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Jordana Vargas Peruzzo PROVA 2 Patologia Inflamação e Reparo Inflamação: Reação complexa a vários agentes nocivos, como os microrganismos e as células danificadas (geralmente necróticas) que consiste em: (1) respostas vasculares, (2) migração e ativação de leucócitos e (3) reações sistêmicas. 1. Respostas Vasculares: para ocorrer diapedese. 2. Migração e Ativação de Leucócitos (que são todas as células brancas → linfócito, eosinófilo, neutrófilo, basófilo, etc): a ativação é a modificação para a célula conseguir fagocitar (aumento do tamanho do leucócito e da síntese de enzimas e proteínas). 3. Reações Sistêmicas: febre, coriza, ou até mesmo nenhum sintoma (depende da exposição ao agente causador, ao sistema imune da pessoa, etc.) ➢ A reação dos vasos sanguíneos: acúmulo de fluido e de leucócitos nos tecidos extravasculares. ➢ Sinais da Inflamação Aguda: Dor, Rubor, Calor, Dor, Edema (tumor) e Perda de Função (transitória ou não). Os primeiros 5 foram desenvolvidos pelos gregos e o 6 foi por Virchoff. ➢ Processo Inflamatório: • O objetivo é pegar os leucócitos de dentro dos vasos e levar para aonde está a inflamação. • Estímulos inflamatórios: Necrose e Infecção, principalmente. • Envolve primeiro a microcirculação. • Mediadores inflamatórios: são substâncias que tem funções específicas (dilatação, quimiotaxia, etc) no processo inflamatório. Mediadores são derivados de proteínas plasmáticas ou derivados de outras células. • Anti-inflamatório é o medicamento mais utilizado no mundo. • Cascata inflamatória: o anti-inflamatório bloqueia uma das vias. • Corticoides: reduzem a eficácia da imunidade celular ou da diapedese, faz com que a imunidade fique reduzida. Pacientes com altas doses de corticoide podem ficar imunossuprimidos. • Febre: morte de microorganismos e ativação e clivagem de proteínas inflamatórias. • Neutrófilo: trilobado (polimorfonuclear) predomínio na I. Aguda. • Linfócitos + Monócito + Macrófago: mononucleares predomínio na I. Crônica. • Célula Endotelial: é através dela que ocorre a diapedese. • Matriz Extracelular também participa do processo, pois a inflamação ocorre no interstício, na matriz extrac. • 36h-72h: neutrófilos da inflamação aguda. • Até décadas no tecido: leucócitos mononucleares da inflamação crônica. • Tanto a I. Aguda quanto a I. Crônica podem evoluir para fibrose (mais comumente a crônica). INFLAMAÇÃO AGUDA Resposta rápida a um agente nocivo encarregada de levar mediadores da defesa do hospedeiro ao local da lesão, a partir de três componentes principais: (1) alterações no calibre vascular, (2) alterações estruturais na microcirculação e (3) emigração, acúmulo e ativação dos leucócitos. Ocorre em tecidos mortos, é um processo ‘’explosivo’’→ vermelhidão, edema, febre em algumas horas (72h), depois tende a cronificar. Normalmente: I. Aguda → cronificação → I. Crônica → Recuperação completa do tecido. (Exceções como Lúpus, Artrite Reumatoide) • Predomínio de NEUTRÓFILOS que são trilobados, polimorfonucleados. *predomínio e não exclusividade* • Os neutrófilos duram pouco no vaso, morrem por apoptose. • Estímulos: Infecções, Trauma, Agentes químicos e físicos, Necrose tecidual, Corpos estranhos, Reações imunológicas. A sequência de alterações não é específica para cada estímulo. • É um processo inespecífico, não consigo dizer a causa/etiologia da I. Aguda – formaç. morfológ. inespecífica. • Fatores de agressão estão no interstício. • Componentes: 1 - Alterações vasculares 2 - Eventos celulares 3 - Término da resposta (pode cronificar ou ter resolução). 