ........................................................................................................................ 49
7.3 に Criminologia Cultural .............................................................................................. 50
7.4 に Criminologia Feminista ........................................................................................... 50
7.5 に Criminologia Queer ................................................................................................. 50
7.6 に Criminologia e o Crime Organizado ........................................................................ 51
8 に Outros Temas Contemporâneos..........................................................................53
8.1 に Bullying................................................................................................................... 53
 O tema em provas..................................................................................................................................... 54
7.2.1 に Legislação de combate à intimidação sistemática - Bullying................................................................ 55
7.2.2 に Classificação da Intimidação sistemática - Bullying.............................................................................. 55
7.2.3 - Cyberbullying ......................................................................................................................................... 56
 O tema em provas..................................................................................................................................... 56
8.2 に Assédio Moral ......................................................................................................... 56
8.2.1 に Mobbing................................................................................................................................................ 57
 O tema em provas..................................................................................................................................... 57
8.3 に Stalking................................................................................................................... 57
 O tema em provas..................................................................................................................................... 58
9 に Questões..............................................................................................................59
9.1 に Lista de questões comentadas ................................................................................ 59
9.2 に Lista de questões sem comentários......................................................................... 61
9.3 に Gabarito ................................................................................................................. 74
10 に Destaque à Legislação e Jurisprudência ............................................................75
11 に Resumo..............................................................................................................82
12 に Considerações Finais .........................................................................................98
Paulo Bilynskyj, Equipe Paulo Bilynskyj, Beatriz V. P. Pestilli
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Figura 1: Brasão da Polícia Civil do Espírito Santo
Querido amigo e Delegado de Polícia,
Seja bem-vindo ao nosso módulo regular de Criminologia に pós edital, direcionado aos cargos
de Delegado de Polícia Civil/ES.
Ah, quanto ao vocativo, não o estranhe. Você já é Delegado!
Aliás, você nasceu Delegado. Eu te entendendo!
É sobre estar sozinho na sua escolha, sobre proteger até quem não sabe que precisa de
proteção... de proteger quem você prendeu na semana passada e hoje precisa da sua ajuda.
Sobre abrir mão...
Abrir mão do lazer, não conseguindo justificar para sua família que não passou tempo com
ela para proteger outra. Eu realmente te entendo.
Só que agora, Guerreiro, chegou a hora de viver esse sonho!
Por isso, LUTE PARA VENCER!
Meu desejo é que no dia da sua prova você seja o melhor colocado, porque só a vitória
interessa a nós. Aqui, não aceitamos o médio, temos a Excelência como referencial! E você?
Bem, você tem o selo dela e da vitória a partir de agora, pois aqui, nós só treinamos
vencedores.
Paulo Bilynskyj, Equipe Paulo Bilynskyj, Beatriz V. P. Pestilli
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É uma honra correr ao seu lado, eu acredito em você!
Paulo Bilynskyj
Delegado de Polícia de SP e Professor.
BOAS VINDAS
Olá Delegado (a),
Chegamos para mais uma aula de criminologia.
Veremos hoje temas importantes relacionados à criminologia
moderna.
Boa Aula.
Paulo Bilynskyj e Beatriz Pestilli
Delegados de Polícia de SP e Professores
APRESENTAÇÕES
Inicialmente, queremos compartilhar nossa alegria em tê-lo conosco neste módulo. Nós,
Profs. Paulo Bilynskyj e Beatriz Pestilli, estamos felizes pela sua escolha. É um privilégio
acompanhá-lo nessa jornada, preparando-o para concursos jurídicos que exploram a
disciplina de criminologia. Somos Delegados de Polícia em São Paulo e concurso público é
um assunto que falamos com propriedade, pois já fizemos o mesmo percurso que você se
encontra hoje.
Por isso, parabéns pela decisão! Aqui você encontrará tudo o que precisam para a aprovação.
Nós acreditamos em você, nós acreditamos no seu sonho!
Nas próximas linhas, falaremos um pouco sobre e nós e, em seguida, apresentaremos o nosso
curso e como ele se desenvolverá nos próximos dias.
Então vamos lá.
APRESENTAÇÃO PAULO BILYNSKYJ
Olá, Guerreiros (as),
Eu sou PAULO BILYNSKYJ, Delegado de Polícia no Estado de São Paulo. Atualmente, e com
muito orgulho, em exercício no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Titular
do 2º Grupo Especial de Atendimento a Local de Crime.
Paulo Bilynskyj, Equipe Paulo Bilynskyj, Beatriz V. P. Pestilli
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Sou graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, e especialista em
Criminologia, Segurança Pública e Política Criminal.Meu primeiro concurso público foi aos 12 anos, para o Colégio Militar de Curitiba. Lá tive
a oportunidade de servir ao Exército Brasileiro e de internalizar valores como PÁTRIA,
HONRA, DEVER e DISCIPLINA.
Apaixonei-me pela carreira de Delegado de Polícia no terceiro período de faculdade e, logo
que formei, iniciei minha preparação, alcançando a aprovação em meu primeiro
concurso, em 2011, para o cargo de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, aos 25
anos de idade, digo sempre: - cada minuto de estudo valeu a pena e eu faria tudo de novo.
Dedico-me também à carreira de Professor aqui, no Estratégia Jurídico, lecionando as
matérias de Lei (s) de Organização da Polícia Civil, Medicina Legal e Criminologia. Nesta
última, sendo acompanhada pela Professora e também Delegada, Beatriz Pestilli.
Tenho também o privilégio de figurar como coautor de livros em parceria com colegas
Doutores e amigos de caminhadas. Destaco as obras:
2017 に Editora: Questões Discursivas. Delegado de Polícia に Questões Discursivas
e Peças Práticas Comentadas e Respondidas.
2018 にEditora: Novo Século. Polícia Civil do Estado de São Paulo に Concurso -
Agente, Escrivão, Investigador, Apostila Preparatória.
Por último, mas não menos importante, sou Consultor Técnico para Cinema e Televisão.
Como puderam perceber, entrei na esfera de concursos públicos há aproximadamente 18
anos e, desde então, tenho auxiliado pessoas a realizar seus sonhos. Por isso, digo sempre:
sou professor por paixão!
Acredito sempre no melhor dos meus alunos e que a aprovação é questão de tempo,
estratégia e disciplina. Portanto, vamos à luta!
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei prazer em
orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.
Bons estudos.
Paulo Bilynskyj
E-mail: pbilynskyj@gmail.com
Facebook: Paulo Bilynskyj
Instagram: @paulobilynskyj
Youtube: Projeto Policial
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APRESENTAÇÃO BEATRIZ PESTILLI
Olá, Doutores (as)
Meu nome é BEATRIZ PESTILLI, também sou Delegada de Polícia no Estado de São Paulo.
Orgulhosamente, integro os quadros da Polícia Civil de São Paulo desde 1997, quando
ingressei na carreira de Investigadora de Polícia, permanecendo até 2012, ano em que
avancei para o atual cargo de Delegada de Polícia. Estes mais de vinte anos de experiência
no trabalho policial me permitem falar com desenvoltura sobre a realidade da nossa
polícia judiciária estadual.
Nesse período, tive a oportunidade de participar de vários cursos, dentro e fora da
instituição, mas todos relacionados com nossa atividade fim; investigação criminal, tais
como:
 
Cursos na Academia de Polícia de São Paulo:
 Técnicas de Entrevista e Interrogatório;
 Estratégias de PNL;
 Psicologia Investigativa;
 Gerenciamento de Crises (dentre outros).
Cursos na Secretaria Nacional de Segurança Pública:
 Investigação Criminal;
 Psicologia das Emergências;
 Mediação de Conflitos (dentre outros).
Em 2014, fui aprovada em mais um concurso, dessa vez para Professora da ACADEMIA DE
POLÍCIA DE SÃO PAULO に ACADEPOL. Lá tenho a honra de ministrar a disciplina
de Perfilamento Criminal - Unidade Docente III: Criminologia, além da oportunidade de
ministras diversas aulas e palestras sobre temas correlatos.
