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Aula 02
Criminologia p/ PC-ES (Delegado) - Com Videoaulas - Pós-Edital
Paulo Bilynskyj, Equipe Paulo Bilynskyj, Beatriz V. P. Pestilli
 
SUMÁRIO
Sumário ............................................................................................................................. 1
Boas Vindas ....................................................................................................................... 5
Apresentações................................................................................................................... 5
APRESENTAÇÃO PAULO BILYNSKYJ ........................................................................................5
APRESENTAÇÃO BEATRIZ PESTILLI .........................................................................................7
APRESENTAÇÃO DO CURSO ...................................................................................................8
Qual a importância da criminologia na atualidade e porque a disciplina é tão explorada em concursos jurídicos? 8
Metodologia de curso ..........................................................................................................13
O que nossas aulas abordarão?........................................................................................................................ 13
Questões...........................................................................................................................................................14
Destaques a Legislação e Jurisprudência.......................................................................................................... 15
Resumos ...........................................................................................................................................................15
Quais serão os formatos utilizados?................................................................................................................. 15
.PDF...................................................................................................................................................................15
VIDEOAULAS ..................................................................................................................................................... 16
Quadro sinóptico do Curso Estratégico para Delegado ES ................................................ 18
Cronograma de Aulas ...................................................................................................... 18
Quadro Sinóptico Da Aula 02 ...............................................................................................19
1 に Considerações Iniciais ................................................................................................ 20
2 に Introdução ao estudo das Escolas Criminológicas ...................................................... 21
3 に Escola clássica (ou Criminológica clássica) .................................................................. 24
3.1 に Surgimento da escola clássica ou clássica criminologia .............................................24
3.2 に Escola clássica e o princípio da legalidade (reserva legal ou estrita legalidade) .......25
3.3 に Principais referências da escola clássica .....................................................................26
3.4 に Cesare Beccaria /Bonesana / Marquês de Beccaria ..................................................27
a. A Obra: DOS DELITOS E DAS PENAS.............................................................................................................. 27
3.5 に Francesco Carrara .......................................................................................................31
4 に Escola positiva (Positivista, Criminologia Positiva ou Positivismo criminológico) ........ 33
4.1 に Surgimento da Escola Positiva ....................................................................................33
4.2 に Principais referências da escola positiva: três mosqueteiros......................................34
4.2.1 に Cesare Lombroso .................................................................................................................................. 35
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a. Obra: O HOMEM DELINQUENTE............................................................................................................... 36
 Criminoso Nato ......................................................................................................................................... 37
 Direito Penal de Autor .............................................................................................................................. 38
4.2.2 に Enrico Ferri............................................................................................................................................ 38
a. Obra: SOCIOLOGIA CRIMINAL ................................................................................................................... 39
4.2.3 に Raffaele Garofalo .................................................................................................................................. 43
a. Obra: CRIMINOLOGIA ............................................................................................................................... 44
 O tema em provas..................................................................................................................................... 44
5 - Terza Scuola ou Terceira Escola................................................................................... 44
5.1 に Principais referências da Terza Scuela: Carnevale, Alimena e Impallomeni ...............45
6 に Criminologia Interacionista: Labelling approach......................................................... 47
7 に Escola de Chicago ....................................................................................................... 48
 Delinquency área ...................................................................................................................................... 48
 Inqueritos sociais に Social Surveys............................................................................................................ 49
8 に Escola Minimalista ..................................................................................................... 50
9 に Escola Abolicionista.................................................................................................... 51
10 に Questões.................................................................................................................. 54
10.1 に Lista de questões .......................................................................................................54
10.2 に Gabarito.....................................................................................................................70
10.3 に Questões Comentadas...............................................................................................71
11 に Destaques a legislação e jurisprudência ................................................................... 77
11.1 - Legislação...................................................................................................................77
Art. 96 ao 99, CP ............................................................................................................................................... 77
Art. 6º, CP, ........................................................................................................................................................ 78
11.2 に Jurisprudência............................................................................................................78
Súmula 527 に STJ ..............................................................................................................................................78
12 に Resumo .................................................................................................................... 79
NOÇÕES GERAIS................................................................................................................................................ 79
Escola clássica (ou Criminológica clássica) ....................................................................................................... 82
Surgimento da escola clássica ou clássica criminologia ................................................................................... 82
Escola clássica e o princípio da legalidade (reserva legal ou estrita legalidade) .............................................. 83
Principais referências da escola clássica........................................................................................................... 83
Cesare Beccaria /Bonesana / Marquês de Beccaria ........................................................................................ 84
A Obra: DOS DELITOS E DAS PENAS.................................................................................................................. 84
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Francesco Carrara............................................................................................................................................. 87
Escola positiva (Positivista, Criminologia Positiva ou Positivismo criminológico) ............................................ 88
Surgimento da Escola Positiva.......................................................................................................................... 88
Principais referências da escola positiva: três mosqueteiros........................................................................... 89
Cesare Lombroso .............................................................................................................................................. 89
Obra: O HOMEM DELINQUENTE ...................................................................................................................... 90
 Criminoso Nato ......................................................................................................................................... 90
 Direito Penal de Autor .............................................................................................................................. 91
Enrico Ferri........................................................................................................................................................ 91
Obra: SOCIOLOGIA CRIMINAL........................................................................................................................... 92
Raffaele Garofalo.............................................................................................................................................. 93
b. Obra: CRIMINOLOGIA ............................................................................................................................... 94
Terza Scuola ou Terceira Escola........................................................................................................................ 94
Principais referências da Terza Scuela: Carnevale, Alimena e Impallomeni .................................................... 95
Criminologia Interacionista, Labelling approach ou Escola Interacionista ....................................................... 96
Escola de Chicago ............................................................................................................................................. 96
 Delinquency área ...................................................................................................................................... 97
 Inqueritos sociais に Social Surveys............................................................................................................ 98
Escola Minimalista ............................................................................................................................................ 98
Escola Abolicionista .......................................................................................................................................... 99
13 に Considerações Finais .............................................................................................. 101
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Figura 1: Brasão da Polícia Civil do Espírito Santo
Querido amigo e Delegado de Polícia,
Seja bem-vindo ao nosso módulo regular de Criminologia に pós edital, direcionado aos cargos de
Delegado de Polícia Civil/ES.
Ah, quanto ao vocativo, não o estranhe. Você já é Delegado!
Aliás, você nasceu Delegado. Eu te entendendo!
É sobre estar sozinho na sua escolha, sobre proteger até quem não sabe que precisa de proteção...
de proteger quem você prendeu na semana passada e hoje precisa da sua ajuda. Sobre abrir mão...
Abrir mão do lazer, não conseguindo justificar para sua família que não passou tempo com ela para
proteger outra. Eu realmente te entendo.
Só que agora, Guerreiro, chegou a hora de viver esse sonho!
Por isso, LUTE PARA VENCER!
Meu desejo é que no dia da sua prova você seja o melhor colocado, porque só a vitória interessa a
nós. Aqui, não aceitamos o médio, temos a Excelência como referencial! E você? Bem, você tem o
selo dela e da vitória a partir de agora, pois aqui, nós só treinamos vencedores.
É uma honra correr ao seu lado, eu acredito em você!
Paulo Bilynskyj
Delegado de Polícia de SP e Professor.
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BOAS VINDAS
Olá Delegado (a),
Bem-Vindo (a) mais uma vez!
Estamos de volta com nosso curso de Criminologia para o concurso de
Delegado de Polícia do Espírito Santo.
Nossa aula de hoje está simplesmente incrível, portanto, anime-se e vamos jogar duro!
Lembre-se que não como fugir do sacrífico, portanto, faça-o com propósito. Você tem data marcada
com a sua vitória!
Eu acredito em você!
Paulo Bilynskyj
Delegado de Polícia de SP e Professor
APRESENTAÇÕES
Inicialmente, queremos compartilhar nossa alegria em tê-lo conosco neste módulo. Nós, Profs.
Paulo Bilynskyj e Beatriz Pestilli, estamos felizes pela sua escolha. É um privilégio acompanhá-lo
nessa jornada, preparando-o para concursos jurídicos que exploram a disciplina de criminologia.
Somos Delegados de Polícia em São Paulo e concurso público é um assunto que falamos com
propriedade, pois já fizemos o mesmo percurso que você se encontra hoje.
Por isso, parabéns pela decisão! Aqui você encontrará tudo o que precisam para a aprovação.
Nós acreditamos em você, nós acreditamos no seu sonho!
Nas próximas linhas, falaremos um pouco sobre e nós e, em seguida, apresentaremos o nosso curso
e como ele se desenvolverá nos próximos dias.
Então vamos lá.
APRESENTAÇÃO PAULO BILYNSKYJ
Olá, Guerreiros (as),
Eu sou PAULO BILYNSKYJ, Delegado de Polícia no Estado de São Paulo. Atualmente, e com muito
orgulho, em exercício no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Titular do 2º Grupo
Especial de Atendimento a Local de Crime.
Sou graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, e especialista em Criminologia,
Segurança Pública e Política Criminal.
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Meu primeiro concurso público foi aos 12 anos, para o Colégio Militar de Curitiba. Lá tive a
oportunidade de servir ao Exército Brasileiro e de internalizar valores como PÁTRIA,HONRA,
DEVER e DISCIPLINA.
Apaixonei-me pela carreira de Delegado de Polícia no terceiro período de faculdade e, logo que
formei, iniciei minha preparação, alcançando a aprovação em meu primeiro concurso, em 2011,
para o cargo de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, aos 25 anos de idade, digo sempre:
- cada minuto de estudo valeu a pena e eu faria tudo de novo.
Dedico-me também à carreira de Professor aqui, no Estratégia Jurídico, lecionando as matérias
de Lei (s) de Organização da Polícia Civil, Medicina Legal e Criminologia. Nesta última, sendo
acompanhada pela Professora e também Delegada, Beatriz Pestilli.
Tenho também o privilégio de figurar como coautor de livros em parceria com colegas Doutores
e amigos de caminhadas. Destaco as obras:
2017 に Editora: Questões Discursivas. Delegado de Polícia に Questões Discursivas e Peças
Práticas Comentadas e Respondidas.
2018 にEditora: Novo Século. Polícia Civil do Estado de São Paulo に Concurso - Agente,
Escrivão, Investigador, Apostila Preparatória.
Por último, mas não menos importante, sou Consultor Técnico para Cinema e Televisão.
Como puderam perceber, entrei na esfera de concursos públicos há aproximadamente 18 anos e,
desde então, tenho auxiliado pessoas a realizar seus sonhos. Por isso, digo sempre: sou professor
por paixão!
Acredito sempre no melhor dos meus alunos e que a aprovação é questão de tempo, estratégia
e disciplina. Portanto, vamos à luta!
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei prazer em orientá-los
da melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.
Bons estudos.
Paulo Bilynskyj
E-mail: pbilynskyj@gmail.com
Facebook: Paulo Bilynskyj
Instagram: @paulobilynskyj
Youtube: Projeto Policial
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APRESENTAÇÃO BEATRIZ PESTILLI
Olá, Doutores (as)
Meu nome é BEATRIZ PESTILLI, também sou Delegada de Polícia no Estado de São Paulo.
Orgulhosamente, integro os quadros da Polícia Civil de São Paulo desde 1997, quando ingressei
na carreira de Investigadora de Polícia, permanecendo até 2012, ano em que avancei para o atual
cargo de Delegada de Polícia. Estes mais de vinte anos de experiência no trabalho policial me
permitem falar com desenvoltura sobre a realidade da nossa polícia judiciária estadual.
Nesse período, tive a oportunidade de participar de vários cursos, dentro e fora da instituição,
mas todos relacionados com nossa atividade fim; investigação criminal, tais como:
 
Cursos na Academia de Polícia de São Paulo:
 Técnicas de Entrevista e Interrogatório;
 Estratégias de PNL;
 Psicologia Investigativa;
 Gerenciamento de Crises (dentre outros).
Cursos na Secretaria Nacional de Segurança Pública:
 Investigação Criminal;
 Psicologia das Emergências;
 Mediação de Conflitos (dentre outros).
Em 2014, fui aprovada em mais um concurso, dessa vez para Professora da ACADEMIA DE
POLÍCIA DE SÃO PAULO に ACADEPOL. Lá tenho a honra de ministrar a disciplina de Perfilamento
Criminal - Unidade Docente III: Criminologia, além da oportunidade de ministras diversas aulas
e palestras sobre temas correlatos.
Sou GRADUADA em Direito pela UNIFIEO - Centro Universitário FIEO - em Osasco/SP (1999) e
também em Psicologia pela UNISA - Universidade Santo Amaro - em São Paulo/SP (2009), sendo
que ambas as graduações me acrescentaram muito conteúdo em diversas frentes de
conhecimento.
Possuo ainda duas pós-graduações que considero importantíssimas e pelas quais sou apaixonada.
A primeira, Especialização latu sensu em Direito Penal (2007), que me trouxe a possibilidade de
rever temas de direito de forma mais aprofundada. A segunda, e não menos importante, é
a Especialização latu sensu em Psicologia Investigativa - Criminal Profiling (2016), que me
acrescentou conhecimentos teóricos do universo da psicologia vinculados à prática de
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investigação criminal. Com certeza, esta é, na minha opinião, a área de conhecimento mais
interessante do mundo.
Dedico-me também à carreira de Professora aqui, no Estratégia Jurídico, lecionando a disciplina
de Criminologia, com meu querido amigo Professor e Delegado, Paulo Bilynkyj.
Como puderam ver, tenho enorme experiência na área policial e no ramo dos concursos.
Acredito que nossa missão é ajudá-lo nessa caminhada.
Acredito que este curso pode ser o melhor da sua vida, só depende de você
Então, coloque amor, disciplina e dedicação em tudo que fizer e o resultado só pode ser a
aprovação.
Nós só treinamos vencedores.
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um prazer orientá-los
nesta caminhada.
Estou à disposição.
Beatriz Pestilli 
E-mail: bmpestilli@hotmail.com
Facebook: Bia Pestilli
Instagram: biapestilli
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Qual a importância da criminologia na atualidade e porque a disciplina é tão explorada em
concursos jurídicos?
A partir de agora, daremos início ao nosso curso de CRIMINOLOGIA voltado às provas objetivas de
carreiras jurídicas. Inicialmente, queremos deixá-lo a par da real importância do estudo da disciplina
e, em seguida, apresentaremos nossa metodologia de estudo.
É que ainda hoje, muitos candidatos não sabem o porquê devem se dedicar ao estudo da matéria.
Para muitos, a matéria não é tão atrativa quanto Direito Penal ou Processo Penal, por exemplo.
Para outra parcela de alunos, a matéria não é tão relevante.
Erro primário.
Percebemos que esse tipo de pensamento ainda representa a maioria dos candidatos às vagas de
concursos públicos, - esperamos que a partir de agora não mais -, porém, temos certeza que você
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que é nosso aluno sairá desta aula convencido da importância da disciplina e terá uma nova
perspectiva com uma visão clara de todo conteúdo.
Nossa proposta aqui, neste módulo, é desmistificar a dificuldade da matéria, deixá-lo apto a
gabaritar toda e qualquer prova da disciplina e, sobretudo, fazer com que de fato se torne um
candidato estratégico e isso acontecerá na medida em que você entender que:
A sua prova não é um mestrado em direito penal, processo penal ou da matéria que
você é apaixonado. A sua prova é composta por DISCIPLINAS ESTRATÉGICAS, com um
número de QUESTÕES ESTRATÉGICAS, buscando aprovar CANDIDATOS ESTRATÉGICOS.
Entender isso é integrar o ranking dos melhores rapidamente.
Socialmente e culturalmente falando, podemos afirmar que a criminologia foi deixada de lado
enquanto as outras ciências que, dentro das ciências criminais, ganharam força e destaque.
A conclusão pode ser feita a partir de observações básicas e muito atuais. Quando encontramos
pessoas falando de VIOLÊNCIA URBANA, APARELHAMENTO DO CRIME ORGANIZADO に tema que
デWマ ゲキSラ SキゲI┌デキSラ Wマ ノ;ヴェ; aヴWケ┌ZミIキ; さWマ デWマヮラゲ SW OPERAÇÃO LAVA-JATOざ -, crescimento
desajustado da CORRUPÇÃO e tantos outros assuntos inclusos na atual pauta social, é possível notar
que muitos manifestam, na maioria das vezes, uma visão crítica notadamente desprovida de
informações reais ou um respaldo minimamente fundamentado.
Com o crescimento e avanço da internet e, consequentemente, das redes sociais, essas opiniões dão
às pessoas a possibilidade de emitir opinião sobre todo e qualquer tipo de assunto. Discussão sobre
criminalidade então, é algo que está sempre em alta. Todo o mundo tem opinião, a maioria das
pessoas as lançam, quase sempre, nas redes sociais. O problema disso, como já dizia ZAFFARONI,
Diz-se que, atualmente, todos comentam sobrem futebol e violência, existindo milhares
de técnicos desse esporte, e, na mesma proporção, criminólogos1.
Não é que alguém precise ser Doutor ou Mestreem qualquer tema para manifestar opinião, mas
um mínimo de fundamento nelas é imprescindível.
Não precisamos de uma análise profunda para perceber que a maioria das opiniões lançadas acerca
da criminalidade, por exemplo, (ou até mesmo dos recentes casos de rebelião que ocorreu nos
presídios Brasileiros, ou ainda, nas recentes e polêmicas decisões da Suprema Corte に como no caso
destacado no Informativo nº 8602, m que se vedou o exercício de direito de greve a todos os policiais
1 ZAFFARONI, Eugênio Raúl. A Questão Criminal; Rio de Janeiro: Revan, 2013.
2 Info 860: Policiais são proibidos de fazer greve. O exercício do direito de greve, sob qualquer
forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente
na área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada
pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para
vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin,
red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 - repercussão geral.
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civis e aos que atuem diretamente na área de segurança pública), são reproduções de comentários
prontos. (Vide jurisprudências sobre segurança pública em destaque no capítulo 5).
P;ヴIWノ; ノWキェ; S; ヮラヮ┌ノ;N?ラが ゲキマヮノWゲマWミデW ;IWキデ; W ヴWヮヴラS┌┣ デW┝デラゲ さHラミキデラゲざが ヮラヴYマが SWゲヮヴラ┗キSラゲ
de teorias ou conceitos científicos e que empobrecem a percepção a respeito das causas reais dos
fenômenos delitivos, o que permite, uma fácil manipulação popular quando não um clamor social
desfundado e midiático.
A consequência?
Certamente, a aprovação de medidas meramente paliativas. Aquelas que servem para
absolutamente nada. É verdadeiramente o remédio que não cura, mas mitiga a doença. O resultado
disso gera o que a doutrina classifica como DIREITO PENAL SIMBÓLICO.
CLEBER MASSON3, nos explica:
A função simbólica é inerente à todas as leis, não dizendo respeito somente as de cunho penal. São aquelas que
não produzem efeitos externos, mas tão somente, na mente dos governantes e dos cidadãos.
É que no primeiro caso, acarreta aos governantes a sensação de terem feito algo para a proteção da
paz social. No outro, proporciona a falsa impressão de que a criminalidade está sob controle.
Masson, 4 ainda revela que, no âmbito penal, o simbolismo manifesta-se de forma comum, no que
ele chama de direito penal do terror que se verifica com a inflação legislativa do Direito Penal de
Emergência, criando-se exageradamente figuras penais desnecessárias, ou então, aumento
desproporcional e injustificado das penas em casos pontuais に Hipertrofia do Direito Penal.
A título de exemplo, podemos citamos a criação da Lei 8.072/90 に Lei de Crimes Hediondos. E aí
┗ラIZ テ= ゲ;HWが エ= ┌マ ヴラノ デ;┝;デキ┗ラ SW IヴキマWゲ ケ┌W ゲ?ラ ヮ┌ミキSラゲ Iラマ さMUITOざ ラ┌ Iラマ さMáI“ ‘IGO‘ざ ケ┌W
os crimes ali não previstos.
