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Artigo 213 Estupro

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Professor: Rogério Sanches. Atualizada até 30 de agosto de 2021.
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
O título que trata dos crimes contra a dignidade sexual foi totalmente alterado pela lei nº 12.015/2009. 
Art. 213 CP – Estupro: Conjunção carnal violenta com pena de 6 a 10 anos 
O legislador reuniu os antigos arts. 213 e 214 CP em um só tipo penal chamado Estupro. Estupro passou a ser gênero de 2 espécies de comportamento chamados Atos de Libidinagem: Conjunção carnal violenta, Atos libidinosos violentos diversos da conjunção carnal. 
Art. 214 CP – Atentado o Violento ao Pudor: Atos Libidinosos Violentos (não tinha conjunção carnal) com pena de 6 a 10 anos foi revogado pela lei  (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009).
1 ATENÇÃO! Não houve “abolitio criminis” do art. 214 CP, mas sim o fenômeno do Princípio da Continuidade Normativo Típica. 
TÍTULO VI DO CÓDIGO PENAL 
Antes da lei 12.015/2009 depois da lei 12.015/2009. 
O título se chamava “Dos Crimes contra os Costumes”. 
O título passou a se chamar “Dos Crimes contra a Dignidade Sexual”. 
Costume significava moralidade sexual pública, porque atinge mais do que a moralidade sexual pública e sim a moralidade sexual individual da pessoa. 
9.1 DELITOS COM VIOLÊNCIA 
 Antes da lei 12.015/2009 depois da lei 12.015/2009. 
Antes de 2009 o crime de estupro só podia ser praticado conta a mulher. Era um crime próprio conta o sujeito ativo e quanto ao sujeito passivo. Agora o crime é comum. Tanto no que diz respeito ao sujeito ativo, quanto no que diz respeito ao sujeito passivo. É um crime bi comum.
Rogério Grecco diz: O crime de estupro pode ser praticado mediante conjunção carnal, ou qualquer outro ato libidinoso.
O estupro na modalidade conjunção carnal ele é bi próprio, pois ele exige qualidades especiais do sujeito, a heterossexualidade.
Na modalidade ato libidinoso ele é crime bi comum.
Como tipificar o estupro coletivo? É o estupro praticado em concurso de pessoas.
Antes da lei 13.718/2018 A pena é aumentada de quarta parte:
I- Se o crime é cometido com o concurso de duas ou mais pessoas.
Depois da lei 13.718/2018.
A pena é aumentada de quarta parte quarta parte:
I- Se o crime é cometido com o concurso de duas ou mais pessoas. Eu não trabalho mais com o inciso I. Mas continuo trabalhando com o artigo 226 do CP.
 O legislador para o crime de estupro criou um aumento específico.
Estupro coletivo  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Estupro corretivo  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
O artigo 226, I do CP, hoje serve para quais crimes? Para todos os crimes desde que não seja o de estupro.
O artigo 213 do CP em apertada síntese pune o constrangimento, buscando a pratica de atos de libidinagem.
Conduta: Constrangimento + ato de libidinagem
Constrangimento:
Pode ser praticado mediante violência física ou grave ameaça.
Se a ameaça não for grave não existe estupro. Caso não ocorra grave ameaça o crime pode ser do artigo 215 do CP. Violação Sexual mediante fraude.
Como aferir se o crime é ou não grave? Mediante a análise do caso concreto somada a figura do homem médio.
Nessa modalidade de crime o agente constrange buscando ato de libidinagem. (Conjunção carnal ou outro ato libidinoso diverso da conjunção carnal) sexo anal, sexo oral.
E o beijo lascivo o STJ e o STF recentemente decidiram que o beijo lascivo pode configurar o crime de estupro sim. Admitiram estupro de vulnerável artigo 217 A do CP, cometido mediante o beijo lascivo. 
O crime de estupro exige contato físico entre os sujeitos?
Prevalece que não! O contato físico é dispensável. Mirabete há anos já escrevia nesse sentido. Ex: o homem que obriga a mulher a despir-se e masturbar-se; Estupro virtual.
O crime de estupro dispensa efetivo contato físico.
Voluntariedade:
O crime de estupro é punível a título de dolo.
A doutrina discute se esse crime é punível a título de dolo acrescido ou não de finalidade especifica. Para muitos praticar atos de libidinagem na verdade faz parte do próprio dolo. Não é uma finalidade a mais especifica. Para outros é uma finalidade especifica. A finalidade genérica dele é constranger a vítima mediante violência ou crave ameaça. A pratica de atos de libidinagem seria a finalidade especifica.
O tipo não exige a finalidade especifica de satisfazer a lascívia. O tipo só pune constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a pratica de atos de libidinagem. Não está exigindo a satisfação da própria lascívia. Se o tipo exigisse a satisfação da própria lascívia, aquele que por exemplo constrangesse uma mulher a pratica de conjunção carnal por vingança, não cometeria esse crime porque ele não teria a finalidade de satisfação da própria lascívia. Então o tipo dispensa essa finalidade.
Consumação: Consuma-se com a pratica efetiva do ato de libidinagem visado pelo agente (delito material).
Tentativa: É possível! Crime plurissubsistente .
Como tipificar o stealthing (dissimulação)? O agente, de forma dissimulada retira o preservativo sem o consentimento do parceiro ou da parceira.
Na Suíça já houve condenação pelo crime de stealthing, e no Brasil?
Temos que considerar duas situações.
I- Situação: O agente retira o preservativo, mas o (a) parceiro (a) percebe e nega a prosseguir. Se o agente mediante violência física ou moral continua, temos configurado o estupro.
II- Situação: o parceiro ou a parceira não percebe e o agente prossegue com o ato sem proteção. Temos aqui o artigo de violação sexual mediante fraude artigo 215 do CP.
A prática da conjunção carnal seguida de atos libidinosos (ex: sexo anal) gera pluralidade de crimes?
1ª Corrente (STF/ STJ/ maioria da doutrina): Se praticados os atos no mesmo contexto fático, não desnatura a unidade do crime (crime único).
O juiz considera a pluralidade de atos na fixação da pena base.
Atenção: ausente a identidade de contexto fático, haverá concurso de crimes (podendo haver continuidade delitiva).
2ª Corrente: Ainda que praticados no mesmo contexto fático, para gerar crime único é indispensável nexo entre os comportamentos.
Atenção: faltando nexo, haverá concurso de crime (não pode haver continuidade delitiva, pois ausente a mesma forma de execução).
	· Lei nº 12.015/2009
	ANTES DEPOIS
Circunstância judicial desfavorável Qualificadora Pena: 8 a 12 anos norma não abrangia grave ameaça. irretroativa. Abrange violência física bem com a a grave ameaça
	