1. Alterações vasculares: - Os principais mecanismos de defesa estão na circulação; - Geralmente os fatores de agressão estão no interstício; - Objetivo: facilitar o fluxo circulação-interstício. - Dilatação dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo. -Extravasamento vascular → exsudato (pus): proteínas, fluido e células sanguíneas (1,020) transudato (aguinha da bolha): fluido com pequeno teor proteico (1,012). - Tecido não-inflamado: Interstício com cél. Mononucleares (sentinelas, 1ª linha de defesa). Tecido Inflamado: aumento do fluxo sanguíneo (rubor e calor), aumento do calibre vascular (dilatação), extravasamento de fluido intravascular para o interstício – pode iniciar edema (tumor), pode haver perda de função. Extravasamento de proteína plasmática para o interstício (aum. o espaço entre as células endoteliais daí as proteínas conseguem sair). Essas proteínas plasmáticas podem agir como mediadores inflamatórios. - Mecanismos de Extravasamento: formação de fendas no endotélio venular (vênulas pós-capilares); lesão endotelial direta; extravasamento retardado prolongado; transcitose aumentada; extravasamento dos vasos recém-criados. 2. Eventos celulares: - Direcionamento para os locais de lesão; - Ativação para desempenharem suas funções de defesa; - Funções: ingerem, destroem, eliminam ou prolongam; - Etapas do extravasamento: Marginação; Rolamento; Adesão ao endotélio (pavimentação); Transmigração ou Diapedese e Migração nos tecidos intersticiais. - Adesão Leucocitária: regulação: ligação a moléculas de adesão complementares; mediadores químicos (quimiotoxinas e citocinas); expressão e avidez das moléculas de adesão; receptores de adesão: selectinas; imunoglobulinas; integrinas; glicoproteínas semelhantes à mucina. -Transmigração: ação das quimiocinases em direção do gradiente quimiotático; ocorre predominantemente nas vênulas; ação da membrana basal: produção de colagenases; adesão na matriz extracelular; No gráfico do slide 17: 1º edema- ocorre nas primeiras 24h, é o representante dos eventos vasculares. 2º neutrófilo- 48h-72h. extravasam e depois morrem por apoptose. 3º células mononucleares. > todos partem do momento 0. < - Quimiotaxia: locomoção ao longo de um gradiente químico; agentes exógenos: produtos bacterianos; agentes endógenos: sistema do complemento(C5a), via da lipoxigenase (leucotrienoB4), citocinas (interleucinas); ligação à proteína G transmembrana dos leucócitos; pseudópodes formados por expansão/contração do citoesqueleto. - Ativação leucocitária: respostas relacionadas com as funções de defesa; vias de sinalização: Ca++ e ativação enzimática; respostas funcionais: produção de metabólitos do ácido araquidônico; desgranulação e secreção de enzimas lisossomais; ativação do surto oxidativo; secreção de citocinas (macrófagos ativados); modulação das moléculas de adesão; expressão de receptores de superfície. - Fagocitose: a) reconhecimento e ligação: receptores de manose e receptores Scavenger; opsonização: aumento da eficácia (IgG e C3b) – ligação com bactérias. b) captura: engolfamento por pseudópodos; formação do fagolisossomo – envolver a bactéria e levar para dentro da célula em fagolisossomo/fagosossomo. c) morte ou degradação: mecanismos dependentes do oxigênio (reativos); mecanismos independentes de oxigênio (enzimas) – destruição da bactéria. - Liberação de substâncias e lesão tecidual produzida pelos leucócitos: produtos liberados pelos leucócitos no espaço extracelular; Lesão endotelial; lesão tissular; efeito agressor (quando descontrolado): base das doenças crônicas; secreção regulada de enzimas lisossomais; liberação citotóxica: danos às membranas plasmáticas; após a fagocitose: neutrófilos morrem por apoptose e ingestão por macrófagos. 