3 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 10.
4 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 10.
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O Legislador brasileiro da década de 90, tomado por uma ideia de Direito Penal Máximo 5 ,
Movimento Lei e Ordem6 (Law and Order), bem como a Teoria das Janelas quebradas7 (Broken
Windowns Theory), implantou um movimento de política criminal bastante severo como forma de
tentar diminuir a criminalidade. Para isso, criou tipos penais, aumentou penas para alguns crimes e
etc.8
O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si a ideia
de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade. Por tal
movimento, o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz a restringir o direito à liberdade
do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada em primeiro lugar.9
Movimento Lei e Ordem (Law and Order): movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que surgiu
como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-se na ideia da
repressão, para o qual a pena se justifica por meio das ideias de retribuição e castigo. Os adeptos
desse movimento pregam que somente as leis severas, que imponham lingas penas privativas de
liberdade ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de controlar e inibir a prática de delitos.
Dessa forma, os crimes de maior gravidade devem ser punidos com penas longas e severas, a serem
cumpridas em estabelecimentos prisionais de segurança máxima. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição.
Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora JusPodivm,2018. Pg. 470.
Trabalharemos de forma aprofundada todas essas teorias ao longo do curso, por ora, a título de
exemplo, citamos o crime de porte ou a posse de arma de fogo de uso restrito (art. 1º, Parágrafo
5 O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si a ideia
de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade. Por tal movimento,
o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz a restringir o direito à liberdade do ser humano,
devendo, portanto, ser a solução adotada em primeiro lugar. HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais.
10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora JusPodivm,2018. Pg. 470.
6 Movimento Lei e Ordem6 (Law and Order): movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que surgiu
como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-se na ideia da
repressão, para o qual a pena se justifica por meio das ideias de retribuição e castigo. Os adeptos desse
movimento pregam que somente as leis severas, que imponham lingas penas privativas de liberdade ou
até mesmo a pena de morte, têm o condão de controlar e inibur a prática de delitos. Dessa forma, os
crimes de maior gravidade devem ser punidos com penas longas e severas, a serem cumpridas em
estabelecimentos prisionais de segurança máxima. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista
atualizada e ampliada. Salvador: Editora JusPodivm,2018. Pg. 470.
7 Teoria das Janelas quebradas7 (Broken Windowns Theory): Em 1982, o cientista político James Q.
Wilson e o psicólogo criminologista Geroge Kelling, ambos norte-americanos, criaram a The Broken
Windowns Theory, denominada no Brasil TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS. (...) essa teoria ganhou
esse nome em razão de seus autores utilizarem a imagem das janelas quebradas para explicá-la,
estabelecendo relação de causalidade entre a desordem e a criminalidade. Segundos tais autores, se
apenas uma janela de um prédio fosse quebrada, e não fosse imediatamente consertada, as pessoas que
passassem no local e vissem que a janela não havia sido consertada concluiriam que ninguém se
importava com isso, e em curto espaço de tempo todas as demais janelas também estariam quebradas.
Uma janela quebrada, mas que não é consertada, é sinal de que ninguém cuida e, portanto, não custa
quebrar mais janela.
8 HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora
JusPodivm,2018. Pg. 470.
9 HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora
JusPodivm, 2018. Pg. 470.
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único, Lei 8072/90),. Quem porta ou mantém em sua posse armas, cujo uso é restrito do EB, terá
sua pena fixada em patamar mais alto que quem porta ou tem a posse de arma cujo uso nãoé
restrito. 10 Além disso, para que esse indivíduo alcance eventual progressão de regime, deverá
cumprir 2/5 da pena, se réu primário e 3/5 se reincidente.
Agora, te fazemos um convite a reflexão: Pense conosco!
Indivíduos que portam fuzis ou que desfilam com
armamentos de última geração, com tecnologia israelense,
de fato estão preocupados com o rigor ou com a
aplicabilidade da lei 8.072/90?
Acaso, deixariam de portar seus instrumentos utilizados para enfrentar o sistema de Segurança
Pública e causar guerra entre as favelas do Rio de Janeiro, por exemplo?
Deixariam também utilizar esse tipo de armamento para assegurar que a lei não seja cumprida e que
a Polícia さWゲデラ┌ヴWざ I;デキ┗Wキヴラゲ キミデWヴヴラマヮ; ラ デráfico de drogas nas favelas Brasil a fora?
Aliás, qual a relevância ou impacto da 8.072, para a decisão do assassino que matou integrantes dos
órgãos de segurança11 pública, em razão da função exercida, ou seus familiares? Acaso ele deixou
de cometer o assassinato porque lei previu punição que sua progressão de regime será de 2/5 e não
de 1/6?
Entendemos que não. Para nós, os efeitos e reflexos legislativos nesses casos, são muito mais no
sentido de satisfazer um clamor público que pede por uma solução, - o que, na maioria das vezes,
se traduz no encarceramento do indivíduo delinquente como a mais eficaz solução para a violência
ou crimes que acometem a sociedade, に do que, de fato, atingir o cerne do problema com soluções
reais.
Como defendido por Ney Moura Teles12:
Q┌WヴWヴ IラマH;デWヴ ; Iヴキマキミ;ノキS;SW Iラマ ラ DキヴWキデラ PWミ;ノ Y ケ┌WヴWヴ Wノキマキミ;ヴ ; キミaWIN?ラ Iラマ ;ミ;ノェYゲキIラざ
É que o crime só pode ser combatido por instrumentos que possibilitam a apuração da visão crítica
e científica dos que se propõe a analisar o problema da delinquência, Guerreiros.
E é por isso que o estudo da criminologia é tão importante, além de necessário.
Nos posicionamos com a melhor doutrina, no sentido de que o desenvolvimento desses fenômenos
criminais, como ampliação dos crimes de colarinhos brancos, a violência urbana, crescimento da
população carcerária, caos nos estabelecimentos penais, aumento nos índices de prisões de
mulheres, crimes de cunho sexuais, grande incidência de crimes contra saúde pública entre outros,
10 Art. 16 do R-105 – define as armas de uso restrito.
11 13.142/2015 alterou o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos: O homicídio cometido contra
integrantes dos órgãos de segurança pública, ou contra seus familiares, passa a ser considerado como
homicídio qualificado, se o delito tiver relação com a função exercida.
12 TELES, Ney Moura. Direito Penal – parte geral. São Paulo: Atlas, 2004. V. 1, p.46.
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são motivos que justificam o destaque da criminologia, como ciência que pode dar respostas
detalhadas a esses problemas, é ela que analisa os fatores que justificam o cenário atual.
No entanto, não se pode confundir, já que a linha é tênue.
A criminologia não se propõe a punir o transgressor, isso cumpre ao Direito Penal. Tampouco se
destina a definir os procedimentos acertados de persecução penal durante fases, seja de
investigação, seja na ação processual, para isso, temos o Processo Penal. À criminologia deixamos a
o diagnóstico de entender o contexto da prática delituosa, analisando o contexto social de justiça
criminal, a pessoa do delinquente, a vítima, o controle social e até mesmo o reflexo da lei penal na
sociedade.
Bem, como perceberam, a matéria é extremamente relevante. E é
com subsídio nestas razões que a matéria tem sido tão cobrada em
concursos públicos. Extrair a visão crítico-jurídica dos candidatos,
a partir de noções gerais da disciplina, de suas potencialidades e
ferramentas conceituais, exigindo deles a diferenciação entre
conhecimento técnico e científico, é, sem dúvida, muito inteligente e estratégico. Nesse caso,
integra o pódio aqueles que estão minimamente preparados.
É por essas razões que desenvolvemos este CURSO DE CRIMINOLOGIA. Um curso teórico com
esquemas, doutrinas, jurisprudências e destaques para polêmicas ações judiciais que envolvem
temas relevantes e que, atualmente, tramitam no Supremo Tribunal Federal, e que, nos últimos anos,
têm sido cobradas como jurisprudência na maioria das provas.
Além disso, atenção especial será destinada às tendências das bancas, aos assuntos mais cobrados
e mais CAUSAM CONFUSÕES quando o assunto é EVOLUÇÃO DAS IDEIAS CRIMINOLÓGICAS,
ESCOLAS PENAIS, dentre outros. Por essa razão, também destacaremos os posicionamentos
doutrinários divergentes, bem como as teorias e sucessivas revogações e alterações legislativas
que, certamente, serão cobradas em provas futuras.
Dentro dessa proposta metodológica, também observaremos, de forma concomitante, conceitos
indispensáveis fornecidos por outros ramos do direito, a exemplo, pelo Direito Constitucional,
Direito Processual, Direito Penal, Legislação Especial, enfim, utilizaremos todas as legislações
pertinentes e disponíveis à nós.
Por fim, é importante destacar que, todos os assuntos aqui abordados, serão tratados para atender
tanto àquele que está iniciando os estudos como àquele que está estudando há mais tempo.
Sendo assim, apresentamos a você os aspectos gerais da matéria e os impactos em provas de
concursos.
METODOLOGIA DE CURSO
O que nossas aulas abordarão?
Doutores (as),
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Destaques a Legislação e Jurisprudência
Em todas as aulas destinamos capítulo especifico para destacar todos os dispositivos legislativos e
jurisprudenciais tratados no decorrer de cada aula. Nesse capítulo, compilamos as legislações
trabalhadas inclusive informativos e súmulas pertinentes ao conteúdo.
A leitura e revisão desse capítulo, especificamente, é imprescindível na sua aprovação.
Resumos
Ao final de cada aula também disponibilizamos um resumo dos principais aspectos estudados ao
longo da aula. Nossa sugestão é que esse resumo seja estudado sempre previamente ao início da
;┌ノ; ゲWェ┌キミデWが Iラマラ aラヴマ; SW さヴWaヴWゲI;ヴざ ; マWマルヴキ;く
Além disso, é fundamental, a cada ciclo de estudos retomar esses resumos. Caso encontrem
dificuldade em compreender alguma informação, não deixem de retornar à aula.
Quais serão os formatos utilizados?
Destacamos que ao criar nossa proposta metodológica, não nos preocupamos apenas em
estabelecer a metodologia que entendemos a mais apropriada para a sua preparação, mas foi
importante também definir o formato de disponibilização mais adequado para o nosso curso.
Nesse contexto, destacamos que nossos cursos possuem formato: PDF além das Videoaulas.
.PDF
Nossas aulas em .pdf têm por característica essencial a didática. Ao contrário do que encontraremos
na Lei Seca ou nos manuais doutrinários. Por esta razão, nosso curso todo se desenvolverá com uma
leitura de fácil compreensão e assimilação.
Atenção, isso não significa que o módulo será abordado com superficialidade. Ao contrário,
desenvolveremos mapas mentais, macetes, esquemas, gráficos, resumo, questões e tudo que for
necessário para dar destaque à Lei Seca e a Doutrina de forma otimizada, evidenciando sempre,
diferenças tênues entre conceitos que podem gerar confusão entre os candidatos e que são,
exaustivamente, cobrados em provas de concursos públicos.
Logo, repetimos: os assuntos serão aprofundados!
Nラゲゲ; ヮヴWデWミゲ?ラ Y さIエ;マ;ヴ ; ;デWミN?ラざ ヮ;ヴ; ;ゲ キミaラヴmações que realmente importam. Com essa
estrutura e proposta, pretendemos conferir segurança e tranquilidade para uma preparação
completa, SEM NECESSIDADE DE RECURSO A OUTROS MATERIAIS DIDÁTICOS.
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5Finalmente, vale dizer que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .pdf é o contato
direto e pessoal com o Professor. Por isso, além do nosso
fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e,
eventualmente, pelo Instagram e Facebook.
Não é demais repetir que nossas redes sociais já foram
disponibilizadas nas primeiras páginas deste material.
Aluno nosso não vai para a prova com dúvida!
É importante compreender que, por vezes, ao ler o material surgem incompreensões, dúvidas,
curiosidade, nesses casos basta nos escrever. Assim que possível, responderemos a todas as dúvidas.
É notável a evolução dos alunos que levam a sério nossa metodologia.
VIDEOAULAS
Merecem menção nossas videoaulas!
Essas aulas destinam-se a complementar a preparação quando estiver cansado do estudo ativo
(leitura e resolução de questões) ou até mesmo para fazer a revisão. Por isso, você disporá de um
conjunto de vídeos para assistir como quiser, podendo assistir on-line ou baixar os arquivos.
Com outra didática, você disporá de um conteúdo complementar para a sua preparação. Ao
contrário do PDF, evidentemente, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE
VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS ELETRÔNICOS.
Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão videoaulas apenas em parte do
conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco é, sempre, o estudo ativo! Não
obstante, será o material mais completo em PDF e vídeo do mercado.
Ainda no que se refere aos vídeos, serão disponibilizados os QRCODE. Ao longo da aula você
encontrará alguns códigos para acessar pequenos vídeos exclusivos que versam de alguns pontos da
matéria. Vamos tratar de pontos difíceis, complexos, que geram dúvidas ao longo do estudo teórico
da disciplina. Com isso, você terá à disposição mais um instrumento para que a sua preparação seja
a mais completa! Acredito que você irá gostar! Vamos fazer um teste?!
CONHEÇA O QRCODE
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Bem, agora que já apresentamos todo o panorama do nosso curso e, com toda certeza, já te
convencemos da importância de dedicar-se ao estudo da matéria, está na hora de dar início à nossa
aula de hoje.
Por isso Doutor (a),
Desejamos o melhor curso de sua vida e que você alcance todas as metas que planejou!
Mais uma vez, reiteramos que você explore a central de dúvidas, que faça os exercícios e que siga o
roteiro, além de assistir às aulas.
Adotamos o princípio do estude, aconteça o que acontecer, estude.
Estude, estude e estude. O sacrifício é inevitável. Portanto, sacrifique-se com propósito.
Boa aula.
Prof. Paulo Bilynskyj
1 に CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Guerreiros,
Vocês já sabem, mas não custa lembrar que nossas aulas são completamente concentradas em seu
edital.
Por esta razão, ao longo desta aula utilizaremos inúmeras citações de doutrinadores consagrados.
Dentre eles, destacamos em especial as bibliografias do Mestre e Prof. Eduardo Viana e também do
Mestre José Cesar Naves de Lima Júnior. Nos apoiaremos também em doutrinas mais resumidas
como a dos Professores Eduardo Fontes, Henrique Hoffmann, Natacha Alves de Oliveira, além da
clássica e moderna doutrina escrita por Christiano Gonzaga, entre outros doutrinadores.
Isso é feito com proposito único: trazer a vocês as diversas correntes existentes além dos
posicionamentos adotados pelas Bancas Examinadoras (que podem ser divergentes). O estudo
dessa parte é totalmente teórico e conceitual, afinal, são diversas as correntes de pensamentos que,
ao longo da História, moldaram a criminologia e o próprio direito.
Portanto, aproveite o curso e atente-se aos destaques.
Considerações
iniciais
Introdução ao estudo
das Escolas
Criminológicas
Escola Positiva
Terza Scuela ou
Terceira Escola
Criminologia
Interacionista
Escola de Chicago Escola Minimalista Questões Resumo Considerações finais
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2 に INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS
Guerreiros (as),
Para facilitar o estudo sobre as Escolas Criminológicas, é importante ter em mente algumas facetas
a fim de facilitar a compreensão, entender de uma vez por todas o assunto e fixar o conteúdo.
A primeira faceta é que escolas em geral に quaisquer delas -が デWマ Iラマラ a┌ミN?ラ さWミゲキミ;ヴが ノW┗;ヴ
conhecimento acerca de デWラヴキ;ゲ W IラミIWキデラゲ ;Sラデ;Sラゲ ミラ マ┌ミSラ ; aラヴ;ざく Nラ SキIキラミ=ヴキラ13 aparece
Iラマラ さCラミテ┌ミデラ aラヴマ;Sラ ヮWノラ ヮヴラaWゲゲラヴ W ヮWノラゲ SキゲIケヮ┌ノラゲが ラ┌ Eゲデ;HWノWIキマWミデラ SW Wミゲキミラ W ;デY
mesmo Processos seguidos pelos grandes mestres.
E aqui na criminologia não é diferente. Assim como na atualidade inúmeras escolas são criadas a
fim de atender a demandas propostas na criminologia ocorre o mesmo. São várias escolas, sendo
que a finalidade de cada uma é, sem dúvidas, intuitiva.
É que, se estamos diante de uma disciplina que estuda de forma ampla os aspectos do crime, por
óbvio as escolas trazidas pela matéria, chamadas de Escolas Criminológicas, reunirão os
posicionamentos influentes e dotados de relevância para atualidade, acerca da criminalidade. Assim,
significa dizer que elas resumem as correntes de pensamentos que envolvem os fenômenos do crime.
As Escolas Criminológicas (ou Escolas Penais), resumem as correntes de pensamento
acerca dos problemas que envolvem o fenômeno da criminalidade14.
A segunda faceta é que, consequentemente, cada escola vai estar ligada à realidade cultural da
época sobre os aspectos criminológicos. Noutras palavras, as Escolas Criminológicas sempre estão
vinculadas à evolução da criminologia enquanto ciência.
Cada Escola Criminológica corresponde à evolução da criminologia enquanto ciência, de
sua época.
13 "escola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
https://dicionario.priberam.org/escola [consultado em 17-12-2018].
14 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 79.
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Portanto, a Escola Clássica nasce entre o final do Século XVIII e a metade do Sec. XIX, como reação
ao totalitarismo do estado Absolutista, filiando-se ao movimento revolucionário e libertário do
absolutismo. Viva-se o Século das Luzes17.
Durante o Iluminismo, momento histórico em que imperavam a razão, a liberdade e o humanismo,
foi responsável por sistematizar a problemática do CRIME e, para isso, a criminologia clássica o
escolhe como seu objeto de estudo. Consequentemente, permitiu por isso e a partir disso, que a
criminologia fosse então chamada de ciência autônoma.
Note que a Escola surge sob influência de um movimento cultural, logo, não seria precipitado afirmar
que os estúdios daquela época imprimiam uma linha mais proporcional e humanística àqueles que
cometessem crime. Assim, naquela época em que predominada o período inquisitivo as teorias que
possibilitavam o afastamento de desgosto para um criminoso, ganhava muito espaço. A ideia era
que não era ideal impor ao criminoso um sofrimento desproporcional, mas devia-se buscar uma
pena como forma de exemplo para evitar que outros delinquissem.
O SキゲI┌ヴゲラ ミ?ラ ミラゲ ヮ;ヴWIW Wゲデヴ;ミエラが テ= ケ┌W Wマ ヴWaWヴZミIキ; ;ラ キノ┌マキミキゲマラが ラ IラミエWIキSラ さSéculo das
Luzesざが デキミエ; Iラマラ ノWマ; ラ tratamento mais humano ao homem que vive em sociedade, já que este,
cede parcela de sua liberdade para viver em sociedade, J. J. Rousseau (1712-1778), em sua obra O
Contrato Social. Noutras palavras significa que o homem precisava ser tratado como pessoa, não
coisa, sob pena de coisificação do homem.
A partirdessa realidade, inúmeros pensadores adeptos à essa ideia humanística vão surgindo, se
destacando e contribuindo, consequentemente para a formação da Escola Clássica, a título de
exemplo, podemos citar: Beccaria (1794), Fransceso Carrara (1859), Carmignani(1847), Rossi(1859),
outros famosos que também compuseram os ideais da Escola Clássica foram: Mittermaier e
Birkmeyer, Ortolan, Tissot, F. Pacheco e J. Montes.
3.2 に ESCOLA CLÁSSICA E O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (RESERVA LEGAL OU ESTRITA
LEGALIDADE)
O Princípio da Legalidade (Hoje adotado no art. 5º XXXIX, da nossa CR/88 e art. 1º do Código Penal),
foi observado pela Escola Clássica.
