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Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. João Paulo Cavalcante Lima 
 
Revisão Textual: 
Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercados Financeiros 
Espero que a unidade sobre o Sistema Financeiro 
Nacional (SFN) tenha sido proveitosa. Utilize o Fórum 
“Sanando Dúvidas” para enviar questões que não ficaram 
claras no transcorrer da unidade. 
Agora, vamos tratar da segunda unidade da 
disciplina, “Mercados Financeiros”. Nesta unidade, nós 
entenderemos quais são as diferenças entre os mercados: 
monetário, de crédito, de capitais e cambial e também, 
exploraremos suas respectivas características. 
Então, você já sabe, acesse a pasta "Materiais 
Didáticos", lá encontrará a descrição das atividades 
propostas para esta segunda unidade. Não se esqueça de 
fazer as atividades dentro dos prazos. A sua participação é 
fundamental para o seu desenvolvimento e crescimento 
profissional. 
Em caso de dúvidas, estarei em contato permanente 
com você por meio do ambiente de aprendizagem virtual 
Blackboard. 
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
 
Para que você perceba e entenda a importância dos Mercados Financeiros e os 
impactos de suas mudanças no nosso cotidiano eu lhe convido para acessar o Portal da 
Revista Exame e ler a seguinte matéria: “Bolsa lidera ranking dos investimentos mais 
rentáveis em 2009”. 
O link que o levará a matéria é: http://portalexame.abril.com.br/economia/bolsa-lidera-
ranking-investimentos-mais-rentaveis-2009-522914.html 
No entanto, acredito que “passear” pelo Portal da Revista Exame 
(http://portalexame.abril.com.br/) contribuíra para o seu desenvolvimento e crescimento 
profissional, pois você começará a visualizar a interação desses mercados com a sociedade 
como um todo, ou seja, você desenvolverá uma visão mais holística dos negócios. 
 
 
Contextualização 
http://portalexame.abril.com.br/economia/bolsa-lidera-ranking-investimentos-mais-rentaveis-2009-522914.html
http://portalexame.abril.com.br/economia/bolsa-lidera-ranking-investimentos-mais-rentaveis-2009-522914.html
http://portalexame.abril.com.br/
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 A intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com base em quatro 
subdivisões estabelecidas para o mercado financeiro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de servirem de referência para o estudo do mercado financeiro, esses 
segmentos sugeridos de mercado muitas vezes se confundem na prática, permitindo que 
várias operações financeiras interajam por meio de um amplo sistema de comunicações. 
Apresentam, ainda, uma referência comum para as diversas negociações financeiras, a taxa de 
juros, entendida como a moeda de troca desses mercados. 
O mercado monetário envolve as operações de curto e curtíssimo prazos, 
proporcionando um controle ágil e rápido da liquidez da economia e das taxas de juros 
básicas pretendidas pela política econômica das autoridades monetárias. 
O mercado de crédito engloba as operações de financiamento de curto e médio prazos, 
direcionadas aos ativos permanentes e capital de giro das empresas. Esse mercado é 
constituído, basicamente, pelos Bancos Comerciais e Sociedades Financeiras. 
O mercado de capitais contempla as operações financeiras de médio e longo prazos, e 
de prazo indeterminado, como as operações com ações. 
O mercado cambial inclui as operações de conversão (troca) de moeda de um país pela 
de outro, determinada principalmente pela necessidade da prática do comércio internacional. 
 
Material Teórico 
 
 
2. Mercado Monetário 
 
O mercado monetário encontra-se estruturado visando ao controle da liquidez 
monetária da economia. Os papéis são negociados nesse mercado tendo como parâmetro de 
referência a taxa de juros, que se constitui em sua mais importante moeda de transação. Os 
papéis que lastreiam as operações do mercado monetário caracterizam-se pelos reduzidos 
prazos de resgate e alta liquidez. 
São negociados, principalmente, os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, com o 
objetivo de financiar o orçamento público (ex.: NTN – Notas do tesouro Nacional; LTN – 
Letras do Tesouro Nacional), além de diversos títulos públicos emitidos pelos Estados e 
Municípios. 
São ainda negociados no mercado monetário os certificados de depósitos 
interfinanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições financeiras, e títulos de emissão 
privada, como o certificado de depósito bancário (CDB) e debêntures. 
 
