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A FILOSOFIA BASTTER DE ACUMULAR PATRIMÔNIO - BASTTER

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A Filosofia Bastter de Acumulo
de Patrimônio
 
 
 
 
Bastter
 
Texto por Maurício Hissa (Bastter) © 2013
Todos os direitos reservados
Sumário
 
Sumário
1 - Trabalho e Poupança
- Juros Simples X Juros Compostos
- Porque se dedicar mais ao trabalho?
- Dívidas
- Amador no mercado?
- Preço de Compra
- Mais sobre Juros Compostos
2 – Investimentos e Patrimônio
- Patrimônio
- Capital Alocado a Risco (CAR)
- Preço e Valor
- O Empate
- Administração de Patrimônio
- Os Investimentos:
3 – Carteira de Ações
- Introdução
- Boas Empresas
- Como Montar a sua Carteira de Ações?
- Como montar a Carteira, Primeiros Passos:
- A Divisão por Setores e Segmentos:
- Categorias de Empresas:
- IPOs, Pré-Operacionais e Turnarounds
- Reavaliação Anual:
- Caro ou Barato:
4 – Remuneração de Carteira e Venda Coberta
- Dividendos e outros Proventos:
- Aluguel
- Trades
- Venda Coberta de Opções
- Tempo X Tamanho:
- Outras Modalidades de Venda Coberta:
- Outros tipos de Venda de VE
Material Utilizado neste Capítulo:
A Filosofia Bastter Resumida:
1 - Trabalho e Poupança
 
Quer ficar rico? Dedique-se ao seu trabalho.
 
Antes de tudo compreenda que não são investimentos
maravilhosos que vão te deixar rico mas sim se dedicar ao seu
trabalho, controlar os gastos desnecessários, não fazer dívidas, e
poupar todo mês para se beneficiar dos juros compostos.
Nada, repito, NADA, determina mais o seu enriquecimento do
que o quanto você poupa por mês!
 
Antes de entrar nesta questão do trabalho, vamos explicar de
forma simples, os juros compostos, que é o caminho para o
enriquecimento:
 
“O juro composto é a maior invenção da humanidade, porque
permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza.” -
Albert Einstein.
 
 
- Juros Simples X Juros Compostos
Simplificando, juros simples seria a rentabilidade sobre um
investimento no longo prazo e juros compostos considerariam a
reaplicação do valor ganho sobre o capital investidor.
Um exemplo bem tosco mas que serve para ilustrar, os juros
simples seriam um imóvel que você compra e deixa com as
portas fechadas durante 20 anos. Os juros compostos seria
alugar o imóvel e reaplicar o valor do aluguel.
Vamos ver esta diferença para um Imóvel de 300 mil reais em
que consideramos um aluguel de 1500 reais.
 
 ValorInicial Aporte
Valorização
Anual
Valor 20
anos
 
Imóvel 300.000 0 8% 1.400.000
Imóvel +
Aluguel 300.000 1500 8% 2.300.000
 
Quase 1 milhão a mais com os juros compostos!
 
Para replicar os exemplos desta seção e estudar outros exemplos
de rentabilidade no longo prazo, baixe a nossa planilha de cálculo
de rentabilidade em
http://www.bastter.com/Mercado/Planilhas/planilha-calculo-
rentabilidade.aspx
 
Assista ao Vídeo 
Enriquecer com Juros Compostos
http://www.youtube.com/watch?v=cFR9SWogWH4
 
E considerando o aluguel como 0,5% do valor do imóvel e fixo,
porque a tendência é que o aluguel va sendo reajustado e nos
investimentos os juros tem sido maiores do que 0,5% ao mês.
Mas este exemplo simples demonstra com facilidade a força dos
juros compostos. Eles que podem te fazer rico aliado a sua
capacidade de trabalhar e poupar todo mês.
Mas há um problema: O efeito dos juros compostos é demorado
e nos primeiros anos de acumulação quase que não se percebe.
Vejam no gráfico acima que a curva vermelha corre quase que
junta a azul nos primeiros anos e só vai se afastando depois de
um tempo. Dá para ver isso bem no gráfico abaixo:
 
 Fonte: Mauro Halfeld, Jornal O Globo
 
Portanto, é necessário se dedicar ao trabalho e a poupança e ter
conhecimento de como se dá o efeito dos juros compostos para
não desanimar no início e ir atrás de promessas de
enriquecimento rápido que fazem com que a maioria nunca
fique rica perdendo dinheiro a vida toda em investimentos
“milagrosos”.
 
- Porque se dedicar mais ao trabalho?
Um exemplo simples:
Se você tem um capital inicial de 10 mil reais e poupar 1000 reais
por mês a uma taxa de 14% ao ano em 10 anos terá 290 mil reais
e em 20 anos terá 1 milhão e quatrocentos mil reais. Uma bela
economia.
Agora vamos nos dedicar mais ao nosso trabalho e passar a
poupar 2000 reais por mês mas como nos dedicamos mais ao
trabalho, cuidamos um pouco menos dos investimentos e só
conseguimos uma taxa anual de 11%.
Em dez anos teremos 500 mil reais e em 20 anos 1 milhão e
setecentos e cinquenta mil reais!
Veja que em dez anos acumulamos quase o dobro trabalhando
mais. Em 20 anos a diferença diminui em termos proporcionais
mas até aumenta em termos absolutos.
 
 
Investidores Cap Inicial PoupançaMensal
Taxa de
Juros 10 anos 20 anos
 
Investidor A 10.000 1000 14% 290.000 1.400.000
Investidor B 10.000 2000 11% 500.000 1.750.000
 
 
Enquanto o Investidor A resolveu se dedicar ao mercado, o
Investidor B foi se dedicar ao seu trabalho e com isso terminou
mais rico, mesmo considerando (o que nem sempre é verdade)
que o Investidor A teve uma rentabilidade significativamente
melhor com suas estratégias. Normalmente quando amador
começa a operar muito e inventar muita coisa no mercado ele
perde até para poupança porque o mais comum é ter
rentabilidade negativa.
Não tou dizendo com isso que é para abandonar tudo, não
estudar, não se dedicar a aprender a investir. Longe disso. Estou
apenas mostrando que se dedicar ao mercado, mesmo nas raras
vezes que produz um resultado melhor em termos de
rentabilidade, não garante mais riqueza, que é no final, o
objetivo, e que se dedicar ao seu trabalho e aumentar a
poupança mensal são fatores muito mais importantes para o seu
enriquecimento do que a rentabilidade anual (desde é claro que
considerando rentabilidades numa faixa de normalidade que vai
englobar a grande maioria dos investidores).
Vamos demonstrar neste livro estratégias simples que possam
potencializar seus ganhos, sem atrapalhar sua dedicação ao
trabalho e que aliadas a sua poupança mensal podem te fazer
enriquecer em um período de tempo razoável. E se você já tem
alguma reserva, como se aproveitar dela.
Mas antes de tudo é necessário se dedicar ao seu trabalho e
construir uma rotina mensal de poupança, porque sem a
poupança mensal será bem difícil chegar a um capital acumulado
que te permita viver tranquilo.
 
- Dívidas
Nas dívidas os juros compostos agem contra você e o que pior, a
taxas muito maiores, então com dívidas não há chance de ficar
rico. A ideia é sim comprar o que se quer mas com dinheiro que
tem para poder realmente se aproveitar daquilo e poder
comprar mais coisas já que pagando a vista com dinheiro que se
tem, tudo fica bem mais barato.
Vamos ver as dívidas:
Uma simples dívida de 2000 reais a uma taxa de 3% ao mês vai
se tornar quase 3 mil reais em 1 ano e 12 mil reais em 5 anos! E
se pegar dinheiro emprestado nas taxas abusivas do cheque
especial ou cartão de crédito se torna 5 mil em um ano e em 5
anos, PASMEM, aproximadamente 200 mil reais!
 Dívida Inicial 1 Ano 5 Anos
 
3% ao
mês
2.000 2.850 12.000
5% ao
Mês 2.000 3.600 37.000
8% ao
mês 2.000 5.000 200.000
 
Observem o efeito nefasto do tempo nas dívidas.
 
PARE DE COMPRAR O QUE NÃO PRECISA COM DINHEIRO QUE
NÃO TEM PARA IMPRESSIONAR PESSOAS QUE NÃO CONHECE.
Os mesmos 2000 rendendo 12% ao ano seriam em torno de 3500
em 5 anos e com uma aplicação mensal de 500 reais 43 mil. Fica
fácil de ver que não dá para correr atrás de dívidas.
Dá para ver de forma simples que com dívidas é impossível ficar
rico.
 
 
- Amador no mercado?
Uma das fantasias que se criou nos últimos anos é a figura do
amador que faz dinheiro na bolsa, vive da bolsa, larga o emprego
e vai ficar rico na bolsa. O amador que tenta fazer dinheiro no
mercado, quase que na totalidade das vezes, apenas sustenta o
mercado. Claroque muitos fazem por um tempo, especialmente
em épocas de euforia e alta, mas no longo prazo serão apenas
um instrumento de sustentação do mercado.
Vamos mudar isso!
O mercado então não é lugar para o pequeno investidor
amador?
É sim, só que não na ilusão de fazer dinheiro no mercado e nos
investimentos, mas sim, usando o mercado como um
instrumento de remuneração do capital adquirido no seu
trabalho. Na ilusão de ficar rico rápido e fazer dinheiro no
mercado, a grande maioria perde a chance de ficar rico com o
mercado.
As bases da riqueza e sem isso os outros três pilares deste plano
(patrimônio e Investimentos, carteira de ações e venda coberta
de opções) não vão funcionar, são o trabalho e a poupança
mensal
TRABALHO
POUPANÇA MENSAL
Você começa a vencer quando entende que a bolsa não é um
lugar para fazer dinheiro, mas sim um lugar para remunerar e
investir o dinheiro proveniente do trabalho. Para isso a bolsa é
espetacular.
 