Sou GRADUADA em Direito pela UNIFIEO - Centro Universitário FIEO - em Osasco/SP
(1999) e também em Psicologia pela UNISA - Universidade Santo Amaro - em São Paulo/SP
(2009), sendo que ambas as graduações me acrescentaram muito conteúdo em diversas
frentes de conhecimento.
Possuo ainda duas pós-graduações que considero importantíssimas e pelas quais sou
apaixonada. A primeira, Especialização latu sensu em Direito Penal (2007), que me trouxe
a possibilidade de rever temas de direito de forma mais aprofundada. A segunda, e não
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menos importante, é a Especialização latu sensu em Psicologia Investigativa - Criminal
Profiling (2016), que me acrescentou conhecimentos teóricos do universo da psicologia
vinculados à prática de investigação criminal. Com certeza, esta é, na minha opinião, a área
de conhecimento mais interessante do mundo.
Dedico-me também à carreira de Professora aqui, no Estratégia Jurídico, lecionando a
disciplina de Criminologia, com meu querido amigo Professor e Delegado, Paulo Bilynkyj.
Como puderam ver, tenho enorme experiência na área policial e no ramo dos concursos.
Acredito que nossa missão é ajudá-lo nessa caminhada.
Acredito que este curso pode ser o melhor da sua vida, só depende de você
Então, coloque amor, disciplina e dedicação em tudo que fizer e o resultado só pode ser a
aprovação.
Nós só treinamos vencedores.
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um prazer
orientá-los nesta caminhada.
Estou à disposição.
Beatriz Pestilli 
E-mail: bmpestilli@hotmail.com
Facebook: Bia Pestilli
Instagram: biapestilli
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Qual a importância da criminologia na atualidade e porque a disciplina é tão
explorada em concursos jurídicos?
A partir de agora, daremos início ao nosso curso de CRIMINOLOGIA voltado às provas
objetivas de carreiras jurídicas. Inicialmente, queremos deixá-lo a par da real importância do
estudo da disciplina e, em seguida, apresentaremos nossa metodologia de estudo.
É que ainda hoje, muitos candidatos não sabem o porquê devem se dedicar ao estudo da
matéria. Para muitos, a matéria não é tão atrativa quanto Direito Penal ou Processo Penal,
por exemplo. Para outra parcela de alunos, a matéria não é tão relevante.
Erro primário.
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Percebemos que esse tipo de pensamento ainda representa a maioria dos candidatos às
vagas de concursos públicos, - esperamos que a partir de agora não mais -, porém, temos
certeza que você que é nosso aluno sairá desta aula convencido da importância da disciplina
e terá uma nova perspectiva com uma visão clara de todo conteúdo.
Nossa proposta aqui, neste módulo, é desmistificar a dificuldade da matéria, deixá-lo apto
a gabaritar toda e qualquer prova da disciplina e, sobretudo, fazer com que de fato se torne
um candidato estratégico e isso acontecerá na medida em que você entender que:
A sua prova não é um mestrado em direito penal, processo penal ou da matéria
que você é apaixonado. A sua prova é composta por DISCIPLINAS ESTRATÉGICAS,
com um número de QUESTÕES ESTRATÉGICAS, buscando aprovar CANDIDATOS
ESTRATÉGICOS.
Entender isso é integrar o ranking dos melhores rapidamente.
Socialmente e culturalmente falando, podemos afirmar que a criminologia foi deixada de
lado enquanto as outras ciências que, dentro das ciências criminais, ganharam força e
destaque.
A conclusão pode ser feita a partir de observações básicas e muito atuais. Quando
encontramos pessoas falando de VIOLÊNCIA URBANA, APARELHAMENTO DO CRIME
ORGANIZADO に tema que tem sido discutido em larga aヴWケ┌ZミIキ; さWマ デWマヮラゲ SW OPERAÇÃO
LAVA-JATOざ -, crescimento desajustado da CORRUPÇÃO e tantos outros assuntos inclusos
na atual pauta social, é possível notar que muitos manifestam, na maioria das vezes, uma
visão crítica notadamente desprovida de informações reais ou um respaldo minimamente
fundamentado.
Com o crescimento e avanço da internet e, consequentemente, das redes sociais, essas
opiniões dão às pessoas a possibilidade de emitir opinião sobre todo e qualquer tipo de
assunto. Discussão sobre criminalidade então, é algo que está sempre em alta. Todo o mundo
tem opinião, a maioria das pessoas as lançam, quase sempre, nas redes sociais. O problema
disso, como já dizia ZAFFARONI,
Diz-se que, atualmente,todos comentam sobrem futebol e violência, existindo
milhares de técnicos desse esporte, e, na mesma proporção, criminólogos1.
Não é que alguém precise ser Doutor ou Mestre em qualquer tema para manifestar opinião,
mas um mínimo de fundamento nelas é imprescindível.
Não precisamos de uma análise profunda para perceber que a maioria das opiniões lançadas
acerca da criminalidade, por exemplo, (ou até mesmo dos recentes casos de rebelião que
ocorreu nos presídios Brasileiros, ou ainda, nas recentes e polêmicas decisões da Suprema
1 ZAFFARONI, Eugênio Raúl. A Questão Criminal; Rio de Janeiro: Revan, 2013.
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Corte に como no caso destacado no Informativo nº 8602, m que se vedou o exercício de
direito de greve a todos os policiais civis e aos que atuem diretamente na área de segurança
pública), são reproduções de comentários prontos. (Vide jurisprudências sobre segurança
pública em destaque no capítulo 5).
P;ヴIWノ; ノWキェ; S; ヮラヮ┌ノ;N?ラが ゲキマヮノWゲマWミデW ;IWキデ; W ヴWヮヴラS┌┣ デW┝デラゲ さHラミキデラゲざが ヮラヴYマが
desprovidos de teorias ou conceitos científicos e que empobrecem a percepção a respeito
das causas reais dos fenômenos delitivos, o que permite, uma fácil manipulação popular
quando não um clamor social desfundado e midiático.
A consequência?
Certamente, a aprovação de medidas meramente paliativas. Aquelas que servem para
absolutamente nada. É verdadeiramente o remédio que não cura, mas mitiga a doença. O
resultado disso gera o que a doutrina classifica como DIREITO PENAL SIMBÓLICO.
CLEBER MASSON3, nos explica:
A função simbólica é inerente à todas as leis, não dizendo respeito somente as de cunho penal. São
aquelas que não produzem efeitos externos, mas tão somente, na mente dos governantes e dos
cidadãos.
É que no primeiro caso, acarreta aos governantes a sensação de terem feito algo para a
proteção da paz social. No outro, proporciona a falsa impressão de que a criminalidade está
sob controle.
Masson, 4 ainda revela que, no âmbito penal, o simbolismo manifesta-se de forma comum,
no que ele chama de direito penal do terror que se verifica com a inflação legislativa do
Direito Penal de Emergência, criando-se exageradamente figuras penais desnecessárias, ou
então, aumento desproporcional e injustificado das penas em casos pontuais に Hipertrofia
do Direito Penal.
A título de exemplo, podemos citamos a criação da Lei 8.072/90 に Lei de Crimes Hediondos.
E ;ケ ┗ラIZ テ= ゲ;HWが エ= ┌マ ヴラノ デ;┝;デキ┗ラ SW IヴキマWゲ ケ┌W ゲ?ラ ヮ┌ミキSラゲ Iラマ さMUITOざ ラ┌ Iラマ さMáI“
‘IGO‘ざ ケ┌W ラゲ IヴキマWゲ ;ノキ ミ?ラ ヮヴW┗キゲデラゲく
2 Info 860: Policiais são proibidos de fazer greve. O exercício do direito de greve, sob
qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que
atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público
em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos
do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO,
Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 -
repercussão geral.
3 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 10.
4 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 10.
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O Legislador brasileiro da década de 90, tomado por uma ideia de Direito Penal Máximo5,
Movimento Lei e Ordem6 (Law and Order), bem como a Teoria das Janelas quebradas7
(Broken Windowns Theory), implantou um movimento de política criminal bastante severo
como forma de tentar diminuir a criminalidade. Para isso, criou tipos penais, aumentou penas
para alguns crimes e etc.8
O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si
a ideia de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade.