Daí, vale lembrar que o princípio preceitua basicamente, a exclusividade da lei, para a criação de
delitos. Isso significa que não há crime sei lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal, ou ainda:
17 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 90.
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NULLUM CRIMEN NULLA POENA SINE LEGE
Porquanto se imprimiu de forma sistematizada, exatamente essa ideia de nullum crimen, nulla
poena sine praevia lege (nulo o crime e nula a pena sem lei anterior).
Tendo em vista o período anterior de trevas por que passou a humanidade (Inquisição), quando
vigoravam leis incertas e vagas, com especial destaque para a crítica feita por Franz Kafka (1883-
1924), no livro O processo, para os processos incertos, inquisitórios e baseado em leis imprecisas,
era necessário que houvesse uma guinada para o pensamento humanista e com exigência de leis
claras para a punição de alguém. (Pablos de Molina, Criminologia, p. 102)
Nota-se então que a chamada Criminologia Clássica passa a fazer devoção ao princípio da Legalidade,
o que, de acordo com a doutrina, pode ser considerada a Grande Contribuição para os estudos
criminológicos.
Contudo, não é demais ressaltar que, tendo em vista essa devoção pela lei, a Criminologia Clássica
não se preocupava em estudar os fatores que criam o crime e o criminoso, mas apenas estudava o
crime enquanto ente definido abstratamente pela lei penal. Noutras palavras, a sua preocupação
era com o chamado método lógico-abstrato ou dedutivo, sendo despiciendo o estudo das causas
da criminalidade. (Pablos de Molina, Criminologia, p. 102)
3.3 に PRINCIPAIS REFERÊNCIAS DA ESCOLA CLÁSSICA
Destacaram-se como principais referências da Escola Clássica dois grandes nomes, quais sejam:
1. Cesare Beccaria/Bonesana / Marquês de Beccaria
2. Francesco Carrara
Não é demais lembrar que estes são os principais nomes da Escola Clássica. Como dissemos outra,
surgem inúmeros pensadores adeptos à ideia humanística, como: Carmignani(1847), Rossi(1859),
outros famosos que também compuseram os ideais da Escola Clássica foram: Mittermaier e
Birkmeyer, Ortolan, Tissot, F. Pacheco e J. Montes.
Passaremos agora à análise dos principais nomes.
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3.4 に CESARE BECCARIA /BONESANA / MARQUÊS DE BECCARIA
Importante pensador que contribuiu para que os fundamentos da Escola Clássica fossem erguidos
foi Cesare Beccaria também conhecido como o Marquês de Beccaria (1738-1794). Foi sobre seus
estudos que a Escola Clássica fora formatada.
Beccaria nasceu em 1934, na Itália e tinha formação na área de economia. É classificado pela
doutrina brasileira18 Iラマラ さキマヮラヴデ;ミデW エ┌マ;ミキゲデ; ヮヴWラI┌ヮ;Sラ Iラマ ヮヴラHノWマ;ゲ ヴWノ;Iキラミ;Sラゲ ;os
IヴキマWゲ W ゲ┌; キミIキSZミIキ;ざく
O Marquês pertenceu ao círculo de amizade do aristocrata milanês Pietro Verri. Verri, percorreu
toda a Europa e, por essa razão, teve papel decisivo na difusão de pensamentos iluministas
ventiladas por Monstesquieu, Hobbes, Diderot, Helvétius, dentro outros, exercendo,
consequentemente, grande influência sobre Beccaria.
Em 1764, publicou a obra - ケ┌W ラ a;ヴキ; Iラミゲ;ェヴ;Sラ W ヴWミラマ;Sラぎ さDラゲ SWノキデラゲ W S;ゲ ヮWミ;ゲざ.
a. A Obra: DOS DELITOS E DAS PENAS
Em 1764, publicou a obra - ケ┌W ラ a;ヴキ; Iラミゲ;ェヴ;Sラ W ヴWミラマ;Sラぎ さDラゲ SWノキデラゲ W S;ゲ ヮWミ;ゲざ.
A obra foi tão impactante que permanece no rol de Leituras obrigatórias até os dias atuais. Beccaria
posicionava-se contra os abusos praticados a título de sanção penal, provocando, portanto, uma
nova reflexão sobre o jus puniendi. Veja o trecho pertinente de sua obra:
Não houve um que se erguesse, senão fracamente, contra a barbárie das penas que estão em uso em nossos tribunais. Não
houve quem se ocupasse em reformar a irregularidade dos processos criminais, essa parte da legislação tão importante
quão pouco cuidada em toda a Europa. Pouquíssimas vezes procurou o desarraigar, em seus fundamentos, as series de erro
acumulados há muitos séculos; e raras pessoas procuram reprimir, pela força da verdade estáveis, os abusos de um poder
limitado, e extirpar os exemplos bem comuns dessa fria atrocidade que os homens poderosos julgam um de seus direitos19.
Foi exatamente esse discurso com posicionamentos contra injustiça e contra exageros penais
revelados através desse livro, que fez de Beccaria um dos primeiros pensadores a demonstrar
preocupação com a aplicação efetiva dos direitos humanos.
Noutras palavras, o pensador defendia que que o CRIME devia ser COMBATIDO com uma PENA
PROPORCIONAL ao mal causado pelo criminoso, sem visar APENAS o seu sofrimento. As penas não
deviam ser excessivamente elevadas nem extremamente brandas, mas o que deve existir é a certeza
da punição.
18 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 86.
19 BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Curitiba> Ed. Humus, 2000. p. 12.
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BECCARIA: crime -> Combatido -> Pena proporcional ao mal causado pelo criminoso.
Mas não é só isso. Em sua obra, Cesare Bonesana também defendeu com veemência ideias sobre a
própria origem do direito de punir: a liberdade. Daí porque, seu livro se tornou o convite à uma
nova forma de pensar.
Nesse sentido, destacamos 03 (três) relevantes pontos abordados em sua obra:
 Princípio da Legalidade ou estrita legalidade na cominação das penas e vedação da
livre interpretação judicial da lei;
 Difusão das leis e amplo acesso ao seu conhecimento;
 Proporcionalidade das penas;
 Publicidade do processo e o valor das provas;
Sobre o tema, tecemos as seguintes notas:
Princípio da Legalidade ou estrita legalidade na cominação das penas e vedação da livre
interpretação judicial da lei: defende a tipificação da conduta criminosa afirmando que
tanto as condutas como as penas a elas aplicáveis devem ser definidas segunda um
critério. Nesse caso, deve-se tipificar a conduta e não a intenção da conduta (criando
espaço para tese do Direito Penal do fato).
Note que a tese defendida por ele, é objeto de adoção hoje na nossa legislação. Significa que
adotamos o posicionamento principiológico no qual somente a lei pode fixar penas ao réu, e a
competência para cria-las cabe unicamente ao representante legitimo do povo, unido por um
pacto social, o legislador. Noutras palavras, significa dizer que não cabe, por exemplo, ao juiz impor
uma pena (Beccaria fala em castigo), diverso daquele previsto em lei sob pena de, de acordo com o
Marquês, incorrer em violação à manifestação do conjunto de vontades da sociedade
consubstanciando no texto legal.
Proporcionalidade das penas: a crueldade excessiva, de uma pena incerta e eventual não
tem condão de ser eficaz, ao contrário daquele castigo menos intenso e mais eficaz. Esse
sim, tem condão de afastar o indivíduo de seu intento criminoso.
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Nesse sentido, a ideia é a de que uma pena que vem a ser aplicada intempestivamente não consolida
o espírito popular a associação entre crime e castigo, necessária para a dissuasão dos que se inclinam
à prática delituosa20.
Publicidade do processo e o valor das provas: nesse ponto, Beccaria defende que o
processo e as provas devem ser abertos ao escrutínio popular, como forma de reconhecer
que a opinião pública é importante instrumento de controle social.
Neste caso, o reflexo é que a adoção desse tipo de publicidade gera no povo a percepção de que o
aparato legal, por intermédio do processo legal são as garantias que se contrapõem aos excessos do
Estado.
Guerreiros, notem que a ausência de um tratamento isonômico e humano ao delinquente, provocou
a partir do Marquês a reforma de um sistema penal, incluindo um direito penal, procedimentos e
a justiça criminal21.
De forma resumida, podemos afirmar que são algumas de suas ideias transmitidas a partir de seu
livro:
20 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 85.
21 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 86.
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Ainda nesse campo na racionalidade, Carrara retirava-se de forma gradativa da mera legalidade,
ponto central da análise de Beccaria (Na Escola Positivista, perceberá o estudioso da Criminologia
que se aproveitará o pensamento mais investigativo de ente criminoso enquanto violação jurídica e
será feita uma extensão de suas ideias, mas no campo pragmático e do paradigma etiológico.23
Nesse sentido, afirmava-se ainda que o ser humano era detentor do chamado livre-arbítrio,
escolhendo praticar o crime com base na liberdade que possui sendo a pena a imposição legal de
algo àquele que desobedeceu ao positivado na lei penal. Mera retribuição exemplar para quem
delinquiu. Noutras palavras, significa dizer que Carrara não concebia a pena como uma retribuição
pelo mal pratica, mas sim como o instrumento necessário para eliminação de uma ameaça social.24
Por tal razão, os porquês do cometimento de um crime por alguém eram irrelevantes para análise,
quando comparadas com a atribuição principal da sanção que é eliminar uma ameaça, restando para
outras áreas de conhecimento (Psicologia, Sociologia e Filosofia) tal perquirição.
Foi nesse contexto que surgiram as teorias da pena
estudadas em Direito Penal. Frise-se que são de
cunho absolutista.
Foi sob a influência dos pensamentos de Kant e Hegel que a concepção retribucionista do Direito
Penal se desenvolveu. O Professor Christiano Gonzaga em seu manual de Criminologia25 vai nos dizer
ケ┌W さP;ヴ; ラゲ Iノ=ゲゲキIラゲが ; ヮWミ; Y ┌マ; ヴWデヴキH┌キN?ラ テ┌ヴケSキI; ケ┌W デWマ Iラマラ ラHテWデキ┗ラ ラ ヴWゲデ;HWノWIキマWミデラ
S; ラヴSWマ W┝デWヴミ; ┗キラノ;S;く ざ
 É a pena como negação da negação do direito (segundo Hegel) ou;
 A pena como justiçamento do último assassino que se encontrasse na prisão, caso a
sociedade fosse acabar naquele momento (segundo Kant).
São exemplos da intenção de reestabelecer uma ordem jurídica violada. Significa que a sanção penal
era, na verdade, um castigo necessário para SE REESTABELECER o Direito e a Justiça. Cléber
Masson26 cita como referência cobre o tema um trecho de Moniz Sodré, relacionado ao condenado
à pena o qual reproduzimos:
Não lhe é imposta somente como um meio eficaz de defesa social, senão também, e muito principalmente, como um castigo
devido a todo culpado; não é considerada um remédio contra o crime, mas uma punição merecida, em vista do mal que
voluntariamente fez. Ela é aplicada, não em nome da conservação da sociedade, mas para a satisfação da justiça.
23 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia (Locais do Kindle 2960-2962). Editora Saraiva. Edição do
Kindle.
24 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 87.
25 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia (Locais do Kindle 2960-2962). Editora Saraiva. Edição do
Kindle.
26 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 90.
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Por certo que um método tão racional não poderia ser experimental, mas impõe-se uma método
lógico-abstrato ou dedutivo, característico da ciência penal.
Logo, pode-se concluir que estão intimamente relacionadas as ideias
 da Escola Clássica com as teorias absolutas da pena
Pois ambas estão desprovidas de qualquer análise mais aprofundada do fenômeno da criminalidade.
Daí a crítica que surge à Escola Clássica é exatamente no sentido de entender que as causas da
criminalidade não são interessantes, mas tão somente o estudo da lei e seus corolários jurídicos,
relegando a segundo plano o estudo do homem delinquente e dos motivos pelos quais ele resolveu
enveredar-se para a delinquência.
A partir dessa brecha surge uma nova escola chamada Escola Positiva de cunho totalmente
investigativo e empírico. É o que estudaremos na sequência.
4 に ESCOLA POSITIVA (POSITIVISTA, CRIMINOLOGIA POSITIVA OU
POSITIVISMO CRIMINOLÓGICO)
4.1 に SURGIMENTO DA ESCOLA POSITIVA
Baseada nas ideias científicas dos Séculos XIX e XX, surgiu como resposta às limitações da Escola
Clássica27.
É que, conforme nos explica Masson28, a Escola Clássica havia conseguido enfrentar com êxito as
barbáries do Absolutismo e o respeito do indivíduo como ser humano já despontava nos países
civilizados. Entretanto, os ambientes políticos e filosófico, em meados do século XIX, revelam grande
preocupação com a luta eficiente contra a crescente criminalidade. Manifestavam-se a necessidade
de defesa da sociedade e os estudos biológicos e sociológicos assumiam relevante importância,
principalmente com as doutrinas evolucionarias de Darwin e Lamarck e sociológicas de Comte e
Spencer.
Nasce a partir disso, a Escola Positiva também é denominada Criminologia Positiva ou Escola
Positivista ou simplesmente Positivismo Criminológico.
É ela que passa a pesquisar as causas da criminalidade.
27 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 94.
28 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 90.
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a. Obra: O HOMEM DELINQUENTE
A obra O homem delinquente, de Cesare Lombroso, foi escrita em 1876, chamando a atenção do
mundo inteiro ao afirmar que o homem não é livre em sua vontade, ao contrário, sua conduta é
determinada por forças inatas.
Noutras palavras, certos fatores biológicos deveriam ser
levados em consideração para aferir o surgimento do crime e
do criminoso.
Foi com Lombroso que se iniciou, de forma científica, a aplicação do método experimental no
estudo da criminalidade. Em trecho retirado de seu famoso livro citado acima, percebe-se33 que
Cesare Lombroso fez sua investigação baseada na antropometria e na fisionomia dos criminosos,
como se destaca no trecho destacado:
さEマ aラヴマ;ゲ ;ミ=ノラェ;ゲ W Wマ キェ┌;キゲ ヮヴラヮラヴNロWゲ <ゲ Sラゲ ゲWノ┗;ェWミゲが ミラゲ Y S;Sラ ミラデ;ヴ ラ┌デヴ;ゲ ;ノデWヴ;NロWゲ ;デ=┗キI;ゲが ゲラHヴWデ┌Sラ S;
face e da base do crânio: sinos frontais enormes, fronte fugidia, fosseta occipital média, soldurado atlas, aspecto viril dos
crânios das mulheres, dupla face articular do côndilo occipital, achatamento do palatino, osso epactal, órbitas volumosas e
oblíquas34くざ
Assim vale ressaltar que, a partir das teses de Lombroso:
Aspectos como fronte fugidia, zigomas salientes, lábios grossos, mãos grandes, orelhas
grandes, insensibilidade à dor, vaidade, crueldade e tendência à tatuagem denotam a
pessoa do criminoso.
Sob as tendências à tatuagem, vale observar35 que, no Brasil, em uma simples visita aos principais
estabelecimentos prisionais pode-se perceber que os detentos cultuam o amor pela tatuagem,
sendo pouquíssimos os casos daqueles que nada desenham no próprio corpo. É comum encontrar
ヮヴWゲラゲ Iラマ デ;デ┌;ェWミゲ Iラマ Sキ┣WヴWゲ Iラマラ さ;マラヴ SW マ?Wざが さ┗キミェ;ミN;ざが さマラヴデWざが ;ノYマ SW SWゲWミエラゲ 
como caveiras, facas e armas de fogo.
Não restam dúvidas que é a cultura delinquente que predomina dentro dos presídios e, nas palavras
do Professor Christiano Gonzaga36が さゲWヴ┗W ヮ;ヴ; キSWミデキaキI;ヴ ┌マ ェヴ┌ヮラ SW ヮWゲゲラ;ゲざく
É a partir de todo esse contexto, levando em consideração os estudos de Lombroso a partir de
aspectos biológicos no ser humano delinquente, que nasceu a expressão criminoso nato.
33 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia. São Paulo:Editora Saraiva. 2018.p. 31.
34 Op. cit., p. 181.
35 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia. São Paulo:Editora Saraiva. 2018.p. 31.
36 Op.cit., p. 31
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 Criminoso Nato
Em breve síntese, para a teoria criminoso nato, o delinquente é predeterminado a
praticar infrações penais por características antropológicas nele presentes de modo
atávico.
Perceba que a tese evidencia que algumas pessoas são simplesmente destinadas a praticar crimes
em razão de fatores biológicos, o que poderia ser evitado, de acordo com os defensores da tese,
com a busca e retirada de indivíduos com essas características inserido na sociedade.
Importante destacar que, além desse estudo investigativo das causas
da criminalidade, a importante contribuição de Lombroso foi
inaugurar o método indutivo ou empírico de investigação do
fenômeno crime.
Portanto, chamamos atenção para tal afirmação, considerando que ela é muito explorada em provas.
Sugerimos a memorização:
IMPORTANTE!!!
LOMBROSO
 Desenvolveu importante estudo INVESTIGATIVO sobre as causas da
criminalidade;
 Inaugurou o método indutivo ou empírico de investigação do fenômeno crime.
Podemos concluir que como demonstrado, o positivismo lombrosiano é marcadamente de um
determinismo biológico, em que a liberdade humana (livre-arbítrio) é uma mera ficção. O homem
não é livre de sua carga genética e não consegue evitar e lutar contra a sua natureza criminógena e
ヮヴWSキゲヮラゲデ; ヮ;ヴ; ラ IヴキマWく Eゲゲ; IラミIWヮN?ラ SW さIヴキマキミラゲラ ミ;デラざ ヮラSW ゲWヴ ┗キゲデ; Iラマラ ┌マ; ゲWマWミデW
para os estudos do chamado Direito Penal de Autor.
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 Direito Penal de Autor
Expressão valorizada na primeira metade do século XX, por meio da Escola Neokantista de Mezger,
que leva em consideração certas características pessoais para eleger alguém como criminoso, como
é o caso de analisar-se a cor da pessoa37.
Neste trecho, de acordo com as considerações do Professor Gonzaga, reproduzimos o trecho do seu
Manual, em que tece considerações acerca dos casos de aplicação do Direito Penal de Autor no
Brasil, sic:
Casos de aplicação do Direito Penal de Autor no Brasil é muito comum, infelizmente, a começar pela população carcerária
composta em sua maioria de pessoas de cor negra, ocorrendo de o próprio sistema penal ser estigmatizante e
discriminatório. Como o objeto de estudo deste livro não tem por espeque adentrar nas mais variadas Escolas do Direito
Penal (Causalista, Neokantista, Finalista e Funcionalista), apenas deve ser ressaltado que o Direito Penal de Autor é algo
que foi iniciado nos estudos dos neokantistas, mas que até hoje perdura na persecução penal, embora não tenha sido
adotada tal escola no Direito Penal brasileiro. Só observar que os controles sociais formais (Polícia, Ministério Público e
Poder Judiciário) atuam com muito mais severidade quando o criminoso é proveniente dos mais baixos estratos sociais,
muito por motivo de sua origem, cor, condição econômica e outras variantes pessoais e biológicas. Em tempo, cumpre
ressaltar que essa preleção de criminalizar certas pessoas por cor ou outra característica pessoal já está sendo superada,
devendo ser valorizadas e enaltecidas as pessoas da raça negra, que atualmente ocupam importantes cargos de poder no
Estado e fora dele, como o ex-Presidente dos Estados Unidos da América Barack Obama; o ex-Presidente do Supremo
Tribunal Federal do Brasil Ministro Joaquim Barbosa; e inúmeros esportistas de elite no cenário mundial, como Michael
Jordan e Tiger Woods, este inclusive em esporte dominado por pessoas de cor branca, para citar alguns apenas.