2.1. Sistemas de Custódia e Liquidação de Títulos – Selic e Cetip 
Grande parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário são 
escriturais, ou seja, não são emitidos fisicamente, exigindo maior organização em sua 
liquidação e transferência. As negociações com esses valores são, dessa forma, controladas e 
custodiadas por dois sistemas especiais, denominados de SELIC e CETIP. 
O Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi desenvolvido pelo Banco 
Central do Brasil e a Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) em 
1979, voltado a operar com títulos públicos de emissão do Banco Central do Brasil (Bacen) e 
do Tesouro Nacional. Esse sistema constitui-se, em verdade, num grande computador que 
tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e de venda de 
títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. 
A Cetip – Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados – passou 
a funcionar a partir de 1986 como um sistema bastante semelhante ao Selic, só que abrigando 
títulos privados. Algumas vezes, o sistema opera também com títulos públicos que se 
encontram em poder do setor privado da economia. 
O principal título do sistema Cetip é o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), 
que permite transferências de recursos (liquidez) entre as instituições do sistema financeiro. A 
Cetip opera também com outros títulos, como CDB, Debêntures, “Commercial Papers” (notas 
promissórias), Letras Financeiras do Tesouro (LFT) etc. 
 
 
As operações financeiras da Cetip processam-se por transferência bancárias de fundos 
(cheques ou formas equivalentes), e somente após as respectivas compensações é que o 
sistema providência as transferências da custódia dos títulos. 
Os dois sistemas de liquidação e custódia (Selic e Cetip) têm por objetivo básico 
promover a boa liquidação das operações do mercado monetário, propiciando maior 
segurança e autenticidade aos negócios realizados. Por sua importância no volume de 
operações do mercado monetário, o Selic e a Cetip divulgam periodicamente duas taxas de 
juros amplamente adotadas pelos agentes econômicos, a taxa Selic e a taxa Cetip. 
Por meio do Selic, as instituições financeiras podem adquirir e vender títulos todos os 
dias, criando uma taxa diária conhecida por overnight e representativa das operações de um 
dia útil. 
Como os títulos negociados no Selic são de grande liquidez e teoricamente de risco 
mínimo (títulos públicos), a taxa definida no âmbito desse sistema é aceita como uma taxa 
livre de risco da economia, servindo de importante referencial para a formação dos juros de 
mercado. 
Dessa maneira, ao se identificar a taxa Selic tem-se a taxa de juro por dia útil formada 
pelas negociações que envolvem os títulos públicos, também denominada de taxa de 
carregamento, por difundir a ideia de que o investidor, por meio dos juros da aplicação, está 
carregando o título. 
 
 
2.2. Títulos Públicos 
Os governo federal, estadual e municipal costumam captar recursos no Mercado 
Financeiro por intermédio da emissão de títulos públicos visando a suprir suas necessidades 
de recursos de custeio e investimento.Esses títulos constituem-se em alternativa de 
investimento para o mercado e são registrados como dívida mobiliária. Os títulos estaduais e 
municipais apresentam baixa liquidez no mercado, tendo uma circulação mais restrita. Os 
títulos públicos federais, ao contrário, têm maior aceitação e liquidez. 
As vendas de títulos públicos podem ser realizadas mediante três formas: 
 
 oferta pública com realização de leilões; 
 oferta pública sem a realização de leilões (venda direta 
pelo Tesouro); 
 emissões destinadas a atender a necessidades 
específicas previstas em lei. 
 