Por tal movimento, o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz a restringir o direito
à liberdade do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada em primeiro lugar.9
Movimento Lei e Ordem (Law and Order): movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que
surgiu como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-
se na ideia da repressão, para o qual a pena se justifica por meio das ideias de retribuição e
castigo. Os adeptos desse movimento pregam que somente as leis severas, que imponham
lingas penas privativas de liberdade ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de
controlar e inibir a prática de delitos. Dessa forma, os crimes de maior gravidade devem ser
punidos com penas longas e severas, a serem cumpridas em estabelecimentos prisionais de
segurança máxima. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada.
Salvador: Editora JusPodivm,2018. Pg. 470.
5 O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si
a ideia de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade. Por
tal movimento, o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz a restringir o direito à
liberdade do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada em primeiro lugar. HABIB,
Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora
JusPodivm,2018. Pg. 470.
6 Movimento Lei e Ordem6 (Law and Order): movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que
surgiu como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-se
na ideia da repressão, para o qual a pena se justifica por meio das ideias de retribuição e castigo.
Os adeptos desse movimento pregam que somente as leis severas, que imponham lingas penas
privativas de liberdade ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de controlar e inibur a
prática de delitos. Dessa forma, os crimes de maior gravidade devem ser punidos com penas
longas e severas, a serem cumpridas em estabelecimentos prisionais de segurança máxima. Leis
Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora
JusPodivm,2018. Pg. 470.
7 Teoria das Janelas quebradas7 (Broken Windowns Theory): Em 1982, o cientista político
James Q. Wilson e o psicólogo criminologista Geroge Kelling, ambos norte-americanos, criaram a
The Broken Windowns Theory, denominada no Brasil TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS. (...)
essa teoria ganhou esse nome em razão de seus autores utilizarem a imagem das janelas
quebradas para explicá-la, estabelecendo relação de causalidade entre a desordem e a
criminalidade. Segundos tais autores, se apenas uma janela de um prédio fosse quebrada, e não
fosse imediatamente consertada, as pessoas que passassem no local e vissem que a janela não
havia sido consertada concluiriam que ninguém se importava com isso, e em curto espaço de
tempo todas as demais janelas também estariam quebradas. Uma janela quebrada, mas que não
é consertada, é sinal de que ninguém cuida e, portanto, não custa quebrar mais janela.
8 HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador:
Editora JusPodivm,2018. Pg. 470.
9 HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. Pg. 470.
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Trabalharemos de forma aprofundada todas essas teorias ao longo do curso, por ora, a título
de exemplo, citamos o crime de porte ou a posse de arma de fogo de uso restrito (art. 1º,
Parágrafo único,Lei 8072/90),. Quem porta ou mantém em sua posse armas, cujo uso é
restrito do EB, terá sua pena fixada em patamar mais alto que quem porta ou tem a posse
de arma cujo uso não é restrito.10 Além disso, para que esse indivíduo alcance eventual
progressão de regime, deverá cumprir 2/5 da pena, se réu primário e 3/5 se reincidente.
Agora, te fazemos um convite a reflexão: Pense
conosco!
Indivíduos que portam fuzis ou que desfilam com
armamentos de última geração, com tecnologia
israelense, de fato estão preocupados com o rigor ou
com a aplicabilidade da lei 8.072/90?
Acaso, deixariam de portar seus instrumentos utilizados para enfrentar o sistema de
Segurança Pública e causar guerra entre as favelas do Rio de Janeiro, por exemplo?
Deixariam também utilizar esse tipo de armamento para assegurar que a lei não seja
cumprida e que a Polícia さWゲデラ┌ヴWざ I;デキ┗Wキヴラゲ キミデWヴヴラマヮ; ラ デヴ=aキIラ SW Sヴラェ;ゲ ミ;ゲ a;┗Wノ;ゲ Bヴ;ゲキノ
a fora?
Aliás, qual a relevância ou impacto da 8.072, para a decisão do assassino que matou
integrantes dos órgãos de segurança11 pública, em razão da função exercida, ou seus
familiares? Acaso ele deixou de cometer o assassinato porque lei previu punição que sua
progressão de regime será de 2/5 e não de 1/6?
Entendemos que não. Para nós, os efeitos e reflexos legislativos nesses casos, são muito
mais no sentido de satisfazer um clamor público que pede por uma solução, - o que, na
maioria das vezes, se traduz no encarceramento do indivíduo delinquente como a mais
eficaz solução para a violência ou crimes que acometem a sociedade, に do que, de fato,
atingir o cerne do problema com soluções reais.
Como defendido por Ney Moura Teles12:
Q┌WヴWヴ IラマH;デWヴ ; Iヴキマキミ;ノキS;SW Iラマ ラ DキヴWキデラ PWミ;ノ Y ケ┌WヴWヴ Wノキマキミ;ヴ ; キミaWIN?ラ Iラマ ;ミ;ノェYゲキIラざ
É que o crime só pode ser combatido por instrumentos que possibilitam a apuração da visão
crítica e científica dos que se propõe a analisar o problema da delinquência, Guerreiros.
E é por isso que o estudo da criminologia é tão importante, além de necessário.
10 Art. 16 do R-105 – define as armas de uso restrito.
11 13.142/2015 alterou o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos: O homicídio cometido contra
integrantes dos órgãos de segurança pública, ou contra seus familiares, passa a ser considerado
como homicídio qualificado, se o delito tiver relação com a função exercida.
12 TELES, Ney Moura. Direito Penal – parte geral. São Paulo: Atlas, 2004. V. 1, p.46.
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Nos posicionamos com a melhor doutrina, no sentido de que o desenvolvimento desses
fenômenos criminais, como ampliação dos crimes de colarinhos brancos, a violência urbana,
crescimento da população carcerária, caos nos estabelecimentos penais, aumento nos
índices de prisões de mulheres, crimes de cunho sexuais, grande incidência de crimes contra
saúde pública entre outros, são motivos que justificam o destaque da criminologia, como
ciência que pode dar respostas detalhadas a esses problemas, é ela que analisa os fatores
que justificam o cenário atual.
No entanto, não se pode confundir, já que a linha é tênue.
A criminologia não se propõe a punir o transgressor, isso cumpre ao Direito Penal. Tampouco
se destina a definir os procedimentos acertados de persecução penal durante fases, seja de
investigação, seja na ação processual, para isso, temos o Processo Penal. À criminologia
deixamos a o diagnóstico de entender o contexto da prática delituosa, analisando o
contexto social de justiça criminal, a pessoa do delinquente, a vítima, o controle social e
até mesmo o reflexo da lei penal na sociedade.
Bem, como perceberam, a matéria é extremamente relevante. E é
com subsídio nestas razões que a matéria tem sido tão cobrada em
concursos públicos. Extrair a visão crítico-jurídica dos candidatos,
a partir de noções gerais da disciplina, de suas potencialidades e
ferramentas conceituais, exigindo deles a diferenciação entre
conhecimento técnico e científico, é, sem dúvida, muito inteligente e estratégico. Nesse
caso, integra o pódio aqueles que estão minimamente preparados.
É por essas razões que desenvolvemos este CURSO DE CRIMINOLOGIA. Um curso teórico
com esquemas, doutrinas, jurisprudências e destaques para polêmicas ações judiciais que
envolvem temas relevantes e que, atualmente, tramitam no Supremo Tribunal Federal, e
que, nos últimos anos, têm sido cobradas como jurisprudência na maioria das provas.
Além disso, atenção especial será destinada às tendências das bancas, aos assuntos mais
cobrados e mais CAUSAM CONFUSÕES quando o assunto é EVOLUÇÃO DAS IDEIAS
CRIMINOLÓGICAS, ESCOLAS PENAIS, dentre outros. Por essa razão, também destacaremos
os posicionamentos doutrinários divergentes, bem como as teorias e sucessivas revogações
e alterações legislativas que, certamente, serão cobradas em provas futuras.
