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1 
 
@DeltaCaveira10 
 
LEGISLAÇÃO BIZURADA 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL DE 1988 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Edição 
 
2 
 
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 
SocioLógico 
(Fernand Lassalle) 
A Constituição é a soma dos fatores reias de poder que emanam da sociedade. A 
Constituição é um reflexo das relações de poder vigentes em determindade comunidade 
política. 
PolíTico 
(Carl SchmiTt) 
A Constituição decorre de uma decisão política fundamental, e se traduz na estrutura 
do Estado e dos Poderes e na presença de um rol de direitos fundamentais. Faz distinção 
entre Constituição, que são normas vinculadas à decisão política fundamental e Leis 
Constitucionais, que são normas, que embora intregem o texto constitucional, são 
dispensáveis por não comporem a decisão política fundamental do Estado. 
Jurídico 
(Hans Kelsen) 
A Constituição é enfocada em dois sentidos: 
a) Lógico-jurídico: é a norma fundamental hipotética pura, cuja função é servir de 
fundamento lógico de validade da Constituição jurídico-positivo (plano lógico); 
b) Jurídico-positivo: é a norma posta, norma positiva suprema, conjunto de normas 
que serve para regular a criação de outras normas (plano positivo). 
Culturalista 
(Meirelles Teixeira) 
A Constituição é produto de um fato cultural, produzido pela sociedade e que sobre 
ela pode influir. É uma formação objetiva de cultura. Relaciona-se com o conceito de 
constituição total, que apresenta, na sua complexidade intríseca, aspectos 
econômicos, sociológicos, jurídicos e filosóficos, a fim de abranger o seu o conceito 
em uma perspectiva unitária. 
 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO - JOSÉ AFONSO DA SILVA 
Elementos 
Orgânicos 
São as normas que tratam da estrutura do Estado, dispondo sobre a sua organização e 
funcionamento. 
 
Exs.: Título III (Da Organização do Estado); e Título IV (Da Organização dos Poderes e do 
Sistema de Governo). 
Elementos 
Socioideológicos 
São as normas que revelam o compromisso da ordem constitucional. 
 
Exs.: Título II, Capítulo II (Dos Direitos Sociais); Título VII (Da Ordem Econômica e 
Financeira); e Título VIII (Da Ordem Social). 
Elementos de 
Estabilização 
Constitucional 
São as normas destinadas a garantir a solução dos conflitos constitucionais para 
assegurar a supremacia constitucional e a manutenção do próprio Estado. 
 
Exs.: Título V, Capítulo I (Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio); Art. 34 a 36 
(Intervenção nos Estados e Municípios); Emendas à Constituição; e Controle de 
Constitucionalidade. 
Elementos 
Limitativos 
São as normas que tratam dos limites de atuação do Estado, restringindo o poder de 
atuação de seus agentes para resguardar direitos indispensáveis à pessoa humana. 
 
Exs.: Título II, Capítulo I (Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos). 
Elementos 
Formais de 
Aplicabilidade 
São as normas destinadas a possibilitar a aplicação dos dispositivos constitucionais. 
 
Exs.: Preâmbulo; ADCT; e Art. 5º, §1º (normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata). 
Macete  O SELF 
 
 
3 
 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS - JOSÉ AFONSO DA SILVA 
Normas 
Constitucionais de 
Eficácia Plena 
São auto-aplicáveis e não podem ser reduzidas pelo legislador infraconstitucional. 
- Autoaplicáveis; 
- Não restringíveis; 
- Aplicabilidade Direta, Imediata e Integral. 
Ex.: Art. 2°, CF: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, 
o Executivo e o Judiciário; Remédios constitucionais. 
Normas 
Constitucionais de 
Eficácia Contida 
São auto-aplicáveis, mas podem ser reduzidas pelo legislador infraconstitucional. 
- Autoaplicáveis; 
- Restringíveis; 
- Aplicabilidade Direta, Imediata e Não Integral. 
Ex.: Art. 5º, XIII, CF: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
Normas 
Constitucionais de 
Eficácia Limitada 
Não auto-aplicáveis, dependendo de ato infraconstitucional ou de EC posterior para 
inteira aplicabilidade. 
- Não-autoaplicáveis; 
- Aplicabilidade Indireta, Mediata e Reduzida. 
Ex.: Art. 88, CF: A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública; Direito de greve do servidor público. 
Podem ser: 
Normas de Princípio 
Instituído 
São aquelas que dependem de lei para dar corpo, dar 
estrutura às instituições, pessoas e órgãos previstos na CF. 
Ex.: Art. 134, § 1º, CF: Lei complementar organizará a 
Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos 
Territórios e prescreverá normas gerais para sua 
organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, 
na classe inicial, mediante concurso público de provas e 
títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da 
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora 
das atribuições institucionais. 
Normas de Princípio 
Programático 
São aquelas que veiculam programas a serem 
implementados pelo Estado visando a realização de fins 
sociais. 
Ex.: Art. 205, CF: A educação, direito de todos e dever do 
Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
MÉTODO/EXPOENTE CONCEITO MACETE 
Método Jurídico ou 
Hermenêutico 
Clássico 
(Ernst Forsthoff) 
Este método considera que a Constituição é uma lei como 
qualquer outra, devendo ser interpretada usando as regras 
da Hermenêutica tradicional, ou seja, os elementos literal 
(textual), lógico (sistemático), histórico, teleológico e 
genético. 
- Elemento literal: analisa o texto da norma em sua 
literalidade; 
- Elemento lógico: avalia a relação de cada norma com o 
restante da Constituição; 
- Elemento histórico: avalia o momento de elaboração da 
norma (ideologia então vigente); 
- Elemento teleológico: busca a sua finalidade; e 
- Elemento genético: investiga a origem dos conceitos 
empregados na Constituição. 
Regras de 
hermenêutica 
tradicional: 
Gramatical; 
Histórico; 
Teleológico; 
Sistemático; 
Genético. 
Método Tópico-
problemático ou da 
Tópida 
(Theodor Viehweg) 
Neste método, há prevalência do problema sobre a 
norma, ou seja, busca-se solucionar determinado problema 
por meio da interpretação de norma constitucional. Este 
método parte das premissas seguintes: a interpretação 
constitucional tem caráter prático, pois busca resolver 
problemas concretos e a norma constitucional é aberta, de 
significado indeterminado (por isso, deve-se dar preferência 
à discussão do problema). 
Prevalência do 
problema sobre a 
norma. 
Método 
Hermenêutico-
concretizador 
(Konrad Hesse) 
A leitura da Constituição inicia-se pela pré-compreensão do 
seu sentido pelo intérprete, a quem cabe aplicar a norma 
para a resolução de uma situação concreta. 
Valoriza a atividade interpretativa e as circunstâncias nas 
quais esta se desenvolve, promovendo uma relação entre 
texto e contexto, transformando a interpretação em 
“movimento de ir e vir” (círculo hermenêutico). 
Prevalência da norma 
sobre o problema. 
Método Integrativo, 
Interpretativo 
Evolutivo ou 
Científico-espiritual 
(Rudolf Smend) 
A interpretação da Constituição deve considerar a ordem ou 
o sistema de valores subjacentes ao texto constitucional. 
A Constituição deve ser interpretada como um todo, dentro 
da realidade do Estado. 
Considera-se o 
“espírito da 
constituição”, o 
sistema de valores 
subjacente ao texto 
constitucional. 
Método Normativo-
estruturante ou 
Concretista 
(Friedrich Müller) 
Este método considera que a norma jurídica é diferente do 
texto normativo: aquela é mais ampla que este, pois resulta 
não só da atividade legislativa, mas igualmente da 
jurisdicionale da administrativa. Assim, para se interpretar a 
norma, deve-se utilizar tanto seu texto quanto a verificação 
de como se dá sua aplicação à realidade social (contexto). A 
norma seria o resultado da interpretação do texto aliado 
ao contexto. 
Texto da norma x 
Norma jurídica. 
A norma jurídica deve 
ser interpretada de 
acordo com o 
contexto. 
Método Comparativo 
ou da Comparação 
Constitucional 
(Peter Häberle) 
Para este método a interpretação dos institutos se 
implementa mediante comparação nos vários 
ordenamentos. Estabelece-se, assim, uma comunicação 
entre as várias Constituições. Partindo dos 4 métodos ou 
elementos desenvolvidos por Savigny (gramatical, lógico, 
histórico e sistemático), Peter Haberle sustenta a 
canonização da comparação constitucional como um quinto 
método de interpretação. 
Comparação entre 
Constituições. 
 