 
Os títulos da dívida pública do Governo Federal, de responsabilidade do Tesouro 
Nacional, classificados pela natureza de suas emissões, são apresentados a seguir: 
 
Títulos do Tesouro Nacional Títulos do Banco Central 
BTN – Bônus do Tesouro Nacional BBC – Bônus do Banco Central 
LTN – Letras do Tesouro Nacional LBC – Letras do Banco Central 
LFT – Letras Financeiras do Tesouro NBC – Notas do Banco Central 
NTN – Notas do Tesouro Nacional 
CTN – Certificado do Tesouro Nacional 
CFT – Certificado Financeiro do Tesouro 
 
 
 
2.3. Mercado Aberto 
O mercado monetário encontra-se estruturado visando ao controle da liquidez 
monetária da economia por meio de operações de compra e venda de títulos públicos. 
Ao decidir reduzir a oferta monetária da economia, a autoridade monetária coloca 
(vende) títulos de sua emissão junto aos agentes econômicos, retirando do sistema monetário 
parte do dinheiro em circulação. Ao contrário, desejando expandir os meios de pagamento e, 
consequentemente, a liquidez da economia, recompra os títulos anteriormente vendidos, 
contribuindo com isso para o aumento da oferta de moeda. 
Dentro desse enfoque econômico, as operações realizadas dentro do âmbito do 
mercado aberto constituem importante instrumento de política monetária. A liquidez 
monetária da economia pode ser regulada, assim como supridas as necessidades de caixa do 
Tesouro Nacional, de forma mais dinâmica e imediata pelas operações de compra e venda de 
títulos públicos no mercado. A maior flexibilidade desse sistema, comparativamente aos outros 
instrumentos de política monetária, permite que se regule, no dia a dia da economia, o nível 
da oferta monetária e da taxa de juros a curto prazo. 
O funcionamento do mercado aberto é relativamente simples. Para captar recursos no 
mercado, o Banco Central, como executor da política monetária, efetua a venda primária 
(leilão primário) de títulos de sua emissão. Essa colocação desenvolve-se por meio do 
recebimento de propostas feitas por instituições financeiras junto aos dealers, que são 
 
 
instituições escolhidas como representantes do Bacen no mercado. O Banco Central pode 
aceitar ou não as ofertas recebidas de compra dos títulos de sua emissão, objetos de leilão. 
A instituição financeira adquirente do papel no leilão primário pode renegociar esses 
ativos no denominado mercado secundário, cujo instrumento de operação é o open market 
(mercado aberto). Nesse mecanismo, a instituição financeira vende o título com o 
compromisso de recomprá-lo em uma data futura, financiando assim sua posição. O 
diferencial de taxa de juros verificada entre o que é ganho na compra do título e o que é pago 
em sua colocação (financiamento) é que determina a receita financeira (spread) da instituição. 
O prazo de vencimento de um título objeto do mercado aberto é geralmente superior 
ao de sua colocação no mercado (com compromisso de recompra), determinando-se, com 
isso, a possibilidade de que um mesmo papel seja negociado diversas vezes até o seu resgate 
final. 
As operações de open market são atualmente exclusivas das instituições financeiras. Os 
bancos utilizam esse mercado secundário também para recompor suas necessidades mais 
imediatas de caixa, mediante trocas de reservas lastreadas em títulos públicos. 
Quando o financiamento das instituições financeiras no mercado secundário se realiza 
por somente um dia, a instituição repassa os títulos públicos subscritos aos investidores com o 
compromisso de recomprá-los no dia seguinte, a operação é conhecida por overnight. 
 
