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PG0030 – Fundição 2º semestre de 2016 AULA 2 – PROCESSOS DE MODELAGEM, MOLDAGEM E MACHARIA Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa Professor: Dr. Denilson José Marcolino de Aguiar MODELAGEM Processo Construção de réplica da peça fundição. Réplica = Modelo. Materiais de modelos Madeira; Metal (alumínio, aço); Resinas; Isopor; Cera; Modelo somente da peça? Não!!!! Todos os canais devem ser modelados, inclusive os massalotes... Enfim, todos os componentes do conjunto. Modelo em madeira Comuns em processos de areia fáceis adaptações de modelagem Todavia, menos resistentes... Modelo em madeira Usados para: Produção unitária 1 a 5 peças Produção pequena série ± 100 peças ... ainda produzir modelo mestre de metal Características da madeira Umidade (35 – 50 % da sua massa); Após o corte início da perda de água; Durante a etapa de secagem, ocorre a diminuição do volume (há heterogeneidade na contração !!!); Longitudinal - 0,1 %; Diâmetro - 3 a 5%. Características da madeira Como a madeira nunca fica totalmente seca, as fibras curvas tendem a se alinhar após o corte origem do empenamento. Modelos de madeira devem ser constantemente conferidos e esta observação deve ser acompanhada de manutenção (pequenos reparos com resinas, se necessário... Ou descarte... ) Madeira : Principais Matérias -primas Cedro Principal origem brasileira. Comum serem usadas outras madeiras imbuia, mogno, marfim e peroba. Modelos pequenos imbuia (resistência). Modelos grandes mais de um tipo de madeira compondo as partes, reforços... Madeira : Principais Matérias -primas Modelos de maior precisão lâminas de madeira resinada... Escolha feita por estas apresentarem pouca sensibilidade à umidade. Madeira : Método de produção dos moldes Ferramentas relativamente comuns Madeira : Método de produção dos moldes Madeira : Método de produção dos moldes Madeira : Método de produção dos moldes Madeira : Método de produção dos moldes Madeira : Método de produção dos moldes Madeira : Método de produção dos moldes Madeira : Método de produção dos moldes Madeira barata e fácil de modelar Mogno quando deseja-se mais estabilidade que o pinho, por exemplo. Umidade atmosférica alterações dimensionais... Umidades maiores que 75%, inviabiliza o uso. Tamanho do modelo determina a escolha da madeira. Metais Emprega-se modelos metálicos quando deseja-se: Resistência ao desgaste; Resistência ao impacto e compressão; Melhor acabamento superficial; Estabilidade dimensional; Resistência ao calor; Desmoldagem fácil. Qual as condições de processo que devo usar modelos metálicos? Produções em grande séries; Peças com paredes finas; Quando o modelo precisa ser aquecido “shell molding”; Modelos em resinas Ótima aceitação no mercado especialmente as resinas etoxilínicas. Resinas etoxilínicas Resinas do grupo EPÓXI. Estabilidade dimensional; Reprodução de vários modelos idênticos aos modelos de madeira de maneira simples; Características dos modelos em resinas Não contrai no endurecimento; Resistência química; Resistência mecânica; Resistência ao desgaste; Características dos modelos em resinas Ótimo acabamento superficial; Fácil de fazer reparos. Principalmente para peças médias e pequenas que duram mais que a madeira; Quando usar modelos em resinas? Maior estabilidade dimensional que a madeira e mais rápido e barato de fabricar que o metal; Quando usar modelos em resinas? Mais resistente à compressão que a madeira; Resistente ao ataque químico; Fácil extrair do molde. Como fazer modelos em resinas? Técnica mais comum PROTÓTIPO matriz negativa (pode ser plástica ou de gesso). Prototipagem – fase 1 Fixa-se o modelo numa superfície perfeitamente plana (para evitar que ele flutue na massa plástica). Se o modelo for de madeira, passa-se verniz e lustra a superfície. Passa-se cera ou separados de silicone na placa e lustra o modelo e ao redor do modelo. Prototipagem – fase 1 Coloca-se uma caixa de madeira ao redor deste modelo. Com misturas de resinas, enche-se a matriz. Prototipagem – fase 1 Resinas utilizadas: Superfície resina epóxi de alta resistência. Intermediário pó de quartzo e araldite (para dar boa fixação do enchimento). Prototipagem – fase 1 Resinas utilizadas: Enchimento Mistura de resina (pode ser araldite) + areia de quartzo Granulometria grossa Matrizes Pó Modelos. Prototipagem – fase 1 O tempo de endurecimento é de aproximadamente 2 horas. Extração do protótipo. Prototipagem – fase 2 Passa-se cera e lustra a cavidade da matriz. Enche-se a matriz com mistura de enchimento ... ... Aquela própria para modelos (quartzo com granulometria fina) Espera secar e extrai novos modelos só repetir a fase 2! Prototipagem – fase 2 Passa-se cera e lustra a cavidade da matriz. Enche-se a matriz com mistura de enchimento ... ... Aquela própria para modelos (quartzo com granulometria fina) Espera secar e extrai novos modelos só repetir a fase 2! Prototipagem rápida Outros métodos de produção de modelos em resina... Baseia-se em produzir sólidos tridimensionais a partir de uma base de dados CAD. Construção de peças em camadas (maioria por deposição de material). Prototipagem rápida (PR) Máquina de PR Impressora 3D de multijateamento que usa resina para obtenção de moldelos, moldes, macho, caixa de macho, depositando camada sobre camada (arquivo STL por exemplo). Prototipagem rápida (PR) Custo mais alto profissionais qualificados (computação)... Custo de softwares de transferência de