3. Término da resposta inflamatória aguda: - Necessidade de um controlerígido; - Meia-vida curta dos mediadores (milissegundos); - Degradação após sua liberação; - Produção em surtos rápidos dependentes de estímulos; - Desencadeamento de sinais para terminar a reação; - Atuação prática: desenvolvimento de drogas anti-inflamatória. • Reações Sistêmicas da Inflamação ✓ A inflamação, mesmo quando localizada, é associada a reações sistêmicas induzidas por citocinas que, em conjunto, são chamadas de resposta de fase aguda. ✓ Alterações clínicas e patológicas: a) febre; b) proteínas de fase aguda; c) leucocitose; d) outras manifestações; e) sepse. ✓ TNF, IL-6, IL-1: inflam. Sistêmica, estimulam a inflamação, protegem o SNC e estimulam a produção de leucócitos na medula, débito cardíaco diminui no coração e aumenta a resistência. (ver slide 26) ✓ Proteína-C-Reativa: de fase aguda (inflamação ativa). ✓ Aumento de VHS (velocidade de hemossedimentação) também indica inflamação ativa. Minhas considerações: A célula inflamatória vai para a margem/periferia do vaso (a) marginalização; (b) rolamento – rola até aderir, gira sobre a célula endotelial até aderir, neutrófilos vão formar pontes de adesão após isso (c); (d) formação de fenda entre célula endotelial e membrana basal; (e) diapedese é a passagem da célula pela parede do vaso – não acontece só com neutrófilo, monócito e linfócito também fazem. Fluídos podem extravasar com as células ou ficar dentro do septo (dentro do septo é o padrão de pneumonia clássica). Anti-inflamatórios inibem COX → inibem prostaglandinas. Leucócitos produzem mediadores fagocitários e fazem fagocitose. Leucócitos quando ativados aumentam de tamanho. Lesão endotelial com sangramento: amplificação da cascata de inflamação. Consequências dos processos inflamatório agudo: Resolução ou Cronificação ou Fibrose (geralmente com muita destruição tecidual na inflamação – abscesso – síntese de colágeno e fibrose. Aumento de mediadores inflamatórios: dor, mialgia, rubor, calor, febre. • Padrões Morfológicos da Inflamação Aguda: As características morfológicas marcantes de todas as reações inflamatórias agudas são: ✓ dilatação de pequenos vasos sanguíneos e ✓ acúmulo e leucócitos e fluido no tecido extracelular. São 4 padrões morfológicos (anatofisiologicos), dependem da dilatação, tipo de líquido que sai, etc. ✓ Inflamação Serosa: Exsudação de fluidos com poucas células. Ex.: Efusão. Figura slide 28: lesão cutânea bolhosa (pode ser catapora), vírus fez inflamação e transudação de líquido no espaço, pouca célula (proteína) e muito líquido se acumulando. ‘’É acúmulo de transudato, mas pode ser exsudato’’. Ex.: Derrame pleural é inflamação serosa na maioria das vezes (liquido aquoso amareladinho). ✓ Inflamação Fibrinosa: Exsudato fibrinoso quando ocorrem grandes extravasamentos ou estímulo pró-coagulante local. Há cascata de coagulação e deposição de fibrina, há sangramento. Fibrina com aspecto granular. Figura slide 29: coração, é uma pericardite (tamponamento cardíaco depois da laceração), o sangue que desencadeou a cascata. Deposição de fibrina no coração e na superfície pericárdica. Pode acontecer no peritônio (pulmão) também. Bridas* (tec. Fibrinoso). Essas hemorragias são quase sempre cavitárias (em revestimentos de cavidades). *Bridas: resultado de inflamação aguda fibrinosa que cronifica e ocorre deposição de colágeno. ✓ Inflamação Purulenta/Supurativa/Abscedida/Abscesso: Caracterizada pela produção de pus. Figura slide 30: pulmão (pneumonia alveolar), setas: focos/coleções de supurações (pus). Abscessos (coleções localizadas) pulmonares em um caso de broncopneumonia. Nas regiões do abcesso: neutrófilos, resíduos celulares e vasos sanguíneos congestos. ✓ Úlceras: Defeito local ou escavação da superfície de uma estrutura (no tecido) com desprendimento necrótico. O material necrótico vai para o lúmen para ser eliminado e deixa um buraco. Ocorre na pele, em vísceras e estruturas tubulares, geralmente. ✓ Granuloma ≠ Tecido de granulação Granuloma é um padrão de I. Crônica associada com Necrose Caseosa (cel.gigante multinucleada). Tecido de granulação é a base da ferida cutânea, faz parte da cicatrização e do reparo, está dentro do processo de inflamação aguda. • Mediadores Inflamatórios: iniciam e regulam as reações inflamatórias ✓ Os mais importantes são aqueles relacionados com eventos vasculares e celulares ✓ Surgem das proteínas plasmáticas e células em geral (cél.endotelial, leucócitos) ✓ São produzidos quando há estímulos: substâncias microbianas; produtos