 
5 
 
PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
Princípio da Unidade da 
Constituição 
Esse princípio determina que o texto da Constituição deve ser 
interpretado de forma a evitar contradições entre suas normas ou entre 
os princípios constitucionais. Assim, não há antinomias reais no texto da 
Constituição; as antinomias são apenas aparentes. Segundo esse 
princípio, na interpretação deve-se considerar a Constituição como um 
todo, e não se interpretarem as normas de maneira isolada. 
Princípio da Máxima Efetividade, 
da Eficiência ou da Interpretação 
Efetiva 
Esse princípio estabelece que o intérprete deve atribuir à norma 
constitucional o sentido que lhe dê maior efetividade social. Visa, 
portanto, a maximizar a norma, a fim de extrair dela todas as suas 
potencialidades. Sua utilização se dá principalmente na aplicação dos 
direitos fundamentais, embora possa ser usado na interpretação de 
todas as normas constitucionais. 
Princípio da Justeza, da 
Conformidade Funcional, da 
Correção Funcional ou da Exatidão 
Funcional 
Esse princípio determina que o órgão encarregado de interpretar a 
Constituição não pode chegar a uma conclusão que subverta o 
esquema organizatório-funcional estabelecido pelo constituinte. 
Assim, este órgão não poderia alterar, pela interpretação, as competências 
estabelecidas pela Constituição para a União, por exemplo. 
Princípio da Concordância Prática 
ou da Harmonização 
Esse princípio impõe a harmonização dos bens jurídicos em caso de 
conflito entre eles, de modo a evitar o sacrifício total de uns em 
relação aos outros. É geralmente usado na solução de problemas 
referentes à colisão de direitos fundamentais. Assim, apesar de a 
Constituição, por exemplo, garantir a livre manifestação do pensamento 
(art. 5º, IV, CF/88), este direito não é absoluto. Ele encontra limites na 
proteção à vida privada (art. 5º, X, CF/88), outro direito protegido 
constitucionalmente. 
Princípio do Efeito Integrador ou 
Eficácia Integradora 
Esse princípio busca que, na interpretação da Constituição, seja dada 
preferência às determinações que favoreçam a integração política e 
social e o reforço da unidade política. É, muitas vezes, associado ao 
princípio da unidade da constituição, justamente por ter como objetivo 
reforçar a unidade política. 
Princípio da Força Normativa da 
Constituição 
Esse princípio determina que toda norma jurídica precisa de um 
mínimo de eficácia, sob pena de não ser aplicada. Estabelece, portanto, 
que, na interpretação constitucional, deve-se dar preferência às soluções 
que possibilitem a atualização de suas normas, garantindo-lhes eficácia e 
permanência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
Quanto à 
Origem 
Outorgadas, Impostas, 
Ditadoriais ou Autocráticas 
São aquelas impostas pelo detentor do poder político. 
Exs.: CF’s brasileiras de 1824, 1937, 1967 e EC nº 01/69. 
Democráticas, 
Promulgadas, Votadas ou 
Populares 
São aquelas produzidas com a participação popular em 
regime de democracia (seja direta ou representativa). 
Normalmente, são fruto do trabalho de uma Assembléia 
Constituinte. 
Exs.: CF’s brasileira de 1891, 1934, 1946 e 1988. 
Cesaristas ou Bonapartistas 
São aquelas produzidas pelo detentor do poder político, mas 
dependem de ratificação popular por meio de referendo. 
Não há constituições brasileiras. 
Dualistas ou Pactuadas 
São aquelas fruto de um compromisso instável de duas 
forças políticas rivais antagônicas. Governo/monarquia 
enfraquecido x Burguesia fortalecida. 
Não há constituições brasileiras. 
Quanto à 
Forma 
Escritas, Legais ou 
Instrumentais 
São aquelas produzidas em documentos formais/escritos 
e solenes. 
Não Escritas, Históricas, 
Costumeiras ou 
Consuetudinárias 
São aquelas pautadas em costumes, tradições, leis 
esparsas e jurisprudência. 
Cuidado: as constituições não escritas também são formadas 
por leis e convenções. 
Ex.: Constituição inglesa. 
Quanto à 
Sistemática 
Codificadas 
São aquelas cujas normas se encontram inteiramente 
contidas em um só texto, formando um único corpo de lei. 
Não Codificadas 
São aquelas escritas formadas por normas esparsas ou 
fragmentadas em vários textos. 
Quanto ao Modo 
de Elaboração 
Dogmáticas ou 
Sistemáticas 
São aquelas que são sempre escritas e elaboradas por um 
órgão constituinte, segundo os dogmas e valores em voga. 
Históricas ou Costumeiras 
São aquelas que são não escritas e concebidas 
historicamente pela sociedade, produto de um processo 
social lento. São mais estáveis que as dogmáticas. 
Ex.: Constituição inglesa. 
Quanto ao 
Conteúdo 
Materiais 
São aquelas identificadas por consagrarem um conjunto de 
normas estruturais da sociedade. São consideradas normas 
materialmente constitucionais as que contêm matérias 
típicas de uma constituição, quais sejam, estrutura do 
Estado, organização dos poderes e direitos e garantias 
fundamentais. 
Ex.: Constituição imperial brasileira de 1824. 
Formais 
São aquelas que podem ser definidas como o conjunto de 
normas jurídicas produzidas por um processo mais árduo 
e mais solene que o ordinário, com o propósito de tornar 
mais difícil a sua alteração. Esta espécie pressupõe uma 
constituição escrita. 
 