dados... Prototipagem rápida (PR) ... Por outro lado Redução de erro e de tempo de fabricação. Inclusive, é possível depositar finas camadas de metal aumenta vida útil e ciclo de produção! Produção uitária de peças grandes ou de difícil moldagem. Modelos em isopor Isopor gaseificável modelo fica no molde para ser queimado pelo metal líquido Modelos em isopor Corte dos elementos e união das partes. Produção dos modelos em isopor Injeção dos elementos em matriz produção em série de modelos em isopor. Baixa resistência necessidade de fazer com areia aglomerada e a resina deve ser de cura a frio ou silicato de sódio. Características dos modelos em isopor Baixo custo; Socagem danificaria o modelo Fácil trabalho manual e sem linha de apartação Elimina a necessidade de macho Fundição de precisão matriz metálica Modelos em cera Banho em lama refratária “Estampar” o modelo em cera + união das partes. Espessamento da casca refratária. Derretimento da cera. 1) Corpo corresponde à parte externa da peça. É nele que são inseridos acréscimos dimensionais correspondentes à contrações no estado sólido e de usinagem. Componentes de modelo e caixa de macho 2) Marcações de macho saliências no molde (impressas na areia) acomodação dos machos (estabilidade) são cavidades! 3) Apartação parte divisória do modelo (feitos em 2 ou + partes para facilitar a moldagem). Componentes de modelo e caixa de macho 4) Ângulos de saída inclinações nas paredes do modelo extração do modelo sem danificar o molde 5) Partes interiores em peças simples próprio modelo... Em peças complexas necessidade de macho. Componentes de modelo e caixa de macho 6) Pino guia justaposição das partes do modelo. 5) Canais e massalotes elementos que permitem obtenção de formas dos canais e massalotes com acesso ao modelo. Componentes de modelo e caixa de macho 6) Acessórios pinos de extração para auxiliar na retirada do modelo. Modelos unitários 1 a 5 peças; Madeira macia; Baixo custo; Modelos em monobloco (mas não tem impedimento de serem bipartidos) apenas pela simplicidade, pois o foco é minimizar custo. Modelo da peça Modelo da peça Modelos de pequena quantidade 5 a 20 peças; Geralmente desmontáveis;Superfície de apartação; Madeira dura e envernizada; Conforme a complexidade 2 ou mais partes Modelo da peça Modelos séries médias 20 a 100 peças; Produção em série simplificar moldagem; Fixação de 1 ou vários modelos com os modelos de sistema de canais + massalotes tudo na mesma placa! ...PLACA MODELO Modelo da peça Modelos séries médias Modelo em madeira dura (envernizada ou plastificada) montagem em placa de compensado laminado. Modelo da peça Modelos para grandes séries 100 a 1000 peças; Precisa-se de elevada resistência mecânica; Preferencialmente usa-se PLACAS METÁLICAS. Modelo da peça Projeto para evitar entrada de gases Modelo de canais Projeto para aumento lento e progressivo da velocidade no interior dos canais Redução da área lei da continuidade... aumenta-se a velocidade Redução da área perda de pressão pontual aumento da pressão de todo líquido anterior. Projeto para evitar escoamento em espiral arraste de gases e impurezas Modelo de bacias de vazamento Evitar turbulência excessiva no escoamento Manter número de Reynolds entre 2000 – 20000 regime turbulento, mas não excessivamente... Função evitar formação de rechupe Modelo de massalotes Cálculo dos módulos parciais de resfriamento otimizar o volume, posição, número de massalotes e sua zona de ação. Fazer com que o massalote seja ponto quente concentrar defeitos!!!. Modelo de massalotes Modelo de massalotes Pinos Guia Fixo em uma das partes do modelo ajuste em furos abertos na outra metade Evitar que toque o fundo grãos de areia presos, prejudicariam o ajuste. Pinos Guia Furo + fundo que o comprimento do pino Pinos Guia Série de peças em grandes quantidades presença de canais e massalotes Placas modelo Na prática temperatura da placa menor que a do molde de areia (2 a 5 ºC) Garantir posições mais estáveis evitar deslocamento durante fechamento do molde e vazamento. Marcações de macho Precisão da peça posicionadores e referências na marcação Projetos precisam sempre visar facilidade na moldagem Marcações de macho Marcações de macho Marcações de macho Marcações de macho Marcações de macho Marcações de macho Marcações de macho Modelos de grande porte Necessidade de mão-de-obra especializada poucos recursos para confeccionar o molde Exemplos: Gabaritos peças grandes com poucos detalhes como uma tampa de máquina... Peças complexas machos seccionados moldagem em secções cada secção tem uma caixa de macho Modelos de grande porte Justaposição de machos cavidades no piso da fábrica compõem o molde. Machos presos por tirantes resistir à deformação. Modelos de grande porte Métodos de moldagem e macharia... Aqueles vistos na aula anterior Areia verde; Shell molding; Cera perdida; Silicato de sódio + CO2; Modelo em espuma de isopor Referências complementares: FERREIRA, J. M. G. C. Tecnologia da Fundição. Editora Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1999. TORRE, J. Manual prático de fundição e elementos de prevenção da corrosão (Traduzido para o Português). Editora Hemus, São Paulo, 2004. BEELEY, P. Foundry Technology. Editora Butterworth Heinemann (2ª ed.), Oxford, 2001. REFERÊNCIAS BALDAM, R.L.; VIEIRA, E.A. Fundição: Processos e tecnologias correlatas. Editora Érica, São Paulo, 2013. Capítulos: 5 (inteiro) ; Complemento da aula anterior: 6 – ítem 6.1 (e sub itens).