 
3. Mercado de Crédito 
 
O mercado de crédito visa, fundamentalmente, a suprir as necessidades de caixa de 
curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de créditos 
às pessoas físicas, seja por empréstimos e financiamentos às empresas. 
As operações desse mercado, dentro de uma política de especialização do Sistema 
Financeiro Nacional, são tipicamente realizadas por instituições financeiras bancárias (bancos 
comerciais e múltiplos). As atividades dos bancos, que visam, principalmente, a reforçar o 
volume de captação de recursos, têm evoluído para um processo de diversificação de 
produtos financeiros e também na área de serviços prestados. 
Muitas vezes, são também incluídas no âmbito do mercado de crédito as operações de 
financiamento de bens de consumo duráveis praticadas pelas sociedades financeiras. Nessa 
estrutura, a atuação do mercado torna-se mais abrangente, provendo recursos a médio prazo, 
por meio de instituições financeiras não bancárias, aos consumidores de bens de consumo. 
 
 
 
3.1. Serviços Bancários 
O sistema bancário presta inúmeros e importantes serviços a todos os segmentos da 
economia, cujas opções vêm ampliando-se bastante nos últimos anos. Essas atividades 
impulsionam o crescimento de inúmeras instituições, seja por meio da cobrança de tarifas ou 
outras formas de receitas ou, ainda, pelo ganho que podem obter do floating que diversas 
operações costumam oferecer. 
O floating é entendido como uma retenção temporária por uma instituição de recursos 
de terceiros, proporcionando ganhos financeiros provenientes da aplicação desses valores até 
a data de entrega a seus proprietários. Por exemplo, um banco pode receber certa quantia em 
cobrança de um título de um cliente, sendo o valor creditado na conta do titular somente um 
ou dois dias após a cobrança. Nesse intervalo, a instituição apura uma receita financeira pela 
aplicação que venha a fazer desses recursos. 
Alguns dos principais serviços prestados pelas instituições bancárias são apresentados a 
seguir: 
 
 emissão de saldos e extratos de conta corrente em terminais de computador; 
 emissão de documentos de créditos (DOC e TED); 
 acesso eletrônico a saldos de aplicações financeiras, e relacionamento via 
internet; 
 extratos por meio de fax e serviços de homebanking; 
 fornecimento de requisições avulsas de talões de cheques e de cheques avulsos; 
 serviços de courier (entrega de talões de cheques, cartões e outros documentos 
em domicílio); 
 caixas eletrônicos para saques, depósitos e pagamentos etc; 
 emissões de cartões eletrônicos e cartões de créditos; 
 sustação de pagamento de cheques; 
 cobranças bancárias; 
 débito automático em conta corrente de tarifas públicas; 
 cofres de aluguel; 
 abertura de crédito etc. 
 
 
 
Os serviços prestados são geralmente cobrados dos clientes, por meio de tarifas 
bancárias, exceto alguns casos previstos em resolução do BACEN. Os bancos devem afixar, 
em suas agências, os valores cobrados por cada tipo de serviço prestado, assim como a 
periodicidade do pagamento. É permitida aos bancos, ainda, a cobrança de tarifas unificadas, 
por meio da oferta de um pacote englobando diversos serviços. Alguns clientes especiais, 
ainda, que oferecem reciprocidade aos bancos, costumam ter isenção parcial ou total das 
tarifas cobradas. 
O BACEN define certos serviços como isentos de cobrança de tarifas, como 
fornecimento de um extrato mensal de movimentação da conta corrente, fornecimento de 
cartão magnético (ou de um cheque mensal com no mínimo 10 folhas), manutenção de 
Caderneta de Poupança, devolução de cheques (exceto por motivo de insuficiência de 
fundos), entre outros. 
 
 
4. Mercado de Capitais 
 
O mercado decapitais assume papel dos mais relevantes no processo de 
desenvolvimento econômico. É o grande municiador de recursos permanentes para a 
economia, em virtude da ligação que efetua entre os que têm capacidade de poupança, ou 
seja, os investidores, e aqueles carentes de recursos de longo prazo, ou seja, que apresentam 
déficit de investimento. 
O mercado de capitais está estruturado de forma a suprir as necessidades de 
investimentos dos agentes econômicos, por meio de diversas modalidades de financiamentos 
a médio e longo prazos para capital de giro e capital fixo. É constituído pelas instituições 
financeiras não bancárias, instituições componentes do sistema de poupança e empréstimo 
(SBPE) e diversas instituições auxiliares. 
O mercado de capitais oferece também financiamentos com prazo indeterminado, 
como as operações que envolvem a emissão e subscrição de ações. 
As principais modalidades de financiamento realizadas e os instrumentos financeiros 
negociados no âmbito do mercado de capitais nacional e internacional são: 
 