microbianos; células necróticas; estímulo de outras células inflamatórias; cascata inflamatória; amplificação da resposta. ✓ Tempo de ação são milissegundos, eles têm a meia-vida muito curta ✓ Interferência de um tipo sobre o outro? Ver via do ácido araquidônico (que é responsável pela produção de vários mediadores inflamatórios) ✓ Via de produção do ácido araquidônico: O ácido araquidônico vem de um lipídio (fosfolipídio) da membrana plasmática, esse lipídio sofre a ação de uma fosfolipase (corticoides inibem essa fosfolipase) que irá originar o ácido araquidônico. Se sofrer ação da COX (cicloxigenase) o ácido araquidônico irá dar origem a protaglandinas e ao tromboxano. Se sofrer ação da 5-hipoxigenase o ácido araquidônico irá originar leucotrienos e lipoxina. AS bloqueia a COX1 e COX2 o que impede a agregação plaquetária (feita pelo tromboxano). Anti-inflamatórios (Vioxx e Celebra) são bloqueadores seletivos de um tipo de COX. Corticoide diminuem a resposta celular, a imunidade celular e a produção de ácido araquidônico. Outros mediadores importantes: a) fator de ativação plaquetária (PAF); b) produtos da coagulação; c) cininas; d) neuropeptídeos. Citocinas são produzidas por vários tipos celulares que medeiam e regulam as reações inflamatórias. Quimiocinas são uma família de proteínas pequenas que agem como quimioatraentes leucocitários. Reação inflamatória para quando cai a concentração e a produção de mediadores. PAF: óxido nítrico Principais interleucinas: IL-1, IL-6, IL-12 • Achados morfológicos da reação inflamatória agudas: (1) dilatação dos pequenos vasos sanguíneos; (2) redução do fluxo vascular; (3) acúmulo de leucócitos no interstício; . (4) acúmulo de líquidos no interstício Slide 47: pneumonia alveolar • Abcesso: coleção localizada em tecido purulento, posso ter necrose e hemácias, mas há predomínio de neutróf. e há vasos dilatados • Cistos: lesões epitelizadas • A diapedese é a passagem dos leucócitos do sangue para o tecido conjuntivo. Resumidamente, a diapedese é a saída dos glóbulos brancos dos vasos sanguíneos. Por quimiotaxia, os neutrófilos e monócitos são atraídos até o local da inflamação, passando a englobar (emitindo pseudópodes) e a destruir os agentes invasores. Inflamação Crônica Inflamação e Reparo é um processo contínuo, pode se resolver na aguda, cronificar e/ou formar fibrose. Destruição tecidual → reparação com a síntese de colágeno → cicatriz, fibrose (melhor acontecer isso do que ficar um buraco, uma exposição). Placa aterosclerótica: consequência de inflamação crônica Geralmente, processo inflamatório crônico não tem os 5 sinais cardinais agudos. Pode haver agudização do processo crônico (dias que tem mais dor, dias que tem mais edema). Processo inflamatório crônico é cancerígeno. Cicatrização por segunda intenção é considerado uma inflamação crônica. Aterosclerose: doença que mais mata no mundo Célula GiganteMultinucleada: I.C.Granulomatosa → delimita a etiologia (hanseníase, tuberculose, doença de chron, sífilis, micoses, sarcoidose). Slide 48: bifurcação carotídea com placa aterosclerótica, mão com artrite reumatoide e célula gigante multinucleada. Slide 50: direita – I. Aguda e esquerda – I. Crônica Características da Inflamação Crônica: • Tem maior duração, estimulo com maior tempo de ação. • Destruição tecidual junto com tentativa de reparo e inflamação ativa tudo junto. • Início: continuação da inflamação aguda; insidioso, pouco intensa e assintomática. • Achados: (1) inflamação ativa; (2) destruição tecidual; (3) tentativa de reparo; • Ocorre principalmente em: Infecções persistentes; Autoimunidade (lúpus, asma); Agentes potencialmente tóxicos (aspirações de partículas orgânicas ou inorgânicas). • Achados Morfológicos: ✓ infiltrado de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos); ✓ destruição tecidual; ✓ tentativas de cicatrização (angiogênese e fibrose).; ✓ espessamento do septo (causado por edema); ✓ processo inflamatório ocorre dentro do septo e não