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Núcleo e Nucléolo - LAB. DE BIOLOGIA CELULAR - BIO 112

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PRÁTICA 08 - NÚCLEO E NUCLÉOLO 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na célula eucariótica é possível reconhecer uma região delimitada por 
membrana que contém, basicamente, DNA, RNA e proteínas. A essa região dá-se o 
nome de núcleo. No DNA estão as informações necessárias para o controle do 
metabolismo e da diferenciação celular. 
 
 A. Estrutura e composição molecular do núcleo 
 
O núcleo apresenta um envoltório que separa o seu conteúdo (cromatina, 
nucléolo e nucleoplasma) do restante do citoplasma. Visto ao microscópio eletrônico, 
o envoltório nuclear é formado por duas membranas concêntricas. A membrana 
externa apresenta ribossomos aderidos à sua face citoplasmática e a membrana 
interna apresenta cromatina associada à sua face nuclear. Esta associação possibilita 
a visualização do contorno nuclear na microscopia de luz. O envoltório nuclear não é 
contínuo, apresenta poros que permitem a passagem de macromoléculas como, por 
exemplo, o RNA, que é sintetizado no interior do núcleo e atua no citoplasma. 
A cromatina é constituída, basicamente, de DNA associado a proteínas 
básicas chamadas histonas. No núcleo interfásico a cromatina pode ser encontrada 
na forma descondensada e/ou condensada. A eucromatina se apresenta 
descondensada na maioria das células, podendo aparecer sob a forma condensada 
em alguns tipos celulares ou em fases específicas do desenvolvimento. A cromatina 
sexual ou corpúsculo de “Barr”, encontrada em certas células de fêmeas de mamíferos, 
é um exemplo de eucromatina condensada (denominada anteriormente de 
heterocromatina facultativa). Nesse caso, um dos cromossomos “X” torna-se inativado 
e altamente condensado. Nos machos não se observa a presença de cromatina sexual, 
por apresentarem somente um cromossomo “X”. A heterocromatina, por sua vez, 
apresenta-se condensada em todas as células de um organismo, independente da fase 
do ciclo celular. 
Existem evidências de que há relação entre o grau de condensação da 
cromatina e sua atividade gênica. Células com uma alta taxa metabólica, ou seja, 
intensa síntese proteica, apresentam cromatina descondensada devido à atividade de 
transcrição, que resulta na formação de diferentes tipos de RNA. Por outro lado, células 
com baixa atividade metabólica apresentam pouca cromatina descondensada. Isto 
pode ser evidenciado na microscopia de luz, pela intensidade de coloração do núcleo. 
Os nucléolos são estruturas basófilas tendo, portanto, afinidade por corantes 
básicos. Em alguns casos, os nucléolos não são vistos, por estarem mascarados pela 
presença de cromatina densa. O tamanho e a quantidade de nucléolos variam entre os 
diferentes tipos celulares e de acordo com o estado funcional da célula. Geralmente, os 
nucléolos são mais evidentes e/ou numerosos em células com alta atividade de síntese 
proteica, por serem o local de síntese de RNAr e organização inicial dos ribossomos. 
Possuem, também, uma pequena quantidade de DNA, correspondente à região 
organizadora nucleolar, além de proteínas. 
O nucleoplasma contém água, proteínas, íons e metabólitos. Nele se 
encontram a cromatina e o(s) nucléolo(s). Acredita-se, atualmente, que no 
nucleoplasma exista uma rede, ou matriz, de elementos frouxamente interligados, que 
ajudaria na organização e manutenção da forma do núcleo. 
 
