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PLASTICIDADE E APRENDIZAGEM MOTORA

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PLASTICIDADE E APRENDIZAGEM MOTORA
Plasticidade cerebral
“A plasticidade cerebral refere-se à capacidade que o Sistema Nervoso (SN) possui em alterar
algumas das suas propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente.”
“Refere-se à habilidade do cérebro de aprender, lembrar e esquecer, bem como sua capacidade de
reorganizar-se e recuperar-se de uma lesão.”
Introdução
Durante muito tempo, acreditou-se que o Sistema Nervoso Central (SNC), após seu
desenvolvimento, tornava-se uma estrutura rígida, que não poderia ser modificada, e que
lesões nele seriam permanentes, pois suas células não poderiam ser reconstituídas ou
reorganizadas. Hoje, sabe-se que o SNC tem grande adaptabilidade e que, mesmo no cérebro
adulto, há plasticidade na tentativa de regeneração.
A plasticidade neural refere-se à capacidade que o SNC possui em modificar algumas das
suas propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente. Na
presença de lesões, o SNC utiliza-se desta capacidade na tentativa de recuperar funções
perdidas e/ou, principalmente, fortalecer funções similares relacionadas às originais. Para
termos plasticidade cerebral temos que ter mudanças morfológica dos neurônios, nas sinapses das
conexões, muda a funcionalidade dos neurônios
O ambiente tem que estimular o sistema nervosos a mudar para se adaptar
A neuroplasticidade ou plasticidade neural é definida como a capacidade do sistema nervoso
modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência, e a mesma,
pode ser concebida e avaliada a partir de uma perspectiva estrutural (configuração
sináptica) ou funcional (modificação do comportamento). Todo o processo de reabilitação
neuropsicológica, assim como as psicoterapias de um modo geral, se baseiam na convicção
de que o cérebro humano é um órgão dinâmico e adaptativo, capaz de se reestruturar em
função de novas exigências ambientais ou das limitações funcionais impostas por lesões
cerebrais.
A unidade funcional do sistema nervoso não é mais centrada no neurônio mas concebida
como uma imensa rede de conexões sinápticas entre unidades neuronais, além de células
gliais, as quais são modificáveis em função da experiência individual, ou seja, do nível de
atividade e do tipo de estimulação recebida.
ESTÁGIOS DA PLASTICIDADE DO SISTEMA NERVOSO
● Desenvolvimento
● Aprendizagem
● Após processos lesionais
● Mudanças plásticas acontecem durante a todo momento de acordo com as mudanças do
ambiente
PLASTICIDADE DURANTE O DESENVOLVIMENTO
▪ Tem início no período embrionário e só termina na vida extra uterina
▪ Embriogênese e Maturação
- proliferação
- diferenciação
- migração e agregação
PLASTICIDADE POR APRENDIZAGEM
● Mecanismos específicos através dos quais os eventos do ambiente modelam o comportamento
● Cérebro na infância e mais plástico pois tem maior quantidade de neurônios, maior
quantidade de sinapses
● Aprendizado: processo por meio do qual adquirimos conhecimento sobre o mundo. É uma
mudança no comportamento como resultado da experiência
● Ambiente e um fator estimulante
● Temos que exposto a experiências para que ocorra o aprendizado
● Declarativo ou explícito - pode ser chamado de aprendizado cognitivo- podemos falar sobre
ele, somos expostos a esse aprendizado e temos que repetir para ficar fixo e isso torna nosso
aprendizado mais forte, sinapses fortalecidas maior a chance daquele contato com o
conhecimento e pode se tornar permanente
● Podemos aprender de várias formas através de desenho, leitura, falar sobre isso aumenta a
frequência de comunicações entre neurônios
● Não declarativo ou implícito - pode ser chamada de motor - não está claro. não consegue
falar sobre ele e óbvio que você precisa de uma conexão entre os neurônios mas e muito mais
implícito que no caso e o motor, preciso aprender fazendo. Um exemplo e andar de bicicleta
PLASTICIDADE APÓS PROCESSOS LESIONAIS
● A lesão do SN destrói a complexa cadeia de neurônios obstruindo e/ou alterando a
transmissão dos sinais neurais.