- Preço de Compra
Uma das maiores preocupações da maioria dos investidores é o
preço de compra. Vamos demonstrar com um exemplo simples
como isso é desprezível nos planos de investimentos de longo
prazo:
Cap
Inicial Aporte
Taxa de
Juros 5 Anos 10 Anos 20 Anos
50.000 1000 11% 160.000 350.000 1.200.000
10.000 2000 11% 240.000 560.000 2.000.000
10.000 1000 14% 180.000 430.000 1.800.000
 
Considerando um capital inicial maior, ele é superado no longo
prazo, seja com aportes mensais maiores ou com taxas de juros
maiores. Isso demonstra que o preço de compra é o fator menos
importante apesar de ser o que a maioria fica obcecada. Este
exemplo demonstra mais uma vez a importância de se dedicar
ao seu trabalho. Das três situações, o melhor resultado veio dos
maiores aportes mensais.
 
- Mais sobre Juros Compostos
Uma das coisas que atrapalham os planos de poupança mensal é
o desconhecimento do poder dos juros compostos. Como a ação
deles no início é pequena, se tornando explosivos somente após
alguns anos de poupança, muitos desistem pois acham que
nunca vão ficar ricos. Mas a ação dos juros compostos é
poderosa e, com exceção de episódios isolados ou sorte (com a
qual não devemos brigar mas também não devemos contar), é a
única forma que podemos realmente ficar ricos.
Vamos a exemplos simples que demonstram o poder dos juros
compostos:
Partindo de apenas 1000 reais e poupando apenas 300 reais por
mês a uma taxa razoável de 10% ao ano, chegamos a 250 mil
reais em 20 anos e se a taxa for elevada para 12% ao ano quase
a 300 mil reais! Isso com uma poupança mensal de apenas 300
reais!
Agora vamos pegar o 13® salário, o extra das férias e algum
ganho extra anual e somar a esta poupança (300 + 100 + 200 =
700 reais ao ano a mais = em torno de 60 reais/mês) o que eleva
nossa poupança mensal a 360 reais:
Taxa anual Aporte 5 Anos 10 Anos 20 Anos
 
10% 300 25.000 65.000 250.000
12% 300 27.000 75.000 300.000
10% 360 30.000 77.000 280.000
12% 360 33.000 85.000 350.000
 
Esta pequena preocupação de poupar extras teve um resultado
substancial e os juros compostos mostram o seu poder. Apenas
60 reais a mais por mês resultou em 30 mil reais a mais no final a
taxa de 10% ao ano e a 50 mil reais a mais a taxa de 12%. Isso
com apenas o esforço de poupar apenas 60 reais a mais por mês.
Uma coisa interessante que vamos aprender sobre juros
compostos é que valores ou taxas que parecem insignificantes
isoladamente quando se soma a uma poupança pré-
estabelecida, podem produzir resultados significativos.
Por exemplo, 4% ao ano é menos do que a poupança e uma
rentabilidade inexpressiva. Mas 4% ao ano somado a 10% ao ano
produzem resultados extraordinários:
Vamos partir de 50 mil reais e poupar 1500 reais por mês:
Taxa
anual
Cap
Inicial Taxa 5 Anos 10 Anos 20 Anos
 
10% 50.000 10% 200.000 435.000 1.500.000
14% 50.000 14% 230.000 580.000 2.600.000
 
Os 4% ao ano que são uma rentabilidade insignificante quando
isolada, produziram 1 milhão a mais em 20 anos quando
somados aos 10%! Por isso o nome é Juros Compostos. O que
pode ser insignificante isolado, quando combinado pode dar
resultados extraordinários.
Já demonstramos nos exemplos acima como que aumentar a
poupança mensal também pode produzir resultados
extraordinários. 60 reais por mês não é muita coisa, mas
somados aos já existentes 300, produziram até 50 mil reais a
mais no fim do período.
Com estes exemplos e mostrando a magnitude dos juros
compostos aprendemos logo que é essencial que eles só ajam a
nosso favor. Dívidas compostas, pagar juros, empréstimos, não
vão permitir que fiquemos ricos pois estas multiplicações serão
nossas inimigas ao invés de aliadas. Nossa dívida vai crescer
exponencialmente, mais rápido do que nossa capacidade de
poupar e pagá-la. Além do mais quando vamos analisar
investimentos consideramos menos de 1% ao mês e 8, 10, 12,
14% ao ano ou algo assim. Dívidas vem na base de 3,5,8% ao
mês, as vezes até pior do que isso. Impossível pagar juros
compostos de dívidas.
Vamos a outro exemplo bem acessível a classe média que passa
a vida pagando carnês ao invés de fazer uma reserva e comprar
tudo a vista:
Partindo de um capital inicial de 20 mil reais, e poupando 1000
reais por mês:
A uma taxa de 12% ao ano, chegaremos a mais de 1 milhão em
20 anos.
Fazendo pequenos ajustes, poupando alguns extras que
aumentem a poupança mensal para 1500 reais e levando a taxa
para 13% ao ano chegaremos ao primeiro milhão em
aproximadamente 15 anos e com 20 anos já estaremos nos
aproximando do segundo milhão. Isso com pequenos ajustes.
Um poupador mais esforçado que se dedique mais ao seu
trabalho, que parta de 50 mil e consiga poupar 2500 por mês
chega perto do primeiro milhão em 10 anos e em 20 anos já
passou do terceiro milhão! Ok, 2500 reais por mês pode ser fora
da realidade de alguns, mas de qualquer forma mostra como os
juros compostos são extraordinários pois passamos de 3 milhões
com uma poupança mensal de apenas 0,08% deste valor, ou seja
, menos de 0,1%! (2.500 dividido por 3 milhões)
Este último exemplo demonstra bem a forma dos juros
compostos em produzir riqueza. Com apenas 0,08% mensal se
passou de 3 milhões acumulados!
Vocês devem ter notado nos quadros e nos exemplos que os
valores com 5 anos de poupança apesar de consistentes não são
tão expressivos. Pois bem, os juros compostos precisam de
tempo para agir e no início a poupança mensal parece não dar
muito resultado. Temos de ser persistentes. Esta demora dos
juros compostos em agirem leva a desistência de muitos que
embarcam nos planos milagrosos de 5% ao mês garantido e
coisas assim ou nos cursos que vendem Setups programados e
sistemas de operações garantidos. Para terem ideia da ilusão
que é isso vejamos o resultado de 5% ao mês:
Partindo de apenas 30 mil reais e poupando 1500 reais por mês
chegamos a 21 milhões em dez anos e 7 trilhões em 20 anos e
em 30 anos teremos provavelmente todo o dinheiro do mundo!
Pura fantasia!
Não são planos milagrosos nem investimentos fantásticos que te
farão rico mas o seu trabalho, a poupança mensal e o esforço de
conseguir um pouco mais de dinheiro para poupar e talvez 1 ou
2% a mais ao ano cuidando bem dos seus investimentos.
 
A regra então passa a ser poupar todo mês no mínimo 10% do
que ganha, mas se quiser ter tranquilidade financeira, o ideal é
levar este número para 20% do que ganha, além dos extras.
Junte este dinheiro com a renda produzida pelo patrimônio
(aluguel, juros, dividendos de ações, etc) e invista uma vez por
mês. Veremos na próxima parte como investir este dinheiro.
É importante poupar 10 a 20% do que ganha para chegar a
acumular um patrimônio que te dê tranquilidade financeira. Para
esta tranquilidade, numa conta aproximada, é necessário que o
patrimônio produza em renda passiva, no mínimo o dobro dos
seus gastos mensais para que partepossa ser sempre reaplicada.
Se toda a renda do patrimônio for sendo gasta, a inflação irá
fazer com que o principal valha cada vez menos e a renda mensal
será cada vez menor até o ponto que o principal não conseguirá
mais manter seus gastos, começará a diminuir e poderá
desaparecer enquanto ainda te sobra muito tempo de vida.
 
Uma coisa importante para finalizar é que poupar não significa
que não vai se aproveitar a vida, muito pelo contrário. Só quem
poupa aproveita a vida. Tendo uma reserva de poupança, você
pode comprar o que quiser, viajar, etc sem se preocupar e sem
se encher de dívidas que vão arrasar sua vida.
 
O POUPADOR É FELIZ PORQUE ELE TEM UMA RESERVA E ESTA
RESERVA DÁ A ELE LIBERDADE E SÓ QUEM É LIVRE PODE SER
FELIZ.
 
Grupo de Finanças Pessoais da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=220
2 – Investimentos e Patrimônio
 
 
 
Quando vamos lidar com patrimônio nos investimentos as três
regras principais são:
 
1 – Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)
2 - Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)
3 - Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)
 
Sabendo isso podemos continuar. Há outra regra muito
importante também que não podemos esquecer:
Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)
 
Patrimônio é o que se poupa em valor sem prazo
Capital Alocado a Risco (CAR) é o que se gira para tentar ganhar
na variação dos preços
Acumula-se VALOR
Gira-se PREÇO
Para quem acumula o que importa é o valor e não o preço.
 
Pois bem, porque tanta importância a isso? Porque infelizmente
99% dos pequenos investidores, dos analistas e até dos
professores fazem esta confusão. Sem contar a maior parte da
mídia que nunca teve a mínima ideia de que ao menos existisse
esta diferença.
E qual a diferença?
- PATRIMÔNIO SE ACUMULA / CAPITAL ALOCADO A RISCO SE GIRA
PATRIMÔNIO NÃO SE GIRA – NUNCA!
 
 
- Patrimônio
O que você poupa é patrimônio. O grande objetivo é acumular
patrimônio para poder viver tranquilo da renda que ele produz.
Não é necessário vender o patrimônio para ter lucro. Ter lucro
na variação de preços se faz com o capital alocado a risco.
Patrimônio não se busca lucro na variação de preços e sim
acumulo em valor e renda.
O que importa no acumulo de patrimônio é que o patrimônio
acumulado tenha e mantenha valor, porque inevitavelmente no
longo prazo os preços seguem o valor.
Esta diferenciação tão cara é fundamental para se conseguir ficar
efetivamente rico. Estas recomendações absurdas de entrar e
sair da bolsa, agora é hora disso, agora é hora daquilo, fazem o
incauto girar seu patrimônio e pagar custos e impostos enormes
a vida toda que vão diminuindo o patrimônio ao invés de
aumentar.
Quando você vende o seu patrimônio ou uma parte dele a única
coisa certa é que você perde, pois tem custos e impostos a pagar.
Se com este giro vai conseguir pagar estes custos e ainda ter
lucro consistente que aumente seu patrimônio é uma dúvida.
Provavelmente não, pois a tendência do pequeno investidor é
comprar na euforia (preços altos) e vender no pânico (preços
baixos).
Todo giro feito com CAR, tem como único objetivo alimentar o
patrimônio, poupar mais. O giro ou o trade em si não são
objetivos, mas para os que o usam, coadjuvantes do acumulo de
patrimônio.
 