no alvéolo. ✓ tentativa de reparo: angiogênese (chegada de grande quantidade de vasos novos) e fibrose (síntese de colágeno) acompanhado de células crônicas (macrófago, linfócito e plasmócito principalmente). • SISTEMA FAGOCITÁRIO MONUNUCLEAR→ monócitos: células circulantes que saem dos vasos sanguíneos e se transformam em macrófagos que vão passar por ativação (preparo pra fagocitose, aumenta a síntese de enzimas e aumento do tamanho da célula, pode se fundir e formar a célula gigante mononucleada). Meia- vida - monócitos: cerca de 1 dia e macrófagos tissulares: vários meses ou anos. Macrófago pode se multiplicar, aumentar o seu número no tecido (célula filha tecidual). ✓ migração: logo no início da inflamação aguda e após 48 horas: tipo celular predominante; ✓ extravasamento: auxílio de moléculas de adesão e de mediadores quimiotáticos; ✓ transformação: MONÓCITOS → MACRÓFAGOS (presentes nas três fases do reparo) ✓ ativação: linfócitos T pelas citocinas; outros: endotoxinas bacterianas. ✓ Mas o que significa “ativação”? aumento no tamanho celular; níveis aumentados de enzimas lisossomais (eliminação); metabolismo mais ativo e maior habilidade fagocitária; secreção de vários produtos biologicamente ativos; lesão tecidual: produtos dos macrófagos e necrose; fibrose (reparação); inflamação de curta duração; fator irritante eliminado: macrófagos desaparecem; inflamação crônica; persistência do estímulo: acúmulo de macrófagos. ✓ Macrófagos podem induzir agraves de fatores de crescimento fibroblastos a quantidade de depósito de colágeno do tecido. (?) ✓ Mecanismos de acúmulo de macrófagos: a) Recrutamento dos monócitos da circulação: por moléculas de adesão e fatores quimiotáticos. b) Proliferação local dos macrófagos: relativamente comum. c) Imobilização dos macrófagos (pode ficar parado no interstício): por determinadas citocinas e lipídios oxidativos. ✓ A célula central do processo inflamatório crônico é o macrófago → não significa que em toda inflamação crônica é o macrófago (é o linfócito) a célula mais predominante, mas o macrófago no processo inflamatório crônico tem várias funções nas diferentes fases do processo. • Linfócitos: ✓ citocinas dos macrófagos ativados; ✓ recrutamento leucocitário; ✓ interação bidirecional: apresentação de antígenos (T) e citocinas (M); ✓ Linfócitos T e B são iguais morfologicamente, não consigo olhar e dizer qual é qual. • Eosinófilos: ✓ reações mediadas por IgE; ✓ infecções parasitárias e alergias (principalmente); ✓ com grânulos avermelhados. • Plasmócitos: ✓ derivados de linfócitos B; ✓ produzem anticorpos: contra antígenos; ✓ componentes tissulares; ✓ tem retículo endoplasmático e golgi grandes no citoplasma; ✓ sífilis é plasmocitária. • Mastócitos: ✓ amplamente distribuídos nos tecidos; ✓ com receptor da IgE (eles que degranulam nas reações anafiláticas, essa degranulação libera histamina e produtos do AA). • Imagem do slide 59: granuloma com necrose central do tipo imune (muito sugestivo de tuberculose). “Granuloma: foco de inflamação crônica consistindo de agregados microscópicos de macrófagos transformados em células semelhantes a células epiteliais (são as CÉLULAS GIGANTES MULTINUCLEADAS, resultado da fusão de macrófagos, são as células na periferia do centro) cercadas por um colar de leucócitos mononucleares (inflamação crônica), especialmente linfócitos e, ocasionalmente, plasmócitos. Posso ter necrose ou não no granuloma, não é um elemento obrigatório. Granuloma: processo inflamatório crônico. ✓ Nem toda tuberculose tem a necrose central. Necrose é formada pelo nosso sistema imunológico, em imunossuprimidos pode não ter. ✓ Granuloma → Padrão distinto de reação inflamatória crônica; acúmulo focal de macrófagos ativados com aparência epitelioide; número limitado de condições; protótipo: tuberculose; importância: reconhecimento do padrão e sua associação com doenças. ✓ Granulomas de corpos-estranhos: corpos-estranhos inertes; talco, suturas, fibras; materiais