7 
 
Quanto à 
Extensão 
Analíticas, Prolixas, 
Extensas ou Longas 
São aquelas que versam sobre determinadas matérias de 
forma detalhada e específica. São necessariamente escritas 
e fruto do Constitucionalismo Conteporâneo. 
Sintéticas, Concisas, 
Sumárias ou Curtas 
São aquelas que possuem conteúdo abreviado e versam tão 
somente sobre princípios gerais e regras básicas sobre 
organização e funcionamento do Estado. 
Ex.: Constituição do EUA, que possui apenas sete artigos. 
Quanto à 
Estabilidade 
Imutáveis, Graníticas, 
Intocáveis ou Permanetes 
São as Leis Fundamentais antigas (Código de Hamurabi e a 
Lei das XII Tábuas), que surgiram com a pretensão de 
eternidade e que, por isso, não podiam ser modificadas 
sob pena de maldição dos deuses. 
Fixas ou Silenciosas 
São aquelas que só podem ser modificadas pelo mesmo 
poder constituinte que as elaborou, quando convocado. 
Ex.: Constituições francesas da época de Napoleão I. 
Rígidas 
São aquelas que somente podem ser modificadas mediante 
procedimentos mais solenes e complexos que o processo 
legislativo ordinário. São sempre escritas, mas as escritas 
nem sempre são rígicas. 
Exs.: CF’s brasileiras de 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988. 
Super-rígidas 
Classificação trazida por Alexandre de Moraes. São aquelas 
constituições rígidas dotadas de normas imutáveis 
(clausúlas pétreas). Para o autor, a CF é um exemplo desta 
classificação. 
Semirrígidas ou 
Semiflexíveis 
São aquelas que contêm uma parte rígida e outra flexível. 
Ex.: Constituição imperial brasileira de 1824. 
Flexíveis ou Pláticas 
São aquelas que permitem a modificação de suas normas por 
um processo idêntico ao de lei ordinária. As normas de 
uma Constituição flexívelreduzem-se a normas legais, não 
possuindo nenhuma supremacia sobre as demais. 
Quanto à 
Ideologia 
Ecléticas ou 
Compromissórias 
São aquelas que procuram conciliar ideologias políticas 
opostas. 
Ortodoxas 
São aquelas que adotam apenas uma ideologia política. 
Ex.: Constituição Soviética de 1977 (Comunismo). 
Quanto à 
Origem de 
Decretação 
Autoconstituições 
São aquelas elaboradas por órgãos do próprio Estado, 
como a Assembléia Constituinte. 
Heteroconstituições 
São aquelas elaboradas por órgãos de fora do Estado, seja 
por Organização Internacional ou por outros Estados. 
Quanto ao 
Sistema 
Principiológicas São aquelas em que predominam os princípios. 
Preceituais São aquelas em que predominam as regras. 
Quanto à 
Finalidade 
Constituições-garantia 
Constituições-quadro 
São aquelas que se concentram nas limitações do poder do 
Estatal junto aos cidadãos (liberdade negativa). 
Constituições-balanço 
Constituições-registro 
São aquelas que descrevem e registram, periodicamente, 
o grau de organização política e relações reais de poder. 
Fazem, de tempos em tempos, um balanço do estágio em 
que se encontra a evolução social. 
Constituições-dirigente 
Constituições-programática 
São aquelas de texto extenso, que definem programas, 
planos e diretrizes para a atuação estatal. 
Quanto à 
Correspondência 
com a Realidade 
Normativas 
São aquelas que estão em consonância com a realidade 
social e política do Estado e são utilizadas pela população. 
Exs.: Constituições brasileiras de 1891, 1934 e 1946. 
 
8 
 
(Critério 
Ontológico de 
Karl 
Loewenstein) 
Nominativas ou 
Nominais 
São aquelas que não conseguiram ficar em consonância 
com a realidade social, mas que anseiam chegar a este 
estágio e alcançar a simetria entre a Constituição e a 
realidade. São constituições prospectivas. 
Semânticas 
São aquelas que além de não estarem em consonância com 
a realidade social, são feitas para beneficiar os detentores 
do poder, sendo os interesses sociais relegados a segundo 
plano. Exs.: CF’s brasileiras de 1937, 1967 e 1969. 
Quanto ao Papel 
da Constituição 
ou Função 
Desempenhada 
Pela Constituição 
Constituições-lei 
São aqueles em que suas normas são equiparadas às 
demais leis do ordenamento, desprovidas de status 
hierárquico diferenciado. Nesse sentido, não são capazes de 
moldar a atuação do legislador e funcionam, apenas, como 
diretrizes não vinculantes. 
Constituições-moldura 
São aqueles que são só a moldura de um quadro vazio, 
funcionando como limite à atuação do legislador 
ordinário, que não poderá atuar fora dos limites 
previamente estabelecidos. 
Constituições-fundamento 
Constituições-total 
São aqueles que diferenciam as normas constitucionais 
das demais, na medida em que as situa num plano de 
superioridade valorativo que as torna cogentes para 
legisladores. 
Quanto ao 
Conteúdo 
Ideológico 
Liberais 
São aquelas visam delimitar o exercício do poder estatal, 
assegurar liberdades individuais, oponíveis ao Estado. 
Exs.: Constituições do EUA e da França de 1787. 
Sociais 
Típicas de um constitucionalismo pós liberal, são aquelas que 
passam a consagrar em seus textos não só direitos 
relacionados à liberdade, mas também prerrogativas de 
cunho social, cultural e econômico. A atuação do Estado 
deixa de ser meramente negativa, como era nas 
Constituições liberais, para se tornar positiva. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA CF/88 
Quanto à Origem Promulgada 
Quanto à Forma Escrita 
Quanto à Sistemática Codificada 
Quanto ao Modo de Elaboração Dogmática 
Quanto ao Conteúdo Formal 
Quanto à Extensão Analítica 
Quanto à Estabilidade Rígida 
Quanto à Ideologia Eclética 
Quanto à Origem de Decretação Autoconstituição 
Quanto ao Sistema Principiológica 
Quanto à Finalidade Dirigente 
Quanto à Correspondência com a Realidade Normativa (prevalece) 
Quanto ao Papel da Constituição Moldura 
Quanto ao Conteúdo Ideológico Social 
 
 
 
 
 
 
9 
 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado 
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL. 
PREÂMBULO CONSTITUCIONAL 
- O preâmbulo é um elemento formal de aplicabilidade. 
- O preâmbulo não pode, por si só, servir de parâmetro de controle da constitucionalidade de uma norma. 
- O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, 
dessa forma, norteia a interpretação do texto constitucional. 
- Em termos estritamente formais, o Preâmbulo é uma espécie de introdução ao texto constitucional, um resumo 
dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresentando o processo que resultou na elaboração da 
Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação. 
- O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 constitui-se no marco da ruptura com o regime anterior 
e garante a instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em seguida e até então não dotados de 
força normativa constitucional suficiente para serem respeitados, sendo eles o exercício dos direitos sociais e 
individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça. 
- A invocação à proteção de Deus, constante do Preâmbulo da Constituição da República vigente, não tem força 
normativa, não sendo de reprodução obrigatória pelos Estados. 
- Para o STF o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e reflete a posição ideológica do 
constituinte. Logo, não contém relevância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor interpretativo das 
normas constitucionais, não servindo como parâmetro para o controle de constitucionalidade. 
 
TEORIAS QUANTO À NATUREZA JURÍDICA DO PREÂMBULO 
Teoria da Irrelevância Jurídica 
O preâmbulo está no âmbito da política, portanto, não possui 
relevância jurídica. Adotada! 
Teoria da Plena Eficácia 
O preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica das normas 
constitucionais. 
Teoria da Relevância Jurídica Indireta 
O preâmbulo faz parte das características jurídicas da 
Constituição Federal, entretanto, não deve ser confundido com 
as demais normas jurídicas desta. 
. 
 
TEORIA DOS STATUS DE JELLINEK 
Desenvolvida por Georg Jellinek na segunda métade do séxulo XIX e apresentada por Robert Alexy em seu 
livro “Teoria dos Direitos Fundamentais”, a Teoria dos Status de Jellinek busca explicar o papel dos Direitos 
Fundamentais nas relações entre o Estado e o particular. 
Status Passivo ou 
Subjectionis 
O individuo em posição de subordinação aos Poderes Públicos, vinculando-se ao 
Estado por mandamentos e proibições. O indivíduo aparece como detentor de 
deveres perante o Estado. 
Sujeição do particular frente ao Estado. 
Status Negativo ou 
Libertatis 
O indivído, por possuir personalidade, goz de um espaço de liberdade diante das 
ingerências do Poder Público. Direito de garantir uma abstenção do Estado, de 
negar uma intervenção. 
Defesa do particular frente ao Estado. 
Status Ativo ou 
Activus 
O indivíduo tem direito de participar ativamente da vida do Estado, de se inserir na 
tomada de decisão do Estado. Ex.: voto. 
Participação do particular na tomada de decisões. 
Status Positivo ou 
Civitatis 
O indivíduo tem direito de exigir do Estado uma atuação positiva, uma intervenção 
prestacional. 
Prestação do Estado ao particular. 
 