Dentro dessa proposta metodológica, também observaremos, de forma concomitante,
conceitos indispensáveis fornecidos por outros ramos do direito, a exemplo, pelo Direito
Constitucional, Direito Processual, Direito Penal, Legislação Especial, enfim, utilizaremos
todas as legislações pertinentes e disponíveis à nós.
Por fim, é importante destacar que, todos os assuntos aqui abordados, serão tratados para
atender tanto àquele que está iniciando os estudos como àquele que está estudando há mais
tempo.
Sendo assim, apresentamos a você os aspectos gerais da matéria e os impactos em provas de
concursos.
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Aroeira e outras. Além disso, usaremos também, todo nosso BANCO DE QUESTÕES
ESTRATÉGICAS de que dispomos.
Destaques a Legislação e Jurisprudência
Em todas as aulas destinamos capítulo especifico para destacar todos os dispositivos
legislativos e jurisprudenciais tratados no decorrer de cada aula. Nesse capítulo, compilamos
as legislações trabalhadas inclusive informativos e súmulas pertinentes ao conteúdo.
A leitura e revisão desse capítulo, especificamente, é imprescindível na sua aprovação.
Resumos
Ao final de cada aula também disponibilizamos um resumo dos principais aspectos estudados
ao longo da aula. Nossa sugestão é que esse resumo seja estudado sempre previamente ao
キミケIキラ S; ;┌ノ; ゲWェ┌キミデWが Iラマラ aラヴマ; SW さヴWaヴWゲI;ヴざ ; マWマルヴキ;く
Além disso, é fundamental, a cada ciclo de estudos retomar esses resumos. Caso encontrem
dificuldade em compreender alguma informação, não deixem de retornar à aula.
Quais serão os formatos utilizados?
Destacamos que ao criar nossa proposta metodológica, não nos preocupamos apenas em
estabelecer a metodologia que entendemos a mais apropriada para a sua preparação, mas
foi importante também definir o formato de disponibilização mais adequado para o nosso
curso.
Nesse contexto, destacamos que nossos cursos possuem formato: PDF além das Videoaulas.
.PDF
Nossas aulas em .pdf têm por característica essencial a didática. Ao contrário do que
encontraremos na Lei Seca ou nos manuais doutrinários. Por esta razão, nosso curso todo se
desenvolverá com uma leitura de fácil compreensão e assimilação.
Atenção, isso não significa que o módulo será abordado com superficialidade. Ao contrário,
desenvolveremos mapas mentais, macetes, esquemas, gráficos, resumo, questões e tudo
que for necessário para dar destaque à Lei Seca e a Doutrina de forma otimizada,
evidenciando sempre, diferenças tênues entre conceitos que podem gerar confusão entre os
candidatos e que são, exaustivamente, cobrados em provas de concursos públicos.
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Logo, repetimos: os assuntos serão aprofundados!
Nラゲゲ; ヮヴWデWミゲ?ラ Y さIエ;マ;ヴ ; ;デWミN?ラざヮ;ヴ; ;ゲ キミaラヴマ;NロWゲ ケ┌W ヴW;ノマWミデW キマヮラヴデ;マく Cラマ
essa estrutura e proposta, pretendemos conferir segurança e tranquilidade para uma
preparação completa, SEM NECESSIDADE DE RECURSO A OUTROS MATERIAIS DIDÁTICOS.
Finalmente, vale dizer que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .pdf é o
contato direto e pessoal com o Professor. Por isso, além do
nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e,
eventualmente, pelo Instagram e Facebook.
Não é demais repetir que nossas redes sociais já foram
disponibilizadas nas primeiras páginas deste material.
Aluno nosso não vai para a prova com dúvida!
É importante compreender que, por vezes, ao ler o material surgem incompreensões,
dúvidas, curiosidade, nesses casos basta nos escrever. Assim que possível, responderemos a
todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que levam a sério nossa metodologia.
VIDEOAULAS
Merecem menção nossas videoaulas!
Essas aulas destinam-se a complementar a preparação quando estiver cansado do estudo
ativo (leitura e resolução de questões) ou até mesmo para fazer a revisão. Por isso, você
disporá de um conjunto de vídeos para assistir como quiser, podendo assistir on-line ou
baixar os arquivos.
Com outra didática, você disporá de um conteúdo complementar para a sua preparação. Ao
contrário do PDF, evidentemente, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS
QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS ELETRÔNICOS.
Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão videoaulas apenas em parte do
conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco é, sempre, o estudo ativo!
Não obstante, será o material mais completo em PDF e vídeo do mercado.
Ainda no que se refere aos vídeos, serão disponibilizados os QRCODE. Ao longo da aula você
encontrará alguns códigos para acessar pequenos vídeos exclusivos que versam de alguns
pontos da matéria. Vamos tratar de pontos difíceis, complexos, que geram dúvidas ao longo
do estudo teórico da disciplina. Com isso, você terá à disposição mais um instrumento para
que a sua preparação seja a mais completa! Acredito que você irá gostar! Vamos fazer um
teste?!
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Bem, Doutores (as), agora que já apresentamos todo o panorama do nosso curso e, com toda
certeza, já te convencemos da importância de dedicar-se ao estudo da matéria, está na hora
de dar início à mais uma aula.
Mais uma vez, desejamos o melhor curso de sua vida e que você alcance todas as metas que
planejou!
Mais uma vez, reiteramos que você explore a central de dúvidas, que faça os exercícios e que
siga o roteiro, além de assistir às aulas.
Adotamos o princípio do estude, aconteça o que acontecer, estude.
Estude, estude e estude. O sacrifício é inevitável. Portanto, sacrifique-se com
propósito.
Boa aula.
Prof. Paulo Bilynskyj e Profa. Beatriz Pestilli.
1 に CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje falaremos sobre criminologia contemporânea.
Cumpre esclarecer que nossas aulas são fundamentadas em várias doutrinas modernas e
consagradas. O nível teórico do nosso material exige uma bibliografia robusta. Por esta razão,
ao longo desta aula utilizaremos inúmeras citações de doutrinadores consagrados. Dentre
eles, destacamos em especial as bibliografias do Mestre e Prof. Eduardo Viana e também do
Mestre José Cesar Naves de Lima Júnior. Nos apoiaremos também em doutrinas mais
resumidas como a dos Professores Eduardo Fontes, Henrique Hoffmann, Natacha Alves de
Oliveira, além da clássica e moderna doutrina escrita por Christiano Gonzaga, entre outros
doutrinadores.
Considerações
iniciais
Introdução ao
estudo da da
Criminologia
Contemporâne
Estatística criminal
e cifras Criminais
Técnicas
Contemporâneas
Testes
Criminológicos
Contemporâneos
Fatores Sociais da
Criminalidade
Outros temas
contemporâneos
Questões Resumo Considerações finais
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Isso é feito com proposito único: trazer a vocês as diversas correntes existentes além dos
posicionamentos adotados pelas Bancas Examinadoras (que podem ser divergentes). O
estudo dessa parte é totalmente teórico e conceitual, afinal, são diversas as correntes de
pensamentos que, ao longo da História, moldaram a criminologia e o próprio direito.
Portanto, aproveite o curso e atente-se aos destaques. As provas de Carreiras Jurídicas
cobram exaustivamente posicionamentos doutrinários.
2 に INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CRIMINOLOGIA CONTEMPORÂNEA
Sabe-se que o saber criminológico, num Estado Democrático de Direito, tem orientação de
cunho prevencionista, portanto, a melhor ideia é melhor prevenir o crime.
Prevenir o crime envolve inúmeras questões, sobretudo, aquelas que demandam um
acompanhamento pormenorizado sobre a matéria criminológica de acordo com a realidade
e atualidade de cada espaço geográfico. Só assim, é possível chegar às soluções viáveis cujo
impacto influencie nos índices criminológicos atuais, de forma positiva é claro.
Por isso, é relevante saber que, atualmente, a criminologia desenvolve-se sob um viés
moderno. A ciência empírica que outrora fora relevante ao estudo criminológico, se limitada
aos ensinamentos daquela época, não traz soluções para o hoje. É que os tempos mudaram.