CAR GIRA PARA ALIMENTAR O PATRIMÔNIO
OS TRADES NÃO SÃO UM OBJETIVO EM SÍ
 
Na parte do acumulo de patrimônio a variação de preços não
importa, o que importa é o valor do patrimônio. Se um imóvel,
por exemplo, está bem localizado, tem boa liquidez e aluga fácil,
ele tem um bom valor. Esqueça o preço. Se ele deixar de ter
valor porque construíram uma favela do lado ou qualquer outro
problema grave, saia do investimento e transfira seu capital para
um bom investimento. Tanto faz o preço. Não tem de sair no
lucro, isso tanto faz, você está apenas transferindo seu capital de
um investimento que tem perspectivas futuras ruins e ta
perdendo valor para um de boas perspectivas futuras e bom
valor. O objetivo não é acumular vitórias mas acumular capital.
Nunca se deve ficar num investimento ruim aguardando
empatar. Esta é uma atitude absurda que leva a prejuízos
imensos. Se você tem 20 mil reais em um investimento e
determinou que ele não tem mais valor, pegue os 20 mil reais e
coloque em um bom investimento. Tanto faz se quando você
entrou tinha 10 mil ou 40 mil reais. Agora você tem 20 mil e a
chance deles virarem 40 mil é muito maior em um bom
investimento com valor do que num investimento ruim
esperando empatar.
O OBJETIVO É ACUMULAR PATRIMÔNIO E NÃO VITÓRIAS!
NO PATRIMÔNIO OS PREÇOS NÃO IMPORTAM, O QUE IMPORTA
É VALOR
O mesmo vale para ações de boas empresas, títulos do governo,
ou qualquer investimento. O que importa é o valor e não o
preço. Fique enquanto tiver valor e saia se não tiver mais valor.
Quanto mais tempo você conseguir ficar em bons investimentos
mais capital vai acumular porque os custos e impostos serão
menores e os juros compostos maiores, alem do que com menos
giro, diminui a margem para erros.
Então o objetivo é simples: Ficar o maior tempo possível em
bons investimentos e só sair de um investimento se as
perspectivas futuras dele não forem mais boas. Opere valor e
não preços.
O ser humano tem cabeça de trader, só vê preços. A grande
maioria dos analistas, professores e especialmente a mídia só
fala em preços. O lugar comum é ganhar porque comprou por X e
vendeu por 2X. O preço subiu, venda e realize lucro. Realizar
lucro parece ser a roda que vai te fazer rico, mas é exatamente o
contrário. O que vai te fazer rico é parar de realizar lucro e
pensar em operar valor e acumular patrimônio.
Nesta paranoia de realizar lucro o que a maioria faz é sair de um
bom investimento que os preços estão refletindo o valor e ir
para um investimento ruim (na ilusão que tá barato). E pior,
pagando um custo imenso para fazer esta troca, o que diminui
seu capital.
Patrimônio não precisa e não deve realizar lucro. O objetivo do
patrimônio não é ganhar na variação de preços mas acumular
valor que produza renda. Quer ganhar na variação de preços, o
que é extremamente difícil para amadores (apesar de que todos
tem direito de tentar, o que não tem direito é de detonar seu
patrimônio tentando), use CAR e controle bem risco pois o
objetivo de ganhar na variação de preços é alimentar o
patrimônio e não o contrário, ou seja, usar o patrimônio para
pagar os prejuízos das tentativas de ganhar na variação de
preços.
Então, ficou faltando a última questão:
PATRIMÔNIO NÃO SE GIRA!
 
 
- Capital Alocado a Risco (CAR)
Quem quiser operar preços, entrar e sair do mercado, comprar e
vender, enfim, fazer trades, deve reservar uma pequena parte do
seu capital (chamada de capital alocado a risco ou CAR) para
estas estratégias. O CAR deve ser bem pequeno em relação ao
capital total especialmente no início. O objetivo do CAR é
alimentar o patrimônio. Se você for um bom trader pode ir
aumentando progressivamente o CAR (por exemplo investindo
uma parte dos lucros em patrimônio e outra parte aumentando
o CAR) e com isso alimentar expressivamente os juros compostos
do seu acumulo de patrimônio. O objetivo é ficar rico, acumular
patrimônio e não fazer trades. Trades, ou operações que visam
ganhar na variação dos preços, tem como único objetivo
aumentar o patrimônio acumulado para se chegar mais rápido a
tranquilidade financeira.
O CAR deve ser uma pequena parte do seu patrimônio que para
quem ta começando não deve passar de 5%, mas o ideal é que
seja menos que isso. Para quem tem muita experiência pode
chegar a 10%, mas não deve passar disso a não ser em casos
especiais de indivíduos extremamente talentosos, com grande
capital, muita experiência e uma história de lucros com trades
consistente.Este CAR deve ser dividido em 50 a 100 partes. Para
cada trade uma parte será utilizada para dar chance de errar
bastante vezes e o CAR não acabar. Utilizando este método, para
alguns, pode ser inviável fazer trades pois estas pessoas não tem
reserva suficiente para fazer trades. Devem então se dedicar ao
seu trabalho e a acumular patrimônio que lhes permita fazer
trades. Fazer como a maioria que usa 50% ou mais do seu
patrimônio em trades faz com que suas chances sejam quase
nulas.
É IMPOSSÍVEL GANHAR NOS TRADES QUANDO VOCÊ PRECISA
GANHAR NOS TRADES!
Para vencer nos trades, utilizando o CAR, é necessário que você
se dê o tempo necessário para o aprendizado e para vencer as
possíveis variações de curto prazo que podem ser contra você.
Um trader pode fazer tudo certo durante um mês, dois meses e
ainda assim terminar este período no prejuízo, portanto você
precisa ter CAR suficiente para inúmeras tentativas e precisa ter
reserva para poder ter um CAR decente mesmo sendo um
pequeno percentual do seu patrimônio. Sem isso vai operar
dinheiro, e vai ser pressionado pela necessidade de ganhar e
assim suas chances diminuem expressivamente. Muitos traders
talentosos ficaram pelo caminho por má administração de risco.
É IMPOSSÍVEL VENCER NOS TRADES OPERANDO DINHEIRO.
 
Assista ao Vídeo: Não Opere Dinheiro na Bolsa!
http://www.youtube.com/watch?v=Yrd4LAmSfqY
 
O Alan Vianna (Moderador do Grupo de Análise Técnica e Trades
da Bastter.com) desenvolveu um método de controle de risco
para CAR espetacular que pode ser visto neste link:
http://www.bastter.com/mercado/grupos/Forum.aspx?
g=227&t=642593
Há também uma planilha deste método em:
http://www.bastter.com/Mercado/Arquivos/Grupos/Documento/946e1d75-
bedf-4fff-98ec-f36b124e1145.xls
 
Grupo Análise Técnica e Trades da Bastter.com:
http://www.bastter.com/mercado/grupos/227/analise-tecnica-e-
trades.aspx
 
- Preço e Valor
Este assunto e esta distinção é tão fundamental que vamos
voltar a ela. Preço e o que se paga por um ativo. Valor é o que
ele vale. Nem sempre é fácil diferenciar. As variações de preço
são usualmente mais intensas que as de valor especialmente em
ativos mais voláteis como ações. O mercado determina os preços
enquanto que o valor é de difícil determinação.
Definição de Preço na Wikipedia:
 Em economia, contabilidade, finanças e negócios, preço é o
valor monetário expresso numericamente associado a uma
mercadoria, serviço ou patrimônio. O conceito de preço é central
para a microeconomia, onde é uma das variáveis mais
importantes na teoria de alocação de recursos (também
chamada de teoria dos preços).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o
Já definir valor é bem mais complexo mas em última instância
seria a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que é
considerado um equivalente justo para alguma coisa.
Lendo assim parece a mesma coisa e não é a toa que a maioria
confunde os dois. E confundindo os dois confunde ou não sabe o
que ta fazendo na hora de investir. Como esta confusão é feita
também pela maioria dos analistas, professores, mídia, etc., fica
difícil para o indivíduo normal fazer esta distinção.
Veremos diversas vezes neste livro ideias que vão contra a
maioria mas pense que a maioria não fica rica então para vencer
é fundamental se afastar da manada e das tão difundidas ideias
de manada.
Um exemplo que define bem esta diferença é quando ocorre
algum histerismo na Bolsa de Valores. Você é sócio de uma
empresa sólida, com lucros consistentes e nada de grave
aconteceu com a empresa, mas algum boato se espalha e os
preços da ação desabam. Pois bem, o preço se afastou do valor e
diz-se que a ação ta subavaliada, ou seja, o preço tá abaixo do
valor. O mesmo acontece na outra direção diversas vezes, mas
quando você vai ver uma comparação de longo prazo de preço X
valor, sai algo assim:
Esta é uma comparação da evolução do lucro com a cotação da
AMBEV PN, num gráfico anual. Vejam como o preço (cotação)
acompanha o valor (lucros). Claro que no curto prazo teve
diversas vezes em que eles se afastaram, mas este gráfico
demonstra bem porque o investidor deve focar em valor e não
em preços.
Vejam outro exemplo:
 
Observem que enquanto a USIMINAS PN ganhava valor (lucros
aumentando) os preços seguiam. Quando os lucros desabaram,
os preços desabaram.
 
Estes gráficos e muito mais podem ser vistos na nossa Área de
Ações em:
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/default.aspx
 
É fundamental pensar em valor quando for acumular
patrimônio. Apesar da maioria ser obcecada pelo preço de
compra não é isso que é fundamental no enriquecimento
especialmente nos ativos como ações em que se compra uma
pequena quantidade todo mês. Claro que quando vai se comprar
um imóvel deve-se estar mais atento ao preço, mas mesmo nesta
situação o mais importante é o valor desde que se tenha bom
senso. O que interessa é se o imóvel é bem localizado, tem boa
liquidez, é fácil de alugar, etc. Isso é sempre o mais importante.
Não é preciso e nem se deve ficar olhando o preço todos os dias.
Aliás Peter Lynch (grande gestor de fundos norte americano)
recomenda que só se olhe a cotação das ações da sua carteira
uma vez por ano e mesmo assim pode ser muito.
 