● Perda de cadeias de neurônios
● Pode ser comprometida ou interrompida
● Vários graus de comprometimento
Mecanismos básicos de recuperação do SN:
● Alterações sinápticas - mudanças na estrutura desses neurônios, na morfologia que provoca
e estimula a recuperação desses neurônios
● Reorganização funcional
● Fatores neurotróficos - fatores que estimula o processo de recuperação
Alterações sinápticas
Neurônio amarelo pré sináptico
Neurônio azul pós sináptico
Recuperação da a eficácia sináptica- Temos uma lesão, a área perilesional e temos um processo
inflamatória e aí temos uma interrupção de conexão, com a diminuição do edema a conexão dos
neurônios, e o mais simples a função volta a partir do momento que o agente for retirado que
consiste em fornecer ao tecido nervoso um ambiente mais favorável à recuperação. Nesta
fase, a recuperação é feita por drogas neuroprotetoras, que visam a uma melhor oferta do
nível de oxigenação e glicose, à redução sanguínea local e do edema
Potencialização sináptica - temos um neurônio pré sináptico que foi lesionado e quem sobra na
lesão potencializa para poder dar conta do serviço, a forma dele mudou para poder fazer as
conexões, este processo consiste em manter as sinapses mais efetivas, por meio do
desvio dos neurotransmissores para outros pontos de contatos que não foram lesados;
Supersensibilidade de denervação - e um processo que acontece principalmente na
plasticidade de desenvolvimento na fase embrionária, temos neurônios que não servem m e aí o
cérebro mata o neurônio pois não serve mais e ele aumenta a quantidade dos receptores dos
neurônios que ficaram funcionais, em caso de denervação, a célula pós-sináptica deixa de
receber o controle químico da célula pré-sináptica, dessa forma, para manter seu
adequado funcionamento a célula promove o surgimento de novos receptores de
membrana pós-sináptica;
Recrutamento de sinapses latentes - ela é silenciosa , em casos de lesão essa sinapse que não
estava trabalhando e recrutada para fazer o serviço da outra que foi lesionada, existem,
mesmo em situações fisiológicas, algumas sinapses que, morfologicamente, estão
presentes, mas que, funcionalmente, estão inativas. Essas sinapses são ativadas ou
recrutadas quando um estímulo importante às células nervosas é prejudicado.
Persistência de hiper inervação - Ilustra uma lesão na infância, persistir nos neurônios e
mantém a hiper inervação
Brotamento - fazer a analogia com a árvore podada cresce mais forte, este fenômeno consiste na
formação de novos brotos de axônio, oriundos de neurônios lesados ou não-lesados. Há dois
tipos:
Regenerativo - busca outro caminho, ocorre em axônios lesados e constitui a formação de
novos brotos provenientes do segmento proximal, pois o coto distal, geralmente, é
rapidamente degenerado. O crescimento desses brotos e a formação de uma nova sinapse
constituem sinaptogênese regenerativa.
Colateral - produzem substâncias neurotróficas para sinalizar, emite um colateral que vai em
direção para um outro, ocorre em axônios não lesionados, em resposta a um estímulo que não
faz parte do processo normal de desenvolvimento. Este brotamento promove uma sinaptogênese
reativa e já foi identificado no córtex, no núcleo vermelho e outras regiões cerebrais.
Reserva Cognitiva
● Nascimento - Genético
● Até 2 década - Educação, mais estímulo maior e a acumulação você tem durante a vida
● 20 aos 60 anos - Complexidade do trabalho - experiências de trabalho
● Após os 60 - Rede relacionamento, lazer, atividade física
Reorganização Funcional
● Os mapas das áreas funcionais do córtex cerebral são produzidas pelo registro da atividade
neuronal, em resposta à estimulação sensorial ou durante as contrações musculares
● É possível observar realocação de funções neurais no córtex cerebral
● A separação entre as representações no mapa cortical são dinâmicas e dependem do uso da
parte do corpo
Fatores Neurotróficos
● O SN tem muitos meios de reorganizaçãoe regeneração, mas também de produção de fatores
tóxicos. Portanto, o equilíbrio entre esses produtos parece determinar o resultado final
● Capacidade de regeneração
● Geneticamente programada
● Dependente do meio
● NGF NCAM
Diferenças na Capacidade de regeneração do sistema nervoso central e periférico
● A lesão de axônios centrais provoca a morte da maioria dos neurônios atingidos
● O microambiente do SNC não favorece o crescimento regenerativo dos axônios
● Não há produção de fatores de crescimento neural e sim, moléculas inibidoras da
regeneração
● Falta de um condutor tubular como no SNP
● Sistema nervoso central e mais difícil pois tem muito glutamato, micro ambiente não é
favorável
Fatores que influenciam a recuperação motora
● Existem alguns fatores que interferem direta ou indiretamente nos processos plásticos, de
aprendizagem e, consequentemente, na reabilitação do paciente neurológico
● São eles:
● Idade - quanto mais jovem melhor mas não é um fator super determinante
● Características da lesão - local dela
● Estado emocional - temos possibilidade de modificar esse estado
● Habilidades cognitivas
● Experiências prévias
● Ambiente
● Intervenção terapêutica
● Outras pesquisas...
● Aspectos positivos - ambiente enriquecido
● Fatores ao longo da vida - alimentação, atividade física, relacionamentos
Princípios de reaprendizagem motora relevantes para a atuação terapêutica
● Feedback - Todas as formas de informação sensorial disponíveis como resultado de um
movimento
● Intrínseco OU Extrínseco
● Prática
▪ Massiva X Distribuída
▪ Variada x Constante
▪ Treinamento específico e individualizado
Papel do fisioterapeuta
● Favorecer o desempenho de habilidades
● Selecionar tarefas apropriadas para que o paciente possa buscar a solução do problema
motor
● Estruturar condições ambientais relevantes para que o paciente possa resolver os problemas
em uma variedade de contextos
● Produzir pesquisas clínicas que enfatizem os efeitos dos programas de reabilitação sobre o
comportamento e função do SN
Considerações Finais
● Baseando-se nos novos conceitos de um SN plástico e dinâmico, podemos observar que a
plasticidade neural viabiliza a recuperação funcional, ainda que parcialmente
● No entanto, ainda há uma lacuna entre os trabalhos experimentais com modelos animais e os
trabalhos realizados na clínica com modelos humano

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