O crime não pode ter cor, devendo ser levado em consideração o chamado Direito Penal de Ato, ou seja, punir-se a pessoa,
seja branca, seja negra, pelo ato praticado, desconsiderando-se qualquer característica pessoal para fins de eleger-se o
criminoso. É a aplicação precisa da imagem da Justiça com uma venda nos olhos, espada na mão e a balança na outra,
devendo ela ser imparcial (não importa ver quem está sendo julgado), pesar os interesses em litígio e enfiar a espada
naquele que desobedeceu à lei.
Falaremos mais sobre o direito penal do autor durante nossas aulas, por ora, sobre o tema, é
basicamente isso o indispensável.
Agora cumpre-nos destacar outro grande defensor da Escola Positivista, Enrico Ferri. É sobre ele que
estudaremos nas próximas linhas.
4.2.2 に Enrico Ferri
Se Lombroso outrora representava a fase antropológica, Enrico Ferri, por seu turno, empunhava a
bandeira da fase sociológica no Positivismo Criminológico (1856-1929).
Ferri também era italiano, foi político escritor e criminólogo. Destacou elementos sociais no estudo
do criminoso. Enquanto Lombroso deu ênfase ao aspecto antropológico, Ferri assinala uma visão
sociológica do criminoso, não atribuindo, de forma exclusiva, ao fator biológico o surgimento dos
criminosos, mas sim à contribuição conjunta dos fatores individuais, físicos e sociais.
É que na visão do italiano, o crime é, principalmente, um fenômeno social, sendo submetido ao
dinamismo que rege as relações entre as pessoas.
37 Op. cit., p. 31.
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Significa dizer que, na sua ótica, a criminalidade não decorria apenas de fatores físicos, mas também
de determinações antropológicas e sociais. Ou seja, o homem não age como pensa, mas como sente.
Consequentemente o criminoso não é moralmente responsável pela sua conduta, negando o livre
arbítrio. Assim, a responsabilidade moral deveria ser substituída pela social.
Outro destaque é que:
Ferri atribuía à Sociologia Criminal a solução de todos os males causados pelo crime,
dando-se destaque à prevenção do delito por meio de uma ação científica dos poderes
públicos, que deve estudar e analisar a melhor forma de neutralizar o crime, devendo,
inclusive, antecipar-se à sua ocorrência.38.
Noutras palavras, significa dizer que Ferri, atribuía à Sociologia Criminal a solução dos problemas
criminais, deixando de lado a atuação do Direito Penal por considera-lo ultrapassado e limitado
para os temas em voga. Noutro giro, propunha que as soluções desses males criminais podiam ser
solucionadas com participação do estado.
Essa participação, sugerida por Enrico, poderia ser possível através de estudos das causas do delito,
como forma de, acertadamente,inserir a ação pública na origem do problema. Como exemplo,
temos:
 Um estudo prévio das esferas econômica; política, legislativa, religiosa etc.;
 Um diagnóstico social mais preciso acerca dos fatores que
poderiam permitir o crime, evitando assim seu surgimento.
Destacamos duas obras de Enrico Ferri, quais sejam さ“ラIキラノラェキ; Cヴキマキミ;ノ ふヱΓΒヲぶざ W さPヴキミIケヮキラゲ Sラ
DキヴWキデラ PWミ;ノ ふヱΓヲヶぶざ
a. Obra: SOCIOLOGIA CRIMINAL
Enquanto empunhava a bandeira da fase sociologia, Ferri se destacou em sua obra Sociologia
Criminal de 1982.
Classificou os criminosos em: natos, loucos, habituais, de ocasião e por paixão39 e o determinismo
ao crime deveria se chamar periculosidade, exigindo sua neutralização pelo poder punitivo.
38 Op. cit., p. 33.
39 PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Manual esquemático de Criminologia. São Paulo: Saraiva.
2012. p.35.
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A sociedade, para se proteger da criminalidade, deveria agir preventivamente em vez de agir tardia e violentamente.40
Nas palavras do Professor, Gonzaga41, tais criminosos deveriam ser tratados enquanto tais; e tudo
deveria ser feito para evitar o surgimento do crime, utilizando-se até mesmo a pena de morte, caso
as demais medidas preventivas fossem ineficazes.
Tipologia acerca dos delinquentes por Enrico Ferri42
 Nato: era o criminoso conforme a classificação original de Lombroso.
Caracterizava-se por impulsividade ínsita que fazia com que o agente cometesse
o crime por motivos absolutamente desproporcionais à gravidade do delito. Eram
precoces e incorrigíveis, com grande tendência à reincidência.
 Louco: é levado ao crime não somente pela enfermidade mental, mas também
pela atrofia do senso moral, que é sempre a condição decisiva na gênese da
delinquência.
 Habitual: preenche um perfil urbano. É a descrição daquele que nascido e
crescido num ambiente de miséria moral e material começa, desde novo, com
leves faltas (pichações, furtos pequenos e crimes de dano) até uma escalada
obstinada no crime, culminando com graves violações aos bens jurídicos, como
homicídios e roubos com arma de fogo. Pessoa de grave periculosidade e fraca
readaptabilidade, preenche um perfil que se amolda, em grande parte, ao perfil
dos criminosos mais perigosos.
 Ocasional: está condicionado por uma forte influência de circunstâncias
ambientais: injusta provocação, necessidades familiares ou pessoais, facilidade
de execução e comoção pública; não havendo sem tais circunstâncias atividade
delituosa que impelisse o agente ao crime. No delinquente ocasional é menor a
periculosidade e maior a readaptabilidade social, porque ele pratica o crime com
base em fatores externos que não são comuns no cotidiano das pessoas.
 Passional: inclui os criminosos que praticam crimes impelidos por paixões
pessoais, bem como políticas e sociais.
Nas palavras de Ferri43:
さO Iヴキマキミラゲラ ミ;デラ ヮラSW ゲWヴ ┌マ ;ゲゲ;ゲゲキミラ デヴ;ミケ┌キノ;マWミデW ゲWノ┗;ェWマが ┌マ SWヮヴ;┗;Sラ ┗キラノWミデ;マWミデW Hヴ┌デ;ノが ┌マ ヴWaキミ;Sラ
obsceno por conta de uma perversão sexual proveniente de uma defeituosa organização física. Ele pode também ser um
40 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 97.
41 Op. cit., p. 33.
42 Op. cit., p. 33.
43 FERRI, Enrico. Os criminosos na Arte e na Literatura. Porto Alegre: Lenz, 2001. p. 32-35.
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ladrão ou um falsário. A repugnância em apropriar-se do bem alheio, esse instinto lentamente desenvolvido pela vida social
na coletividade, falta-lhe em absoluto (...). Tive ocasião de demonstrar, no estudo psicológico de um homicida nato, que a
aparente regularidade de sua inteligência e de seus sentimentos pode encobrir tão completamente sua profunda
キミゲWミゲキHキノキS;SW マラヴ;ノが ケ┌W ゲW┌ ┗WヴS;SWキヴラ I;ヴ=デWヴ WゲI;ヮ; <ケ┌WノWゲ ケ┌W キェミラヴ;マ ; ヮゲキIラノラェキ; W┝ヮWヴキマWミデ;ノくざ
Medidas de Segurança Apresentadas Por Enrico Ferri
Não se pode esquecer que as medidas de segurança foram uma forma apresentada por Enrico. [E
que a aplicação delas, em tese, é mais fácil e mais apta de controles considerados formais. Ao
contrário do que ocorre com a aplicação das penas privativas de liberdade.
É que, como sabemos, elas exigem todo um formalismo jurídico, tendo em vista a restrição da
liberdade e os direitos e as garantias individuais.
Aqui vale o parêntese44.
Ressalte-se que as medidas de segurança no Código Penal brasileiro (arts. 96 a 99)
seguem a sistemática proposta por Ferri, uma vez que não possuem, ao menos
legalmente (claro que a jurisprudência já vem entendendo que elas não podem ser
perpétuas, na esteira da Súmula 527 do Superior Tribunal de Justiça), prazo
determinado, o que denota o seu caráter extremamente desumano. Todavia, ao menos
a sociedade estará resguardada desses criminosos por um bom tempo, sendo esse o fator
importante para Ferri.
Nesse sentido:
TÍTULO VI
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
Espécies de medidas de segurança
Art. 96. As medidas de segurança são:
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro
estabelecimento adequado;
44 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia. São Paulo:Editora Saraiva. 2018.p. 34.
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II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que
tenha sido imposta.
Imposição da medida de segurança para inimputável
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato
previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
Prazo
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo
mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
Perícia médica
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano
em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
Desinternação ou liberação condicional
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação
anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua
periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente,
se essa providência for necessária para fins curativos.
Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de
especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou
tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior
e respectivos §§ 1º a 4º
Direitos do internado
Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será
submetido a tratamento.
E ainda:
Súmula 527 に STJ: O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite
máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.
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Fechado o parêntese.
Passaremos agora às noções e importâncias apresentadas por Raffaele Garofalo, mas antes, vejam
como Ferri foi explorado em provas.
(Delegado de Polícia/SP-2013)
É IラミゲキSWヴ;Sラ Iヴキ;SラヴS; さ“ラIキラノラェキ; Cヴキマキミ;ノざ W ラ マ;キラヴ ミラマW S; EゲIラノ; Pラゲキデキ┗;く Eゲデ;マラゲ
falando de:
a. Ferri
b. Beccaria
c. Carrara
d. Lombroso
Gabarito: a
4.2.3 に Raffaele Garofalo
Finalmente, cumpre nos apresentar o baluarte da fase Jurídica Positiva, Raffaele Garofalo (1852-
1934), a quem se atribui o positivismo moderado.
Ao contrário do que se estudou em Lombroso e Ferri, nos matizes antropológicos e sociológicos,
respectivamente, Garófalo distanciou-se do pensamento de definir o criminoso, e concentrou-se
na possibilidade encontrar a própria ideia de crime.
Mas não significa que ele abandonou o viés positivista de
estudo, isto é, o método empírico (até porque, essa é a
característica da escola positiva).
Ao contrário, Raffaele foi influenciado pela teoria da
seleção natural e, consequentemente, sustentava que os criminosos não assimiláveis deveriam ser
eliminados por deportação ou morte45. Significa dizer que Garofalo buscava compreender o crime
como algo natural, ou seja, possuidor de certas características nocivas que fazem com que surja o
fenômeno criminoso.
45 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 91.
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a. Obra: CRIMINOLOGIA
Raffaele Garofalo, empregou e imortalizou46 ; W┝ヮヴWゲゲ?ラ さCriminologiaざ デケデ┌ノラ SW ゲ┌; ヮヴキミIキヮ;ノ ラHヴ;
de 1985, conferindo aspectos completamente jurídicos ao movimento.
Em que pese o termo criminologia ter sido usado pela primeira
vez por Paul Topinard, esse termo ganha notoriedade com
Garofalo, que por isso é considerado por muitos o criador de fato
da expressão, compreendendo-a, como a ciência da
criminalidade, do delito e da pena47.
 O tema em provas
(VUNESP / Polícia Civil SP に 2014) A Escola Criminológica que surgiu no Sec. XIX, tendo
entre seus principais autores, Rafaelle Garofalo, e que pode ser dividida em 03 (três)
fases, a seber: aantropologica, sociológica e jurídica é:
a. Escola positiva
b. Terza Scuela
c. Escola de Polícia Criminal ou Moderna Alemã
d. Escola Clássica
e. Escola de Lyon
Gabarito: a
5 - TERZA SCUOLA OU TERCEIRA ESCOLA
Guerreiros,
Passada a fase e o sucesso das ideias positivistas, surgiu uma Escola que harmonizou um pouco dos
ideais da Escola Clássica e da Escola Positivista. Essa Escola ficou conhecida como Terza Scuola ou,
na tradução, Terceira Escola.
46 Op. cit., p. 91.
47 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. Salvador:
Editora JusPodivm, 2018. p. 98.
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Conforme nos explica Christiano Gonzaga 48 , a Terza Scuola desenvolveu alguns postulados já
aflorados por pensadores anteriores, como se fosse um misto de ideias, daí também ela ser chamada
de Escola Eclética ou Intermediária. É muito comum no Direito Penal a existência sempre de três
teorias, sendo a última chamada: de mista, intermediária ou eclética, como no caso do art. 6º, CP,
por exemplo:
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Daí vale lembrar que existem as teorias:
 Da atividade;
 Do resultado e,
 A mista ou da ubiquidade, sendo esta a adotada para efeitos de conceituar o lugar
do crime em situações que envolvam dois países.
Foi a partir desse modelo de pensamento que surge a terceira escola, comportando como grandes
influentes penalistas da época que, inclusive, introduziram também os postulados de Direito Penal,
o que faz com que suas ideias não sejam predominante de Criminologia, são eles: Manuel Carnevale,
Bernardino Alimena e João Impallomeni.
5.1 に PRINCIPAIS REFERÊNCIAS DA TERZA SCUELA: CARNEVALE, ALIMENA E IMPALLOMENI
Como fora dito, Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni, foram os grandes
penalistas que representaram à Terza Scuela.
Os fundamentos fixados por eles foram:
 Distinção entre imputáveis e inimputáveis; responsabilidade moral baseada no
determinismo (quem não tiver a capacidade de se levar pelos motivos deverá
receber uma medida de segurança);
48 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia. São Paulo:Editora Saraiva. 2018.p. 36.
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 Crime como fenômeno social e individual; pena com caráter aflitivo, cuja
finalidade é a defesa social.
Note que há uma mistura de elementos de investigação dos pensamentos anteriores49 e confere um
ar dogmático do Direito Penal para eles, muito em razão de seus expoentes serem penalistas.
No tocante à diferente entre imputáveis e inimputáveis, esta escola confere uma distinção clara de
que a pena criminal deve ser destinada para os imputáveis.
No que se refere a responsabilidade moral, esse pensamento também adveio de Garófalo quando
tratou o criminoso como um elemento que possui um déficit moral, gerando uma dificuldade em ter
comportamentos probos e consonantes com os demais postulados sociais50.
Noutro giro, as medidas de segurança devem destinar-se aos inimputáveis, não sendo possível
aplicar-se as duas espécies de sanções para um determinado grupo de pessoas, como no caso aos
inimputáveis, numa aplicação do chamado sistema duplo binário.
Daí o que se pode concluir, a partir da análise desses elementos é que o Direito Penal está sendo
utilizado para implementar investigações criminológicas, não sendo uma escola puramente de
Criminologia. Resta claro que os dogmas penais são utilizados pelos seus pensadores, o que retira
em muito o caráter empírico e amplo dos estudos criminológicos. Nas palavras de Christiano
Gonzaga51:
Quando se usa postulado de Direito Penal, as amarras dogmáticas são maiores e os conceitos são taxativos e fechados,
impedindo maiores digressões mentais e reflexivas, caindo por terra a necessidade de estudo aprofundado e amparado por
outras áreas do saber para a descoberta e o combate da criminalidade. Mais à frente serão tratados o grande problema do
narcisismo do Direito Penal e os obstáculos para se chegar a um pensamento mais oxigenado e eficaz pelas ciências criminais.
Ainda no estudo dos pontos criados e sopesados por essa escola de pensamento, tem-se a constatação de que o crime é um
fenômeno social e individual.
Ainda no estudo dos pontos criados e sopesados por essa escola de pensamento, tem-se a
constatação de que o crime é um fenômeno social e individual.
Seja como for, a dúvida que permanece é como poderia a Terza
Scuela trazer no mesmo compartimento teórico o método lógico-
abstrato ou dedutivo do Direito Penal com o método empírico ou
indutivo da Criminologia? São temas incompossíveis e de difícil
convivência dentro do mesmo modo de pensar, pois, ao mesmo tempo que se quer investigar
amplamente o fenômeno do crime, encontram-se conceitos fechados de Direito Penal que impedem
o seu correto desenvolvimento52.
49 Op. cit., p. 36.
50 Op. cit., p. 37.
51 Op. cit., p. 36.
52 Op. cit., p. 37.
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Daí a crítica da doutrina 53 em relação a escola que erra por tentar conciliar o inconciliável,
misturando-se conceitos complexos com o fito de tentar ser completa, saindo o tiro pela culatra e
tornando-se uma escola incompleta e cheia de retalhos.
6 に CRIMINOLOGIA INTERACIONISTA: LABELLING APPROACH
A Criminologia Interacionista, foi considerada a escola criminológica mais rica em teorias.
A Criminologia Interacionistaestudava o aspecto social do criminoso e do delinquente. Sua tese,
incluía a responsabilidade da sociedade na contribuição da formatação do criminoso, não sendo o
livre-arbítrio ゲラ┣キミエラが ┌マ; ┗WヴデWミデW I;ヮ;┣ SW I;┌ゲ;ヴ ラ さゲ┌ヴェキマWミデラざ Sラ IヴキマW W Sラ Iヴキマキミラゲラく
A teoria do labelling approach - interacionismo simbólico, etiquetamento, rotulação ou reação
social- surgia nos anos 1960, nos Estados Unidos, suas principais referências foram:
 Erving Goffman e;
 Howard Becker.
Para essa corrente, a criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência
de um processo de estigmatização. Logo, o criminoso só é diferente do homem comum por razões
do rótulo que recebe e do estigma que sofre. Noutras palavras, significa que, nesse modo de pensar
o tema central é o processo de interação em que o indivíduo é chamado de criminoso.
Nesse sentido, Christiano Gonzaga, in verbis:
A sociedade define, por meio dos controles sociais informais, o que se entende por comportamento desviado, isto é, todo
comportamento considerado perigoso, constrangedor, impondo sanções àqueles que se comportarem dessa forma.
Condutas desviantes são aquelas que as pessoas de uma sociedade rotulam às outras que as praticam. A teoria da rotulação
de criminosos cria um processo de estigmatização para os condenados, funcionando a pena como algo que acentua as
desigualdades. Nessa interação estigmatizante, o sujeito acaba sofrendo reação da família, de amigos, conhecidos e colegas,
acarretando a marginalização nos diferentes meios sociais. De forma a ilustrar o pensamento desse importante marco
teórico da Criminologia, pode ser apontado o determinismo como um fenômeno social que cria o criminoso tendo em vista
o local em que ele vive e relaciona-se com outras pessoas. Veja-se o exemplo de um menino que mora numa comunidade
carente. Ora, essa pessoa é vítima constante do Estado, uma vez que não possui os direitos básicos como cidadão, apesar
de a Constituição Federal pugnar em seu art. 6º. Esse mesmo menino tem sua matrícula indeferida na escola local por
ausência de vagas; ele também perde a sua mãe em virtude de uma infecção generalizada adquirida na unidade de pronto-
atendimento da comunidade carente, uma vez que os órgãos sanitários não fizeram a devida fiscalização; por fim, seu pai
é baleado por um policial quando voltava do trabalho, pois fora confundido com um traficante local. O Estado, em vez de
dar educação, saúde e segurança pública, ao contrário, retirou os seus entes queridos de sua convivência.
É por razões como esta, citada no exemplo do Ilmo. Professor, que a fragilização faz do pessoal
alguém vulnerável aos traficantes locais, que muito provavelmente, o assediam para trabalhar,
fazendo com que se torne um criminoso. Significa dizer que o meio social é que o transformou num
criminoso que veio a praticar crimes, sendo o Estado o grande incentivador com sua ausência
constante nos grotões de pobreza.
Foi a partir de realidades como esta, que teorias foram desenvolvidas. A título de exemplo, citamos:
53 Op. cit., p. 37.
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1. Teoria da Coculpabilidade Tradicional e Coculpabilidade às Avessas;
2. Colarinho-Azul, Colarinho-Branco, Cifras Negras e Cifras Douradas;
3. Controles Sociais Informais, Formais e o Bullying.
Considerando que as teorias não são objeto da nossa aula de hoje, seguiremos no estudo da próxima
escola.