O agente tem que saber que age contra vítima menor de 18 anos sob pena de responsabilidade penal objetiva. Tem que ter consciência de age contra vitima menos de 18 anos.
Estamos diante de uma qualificadora Preterdolosa. O agente age com dolo no estupro e culpa na lesão grave.
A qualificadora do parágrafo segundo também é preterdolosa. Ele age com dolo no estupro e culpa na morte.
No caso Maníaco do parque ele respondeu pelos crimes de estupro em concurso com os crimes de homicídio. Quem julgou os dois crimes foi o júri popular.
Estupro é crime hediondo nos termos da lei 8.072/90.
9.1.1 ESTUPRO 
Estupro 
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:           (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015,de 2009)
§ 2o Se da conduta resulta morte:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
9.1.1.1 SUJEITO ATIVO 
ANTES DA LEI 12.015/2009 DEPOIS DA LEI 12.015/2009 
Art. 213 CP – PRATICADO POR HOMEM CONTRA MULHER 
CRIME É BICOMUM: porque é crime comum tanto do ponto de vista do sujeito ativo quanto passivo. 
Homem e mulher podem ser sujeitos ativos de estupro, em todas as modalidades. Art. 214 CP – PRATICADO POR QUALQUER PESSOA CONTRA QUALQUER PESSOA. FOI REVOGADO. 
 
OBS: prostituta pode ser vítima de estupro! 
 
