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Thaís Viana de Ávila Oliveira - 73 A - Patologia Geral Resposta inicial de defesa dos tecidos vascularizados a um agente agressor, visando: destruir/neutralizar os agentes etiológicos e consertar os tecidos lesados por esse problema. Caracteriza-se pela saída de células e de líquidos para o interstício. Se não ocorrer dano tecidual, não há inflamação. Toda inflamação é patológica. Componentes Lesão → Resposta local* → Mediadores da Inflamação (moléculas que estimulam a resposta inflamatória) → promovem alterações na microcirculação e migração celular (do sangue pro interstício). * Em caso de adaptação na resposta local, o agressor é eliminado e não há inflamação. o São formados por componentes vasculares e celulares. o Componentes do tecido podem ser alvos de lesões. • Inervação; microcirculação; células do parênquima; estroma do tecido conjuntivo. Sinais da inflamação o Calor; Rubor; Edema; Dor; Perda de função. Causas o Infecções; Necrose tecidual; Corpo estranho; Reações de hipersensibilidade. Fenômenos o Fenômenos Irritativos: modificações induzidas pela presença do agente inflamatório que induzem a liberação dos Mediadores Químicos de Inflamação (MQI). o Fenômenos Vasculares: modificações na microcirculação (Hemodinâmica) também comandadas pelos Mediadores Químicos liberados. o Fenômenos Exsudativos: saída dos elementos do sangue (células e plasma) em direção ao interstício. Exsudare = “passar através de” (latim). o Fenômenos Alterativos: mudanças estruturais observadas. EX: degeneração e necrose. Ocorre por ações direta e indireta do agente causador da inflamação. o Fenômenos Reparativos: capacidade de reparo do organismo (busca da homeostase). o Fenômenos Produtivos: mais comuns na Inflamação Crônica, pois ocorrem diante da persistência (impossibilidade de destruição) do agente causador da lesão. Mecanismos vasculares da inflamação Transudato de líquido pleural após derrame pleural de etiologia física Exsudato de líquido pleural após processo infeccioso. Rico em pus. o TRANSUDATO: Líquido que pode acumular quando houver uma alteração vascular (desequilíbrio nas forças), mas na ausência da resposta inflamatória. A permeabilidade do vaso não é alterada, portanto células e proteínas não passam pro interstício, mas água e eletrólitos sim. • EX: Insuficiências cardíacas acompanhadas de hipertensão: da hidrostática = saída de plasma para determinadas regiões do corpo; Cirrose: hipertensão na veia porta = alteração do equilíbrio = da hidrostática e da osmótica = acúmulo de líquido = ascite. o EXSUDATO: EDEMA associado a reposta inflamatória. Os Mediadores da Inflamação promovem vasodilatação ( sangue no capilar = hidrostática na porção arterial e depois, na venosa) e alterações nas junções de adesão entre as células endoteliais ( permeabilidade = passagem de células e proteínas). Há presença de Fibrina (no plasma normal, tem é Fibrinogênio), pois a coagulação é ativada. • É mais turvo (+ proteínas e + células) que o transudato. o ALTERAÇÕES NO FLUXO E NO CALIBRE VASCULAR • Vasodilatação: alteração no calibre devido a liberação dos MQI (histamina e NO). Permite volume (e não da velocidade) de sangue no local, causando RUBOR e CALOR. ✓ Histamina: produzida por mastócitos e atuante na musculatura lisa dos vasos, promovendo a vasodilatação. ✓ NO: oxido nítrico produzido por leucócitos e macrófagos. Atuam na musculatura lisa dos vasos, promovendo a vasodilatação. • Extravasamento de líquido na microvasculatura: devido ao volume de sangue e, consequentemente, da pressão hidrostática. • Diminuição do fluxo de sangue: sangue corre com velocidade → [hemácias] → viscosidade = ESTASE. • [leucócitos]. o MECANISMOS DE AUMENTO DA PERMEABILIDADE DOS VASOS NA INFLAMAÇÃO: os que dependem diretamente da inflamação ocorrem principalmente em vênulas e em capilares; os que dependem indiretamente da inflamação ocorrem principalmente em arteríolas. • RETRAÇÃO DAS CÉLULAS ENDOTELIAIS: alterações nas junções de adesão deixam as células endoteliais mais afastadas/contraídas, permitindo a passagem de células e de proteínas. Ocorre principalmente nas vênulas (junções de adesão de modificação mais fácil) através da indução por Histamina, NO ou outros mediadores. É rápida e de vida curta (dura minutos). • INJÚRIA ENDOTELIAL: destruição/lesão direta das células endoteliais causada por queimaduras ou algumas toxinas microbianas (LPS das bactérias gram-negativas). Pode ser rápida ou de vida longa (horas a dias) e pode ocorrer e arteríolas, capilares e vênulas. • LESÃO VASCULAR PROMOVIDA POR LEUCÓCITO: [leucócitos], que passam pelas junções de adesão. Nessa passagem, eles podem aderir ao endotélio e causar injúria nele, facilitando a saída de proteínas e de células. Ocorre principalmente em vênulas e capilares pulmonares (em pneumopatologias) e é associada a estágios avançados da inflamação, sendo de longa duração. DOR • TRANSCITOSE AUMENTADA: induzida pela liberação pelo VEGF (fato de crescimento do endotélio vascular), que aumenta a transcitose. Há formação de vesículas de pinocitose que levam as proteínas do vaso pro interstício. Ocorre principalmente em vênulas. o ALTERAÇÕES VASCULARES • RESPOSTA LINFÁTICA: próximo ao local de inflamação há um linfonodo sentinela (onde ocorre a apresentação de Ag aos LT). Inicialmente, observa-se a proliferação linfática (aumento dos linfonodos) a fim de promover uma drenagem linfática mais eficiente. Capilares linfáticos da região são proliferados para aumentar a drenagem também. o MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO • Originam-se no plasma ou pela produção das células da resposta inflamatória. Ligam-se a receptores específicos. Alguns tem papel enzimático direto. Possuem vida curta. • Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores → amplificação e regulação da resposta. Histamina e NO são rápidas, mas de curta duração. Assim, a Prostaglandina e os Leucrotrienos são necessários depois para potencializar outros mediadores. • DERIVADOS DO ÁCIDO ARACDÔNICO ✓ Ácido araquidônico: ác graxo insaturado liberado a partir do processamento dos fosfolipídios de membrana das células lesadas pela enzima Fosfolipases A2. Seus metabólitos são chamados de Eicosanoides e são gerados através da ação das Cicloxigenases e das Lipoxigenases. Mecanismos celulares da inflamação o CÉLULAS TRANSITÓRIAS DA INFLAMAÇÃO • NEUTRÓFILOS: granulócitos polimorfonucleares (PMN) típicos de fenômenos agudos da inflamação. Presentes em maior quantidade devido ao alto potencial de diapedese e rápida velocidade de migração. Melhor fagócito (bactérias e tecido mortos) que nós temos! Possuem citocinas que mediam a resposta inflamatória. Caso mortos, podem provocar necrose tecidual devido a liberação de suas enzimas lisossômicas para o interstício. • EOSINÓFILOS: granulócitos acidófilo com núcleo bilobulado. Encontrados nas inflamações subagudas, nas reações alérgicas e em alguns processos neoplásicos. São fagócitos (imunocomplexos, ovos e larvas de helmintos) e liberam heparina, histamina, leucotrieno, tromboxano. • LINFÓCITOS E PLASMÓCITOS: migram mais lentamente que os neutrófilos para o foco inflamatório, sendo coadjuvantes nas atividades macrofágicas. Reconhecem antígenos e desenvolvem repostas para eliminá-los (quadros