 
- O Empate
Dentro desta confusão de patrimônio com CAR vem outra que é
o conceito absurdo do empate. Pessoas que ficam anos em um
investimento ruim esperando para sair no empate. Como eu já
disse antes, o objetivo é acumular capital e não vitórias.
Assista ao Vídeo: Quando sair dos InvesƟmentos - O
Conceito Absurdo do Empate
http://www.youtube.com/watch?v=JfgJkiB-
AZQ&list=UUsra3f6ogpXhIZbSUe2OoaA&index=7&feature=plcp
Vamos dizer que você colocou 40 mil reais em um investimento
ruim e agora tem 20 mil reais. Os 40 mil não existem mais e
pensar neles só leva a atitudes erradas. O investidor fica
carregando aquele investimento ruim na esperança que volte a
40 e na maior parte das vezes vai a 10 porque coisas ruins
tendem a continuarem ruins e coisas boas tendem a
continuarem boas. Ainda que o investimento volte a ficar bom
ou haja uma época de expansão mundial que tudo sobe, quando
aquele dinheiro volta a ser 40, num bom investimento seria 60
ou até 80. Então esta atitude absurda, e pior ensinada a torto e
a direito, só leva seu capital a diminuir no longo prazo, que é
justamente o oposto do que queremos. Lembre-se que o que
aumenta o seu patrimônio é se manter o máximo de tempo em
bons investimentos e não ficar anos em um investimento ruim
esperando empatar.
 
Há de se encontrar o meio termo entre girar patrimônio e insistir
em investimentos ruins e isso se faz determinando parâmetros,
gatilhos para permanecer ou sair dos investimentos mas sempre
ligados a valor, nunca a preço. Preço = CAR.
PATRIMÔNIO = VALOR
CAR = PREÇOS
Se critérios são determinados não decidimos baseado em
emoções pois nossas emoções sempre vão nos levar a comprar
no topo (caro) e vender no fundo (barato). Porque nos topos
estamos sempre eufóricos e nos fundos em depressão.
Vou permanecer neste investimento enquanto os critérios X, Y e
Z (de valor) estiverem sendo atingidos. Se um deles ou dois não
forem atingidos por um tempo, coloco o investimento de
quarentena, ou seja, não aplico mais lá mas ainda não vendo. Se
mais tempo passar e na minha próxima avaliação a situação tiver
piorado, os gatilhos de saída forem atingidos, executo uma
estratégia de saída que me permita pagar menos IR ou não pagar
IR (dentro da lei) e aloco meu capital em um bom investimento.
O preço que saiu, se foi no lucro ou no prejuízo não tem a menor
importância. Importa é que o seu dinheiro esteja sempre onde
tem valor. Se não tem mais valor é hora de transferir para valor.
Se ainda tem valor, preços, notícias de jornal, opinião de
analistas, nada disso importa. Mantenha o investimento e
lembre-se,os grandes ganhos virão dos bons investimentos que
conseguir ficar por muito tempo. Seja bastante rígido para entrar
e sair dos investimentos pois o objetivo é ficar bastante tempo
em um bom investimento por isso eles devem ser bem
selecionados e para sair critérios de saída devem ter sido
atingidos e em mais de um período.
 
 
Entrada Critérios Estudar, Entrar ou Esquecer
Manter, Estudar ou Quarentena
Ficar, Quarentena ou Sair
Permanência Critérios
Quarentena Critérios
Sair Critérios Sair
 
A tabela acima mostra o processo que você sempre deve fazer
em relação aos investimentos. Determine critérios para cada
uma das quatro situações, sabendo que sempre uma parte da
decisão deverá ser tomada por você, mas estabelecer critérios
diminui a emoção expressivamente.
Os estágios são:
a) Entrar em investimentos:
 Determine critérios para estudar novos investimentos e
mantenha eles sob estudo. Se um destes investimentos atingir
seus critérios, determine um percentual desejado para ele em
relação aos seu patrimônio e inclua ele na Planilha de
Administração de Capital. (Veremos a seguir). Todos os
investimentos que não atingem o critério de estudo devem ser
esquecidos, não importa se você nunca olhou, se já estudou ou
se já até teve este investimento.
b) Permanência nos Investimentos:
Os seus investimentos enquanto estiverem com bom valor
devem ser reavaliados anualmente. Critérios devem ser atingidos
para que um investimento permaneça na sua carteira com
avaliações anuais. Se um investimento não preenche estes
critérios, passe a estudá-lo com mais frequência,
trimestralmente. Perdendo os critérios para permanência, deve
ser colocado de quarentena. Em alguns casos mais graves pode-
se sair do investimento sem passar pela quarentena.
c) Quarentena
Quando se coloca um investimento de quarentena significa que
ele é retirado da sua Planilha de Administração de Capital, ou
seja, você não vai mais comprar aquele investimento, mas
também não vai vender. Ele está de quarentena! Nesta situação
deve-se estudá-lo trimestralmente. Se ele continuar mostrando
menos valor progressivamente e atingir os critérios de saída, faça
um plano de saída para o investimento. Se ele volta a atingir os
critérios de permanência recoloque na planilha mas num
primeiro momento permaneça estudando trimestralmente até
decidir que ele pode voltar para a reavaliação anual. Se tiver
dúvida mantenha em quarentena.
d) Saída
Critérios devem ser determinados também para saída dos
investimentos. Eles devem ser rígidos, para evitar o giro, mas se
atingidos, não titubeie e saia. Saia porque não tem mais valor.
Lucro ou prejuízo, preço, nada disso importa. Você deve sair
porque não há mais valor e seu dinheiro está num investimento
ruim. Seu enriquecimento virá de quanto mais tempo você
conseguir permanecer em bons investimentos e não de quantas
vitórias você tiver. A saída deve ser planejada e tranquila igual a
entrada. Não é necessário sair de uma vez a não ser quando for
um imóvel. Tome muito cuidado para não girar patrimônio
baseado em preços. Patrimônio tem a ver com valor e não com
preços.
 
Faça um exercício. Lembre-se de coisas que você já teve como um
imóvel ou uma ação por exemplo. Coisas que você teve há 10 ou
20 anos mas que sejam boas. Compare ter ficado quieto com o
monte de rolo que muitos fizeram. Para a maioria, ficar quieto
em investimentos mesmo que não tão bons é bem melhor do
que ficar seguindo a mídia e os pseudo-analistas com o tal do
agora é hora disso ou daquilo, sair da renda fixa e ir para as
ações, sair das ações e ir para a renda fixa, até mesmo porque
quando eles publicam é porque o momento bom já passou há
muito tempo.
 
- Administração de Patrimônio
 
Os principais investimentos para iniciar a formação do
patrimônio são:
- Renda Fixa e Ações
 
Principal também para quando tiver mais capital
- Imóveis
 
Auxiliares
- Moedas e FIIs
 
Há outros investimentos como quadros, gado, etc, mas estes são
muito especializados então não trataremos aqui.
 
A ideia inicial é dividir entre renda fixa e ações. A base seria
dividir por igual, 50% para cada uma. De acordo com sua
propensão a risco, sua idade, suas responsabilidades financeiras,
etc. pode-se mudar a proporção inicial.
Padrão Inicial
Ações 50% Renda Fixa 50%
 
Quanto mais conservador, maior o percentual em RF
Quanto mais velho, maior o percentual em RF
Quanto mais responsabilidades financeiras, maior o percentual
em RF
Enfim, um jovem que mora com os país, tem boas condições
financeiras, não é casado, e tem boa aceitação de risco, pode
começar com apenas um mínimo em RF, tipo uns 10% apenas e o
resto em ações.
Já uma pessoa de meia idade, casada, com filhos, e sem grande
propensão a risco, pode ter 80% em renda fixa e apenas 20% em
ações.
Não há uma regra absoluta. Parta de 50% X 50% e analise se deve
ajustar para um dos lados e determine seu perfil inicial. Vá
aumentando ou diminuindo 10% de cada um dos lados de
acordo com os critérios acima.
 
Vá na Planilha de Administração de Capital online da
Bastter.com em:
http://www.bastter.com/mercado/vcblue/default.aspx - Aba
Patrimônio
ou estando na Bastter.com clique no Botão do Trading System
do Bem:
 
Neste endereço há links para vídeos ensinando a usar a planilha.
Esta planilha vai ser a base dos seus investimentos e vai ser
quem vai prevenir seu giro de patrimônio e as compras no topo
e vendas no fundo.
 
Coloque na Planilha os objetivos que determinou. Vamos usar
como exemplo a base de 50%.
RF = 50%
Ações = 50%
Como já vimos no capítulo anterior, uma vez por mês pegaremos
o percentual direcionado aos investimentos do nosso trabalho e
o rendimento produzido pelo patrimônio (aluguel, juros,
dividendos, etc.) e investiremos. Abrimos a planilha e vamos
investir no que tá para trás.
Vamos dizer que a bolsa subiu neste mês e nossos investimentos
estão assim:
 