9.1.1.2 ESTUPRO MAJORADO 
Art. 226 CP. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005). 
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005). 
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado:   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro coletivo   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes;   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro corretivo   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estas relações entre o agente e a vítima aumentam a pena de metade. Mas não abrange a guarda da vítima. 
No inciso II, além das hipóteses trazidas expressamente, permite abranger outras hipóteses, porque o inciso tem encerramento genérico, portanto permite abranger quem detém guarda da vítima. 
 9.1.1.3 TIPO OBJETIVO 
 Pune-se atos de libidinagem com: 
 Violência: Efetivo emprego de força física. 
 
 Grave Ameaça: Coação Moral. É imprescindível que a ameaça seja grave. Uma simples ameaça não configura estupro. 
 
 Quando a ameaça é grave e quando não é grave? 
1º Corrente: analisa a gravidade da ameaça tomando por base o “homem médio”. 
2º Corrente: Deve ser analisada de acordo as circunstâncias do caso concreto (idade e grau de instrução da vítima, bem como local e horário do crime interferem na gravidade da ameaça). 3 prevalece esta corrente na Doutrina Moderna! 
Cuidado! Simples Temor reverencial não configura grave ameaça (não configurando o crime). 
 
 Espécies de Atos Libidinosos: 
A) Conjunção Carnal 
B) Atos Libidinosos Diversos da Conjunção Carnal: Tem pessoas que consideram esta expressão muito vaga (genérica, indeterminada, imprecisa, porosa). O legislador deveria ter esclarecido, ainda que com exemplo, quais atos libidinosos que queria incriminar. 
Ex: Beijo lascivo: Doutrina diz que é o beijo que causa desconforto em quem olha. Por conta da imprecisão da “expressão atos libidinosos...”, existem doutrina e jurisprudência abrangendo o beijo lascivo como estupro. No entanto o beijo lascivo ao atenta de forma concreta contra o bem jurídico dignidade sexual. 
B.1) A vítima é constrangida a praticar: Comportamento ativo. Ex: obrigada a praticar sexo oral. 
B.2.) A vítima é constrangida a permitir que nela se pratique: Comportamento passivo. Ex: vítima é obrigada a permitir que o agente pratique nela sexo oral. 
1 Uma confusão gera inépcia da inicial 
 
8 O contato corporal (físico) entre agente e vítima é dispensável ou indispensável para configurar estupro? 
1º Corrente: Não há necessidade de contato físico entre o autor e a vítima. Exemplo de Mirabete: agente obriga a vítima a se masturbar para ele satisfazer a lascívia (masturbação coagida).3Prevalece esta corrente (maioria)! 
2º Corrente: O contato físico entre autor e vítima é indispensável, pois não existindo haverá outro crime, como por exemplo, constrangimento ilegal. 3 Esta corrente é tese do MP/SP! 
 
9.1.1.4 TIPO SUBJETIVO 
O crime é punido a título de dolo. 8 Exige finalidade especial do agente? 
1º Corrente: Tem a finalidade especial “satisfazer a lascívia” 3Prevalece esta corrente (maioria)! 
2º Corrente: (Mirabete) Tem a finalidade especial de “manter atos de libidinagem”. 
3º Corrente: (Capez) O delito dispensa finalidade especial, pois atos de libidinagem fazem parte da vontade geral, e não específica. 
 
9.1.1.5 CONSUMAÇÃO 
Se dá com a efetiva prática do ato de libidinagem visado pelo agente. 
É perfeitamente possível a tentativa. 
 
É possível estupro em continuidade delitiva? 
Temos 2 correntes: 
1º Corrente: Admite-se, desde que em face da mesma vítima (“estupro doméstico”). Condiciona a continuidade delitiva ao fato de envolver a mesma vítima. Prevalecia antes da reforma de 1984! 
2º Corrente: admite-se, mesmo em se tratando de vítimas diversas. Prevalece depois da reforma de 1984! 
" O art. 71 §ú CP não deixa dúvidas – (...) contra vitimas diferentes. 
Crime continuado 
Art. 71 CP- Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
8 E se o agente praticar, em face da mesma vítima, conjunção carnal mais atos libidinosos diversos da conjunção carnal? Quais as conseqüências? 
Temos que diferenciar 2 situações: 
" Atos Praticados no mesmo contexto Fático: Teremos crime único, devendo o juiz considerar a pluralidade de núcleos na fixação da pena base. 
" Atos Praticados fora do mesmo contexto Fático: Teremos concurso de crimes, podendo ser material, continuidade delitiva, dependerá do caso concreto. 
 