7 に ESCOLA DE CHICAGO
A Escola de Chicago inaugurou uma nova fase no estudo criminológico. A escola surgiu com a criação
da Universidade de Chicago 1982.
Na medida em que esta ciência passou a dar espaço à microcriminalidade, passou-se a desenvolver
teorias macrossociais do crime. Logo, aquele viés individualista outrora característico da
criminologia mudou com o advento dos estudos macrossociais.
Bem, certo é que tomando por base o aspecto social da Escola Interacionista, a Escola de Chicago
encara o fenômeno do crime com base na ecologia, ou seja, analisa a arquitetura da cidade como
formadora do comportamento delinquente.
 Delinquency área
Considerada a obra fundamental para a compreensão da distribuição ecológica do crime da cidade
de Chicago é Delinquency areas, de Clifford Shaw(1929).
É que, foi nessa obra que Shaw sistematizou dados oficiais concernentes à delinquência juvenil em
Chicago por décadas.
Seu objetivo inicial era observar os locais urbanos onde nascia a criminalidade ao longo dos anos, de modo a verificar se
existiriam as chamadas áreas criminais (guetos). O primeiro passo foi a coleta de dados, agrupados de acordo com
determinados períodos históricos ou conforme o estatuto jurídico daqueles que compunham as amostras coletadas,
variando de pequenos delinquentes a criminosos adultos (Christiano Gonzaga, 2018. p55).
Foi com subsidio nesse contexto e aliado ao crescimento desordenado da cidade de Chicago que o
estudo das áreas criminais se expandiu do centro para a periferia, numa espécie de movimento
circular centrífugo.
Nesse sentido, observou-se que inúmeros e graves problemas sociais, econômicos e culturais
criaram ambiente favorável à instalação da criminalidade, ainda mais pela ausência de mecanismos
de controle social.
Note que a base da teoria são 03 (três) círculos concêntricos, esse fenômeno também pode ser
chamado de teoria das zonas concêntricas:
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mapeamento da criminalidade, facilitando a compreensão do fenômeno e até mesmo intensificando
a forma mais ágil de combater o crime e o criminoso.55
Conforme ensina Jorge de Figueiredo Dias e Manuel da Costa Andrade,56 essa técnica pode ser
conceituada no seguinte trecho de sua obra, in verbis:
さTヴ;デ;-se de inquéritos que utilizam um interrogatório direto feito, normalmente por uma equipe, a um número considerado
suficiente de pessoas, sobre determinados itens considerados criminologicamente relevantes, sendo os resultados finais
;ヮヴWゲWミデ;Sラゲ Wマ aラヴマ; SW Sキ;ェヴ;マ;くざ
Obviamente, não se pode combater qualquer tipo de crime sem um mapeamento de criminalidade.
Por esta razão, o ideal é que, sempre que haja a necessidade de se estabelecer uma estratégia, esta
deve ser feita segundo parâmetros determinados nesses tipos de inquéritos de larga abrangência,
conhecidos como social surveys.
8 に ESCOLA MINIMALISTA
Guerreiros,
Analisamos as tradicionais escolas da Criminologia. Ocorre que agora, surgem outras duas que são
basicamente extrações das ideias do Direito Penal57, quais sejam, a Minimalista e a Abolicionista.
Iniciaremos, portanto da Escola Minimalistas e, posteriormente, seguiremos para a Escola
abolicionista.
A Escola Minimalista, também é chamada de Minimalismo penal ou Direito penal Mínimo e é
considerada uma das 03 principais vertentes da Criminologia Crítica. Para se ter noção de tamanha
importância, é o seu movimento ideológico que atribui ao Direito Penal apenas a tutela dos bens
jurídicos mais importantes, ou seja, indispensável ao convívio social.
Paulo Queiroz58 nos ensina que a corrente minimalista pode ser dividida em 02 vertentes, quais
sejam:
1. MINIMALISMO RADICAL;
2. MINIMALISMO MODERADO.
55 Op. cit., p. 57.
56 DIAS, Jorge de Figueiredo; ANDRADE, Manuel da Costa. Criminologia: o homem delinquente e a
sociedade criminógena. Portugal: Coimbra Editora, 2013. p. 119.
57 Op. cit., p. 91.
58 QUEIROZ, Paulo. Direito Penal: Parte Geral. Rio de Janeiro: Editora Lumem Juris, 2008. p.97.
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prescreve claramente que os fins da pena são de duas espécies, quais sejam, a prevenção geral e a
prevenção especial. Vejamos:
CAPÍTULOIII
DA APLICAÇÃO DA PENA
Fixação da pena
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos
motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá,
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.
Isso significa que:
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se sugere a redução ou até mesmo a abolição dos presídios elgas, holandeses e
noruegueses.
 Na evolução histórica do abolicionismo, não se pode deixar de citar o escólio de
Nils Christie, para quem o sistema carcerário é um método que tem por fim
exclusivo causar dor e sofrimento, sem nenhum viés de ressocialização e proteção
social.
Guerreiros, encerrado o tema da nossa aula sobre as Escolas Criminológicas, chegou a hora de
colarmos em prática o que aprendemos resolvendo questões, mas antes que tal um intervalo?
10 に QUESTÕES
10.1 に LISTA DE QUESTÕES
 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA SE に 2018)
Em seu início, a sociologia criminal buscava associar a gênese delituosa a fatores biológicos.
Posteriormente, ela passou a englobar as chamadas teorias macrossociológicas, que não se
limitavam à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas
consideravam a sociedade como um todo.
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir, relativo a teorias
sociológicas em criminologia.
Relacionada a movimentos conservadores e a orientações políticas também conservadoras, a
teoria sociológica do conflito considera que a harmonia social advém da coerção e do uso da
força, pois as sociedades estão sujeitas a mudanças contínuas e são predispostas à dissolução.
a. Certo
b. Errado
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 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA SE に 2018)
Em seu início, a sociologia criminal buscava associar a gênese delituosa a fatores biológicos.
Posteriormente, ela passou a englobar as chamadas teorias macrossociológicas, que não se
limitavam à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas
consideravam a sociedade como um todo.
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir, relativo a teorias
sociológicas em criminologia.
Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por
duas visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito.
a. Certo
b. Errado
 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA SE に 2018)
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgue o item seguinte.
Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete a esta
facilitar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação em preceitos normativos,
incumbindo-se de converter a experiência criminológica em proposições jurídicas, gerais e
obrigatórias.
a. Certa
b. Errada
 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DF -2018)
A chamada criminalidade do colarinho branco foi assim designada de forma pioneira no âmbito
da teoria criminológica
a. da criminologia crítica, a partir dos estudos de Baratta.
b. do libelling aproach, a partir da obra de Becker.
c. da associação diferencial, a partir da obra Shutterland.
d. da discriminação simbólica, a partir da obra de Crane.
e. do cálculo racional, a partir dos estudos de Forman.
 (UEG/DELEGADO DE POLÍCIA GO に 2018)
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Para a criminologia positivista, a criminalidade é uma realidade ontológica, pré-constituída ao
direito penal, ao qual cabe tão somente reconhecê-la e positivá-la. Neste sentido, tem-se o
seguinte:
a. Em seus primeiros estudos, Cesare Lombroso encontrou no atavismo uma explicação
para relacionar a estrutura corporal ao que chamou de criminalidade habitual.
b. A periculosidade, ou temeritá, tal como conceituada por Enrico Ferri, foi definida como
a perversidade constante e ativa a recomendar que esta, e não o dano causado, a
medida de proporcionalidade de aplicação da pena.
c. Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos
naturais
d. Nos marcos do pensamento criminológico positivista, Enrico Ferri, embora discípulo de
Lombroso, abandonou a noção de criminalidade centrada em causas de ordem biológica,
passando a considerar como centrais as causas ligadas à etiologia do crime, sendo estas:
as individuais, as físicas e as sociais.
e. Enrico Ferri e Cesare Lombroso, recorrendo à metáfora da guerra contra o delito,
sustentaram a possibilidade de aplicação das penas de deportação ou expulsão da
comunidade para aqueles que carecessem do sentido de justiça ou o tivessem aviltado.
 (UEG/DELEGADO DE POLÍCIA GO に 2018)
Tendo a obra O Homem Deliquente, de Cesare Lombroso (1836-1909), como fundante da
Criminologia surgida a partir da segunda metade do século XIX, verifica-se que, segundo a
sistematização realizada por Enrico Ferri (1856-1929), o pensamento criminológico positivista
assenta-se, dentre outras, na tese de que
a. O livre arbítrio é um conceito chave para o direito penal.
b. Os chamados delinquentes poderiam ser classificados como loucos, natos, morais,
passionais e de ocasião.
c. A defesa social é tomada como o principal objetivo da justiça criminal.
d. A responsabilidade social, tida como clássica, deveria ser substituída pela categoria da
responsabilidade moral para a imputação do delito.
e. A natureza objetiva do crime, mais do que a motivação, deve ser base para medida da pena.
 (UEG/DELEGADO DE POLÍCIA GO に 2018)
さOゲ a;デラゲ ゲ?ラ ゲキマヮノWゲく ぷくくくへ ;マHラゲ aラヴ;マ ヮヴWゲラゲ Wマ ゲ┌;ゲ I;ゲ;ゲ ミラ キミケIキラ S; マ;ミエ? SW ヲヵ SW
fevereiro, e permaneceram em custódia por várias horas. Enquanto encontravam-se detidos,
representantes do Departamento de Justiça [...], sem qualquer autoridade, foram até o
escritório de sua companhia e fizeram uma varredura completa de todos os livros, papéis e
documentos encontrados ali. Todos os funcionários foram levados para o escritório do
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Procurador Distrital, o que também foi feito com os livros, etc. apreendidos. Um pedido foi
feito o mais depressa possível para o Tribunal Distrital para a devolução do que teria sido
apreendido ilegalmente. [...]
A proposição em questão não pode ser mais clara. [...] A essência de uma disposição que proíbe
a aquisição de provas de certa forma é que não apenas as provas assim adquiridas não serão
┌ゲ;S;ゲ ヮWヴ;ミデW ; CラヴデWが マ;ゲ ケ┌W ミ?ラ ゲWヴ?ラ ┌ゲ;S;ゲ SW aラヴマ; ;ノェ┌マ;くざ
O excerto acima, retirado de um julgamento realizado pela Suprema Corte dos Estados Unidos
da América, traça as ideias fundamentais da teoria
a. da cegueira deliberada (willful blindness ou Nelsonian knowledge).
b. dos frutos da árvore venenosa (fruit of the poisonous tree).
c. do nexo causal atenuado (purged taint doctrine).
d. do domínio do fato (Mittelbare Täterschaft).
e. da negação plausível (plausible deniability).
 (VUNESO/DELEGADO DE POLÍCIA SP-2018)
No que concerne às Escolas Penais, é correto afirmar que a
a. さPラゲキデキ┗;ざ WミデWミSW ケ┌W ラ IヴキマW SWヴキ┗; SW IキヴI┌ミゲデ>ミIキ;ゲ HキラノルェキI;ゲ ラ┌ ゲラIキ;キゲが デWミSラ ゲキSラ
defendida por Feuerbach.
b. さLラマHヴラゲキ;ミ;ざ ;IヴWSキデ;ケ┌W ラ エラマWマ Y ヴ;Iキラミ;ノ W ミ;ゲIW ノキ┗ヴWが ゲWミSラ ラ IヴキマW aヴ┌デラ SW
uma escolha errada, concepção hipotetizada por Lombroso e também por Ferri.
c. さCノ=ゲゲキI;ざ WミデWミSW ケ┌W ; ヮWミ; Y マWSキS; ヮヴラaキノ=デキI;が SW I┌ヴ;が ヮWミゲ;マWミデラ Sキa┌ミSキSラ ヮラヴ
Carmignani.
d. さPラゲキデキ┗;ざ ミ;ゲIW Wマ Iラミデヴ;ヮラゲキN?ラ <ゲ キSWキ;ゲ SW LラマHヴラゲラが SWaWミSW ラ ミ;デ┌ヴ;ノキゲマラ-
racional e tem em Garofalo um de seus doutrinadores.
 (VUNESO/AGENTE DE POLÍCIA SP-2018)
A teoria sociológica da criminalidade que teve, entre seus principais autores, Émile Durkheim
e Robert Merton é conhecidamente denominada na criminologia como
a. Escola de Chicago.
b. Teoria Ecológica do Crime.
c. Labeling approach ラ┌ さWデキケ┌Wデ;マWミデラざく
d. Associação Diferencial.
e. Anomia.
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 (VUNESP/AGENTE DE POLÍCIA SP-2018)
Os conceitos básicos de さSWゲラヴェ;ミキ┣;N?ラ ゲラIキ;ノざ W SW さ=ヴW;ゲ SW SWノキミケ┌ZミIキ;ざ ゲ?ラ
desenvolvidos e relacionados com o fenômeno criminal de modo preponderante, por meio da
teoria sociológica da criminalidade, denominada como
a. Escola de Chicago.
b. Subcultura Delinquente.
c. Associação Diferencial.
d. Anomia.
e. Labeling approach ラ┌ さWデキケ┌Wデ;マWミデラざく
 (VUNESP/ AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA SPに 2018)
Assinale a alternativa correta em relação ao método da criminologia.
a. á Iヴキマキミラノラェキ; ┌デキノキ┣; ┌マ マYデラSラ ノルェキIラが ;Hゲデヴ;デラ W SWS┌デキ┗ラく
b. A criminologia limキデ; キミデWヴWゲゲ;S;マWミデW ; ヴW;ノキS;SW Iヴキマキミ;ノ ふS; ケ┌;ノが ヮラヴ IWヴデラが ゲル デWマ
┌マ; キマ;ェWマ aヴ;ェマWミデ;S; W ゲWノWデキ┗;ぶが ラHゲWヴ┗;ミSラど; ゲWマヮヴW ゲラH ラ ヮヴキゲマ; Sラ マラSWノラ
デケヮキIラ Wゲデ;HWノWIキSラ ミ; ミラヴマ; テ┌ヴケSキI;く
c. A criminologia analisa dados e induz as correspondentes conclusõeゲが ヮラヴYマ ゲ┌;ゲ
エキヮルデWゲWゲ ゲW ┗WヴキaキI;マ に W ゲW ヴWaラヴN;マ に ゲWマヮヴW ヮラヴ aラヴN; Sラゲ a;デラゲ ケ┌W ヮヴW┗;ノWIWマ
sobre os argumentos puramente subjetivos.
d. á Iヴキマキミラノラェキ; ┌デキノキ┣; Iラマラ マYデラSラ ; ラヴSWミ;N?ラ W ; ラヴキWミデ;N?ラ SW ゲ┌;ゲ IラミIノ┌ゲロWゲ Iラマ
;ヮラキラ Wマ ┌マ; ゲYヴキW SW IヴキデYヴキラゲ ;┝キラノルェキIラゲ ふ┗;ノラヴ;デキ┗ラゲぶ a┌ミS;Sラゲ ミラ SW┗Wヴ-ser.
e. OマYデラSラ H=ゲキIラ S; Iヴキマキミラノラェキ; Y ラ Sラェマ=デキIラき W ゲW┌ ヮヴラIWSWヴが ラ SWS┌デキ┗ラ ゲキゲデWマ=デキIラく
 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO AM- 2018)
O funcionalismo na criminologia
a. surge com a dogmática contemporânea alemã e suas inovações em matéria de
prevenção do delito.
b. reúne as escolas que se enquadram na crítica à guerra às drogas e o consequente
controle social da pobreza que engendra.
c. opôs-se à Escola Positivista ao propor um modelo social baseado no conflito e no papel
do sistema penal na luta de classes.
d. fundamenta os movimentos de lei e ordem e de tolerância zero surgidos na Europa na
década de 1980.
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e. defende que a pena tem como função a manutenção da coesão e harmonia social em
um quadro social caracterizado pelo consenso.
 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO AM- 2018)
Ficaria claro, com ele, que a maneira pela qual as sociedades e suas instituições reagem diante
de um fato é mais determinante para defini-lo como delitivo ou desviado do que a própria
natureza do fato (...).
(Adaptado de: ANITUA, Gabriel Ignacio. Histórias dos pensamentos criminológicos. Rio de
Janeiro: Revan, 2008, p. 588)
A teoria criminológica descrita na passagem acima é conhecida por
a. Escola de Chicago.
b. Associação Diferencial.
c. Escola Positivista.
d. Reação Social.
e. Garantismo Penal.
 (VUNESP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL に 2018)
A atuação da polícia judiciária ao investigar e prender infratores acaba por contribuir com a
inserção do infrator no sistema de justiça criminal, inserindo-ラ Wマ ┌マ; さWゲヮキヴ;ノざ ケ┌W ラ
impedirá de retornar à situação anterior sendo, para sempre, definido como criminoso.
Essa afirmação se relaciona, preponderantemente, com qual teoria sociológica da
criminalidade?
a. Janelas quebradas.
b. Etiquetamento Social.
c. Anomia.
d. Subcultura.
e. Ecológica do crime.
 (VUNESP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL に 2018)
Com relação às teorias sociológicas da criminalidade, é correto afirmar que
a. a teoria do autocontrole sustenta que as falhas ou negligências na educação em casa,
familiar não são causas preponderantes do crime.
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b. a teoria da anomia vê o delito como um fenômeno normal da sociedade e não como
algo necessariamente ruim.
c. a teoria da associação diferencial foi a primeira a refutar a existência dos crimes de
colarinho branco.
d. a teoria da anomia estabelece que a conduta criminal é algo que se aprende.
e. a teoria da associação diferencial defende que os indivíduos adquirem (ou não) a
capacidade de controle da impulsividade e imediatismo (autocontrole) por meio da
socialização familiar.
 (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL MG に 2008)
さá Iヴキマキミラノラェキ; IラミデWマヮラヴ>ミW;が Sラゲ ;ミラゲ ンヰ Wマ Sキ;ミデWが ゲW I;ヴ;IデWヴキ┣; ヮWノ; デWミSZミIキ; ;
superar as teorias patológicas da criminalidade, ou seja, as teorias baseadas sobre as
características biológicas e psicológicas que diferenciariam os sujeitos けIヴキマキミラゲラゲげ Sラゲ
キミSキ┗ケS┌ラゲ けミラヴマ;キゲげが W ゲラHヴW ; ミWェ;N?ラ Sラ ノキ┗ヴW ;ヴHケデヴキラが マWSキ;ミデW ┌マ ヴケェキSラ SWデWヴマキミキゲマラく
Essas teorias eram próprias da criminologia positivista que, inspirada na filosofia e na
psicologia do positivismo naturalista, predominou entre o final do século passado e princípios
SWゲデWくざ Bá‘áTTáが áノWゲゲ;ミSヴラく Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal. Introdução à
sociologia do Direito Penal. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia. p.
29. (Coleção Pensamento Criminológico)
Numere as seguintes assertivas de acordo com a ideia de criminologia que representam,
utilizando:
(1) para a criminologia positivista e
(2) para a escola liberal clássica do direito penal.
( ) Assumia uma concepção patológica da criminalidade.
( ) Considerava a criminalidade como um dado pré-constituído às definições legais de certos
comportamentos e certos sujeitos.
( ) Não considerava o delinquente como um ser humano diferente dos outros.
( ) Objetivava uma política criminal baseada em princípios como os da humanidade, legalidade
e utilidade.
( ) Pretendia modificar o delinquente.
A sequência que expressa a associação CORRETA, de cima para baixo, é:
a. 1, 1, 2, 2, 1.
b. 1, 2, 1, 2, 2.
c. 2, 2, 1, 1, 1.
d. 2, 1, 2, 2, 2.