RF = 47%
Ações = 53%
Logo, este mês o dinheiro novo vai para a RF porque é o que ta
atrás do percentual desejado.
Após o investimento fica assim:
RF = 48,5%
Ações = 51,5%
Não tem problema. Não precisa ajustar tudo em um mês, basta
investir no que tá para trás. Não caia na tentação de ajustar com
vendas do que está na frente. Já explicamos que patrimônio não
se vende a não ser que o investimento passe a ser ruim e não se
pretende ganhar com a variação de preços mas com a
capitalização dos juros no longo prazo além do que não se
investe em preços mas em valor. Sendo assim apenas investimos
no que tá para trás e deixamos o mercado ir ajustando.
Após alguns meses de alta da bolsa e investindo em RF, a bolsa
cai com força por um período e quando chega a hora de investir,
a planilha está assim:
RF = 55%
Ações = 45%
Este mês vamos investir em ações. No próximo capítulo veremos
como montar uma carteira de ações mas apenas para efeito da
planilha, vamos usar o mesmo sistema para ações,
determinando objetivos percentuais e investindo nas que estão
para trás. Cuidado com a segunda metodologia para não ir
investindo todo mês em uma empresa que está ruim e isso estar
se refletindo nos preços dela. Claro que estaremos analisando os
balanços e a ideia é investir em valor e não preços, mas se for
frequente uma ação ficar para trás mesmo investindo nela
seguidas vezes, verifique com atenção seus balanços e veja se
realmente ainda tem valor. Se tiver, ótimo, está comprando valor
a um preço baixo e terá mais ações no LP o que vai refletir em
mais patrimônio. Se há dúvida quanto ao valor, coloque em
quarentena (tire da planilha apesar de não vender) até reavaliar
melhor.
Uma das vantagens deste método simples é que ele impede
compras de ações no topo (quando queremos comprar) e indica
a compra de ações no fundo (quando não queremos comprar).Com um método simples você vence as emoções que tanto lhe
prejudicam nos investimentos.
Conforme nosso patrimônio for aumentando podemos um dia
começar a separar uma parte do capital para uma futura compra
de um imóvel. Como os imóveis tem um valor muito alto, só
interessa colocá-los na planilha se não forem uma porção muito
expressiva do nosso capital. De qualquer forma o balanço
primário continua sendo feito Ações X RF porque não dá para
comprar 500 reais de imóvel por mês. Mas pode sim incluir o
imóvel na planilha como uma RF direcionada a comprar um
imóvel, incluir seu percentual na planilha e colocar dinheiro lá
quando a planilha indicar. Pode-se usar também financiamento
para comprar o primeiro imóvel, talvez o único financiamento
aceitável mas ainda assim analise bem e procure um com uma
taxa aceitável. Só faça o que tem certeza que vai poder pagar e a
entrada com o capital que estava guardando para compra do
imóvel.
FIIs (Fundos de investimento em imóveis) são uma modalidade
diferente de investimento que podem ser incluídos na planilha.
Não são imóveis. Imóvel é tijolo, FII é fundo. Não é melhor nem
pior, apenas diferente. Informe-se bem antes de investir em FIIs
e cuidado com as modinhas.
Moedas não são propriamente investimento mas apenas uma
reserva de valor para crises. 5% do capital em moedas já é mais
do que suficiente normalmente e pode ser até menos se o
patrimônio for maior.
 
- Os Investimentos:
Antes de tudo, os investimentos mudam. Estaremos colocando
uma base aqui mas de tempos em tempos por mudanças na
economia, regras, leis, taxa de juros, inflação, etc, os
investimentos vão mudando. Acompanhe sempre na Bastter.com
os grupos específicos dos investimentos para se manter
atualizado.
Os dados colocados aqui e as regras são de 2012/2013. Verifique
sempre se ocorreram mudanças.
 
Renda Fixa
Grupo de Renda Fixa -
http://www.bastter.com/mercado/grupos/Grupo.aspx?g=107
 
a) Caderneta de Poupança – Usada como reserva de
emergência, pois o custo para retiradas é baixo e de fácil
acesso. A despeito disso não é interessante normalmente
para quantias maiores.
Vantagens:
- Aplicação inicial normalmente baixa
- Liquidez imediata
- Fácil entendimento
- Não há prazo mas para haver rendimento é necessário deixar
aplicado mais de um mês
- Investimento conservador de baixo risco e garantido até 70 mil
reais
- Isenção de Imposto de Renda para Pessoas Físicas
Desvantagens
- Baixo rendimento, não é interessante para quantias grandes
- Rendimento inicial apenas após um mês
Rentabilidade
- Cadernetas Antigas (até até 3 de maio de 2012) - TR (taxa
referencial) da data de aniversario da aplicação + 0,5% ao mês. -
Cadernetas Novas – sempre que a Selic (taxa básica de juros)
ficar em 8,5% ao ano ou abaixo disso, o rendimento da
poupança passa a ser de 70% da Selic mais a TR.
b) Fundos de Renda Fixa
Os fundos de renda fixa aplicam no mínimo 51% de seu
patrimônio em títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Existem
vários tipos de fundos de renda fixa: 
FIF (Fundos de Investimento Financeiro): investem diretamente
em títulos do mercado, como papéis da dívida federal, CDBs e
debêntures. O investimento em ações e em cotas de fundos de
ações não pode ultrapassar 49% do patrimônio. Também não
podem ter mais de 10% de papéis de uma mesma empresa e até
20%, de um mesmo banco. 
FAC (Fundos de Aplicação em Cotas): são fundos que têm cotas
de outros fundos de investimento. 
Fundos DI: são fundos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito
Interbancário). Têm o objetivo de acompanhar os juros de
mercado. É um bom investimento, de baixo risco, especialmente
quando há uma expectativa de que os juros subam. Investem no
mínimo 95% em papéis pós-fixados de renda fixa, com
rendimento próximo ao CDI e aplica pelo menos 80% em papéis
da dívida federal ou papéis de empresas com baixo risco. 
Fundos Cambiais: são fundos que buscam acompanhar a
variação do dólar, por meio de títulos públicos cambiais e papéis
que financiam as exportações. É indicado para quem tem dívidas
em dólar, família no exterior, e quer se proteger de variações da
moeda norte-americana. 
Fiex (Fundo de Investimento no Exterior): são fundos de
investimento no exterior. Também acompanham a variação
cambial, pois investem no mínimo 80% em papéis da dívida
externa brasileira negociados em dólar. 
É uma alternativa aos fundos cambiais tradicionais pois sofrem
menor pressão da variação do dólar no Brasil. Quando o dólar
cai no país, os papéis da dívida externa geralmente sobem no
exterior. Por outro lado, costumam render menos que os fundos
cambiais, já que quando o dólar dispara no Brasil, a cotação dos
papéis da dívida despencam no exterior. 
Fundos de Derivativos: aplicam em papéis de renda fixa e em
contratos no mercado futuro. São geralmente de médio a alto
risco, e podem inclusive ter perdas de patrimônio. Têm gestão
altamente especializada e costumam cobrar taxas mais altas pela
administração. Em longo prazo, no entanto, geralmente têm
rendimentos superiores ao CDI. 
Fundos Multiportfólio: são fundos que têm carteira diversificada.
Investem em papéis de renda fixa, variável e derivativos. Como
não têm de seguir um único benchmark, costumam cobrar taxas
de administração maiores devido à complexidade de gestão da
carteira. 
Fonte: Folha Online -
http://www1.folha.uol.com.br/folha/banking/fundos.shtml
 
c) Certificado de Depósito Bancário (CDBs)
Título emitido por bancos e repassados aos clientes na forma de
empréstimos. Possuem prazo determinado podendo ser pré ou
pós fixados.
 
d) Títulos do Governo
Nesta modalidade se compra os títulos diretamente do governo.
Veja tudo sobre eles no site do Tesouro Direto:
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
No Grupo Renda Fixa, Tesouro Direto e Previdência da
Bastter.com em
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=107
Que verá esta Tabela atualizada com os títulos disponíveis para a
venda:
Os que podem ser adquiridos tem cotação de compra e são
basicamente:
NTNB – Títulos com uma parte pré-fixada e uma parte atrelada
ao IPCA dando proteção a inflação.
Obs: NTNB pagam juros semestrais, NTNB-P acumulam os juros
até o fim do contrato.
São considerados títulos de longo prazo pós fixados indexados
ao IPCA
LTN – Títulos pré-fixados de Curto Prazo.
NTNF – Títulos pré-fixados de Longo Prazo
LTF – Títulos pós-fixados indexados à Taxa Selic
 
Há outros tipos de Renda Fixa mas estes são os principais.
 
Ações
Todo o Capítulo 3 deste livro é sobre a Formação de Carteira de
Ações então veremos mais a fundo este assunto adiante.
Nesta parte a ideia é apenas demonstrar as características de
cada tipo de investimento.
Para se aprofundar no assunto, vá no Grupo Quadro de Ações da
Bastter.com em
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=226
Ou na área de Ações da Bastter.com em
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx
Para aprender a selecionar empresas
Assista ao Vídeo
Uma Forma Fácil de Analisar Balanços para Comprar
Ações
http://www.youtube.com/watch?v=1ihUxi7xLwo
É fundamental compreender que ações são Renda Variável e
como tal não há garantia de nada. Pense em formar uma carteira
de ações de boas empresas sendo sócio das empresas e se
aproveitando dos seus lucros enquanto eles forem consistentes.
Esqueça a variação de preços de curto prazo.
Para administrar sua Carteira de Ações use a Planilha de
Patrimônio do Trading System do Bem demonstrada acima.
Imóveis
Imóveis mais do que qualquer outro investimento não devem ser
trocados a não ser que percam valor. Os custos da compra e
venda de imóveis são enormes.
Grupo Investindo em Imóveis da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=166
Se quiser se mudar sai bem mais barato alugar o seu imóvele
morar em outro de aluguel do que vender o seu e comprar
outro.
É muito mais eficiente financeiramente falando morar de aluguel
em um 3 quartos e ter três quarto e sala alugados do que
comprar um 3 quartos
Esqueça comparar Aluguel com Renda Fixa. Qualquer valor de
aluguel é bom especialmente considerando que o inquilino para
o condomínio e o IPTU. Como o imóvel se valoriza através dos
tempos o aluguel é apenas um extra.
O financiamento de imóveis, a taxas razoáveis, é a única dívida
que se pode aceitar mas ainda assim, tem de ser dentro das suas
condições de pagamento.
A casa própria ou querer morar em casa própria, se a família se
sente melhor é uma decisão que não entra no âmbito financeiro.
Não é certo nem errado, mas não se discute isso
financeiramente.
Morar no seu imóvel ou de aluguel financeiramente é a mesma
coisa, já que morando no seu está deixando de receber aluguel.
Pare de ler notícias sobre imóveis, estão permanentemente
anunciando uma bolha. Se ela vier, seu imóvel não vai perder um
banheiro e as pessoas vão continuar precisando de morar em
algum lugar.
 
Moedas
Não são propriamente investimento mas sim reserva de valor
para crises.
Basta acumular 3 a 5% do patrimônio em Dollar e/ou Euro e
pronto. Coloque na Planilha e compre quando ficar abaixo do
percentual desejado.
Ouro é uma alternativa também mas mais complicada.
 