10 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, formada pela união indissolúveldos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO e tem como FUNDAMENTOS: 
(mnemônico: “SO.CI.DI.VA.PLU”) 
I - a SOberania; 
II - a CIdadania 
III - a DIgnidade da pessoa humana; 
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o PLUralismo político. 
República Federativa do Brasil 
Forma de Estado Federado As duas iniciais formam FE de Federação 
Forma de Governo Republicano FOGO na República 
Sistema de Governo Presidencialista SIGO o Presidente 
Regime de Governo Democrático REGO Democrático 
Parágrafo único. TODO O PODER emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Poder Função Típica Função Atípica 
Legislativo 
- Legislar; 
- Fiscalização contábil, financeira, 
orcarmentária e patrimonial do 
Poder Executivo. 
Nat. Executiva: ao dispor sobre sua organização, provendo 
cargos, concedendo férias e licenças a servidores; 
Nat. Jurisdicional: Senado, quando julga o PR nos crimes 
de responsabilidade (art. 52, I, CF). 
Executivo 
- Administrar; 
- Pratica de atos de chefia de 
Estado, chefia de governo e atos 
administrativos. 
Nat. Legislativa: PR, quando adota Medida Provisória, com 
força de lei (art. 62, CF); 
Nat. Jurisdicional: Executivo julga, apreciando defesas e 
recursos administrativos. 
Judiciário - Julgar. 
Nat. Executiva: quando concede férias e licenças aos 
magistrados e serventuários (art. 96, I, “f”, CF); 
Nat. Legislativa: regimento interno de seus tribunais (art. 
96, I, “a”, CF). 
 
Art. 3º Constituem OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da República Federativa do Brasil: 
(mnemônico: “CO.GA.ER.PRO”; Macete: REGRA DO VERBO) 
I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - GArantir o desenvolvimento nacional; 
III - ERradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes PRINCÍPIOS: 
(mnemônico: A.IND.NÃO.COM.PRE.I.DE.RE.CO.S) 
I - INDependência nacional; 
II - PREvalência dos direitos humanos; 
III - Autodeterminação dos povos; 
IV - NÃO-intervenção; 
V - Igualdade entre os Estados; 
VI - DEfesa da paz; 
VII - Solução pacífica dos conflitos; 
VIII - REpúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - COoperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - CONcessão de asilo político. 
 
11 
 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
FUNDAMENTOS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS 
PRINCÍPIOS NAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
Soberania; 
Cidadania; 
Dignidade da pessoa humana; 
Valores sociais do trabalho e da 
libre iniciativa; 
Pluralismo político. 
Construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; 
Garantir o desenvolvimento nacional; 
Erradicar a probleza e a 
marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais; 
Promover o bem estar de todos, sem 
preconceitos de origem, raça,sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
Autodeterminação dos povos; 
Independência nacional; 
Não-intervenção; 
Concessão de asilo político; 
Prevalência dos direitos humanos; 
Igualdade entre os Estados; 
Defesa da paz; 
Repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
Cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
Solução pacífica dos conflitos. 
Macete: 
“SoCiDiVaPlu” 
Macete1: “ConGaErPro”; 
Macete2: Regra do verbo. 
Macete: 
“AIndNãoConPreIDeReCoS” 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Historicidade 
Possuem caráter histórico, nascendo com o cristianismo, passando pelas diversas 
revoluções e chegando aos dias atuais. 
Universalidade Destinam-se, de modo indiscriminado, a todos os seres humanos. 
Limitabilidade ou 
Relatividade 
Os direitos fundamentais não são absolutos (relatividade), havendo, muitas 
vezes, no caso concreto, confronto, conflito de interesses, o que é resolvido por 
um juízo de ponderação ou pelo princípio da proporcionalidade. 
Concorrência Podem ser exercidos cumulativamente uns com os outros. 
Irrenunciabilidade Eles podem ser nunca exercidos, mas nunca poderão ser renunciados. 
Inalienabilidade 
Como são conferidos a todos, são indisponíveis; não se pode aliená-los por não 
terem conteúdo econômico-patrimonial. 
Imprescritibilidade Não são perdidos se não forem usados. 
 
DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 1ª DIMENSÃO 2ª DIMENSÃO 3ª DIMENSÃO 
Valor-Fonte Liberdade Igualdade Fraternidade 
Tipo de Estado Liberal Social Coletivo 
Direitos Civis e Políticos 
Sociais, Econômicos e 
Culturais 
Difusos e Coletivos 
Prestações 
Estatais 
Direitos Negativos 
(Abstenção Estatal) 
Direitos Positivos 
(Prestação Estatal) 
Dever de toda a 
Comunidade 
Exemplos 
Liberdade de reunião e 
locomoção 
Saúde e previdência social 
Meio ambiente e 
consumidor 
A doutrina cita ainda mais duas dimensões: 
4ª Dimensão: 
- Engrenharia Genética (Norberto Bobbio) 
- Direito à Informação, Democracia Direta e Pluralismo (Paulo Bonavides) 
5ª Dimensão: - Direito à Paz (Paulo Bonavides) 
 
12 
 
Art. 5º TODOS são iguais perante a lei, SEM DISTINÇÃO de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Segurança e 
à Propriedade, nos termos seguintes: (mnemônico: “V.I.L.P.S”) 
Obs.: Abrange os estrangeiros não residentes e as pessoas jurídicas (STF e Doutrina Majoritária). 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (PRINCÍPIO DA 
LEGALIDADE) 
Exceções ao Princípio da Legalidade 
- Medidas Provisórias (art. 62, CF); 
- Estado de Defesa (art. 136, CF); 
- Estado de Sítio (art. 137, CF). 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; (norma constitucional de 
eficácia PLENA) 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo VEDADO o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos 
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
#INFO 
- É constitucional lei estadual que permite o sacrifício de animais em cultos de religiões de matriz africana. 
É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual 
de animais em cultos de religiões de matriz africana. 
STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 
28/3/2019 (Info 935). 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
SALVO se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; (escusa de consciência) 
Obs.: O direito de escusa de consciência não se restringe ao serviço militar obrigatório, quando se trata de crença 
religiosa, convicção filosófica ou religiosa, pois ele pode atingir, por exemplo, indivíduos que não aceitam 
trabalhar ou realizar prova aos sábados. 
IX - é livre a expressãoda atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, INDEPENDENTEMENTE 
de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a CASA é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
SALVO em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO - EXCEÇÕES 
Durante o DIA 
- com o consentimento do morador; 
- flagrante delito; 
- desastre; 
- prestar socorro; 
- determinação judicial. 
Durante a NOITE 
- com o consentimento do morador; 
- flagrante delito; 
- desastre; 
- prestar socorro; 
 
 
 
 
13 
 
#INFO 
- Parâmetros para a validade da entrada forçada em domicílio sem mandado judicial. 
A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada 
em fundadas razões, devidamente justificadas “a posteriori", que indiquem que dentro da casa ocorre situação de 
flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade 
dos atos praticados. 
STF. Plenário. RE 603616/RO. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgado 4-5/11/2015 (repercussão geral) (lnfo 806). 
 