O criminoso que atuava de forma discreta ou limitada não atua mais ou atua pouco. Hoje, a
ousadia é a maior característica da criminalidade. Foi preciso amadurecer.
Na criminologia contemporânea essa é a pauta de estudo. É possível notar que ela se volta,
o tempo todo, às questões modernas, amadurecendo técnicas e testes que auxiliam as
pesquisas sobre o tema e fornecem à política criminal informações mais madurais sobre o
crime.
Na aula de hoje, falaremos sobre as técnicas, teses, testes e, sobretudo, a nova criminologia
ou a criminologia moderna.
3 に ESTATÍSTICA CRIMINAL E CIFRAS CRIMINAIS
Guerreiros,
Desde o século XIX, implementamos um tratamento científico de estatística criminal que
ganhou espaço e tornou-se relevante para o estudo do fenômeno criminológico. Isso significa
que passamos a relacionar os ilícitos cometidos a fatores de criminalidade e, a partir desse
cruzamento, norteamos nossa política criminal.
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Não é demais reforçar, embora tenha ficado óbvio, que a
criminalidade real é sempre maior que a criminalidade
revelada (aparente ou registrada).
Bem, com o tempo, notou-se que o índice da cifra oculta variará a depender:
 Do delito e
 A classe social do delinquente.
E é exatamente por isso que a doutrina começa a desenhar novas classificações relacionadas
às cifras, destacamos:
 Cifra negra;
 Cifra dourada;
 Cifra cinza;
 Cifra amarela;
 Cifra verde;
Nas palavras de SUMARIVA (2017, p. 127-134), a definição variará, basicamente, de acordo
com o tipo de crime cometido, o bem jurídico tutelado pelo tipo penal violado, a classe social
a que pertença o autor do fato e a instância de resolução do conflito.
Agora, passaremos ao estudo das cifras. Vamos lá?
3.1 に CIFRA NEGRA
A expressão cifra pode indicar o resultado de uma soma, um cálculo ou quantidade
total de algo. O brasil é um país populoso e de proporções continentais, portanto,
imaginar que todos os crimes ocorridos em nosso território são apurados e
investigados pela polícia é uma ingenuidade. Muitos delitos praticados sequer
chegam ao conhecimento das autoridades policiais, e quando não são apurados
nem punidos, passam a compor a denominada cifra negra do Direito Penal13.
13 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 240.
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A expressão cifra negra, cifra também chamada de cifra
oculta ou zona escura, dark number ou ciffre noir,
corresponde ao número de crimes não levados ao
conhecimento das autoridades públicas.
Nas palavras de Christiano Gonzaga14:
Nas chamadas cifras negras ou ocultas estão os crimes de colarinho-branco que não são descobertos e
aキI;マ aラヴ; S;ゲ Wゲデ;デケゲデキI;ゲ ゲラIキ;キゲく Cラマラ ラゲ ゲW┌ゲ ;┌デラヴWゲ ェラ┣;マSラ Iエ;マ;Sラ さIキミデ┌ヴ?ラ S; キマヮ┌ミキS;SWざが
os seus delitos ficam encobertos, ocorrendo o que se chama de cifra oculta ou negra da criminalidade.
Cumpre ressaltar que tais delitos são infinitamente superiores aos delitos que são descobertos e que
entram nas estatísticas sociais, uma vez que os crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e contra
a administração pública que realmente ocorrem e não são punidos constituem a grande maioria. Já as
chamadas cifras douradas ou de ouro correlacionam-se aos crimes de colarinho-branco que são
oficialmente conhecidos e punidos, o que, claramente, constituem uma minoria ínfima perto dos que
acontecem e não são descobertos.
 O tema em provas
(FCC/ DPE SP Defensor Público に 2009) A expressão cifra negra ou oculta, refere-
se:
a. À descriminantes putativas, nos casos em que não há tipo culposo do crime
cometido.
b. Ao fracasso do autor na empreitada em que a maioria tem êxito.
c. À porcentagem de presos que não voltam da saída temporária do semiaberto.
d. À porcentagem de crimes não solucionados ou punidos porque, num sistema
seletivo, não caíram sob a égide da polícia ou da justiça ou da administração
I;ヴIWヴ=ヴキ;が ヮラヴケ┌W ミラゲ ヮヴWゲケSキラゲ さミ?ラ Wゲデ?ラ デラSラゲ ラゲ ケ┌W ゲ?ラざく
e. À porcentagem de criminalização da pobreza e a globalização, pelas quais o
centro exerce seu controle sobre a periferia, cominando penas e criando fato
típicos de acordo com seus interesses econômicos, determinando
estigmatização das minorias.
Gabarito: Letra D
Atente-se para o fato de que, neste caso, consequentemente, à diferença entre a
criminalidade real e a criminalidade revelada.
14 14 GONZAGA, Christiano. Manual de Criminologia. 1ª. Edição. 2018. São Paulo: Editora
Saraiva. 2018. p. 47.
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Vale destacar que o emprego do termino relaciona-se diretamente com os crimes de
colarinho azul também chamados de blue colar crimes, que em referência à gola do macacão
azul utilizado como uniforme por operários em fábricas, refere-se à criminalidade de rua, ou
seja, aos delitos praticados por indivíduos economicamente menos favorecidos, como os
crimes de ordem patrimonial, por exemplo, ou mesmo àqueles contra a vida.
Aqui, chamamos atenção:
Os crimes de colarinho azul não se confundem com crimes de colarinho branco.
Os crimes de colarinho azul se contrapõem aos crimes de colarinho branco. Este,
ao contrário daquele, faz referência às camisas brancas utilizadas pelos
executivos, representando a criminalidade da ELITE.
Explico.
É que em 1949, o criminologista Edwin Sutherland passou a estudar os crimes cometidos
pelos altos executivos americanos, os quais infringiam praticamente leis como de combate
à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Veja o que nos conta o Promotor de Justiça e
Professor, Christiano Gonzaga15:
Pelo que se percebe, claramente, os executivos sempre estão bem alinhados em ternos caríssimos e com
camisas com colarinho-branco impecável, daí surgindo a expressão white-collar. De outro lado, os
operários braçais que trabalham no chão da fábrica, bem como motoristas de ônibus e pessoas de baixa
renda, usam uniformes azuis com colarinhos da mesma cor, o que se convencionou chamar de blue-
collar.
Em sua obra chama O crime de colarinho-branco, Sutherland delimita dois pontos
importantíssimos na análise da criminalidade moderna, sendo:
さヱ┧) evidenciar que as pessoas de classe socioeconômica alta cometem muitos delitos e estas condutas
deveriam ser incluídas no campo das teorias gerais do delito; e, face às evidências. 2ª) Apresentar
hipóteses que possam explicar tanto os crimes de colarinho-branco como os demais ilícitos.16ざ
Pelo trecho citado, é possível notar que a prática de crimes não é exclusiva dos criminosos de
colarinho-azul, o que aparta o caráter de patologia inerente aos criminosos ou ainda a
exclusividade de que apenas pessoas pobres delinquem.
15 GONZAGA, Christiano. Manual de Criminologia. 1ª. Edição. 2018. São Paulo: Editora Saraiva.
2018. p. 47.
16 GONZAGA, Christiano. Manual de Criminologia. 1ª. Edição. 2018. São Paulo: Editora Saraiva.
2018. p. 47.
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Como sabemos, o crime é um ente social, portanto, seu estudo em todas as suas formas é
medida que se impõe, uma vez que ele pode nascer em qualquer local, bastando para tanto
que exista uma interação social.
Daí a crítica, Sutherland vai nos dizer que os criminosos de
colarinho branco dificilmente são responsabilizados
criminalmente por suas condutas, gozando de um
┗WヴS;SWキヴラ さIキミデ┌ヴ?ラ SW キマヮ┌ミキS;SWざが ┌マ; ┗W┣ ケ┌W Wゲデ?ラ
num determinado estrato social que a justiça criminal não consegue alcançar, muito por
causa do poder econômico que ostentam e pelas amizades envolvendo funcionários públicos.