Vicente Grecco Filho tem um posicionamento diferente. Ele diz que não se deve analisar se houve ou não o mesmo contexto fático, porque mesmo em ato único pode-se ter concurso de crimes. Deve-se analisar o nexo causal entre os crimes (relação de causa e efeito entre a conjunção carnal e o ato libidinoso). 
Então para o autor, a alteração trazida pela lei nº 12.015/2009 tornou o art. 213 CP uma espécie de crime em que a alternatividade ou cumulatividade são igualmente possíveis e que precisam ser analisadas à luz dos princípios da especialidade, subsidiariedade e progressão. 
Se não for possível enxergar nas ações ou atos sucessivos ou simultâneos nexo causal, teremos cumulo de infrações. 
 
 
 O STJ está divido (não esta consolidado) e o STF já adotou o raciocínio das 2 situações (acima). 
 
9.1.1.6 QUALIFICADORAS DO ESTUPRO 
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). 
 
ANTES DA LEI 12.015/2009 DEPOIS DA LEI 12.015/2009 
Art. 59 CP: Idade da vítima menor de 18 anos e maior de 14 anos era circunstância judicial desfavorável. 
Idade da vítima menor de 18 anos e maior de 14 anos passou a ser qualificadora de pena. 
Esta mudança é irretroativa. Os fatos pretéritos não geram qualificadora. 
OBS: se a vítima é menor de 14 anos, haverá estupro de vulnerável (art. 217, “a” CP) 
ART. 213, §1º, 1º ParteCP RESULTADO LESÃO GRAVE 
ANTES DA LEI 12.015/2009 ANTES DA LEI 12.015/2009 
A lei falava “se da violência resulta lesão grave” 
A lei fala “se da c co on nd du ut ta a resulta lesão grave” 
Não abrangia a grave ameaça. Abrange a grave ameaça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.2 CRIMES MEDIANTE FRAUDE 
 
ANTES DA LEI 12.015/2009 
Art. 215 CP: Ps ss se e s se ex xu ua al l m me ed di ia an nt te e f fr ra au ud de e. . Punia Conjunção carnal mediante fraude, praticada por homem contra mulher 
Reuniu no mesmo tipo penal Art. 215 CP: V Vi io ol la aç çã ão o S Se ex xu ua al l m me ed di ia an nt te e 
 Fraude 
 