crônicos e granulomatosos principalmente). • PLAQUETAS: não são células, mas sim fragmentos celulares citoplasmáticos anucleados. Produzidos a partir de megacariócitos na medula óssea. Formam um agregado plaquetário sobre o endotélio alterado para iniciar a formação do coágulo. o CÉLULAS RESIDENTES DA INFLAMAÇÃO • MACRÓFAGOS: células nucleadas (no tecido) originadas dos monócitos (sangue). Sãofagócitos profissionais! Observados principalmente em estágios crônicos e em granulomas. Podem ser M1 (pró-inflamatório) ou M2 (modula resposta inflamatória). • MASTÓCITOS: participam da regulação da resposta imunológica, pois liberam MQI após um estímulo apropriado. Participam das repostas inflamatórias aguda e crônica (podem produzir citocinas que contribuem para a fibrose). Expressam o FcɛRI na sua membrana, que se liga a porção Fc da IgE. Atuam em reações anafiláticas, frequentemente associadas a resultados catastróficos (ou bem reguladas). Liberam MQI (EX: histamina e heparina) após a degranulação. o FENÔMENOS IRRITATIVOS: estímulos que induzem a atuação das células. Os próprios patógenos liberam esses estímulos em forma de toxinas/moléculas, chamadas Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMPs), que ativam as células do sistema imunológico. Existem também os DAMPs que são moléculas ativadoras da inflamação liberadas por células lesadas. Corpos estranhos e reações alérgicas também são estímulos. o ALTERAÇÕES CELULARES • Recrutamento: pelo Sistema do complemento; pelos Fatores plaquetários; pelas Citocinas. • Transmigração: retirada das células (principalmente leucócito) de dentro do sangue para os tecidos para a ocorrer a resposta inflamatória. OLHAR A 1ª ANOTAÇÃO DE IMUNO SOBRE MIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS. ✓ Citocinas dos macrófagos estimulam a mudança do epitélio → epitélio passa a expressar Selectinas (EX: P e) → Selectinas ligam (fracamente, pois depois desligam) aos neutrófilos para ele “rolar” sobre o epitélio → macrófago vai sendo ativado e vai expressando receptores de Integrina de alta afinidade → macrófago liga mais forte ao epitélio (proteínas CAMs) → endotélio expressa PCAM que se liga ao neutrófilo → neutrófilo transmigra/faz diapedese para o tecido → macrófago no tecido libera IL-10 que atrai o neutrófilo (além das proteínas do tecido/microrganismos) → neutrófilo caminha sobre o tecido até achar o local da inflamação. o CITOCINAS: mais importantes para a resposta inflamatória são IL-1 e TNFα. • Invasão microbiana → estimulação dos macrófagos → macrófagos produzem citocinas (macrófagos M1: IL-1, IL-6 E FNT-α) → resposta inflamatória → efeitos sistêmicos (perda de apetite, febre, depressão, neutrofilia). • IL-1 • TNF- α Reconhecimento do Agente causador o Determinado pela presença de moléculas (DAMPs) nos receptores da membrana das células, como das APCs. o INÍCIO DA LESÃO • Microrganismos patológicos liberam PAMPs, essenciais para a sobrevivência desses microrganismos, durante o processo infeccioso → as APCs tem receptores do tipo Toll em sua superfície (reconhecem os PAMPs) → APCs liberam citocinas que iniciam a reposta inflamatória. • A inflamação também pode iniciar a partir de agentes físico, químico e traumas. Alarminas (moléculas sinalizadores do mecanismo de agressão) são liberadas pelas células injuriadas do tecido. o DAMPs: PAMPs + Alarminas. Moléculas liberadas pelas células quando sofrem lesões. o Macrófagos e seus receptores de superfície: Pró-inflamatório Quimiocinas atraem outras células do sangue para o local da inflamação Fatores de crescimento de epitélio, de fibroblasto... TGF-β ativa o fibroblasto (pra criar a cicatriz de