2 
 
 B. Número, tamanho, forma e posição dos núcleos 
 
As células apresentam grande variação quanto ao número, tamanho, forma e 
posição de seus núcleos. Em geral, o número e tamanho dos núcleos estão 
relacionados à atividade metabólica da célula. Células que apresentam uma alta taxa 
de síntese proteica e células muito grandes podem ter mais de um núcleo e/ou núcleos 
maiores. 
A diferença de tamanho dos núcleos pode ser devida à duplicação de cromatina, 
em células que vão entrar na divisão. Nos hepatócitos, esta diferença de tamanho deve-
se à duplicação da cromatina sem a ocorrência da divisão celular (poliploidia). O 
aumento do núcleo pode ser resultante, também, de uma descondensação da cromatina, 
acompanhada de intensa síntese de RNA, como ocorre em neurônios e em ovócitos. 
Certos tipos celulares apresentam a cromatina altamente condensada, como a 
maioria dos leucócitos de mamíferos e as hemácias nucleadas de aves. Nestes casos, 
a atividade de síntese de RNA é muito reduzida ou inexistente. Outras células, altamente 
especializadas, como as hemácias (eritrócitos) de mamíferos, são anucleadas quando 
caem na corrente sanguínea. A formação das hemácias ocorre na medula óssea, a partir 
de células nucleadas (eritroblastos). O núcleo do eritroblasto inicial apresenta cromatina 
descondensada e nucléolo evidente. Durante a sua maturação, observa-se uma 
condensação progressiva da cromatina, acompanhada de redução do volume nuclear, 
sendo o núcleo eliminado, por extrusão, no final deste processo. Isto resulta num 
eritrócito anucleado, portanto, incapaz de se reproduzir, o que determina sua curta vida 
média (em torno de 120 dias). 
Os núcleos em geral, ocupam uma posição central. No entanto, em certos 
casos ele é deslocado do centro, em consequência do acúmulo de materiais no 
citoplasma. Por exemplo, em células secretoras de glicoproteínas os núcleos são 
basais, em células musculares esqueléticas estriadas, devido à grande quantidade de 
microfilamentos, os numerosos núcleos ovoides são periféricos e em adipócitos, o 
acúmulo de gordura desloca o núcleo para a periferia. 
Em alguns casos, a forma do núcleo acompanha a forma da célula. Células 
com formato cúbico apresentam núcleo esférico e células cilíndricas têm núcleo 
alongado. Entre os leucócitos observamos núcleos multiformes e irregulares. Por 
exemplo, os neutrófilos apresentam núcleos polimórficos, com dois a cinco lóbulos 
ligados entre si por finas pontes cromatínicas. Em monócitos, os núcleos variam de 
ovoide a reniforme, de acordo com o estágio de maturação da célula. 
 
1. OBJETIVOS 
 
- Observar a forma, o tamanho, a posição e o número de núcleos em diferentes tipos 
celulares. 
- Observar nucléolos em diferentes tipos celulares. 
- Relacionar o grau de condensação da cromatina com a atividade metabólica das 
células observadas. - Observar a estrutura do núcleo e do nucléolo em imagens. 
 
2. ATIVIDADE PRÁTICA 
 
Observe diferentes tipos celulares nos cortes histológicos. 
 
 
 
3 
 
2.1. Corte histológico transversal de medula espinhal (neurônios) de rato 
corado com azul de toluidina 
 
Na medula espinhal, os corpos celulares dos neurônios concentram-se na parte 
central, numa região em forma de “H” denominada substância cinzenta. A região 
periférica, substância branca corresponde aos prolongamentos celulares dos 
neurônios (os axônios), envolvidos por bainha de mielina. Localize a região em forma 
de “H” que aparece ligeiramente mais corada. Aí se encontra o canal medular, revestido 
por células cujos núcleos aparecem fortemente corados em azul. A partir deste canal, e 
em direção aos braços do “H”, verifique a presença de células grandes, com formato 
irregular, devido aos seus prolongamentos (axônios e dendritos). Estas células são os 
neurônios. Apresentam um núcleo com cromatina predominantemente 
descondensada (fracamente corado) e nucléolo muito evidente. Além dos neurônios, 
podem ser vistos inúmeros núcleos pequenos, pertencentes às células da glia, cujo 
citoplasma aparece muito claro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. Esfregaço de sangue de galinha (Gallus gallus domesticus) (hemácias 
e leucócitos) corado com panótico rápido 
 
Observe os dois tipos celulares presentes: hemácias e leucócitos. As hemácias 
(eritrócitos) são as células predominantes, sendo que, nas aves, elas apresentam 
formato ovalado e são nucleadas (assim como em peixes, anfíbios e répteis). Os 
núcleos dos glóbulos vermelhos acompanham a forma da célula, têm cromatina 
fortemente condensada e apresentam-se coradosem roxo-azulado. Os leucócitos 
(glóbulos brancos) são maiores que as hemácias e apresentam formato 
arredondado. Seus núcleos, corados em roxo-avermelhado, têm formas diversas, 
características para cada tipo de leucócito. 
 