 
 
 
 
 
 financiamentos de capital de giro; 
 operações de repasses; 
 arrendamento mercantil; 
 oferta pública de ações e debêntures; 
 securitização de recebíveis; 
 mercado de bônus (bonds); 
 warrants e títulos conversíveis; 
 forfaiting; 
 cadernetas de poupança; 
 fundo garantidor de crédito; 
 mercado de ouro no Brasil. 
 
4.1. Arrendamento Mercantil 
A operação de arrendamento mercantil pode ser compreendida como uma forma 
especial de financiamento. Basicamente, essa modalidade é praticada mediante a celebração 
de um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma 
sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), visando à utilização, por parte do 
primeiro, de certo bem durante um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma 
de aluguel (arrendamento). 
A empresa de leasing, na verdade, intervém entre a empresa produtora do bem ativo e 
a empresa que necessita do bem. O ativo demandado pela empresa arrendatária é adquirido 
pela sociedade de arrendamento mercantil e transferido ao cliente por determinado período. 
Ao final desse prazo, à arrendatária é assegurado o direito de prorrogar o contrato, devolver o 
bem à empresa arrendadora ou adquirir o bem definitivamente pelo preço estabelecido no 
contrato de arrendamento firmado. 
As prestações do aluguel do bem, comumente denominadas contraprestações, são 
normalmente mensais, iguais e sucessivas, nada impedindo que sejam estabelecidas outras 
formas de pagamento. Essa modalidade de arrendamento é denominada leasing 
financeiro, amplamente adota no Brasil. 
Outra modalidade de arrendamento mercantil praticada no mercado por empresas 
carentes de recursos a longo prazo para giro é o lease-back. Nessa operação, a empresa 
tomadora de recursos, proprietária (ou produtora) de um bem, por meio de um único contrato 
de arrendamento, vende para a sociedade de leasing o ativo e o arrenda simultaneamente. 
Pelo lease-back, uma empresa passa de proprietária para arrendatária do ativo, podendo 
continuar utilizando normalmente o bem como se fosse um leasing financeiro. 
O denominado leasing operacional, apesar de bastante difundido no exterior, 
apresenta pouco uso no Brasil. Essa modalidade constitui-se em locação de um bem, em que 
o valor residual obtido ao final do contrato é avaliado por seu preço de mercado. Os valores 
pagos na locação não podem ultrapassar 75% do valor do bem, correndo todas as despesas 
 
 
de manutenção por conta da empresa de leasing (arrendadora). O bem é geralmente 
devolvido à empresa de leasing ao final do prazo contratado, permitindo que seja novamente 
arrendado no mercado. Essa renovação do contrato de leasing é essencial para que a empresa 
arrendadora possa recuperar o investimento efetuado no bem e os custos dos serviços de 
manutenção e existência técnica prestados. 
As principais vantagens do arrendamento mercantil para uma empresa arrendatária 
podem ser resumidas da seguinte maneira: 
 permite a renovação periódica da maquinaria da empresa, atendendo assim às 
exigências do desenvolvimento tecnológico e do próprio mercado; 
 evita os problemas e as dificuldades do processo de imobilização, reduzindo o 
risco da empresa; 
 permite maior flexibilidade e dinamismo aos recursos financeiros da empresa, 
deixando os mesmos disponíveis para outros investimentos e para a sustentação 
do capital de giro; 
 pode-se obter, também, um benefício fiscal para as empresas oriundo da 
dedutibilidade integral, para efeitos de cálculo da provisão para o Imposto de 
Renda das pessoas jurídicas, das contraprestações do contrato de arrendamento. 
Apesar de todas essas vantagens, o leasing não pode ser considerado como a solução 
ótima para toda a necessidade de financiamento. É preferível considerá-lo como uma opção a 
mais colocada à disposição das empresas, opção essa que exigirá sempre uma análise 
cuidadosa de suas condições de utilização. 
 