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 (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL MG に 2008)
さC;HW SWaキミキヴ ; Cヴキマキミラノラェキ; Iラマラ IキZミIキ; WマヮケヴキI; W キミデWヴSキゲIキヮノキミ;ヴが ケ┌W ゲW ラI┌ヮ; Sラ Wゲデ┌Sラ
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e
que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e
variáveis principais do crime に contemplado este como problema individual e como problema
social -, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de
intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta
;ラ SWノキデラざく Eゲデ; ;ヮヴWゲWミデ;N?ラ ;ラ IラミIWキデラ SW Cヴキマキミラノラェキ; ;ヮヴWゲWミデ;が SWゲSW ノラェラが ;ノェ┌マ;ゲ S;ゲ
características fundamentais do seu método (empirismo e interdisciplinaridade), antecipando
o objeto (análise do delito, do delinquente, da vítima e do controle social) e
suas funções (explicar e prevenir o crime e intervir na pessoa do infrator e avaliar os diferentes
modelos de resposta ao crime). MOLINA, Antônio G.P.; GOMES, Luiz F.; Criminologia; 6. ed.
reform., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais. p. 32.
Sobre o método, o objeto e as funções da criminologia, considera-se:
I. A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como um
enfrentamento entre adeptos de métodos distintos;de um lado, os partidários do método
abstrato, formal e dedutivo (os clássicos) e, de outro, os que propugnavam o método empírico
e indutivo (os positivistas).
II. Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a progressiva
ampliação e problematização do seu objeto.
III. A criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo sobre o
problema criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a respeito dele, pois, com o
tempo e o progresso, as teorias se superam.
Estão CORRETAS as assertivas indicadas em:
a. I e II, apenas.
b. I e III, apenas.
c. I, II e III.
d. II e III, apenas.
 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO RS-2018)
A legislação penal brasileira considera típico o ato de pichação (art. 65 da Lei n° 9.605/98 e Lei
n° 12.408/11). Contudo, tal comportamento humano é percebido de formas diversas na
sociedade, podendo também ser interpretado como arte de rua. Nesse sentido, tal
interferência na paisagem urbana pode ser compreendida a partir de uma criminologia
a. Iluminista, que afirma o delito como desvio não aceito pelo Rei, que na atualidade é
representado pelo Estado.
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b. Fenomenal, que desdobra a história do direito penal e o relaciona às tendências
punitivistas contemporâneas.
c. Biológica, que condiciona o conhecimento do ilícito e a capacidade de
autodeterminação do agente à evolução da espécie humana.
d. Defensivista, que pretende justificar a criminalização do comportamento ilícito na
proteção dos bens coletivos.
e. Cultural, que introduz a estética e a dinâmica da vida cotidiana do século XXI na
investigação criminológica.
 (VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA BA-2018)
Em relação ao conceito de crime, de criminoso e de pena nas diversas correntes do
pensamento criminológico e ao desenvolvimento científico de seus modelos teóricos, é correto
afirmar:
a. A criminologia científica nasceu no ambiente do século XVIII, recebendo contribuições
da Escola Positivista, mas ganhando contornos mais precisos com a Escola Clássica.
b. A criminologia crítica compreende que a finalidade da sociedade é atingida quando há
um perfeito funcionamento das suas instituições, de forma que os indivíduos
compartilhem as regras sociais dominantes.
c. As teorias desenvolvidas nas escolas positivistas a partir do método dedutivo buscaram
maximizar as garantias individuais na persecução penal e fora dela.
d. No pensamento criminológico das escolas clássicas, identifica-se uma grande
preocupação com os conceitos de crime e pena como entidades jurídicas e abstratas de
modo a estabelecer a razão e limitar o poder de punir do Estado.
e. Os modelos teóricos de integração que compõem a criminologia tradicional partem da
premissa de que toda a sociedade está, a cada momento, sujeita a processos de
mudança, exibindo dissensão e conflito, haja vista que todo elemento em uma
sociedade contribui, de certa forma, para sua desintegração e mudança. Sendo assim, a
sociedade é baseada na coerção de alguns de seus membros por outros.
 (VUNESP/DEFENSOR PÚBLICO RO に 2017)
Assinale a alternativa correta em relação aos estudos e contribuições de Lombroso para o
desenvolvimento histórico da criminologia.
a. Fundadas nas demonstrações de Lombroso, todas as teorias criminológicas defendem
que não se deve punir aqueles que cometem crimes em virtude do determinismo
genético e biológico.
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b. As ideias desenvolvidas por Lombroso fundamentaram as bases da teoria do
distanciamento.
c. Lombroso sustentava que era de suma importância estudar as circunstâncias do delito
em detrimento do delinquente.
d. Os estudos de Lombroso inserem-se no contexto de ideias que contrapõem o conceito
de livre arbítrio.
e. Os estudos desenvolvidos por Lombroso demonstram-se como um retrocesso às ideias
e conceitos da Escola Clássica, motivo pelo qual não contribuíram para o
desenvolvimento da Criminologia como ciência.
 VUNESP/DEFENSOR PÚBLICO SC に 2017)
Sobre a criminologia positivista:
a. Ficou consagrada nos Estados Unidos com a obra Delinquent Boys, de Albert Cohen.
b. Foi a primeira manifestação de ruptura com a criminologia do consenso do Iluminismo.
c. A despeito da metodologia correta, os resultados de Lombroso não foram corretos.
d. Sua recepção no Brasil teve ressonância principalmente nos estudos das tribos indígenas
e suas relações criminosas.
e. No Brasil seu desenvolvimento reforçou cientificamente o racismo.
 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA GO に 2018)
Em busca do melhor sistema de enfrentamento à criminalidade, a criminologia estuda os
diversos modelos de reação ao delito. A respeito desses modelos, assinale a opção correta.
a. De acordo com o modelo clássico de reação ao crime, os envolvidos devem resolver o
conflito entre si, ainda que haja necessidade de inobservância das regras técnicas
estatais de resolução da criminalidade, flexibilizando-se leis para se chegar ao
consenso.
b. Conforme o modelo ressocializador de reação ao delito, a existência de leis que
recrudescem o sistema penal faz que se previna a reincidência, uma vez que o infrator
racional irá sopesar o castigo com o eventual proveito obtido.
c. Para a criminologia, as medidas despenalizadoras, com o viés reparador à vítima,
condizem com o modelo integrador de reação ao delito, de modo a inserir os
interessados como protagonistas na solução do conflito.
d. A fim de facilitar o retorno do infrator à sociedade, por meio de instrumentos de
reabilitação aptos a retirar o caráter aflitivo da pena, o modelo dissuasório de reação ao
crime propõe uma inserção positiva do apenado no seio social.
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e. O modelo integrador de reação ao delito visa prevenir a criminalidade, conferindo
especial relevância ao ius puniendi estatal, ao justo, rápido e necessário castigo ao
criminoso, como forma de intimidação e prevenção do crime na sociedade.
 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO ES に 2016)
A história da administração penal, várias épocas podem ser destacadas, durante as quais
vigoraram sistemas de punição completamente diferentes. Indenização (penance) e fiança
foram os métodos de punição preferidos na Idade Média. Eles foram sendo gradativamente
substituídos por um duro sistema de punição corporal e capital que, por sua vez, abriu caminho
para o aprisionamento, em torno do século XVII.
(RUSCHE, Georg; KIRCHHEIMER, Otto. Punição e estrutura social. 2.ed. Rio de Janeiro: Revan,
2004, p. 23)
a. De acordo com o clássico trabalho de Rusche e de Kirchheimer de 1939, é correto
afirmar:
b. A pena de prisão foi tida pelos autores como uma forma positiva de adaptação dos
trabalhadores ao sistema produtivo, trazendo a ressocialização ao centro do sistema
punitivo.
c. O surgimento da prisão como forma hegemônica de punição da modernidade foi uma
conquista iluminista de humanização das penas frente à barbárie da Idade Média.
d. Os autores podem ser classificados como membros da Escola de Chicago, dominante no
período de publicação da obra.
e. As relações entre mercado de trabalho, sistema punitivo e cárcere são próprios da
criminologia crítica, que surgiu na década de 1960 e foi a principal escola de oposição a
Rusche e Kirchheimer.
f. A pena de prisão é relacionada ao surgimento do capitalismo mercantil, com a
consequente necessidade de disciplina da mão de obra para beneficiar interesses
econômicos.
 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO ES に 2016)
Sobre a escola positivista da criminologia, é correto afirmar:
a. A escola positivista ainda não chega a considerar a concepção da pena como meio de
defesa social,que é própria de escolas mais modernas da criminologia.
b. Sua recepção no Brasil recebeu contornos racistas, notadamente no trabalho
antropológico de Nina Rodrigues.
c. É uma escola criminológica ultrapassada e que já influenciou a legislação penal brasileira,
mas que após a Constituição Federal de 1988 não conta mais com institutos penais
influenciados por esta corrente.
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d. Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado um autor da
escola positivista, que possui viés médico e antropológico.
e. O método positivista negava a importância da pesquisa empírica, que possivelmente a
levaria a resultados diversos daqueles encontrados pelos seus autores.
 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA ES-2016)
Os objetos de investigação da criminologia incluem o delito, o infrator, a vítima e o controle
social. Acerca do delito e do delinquente, assinale a opção correta.
a. Para a criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente do sistema econômico;
culpável é a sociedade capitalista.
b. Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou pelo mal, embora
pudesse escolher pela observância e pelo respeito à lei.
c. Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de dirigir livremente os
seus atos: ele necessita ser compreendido e direcionado, por meio de medidas
educativas.
d. Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga hereditária,
nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia.
e. A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos elementos para conceituar crime:
ação típica, ilícita e culpável.
 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA ES-2016)
A criminologia moderna
a. é uma ciência normativa, essencialmente profilática, que visa oferecer estratégias para
minimizar os fatores estimulantes da criminalidade e que se preocupa com a repressão
social contra o delito por meio de regras coibitivas, cuja transgressão implica sanções.
b. ocupa-se com a pesquisa científica do fenômeno criminal ね suas causas, características,
sua prevenção e o controle de sua incidência ね, sendo uma ciência causal-explicativa
do delito como fenômeno social e individual.
c. ocupa-se, como ciência causal-explicativa-normativa, em estudar o homem delinquente
em seu aspecto antropológico, estabelece comandos legais de repressão à
criminalidade e despreza, na análise empírica, o meio social como fatores criminógenos.
d. é uma ciência empírica e normativa que fundamenta a investigação de um delito, de um
delinquente, de uma vítima e do controle social a partir de fatos abstratos apreendidos
mediante o método indutivo de observação.
e. possui como objeto de estudo a diversidade patológica e a disfuncionalidade do
comportamento criminal do indivíduo delinquente e produz fundamentos
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epistemológicos e ideológicos como forma segura de definição jurídico-formal do crime
e da pena.
 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO MA に 2015)
As escolas penais são as diversas correntes filosófico-jurídicas sobre crimes e punições surgidas
no período moderno. Na compreensão da filosofia e dos princípios que regem o direito penal
contemporâneo é preciso que se tenha uma visão do processo histórico que os precedeu.
Considere as assertivas abaixo:
I. A Escola Clássica propugna uma restauração da dignidade humana e o direito do cidadão
perante o Estado, fundamentando-se no individualismo. Destaca-se pela aproximação do
jusnaturalismo e contratualismo. II. A Escola Positiva é uma reação à Escola Clássica e reorienta
estudos criminológicos. Opondo-se ao individualismo da Escola Clássica, defende o corpo social
contra a ação do agente criminoso, priorizando os interesses sociais em relação aos individuais.
III. A Escola Correlacionista harmoniza as teorias classicista e positivista. Propugna uma
metodologia simplificada do estudo do fenômeno delito e introduz o conceito de humanização
da pena. IV. A Escola Alemã destaca-se pelo estudo do delito como um fenômeno humano-
social e fato jurídico. A pena para esta teoria é finalística, coexistindo o caráter retributivo e
preventivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a. III e IV.
b. I, II e III.
c. I, III e IV.
d. I, II e IV.
e. II.
 (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA SP に 2014)
A escola criminológica que surgiu no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Rafaelle
Garofalo, e que pode ser dividida em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é a:
a. Escola Positiva.
b. Terza Scuola Italiana.
c. Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
d. Escola Clássica.
e. Escola de Lyon.
 (VUNESP/MÉDICO LEGISTA PCSP -2014)
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Aqueles que atribuem à pena privativa de liberdade função de prevenir a infração penal
unicamente através da segregação do delinquente são adeptos da teoria que defende a função
________ da pena.
Completa corretamente a lacuna:
a. retributiva
b. preventiva especial positiva
c. preventiva geral negativa
d. preventiva geral positiva
e. preventiva especial negativa
 (VUNESP/MÉDICO LEGISTA PCSP -2014)
O a┌ミS;Sラヴ S; WゲIラノ; SWミラマキミ;S; さヮラゲキデキ┗キゲマラ IヴキマキミラノルェキIラざ W ラ デWルヴキIラ キミゲヮキヴ;Sラヴ S; TWラヴキ;
da Anomia são, respectivamente,
a. V. Lizt e Kardec.
b. Carrara e Parsons.
c. Beccaria e Ohlin.
d. Lombroso e Durkheim.
 (VUNESP/PERITO CRIMINAL SP に 2013)
Assinale a alternativa correta.
a. A Teoria do Controle postula que o crime ocorre como resultado de um equilíbrio entre
os impulsos em direção à atividade criminosa e os controles éticos ou morais que a
detêm. Interessa-se principalmente pelas motivações que os indivíduos possuem para
executar os crimes.
b. A Escola de Buffalo é o berço da moderna Sociologia americana.
c. A moderna Sociologia Criminal contempla o fato delitivo invariavelmente como
さaWミレマWミラ ミ;デ┌ヴ;ノざ W ヮヴWデWミSW explicá-lo em função de um determinado marco jurídico.
d. A Teoria Estrutural-Funcionalista explica o efeito criminógeno das grandes cidades,
valendo-se dos conceitos de desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos
urbanos e, sobretudo, invocando o debilitamento do controle social nestes núcleos.
e. Teorias do Conflito, tradição na Sociologia Criminal norte-americana, pressupõem a
existência, na sociedade, de uma pluralidade de grupos e subgrupos que,
eventualmente, apresentam discrepâncias em suas pautas valorativas.
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 (VUNESP/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL SP に 2013)
Cesare Lombroso (1835~1909), médico e cientista italiano, foi considerado um dos expoentes
da corrente de pensamento denominada
a. Escola Positiva.
b. Escola Clássica.
c. Escola Jusnaturalista.
d. Terza Scuola.
e. Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
 (VUNESP/PAPILOSCOPISTA PCSP に 2013)
Pode-se afirmar que estão entre os princípios fundamentais da escola clássica da criminologia:
o crime, na escola clássica, é um ente jurídico, não é uma ação, mas sim uma infração; a
punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio; adota-se o método e raciocínio lógico-dedutivo.
a. a pena, que é um instrumento de defesa social; a escola clássica, que se utiliza do
método indutivo-experimental; os objetos de estudo da ciência penal, que são o crime,
o criminoso, a pena e o processo.
b. o crime é visto como um fenômeno social e individual na escola clássica; a pena tem
caráter aflitivo, cuja finalidade é a defesa social.
c. o direito penal,que é uma obra humana; a responsabilidade social que decorre do
determinismo social; o delito, que é um fenômeno natural e social.
d. a distinção entre imputáveis e inimputáveis existente na escola clássica; a
responsabilidade moral baseada no determinismo (quem não tiver a capacidade de se
levar pelos motivos deverá receber uma medida de segurança).
 (VUNESP/ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL SP)
A microcriminologia, também conhecida por criminologia
a. do desenvolvimento, dedica-se ao estudo, centrado no comportamento criminoso do
indivíduo, ao longo de sua vida.
b. geral, dedica-se ao estudo sociológico do crime.
c. aplicada, dedica-se às pesquisas de cunho acadêmico.
d. clínica, estuda a pessoa do criminoso, em busca de sua ressocialização.
e. analítica, estuda as relações entre as ciências sociais e as políticas de segurança pública.
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 (FCC/ DEFENSOR PÚBLICO PR に 2012)
São características principais da moderna Criminologia, EXCETO:
a. “┌Hゲデキデ┌キ ラ IラミIWキデラ さデヴ;デ;マWミデラざ ふIラミラデ;N?ラ IノケミキI; W キミSキ┗キS┌;ノぶ ヮラヴ さキミデWヴ┗WミN?ラざ
(conotação dinâmica, complexa e pluridimensional).
b. P;ヴデW S; I;ヴ;IデWヴキ┣;N?ラ Sラ IヴキマW Iラマラ さヮヴラHノWマ;ざ ふa;IW エ┌マ;ミ; W Sラノラヴラゲ; Sラ SWノキデラぶく
c. Amplia o âmbito tradicional da Criminologia ao adicionar o delinquente e o delito ao seu
objeto de estudo.
d. áIWミデ┌; ; ラヴキWミデ;N?ラ さヮヴW┗WミIキラミキゲデ;ざ Sラ ゲ;HWヴ IヴキマキミラノルェキIラが diante da obsessão
repressiva explícita de outros modelos convencionais.
e. Destaca a análise e a avaliação dos modelos de reação ao delito como um dos objetos da
Criminologia.
 (MPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SC に 2012)
I に Entre os princípios fundamentais da Escola de Chicago, liderada por Marc Ancel, encontra-
se a afirmação de que o crime é um ente jurídico, o fundamento da punibilidade é o livre-
arbítrio, a pena é uma retribuição ao mal injusto causado pelo crime e nenhuma conduta pode
ser punida sem prévia cominação legal.
II に São princípios informadores do direito penal mínimo: insignificância, intervenção mínima,
proporcionalidade, individualização da pena e humanidade.
III に A Criminologia Crítica, além da consideração de um determinismo econômico, introduz o
contexto sociológico, político e cultural para explicar a delinqüência e também o próprio direito
penal.
IV に A Teoria da Retribuição, também chamada absoluta, concebe a pena como o mal injusto
com que a ordem jurídica responde à injustiça do mal praticado pelo criminoso, seja como
retribuição de caráter divino (Stahl, Bekker), ou de caráter moral (Kant), ou de caráter jurídico
(Hegel, Pessina).
V に A Escola de Política Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne entre os seus postulados a
distinção entre imputáveis e inimputáveis - prevendo pena para os "normais" e medida de
segurança para os "perigosos" - e a eliminação ou substituição das penas privativas de
liberdade de curta duração.
a. Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
b. Apenas as assertivas III e V estão corretas.
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c. Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
d. Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas.
e. Todas as assertivas estão corretas.
10.2 に GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. Errada
4. C
5. C
6. C
7. B
8. B
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d) ocupar-se da crítica do comportamento como bom ou mau, valorando-o como
positivo ou negativo do ponto de vista ético (perspectiva da defesa social).
Comentários
LET‘á ;ぎ Eヴヴ;S;く á EゲIラノ; Sラ さWデキケ┌Wデ;マWミデラざ デヴ;H;ノエ; ラゲ IラミIWキデラゲ S; EゲIラノ; IミデWヴ;Iキラミキゲデa,
em que a análise se abraça ao comportamento chamado de desviado. Além disso, os
controles sociais formais e informais são os responsáveis em rotular ou estigmatizar as
condutas socialmente reprováveis. Quanto ao crime de colarinho-branco, as suas causas não
são investigadas por essa escola em especial.
LETRA b: Errada. Embora a aludida vertente busca estudas as origens do comportamento
etiquetado, não se pode afirmar que é a partir da concepção jurídico-penal do delito ou numa
perspectiva meramente legal. Ao contrário, o que se busca é estudar as causas sociais que
deflagram o comportamento criminoso, não sendo relevante a vertente puramente legalista
na análise do surgimento do crime e do criminoso.