O mesmo não ocorre com os criminosos de colarinho-azul, pois o sistema penal parece ter
sido feito apenas para eles, bastando uma visita em qualquer penitenciária para constatar
que as celas estão recheadas de pessoas da mesma cor e do mesmo estrato social17.
E foi assim que chegamos ao tema deste tópico na nossa aula, pois, com é a partir de todo
esse andamento que surge uma outra dicotomia consistente nas chamadas cifras negras ou
ocultas e cifras douradas ou de ouro, todas propostas por Edwin Sutherland.
Apontamos, como exemplo, alguns fatores responsáveis pela cifra negra, ou seja, pela não
comunicação de crimes pelas vítimas às autoridades responsáveis e, consequentemente, por
sua não apuração e impunidade:
 O aumento do risco de vitimização secundária
E aqui. Vale um parêntese.
Cumpre lembrá-los que: A vitimização secundária decorre do sistema criminal de justiça e
também é conhecida por sobrevitimizar, in verbis18:
A vitimização secundária, notoriamente sentida pela atuação das instituições estatais diante de um
crime, ocorre quando a vítima vai procurar ajuda estatal diante da prática da infração penal sofrida por
ela. Ao chegar a uma Delegacia de Polícia em que os agentes públicos não possuem o necessário
preparo para o seu acolhimento, ela é novamente vitimizada, o que é chamado também de
sobrevitimização. Toma-se por exemplo o crime de estupro, em que a vítima que acabou de sofrer esse
ataque brutal ao seu bem jurídico vai até uma Autoridade Policial pedir ajuda. Todavia, como se
estivesse lidando com mais um crime qualquer, manda que ela vá até o Instituto Médico-Legal fazer o
exame de corpo de delito para comprovar a prática do crime em tela. Muitas vezes são Delegados de
Polícia que não entendem a natureza feminina que fora despedaçada e, em vez de fazer uma acolhida
inicial, tratam a vítima como um pedaço de carne.
Significa dizer que, trata o sofrimento causado às vítimas pelas investigações e curso do
processo penal, como vergonha, constrangimento, ataques e etc.
Fechado o parêntese.
17 Op. Cit.
18 Op. Cit.
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 Com o destrato e desconfiança de sua palavra pelas autoridades oficiais;
 Adescrença na justiça;
 A possibilidade de perder dias de trabalho comparecendo, seja à delegacia,
seja ao fórum a fim de prestar declarações;
 O medo de represálias pelo autor do fato;
 A vergonha;
 A estigmatização em crimes de ordem sexual;
 A dependência do autor, tanto financeira como psicológica - principalmente
nos casos cuja pauta cuja é a violência é doméstica e familiar contra a
mulher;
 Falhas na legislação (conceitos dúbios ou lacunosos, violação ao princípio
da taxatividade)
 Entre outros.
Além disso, não é demais lembra-los que os aspectos penais também são fatores influentes
para fazer com que um crime deixe de ser investigado ou julgado. Nesse sentido, penas
desproporcionais à conduta praticada, interfere diretamente no posicionamento da vítima
que, sabendo que o criminoso pode ser punido com penas inexpressivas ou ainda, que ele
pode nem chegar a ser punido, faz com que a vítima deixe de repassar às autoridades
pertinentes o ocorrido.
Além disso, destacamos também como fatores responsáveis pela cifra negra:
 Imunidades parlamentares;
 As próprias deficiências relacionadas à investigação criminal, como a falta de
estrutura material e humana dos órgãos responsáveis pela investigação criminal,
a burocratização de IP;
 Corrupção
 Corrupção da polícia e aumento da milícia;
 Interesses políticos nas investigações;
 Politização da polícia com a remoção de autoridades responsáveis pela
investigação, bem como, pela condução da ação, a exemplo, citamos: Delegado
de Polícia e Membros de Parquet;
 A morosidade da justiça e à persecução penal em juízo gerando prescrições
penais;
 Falta de efetividade nos programas de proteção às vítimas e testemunhas;
 Atraso tecnológico
 Falta de cooperação internacional e outros.
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 O tema em provas
(VUNESP/PCSP Médico Legista に 2014) A W┝ヮヴWゲゲ?ラ さIキaヴ; ミWェヴ;ざが Wマ 
Criminologia, corresponde ao número de:
a. Erros judiciais (decisões judiciais incompatíveis com a realidade dos fatos).
b. Crimes ocorridos e não reportados à autoridade.
c. Criminosos reincidentes.
d. Prisões efetuadas injustamente.
e. Crimes ocorridos em ambientes públicos, mas cuja autoria permanece
ignorada
Gabarito: B
A doutrina utiliza em sentido amplo a expressão cifra
negra como sinônimo de cifra oculta, significando o
percentual de crimes não revelados, ou apurados
pelo Estado. Todavia, deve-se atentar que o termo
cifra negra também é utilizado em sentido estrito
quando circunscrito à criminalidade do colarinho azul, em contraposição à cifra dourada, que,
por sua vez, refere-se à criminalidade do colarinho branco19.
3.2 に CIFRA DOURADA
A cifra dourada é considerada espécie do gênero cifra oculta.
Também chamado de White-collar crimes, ou cifras de ouro e refere-se à crimes de colarinho
branco não revelados ou não apurados pelo Estado.
Numa versão brasileira, doutrinadores trouxeram o conceito de cifras negras e douradas para
o Brasil com a simples máxima entre os crimes conhecidos e punidos e os não conhecidos e
19 OLIVEIRA, Natacha Alves de Oliveira. Manual de Criminologia. Salvador: Editora
JusPodivm,2018. Pg. 199.
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não punidos, sem reservar o estudo apenas para os crimes de colarinho-branco, como foi a
ideia originária de Edwin Sutherland.
Para aclarar o que se entende pela expressão cifras ocultas da criminalidade no Brasil,
citamos, nas palavras de Christiano Gonzaga20, o escólio de Salo de Carvalho:
さá Iキaヴ; ラI┌ノデ; S; Iヴキマキミ;ノキS;SW IラヴヴWゲヮラミSWヴキ;が ヮラキゲが < ノ;I┌ミ; W┝キゲデWミデW WミデヴW ; デラデ;ノキS;SW Sラゲ W┗Wミデラゲ
criminalizados ocorridos em determinados tempo e local (criminalidade real) e as condutas que
efetivamente são tratadas como delito pelos aparelhos de persecução criminal (criminalidade
registrada). E os fatores explicativos da taxa de ineficiência do sistema penal são inúmeros e dos mais
distintos, incluindo desde sua incapacidade operativa ao desinteresse das pessoas em comunicar os
crimes dos quais foram vítimas ou testemunhas. Como variável obtém-se o diagnóstico da baixa
capacidade de o sistema penal oferecer resposta adequada aos conflitos que pretende solucionar, visto
que sua atuação é subsidiária, localizada e, não esporadicamente, filtrada de forma arbitrária e seletiva
pelas agências policiais (repressivas, preventivas ou investigativas).ざ
Portanto, aqui no Brasil, a ideia que prossegue é a de que os crimes conhecidos e punidos -
cifras de ouro - são os crimes cometidos por pessoas de baixa renda, ou chamados de blue-
collar, veja:
No Brasil, portanto, a ideia que persiste é a de que os crimes conhecidos e punidos (cifras de ouro) são
os crimes cometidos por pessoas de baixa renda, ou chamados de blue-collar, enquanto os crimes não
conhecidos, e por isso não punidos, possuem o conceito de cifras ocultas e são cometidos pelas pessoas
de alta renda (white-collar). Da mesma forma, que na versão originária de Sutherland, as chamadas
cifras negras são bem maiores que as cifras douradas, pois os crimes que de fato acontecem e não são
descobertos são infinitamente superiores, tais cifras no Brasil referem-se aos crimes de colarinho-
branco e também aos de colarinho-azul. Foi nessa toada que surgiu o antagonismo entre criminosos de
colarinho-branco e colarinho-azul, quando se quer referir aos tipos de infrações penais cometidos por
pessoas de diferentes classes sociais, sendo muito comum em provas de concursos públicos a utilização
de tais expressões, devendo apenas ser atentado para o que foi o pensamento original em Sutherland
e o que é o pensamento atual, sendo ambas as formas corretas, devendo apenas ser identificado qual
momento histórico está sendo questionado21.