 
5. Mercado Cambial 
 
O mercado cambial é o segmento financeiro em que ocorrem operações de compras e 
vendas de moedas internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de 
moeda nacional em estrangeira e vice-versa. Esse mercado reúne todos os agentes 
econômicos que tenham motivos para realizar transações com o exterior, como operadores de 
comércio internacional, instituições financeiras, investidores e bancos centrais, que tenham 
necessidades de realizar exportações e importações, pagamentos de dividendos, juros e 
principal de dívidas, royalties e recebimentos de capitais e outros valores. 
O Banco Central, de forma mais específica, atua nesse mercado cambial visando, 
principalmente, ao controle das reservas cambiais da economia e manter o valor da moeda 
nacional em relação a outras moedas internacionais. 
 
 
A demanda por moeda estrangeira está refletida nos importadores, investidores 
internacionais, devedores que desejam amortizar seus compromissos com credores 
estrangeiros, empresas multinacionais que necessitem remeter capitais e dividendos etc. No 
grupo de vendedores de moedas estrangeiras, incluem-se os exportadores, os tomadores de 
empréstimos, os turistas que deixam o país, entre outros. 
As operações cambiais processam-se basicamente por meio de operadores (corretores) 
de câmbio, que são especialistas vinculados às instituições na função de transacionar divisas, e 
as corretoras de câmbio, que atuam como intermediários entre os operadores e os agentes 
econômicos interessados em comprar e vender moedas. O corretor de câmbio intervêm nas 
operações cambiais aproximando as partes interessadas em negociar divisas e municiando os 
participantes com importantes informações relacionadas às negociações e taxas de mercado. 
O mercado de câmbio no Brasil encontra-se atualmente 
segmentado em: 
a) Mercado de câmbio de taxas livres – câmbio comercial. 
b) Mercado de câmbio de taxas flutuantes – câmbio turismo. 
As taxas de câmbio comercial (taxas livres) cobrem as operações de importações e 
exportações, pagamentos internacionais de juros e dividendos, empréstimos externos, 
investimentos de capital etc. 
As taxas flutuantes incluem as negociações de moeda estrangeira para operações de 
turismo e demais despesas relacionadas. 
Diversos fatores são determinantes para a formação das paridades monetárias no 
mercado de câmbio. Um fator que influi na taxa de câmbio é o nível de reservas monetárias 
que um país deseja manter. Quando surge a necessidade de elevar-se o volume dessas 
reservas, determinado principalmente pela obrigação em cumprir certos pagamentos no 
exterior, a autoridade monetária promove intervenção no mercado de moedas estrangeiras, 
alterando a taxa de câmbio. Com isso, incentiva um aumento das operações da economia e, 
de maneira oposta, inibe as importações. A atuação do Banco Central no mercado dá-se 
principalmentepela compra e venda de moeda estrangeira no mercado. 
Outro fator que atua sobre a taxa de câmbio é a liquidez da economia, entendida pelo 
nível interno de oferta da moeda. Em situação de aperto de liquidez, os importadores de bens 
e serviços costumam adiar suas aquisições e, de maneira inversa, os exportadores procuram 
antecipar seus negócios para realizarem recursos de caixa. Essas decisões, geralmente, 
tomadas elevam a oferta de moeda estrangeira, promovendo uma redução da taxa de 
cambio. 
Outros fatores importantes, ainda, são apontados como influenciadores das paridades 
cambiais, como a taxa de inflação doméstica e a do resto do mundo, política de juros etc. 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
 
 
 
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