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EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista Fadiga dos Materiais Metálicos Prof. Carlos A. R. P. Baptista EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR - Engenheiro Civil (UFSCar, 1987) - Mestre em Engenharia Mecânica (Unesp/FEG, 1993) - Doutor em Engenharia de Materiais (Faenquil, 2000) - Livre-Docente em Resistência dos Materiais (Unesp/FEG, 2009) Áreas de Atuação:- Mecânica dos Materiais - Caracterização Mecânica - Fadiga e Mecânica da Fratura Orientações/supervisões concluídas: IC = 19; TCC = 7; Mestrado = 15; Doutorado = 5; Pós-Doutorado = 2 Contato: Prof. Dr. Carlos A. R. P. Baptista Departamento de Engenharia de Materiais email: carlos.baptista@usp.br Fone: 3159.9914 (sala) ou 3159.9928 (Lab.) mailto:carlos.baptista@usp.br EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista Programa da Disciplina - Introdução ao Estudo da Fadiga (inclui Análise de Tensões) - Método Tensão-Vida - Método Deformação-Vida - Propagação de Trincas por Fadiga - Progressos Recentes - Fadiga por Fretting - Efeitos de Entalhe e Tensões Residuais - Efeitos de Temperatura EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista Cap. 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FADIGA EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista O FENÔMENO DA FADIGA Ocorrência - Processo de Dano devido a Cargas Cíclicas - Alteração Estrutural Progressiva por Deformações Flutuantes - Ocorre mesmo a Tensões inferiores ao Limite de Escoamento - Desenvolve-se em Estágios parcialmente sobrepostos: i. Amolecimento/Endurecimento Cíclico; ii. Iniciação de Microtrincas; iii. Propagação de uma ou mais Macrotrincas; iv. Ruptura Final. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista PRIMÓRDIOS DO ESTUDO DA FADIGA DE METAIS Wilhelm Albert (1787-1846) August Wöhler (1819-1914) James Alfred Ewing (1855-1935) EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FALHAS POR FADIGA Modos de falha por fadiga em metais: - Nucleação de trincas - Propagação de trincas por fadiga - Carregamentos uniaxiais ou multiaxiais, de amplitude constante ou variável - Corrosão-fadiga - Fadiga por fretting - Fadiga térmica - Interações fadiga-fluência: - Isotérmica - Termo-mecânica Fadiga é o modo mais comum de falha mecânica ( ~90% dos casos) Exemplo: falha por fadiga de braços de manivela de bicicleta EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista MÉTODOS DE PROJETO EM FADIGA Modelos de vida em fadiga - Tensão-vida (S/N), formulado no séc. XIX - Deformação local-vida (/N), anos 1960s - Propagação de trincas por fadiga, anos 1960s - Modelo de dois estágios (iniciação-propagação) Critérios de projeto em fadiga - Vida infinita - Vida segura (safe life) - Falha segura (fail safe) - Tolerância ao dano Exemplo: diagrama de blocos de projeto em fadiga (SAE) EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista ENSAIOS DE FADIGA Objetivos -Propriedades dos materiais (dados de projeto) -Avaliar processo tecnológico -Verificar o comportamento de componentes e estruturas EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Exemplos de Ensaios - Material - Produto Acabado EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Exemplo de Ensaio de Fadiga - Soldagem a laser de reforçadores longitudinais em revestimento de avião - Substituição do método convencional com rebites - Ensaio de corpo-de-prova para avaliar o novo processo EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CARACTERIZAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES CÍCLICAS Definições - Vida em fadiga de um corpo-de-prova ou estrutura - Ciclo de carregamento Exemplo: Carregamento cíclico estacionário controlado pela tensão, com onda senoidal. O Carregamento Cíclico é Função de Dois Parâmetros ( ) 2 minmax m + = minmax −= ( ) 2 minmax a − = max minR = EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CARREGAMENTOS DE AMPLITUDE VARIÁVEL Dano em fadiga -Modelos de dano acumulado Carregamentos de amplitude variável -Sobrecargas e/ou subcargas periódicas -Blocos de carregamentos -Espectros de carregamento “aleatório” -Contagem de ciclos (ASTM E1049): - Level Crossing - Range Couting - Rainflow Method -Amplitude constante “equivalente” (RMS) Exemplo: Método “level Crossing” EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista MÁQUINAS PARA ENSAIOS DE FADIGA Máquinas Convencionais - Ação direta (uniaxial) - Flexão rotativa - Flexão alternada - Tensões combinadas (multiaxiais) Máquina uniaxial eletromecânica EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Máquinas Servo-Hidráulicas EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Componentes de uma Máquina Servo-Hidráulica EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Vibróforo de Amsler Frequência do carregamento depende da rigidez e da massa do sistema oscilante Emprega a ressonância eletromagnética EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Máquina Eletrodinâmica (polímeros, compósitos) Este tipo de máquina emprega motor linear e atuadores elétricos EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Máquinas de Alta Capacidade EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Máquinas