colágeno = Fibrose) Remoção do Agente causador o A partir da Resposta Imunológica Inata: • Macrófago reconhece (receptor de membrana + molécula sinalizadora) → reposta intracelular ativada → invaginação (engolfamento) da membrana que traz o receptor + molécula → formação do fagossomo → lisossomo (com enzimas) une-se ao fagossomo → forma-se o fagolisossomo → digestão/destruição do microrganismo no fagolisossomo (enzimas, ROS e NO). Regulação da Inflamação o A presença de níveis de INF-Ɣ e de micróbios iniciam a diferenciação do monócito para Macrófago M1. o Quando não há mais micróbio ou níveis de INF-Ɣ, a via de ativação alternativa dos macrófagos é ativada, o monócito se diferencia em Macrófago M2. As citocinas IL-13 e IL-4 promovem um ambiente cada vez menos inflamado (anti-inflamatório). o Além dos mecanismos de regulação dos macrófagos, há outros mecanismos efetores de regulação: Meia vida das células (da resposta inflamatória) e dos mediadores; shift da cascata do ácido araquidônico (alguns derivados são vasoconstritores. EX: Tromboxano); mediadores de ácidos graxos (Resolvinas e Protectinas → liberadas após destruição do micróbio). Evolução das inflamações o O desfecho da inflamação depende: do agente causador, da virulência o agente, da intensidade da lesão, do tempo de persistência do agente, da resposta imune do paciente, do quadro nutricional do paciente etc. o INFLAMAÇÃO AGUDA: dura horas (no máx 3 dias). Há presença de mediadores inflamatórios (atuam na superfície do endotélio alterando receptores), de reposta celular (recrutamento de neutrófilos) e de uma mudança vascular: vasodilatação (liberação de Histamina), hiperemia intensa e estase. Resolução: • Dependendo da virulência/capacidade lesiva do agente causador, a inflamação aguda pode evoluir para formação de Abcessos → quando o micróbio consegue escapar do mecanismo de fagocitose (não há digestão do microrganismo). É uma pseudocapsula que reveste o material que foi muito atacado/destruído e que virou um material liquefeito (pus, resto de células, debridos) por necrose liquefativa. ✓ O abcesso pode ser drenado (EX: na tuberculose há drenagem pro brônquio, aí o paciente expele). • A caverna escavada após a formação do abcesso tende a cura por Fibrose (cicatrização). O parênquima normal é substituído por colágeno, por isso há PERDA DE FUNÇÃO. A fibrose pode ocorrer também mesmo sem formação de abcesso, se o agente lesivo causar alteração/lesão que impedisse a resolução. o INFLAMAÇÃO CRÔNICA: ocorre quando a inflamação aguda não consegue exterminar o microrganismo. Na área inflamada há angiogênese, infiltrado inflamatório (não mais polimorfonuclear → é mononuclear principalmente) e muita fibrose (e consequente perda de função). Padrões morfológicos o Como a inflamação se apresenta. INFLAMAÇÃO EXSUDATIVA SEROSA Perda de continuidade epitélio-derme. Destruição da membrana basal. Células infamatórias com núcleos grandes. Buraco branco = bolha = inflamação serosa. peritonite infecciosa felina com exsudato bem claro pericardite com deposito de exsudato bem claro INFLAMAÇÃO PURULENTA OU SUPURATIVA Há tanto dano no tecido que o exsudato fica rico em pus, restos de célula, de bactéria morta, em proteínas. Meningite aguda Conjuntivite Exsudato purulento (acinzentado) preenchendo o espaço subaracnóideo. ABCESSO Broncopneumonia Alvéolos repletos de material fibrinoso Piócito formado por neutrófilos mortos, restos celulares. Tecido destruído com massa grande INFLAMAÇÃO FLEGMÃO Presença do infiltrado inflamatório distribuído de forma difusa por toda a parede do órgão. Rico em neutrófilos. Sem formar abcesso. Ocorre em quadros como apendicite