2.3. Esfregaço de sangue humano (hemácias e leucócitos) corado com 
panótico rápido 
 
Observe os dois tipos celulares presentes, hemácias e leucócitos. Nos mamíferos, 
as hemácias (eritrócitos), células que predominam no sangue, são anucleadas e têm 
o formato de um disco bicôncavo. Os glóbulos brancos, pouco numerosos, são 
facilmente distinguíveis das hemácias por serem maiores e apresentarem núcleos que 
se encontram fortemente corados. Estas células são esféricas e seus núcleos têm 
4 
 
formas variadas, características para cada tipo de leucócito. Assim, nos monócitos e 
linfócitos, a forma do núcleo varia de arredondada a reniforme, enquanto que os 
neutrófilos, eosinófilos e basófilos apresentam núcleos segmentados (lobulados). 
Observe os diferentes tipos de leucócitos. Nos núcleos dos neutrófilos, um pequeno 
apêndice, com a forma de uma raquete ou baqueta de tambor pode aparecer ligado a 
um de seus lóbulos. 
 
2.4. Corte histológico de língua (fibras musculares estriadas e adipócitos) 
de rato corado com tricrômico de Mallory ou azul de toluidina 
 
Observe os feixes de fibras musculares estriadas, fortemente corados em rosa ou 
azul. Entre estes feixes existe tecido conjuntivo que, em determinados locais, apresenta 
grande quantidade de células que acumulam gordura (adipócitos). Nestes locais, 
fracamente corados, o conjunto de células apresenta o aspecto de uma rede. O uso de 
solvente orgânico, durante o processo de inclusão do material em resina, promove a 
extração dos lipídeos dos adipócitos, daí o seu citoplasma se apresentar vazio e 
descolorido. Com a lente objetiva de 20X, escolha um campo onde seja possível 
observar fibras musculares estriadas (em corte longitudinal) e adipócitos. Observe esta 
região com a lente objetiva de 40X. Atente para os numerosos núcleos (corados em azul 
intenso) das fibras musculares, que se dispõe na periferia da célula. Os adipócitos 
possuem um só núcleo, também localizado na periferia da célula, devido ao 
acúmulo de gordura no citoplasma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5. Corte histológico de fígado (hepatócitos) de rato corado com 
hematoxilina e eosina 
 
Observe no maior aumento que os hepatócítos são separados por espaços claros e 
tortuosos, que correspondem aos capilares hepáticos (sinusoides). Os hepatócitos 
têm forma cúbica e apresentam núcleo central, com nucléolos bem evidentes. A 
presença de células com núcleos de diferentes tamanhos, ou mesmo de células 
binucleadas é uma característica deste tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
- Após a observação do material, responda: 
 
a. Em que implica, para os hepatócitos, a presença de núcleos volumosos ou de dois 
núcleos por célula? 
 
Essas células terão alta atividade metabólica. 
 
b. Por que os núcleos das fibras musculares estriadas e dos adipócitos apresentam-se 
deslocados do centro? 
 
Em células musculares esqueléticas estriadas, devido à grande quantidade de 
microfilamentos, os numerosos núcleos ovoides são periféricos e em adipócitos, o 
acúmulo de gordura desloca o núcleo para a periferia. 
 
c. Que relação existe entre o grau de condensação da cromatina e a atividade gênica 
celular? 
Maior grau de condensação - menor atividade gênica 
Menor grau de condensação - maior atividade gênica 
 
- Observe as figuras relativas à estrutura do núcleo e do nucléolo e responda: 
 
a. A figura 01 representa um linfócito de rato. Dê os nomes das estruturas indicadas 
pelos números: 
 
 1: cromatina condensada 3: nucléolo 
 2: cromatina descondensada 4: poros nucleares 
 
b. Na figura 03 dê os números e os respectivos nomes das estruturas que formam o 
envoltório nuclear. 
 
3: membrana interna 
4: compartimento delimitado pelas membranas – espaço perinuclear 
5: membrana externa 
6: poros nucleares 
*7 (não faz parte do envoltório nuclear): ribossomos 
 
c. Na figura 04, que corresponde a um ovócito, como se apresenta a cromatina e qual é 
a estrutura nuclear representada pelo número 2? 
 
Predomina cromatina descondensada. 2: Nucléolo 
 
d. Por que células com elevada atividade de síntese de proteínas geralmente 
apresentam nucléolos evidentes? 
Pois, possuem ribossomos, que sintetizam proteínas. 
 
 
 
 
 
 
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