- Ingresso em domicílio sem autorização. 
Não é permitido o ingresso na residência do indivíduo pelo simples fato de haver denúncias anônimas e ele ter 
fugido da polícia. 
A existência de denúncias anônimas somada à fuga do acusado, por si sós, não configuram fundadas razões a 
autorizar o ingresso policial no domicílio do acusado sem o seu consentimento ou determinação judicial. 
STJ. 6ª Turma. RHC 83.501-SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro. Julgado em 06/03/2018 (Info 623). 
 
- Mera intuição de que está havendo tráfico de drogas na casa não autoriza o ingresso sem mandado judicial 
ou consentimento do morador. 
O ingresso regular da polícia no domicilio, sem autorização judicial, em caso de flagrante delito, para que seja 
válido, necessita que haja fundadas razões (justa causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da 
residência. 
A mera intuição acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar abordagem policial 
em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem 
o seu consentimento e sem determinação judicial. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.574.681-RS. Rel. Min. Rogério Schietti Cruz. Julgado em 20/4/2017 (Info 606). 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, SALVO, no último caso (comunicações telefônicas), por ordem judicial, nas hipóteses e na forma 
que a lei (Lei nº 9.296/96) estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
SIGILO BANCÁRIO 
Os órgãos poderão requerer informações bancárias diretamente das instituições financeiras? 
POLÍCIA NÃO. É necessária autorização judicial. 
MP 
NÃO. É necessária autorização judicial (STJ. HC 160.646/SP). 
Exceção: É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas 
de titularidade de órgãos e entidades públicas, com o fim de proteger o patrimônio 
público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário (STJ. HC 308.493/CE). 
TCU 
NÃO. É necessária autorização judicial (STF. MS 22934/DF). 
Exceção: O envio de informações ao TCU relativas a operações de crédito originárias de 
recursos públicos não é coberto pelo sigilo bancário (STF. MS 33340/DF). 
Receira Federal 
SIM (art. 6º da LC 105/2001). O repasse das informações dos bancos para o Fisco não 
pode ser definido como sendo "quebra de sigilo bancário". 
Receita Estadual, 
Distrital, Municinal 
SIM, desde que regulamentem, no âmbito de suas esferas de competência, o art. 6º da 
LC 105/2001, de forma análoga ao Decreto Federal 3.724/2001. 
CPI 
CPI federal ou estadual/distrital  SIM (art. 4º, § 1º da LC 105/2001); 
CPI municipal  NÃO (prevalece). 
 
#INFO 
- Dados obtidos com a quebra de sigilo bancário não podem ser divulgados abertamente em site oficial. 
Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva. 
Assim, a página do Senado Federal na internet não pode divulgar os dados obtidos por meio da quebra de sigilo 
determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI). 
STF. Plenário. MS 25940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/4/2018 (Info 899). 
 
 
 
 
14 
 
- É possível que a Receita Federal compartilhe, com a Polícia e o MP, os dados bancários que ela obteve em 
procedimento administrativo fiscal, para fins de instrução processual penal. 
Os dados do contribuinte que a Receita Federal obteve das instituições bancárias mediante requisição direta (sem 
intervenção do Poder Judiciário, com base nos arts. 5º e 6º da LC 105/2001), podem ser compartilhados, também 
sem autorização judicial, com o Ministério Público, para serem utilizados como prova emprestada no processo 
penal. Isso porque o STF decidiu que são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC 105/2001, que permitem o acesso 
direto da Receita Federal à movimentação financeira dos contribuintes (RE 601314/SP, Rel. Min. Edson Fachin, 
julgado em 24/2/2016. Info 815). Este entendimento do STF deve ser estendido também para a esfera criminal. 
É lícito o compartilhamento promovido pela Receita Federal dos dados bancários por ela obtidos a partir de 
permissivo legal, com a Polícia e com o Ministério Público, ao término do procedimento administrativo fiscal, 
quando verificada a prática, em tese, de infração penal. 
STF. 1ª Turma. RE 1043002 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 01/12/2017. 
STF. 2ª Turma. RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016 (Info 822). 
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.601.127-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, julgado 
em 20/09/2018 (Info 634). 
STJ. 6ª Turma. HC 422.473-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/03/2018 (Info 623). 
 
- Possibilidade de utilizar os dados da Receita Federal para instruir processo penal. 
Os dados do contribuinte que a Receita Federal obteve das instituições bancárias mediante requisição direta (sem 
intervenção do Poder Judiciário, com base nos arts. 5º e 6º da LC 105/2001), podem ser compartilhados, também 
sem autorização judicial, com o Ministério Público, para serem utilizados como prova emprestada no processo 
penal. Isso porque o STF decidiu que são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC 105/2001, que permitem o acesso 
direto da Receita Federal à movimentação financeira dos contribuintes (RE 601314/SP, Rel. Min. Edson Fachin, 
julgado em 24/2/2016. Info 815). Este entendimento do STF deve ser estendido também para a esfera criminal. 
Assim, é possível a utilização de dados obtidos pela Secretaria da Receita Federal, em regular procedimento 
administrativo fiscal, para fins de instrução processual penal. 
STF. 1ª Turma. RE 1043002 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 01/12/2017. 
STF. 2ª Turma. RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016 (Info 822). 
STJ. 6ª Turma. HC 422.473-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/03/2018 (Info 623). 
 
- Requisição pelo MP de informações bancárias de ente da administração pública. 
Não são nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações bancárias de 
titularidade de Prefeitura para fins de apurar supostos crimes praticados por agentes públicos contra a 
Administração Pública. 
É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade da Prefeitura, com 
o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário. 
O sigilo de informações necessário à preservação da intimidadeé relativizado quando há interesse da sociedade 
em conhecer o destino dos recursos públicos. 
Diante da existência de indícios da prática de ilícitos penais envolvendo verbas públicas, cabe ao MP, no exercício 
de seus poderes investigatórios (art.129, VIII, da CF/88), requisitar os registros de operações financeiras relativos 
aos recursos movimentados a partir de conta-corrente de titularidade da Prefeitura. Essa requisição compreende, 
por extensão, o acesso aos registros das operações bancárias sucessivas, ainda que realizadas por particulares, e 
objetiva garantir o acesso ao real destino desses recursos públicos. 
STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE. Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. Julgado em 20/10/2015 (Info 572). 
STF. 2ª Turma. RHC 133118/CE. Rel. Min. Dias Toffoli. Julgado em 26/9/2017 (Info 879). 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer; (norma constitucional de eficácia CONTIDA) 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; (restringível pelo Estado de Sítio – art. 139, III, CF) 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; (restringível pelo Estado de Sítio – art. 139, I e II, CF) 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, INDEPENDENTEMENTE 
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
 