de Flexão Rotativa EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Máquinas de Flexão Alternada EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Máquina para Ensaios Multiaxiais (axial-torcional) EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista • Máquinas para Ensaios de Fadiga (continuação) Exemplo: Bancada Pneumática para Ensaios de Pressurização em altas Temperaturas EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CARREGAMENTO CÍCLICO E COMPORTAMENTO MECÂNICO Estágio Inicial da Fadiga - Mudanças nas propriedades dos materiais - Endurecimento e/ou amolecimento cíclico - Evolução da estrutura de defeitos 0 0 0 0 0 0 a −a t t t t t t a −a Função controlada: tensão Função controlada: deformação Endurecimento cíclico; variável dependente: deformação Endurecimento cíclico; variável dependente: tensão Amolecimento cíclico; variável dependente: tensão Amolecimento cíclico; variável dependente: deformação ( a ) ( b ) EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CARREGAMENTO CÍCLICO E COMPORTAMENTO MECÂNICO Deformação Plástica Cíclica - Laços de histerese - Estrutura de discordâncias - Escorregamento com desvio - Energia de falha de empilhamento - Efeito de precipitados 200 100 50 20 10 10 5 10 6 10 7 10 -3 10 -3 10 -4 10 -4 5 Nf Células [e rg c m ] -2 B A CArranjos Planares Estruturas Mistas ap-Cu ap-Cu-Zn Cu Cu-Zn Veios, bandas irregulares D B O A C EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CARREGAMENTO CÍCLICO E COMPORTAMENTO MECÂNICO Interação entre precipitados Mg2Si e discordâncias em fadiga em liga Al-Si-Mg sob amplitude de tensão de 115 MPa. Estrutura de discordânicas em cobre policristalino após 15.000 ciclos de carregamento em R = 0,5. Grão ferrítico em aço bifásico após 8% da vida esperada em fadiga EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista INICIAÇÃO DA TRINCA Fadiga: processo sensível à superfície - Acabamento e/ou tratamento de superfície - Fatores Macroscópicos - Entalhes, furos, ... - Momentos de desalinhamento - Fatores Microscópicos - Topografia de superfície- Partículas de segunda fase - Degraus devidos à deformação - Casos em que não ocorre na superfície - Materiais não homogêneos - Fadiga por contato - Defeitos internos pré-existentes Bandas de deslizamento em titânio Trinca de fadiga iniciada em furo EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista INICIAÇÃO DA TRINCA S1 S1 S2 1 1 2 2 2 2 3 4 I E 2 1 1 1 1 S2 S2 S1 S1 Mecanismos de nucleação de trincas - Modelos especulativos - Intrusões-extrusões - Diferença entre intrusão e microtrinca? Nucleação de trincas nas interfaces BDP-matriz em cobre após 7,2104 ciclos com amplitude de deformação igual 210-3 EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista INICIAÇÃO DA TRINCA Trincas iniciando a partir de descontinuidades - Diferença entre componentes e testes de laboratório Furo mal-executado Inclusão sub-superficial Trinca iniciando em poro Partícula fraturada Trincas iniciadas em riscos na superfície interna de furo EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista PROPAGAÇÃO DA TRINCA Estágios da propagação - Inicialmente na direção dos planos de escorregamento - Segundo estágio: perpendicular à máxima tensão de tração Modelo de C. Laird para propagação da trinca Estágio II Estágio I ( a ) ( b ) ( c ) ( d ) ( e ) ( f ) Pequena Curta EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista PROPAGAÇÃO DA TRINCA Marcas de praia em fratura por fadiga Caminho da trinca EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista RESUMO DOS MODELOS DE VIDA EM FADIGA Modelo tensão nominal versus vida (S-N) - Tensões governam a falha quando a deformação plástica devida ao carregamento cíclico é pequena. - Ensaios usualmente empregam carregamento totalmente reverso - Relaciona-se um parâmetro da tensão com a vida em fadiga - Na representação gráfica usa-se escala log-linear ou log-log. −= = 1R 0m máxa ou ff N2ouN Note que, na escala linear, os valores de Nf não são lidos com precisão. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista Modelo deformação local versus vida (-N) - Morrow: junção das equações de Basquin e Coffin-Manson - As 4 propriedades básicas de fadiga são determinadas E a ae = ( ) ( )cffbf f a N2N2 E + = RESUMO DOS MODELOS DE VIDA EM FADIGA EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista Propagação de trinca por fadiga - Previsão da vida restante de peças contendo trincas. - Inspeção não-destrutiva. - Conhecer a velocidade de crescimento da trinca. - Relação entre da/dN e K sob amplitude constante. Tamanho crítico Limite de detecção Crescimento da trinca Período para detecção Carga máxima de projeto Resistência residual Nível de falha segura Tempo T e n s ã o T a m a n h o d a t ri n c a Tamanho da trinca, a (mm) 2a Liga Al-Cu-Mg 30 20 10 2 100 200 max=12kg/mm 2 max=8kg/mm 2 R=0 R=0 10 ciclos 3 da dN ( ) / ciclo K(kg/mm ) 3/2 20KTh 30 40 50 100 200 10 10 0 10 -1 10 -2 (a) (b) aYK máxmáx = aYK minmin = minKKK máx −= RESUMO DOS MODELOS DE VIDA EM FADIGA EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FALHA POR FADIGA: OS ACIDENTES COM O COMET Uma Nova Era na História da Aviação - O de Havilland Comet foi o primeiro avião a jato para vôos comerciais. - Motor a jato: taxa de consumo de combustível é duas vezes maior que num motor a pistão. Para compensar, o avião precisa voar o mais rápido e alto possível. - Aviões a jato: velocidade tipicamente Mach 0,9 e altitude 10.000 a 12.000 m. - Necessário controlar a pressão e temperatura no interior da cabine. Ciclos de pressão na cabine a cada vôo podem induzir tensões de fadiga. Os engenheiros da época não consideraram que isso pudesse causar algum problema. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista OS ACIDENTES COM O COMET Falhas Catastróficas - Em 2/5/1953 um Comet desintegrou no ar logo após decolar de Calcutá. O acidente foi atribuído ao mau tempo no momento do vôo. - Em 10/1/1954 um Comet explodiu a 8.300 m de altitude sobre o Mediterrâneo. - Em 8/4/1954 um Comet explodiu no ar após decolar de Roma. Os destroços desse avião caíram em águas profundas e não puderam ser recuperados. - Foram renovados os esforços para recuperar os destroços do segundo avião, nas vizinhanças da ilha de Elba. Evidências de que a seção traseira estava relativamente intacta, separando do resto da cabine antes da desintegração. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista OS ACIDENTES COM O COMET Falhas Catastróficas - Para investigar as causas da explosão da cabine, um Comet foi submetido a pressurização repetida, em solo, pelo bombeamento de água. Simultaneamente, as asas foram submetidas a carregamentos por atuadores, para simular as tensões durante um vôo típico. Após 3.000 ciclos de pressurização, uma trinca de fadiga com origem numa janela avançou, cortando a fuselagem. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista OS ACIDENTES COM O COMET Falhas Catastróficas - As análises concluíram os acidentes ocorreram devido a trincas de fadiga, favorecidas pela concentração de tensão nos furos de rebites localizados próximos às janelas. As trincas podem ter iniciado em defeitos que provavelmente presentes desde a fabricação do avião, e não teriam sido um problema nos aviões anteriores, em que os requisitos de pressão da cabine eram menores. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FALHA POR FADIGA: CHINA AIRLINES VÔO 611 Descrição - Em 25/05/2002 um Boeing 747-200, fazendo a rota de Taipei a Hong Kong desapareceu sobre o estreito de Taiwan. - O avião se desintegrou no ar, a 31.900 pés de altitude, matando 225 pessoas. - Os destroços foram recuperados e permitiram determinar as causas do acidente. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CHINA AIRLINES VÔO 611 Análise - A gravação de áudio da cabine mostrou que tudo estava normal até o instante do acidente, quando foi registrada uma assinatura de som característica de evento ocorrido longe da cabine, em área pressurizada do avião. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CHINA AIRLINES VÔO 611 Análise - Trincas de fadiga e marcas de fretting foram encontradas junto a um doubler (reparo) executado em maio de 1980, ou seja, 22 anos antes do acidente. - O avião foi adquirido em 1979. No dia 7/2/1980, ao pousar em Hong Kong, ocorreu um tail strike (raspagem da traseira na pista), causando riscos profundos na fuselagem. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CHINA AIRLINES VÔO 611 Análise - A trinca de fadiga iniciou num risco, próximo à extremidade do doubler, e não apresentava características típicas. As marcas de fretting foram devidas ao contato compressivo repetido, com pequeno deslizamento, entre o doubler e a chapa original. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CHINA AIRLINES VÔO 611 Análise - Os riscos do tail strike não foram totalmente removidos antes da aplicação do doubler e os rebites do reparo estavam dentro da área riscada. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CHINA AIRLINES VÔO 611 Conclusão - O doubler não cobriu toda a região danificada no tail strike. As tensões devidas aos ciclos de pressão/descompressão não foram aliviadas pelo doubler. Os riscos remanescentes atuaram como concentradores de tensão. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista CHINA AIRLINES VÔO 611 Conclusão - O atrito (fretting) entre o doubler e a chapa contribuiu para impedir que a trinca de fadiga fosse exposta. Dano cresceu indetectado por anos até a falha catastrófica. EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FALHA POR FADIGA: PARAQUEDAS MOTORIZADO EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FALHA POR FADIGA: PARAQUEDAS MOTORIZADOEEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FALHA POR FADIGA: PARAQUEDAS MOTORIZADO “The fracture surface was smooth, flat, and perpendicular to the principal axis of the bolt. Crack progression marks (beach marks) extended radially from one side of the bolt and covered approximately 90% of the fracture surface area. The remaining small region towards the outer edge of the bolt exhibited features consistent with an overstress failure. The large area of fatigue cracking and small overstress area indicated that failure of the bolt was due to high cycle low stress fatigue cracking”. Investigation Number: AE-2015-075 EEL Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista FIM DA AULA 1