Seja como for, é valido esclarecer que, a expressão do colarinho branco, difundida por Edwin
Sutherland, compreende os delitos econômicos em sentido amplo, como por exemplo:
 O crime e lavagem de capitais previsto na Lei nº 9.613/98,
 Os crimes contra a ordem tributária, Lei nº 137/90;
 Os crimes contra a ordem econômica, Lei nº 8.176/91;
 Crimes contra a ordem previdenciária に Lei n 8176/91;
 Aqueles crimes de ordem eleitoral, Lei nº 4737/65,
20 GONZAGA, Christiano. Manual de Criminologia. 1ª. Edição. 2018. São Paulo: Editora Saraiva.
2018. p. 48.
21 Op. Cit.
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Praticados por pessoas de respeitabilidade elevado stat┌ゲ ゲラIキ;ノが IラミエWIキS;ゲ Iラマラ さ; WノキデWざが
valendo-se de seus conhecimentos técnicos, habilidade profissional e influência pessoal ou
política.
A partir dessa escassa perseguição de crimes de colarinho branco é que a doutrina aponta
três ordens de fatores, a saber: fatores de natureza social, fatores de natureza jurídico-
formal e fatores de natureza econômica.
Em breve síntese, vamos ao estudo de cada um desses fatores.
3.2.1 - Fatores de natureza social
Contrariamente ao que se dá nas infrações típicas de classes sociais menos favorecidas, os
autores dos denominados crimes do colarinho branco ostentam prestigio social, inexistindo
um estereotípico que oriente as agencias oficias na perseguição das infrações penais e sendo
escasso o efeito estigmatizam-te das sanções aplicadas. Assim, o fato criminoso é tido
socialmente como uma prática generalizada, conhecida e tolerada por todos.22
3.2.2 - Fatores de natureza jurídico-formas
Refere-se à competência de comissões especiais e dos órgãos ordinários, para certos tipos de
infrações, em dadas sociedades. Registre-se que as manobras criminosas nos delitos
econômicos se valem de complexas estruturas societárias e de intrincados procedimentosfinanceiros, dificultando a individualização da conduta dos autores do fato e demandando a
necessidade de minuciosa perícia técnica23.
3.2.3 - Fatores de natureza econômica
A capacidade econômica do autor do fato permite a contramão de advogados de renomado
prestígio e, até mesmo, o exercício de pressões sobre os denunciantes. 24
22 OLIVEIRA, Natacha Alves de Oliveira. Manual de Criminologia. Salvador: Editora JusPodivm,
2018. Pg. 201.
23 Op. Cit.
24 OLIVEIRA, Natacha Alves de Oliveira. Manual de Criminologia. Salvador: Editora JusPodivm,
2018. Pg. 201.
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 O tema em provas
(VUNESP/ PCSP Escrivão de Polícia に 2014) A Criminologia moderna estuda o
fenômeno da criminalidade por meio da estatística criminal. Nessa seara, a
exヮヴWゲゲ?ラ さIキaヴ; Sラ┌ヴ;S;ざ SWゲキェミ;ぎ
a. O total de delitos registrados e de conhecimento do poder público que são
elucidados.
b. As infrações penais praticadas pela elite, não reveladas ou apuradas; trata-se
SW ┌マ ゲ┌Hデキヮラ S; さIキaヴ; ミWェヴ;ざが ; W┝Wマヮノラ Sラ IヴキマW SW ゲラミWェ;N?ラ aキゲI;ノ
c. As infrações penais de maior gravidade, como, por exemplo, o homicídio, que,
ao ser elucidado, permite ao poder público planejar melhor suas ações e
alterar a legislação
d. As infrações penais de menor potencial ofensivo, por enquadrar-se na Lei n.º
9.099/95, a exemplo do delito de perturbação do sossego alheio
e. O percentual de delitos praticados pela sociedade de baixa renda que não
chega ao conhecimento do poder público por falta de registro, e, portanto, não
são elucidados.
Gabarito: B
No julgamento da ação penal nº 470 に STF, foi o Ministro Fux que se valeu das expressões
cunhadas por Sutherland, declarando em seu voto as seguintes palavras:
Caso Mensalão
さ O desafio na seara dos crimes de colarinho branco é alcançar a plena
efetividade da tutela penal dos bens jurídicos não individuais. Tendo em conta
que se trata de delitos cometidos sem violência, incruentos, não atraem para si
a mesma repulsa social dos crimes do colarinho azul."
Ministro Luiz Fux - STF
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3.3 に CIFRA CINZA
Ao contrário do que estudamos até agora, a cifra cinza trata do número de crimes registrados
na Delegacia de Polícia e que são solucionados em sede policial, sem que haja instauração
de processo na esfera criminal para que o fato criminoso seja levado a julgamento.
Frise-se:
 São solucionados
 Em sede policial
Para Christiano Gonzaga25:
Entende-se por essa expressão as infrações penais que ocorrem, mas são solucionadas no âmbito da
própria Delegacia de Polícia, por meio de não oferecimento de representação, desistência da vítima de
continuar o procedimento e ausência de testemunhas que queiram falar sobre os fatos, ou seja, quando
ocorre alguma solução extraprocessual que impede a continuidade do feito. Assim, são as infrações
penais que caem no vazio e no esquecimento, como se fossem cinzas ao vento.
Os exemplos citados pela doutrina (Natacha Alves, p. 203. 2018) são:
 O não oferecimento ou retratação da representação criminal nos casos de ação
penal pública condicionada à representação, haja vista sua natureza jurídica,
segundo a doutrina majoritária, de condição de procedibilidade, na forma do art.
5º, §4º c/c art. 24 do CPP
Neste caso, in verbis:
Art. 5o. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
(...)
§ 4o. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela
ser iniciado.
E ainda:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
25 GONZAGA, Christiano. Manual de Criminologia. 1ª. Edição. 2018. São Paulo: Editora Saraiva.
2018. p. 203.
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 Crimes de ação penal de iniciativa privada, em relação aos quais o IP depende
de requerimento das partes; Oferecimento da queixa-crime cabe ao ofendido
ou a quem tenha qualidade para representá-lo.
Em reforço:
Art. 5º. CPP: Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
(...)
§ 5o. - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
E ainda:
Art. 30- CPP. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação
privada.
Nesse ínterim é que surge espaço para a medição pela polícia como forma de resolução de
conflitos, evidentemente, trata-se de uma forma alternativa que, à luz da justiça restaurativa
e sob a velha perspectiva de um sistema penal humanizado, dissonante da lógica punitiva-
retributiva, promova o diálogo entre as partes para a busca de uma solução consensual e
horizontalizada da contenda.
3.4 に CIFRA AMARELA
A cifra amarela trata das ocorrências em que há abuso e
violência policial contra indivíduo, que deixam de ser
levadas ao conhecimento dos órgãos públicos, como por
exemplo, delegacias de polícia, ouvidoria, ministério
público, corregedoria, etc., por termos de sofrer represálias26.
3.5 に CIFRA VERDE
Consiste nas ocorrências referentes aos crimes contra o meio ambiente que não chegam ao
conhecimento dos órgãos policiais. Por exemplo, o crime de maus tratos a animais previstos
no art. 32, da Lei nº 9.605/99 ou ainda o crime de pichação urbana, também com previsão
no mesmo diploma legal27.
26 OLIVEIRA, Natacha Alves de Oliveira. Manual de Criminologia. Salvador: Editora JusPodivm,
2018. Pg. 204.
27 Op. Cit.
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4.2 に TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO SOCIOLÓGICA
A pesquisa da criminologia implica no uso de procedimentos teórico-metodológicos de
observação do real por meio de estratégias de investigação29.
Assim, podemos dizer que as técnicas de observação dependem do objeto da pesquisa.