Fundo de Investimento em Imóveis
Grupo de FIIs na Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=240
Área de FIIs da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/FII/Default.aspx
Importante compreender que não são imóveis, são Fundos de
Investimentos em Imóveis. O objetivo é ganhar um rendimento
mensal dos alugueis e a valorização dos imóveis. São vendidos
na bolsa como as ações.
São divididos em Fundos de Tijolo (cotas de imóveis), Fundos de
Papel (créditos recebíveis imobiliários) e FIIs de FIIs que compram
cotas dos outros dois tipos.
É importante estudar o prospecto do fundo antes de investir e
saber as características e analisar o risco. Há desde fundos
bastante sólidos como os de agência de grandes bancos a fundos
de alto risco, especialmente os de Papel.
Cuidado com as modinhas pois está havendo uma corrida para
os FIIs. Não corra atrás e saia entrando em qualquer coisa.
Estude. Há farto material sobre os FIIs nos links acima.
E para quem pretende investir em imóveis, deve acrescentar
também FIIs no patrimônio?
FIIs não são imóveis, mas combinam algum risco. Se o seu
patrimônio está muito exposto a imóveis, equilibre com mais
ações e renda fixa até entrar em FIis.
Pretendo comprar FIIs e não imóveis.
Acredito que a partir de certo patrimônio e idade, acrescentar
um imóvel ou se possível mais de um ao patrimônio seja
interessante mesmo que tenha FIIs.
Os imóveis de quarto e sala bem localizados seriam a primeira
linha de investimento em imóveis.
Nunca se esqueça que as três coisas mais importantes nos
imóveis são localização, localização e localização porque quase
todo o resto dá parta mudar mas localização não dá para mudar.
 
Existem outros investimentos mas é necessário especialização.
Estes são os mais comuns e basta eles para formar um belo
patrimônio.
3 – Carteira de Ações
Área de Ações da Bastter.com
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx
 
 
Este gráfico que escolhi para iniciar esta seção demonstra o
quanto você perde se estiver fora da bolsa nos melhores dias do
mercado. A primeira coluna mostra o investidor que se manteve
na bolsa. A segunda mostra o rendimento daquele que perdeu
somente os 5 melhores dias. Depois 10 dias e assim por diante.
Compre ações para ser sócio e se mantenha sócio enquanto for
uma boa empresa. Vai se surpreender com a longevidade de
boas empresas. Esqueça esta baboseira de ficar líquido. Ficar
líquido termina nas colunas a direita do gráfico ou você acha que
vai sair justo nos dias certos? Tá bom, então o que exatamente
você está fazendo lendo este livro?
 
- Introdução
Na construção da carteira de ações se cometem diversos erros
básicos.
Há duas formas de comprar ações
1 – Para trade
2 – Para ser sócio
 
Trader opera preços e pretende ganhar na variação dos preços.
Sócio opera valor e pretende ganhar no crescimento e/ou
distribuição de lucros da empresa.
A confusão entre as duas coisas traz muitos prejuízos.
Traders que não Stopam e se tornam sócio de empresas ruins
esperando o maldito empate.
Sócios que ficam perturbados por preços e notícias e vendem
tudo no fundo em pânico quando as empresas continuam boas.
Quando se compra ações para ser sócio, o que importa é o valor
das empresas e não as cotações. O seu ganho virá do
crescimento dos lucros da empresa e do crescimento da
empresa, do patrimônio da empresa e não da variação da
cotação que será uma consequência e não o fator principal como
nos trades.
Quanto menos olhar as cotações, melhor. Observem o seguinte
estudo do livro Iludido pelo Acaso:
 
Olhar as
Cotações:
Bolsa em
Alta
Bolsa em
Queda
A cada Minuto 50,17% 49,83%
Todo Dia 54,00% 46,99%
Toda Semana 59,00% 41,00%
Todo Trimestre 67,00% 33,00%
Todo Ano 93,00% 07,00%
 
Quanto mais você olha as cotações, menos vai ver a bolsa em
alta. Claro que para quem está tranquilo em ser sócio de
empresa e não se preocupa com a queda das cotações, isso
tanto faz. Mas a maioria, especialmente quem está começando,
ainda pode ser muito influenciada pelas besteiras que falam
sobre ser sócio de empresas e pela mistura sócio X trader tão
comum na mídia e na maioria dos locais e se a bolsa desabar
acabar vendendo suas ações em pânico no fundo o que faz com
que seu plano de B&H vá por água abaixo.
Então pare de olhar as cotações e vá trabalhar!
PARE DE OLHAR AS COTAÇÕES E VÁ TRABALHAR!
PARE DE OLHAR AS COTAÇÕES E VÁ TRABALHAR!
PARE DE OLHAR AS COTAÇÕES E VÁ TRABALHAR!
 
Sem olhar as cotações suas chances no B&H aumentam como
pode ser visto na tabela acima, pois você vai ver a bolsa subindo
e suas ações se valorizando mais vezes, diminuindo a chance de
vender tudo no fundo em pânico e além do mais vai trabalhar
mais e melhor, e poupar mais que como já vimos é a medida
mais importante no seu enriquecimento.
O problema é o ser humano que influenciado pelo sistema que
quer que ele gire, acaba por vender tudo no fundo em pânico
para depois recomprar quando as notícias são boas e os
analistas estão indicando Bolsa, no topo. Aí não há carteira que
aguente.
Por que ser sócio de empresas boas com lucros consistentes no
longo prazo tende a ser uma proposta vencedora?
A coisa é bem simples:
Lucros consistentes:
 
Observem a coluna de lucros líquidos e vejam também a margem
líquida e o ROE (retorno sobre os Investimentos)
 
Esta empresa serve para demonstrar porque o acionista ganha
como sócio de uma empresa com lucros consistentes. Bolsa não
é banco imobiliário. Como já vimos nos capítulos anteriores para
ficarmos ricos devemos acumular patrimônio. Se começamos a
comprar ações desta empresa em 2002 por exemplo e fomos
comprando aos poucos, nossas cotas valem cada vez mais e
recebemos cada vez mais dividendos já que os lucros são cada
vez maiores e com estes dividendos compramos cada vez mais
ações passando a ser donos de uma parte maior da empresa,
recebendo mais dividendos e comprando mais ações e este
círculo virtuoso vai fazendo com que nosso patrimônio aumente
pois temos cada vez mais ações a um valor maior e que
distribuem cada vez mais dividendos e portanto nosso
patrimônio cresce bem como a renda que ele produz que é
exatamente o objetivo da poupança e do enriquecimento.
 
Agora uma empresa sem Lucros consistentes:
 
 
Observem como a empresa até eventualmente tem lucro alguns
anos, mas tem anos de prejuízo e os lucros não crescem e a
empresa não vai alugar algum. Vejam como a margem mesmo
quando tem lucro é baixa.
 
Aí quando você vai ver o que acontece com as cotações da
primeira empresa:
 
 
As cotações seguem os lucros no longo prazo
 
E a segunda?
 
As cotações seguem os lucros. Como eles não vão a lugar algum
tão pouco vão as cotações.
No longo prazo as cotações seguem os lucros e não poderia ser
diferente já que a ação nada mais é do que um pedaço da
empresa. Se a empresa vale cada vez mais (TEM MAIS VALOR) a
cotação sobe. Se a empresa não acumula VALOR, a cotação não
sai do lugar ou até cai no longo prazo.
 
Assista o Vídeo 
Uma Forma Fácil de Analisar Balanços para Comprar
Ações
http://www.youtube.com/watch?v=1ihUxi7xLwo
 
 
Vejam o Fluxo de Caixa da primeira empresa:
Ela é uma maquina de fazer dinheiro, o Fluxo de Caixa Livre (FCL)
é o dinheiro que sobra no fim do ano. (Caixa operacional –
Investimentos).
 
Agora vejam o FC da segunda empresa:
É uma máquina de gastar dinheiro, não sobra nada.
 
 
Assista o Vídeo:
Introdução a Análise de Fluxo de Caixa
http://www.youtube.com/watch?v=Jif44LJ-
sJg&list=UUsra3f6ogpXhIZbSUe2OoaA&index=10
 
Como dinheiro não se produz do nada e não é mágica, o sócio da
primeira empresa vai ganhar dinheiro e o da segunda vai perder,
não interessa onde cada um compra. No logo prazo você vai
acumular valor na primeira e não vai acumular nada na segunda.
E isso é bem simples de entender quando se para de confundir
trade com ser sócio, preço com valor.
Você pode fazer um trade onde quiser, porque o seu objetivo é
tão somente ganhar na variação dos preços no curto prazo e se
der errado você Stopa, sai do trade e assume o prejuízo. Como
no curto prazo bolsa é fluxo e qualquer coisa pode acontecer,
ações de empresas ruins podem subir e ações de empresas boas
podem cair. Mas no longo prazo já vimos o que acontece,
portanto só seja sócio de empresas boas com lucros consistentes
e....
Notícia não é lucro.
Reestruturação não é lucro.
Mudar de nome não é lucro.
Ser comprada ou comprar outra não é lucro
Trocar de presidente não é lucro
Dizer que vai fazer isso ou aquilo não é lucro
Analista dizer que o preço alvo é sei lá aonde não é lucro
 
LUCRO É LUCRO E CONSISTENTE
Nada disso tem a menor importância, só o que importa é que a
empresa tenha lucros consistentes.
A análise inicial de uma empresa para ser sócio ou não é
facílima: Basta olhar a coluna Lucro Líquido nas tabelas acima
que estão disponíveis para praticamente quase todas as
empresas que tem ação na bolsa na Área de Ações da
Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx
Se a coluna tem lucros consistentes ok, podemos analisar mais.
Se não tem, próxima empresa. Não caia de amores pelo que não
presta. Dá muito prejuízo. E não analise pelo que não interessa.
Se não tem lucro consistente o sócio não ganha nada.
Mas como saber se vai continuar tendo lucros consistentes?
Não há como saber
Mas eu aprendi que empresas boas tendem a continuar boas e
empresas ruins tendem a continuar ruins. Que empresas boas
tendem a sobreviver aos tempos difíceis e empresas ruins
tendem a quebrar após um espirro.
Claro que eventualmente uma empresa ruim fica boa e uma
empresa boa fica ruim mas são exceções e para se proteger disso
que se diversifica.
 
Assista ao Vídeo
Quando sair dos InvesƟmentos - O Conceito Absurdo
do Empate
http://www.youtube.com/watch?v=JfgJkiB-AZQ
Para saber quando sair de empresas boas que ficaram ruins e
Assista ao Vídeo
O que Realmente te Protege da Queda das Ações
http://www.youtube.com/watch?v=yaW4pkQHLFg
Para compreender que o que te defende é a diversificação e não
adivinhar o futuro.
 