15 
 
DIREITO DE REUNIÃO 
- deve ser pacífica; 
- não pode ter uso de armas, inclusive as brancas; 
- não precisa da autorização da Administração Pública; 
- precisa de um prévio aviso a Administração Pública; 
- não pode atrapalhar uma outra Reunião. Ex.: ser no mesmo lugar; 
- tem que ser em um lugar aberto, por exemplo: Avenida Paulista 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA a de caráter paramilitar; 
XVIII - a CRIAÇÃO de associações e, na forma da lei, a de cooperativas INDEPENDEM de autorização, sendo 
VEDADA a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão 
judicial, exigindo-se, no primeiro caso (compulsoriamente dissolvidas), o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; 
ASSOCIAÇÕES 
Objetivos Exigências 
Criação 
- Não depende de autorização do poder público; 
- É vedada a criação de associações de caráter paramilitar. 
Suspensão das atividades - Somente por decisão judicial. 
Dissolução - Somente por decisão judicial com trânsito em julgado. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, RESSALVADOS os casos previstos nesta 
Constituição; (Desapropriação: competência para legislar: privativa da União - art. 22, II) 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente PODERÁ USAR de propriedade particular, 
ASSEGURADA ao proprietário indenização ULTERIOR, se houver dano; (Requisição Administrativa: 
competência para legislar: privativa da União - art. 22, III) 
DESAPROPRIAÇÃO REQUISIÇÃO 
Bens Bens e Serviços 
Aquisição da propriedade Uso da propriedade 
Necessidades permanentes Necessidades transitórias 
Necessidade pública; 
Utilidade pública; 
Interesse social. 
Iminente perigo público. 
Indenização: 
- justa; 
- prévia; e 
- em dinheiro. 
Indenização: 
- ulterior, se houver dano. 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei (Estatuto da Terra), desde que trabalhada pela família, 
NÃO SERÁ OBJETO de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo 
a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas 
atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
 
16 
 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como 
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, INDEPENDENTEMENTE do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
Obs.: O direito de petição pode ser exercido por qualquer pessoa, não havendo a necessidade de assistência de 
advogado. 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei NÃO EXCLUIRÁ da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; (PRINCÍPIO DA 
INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL) 
XXXVI - a lei NÃO PREJUDICARÁ o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Obs.1: A ação rescisória, entretanto, é uma das hipóteses de relativização desse princípio. 
Obs.2: O STF já consolidou o entendimento de que a garantia constitucional de irredutibilidade de 
vencimentos dos servidores públicos é “modalidade qualificada” de “direito adquirido” (STF, RE 105.137). 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; (PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL) 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
TRIBUNAL DO JÚRI 
- plenitude de defesa; 
- sigilo das votações; 
- soberania dos veredictos; 
- competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
- Súmula Vinculante nº 45: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.” 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; (PRINCÍPIO DA 
ANTERIORIDADE PENAL) 
XL - a lei penal NÃO RETROAGIRÁ, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da 
lei (Lei nº 7.716/89); (mandado de criminalização) 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveisde graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos (Lei nº 8.072/90), 
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (mandado de 
criminalização) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; (mandado de criminalização) 
Crimes Inafiançável Imprescritível 
Insuscetíveis de 
graça ou anistia 
Ação de grupos armados, civis ou militares, contra 
a ordem constitucional e o Estado Democrático 
Sim Sim – 
Racismo Sim Sim – 
Hediondos e TTT’s Sim – Sim 
 
 
17 
 
MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO 
Expressos 
os mandados de criminalização indicam matérias sobre as quais o legislador ordinário 
não tem a faculdade de legislar, mas a obrigatoriedade de tratar, protegendo 
determinados bens ou interesses de forma adequada e, dentro do possível, integral. 
Ex.: art. 5º, incs. XLI, XLII, XLIII e XLIV e art. 225, § 3º. 
Implícitos 
É pressuposto lógico que o legislador deve criminalizar condutas que lesem bens e 
interesses exaustivamente protegidos pela Constituição, ainda que ela assim não 
determine de forma expressa. 
Ex.: o combate à corrupção. 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite 
do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - NÃO HAVERÁ PENAS: 
a) de morte, SALVO em caso de guerra declarada (modalidade fuzilamento), nos termos do art. 84, XIX; 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por 
ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, 
a mobilização nacional; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período 
de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, SALVO o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, OU de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma 
da lei; 
- Súmula nº 421, STF: “Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira 
ou ter filho brasileiro.” 
- Súmula nº 1, STF: “É vedada a expulsão de estrangeiro casado com Brasileira, ou que tenha filho Brasileiro, 
dependente da economia paterna.” 
Obs.: O reconhecimento da situação de refugiado pelo Poder Executivo não impede a extradição, se o estrangeiro 
estiver sendo acusado de crime comum que não tenha qualquer pertinência com os fatos considerados para a 
concessão do refúgio (STF, Ext. 1.008 de 2008). 
LII - NÃO SERÁ CONCEDIDA extradição de estrangeiro por crime político OU de opinião; 
EXTRADIÇÃO 
Crime Comum Crime Político ou de Opnião 
Brasileiro Nato Não Não 
Brasileiro Naturalizado 
Sim, desde que seja por: 
- crime comum praticado antes da naturalização; 
- comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei (a 
qualquer tempo). 
Não 
Estrangeiro Sim Não 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
18 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; (PRINCÍPIO DO JUIZ 
NATURAL) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
- Súmula Vinculante nº 5: “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição.” 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
(PRINCÍPIO DA INOCÊNCIA OU DA NÃO CULPABILIDADE) 
#INFO 
- STF mantém seu entendimento de que é possível a execução provisória da pena. 
O STF, ao julgar habeas corpus impetrado pelo ex-Presidente Lula, decidiu manter o seu entendimento e reafirmar 
que é possível a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito 
a recurso especial ou extraordinário. A execução provisória da pena não ofende o princípio constitucional da 
presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF/88). 
STF. Plenário. HC 152752/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 4/4/2018 (Info 896). 
 
- Não é possível a execução provisória de penas restritivas de direito. 
Não é possível a execução da pena RESTRITIVA DE DIREITOS antes do trânsito em julgado da condenação. 
Assim, é cabível execução provisória de penas privativas de liberdade, mas não de penas restritivas de direito. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.619.087-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Jorge 
Mussi, julgado em 14/6/2017 (Info 609). 
 
Em Resumo: 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
Penas Privativas de Liberdade Penas Restritivas de Direito 
Pode Não Pode 
. 
LVIII - o civilmente identificado NÃO SERÁ SUBMETIDO a identificação criminal, SALVO nas hipóteses previstas 
em lei (lei 12.037/09); 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; (PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE RESTRITA) 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, SALVO nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em 
lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados IMEDIATAMENTE ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será IMEDIATAMENTE relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança; 
LXVII - NÃO HAVERÁ prisão civil por dívida, SALVO a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
- Súmula Vinculante nº 25: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito.” 
 
 
 
 
 
19 
 
LXVIII - conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
HABEAS CORPUS 
- Pessoa jurídica não pode ser paciente de HC; 
- Pessoa jurídica pode impetrar HC em favor de pessoa física; 
- Não admite dilação probatória, mas exige prova pré-constituída (assim como no MS); 
- A via do habeas corpus é adequada para pleitear a interrupção de gravidez fora das 
hipóteses previstas no Código Penal (art.28, incs. Ie II), tendo em vista a real ameaça a 
constrição à liberdade ambulatorial, caso a gestante venha a interromper a gravidez sem 
autorização judicial (STJ, HC 56572/SP) – DPC/PA-FUNCAB-2016. 
- O habeas corpus é a via adequada para o devedor e pensão alimentícia pedir o 
afastamento de sua prisão, contudo não pode alegar incapacidade de arcar com o 
pagamentos dos valores executados. Em outras palavras, não é possível analisar o binônimo 
necessidade/possibilidade em HC (STJ, HC 224769/DF) – DPF-CESPE-2013. 
- Na apreciação do habeas corpus, o órgão jurisdicional não está vinculado à causa de pedir 
e ao pedido, podendo ser a ordem concedida, em sentido diverso ou mais amplo do que fo 
pleiteado ou mencionado pelo impretante (STJ, HC 69421/SP) – DPC/TP-CESPE-2008. 
 