e miocardite. INFLAMAÇÃO FIBRINOSA Ocorre em cavidades naturais, como pericárdio. Formação de exsudato rico em fibrina (deposita como pseudomembrana) que reveste o pericárdio (entre folhetos visceral e parietal). ÚLCERAS Sempre acometem as periferias dos órgãos, nas superfícies voltadas pro ambiente externo. Abre-se um buraco no epitélio de revestimento, expondo tecidos mais profundos. Classificação da inflamação o SUPERAGUDA: minutos-horas. o AGUDA: horas-dias. Predomínio de fenômenos vasculares (exsudativos). Exceção de Hepatite Viral Aguda (infiltrado inflamatório éde mononucleares). Ocorre após contato único e ligeiro do agente pouco patogênico com o tecido saudável. A agressão é leve e a reação inflamatória é curta e pouco intensa. Ocorrem alterações vasculares (calibre dos vasos locais; alteração dos capilares gera exsudato) e migração de leucócitos e acúmulo no foco inflamatório. o SUBAGUDA: semanas. Fenômenos vasculares (exsudativos) e proliferativos. Hiperemia, edema, proliferações fibroblástica e angioblástica, com infiltrado de PMN e de MN o CRÔNICA: meses-anos. Predomínio de fenômenos proliferativos (de fibroblastos e de vasos, infiltrado predominante de células mononucleares). Exceção de Osteomielite Crônica (infiltrado é sempre de PMN). o CRÔNICA-ATIVA: meeses-anoos. Reagutizada → superposição de fenômenos vasculares exsudativos em área inflamada cronicamente. o QUANTO AO EXSUDATO • Serosa: (albumina = PM 69.000). Exsudato de fluido fino (pobre em proteínas) e aquoso. Secreção por células mesoteliais (pleura, cavidades pericárdicas) e efusões. Bolhas na pele ( líquido seroso) virais ou por queimaduras, por exemplo. • Serofibrinosa/ Fibrinosa: acúmulo de Fibrina (removida ou vira fibrótica). Pode ocorrer no revestimento das cavidades corporais (meninges, pericárdio e pleura) e nas cicatrizes. Rica em proteína. • Purulenta/Supurativa: pus e exsudato purulento (neutrófilos, células necróticas, líquido, bactérias piogênicas). Pode ocorrer nos abcessos, apendicite aguda, úlceras, traumas, toxinas, insuficiência vascular em locais como boca, intestino, subcutâneo das extremidades inferiores (em idosos). Pode haver defeito local ou escavação do órgão/tecido de superfície (devido a descamação do tecido necrótico). • Fibrinopurulenta • Fibrinohemorrágica • Hemorrágica • Mucosa/Catarral o QUANTO A DISTRIBUIÇÃO • Focal: atinge único ponto de 1mm-pouco cm. • Multifocal: atinge vários pequenos pontos de rede vascular como base de distribuição. • Extensiva local: área mais considerável, devido ao agravamento das lesões focais ou multifocais. • Difusa: todo o órgão é acometido. o QUANTO A INTENSIDADE • Leve/Discreta: função do órgão levemente alterada, sem comprometer o organismo. • Moderada: função do órgão é alterada, mas sem colocar o organismo em risco de vida. • Grave/Severa: função do órgão muito alterada, comprometendo a vida do organismo. o EXEMPLOS • Pneumonia lobar: inflamação aguda fibrinopurulenta. Alvéolos com acúmulo de fibrina (eosinofílica) e celularidade nos septos (infiltrado inflamatório). • Broncopneumonia com formação de abcesso: inflamação mais localizada que a pneumonia (não compromete o pulmão todo). Ocorre necrose dos septos interalveolares, como forma de resolução da inflamação aguda. Objetivos dos diferentes tipos de inflamação o Cada fase da resposta inflamatória envolve mediadores químicos e células diferentes para: • Enfrentar, destruir, isolar e remover os agentes injuriosos. Estimular a resposta imune e promover a cura/cicatrização. Características da Inflamação Crônica o Agente muito patogênico e muito resistente (duram ±6 meses). o Contato repetido. Agressão