- Boas Empresas
Então vamos ver o que é importante para ser sócio de uma
empresa
 
1 – Lucros consistentes.
2 – Crescimento se for uma empresa de crescimento. Se for uma
empresa de dividendos, não é necessário que cresça, mas é
sempre bom crescer.
3 – Caixa e Dívida equilibrados.
4 – Boa governança.
Os três primeiros são fáceis de verificar. O último precisa de
verificar algumas coisas objetivas, e outras mais subjetivas.
 
Lucros consistentes
Já vimos acima como verificar rapidamente lucros consistentes.
Dois marcadores de lucros são importantes também:
Margem Líquida e ROE
· Margem líquida é bem simples, é o quanto da receita que
sobra como lucro após os gastos da empresa. Alguns
setores que giram muito sobre o patrimônio e tem
concorrência muito forte tem margem baixa como
consumo cíclico por exemplo. Alguns como supermercados,
farmácias, etc. tem margens muito baixas. Cabe a cada um
decidir se aceita as margens baixas de cada setor ou não.
De qualquer forma dentro do mesmo setor a margem mais
alta do que os concorrentes demonstra uma vantagem
competitiva.
Para partir de algum lugar, parta de 20% de margem. Estude os
diferentes setores e veja quais critérios vai usar para aceitar
determinadas margens.
 
Vejam uma empresa com lucros líquido crescente e margem
crescente e acima de 20%.
 
 
Já esta vem perdendo margem...
 
Muito cuidado com as empresas com receita imensa e que não
para de crescer mas sem acompanhamento dos lucros. São
empresas que chamam muita atenção mas não interessam ao
sócio já que o sócio minoritário não ganha nada da receita,
somente dos lucros. Empresas sem cultura de lucros são
péssimas para ser sócio:
 
Empresa sem cultura de lucros:
 
Vejam como a receita cresce sem parar mas os lucros não
acompanham. Empresas assim estão sempre na mídia, chamam
muita atenção, crescem sem parar, são as maiores do país e do
mundo levando muitos pequenos investidores a se iludirem mas,
sem lucros consistentes, não há o menor interesse de ser sócio.
 
· O ROE ou Retorno sobre os Investimentos é o lucro
líquido dividido pelo patrimônio líquido da empresa ou
seja, quanto se lucra em cima do patrimônio ou em última
instância para o acionista, sobre o investimento dele. Claro
que isso também varia de setor para setor mas ser acima
de Taxa Selic com alguma sobra é um bom ponto para
começar.
Novamente há setores que distorcem este marcador como, por
exemplo, o de consumo cíclico que por ter muitas vezes receita
muito maior que o patrimônio, se for empresa boa, produzem
lucros muito grandes em relação ao patrimônio. Há empresas
também que trabalham com aluguel e são donas de muitos
imóveis. Nestas ocorre o inverso, com distorção do ROE para
baixo. De qualquer forma alguma sobra além da Selic é um bom
ponto para começar.
Vejamos exemplos:
Notem o ROE elevadíssimo já que a empresa tem receita de mais
que o dobro do patrimônio. A empresa é boa, tem lucros
consistentes, mas há distorção no ROE para cima.
 
Vamos ver uma com ROE baixo:
Percebam como é fácil ver uma empresa sem lucros consistentes
e passar para a próxima. Olhem que esta empresa gira bastante
em cima do patrimônio com uma receita elevada quase que do
tamanho do patrimônio mas ainda assim o ROE é baixo ou até
inexistente porque os lucros são inconsistentes. 
Obs: Quando a empresa tem prejuízo não existe ROE porque não
existe retorno.
Receita Líquida – É um dado importante correspondendo as
vendas da empresa. É claro que é bom quando a receita sobe,
mas deve-se ficar atento a quanto sobra de lucro a partir da
receita. O acionista não ganha nada da receita, só do lucro. Há
períodos em que a empresa está investindo e tem gastos
excessivos e a receita cresce sem puxar o lucro. Nada demais,
mas é importante saber se esta é apenas uma fase e aquele
crescimento de receita vai resultar posteriormente em mais
lucros ou se é uma empresa sem cultura de lucros se
alavancando toda apenas para fazer mais receita, enriquecer
donos e diretores enquanto os acionistas minoritários ficam a
vernavios.
Ebitda – Lucros antes dos juros, impostos, depreciação e
amortização. Seria o lucro antes de descontar estes itens, o que
leva a o Lucro Líquido. Muitos usam o Ebitda nas análises das
empresas e vem algumas vantagens nisso. Cada um deve criar
seus critérios. Eu prefiro utilizar o Lucro Líquido.
 
Crescimento
Uma empresa não precisa crescer para ser boa. A parte da sua
carteira de dividendos pode ter empresas boas com lucros
consistentes, caixa e dívida equilibrados e boa governança mas
que quase não crescem pois distribuem praticamente todos os
lucros na forma de dividendos e juros sobre o capital. Se ela
distribui praticamente todo o lucro, não sobra quase nada para
investir e não se espera crescimento. São empresas que
normalmente não tem para onde crescer e não precisam crescer
para se manterem rentáveis.
Nas empresas de crescimento espera-se crescimento. Elas
distribuem pouco lucro, o que pode ser observado pelo Payout
baixo que é de forma simples o percentual dos lucros que é
distribuído para os acionistas.
Pode-se aceitar que durante um tempo a empresa não distribua
muito lucro e não cresça muito se ela estiver em uma fase de
investimentos grandes para resultado futuro. Mas fique de olho.
Se o lucro não vai para você e a empresa não cresce por muito
tempo, o dinheiro está sumindo!
Uma taxa de crescimento dos lucros acima de 20% em 5 anos é
um ponto para começar a estudar mas isso vai variar muito.
Análise de empresas não é matemática, é arte!
 
Vamos ver uma empresa de dividendos. Observem primeiro que
o crescimento dos lucros em 5 anos não é expressivo.
 
 
Observe agora no quadro evolutivo da empresa que não vemos
grande crescimento do patrimônio líquido e nem do lucro
líquido. Ainda assim vejam como a Margem e o ROE são
exuberantes e a empresa é uma máquina de fazer dinheiro como
se pode ver na coluna FCL do Fluxo de Caixa Livre que demonstra
o dinheiro que tá sobrando. Como ela não tem muito no que
investir (veja a coluna FCI que é o Fluxo de Caixa de
Investimentos e a coluna FCI/LL que demonstra que o percentual
dos lucros utilizados em investimentos é muito baixo), ela
distribui quase todo o dinheiro para os acionistas tendo um
Payout próximo de 100% (Percentual dos lucros distribuídos aos
acionistas). A despeito de não haver grande crescimento da
empresa, a quantidade enorme de dividendos distribuídos
permite que se compre mais ações e isso tem um efeito cascata
no longo prazo sobre os juros compostos. O crescimento menor
da empresa é compensado pelo aumento mais expressivo da
quantidade de ações.
Esta empresa demonstra que não é obrigatório que haja
crescimento para que seja um bom investimento numa empresa.
Mas é importante saber no que está investindo e acompanhar. É
interessante ter uma parte da sua carteira em empresas de
dividendos que vão propiciar um equilíbrio maior da carteira
pela grande reaplicação e compra de novas ações que elas
propiciam.
 
 
 
Importante notar que a despeito da obsessão de muitos com as
empresas de crescimento lento, chamada de dividendos, não são
estas que vão distribuir mais dividendos aos acionistas no longo
prazo mas sim as de crescimento que apesar de terem um
Payout mais baixo, através do seu crescimento expressivo, vão
acabar distribuindo mais dividendos em reais apesar de menos
em percentuais.
 
Vamos ver agora uma empresa de crescimento e observem o
crescimento expressivo dos lucros empresa em 5 anos.
 
Vamos ver a evolução da empresa:
Olhem como o patrimônio líquido e os lucros crescem muito. A
empresa tem um Payout de apenas 22% pois ela está
reinvestindo grande parte dos lucros o que proporciona todos
este crescimento.
 
Vejam o Fluxo de Caixa de uma empresa de crescimento rápido:
Olhem como ela investe muito, sendo o FCI (Fluxo de Caixa de
Investimentos) maior que o FCO (Fluxo de Caixa Operacional).
Todo este investimento está fazendo o FCL (Fluxo de Caixa Livre)
ficar negativo, ou seja, ela tá consumindo caixa e olhem como a
proporção do investimento chega a mais de duas vezes que o
lucro líquido. Esta situação de FCL negativo pode acontecer por
um tempo na fase de crescimento rápido da empresa, mas em
algum momento, quando os investimentos começarem a
produzir lucro, isso deve reverter. Acompanhe a empresa, e veja
se ela está se equilibrando. É importante acompanhar também
as dívidas destas empresas pois algumas alavancam demais e se
vem uma fase ruim, os lucros podem desaparecer.
 
Vejam que não é difícil analisar empresas se entender a lógica
dos lucros
 
É importante observar que não basta crescer. O crescimento
deve ser feito de forma ordenada e equilibrada e mantendo
lucros consistentes. Vamos ver um exemplo de alavancagem
excessiva que culminou com prejuízos imensos:
 
Veja, que durante um período a empresa teve um crescimento
expressivo de patrimônio líquido e lucros mas com alavancagem
excessiva de dívidas e fluxo de caixa líquido negativo. Isso acaba
tendo um preço se a empresa passa por uma fase mais difícil. A
conta vai ser paga e culminou com prejuízos enormes. O
investidor tinha que acompanhar o crescimento e verificar que
ele não era operacional mas empurrado as custas de dívidas
cada vez maiores.
 
Vejam que o FC Operacional (FCO) é sempre negativo no período
de crescimento e há uma entrada enorme de empréstimos (FCF
ou de Financiamento) e o FCL sempre negativo e dinheiro saindo
pelo ladrão. Como eu disse, um dia a conta vai ser paga.
 