LETRA c: Certa. A Escola Interacionista aborda a atuação dos controles sociais formais e
informais no estudo do crime e do criminoso. Os controles sociais formais são representados
pelos personagens do sistema penal (Polícia, Ministério Público e Poder Judiciário), e eles
possuem responsabilidade enorme na rotulação do comportamento chamado de desviado.
A forma de atuar dessa espécie de controle social traz um estigma inerente à própria função
pública, o que ocasiona inevitavelmente um estigma.
LETRA d: Errada. Essa assertiva está correlacionada à chamada Escola Crítica, em que a análise
é feita com base no maniqueísmo entre o bom e o mau, pobre e rico ou colarinho-branco e
colarinho-azul. Todavia, não se relaciona com a Escola Interacionista ou com a vertente do
etiquetamento.
Gabarito: C
2. (NC/UFPR-DP/PR-DEFENSOR PÚBLICO-2014)
Eマ ヴWノ;N?ラ <ゲ Sキゲデキミデ;ゲ デWラヴキ;ゲ IヴキマキミラノルェキI;ゲが ; キSWキ; SW ケ┌W ラ さSWゲ┗キ;ミデWざ Yが ミ; ┗WヴS;SWが
alguém a quem o rótulo social de criminoso foi aplicado com sucesso foi desenvolvida
pela teoria
a) da anomia.
b) da reação social ou labelling approach.
c) da subcultura delinquente.
d) da ecologia criminal.
Comentários
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LETRA A: Errada. A teoria da anomia não se relaciona com a ideia de comportamento
desviado ou rotulado como errado, mas sim com a falta de confiança da sociedade nas
normas existentes, por desacreditarem que elas são eficazes para reger as relações sociais.
LETRA B: Certa. A teoria da reação social ou também chamada de labelling approach trabalha
o conceito de rotular os comportamentos desviados.
LETRA C: Errada. A chamada subcultura delinquente corresponde à formação de grupos
antagônicos ao que prega a cultura dominante, de tal forma que se criam códigos de condutas
próprios e contrários aos interesses sociais, sendo eles tipificados como criminosos. É o caso
das organizações criminosas como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho
(CV).
LETRA D: Errada. A chamada ecologia criminal está ligada à Escola de Chicago, de tal forma
que os aspectos ecológicos influenciam na formação da delinquência. Citam-se os três
círculos concêntricos que representam a periferia, o subúrbio e o centro cívico, sendo
importante no estudo do crime essa análise do meio ambiente ou arquitetura do espaço
urbano.
Gabarito: B
3. (CESPE-PC/PE-DELEGADO DE POLÍCIA-2016)
No que se refere aos métodos de combate à criminalidade, a criminologia analisa os
controles formais e informais do fenômeno delitivo e busca descrever e apresentar os
meios necessários e eficientes contra o mal causado pelo crime. A esse respeito,
assinale a opção correta
a) A criminologia distingue os paradigmas de respostas conforme a finalidade
pretendida, apresentando, entre os modelos de reação ao delito, o modelo dissuasório,
o ressocializador e o integrador como formas de enfrentamento à criminalidade. Em
determinado nível, admitem-se como conciliáveis esses modelos de enfrentamento ao
crime.
b) Como modelo de enfrentamento do crime, a justiça restaurativa é altamente
repudiada pela criminologia por ser método benevolente ao infrator, sem cunho
ressocializadore pedagógico.
c) O modelo dissuasório de reação ao delito, no qual o infrator é objeto central da
análise científica, busca mecanismos e instrumentos necessários à rápida e rigorosa
efetivação do castigo ao criminoso, sendo desnecessário o aparelhamento estatal para
esse fim.
d) O modelo ressocializador de enfrentamento do crime propõe legitimar a vítima, a
comunidade e o infrator na busca de soluções pacíficas, sem que haja a necessidade de
lidar com a ira e a humilhação do infrator ou de utilizar o ius puniendi estatal.
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Comentários
LETRA A: Certa.
LETRA B: Errada. A Criminologia exalta o modelo integrador, já que busca a reparação do
dano e a volta das partes envolvidas na infração penal para o momento anterior ao delito.
Assim, ela tem o viés de resolver os problemas sociais.
LETRA c: Errada. A parte inicial da questão está correta, já que o criminoso é o ponto de
análise do modelo dissuasório ou clássico, em que se busca impor puramente um castigo a
ele. Porém, a parte final está errada, uma vez que é necessário sim o aparelhamento estatal
para esse fim, com penitenciárias bem estruturadas e agentes envolvidos nesse escopo.
LETRA d: Errada. O modelo conceituado na assertiva é o integrador, em que a vítima tem
participação fundamental no cenário de reação. A vítima deve estar presente para compor-
se com o criminoso e retornar ao status quo ante. A questão está errada porque cita que o
modelo conceituado é o ressocializador.
Gabarito: A
4. (FCC-AL/PB-PROCURADOR-2013)
A avaliação do espaço urbano é especialmente importante para compreensão das
ondas de distribuição geográfica e da correspondente produção das condutas
desviantes. Este postulado é fundamental para compreensão da corrente de
pensamento, conhecida na literatura criminológica, como
a) teoria da anomia.
b) Escola de Chicago.
c) teoria da associação diferencial.
d) criminologia crítica.
e) labelling approach.
Comentários
LETRA A: Errada. A teoria da anomia representa a ausência de normas capazes de reger uma
sociedade adequadamente.
LETRA B: Certa. O espaço urbano e o aspecto geográfico são fundamentais para o estudo da
Escola de Chicago, sendo essa a questão correta. É a Escola que trabalhou a ideia de três
círculos concêntricos (periferia, subúrbio e centro cívico).
LETRA C: Errada. A teoria da associação diferencial propõe que o comportamento criminoso
de indivíduos tem sua gênese pela aprendizagem, com o contato com padrões de
comportamento favoráveis à violação da lei em sobreposição aos contatos contrários à
violação da lei.
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LETRA D: Errada. A Criminologia Crítica enfoca a relação de ricos e pobres numa luta
constante pela mais-valia consubstanciada no capital, o que gera o cometimento de delitos.
Além disso, o Direito Penal seria um mero instrumento de dominação social.
LETRA E: Errada. A teoria do labelling approach trabalha o etiquetamento feito pelos
controles sociais quando se relacionam com a conduta criminosa.
5. (MP/SC-PROMOTOR DE JUSTIÇA-2005)
Julgue os itens a seguir:
I に A Criminologia tradicional formou-se, com base em duas vertentes, respectivamente,
nos séculos XVIII e XIX: uma, clássica ou liberal, que, concebendo o crime como um ente
jurídico, buscava a limitação do poder punitivo estatal e a garantia do indivíduo frente
ao uso arbitrário desse poder; e outra, positivista ou etiológica, que, focada no indivíduo,
buscava explicar o fenômeno criminal a partir das suas causas biopsíquicas e sociais e
propugnava pelo combate à criminalidade.
II に Em meados do século XX, surge a Criminologia Crítica, que, orientada pelo
paradigma da reação social (labelling approach), passou a estudar o fenômeno da
criminalização primária e secundária promovida pelo sistema penal, descobrindo a sua
atuação seletiva e estigmatizante.
III に A política criminal prevista na legislação brasileira é preponderantemente penal,
uma vez que apresenta a pena como o principal instrumento de combate à
criminalidade, à qual são atribuídas as funções retributiva e preventiva.
IV に A prisão é a principal modalidade de pena utilizada pelo Direito Penal brasileiro,
cuja função declarada ou manifesta, a teor do art. 1º da Lei de Execução Penal, é a
prevenção especial positiva, embora as pesquisas científicas revelem que essa
modalidade de sanção exerce as funções invertidas, latentes ou reais de estigmatização
e exclusão social. V に As estatísticas criminais do Estado de Santa Catarina, relativas ao
ano de 2004, revelam que, diferentemente dos demais estados da federação, a
população carcerária estadual não superou o número de vagas existente.
a) Apenas II e V estão corretos.
b) Apenas II, IV e V estão corretos.
c) Apenas I e III estão corretos.
d) Apenas I, III e V estão corretos.
Comentários
I に A Criminologia tradicional formou-se, com base em duas vertentes, respectivamente,
nos séculos XVIII e XIX: uma, clássica ou liberal, que, concebendo o crime como um ente
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jurídico, buscava a limitação do poder punitivo estatal e a garantia do indivíduo frente
ao uso arbitrário desse poder; e outra, positivista ou etiológica, que, focada no indivíduo,
buscava explicar o fenômeno criminal a partir das suas causas biopsíquicas e sociais e
propugnava pelo combate à criminalidade.
Está correto, pois definiu de forma perfeita os marcos teóricos lá tratados (Escola Clássica e
Escola Positivista). A Escola Clássica preocupou-se com a limitação legal ao poder punitivo,
enquanto a Escola Positivista abordou o caráter etiológico do crime e buscou investigar as
suas causas.
II に Em meados do século XX, surge a Criminologia Crítica, que, orientada pelo
paradigma da reação social (labelling approach), passou a estudar o fenômeno da
criminalização primária e secundária promovida pelo sistema penal, descobrindo a sua
atuação seletiva e estigmatizante.
Está correto, pois a Criminologia Crítica foi orientada pela Criminologia Interacionista, sendo
esta anterior àquela. A base de estudo da Criminologia Crítica era o efeito estigmatizante do
sistema penal e também dos controles sociais informais, o que denotava o caráter seletivo
do Direito Penal. As criminalizações primária e secundária referem-se a esse tipo de escolha
punitiva em relação aos crimes de colarinho-azul, ou seja, os cometidos por pessoas de baixa
renda.
III に A política criminal prevista na legislação brasileira é preponderantemente penal,
uma vez que apresenta a pena como o principal instrumento de combate à
criminalidade, à qual são atribuídas as funções retributiva e preventiva.
Está correto, uma vez que a Política Criminal tem por finalidade, no Brasil, impor as duas
finalidades da pena, quais seja, retribuição e prevenção, como bem destaca o art. 59, caput,
parte final, CP.
IV - A prisão é a principal modalidade de pena utilizada pelo Direito Penal brasileiro, cuja
função declarada ou manifesta, a teor do art. 1º da Lei de Execução Penal, é a prevenção
especial positiva, embora as pesquisas científicas revelem que essa modalidade de
sanção exerce as funções invertidas, latentes ou reais de estigmatização e exclusão
social. V に As estatísticas criminais do Estado de Santa Catarina, relativas ao ano de 2004,
revelam que, diferentemente dos demais estados da federação, a população carcerária
estadual não superou o número de vagas existente.
IV está correto, uma vez que a Lei de Execução Penal prega a ideia de ressocialização do
criminoso, conferindo-se o caráter de prevenção especial positiva para a pena, de formaque
a preocupação do sistema é com a reinserção social do agente.
Gabarito: E
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11 に DESTAQUES A LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA
11.1 - LEGISLAÇÃO
Guerreiros,
Sabemos que a leitura da lei seca e, da mesma forma, das jurisprudências dos Tribunais
Superiores, é uma etapa importantíssima na sua preparação.
Por este motivo, resolvemos poupar o seu tempo e compilar os dispositivos referente ao
tema da aula de hoje, cuja leitura recomendamos de vez em sempre.
Vamos lá?
Art. 96 ao 99, CP
TÍTULO VI
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
Espécies de medidas de segurança
Art. 96. As medidas de segurança são:
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro
estabelecimento adequado;
II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a
que tenha sido imposta.
Imposição da medida de segurança para inimputável
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia,
o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento
ambulatorial.
Prazo
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§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O
prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
Perícia médica
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida
de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
Desinternação ou liberação condicional
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a
situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de
persistência de sua periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação
do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado
de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela
internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos
termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º
Direitos do internado
Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares
e será submetido a tratamento.
Art. 6º, CP,
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
11.2 に JURISPRUDÊNCIA
Súmula 527 に STJ
O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena
abstratamente cominada ao delito praticado.
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12 に RESUMO
Guerreiros (as),
Para finalizar o estudo da matéria, trouxemos um resumo dos principais aspectos estudados
ao longo da aula. Sugerimos a leitura dele sempre e, de preferência, minutos antes da
próxima aula. Não é demais lembrar que, a cada ciclo de estudos é fundamental retomar
esses resumos para manter o conteúdo ativo gerando familiaridade.
Caso encontrem dificuldade em compreender alguma informação, não deixem de retornar à
aula.
Vamos lá!
NOÇÕES GERAIS
1. As escolas em geral に quaisquer delas -が デWマ Iラマラ a┌ミN?ラ さWミゲキミ;ヴが levar
IラミエWIキマWミデラ ;IWヴI; SW デWラヴキ;ゲ W IラミIWキデラゲ ;Sラデ;Sラゲ ミラ マ┌ミSラ ; aラヴ;ざく Nラ
dicionário61 ;ヮ;ヴWIW Iラマラ さCラミテ┌ミデラ aラヴマ;Sラ ヮWノラ ヮヴラaWゲゲラヴ W ヮWノラゲ SキゲIケヮ┌ノラゲが ラ┌
Estabelecimento de ensino e até mesmo Processos seguidos pelos grandes mestres.
E aqui na criminologia não é diferente. Assim como na atualidade inúmeras escolas são
criadas a fim de atender a demandas propostas na criminologia ocorre o mesmo. São várias
escolas, sendo que a finalidade de cada uma é, sem dúvidas, intuitiva.
É que, se estamos diante de uma disciplina que estuda de forma ampla os aspectos do crime,
por óbvio as escolas trazidas pela matéria, chamadas de Escolas Criminológicas, reunirão os
posicionamentos influentes e dotados de relevância para atualidade, acerca da criminalidade.
Assim, significa dizer que elas resumem as correntes de pensamentos que envolvem os
fenômenos do crime.
61 "escola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
https://dicionario.priberam.org/escola [consultado em 17-12-2018].
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As Escolas Criminológicas (ou Escolas Penais),
resumem as correntes de pensamento acerca dos
problemas que envolvem o fenômeno da
criminalidade62.
2. é que, consequentemente, cada escola vai estar ligada à realidade cultural da época
sobre os aspectos criminológicos. Noutras palavras, as Escolas Criminológicas sempre
estão vinculadas à evolução da criminologia enquanto ciência.
Cada Escola Criminológica corresponde à
evolução da criminologia enquanto ciência, de
sua época.
3. é que se é correta a firmação de que as Escolas Criminológicas resumem pensamentos,
também é intuitivo que pensamentos quase nunca são idênticos. É o que chamamos
de divergências ideológicas. É exatamente nesse ponto que começam a surgir as
teorias (pois representam ideias, pensamentos.). Por esta razão, é muito importante
destacar que a divergência mais importante está concentrada entre as Escolas:
CLÁSSICAS e POSITIVA. E o a polêmica ficou conhecida como LUTA DE ESCOLAS.
Não significa dizer que não há outras divergências, mas que as principais ou mais cobradas
em provas estão concentradas entre a discussão dessas duas escolas. O tema é tão relevante
que a divergência de pensamentos
As divergências mais importantes estão concentradas
entre as Escolas: CLÁSSICAS e POSITIVA. A divergência
concentrava-se em torno dos métodos adotados para
estudar o fenômeno da criminologia e ficou conhecida
como LUTA DAS ESCOLAS.
MÉTODO DEDUTIVO, formal e abstrato, a ESCOLA POSITIVA se valia do método empírico e
indutivo.
62 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 79.
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Durante o Iluminismo, momento histórico em que imperavam a razão, a liberdade e o
humanismo, foi responsável por sistematizar a problemática do CRIME e, para isso, a
criminologia clássica o escolhe como seu objeto de estudo. Consequentemente, permitiu por
isso e a partir disso, que a criminologia fosse então chamada de ciência autônoma.
Escola clássica e o princípio da legalidade (reserva legal ou estrita legalidade)
O Princípio da Legalidade (Hoje adotado no art. 5º XXXIX, da nossa CR/88 e art. 1º do Código
Penal), foi observado pela Escola Clássica.
Daí, vale lembrar que o princípio preceitua basicamente, a exclusividade da lei, para a criação
de delitos. Isso significa que não há crime sei lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal, ou ainda:
NULLUM CRIMEN NULLA POENA SINE LEGE
Porquanto se imprimiu de forma sistematizada, exatamente essa ideia de nullum crimen,
nulla poena sine praevia lege (nuloo crime e nula a pena sem lei anterior).
Nota-se então que a chamada Criminologia Clássica passa a fazer devoção ao princípio da
Legalidade, o que, de acordo com a doutrina, pode ser considerada a Grande Contribuição
para os estudos criminológicos.
Contudo, não é demais ressaltar que, tendo em vista essa devoção pela lei, a Criminologia
Clássica não se preocupava em estudar os fatores que criam o crime e o criminoso, mas
apenas estudava o crime enquanto ente definido abstratamente pela lei penal. Noutras
palavras, a sua preocupação era com o chamado método lógico-abstrato ou dedutivo, sendo
despiciendo o estudo das causas da criminalidade. (Pablos de Molina, Criminologia, p. 102)
Principais referências da escola clássica
 Cesare Beccaria/Bonesana / Marquês de Beccaria
 Francesco Carrara
Além deles, outras figuras se destacaram:
 Carmignani(1847)
 Rossi(1859),
 Mittermaier
 Birkmeyer,
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 Ortolan,
 Tissot,
 F. Pacheco
 e J. Montes.
Cesare Beccaria /Bonesana / Marquês de Beccaria
Importante pensador que contribuiu para que os fundamentos da Escola Clássica fossem
erguidos foi Cesare Beccaria também conhecido como o Marquês de Beccaria (1738-1794).
Em 1764, publicou a obra - ケ┌W ラ a;ヴキ; Iラミゲ;ェヴ;Sラ W ヴWミラマ;Sラぎ さDos delitos e das peミ;ゲざ.
A Obra: DOS DELITOS E DAS PENAS
Em 1764, publicou a obra - ケ┌W ラ a;ヴキ; Iラミゲ;ェヴ;Sラ W ヴWミラマ;Sラぎ さDラゲ SWノキデラゲ W S;ゲ ヮWミ;ゲざ.
Foi exatamente esse discurso com posicionamentos contra injustiça e contra exageros penais
revelados através desse livro, que fez de Beccaria um dos primeiros pensadores a demonstrar
preocupação com a aplicação efetiva dos direitos humanos.
Noutras palavras, o pensador defendia que que o CRIME devia ser COMBATIDO com uma
PENA PROPORCIONAL ao mal causado pelo criminoso, sem visar APENAS o seu sofrimento.
As penas não deviam ser excessivamente elevadas nem extremamente brandas, mas o que
deve existir é a certeza da punição.
BECCARIA: crime -> Combatido -> Pena proporcional ao mal causado pelo
criminoso.
Mas não é só isso. Em sua obra, Cesare Bonesana também defendeu com veemência ideias
sobre a própria origem do direito de punir: a liberdade. Daí porque, seu livro se tornou o
convite à uma nova forma de pensar.
Nesse sentido, destacamos 03 (três) relevantes pontos abordados em sua obra:
 Princípio da Legalidade ou estrita legalidade na cominação das penas e
vedação da livre interpretação judicial da lei;
 Difusão das leis e amplo acesso ao seu conhecimento;
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 Proporcionalidade das penas;
 Publicidade do processo e o valor das provas;
Sobre o tema, tecemos as seguintes notas:
Princípio da Legalidade ou estrita legalidade na cominação das penas e vedação
da livre interpretação judicial da lei: defende a tipificação da conduta criminosa
afirmando que tanto as condutas como as penas a elas aplicáveis devem ser
definidas segunda um critério. Nesse caso, deve-se tipificar a conduta e não a
intenção da conduta (criando espaço para tese do Direito Penal do fato).
Somente a lei pode fixar penas ao réu, e a competência para cria-las cabe unicamente ao
representante legitimo do povo, unido por um pacto social, o legislador.
Proporcionalidade das penas: a crueldade excessiva, de uma pena incerta e
eventual não tem condão de ser eficaz, ao contrário daquele castigo menos
intenso e mais eficaz. Esse sim, tem condão de afastar o indivíduo de seu intento
criminoso.