é mais grave (reação inflamatória mais duradoura e mais intensa). o Infiltrado inflamatório é composto por células mononucleares. • Macrófagos: principal. Produz mediadores celulares (de destruição tecidual e de proliferação vascular), induz a proliferação de fibroblastos e a deposição de colágeno. • Linfócitos: mobilizados em reações imunológicas mediadas por células. Produzem Ac. • Plasmócitos: produzem Ac para combater Ag persistentes e componentes teciduais alterados. • Eosinófilos: bastante presentes em infecções parasitarias, pois, suas granulações possuem proteína toxica para os parasitos (que também pode causar lise de basófilos). o Simultaneamente há: • Destruição tecidual pelas células inflamatórias; • Reparo da área lesada (formação de tec conj e de tec de granulação e angiogênese). ✓ Tecido de granulação: formado por capilares sanguíneos neoformados, tec conj propriamente dito e leucócitos. o INESPECÍFICAS: composta por células MN associadas a outros tipos celulares, formando tecido de granulação. o ESPECÍFICAS: Granulomatosa (formam granulomas que se manifestam macroscopicamente ou clinicamente). Granuloma é composto por conglomerado de macrófagos e LT ativados e células gigantes: de corpo estranho (núcleos dispostos aleatoriamente) e de Langhans (núcleos periféricos ao citoplasma). • Formação do Granuloma: ocorre em doenças infecciosas, como lepra, esquistossomose, tuberculose e hanseníase. Macrófagos epitelióides viram células pavimentosas e servem para liberar mediadores de inflamação (não fazem fagocitose). Macrófagos se fundem e viram células gigantes. granuloma tuberculóide • Classificação do Granuloma: Tuberculóide (completo com necrose caseosa e incompleto sem necrose caseosa); Corpo estranho ou Com supuração. o EXEMPLOS • Inflamação Crônica Específica Granulomatosa: Tuberculose Linfonodal. • Inflamação Crônica Específica a corpo estranho: Paniculite Crônica Granulomatosa. • Inflamação Crônica Inespecífica em fase de reparo: Meningite purulenta em organização. Presença de Astrócitos Gemistocíticos na camada molecular comprova lesão no tecido nervoso. o RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA • Coloca a vida do paciente em risco, devido a disseminação do agente infeccioso via sangue. • Associada a Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS), na presença de bactérias (Bacteremia) e de outros microrganismos, de agentes físicos e agentes químicos. • Manifestações: bastam 2 dessas para diagnosticar RIS. ✓ Hipertermia, Hipotermia, Frequência cardíaca acima de 90bpm, frequência respiratória acima de 20irpm, paCO2 menor que 32torr, leucócitos maior que 12000 ou menos que 4000 mm3. • Patogênese: igual a inflamação local, mas em vários sítios. Ação das Alarminas; Vasodilatação arteriolar sistêmica (perfusão e causa hipóxia) → degeneração → necrose → sepse grave (hipoperfusão) → choque (hipovolêmico e falência múltipla); Acidose (ác lático por estímulo da glicólise anaeróbica), oliguria e inconsciência; SARA (acúmulo de neutrófilos nos pulmões); CIVD (coagulação intravascular disseminada); Imunossupressão na fase tardia. • RIS Crônica: Diferenças inflamações aguda e crônica Inflamação: boa ou má? o BOA: protege contra proliferação, disseminação e desenvolvimento de infecções. Atua na cicatrização, reparo e cura das lesões. Desencadeia imunidade adaptativa (acúmulo e ativação de fagócitos no sítio inflamatório). o MÁ: interfere no funcionamento do órgão ou sistema acometido. Pode formar tecido de fibrose. Perda do controle homeostático (como nas autoimunidades) e atribuição de papel destrutivo.
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