grandes; adesão ao corpo-estranho (centro). ✓ Granulomas imunes: partículas insolúveis; microrganismos; resposta imunológica celular; macrófagos engolfam e apresentam aos linfócitos T. REPARO TECIDUAL • O reparo, algumas vezes chamado de cura, refere-se à restauração da arquitetura e da função dos tecidos após a lesão. • Mecanismos de reparo tecidual: Regeneração (quando o tecido volta ao normal) e Formação de Cicatriz (depósito de colágeno). • 1ª fase do processo de reparo: fase inflamatória 2ª fase do processo de reparo: fase proliferativa • Regeneração Hepática: O fígado humano tem uma capacidade notável de se regenerar, conforme demonstrado por seu crescimento após hepatectomia parcial. Esse processo acontece por meio de dois mecanismos (ação combinada de citocinas e de fatores do crescimento): (a) proliferação dos hepatócitos remanescentes; (b) repovoamento a partir das células progenitoras. Ex.: doar um lobo esquerdo hepático e o lobo direito que sobrou vai crescer, hiperplasia compensatória. Não é uma regeneração verdadeira, que é quando ocorre um que outro hepatócito morrendo e a célula vizinha gerando outro hepatócito. • Reparo por Deposição de Tecido Conjuntivo: Se o reparo não puder ser alcançado somente pela regeneração, ocorre através da substituição das células lesadas por tecido conjuntivo, levando à formação de uma cicatriz, ou por meio de uma combinação a regeneração de algumas células residuais e formação de cicatriz. O tecido de granulação é basicamente constituído por tecido conjuntivo frouxo e vasos recém formados. • Angiogênese: É o processo de formação de novos vasos sanguíneos a partir dos vasos sanguíneos pré- existentes. No reparo tecidual ocorre principalmente por brotamento. Atuação importante do VEGF (fator de crescimento endotelial vascular). • Ver Cura de Ulceras cutâneas nos slides. • Cicatrização de ferida cutânea: 1ª intensão: podem ser aproximadas por ponto cirúrgico. 2ª intensão: são as ‘’raladas’’ não é profunda, deixo cicatrizar ao natural. • Fibrose em Órgãos Parenquimatosos: O termo fibrose é empregado quando ocorre deposição excessiva de colágeno e outros componentes da MEC em um tecido. Inflamação crônica, alteração arquitetural, ação dos fibroblastos, deposição de colágeno e fibrose. Ocorre um grande dano na matriz extrac. A cirrose é o principal exemplo deste processo, onde o estímulo crônico induz destruição tecidual, retorno das células remanescentes ao ciclo celular e tentativas de reparo. Na cirrose vem junto a insuficiência hepática. Hepatócitos: formam cordões (são hexagonais), esses hepatócitos crescem em um espaço limitados ‘’trilho de trem’’, propícios para a regeneração. Quando o dano é muito grande, ocorre desorganizaçãonesse trilho e cada hepatócito vai ficar por si, isso é o que ocorre na cirrose. • A fibrose é comumente vista em situações de inflamação crônica, mas pode ser a continuação da inflamação aguda. • Depósito de colágeno: primeiro ocorre o deposito de colágeno III (é mais frouxo, propício na formação de novos vasos) e depois de colágeno I (é mais firme, dá a ‘’liga’’ na cicatriz). • Gráfico slide 59: depósito de colágeno tipo I. • Anormalidades no Reparo de Tecidos: A formação excessiva dos componentes do processo pode dar origem a queloides (muita deposição de colágeno na pele). Deiscência de sutura: não forma colágeno o suficiente dai a cicatriz não se fecha completamente e a lesão abre again. Muito depósito – queloide. Pouco depósito – deiscência. Abcesso: padrão inflamatório agudo, com vasos sanguíneos destacados. Granuloma: padrão inflamatório crônico. Leucograma alto: pode indicar inflamação (crônica ou aguda). Na inflamação (aguda principalmente) ocorre bastante estímulo na medula óssea (para aumento de leucócitos). Metaloproteínas: afrouxam os elementos da matriz extracelular. Infecção: é uma inflamação que eu consigo definir a etiologia (provocada por microorganismo). .
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