SÚMULAS SOBRE HC 
- Súmula nº 208, STF: “O assistente do Ministério Público não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão 
concessiva de habeas corpus.” 
- Súmula nº 299, STF: “O recurso ordinário e o extraordinário interpostos no mesmo processo de mandado de 
segurança, ou de habeas corpus, serão julgados conjuntamente pelo Tribunal Pleno.” 
- Súmula nº 319, STF: “O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em habeas corpus ou 
mandado de segurança, é de cinco dias.” 
- Súmula nº 344, STF: “Sentença de primeira instância concessiva de habeas corpus, em caso de crime praticado 
em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, está sujeita a recurso ex officio.” 
- Súmula nº 395, STF: “Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sôbre o ônus das 
custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.” 
- Súmula nº 431, STF: “É nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instância, sem prévia intimação, ou 
publicação da pauta, salvo em habeas corpus.” 
- Súmula nº 606, STF: “Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do 
Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso.” 
- Súmula nº 691, STF: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra 
decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.” 
Obs.: Essa súmula não é rigorosamente aplicada pelo STF, nos casos de flagrante ilegalidade ou decisões 
teratológicas, o Tribunal, excepcionalmente poderá conhecer de HC impetrado contra HC já impetrado perante 
Tribunal Superior. 
- Súmula nº 692, STF: “Não se conhece de habeas corpus contra omissão de relator de extradição, se fundado 
em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito.” 
- Súmula nº 693, STF: “Não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em 
curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.” 
- Súmula nº 694, STF: “Não cabe o HC contra a pena de exclusão de militar ou perda de patente ou de função 
pública.” 
- Súmula nº 695, STF: “Não cabe HC quando já extinta a pena privativa de liberdade.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
JURISPRUDÊNCIA RESUMIDA SOBRE HABEAS CORPUS 
CABE 
- Cabe HC Coletivo (Info 891, STF); 
- Cabe HC para questionar a imposição de medidas cautelares diversas da prisão (Info 888, STF); 
- Cabe HC para impugnar decisão judicial que determinou a retenção de passaporte (Info 631, STJ); 
- Cabe HC para questionar medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha, consistente na 
proibição de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar (Info 574, STJ); 
- Cabe HC contra pena pecuniária passível de conversão em privativa de liberdade (HC 122.563/MG); 
- Cabe HC para questionamento da razoável duração do processo; 
- Cabe HC para análise de legalidade de prisão em punições disciplinares militares; 
- Cabe HC contra instauração de IP ou indiciamento, sem que haja justa causa para estes atos (HC trancativo); 
- Cabe HC contra o indeferimento de prova de interesse do investigado ou acusado; 
- Cabe HC contra o deferimento de prova ilícita ou deferimento inválido de prova lícita; 
- Cabe HC contra a autorização judicial de quebra de sigilos – bancário, fiscal, telefônico, etc – em procedimento 
penal. 
NÃO CABE 
- Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, 
em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar (Súmula nº 691, STF); 
- Não se conhece de habeas corpus contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito 
estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito (Súmula nº 692, STF); 
- Não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal 
a que a pena pecuniária seja a única cominada (Súmula nº 693, STF); 
- Não cabe o HC contra a pena de exclusão de militar ou perda de patente ou de função pública (Súmula nº 694, 
STF); 
- Não cabe HC quando já extinta a pena privativa de liberdade (Súmula nº 695, STF); 
- Não cabe HC (em regra – salvo ilegalidade flagrante) contra decisão transitada em julgado (Info 892, STF); 
- Não cabe HC para discurtir processo criminal envolvendo o art. 28 da Lei de Drogas (Info, 887, STF); 
- Não cabe HC para obter direito à visita íntima (Info 887, STF); 
- Não cabe habeas corpus de decisão de Ministro Relator que, motivadamente, defere ou indefere liminar em HC 
(Info 914, STF); 
- Não cabe habeas corpus de decisão monocrática de Ministro do STF (Info 865, STF); 
- Não cabe HC para trancar processo de impeachment (Info 830, STF); 
- HC não é meio processual adequado para se discutir direito de visita a preso (Info 827, STF); 
- Não cabe HC para reexame dos pressupostos de admissibilidade dos recursos (Info 810, STF); 
- Não cabe HC contra decisão judicial que determinou a suspensão de CNH (Info 631, STJ); 
- Não cabe habeas corpus contra decisão monocrática de Ministro do STJ; 
- Não se admite habeas corpus para se questionar nulidade cujo tema não foi trazido antes do trânsito em julgado 
da ação originária e tampouco antes do trânsito em julgado da revisão criminal; 
- O STF decidiu que não tem competência para julgar habeas corpus cuja autoridade apontada como coatora seja 
delegado federal chefe da Interpol no Brasil; 
- Não cabe HC em favor de PJ, nem mesmo para trancamento de IP sem justa causa no qual se investiga crime 
ambiental; 
- Não cabe HC contra o efeito extrapenal de perda do cargo advindo de sentença condenatória transitada em 
julgado; 
- Não cabe HC contra a apreensão de veículos; 
- Não cabe HC para eventual pedido de reabilitação do paciente; 
- Não cabe HC para assegurar a preservação da relação de confidencialidade entre cliente e advogado; 
- Não cabe HC para pleitear a extração gratuita de cópias de processo criminal; 
- Não cabe HC para requerimento de aditamento da denúncia a fim de incluir outro acusado; 
- Não cabe HC contra a perda de direitos políticos; 
- Não cabe HC para discutir a reparação civil fixada na sentença condenatória criminal; 
- Não cabe HC para discussão de mérito administrativo de prisão em punições disciplinares militares. 
 
21 
 
LXIX - conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e certo, NÃO AMPARADO por 
habeas corpus ou habeas data (caráter residual), quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
#INFO 
- O ato praticado sem motivação pode ser corrigido se a fundamentação for feita pela autoridade nas 
informações prestadas no mandado de segurança. 
O ato de remoção de servidorpúblico por interesse da Administração Pública deve ser motivado. Caso não o seja, 
haverá nulidade. 
No entanto, é possível que o vício da ausência de motivação seja corrigido em momento posterior à edição dos 
atos administrativos impugnados. 
Assim, se a autoridade removeu o servidor sem motivação, mas ela, ao prestar as informações no mandado de 
segurança, trouxe aos autos os motivos que justificaram a remoção, o vício que existia foi corrigido. 
STJ. 1ª Turma. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013 (Info 529). 
 
SÚMULAS SOBRE MS (as mais importantes) 
- Súmula nº 101, STF: “O mandado de segurança não substitui a ação popular.” 
- Súmula nº 266, STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.” 
- Súmula nº 267, STF: “Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.” 
Exceção: o STJ admite MS contra ato judicial passível de recurso se houver, no caso concreto, uma situação 
teratológica, abusiva, que possa gerar dano irreparável e desde que o recurso previsto não tenha ou não possa 
obter efeito suspensivo (STJ AgRg no MS 18.995/DF). 
- Súmula nº 268, STF: “Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.” 
- Súmula nº 269, STF: “O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.” 
- Súmula nº 430, STF: “A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do 
mandado de segurança contra omissão da autoridade.” 
- Súmula nº 430, STF: “Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado 
de segurança.” 
- Súmula nº 510, STF: “Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o 
mandado de segurança ou a medida judicial.” 
- Súmula nº 512, STF: “Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança.” 
- Súmula nº 624, STF: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de 
segurança contra atos de outros tribunais.” 
- Súmula nº 625, STF: “Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.” 
- Súmula nº 629, STF: “A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes.” 
- Súmula nº 630, STF: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a 
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.” 
- Súmula nº 105, STJ: “Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em honorários 
advocatícios.” 
- Súmula nº 213, STJ: “O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à 
compensação tributária.” 
- Súmula nº 333, STJ: “Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade 
de economia mista ou empresa pública.” 
- Súmula nº 376, STJ: “Compete à turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de 
juizado especial.” 
- Súmula nº 460, STJ: “É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada 
pelo contribuinte.” 
- Súmula nº 604, STJ: “O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal 
interposto pelo Ministério Público.” 
 