Nesse sentido, alguns objetos de investigação levam à utilização de métodos e técnicas de
caráter mais quantitativo e empírico, enquanto outros permitem uma análise mais
intensiva.30
As estratégias de investigação sociológica podem ser de diferentes espécies, destacamos as
decorrentes dos manuais doutrinários, a saber: investigação extensiva, investigação
intensiva e investigação に ação.
Vamos à sinopse de cada uma delas.
4.2.1 に Investigação extensiva ou quantitativa
Na investigação extensiva o destaque é o uso de técnicas quantitativas cuja vantagem é
possibilitar o conhecimento em extensão do fenômeno criminal.
Nas palavras de Natacha Alves (p. 208, 2018):
Vale-se do emprego preponderante das técnicas quantitativas, permitindo o conhecimento em
extensão do fenômeno criminal.
4.2.2 に Investigação intensiva ou qualitativa
Vale-se do emprego preponderante das técnicas qualitativas, permitindo o conhecimento em
profundidade do fenômeno criminal, por meio de uma visão multilateral do objeto de estudo.
Privilegia a abordagem direta das pessoas em seus próprios contextos de interação31.
Ou ainda, como conceituado por Eduardo Fontes e Henrique Hoffmann (p. 256, 2018) in
verbis:
29 PENTEADO, FILHO Nestor Sampaio. Manual esquemático de criminologia. São Paulo:
Saraiva, 2012. P. 35
30 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 255.
31 OLIVEIRA, Natacha Alves de Oliveira. Manual de Criminologia. Salvador:Editora JusPodivm,
2018. Pg. 207.
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Distingue-se pela análise em profundidade das características e opiniões de uma população
determinada, sob diferentes ângulos e pontos de vista. Privilegia-se a abordagem direta das pessoas
em seus próprios contextos de interação.
4.2.3 に Investigação-Ação
Dá-se por meio da intervenção direta dos cientistas (criminólogos, delegados de polícia,
promotores de justiça, juízes etc.), com o objetivo de aplicação direta do conhecimento
produzido32.
Dentro desta técnica. Penteado Filho vai destacar a técnica de investigação criminal chamada
de recognição visuográfica de local de crime.
 Recognição visuográfica de local de crime
Criador: A recognição visuográfica de local de crime foi criada por Marco Antônio
Desgualdo, em São Paulo no ano de 1994.
Objetivo: Reconstrução da cena do crime por meio da reconstituição de seus
fragmentos e vestígios, levando o pesquisador experiente (delegado de polícia) a
coletar informações que possam construir um perfil criminológico do autor do
delito. A técnica, inicialmente aplicada aos crimes contra a vida de autoria
ignorada, pretende reunir a maior gama de informações para a investigação do
delito, tais como data, hora, local, condições climáticas, informes de testemunhas
e de pessoas que tiveram a ciência do fato criminoso, dados sobre a vítima
(identidade, hábitos, comportamentos etc) e croqui descritivo.
Em síntese, pretende ヮヴラマラ┗Wヴ ┌マ; さヴ;Sキラェヴ;aキ; ヮ;ミラヴ>マキI; Sラ SWノキデラざが
permitindo a construção de um perfil psicológico-criminal de seu autor33.
Outro tema de grande relevância e, ainda trabalhado por alguns doutrinadores, dentro do
capítulo de investigação-ação é o Perfilamento Criminal.
32 Op. Cit.
33 Op. Cit., p. 208.
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 Perfilamento Criminal
Também chamado de Criminal Profiling, dirige-se à sincronia entre personalidade e
comportamento criminal. Refrete a aplicação de conhecimentos múltiplos, ou seja, tem
poder de unir a psicologia, criminologia, antropologia etc
Vale dizer que:
O perfilamento criminal usa como um de seus instrumentos a recognição
visuográfica de local de crime. Ao registrar e analisar um conjunto de dados,
utiliza-se o método indutivo para concluir sobre os traços comuns da
personalidade34.
Merece atenção a lei 12.654/2012. Com seu advento, o perfil genético do criminoso PODE
ser OBTIDO a partir da coleta não invasiva de material genético do suspeito ou condenado,
basicamente em duas hipóteses:
1. Lei de identificação criminal: Art. 5º, Lei 12.037/2009
Art. 5o-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de
dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº
12.654, de 2012)
§ 1o As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero,
consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados
genéticos. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 2o Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respondendo
civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos
previstos nesta Lei ou em decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 3o As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em
laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluído pela Lei nº 12.654, de
2012)
2. Lei de execuções Penais: Art. 9º da Lei 7.2010/84
34 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 256.
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5.1 に TESTE DE PERSONALIDADE PROJETIVOS
(Farias Júnior, 2015, p. 146). Os testes de personalidade projetivos são aqueles que avaliam
a personalidade do examinado a partir da interpretação das reações oriundas dos estímulos
preestabelecidos, delineando seu perfil psicológico.
A título de exemplo, elencamos os principais:
 Técnica de Rorschach:
 Teste PMK に Psicodiagnóstico Miocinético de Periculosidade Delinquencial:
 Teste do Desenho ou HTP に House Tree, Person
 Tat ou Teste de apercepção temática
5.1.1 に Técnica de Rorschach:
Conhecido como teste de borrão de tinta.
Consiste em uma técnica de avaliação psicológica desenvolvida por um psiquiatra e
psicanalista suíço, Hermann Rorschach em 1884 に 1922, pela qual há apresentação ao
examinado de pranchas contendo manchas de tintas abstratas e simétricas, para que,
responsa com o que tais manchas se parecem35.
5.1.2 に Teste PMK に Psicodiagnóstico Miocinético de Periculosidade Delinquencial:
Trata-se de técnica criada pelo médico e psicólogo Emilio Mira (1896 に 1864, baseada na
teoria da consciência, pela qual há um correlato muscular ao fenômeno psíquico consciente.
Estuda a personalidade do examinado a partir da análise de traços e desenhos feitos a lápis,
visando avaliar aspectos como depressão e elação, tônus vitais, impulsividade, explosão,
ansiedade, emotividade36.
35 OLIVEIRA, Natacha Alves de Oliveira. Manual de Criminologia. Salvador: Editora JusPodivm,
2018. Pg. 216.
36 Op. Cit., p. 217.
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5.1.3 に Teste do Desenho ou HTP に House Tree, Person
Foi concebido em 1948. Por Jhon N. Buck (1906-1983, com a finalidade de traçar a
personalidade do indivíduo através da interpretação do desenho de uma árvore, de uma casa
e de uma pessoa37.
5.1.4 に Tat ou Teste de apercepção temática
Trata-se de teste formulado por Henry Murray (1893 に 1988), no qual são apresentadas 20
lâminas contendo quadros artísticos, com exceção de uma que permanece em branco, as
quais servirão de ponto de partida para que o indivíduo construa histórias38.
Visa explorar a zona afetiva caracterológica da personalidade e as atitudes de reação às
problemáticas da vida.
5.2 に TESTES DE PERSONALIDADE PROSPECTIVOS
Os testes de personalidade prospectivos compreendem o emprego de técnicas voltadas a
explicar minuciosamente as intenções presentes e futuras.
Os testes de personalidade prospectivos, mais profundo que os projetivos, visam traçar
personalidade do examinado em caráter sigiloso, explorando suas intenções presentes e
futuras, a fim de extrair suas crenças, suas potencialidades lesivas ou não, sua
(in)sensibilidade moral, seu (des)temor à justiça e à pena, a razão da vida criminosa, o motivo
pelo qual causa mal às vítimas etc. Dependem, assim, da habilidade do responsável e da
sinceridade do examinando. (FARIAS JÚNIOR, 2015, p. 149)
Além disso, extraem ou, ao menos, tentam extrair, crenças e potencialidades lesivas, freios
de contenções de boas condutas, temos ou não, os porquês da vida criminal e causação de
sofrimento as vítimas.
37 Op. Cit.
38 Op. Cit.
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5.3 に TESTES DE INTELIGÊNCIA
A inteligência revela um conjunto de funções psíquicas
complexas, sendo impossível estabelecer um conceito determinado e universalmente aceito.
Embora saibamos que de forma ampla, compreende-se por inteligência a capacidade de
entendimento, raciocínio,

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