Nesse sentido, a ideia é a de que uma pena que vem a ser aplicada intempestivamente não
consolida o espírito popular a associação entre crime e castigo, necessária para a dissuasão
dos que se inclinam à prática delituosa66.
Publicidade do processo e o valor das provas: nesse ponto, Beccaria defende que
o processo e as provas devem ser abertos ao escrutínio popular, como forma de
reconhecer que a opinião pública é importante instrumento de controle social.
Neste caso, o reflexo é que a adoção desse tipo de publicidade gera no povo a percepção de
que o aparato legal, por intermédio do processo legal são as garantias que se contrapõem
aos excessos do Estado.
Guerreiros, notem que a ausência de um tratamento isonômico e humano ao delinquente,
provocou a partir do Marquês a reforma de um sistema penal, incluindo um direito penal,
procedimentos e a justiça criminal67.
De forma resumida, podemos afirmar que são algumas de suas ideias transmitidas a
partir de seu livro:
66 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 85.
67 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 86.
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Criminologia69 ┗;キ ミラゲ Sキ┣Wヴ ケ┌W さP;ヴ; ラゲ Iノ=ゲゲキIラゲが ; ヮena é uma retribuição jurídica que tem
Iラマラ ラHテWデキ┗ラ ラ ヴWゲデ;HWノWIキマWミデラ S; ラヴSWマ W┝デWヴミ; ┗キラノ;S;く ざ
 É a pena como negação da negação do direito (segundo Hegel) ou;
 A pena como justiçamento do último assassino que se encontrasse na prisão,
caso a sociedade fosse acabar naquele momento (segundo Kant).
São exemplos da intenção de reestabelecer uma ordem jurídica violada. Significa que a
sanção penal era, na verdade, um castigo necessário para SE REESTABELECER o Direito e a
Justiça.
Por certo que um método tão racional não poderia ser experimental, mas impõe-se uma
método lógico-abstrato ou dedutivo, característico da ciência penal. Logo, pode-se concluir
que estão intimamente relacionadas as ideias da Escola Clássica com as teorias absolutas da
pena pois ambas estão desprovidas de qualquer análise mais aprofundada do fenômeno da
criminalidade.
Escola positiva (Positivista, Criminologia Positiva ou Positivismo criminológico)
Surgimento da Escola Positiva
Baseada nas ideias científicas dos Séculos XIX e XX, surgiu como resposta às limitações da
Escola Clássica 70 , também é denominada Criminologia Positiva ou Escola Positivista ou
simplesmente Positivismo Criminológico.
É ela que passa a pesquisar as causas da criminalidade.
Por certou, isso lhe conferiu a qualidade de ter iniciado o estudo das causas de algum
fenômeno - paradigma etiológico- já que as razões pela qual as pessoas cometem crimes
passou a ser a pauta dos seus estudos.
á W┝ヮヴWゲゲ?ラ さpositivistaざ ケ┌W ゲW ヴWaWヴW < qualidade desta Escola, não é sinônimo, tampouco
se confunde com a ideia de positivismo jurídico.
O estudo do que está positivado na lei, o que
fora feito anteriormente pela Escola Clássica.
69 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia (Locais do Kindle 2960-2962). Editora Saraiva.
Edição do Kindle.
70 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 94.
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Frise-ゲW ケ┌W WマHラヴ; ラ ヮWミゲ;Sラヴ ゲWテ; ;┌デラヴ SW ラHヴ;ゲ Iラマラぎ さO cretinismo na Lombardiaざ aラキ
Iラマ ; ラHヴ; さO エラマWマ SWノキミケ┌WミデWざ, que Lombroso ganhou destaque.
Obra: O HOMEM DELINQUENTE
A obra O homem delinquente, de Cesare Lombroso, foi escrita em 1876, chamando a atenção
do mundo inteiro ao afirmar que o homem não é livre em sua vontade, ao contrário, sua
conduta é determinada por forças inatas.
Ccertos fatores biológicos deveriam ser levados em consideração para aferir o surgimento
do crime e do criminoso.
Foi com Lombroso que se iniciou, de forma científica, a aplicação do método experimental
no estudo da criminalidade.Teses de Lombroso: Aspectos como fronte fugidia, zigomas salientes, lábios grossos, mãos
grandes, orelhas grandes, insensibilidade à dor, vaidade, crueldade e tendência à tatuagem
denotam a pessoa do criminoso.
Sob as tendências à tatuagem, vale observar73 que, no Brasil, em uma simples visita aos
principais estabelecimentos prisionais pode-se perceber que os detentos cultuam o amor
pela tatuagem, sendo pouquíssimos os casos daqueles que nada desenham no próprio corpo.
É Iラマ┌マ WミIラミデヴ;ヴ ヮヴWゲラゲ Iラマ デ;デ┌;ェWミゲ Iラマ Sキ┣WヴWゲ Iラマラ さ;マラヴ SW マ?Wざが さ┗キミェ;ミN;ざが 
さマラヴデWざが ;ノYマ SW SWゲWミエラゲ Iラマラ I;┗Wキヴ;ゲが a;Ias e armas de fogo. Não restam dúvidas que
é a cultura delinquente que predomina dentro dos presídios e, nas palavras do Professor
Christiano Gonzaga74が さゲWヴ┗W ヮ;ヴ; キSWミデキaキI;ヴ ┌マ ェヴ┌ヮラ SW ヮWゲゲラ;ゲざく
 Criminoso Nato
Em breve síntese, para a teoria criminoso nato, o delinquente é predeterminado
a praticar infrações penais por características antropológicas nele presentes de
modo atávico.
73 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia. São Paulo:Editora Saraiva. 2018.p. 31.
74 Op.cit., p. 31
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Importante destacar que, além desse estudo investigativo das causas da criminalidade, a
importante contribuição de Lombroso foi inaugurar o método indutivo ou empírico de
investigação do fenômeno crime.
Portanto, chamamos atenção para tal afirmação, considerando que ela é muito explorada em
provas.
IMPORTANTE!!!
LOMBROSO
 Desenvolveu importante estudo INVESTIGATIVO sobre as causas da
criminalidade;
 Inaugurou o método indutivo ou empírico de investigação do
fenômeno crime.
 Podemos concluir que como demonstrado, o positivismo lombrosiano é
marcadamente de um determinismo biológico, em que a liberdade humana (livre-
arbítrio) é uma mera ficção.
 O homem não é livre de sua carga genética e não consegue evitar e lutar contra a
sua natureza criminógena e predisposta para o crime. Essa concepção de
さIヴキマキミラゲラ ミ;デラざ ヮラSW ゲWヴ ┗キゲデ; Iラマラ ┌マ; ゲWマWミデW ヮ;ヴ; ラゲ Wゲデ┌Sラゲ Sラ Iエ;マ;Sラ
Direito Penal de Autor.
 Direito Penal de Autor
Expressão valorizada na primeira metade do século XX, por meio da Escola Neokantista de
Mezger, que leva em consideração certas características pessoais para eleger alguém como
criminoso, como é o caso de analisar-se a cor da pessoa75.
Enrico Ferri
Se Lombroso outrora representava a fase antropológica, Enrico Ferri, por seu turno,
empunhava a bandeira da fase sociológica no Positivismo Criminológico (1856-1929).
Para ele o homem não age como pensa, mas como sente. Consequentemente o criminoso
não é moralmente responsável pela sua conduta, negando o livre arbítrio. Assim, a
responsabilidade moral deveria ser substituída pela social.
75 Op. cit., p. 31.
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Outro destaque é que:
Ferri atribuía à Sociologia Criminal a solução de todos os males causados pelo
crime, dando-se destaque à prevenção do delito por meio de uma ação científica
dos poderes públicos, que deve estudar e analisar a melhor forma de neutralizar
o crime, devendo, inclusive, antecipar-se à sua ocorrência.76.
Noutras palavras, significa dizer que Ferri, atribuía à Sociologia Criminal a solução dos
problemas criminais, deixando de lado a atuação do Direito Penal por considera-lo
ultrapassado e limitado para os temas em voga. Noutro giro, propunha que as soluções
desses males criminais podiam ser solucionadas com participação do estado.
Obra: SOCIOLOGIA CRIMINAL
Enquanto empunhava a bandeira da fase sociologia, Ferri se destacou em sua obra Sociologia
Criminal de 1982.
Classificou os criminosos em: natos, loucos, habituais, de ocasião e por paixão 77 e o
determinismo ao crime deveria se chamar periculosidade, exigindo sua neutralização pelo
poder punitivo.
Tipologia acerca dos delinquentes por Enrico Ferri78
 Nato: era o criminoso conforme a classificação original de Lombroso.
Caracterizava-se por impulsividade ínsita que fazia com que o agente
cometesse o crime por motivos absolutamente desproporcionais à
gravidade do delito. Eram precoces e incorrigíveis, com grande tendência
à reincidência.
 Louco: é levado ao crime não somente pela enfermidade mental, mas
também pela atrofia do senso moral, que é sempre a condição decisiva na
gênese da delinquência.
76 Op. cit., p. 33.
77 PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Manual esquemático de Criminologia. São Paulo:
Saraiva. 2012. p.35.
78 Op. cit., p. 33.
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 Habitual: preenche um perfil urbano. É a descrição daquele que nascido
e crescido num ambiente de miséria moral e material começa, desde
novo, com leves faltas (pichações, furtos pequenos e crimes de dano) até
uma escalada obstinada no crime, culminando com graves violações aos
bens jurídicos, como homicídios e roubos com arma de fogo. Pessoa de
grave periculosidade e fraca readaptabilidade, preenche um perfil que se
amolda, em grande parte, ao perfil dos criminosos mais perigosos.
 Ocasional: está condicionado por uma forte influência de circunstâncias
ambientais: injusta provocação, necessidades familiares ou pessoais,
facilidade de execução e comoção pública; não havendo sem tais
circunstâncias atividade delituosa que impelisse o agente ao crime. No
delinquente ocasional é menor a periculosidade e maior a
readaptabilidade social, porque ele pratica o crime com base em fatores
externos que não são comuns no cotidiano das pessoas.
 Passional: inclui os criminosos que praticam crimes impelidos por paixões
pessoais, bem como políticas e sociais.
Raffaele Garofalo
Finalmente, cumpre nos apresentar o baluarte da fase Jurídica Positiva, Raffaele Garofalo
(1852-1934), a quem se atribui o positivismo moderado.
Ao contrário do que se estudou em Lombroso e Ferri, nos matizes antropológicos e
sociológicos, respectivamente, Garófalo distanciou-se do pensamento de definir o
criminoso, e concentrou-se na possibilidade encontrar a
própria ideia de crime.
Mas não significa que ele abandonou o viés positivista de
estudo, isto é, o método empírico (até porque, essa é a
característica da escola positiva).
Ao contrário, Raffaele foi influenciado pela teoria da seleção natural e, consequentemente,
sustentava que os criminosos não assimiláveis deveriam ser eliminados por deportação ou
morte79. Significa dizer que Garofalo buscava compreender o crime como algo natural, ou
seja, possuidor de certas características nocivas que fazem com que surja o fenômeno
criminoso.
79 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada.
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 91.
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b. Obra: CRIMINOLOGIA
Raffaele Garofalo, empregou e imortalizou 80 ; W┝ヮヴWゲゲ?ラ さCriminologiaざ デケデ┌ノラ SW ゲ┌;
principal obra de 1985, conferindo aspectos completamente jurídicos ao movimento.
Em que pese o termo criminologia ter sido usado pela primeira vez por Paul Topinard, esse
termo ganha notoriedade com Garofalo, que por isso é considerado por muitos o criador de
fato da expressão, compreendendo-a, como a ciência da criminalidade, do delito e da
pena81.
Terza Scuola ou Terceira Escola
Passada a fase e o sucesso das ideias positivistas, surgiu uma Escola que harmonizou um
pouco dos ideais da Escola Clássica e da Escola Positivista. Essa Escola ficou conhecida como
Terza Scuola ou, na tradução, Terceira Escola.
Conforme nos explica Christiano Gonzaga82, a Terza Scuoladesenvolveu alguns postulados já
aflorados por pensadores anteriores, como se fosse um misto de ideias, daí também ela ser
chamada de Escola Eclética ou Intermediária. É muito comum no Direito Penal a existência
sempre de três teorias, sendo a última chamada: de mista, intermediária ou eclética, como
no caso do art. 6º, CP, por exemplo:
Lugar do
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Daí vale lembrar que existem as teorias:
 Da atividade;
 Do resultado e,
 A mista ou da ubiquidade, sendo esta a adotada para efeitos de conceituar o
lugar do crime em situações que envolvam dois países.
Foi a partir desse modelo de pensamento que surge a terceira escola, comportando como
grandes influentes penalistas da época que, inclusive, introduziram também os postulados
de Direito Penal, o que faz com que suas ideias não sejam predominantes de Criminologia,
são eles: Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni.
80 Op. cit., p. 91.
81 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018.
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 98.
82 Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia. São Paulo:Editora Saraiva. 2018.p. 36.
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Principais referências da Terza Scuela: Carnevale, Alimena e Impallomeni
Como fora dito, Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni, foram os
grandes penalistas que representaram à Terza Scuela.
Os fundamentos fixados por eles foram:
 Distinção entre imputáveis e inimputáveis; responsabilidade moral
baseada no determinismo (quem não tiver a capacidade de se levar pelos
motivos deverá receber uma medida de segurança);
 Crime como fenômeno social e individual; pena com caráter aflitivo, cuja
finalidade é a defesa social.
No tocante à diferente entre imputáveis e inimputáveis, esta escola confere uma distinção
clara de que a pena criminal deve ser destinada para os imputáveis.
No que se refere a responsabilidade moral, esse pensamento também adveio de Garófalo
quando tratou o criminoso como um elemento que possui um déficit moral, gerando uma
dificuldade em ter comportamentos probos e consonantes com os demais postulados
sociais83.
As medidas de segurança devem destinar-se aos inimputáveis, não sendo possível aplicar-se
as duas espécies de sanções para um determinado grupo de pessoas, como no caso aos
inimputáveis, numa aplicação do chamado sistema duplo binário.
A partir da análise desses elementos é que o Direito Penal está sendo utilizado para
implementar investigações criminológicas, não sendo uma escola puramente de
Criminologia. Resta claro que os dogmas penais são utilizados pelos seus pensadores, o que
retira em muito o caráter empírico e amplo dos estudos criminológicos.
Ainda no estudo dos pontos criados e sopesados por essa escola de pensamento, tem-se a
constatação de que o crime é um fenômeno social e individual.
Seja como for, a dúvida que permanece é como poderia a Terza Scuela trazer no mesmo
compartimento teórico o método lógico-abstrato ou dedutivo do Direito Penal com o
método empírico ou indutivo da Criminologia? São temas incompossíveis e de difícil
83 Op. cit., p. 37.
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convivência dentro do mesmo modo de pensar, pois, ao mesmo tempo que se quer investigar
amplamente o fenômeno do crime, encontram-se conceitos fechados de Direito Penal que
impedem o seu correto desenvolvimento84.
Daí a crítica da doutrina85 em relação a escola que erra por tentar conciliar o inconciliável,
misturando-se conceitos complexos com o fito de tentar ser completa, saindo o tiro pela
culatra e tornando-se uma escola incompleta e cheia de retalhos.
Criminologia Interacionista, Labelling approach ou Escola Interacionista
A Criminologia Interacionista, foi considerada a escola criminológica mais rica em teorias.
A Criminologia Interacionista estudava o aspecto social do criminoso e do delinquente. Sua
tese, incluía a responsabilidade da sociedade na contribuição da formatação do criminoso,
não sendo o livre-;ヴHケデヴキラ ゲラ┣キミエラが ┌マ; ┗WヴデWミデW I;ヮ;┣ SW I;┌ゲ;ヴ ラ さゲ┌ヴェキマWミデラざ Sラ IヴキマW W
do criminoso.
Suas principais referências foram:
 Erving Goffman e;
 Howard Becker.
Para essa corrente, a criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a
consequência de um processo de estigmatização.
Foi a partir de realidades como esta, que teorias foram desenvolvidas. A título de exemplo,
citamos:
1. Teoria da Coculpabilidade Tradicional e Coculpabilidade às Avessas;
2. Colarinho-Azul, Colarinho-Branco, Cifras Negras e Cifras Douradas;
3. Controles Sociais Informais, Formais e o Bullying.
Considerando que as teorias não são objeto da nossa aula de hoje, seguiremos no estudo da
próxima escola.
Escola de Chicago
A Escola de Chicago inaugurou uma nova fase no estudo criminológico. A escola surgiu com
a criação da Universidade de Chicago 1982.
Na medida em que esta ciência passou a dar espaço à microcriminalidade, passou-se a
desenvolver teorias macrossociais do crime. Logo, aquele viés individualista outrora
característico da criminologia mudou com o advento dos estudos macrossociais.
84 Op. cit., p. 37.
85 Op. cit., p. 37.
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 O último círculo existente constitui, na visão da Escola de Chicago, o grande
problema social da criminalidade, consubstanciado nos famosos guetos
(periferia ou favelas, na nomenclatura brasileira), em que a presença estatal é
inexistente e, por esse motivo, os crimes são praticados de forma livre e sem
repressão policial. Nos filmes de Hollywood são famosos os bairros conhecidos
como guetos, como Bronx e Harlem (bairros pobres de Nova Iorque), em que
os crimes mais violentos são retratados por meio de homicídios, roubos,
estupros, entre outros. Tudo isso por falta de preocupação social do Estado em
tais regiões.
 Inqueritos sociais に Social Surveys
A Escola de Chicago teve a criação dos chamados inquéritos sociais (social surveys), em que
se pesquisou o fenômeno da criminalidade com base em enquetes sociais feitas de forma
minuciosa nos grandes centros urbanos, de forma que os aplicadores de tais inquéritos
conseguiram fazer o mapeamento da criminalidade, facilitando a compreensão do fenômeno
e até mesmo intensificando a forma mais ágil de combater o crime e o criminoso.86
Obviamente, não se pode combater qualquer tipo de crime sem um mapeamento de
criminalidade. Por esta razão, o ideal é que, sempre que haja a necessidade de se estabelecer
uma estratégia, esta deve ser feita segundo parâmetros determinados nesses tipos de
inquéritos de larga abrangência, conhecidos como social surveys.
Escola Minimalista
A Escola Minimalista, também é chamada de Minimalismo penal ou Direito penal Mínimo e
é considerada uma das 03 principais vertentes da Criminologia Crítica. Para se ter noção de
tamanha importância, é o seu movimento ideológico que atribui ao Direito Penal apenas a
tutela dos bens jurídicos mais importantes, ou seja, indispensável ao convívio social.
Paulo Queiroz87 nos ensina que a corrente minimalista pode ser dividida em 02 vertentes,
quais sejam:
3. MINIMALISMO RADICAL;
4. MINIMALISMO MODERADO.
86 Op. cit., p. 57.
87 QUEIROZ, Paulo. Direito Penal: Parte Geral. Rio de Janeiro: Editora Lumem Juris, 2008. p.97.
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se sugere a redução ou até mesmo a abolição dos presídios elgas, holandeses e
noruegueses
Na evolução histórica do abolicionismo, não se pode deixar de citar o escólio de
Nils Christie, para quem o sistema carcerário é um método que tem por fim
exclusivo causar dor e sofrimento, sem nenhum viés de ressocialização e proteção
social.
13 に CONSIDERAÇÕES FINAIS
Guerreiros,
Chegamos ao fim de mais uma aula, esperamos que vocês tenham gostado.
Quaisquer dúvidas, estamos à disposição.
Abaixo nossos contatos, estaremos disponíveis sempre que precisarem.
Paulo Bilynskyj e Beatriz Pestilli,
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