Um outro lado são empresas com Payout baixo que não crescem.
Esta é uma empresa com Payout de 11%:
Observem que o Patrimônio Líquido praticamente não cresceu
em 5 anos e o Lucro Líquido a despeito de parecer ter crescido,
na verdade não tem a menor consistência e não sai do lugar.
Olha o que acontece com a cotação da empresa (linha preta)
 
Não sai do lugar também. Se nada sai do lugar porque a cotação
vai sair do lugar? A cotação no longo prazo reflete valor e a
empresa não está acumulando valor.
Se ela distribui apenas 11% dos lucros e não cresce, para onde
está indo o dinheiro? Para o acionista não está indo. Precisamos
ser sócios de empresas que distribuam muito lucro ou que
cresçam para nosso patrimônio crescer. Claro que há as
intermediárias, chamadas de crescimento moderado mas estas
fazem uma média, crescendo moderadamente e distribuindo
algo próximo de metade dos lucros.
Portanto no que diz respeito a crescimento vamos selecionar
empresas com lucros consistentes e dividir em duas categorias:
- Dividendos: Com Payout próximo de 100% e pouco crescimento
- Crescimento: Com Payout próximo ou abaixo de 25% e
crescimento expressivo.
 
Há empresas de crescimento moderado que ficam como uma
intermediária entre as duas e há empresas sólidas, as chamadas
Blue Chips que podem interessar exatamente pela solidez e
“inquebrabilidade”. Não há garantia que não quebrem mas a
chance é pequena. Algumas ainda apresentam alguma taxa de
crescimento e outras distribuem quantidade razoável de
dividendos.
Temos também as empresas cíclicas como Petrobrás, Vale, e as
siderúrgicas que passam por períodos de crescimento, períodos
de grande distribuição de dividendos e períodos mais difíceis
com queda dos lucros. Empresas cíclicas são cíclicas e o acionista
tem de saber e aceitar isso.
Veremos mais à frente a distribuição da Carteira nestas
Categorias.
 
Caixa e Dívida equilibrados
A primeira coisa que se deve compreender é que dívida de
empresa não é igual a dívida de pessoa física.
Pessoa Física nunca deve fazer dívidas com a única possível
exceção da compra da Casa Própria em algumas circunstâncias.
Empresa pode fazer dívida e ter dívidas não significa que uma
empresa é ruim ou tá sob risco.
É bom não ter dívidas?
Se for porque está sobrando dinheiro, sim.
Se for por excesso de conservadorismoque impede a empresa de
crescer, pode ser que sim ou que não.
Então ter dívidas pode ser bom ou ruim.
Não ter dívidas pode ser bom ou ruim.
 
Mas para uma dívida ser boa ou ao menos equilibrada é
necessário que ela não seja um peso para a empresa e de
preferência que a empresa consiga com o dinheiro da dívida uma
rentabilidade maior do que os juros que paga. Outra hipótese
seria que a dívida está sendo utilizada para investimentos que
podem trazer grandes benefícios no futuro. Cuidado para não
ser sócio de uma empresa na fase que ela está investindo e sair
na hora de colher os frutos do investimento que você também
pagou. É muito comum dizerem que um papel está caro e que já
é hora de sair, misturando trade com B&H e aí justo na hora de
receber os lucros provenientes dos investimentos pagos com o
seu dinheiro, segue-se uma destas análises doidas e abandona o
papel.
Se você é sócio de uma padaria que ajudou a reformar vai sair
quando ela começa a dar lucro e valer mais? Não, claro, agora é
a hora de recuperar os investimentos. Mas seguindo estas
análises gira patrimônio muitos cometem este erro com ações.
Bom, vamos dar uma olhada em dívidas.
No Regime de Competência temos os seguintes parâmetros:
· Dívida Bruta - Soma dos empréstimos e financiamentos
adquiridos pela empresa. Podem ser divididos em curto e
longo prazo; moeda local e estrangeira e pode-se estudar
as taxas de juros e fazer uma média das mesmas para
analisar o custo da dívida.
Fique atento na margem!
Divida cara come receita para pagar juros e faz a margem cair.
· Disponibilidades e Caixa – Dinheiro em caixa (numerário)
+ investimentos de liquidez imediata como títulos, fundos
de liquidez imediata, poupança, ações, etc.
· Caixa – Dívida Bruta = Caixa Líquido 
(ou Dívida Bruta – Caixa = Dívida Líquida)
· Dívida Bruta / Patrimônio Líquido – Quanto do
patrimônio está comprometido como dívidas. Como um
padrão inicial se usa um limite de 0,5 ou 50%. Mas tome
cuidado com empresas de alto giro, especialmente da área
de consumo cíclico que fazem uma receita muito maior que
o patrimônio, ou seja, trabalham com um patrimônio
pequeno. Nestas este marcador pode estar alto chegando a
1 ou até a 2 e a dívida não está necessariamente
desequilibrada.
· Dívida Líquida / lucro Líquido – Em outras palavras,
quantos anos leva para pagar a dívida com os lucros. Como
padrão se aceita 4 anos mas tem de analisar caso a caso.
Para empresas que trabalham com patrimônio distorcido
para baixo ou para cima, este dado é mais fidedigno para
avaliar a dívida da empresa.
Repito: Análise de empresas não é Matemática, é Arte.
 
Alguns utilizam Ebitda/Lucro Líquido aceitando até dois anos
como limite.
Para análise de dívidas e não só para isso, deve-se acompanhar
também o Regime de Caixa.
Uma empresa alavancada em dívidas com FCL negativo tem uma
situação mais grave do que uma que tem FCL positivo, mas
mesmo na segunda deve-se observar até quando a empresa vai
aguentar.
O FCF demonstra o quanto a empresa está recebendo ou
pagando de empréstimos. O pagamento de dividendos também
sai do FCF. Se o FCF está positivo provavelmente a empresa está
adquirindo novos empréstimos. (Lembre-se, no Regime de Caixa
se analisa entrada e saída do caixa, quando se pega um
empréstimo, seja bom ou ruim, entra dinheiro no caixa. Quando
se paga um empréstimo ou dividendos, sai dinheiro do caixa).
Vamos ver alguns exemplos:
 
Há muita coisa a ser observada neste quadro da empresa. Em
primeiro lugar vejam o fim das colunas da direita acima. A dívida
dela é quase o dobro do patrimônio, o que sugere uma dívida
desequilibrada. Mas vamos olhar na esquerda marcado com um
círculo oval que a receita é muito maior que o patrimônio, é uma
empresa de consumo que gira muito sobre o patrimônio então
veremos uma distorção para cima dos dois marcadores que usam
o patrimônio, o ROE e a DIV/PL. A análise do equilíbrio da dívida
deve ser feita pelo marcador dívida liquida/lucro líquido ou
DIV/LL e veremos que a dívida é paga com apenas 0,79 do lucro
de um ano ou em apenas nove meses e meio, demonstrando
neste aspecto que não há desequilíbrio. Veremos também no
regime de caixa que a empresa mantem FCL positivo o que é
mais um dado a favor do equilíbrio.
Mas podemos observar também que a dívida bruta aumentou
assim como o FCI (investimentos) e o FCF que vinha negativo
passou a positivo. Vejam a direita que a relação FCI/LL ou quanto
do lucro está sendo utilizado para investimentos foi de 30% para
112%. Isso é bom ou ruim? Não há como responder sem mais
dados. A dívida e o caixa da empresa estão equilibrados, ela não
está perdendo margem, os lucros permanecem consistentes mas
ao que parece uma empresa que estava meio parada resolveu se
mexer. Pode-se apenas observar a empresa, acompanhar os
balanços e ver como ela se comporta ou pode-se questionar o RI
sobre estes investimentos.
Obs: Na Área de Ações da Bastter.com, no cabeçario de cada
empresa, tem o link para o site da empresa onde usualmente
tem os contatos do RI (Relação com os Investidores).
 
Agora vamos ver uma empresa desequilibrada:
 
Observem que a empresa vinha tendo algum crescimento de
lucros mas sempre com margem baixa (Cultura de Receita).
Observem que entre 2006 e 2009 a CX Liq (ou Dívida Líquida)
explode. A Div/PL começa a subir e chegar ao tamanho do
patrimônio e cada vez precisa de mais anos de lucros para pagar
a dívida líquida chegando em 2008 a quase 9 anos. Em 2009 a
dívida ultrapassa com folga o patrimônio e a margem não cresce
a despeito do enorme crescimento da receita. Ao mesmo tempo
no quadro de baixo o FCL de 2009 chega a 1,5B negativos com
cada vez mais empréstimos entrando como pode-se ver na
coluna FCF.
Quem vai pagar esta conta?
Acertou quem disse: Eu! (se você for acionista de uma empresa
desequilibrada claro).
Olhem o que acontece em 2011 e 2012: 1B de prejuízo!
 
Vamos ver mais uma equilibrada:
Observem as colunas marcadores de dívidas a direita e vejam
que a dívida compreende uma pequena parte do patrimônio e
praticamente não tem dívida líquida. É uma empresa que se
pode dizer que praticamente não tem dívida. Ao mesmo tempo
o FCL é sempre positivo e a quantidade de lucro utilizado em
investimentos vem diminuindo. Observem no centro que os
lucros são redondinhos, a empresa é uma maquininha de fazer
dinheiro. Aí a dívida sobe nos últimos três anos de 23 milhões
para 113 milhões e o FCF que sempre foi negativo, fica positivo e
alguns ficam nervosos. Lá atrás eu disse: Empresa não é pessoa
física. Esta empresa tem um ROE de quase 25%. Esta toda
equilibrada e tem muita sobra. Se ela precisa investir um pouco
mais, nenhum problema de pegar dinheiro emprestado que
quase com certeza o dinheiro investido nela rende mais do que
os juros do empréstimo. Além do mais muitas vezes estas
empresas conseguem empréstimos baratos, as vezes até BNDES
com taxas baixíssimas. Sendo assim o empréstimo pode
beneficiar mais o acionista do que usar os próprios recursos da
empresa. Tudo deve sempre ser avaliado com calma.
 
Vamos ver outra:
É uma empresa de crescimento e bastante agressiva neste
crescimento. Vejam o crescimento dos lucros nos últimos 5 anos:
Empresas de crescimento agressivo podem trazer mais retorno
no longo prazo mas tem mais risco associado. Por isso
combinamos crescimento, dividendos e blue chips na carteira.
De qualquer forma o importante é saber com o que você está
lidando. Esta empresa também está alavancando como a do
exemplo acima que terminou com prejuízo de 1B, mas vejam que
os lucros se mantém consistentes e a margem até está subindo.
O ROE assim com a Div/PL são um pouco distorcidos para baixo
pois esta empresa tem muitas propriedades e trabalha com
aluguel, portanto o Patrimônio Líquido é alto em relação a
receita,

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