22 
 
LXXI - conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania; (norma constitucional de eficácia LIMITADA) 
MANDADO DE INJUNÇÃO ADI POR OMISSÃO – ADO 
Previsão Art. 5º, LXXI, CF e Lei nº 13.300/16 Art. 103, § 2º, CF e Lei nº 9.868/99 
Natureza do 
Processo 
Subjetivo 
(em defesa de direito do impetrante) 
Objetivo 
(em defesa do ordenamento jurídico) 
Finalidade 
A finalidade é viabilizar o exercício de um 
direito. 
Há controle concreto. 
A finalidade é declarar que há uma 
omissão, já que não existe determinada 
medida necessária para tornar efetiva uma 
norma constitucional. 
Há controle abstrato. 
Cabimento 
Cabível quando faltar norma 
regulamentadora de direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes 
à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Cabível quando faltar norma 
regulamentadora relacionada com qualquer 
norma constitucional de eficácia 
limitada. 
Legitimados 
Ativos 
MI individual: pessoas físicas ou jurídicas; Legitimados do art. 103 da CF/88. 
(mesmos da ADI/ADC) MI coletivo: Art. 12 da Lei nº 13.300/16. 
Legitimados 
Passivos 
Autoridade ou órgãos responsáveis pela 
edição da medida ou da norma 
regulamentadora. 
Autoridade ou órgãos responsáveis pela 
edição da medida ou da norma 
regulamentadora. 
Competência 
Dependerá da autoridade que possua 
atribuição para editar a norma. 
Se relacionada com norma da CF: STF; 
Se relacionada com norma da CE: TJ. 
Nat. do Controle Concreto Abstrato 
Efeitos da 
decisão 
Em regra, inter partes (art. 9º - Lei 13.300/16) 
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva 
limitada às partes e produzirá efeitos até o 
advento da norma regulamentadora. 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes 
ou erga omnes à decisão, quando isso for 
inerente ou indispensável ao exercício do 
direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto 
da impetração. 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus 
efeitos poderão ser estendidos aos casos 
análogos por decisão monocrática do relator. 
§ 3º O indeferimento do pedido por 
insuficiência de prova não impede a 
renovação da impetração fundada em outros 
elementos probatórios. 
Em regra, erga omnes 
Prazos 
Art. 8º Reconhecido o estado de mora 
legislativa, será deferida a injunção para: 
I - determinar prazo razoável para que o 
impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado 
promover ação própria visando a exercê-los, 
caso não seja suprida a mora legislativa no 
prazo determinado. 
Art. 103, § 2º, CF. Declarada a 
inconstitucionalidade por omissão, o 
Judiciário dará ciência ao Poder competente 
para que este adote as providências 
necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
 
- Se for órgão administrativo: trinta dias ou 
prazo razoável; 
 
- Se for o Poder Legislativo: não há prazo. 
 
23 
 
Parágrafo único. Será dispensada a 
determinação a que se refere o inciso I do 
caput quando comprovado que o impetrado 
deixou de atender, em mandado de injunção 
anterior, ao prazo estabelecido para a edição 
da norma. 
LXXII - conceder-se-á HABEAS DATA: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, SALVO comprovada má-fé, ISENTO de custas judiciais e 
do ônus da sucumbência; 
SÚMULAS SOBRE AÇÃO POPULAR 
- Súmula nº 101, STF: “O mandado de segurança não substitui a ação popular.” 
- Súmula nº 365, STF: “Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.” 
 
HC HD MS MI AP 
Base Const. 
Art. 5º, LXVIII e 
LXXVII, CF 
Art. 5º, LXXII, CF 
Art. 5º, LXIX e 
LXX, CF 
Art. 5º, LXXI, CF Art. 5º, LXXIII, CF 
Base Legal 
Arts. 647 a 667, 
CPP 
Lei 9.507/97 Lei 12.016/09 Lei 13.300/16 Lei 4.717/65 
Histórico CF de 1891 CF de 1988 CF de 1934 CF de 1988 
CF de 1934 
(ausente na CF 
de 37) 
Ação Penal Civil Civil Civil Civil 
LiminarSim – Sim Não Sim 
Advogado Não Sim Sim Sim – 
Gratuito Sim Sim Não Não Não 
Prazo Não Há Não Há 
120 Dias 
(Decadencial) 
Não Há 
05 Anos 
(Prescricional) 
Obs.: – – – 
 No que 
couber, adota 
o rito do MS 
Isento de custas 
e ônus, salvo 
má-fé 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado 
na sentença; 
LXXVI - são GRATUITOS para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são GRATUITAS as ações de HABEAS CORPUS e HABEAS DATA, e, na forma da lei, os atos necessários 
ao exercício da cidadania. 
Previsão constitucional de isenção de custas 
- Habeas Corpus; 
- Habeas Data; 
- Ação Popular (salvo se comprovada má fé do autor); 
- Exercício da cidadania; 
- Direito de petição; 
- Obtenção de certidões. 
 
24 
 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação IMEDIATA. 
Obs.: Exemplo de elemento formal de aplicabilidade. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição NÃO EXCLUEM outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
Obs.: O rol dos direitos fundamentais previsto na CF é exemplificativo, a teor de seu art. 5º, § 2º. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do 
congresso nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, SERÃO 
EQUIVALENTES às emendas constitucionais. 
Tratatos Internacionais de DH com 
hierarquia CONSTITUCIONAL (STF) 
1) Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 
e seu respectivo Protocolo Facultativo - Convenção de Nova Iorque; e 
2) Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas às 
pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para 
aceder ao texto impresso. 
 
TRATADO STATUS PARÂMETRO P/ CONTROLE 
Tratado internacional de direitos humanos 
aprovado em procedimento especial – 2 
turnos de aprovação em cada casa e 
quórum de 3/5. 
Emenda Constitucional Sim 
Tratado internacional de direitos humanos 
aprovado em procedimento simples. 
Norma Supralegal 
Não 
(Parâmetro de Convencionalidade 
ou Supralegalidade) 
Tratado internacional sobre outros 
assuntos. 
Lei Ordinária 
Não 
(Parâmetro de Legalidade) 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e 
às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, 
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo VEDADA sua vinculação para qualquer 
fim; 
- Súmula Vinculante nº 4: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado 
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído 
por decisão judicial.” 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, NUNCA INFERIOR ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno SUPERIOR à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
 
25 
 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, EXCEPCIONALMENTE, participação 
na gestão da empresa, conforme definido em lei; (norma constitucional de eficácia LIMITADA) 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal NÃO SUPERIOR a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, SALVO 
negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, PREFERENCIALMENTE aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário SUPERIOR, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; (norma 
constitucional de eficácia LIMITADA DE PRINCÍPIO PROGRAMÁTICO) 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches 
e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; (norma constitucional de eficácia LIMITADA) 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos 
para os trabalhadores urbanos e rurais, ATÉ O LIMITE de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador 
de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a MENORES de dezoito e de qualquer trabalho a 
MENORES de dezesseis anos, SALVO na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
PROIBIÇÃO 
Trabalho noturno, perigoso ou insalubre Menores de 18 anos 
Qualquer trabalho Menores 16 anos 
Salvo: aprendiz A partir de 14 anos 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Parágrafo único. SÃO ASSEGURADOS à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos 
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições

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