Não houve abolitio criminis do art. 216 CP. Temos o princípio da continuidade normativo típica. 
Art. 215.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:            (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Importunação sexual   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Esse crime surgiu depois que um homem ejaculou no pescoço de uma passageira no metro de São Paulo e foi objeto de muita discurssão.
Na época surgiu duas correntes:
1ª Corrente alegava que ocorreu estupro mesmo não havendo violência ou grave ameaça.
2ª Corrente alegou que era uma contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor.
CUIDADO:
Em virtude da inserção deste tipo penal a Lei 13.718/18 revoga a contravenção penal do artigo 61 do decreto- lei 3.688/41 importunação ofensiva ao pudor).
DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL
Registro não autorizado da intimidade sexual
Art. 216-B.  Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes:  (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único.  Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo.   (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, pois a pena cominada é de detenção de seis meses a um ano, além da multa. Salvo se eu estiver em um contexto de violência domiciliar e doméstica conta a mulher. Aí eu não aplico os institutos da lei 9.099/95. O crime é da competência do juizado da mulher e eu não aplico a lei 9.099/95.
BEM JURÍDICO TUTELADO
Objetividade jurídica: A objetividade jurídica é a tutela da intimidade, tanto que a mesma lei que insere o artigo 216-B, institui nos crimes conta a dignidade sexual um capítulo denominado “ Da exposição da intimidade sexual”.
Sujeitos: Não se exige nenhuma qualidade especial do sujeito ativo, tampouco do sujeito passivo, razão por que o crime pode ser considerado bicomum. Se a vitima for criança ou adolescente não aplicamos o artigo 216 b do CP, mas sim dos artigos 240 ou 241 C ambos do ECA!!!
Conduta: No caput do dispositivo são quatro as condutas típicas: produzir (pôr em prática, levar a efeito, realizar), fotografar (imprimir a imagem de alguém por meio da fotografia), filmar (registrar a imagem de alguém por meio de vídeo) e registrar ( alocar em bases de dados) cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado.
Entende-se como cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado qualquer situação íntima que envolva uma ou mais pessoas em ambiente restrito, não acessível ao público. É evidente que se o ato de caráter sexual ocorre em local acessível ao público o bem jurídico tutelado (intimidade) é exposto pelo pório titular, razão pela qual não pode ser considerado violado pelo terceiro que captura a imagem.
Nota-se que embora a lei utilize a expressão participantes – no plural – não se exclui da incidência do tipo registo não autorizado de apenas uma pessoa em momento de intimidade.
A conduta equiparada do parágrafo único não envolve propriamente a violação da intimidade, pois não consiste na captura de imagens reais de alguém nu ou praticando ato sexual. Trata-se de montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual.
Ex: eu uso seu rosto em um corpo nu ou em um vídeo de atos de libidinagem
Voluntariedade: Consiste no dolo de praticar uma das condutas sem autorização dos participantes. Não se exige finalidade especial, nem mesmo a satisfação da lascívia.
Consumação e tentativa: O delito se consuma com a prática de uma das ações típicas, que podem ser fracionadas e admitem a tentativa. Suponhamos que o equipamento esteja instalado e, antes de ser registrada, a vítima percebe e evita o constrangimento. Neste caso o agente responde por tentativa.
Caso o agente faça o registo indevido e posteriormente divulgue a cena, deve responder pelos crimes do artigo 216-B e 218-C concurso?
O artigo 216-B, pune o registro não autorizado, já o art. 218 C pune divulgaçãonão autorizada.
Se o agente registrou para divulgar, ao divulgar responde somente pelo artigo 218 C ficando absorvido o artigo 216 B.
Se registra e depois resolve divulgar, responde pelos dois crimes em concurso material.
CAPÍTULO II
SUJEITOS DO CRIME
Trata-se de crime comum, que não exige nenhuma qualidade especial dos sujeitos ativo e passivo.
Atenção para o crime do artigo 218-A CP.
Conduta
Consiste em praticar (levar a efeito, fazer realizar) ato libidinoso, isto é, ação atentatória ao pudor, praticada com propósito lascivo ou luxurioso.
O tipo exige que o ato libidinoso seja praticado contra algúem, ou seja, pressupões uma pessoa específica a quem deve se dirigir o ato de autossatisfação.
Exemplo: fulano estava na praça se masturbando. Isso é ato obsceno.
Se o age é flagrado se masturbando visando alguém (pessoa certa e determinada). pratica o crime do artigo 215 A do CP.
 Nesse crime temos uma subsidiariedade expressa:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Atenção:
O preceito secundário do artigo 215-A contém subsidiariedade expressa: aplicam-se as penas da importunação sexual se a conduta não caracteriza crime mais grave. Por isso, a falta de anuência da vítima não pode consistir em nenhuma forma de constrangimento, que aqui deve ser compreendido no sentido próprio que lhe confere o tipo do estupro – obrigar alguém à prática de ato de libidinagem -, não no sentido usual, de mal-estar, de situação embaraçosa, ínsita ao próprio tipo do artigo. 215-A e um de seus fundamentos.
Voluntariedade
É o dolo, consistente na vontade consciente de praticar o ato libidinoso contra alguém.
Consumação e tentativa
Consuma-se o crime com a prática do ato libidinoso.
Cabe tentativa? Na pratica é muito difícil vc imaginar tentativa. 
Art. 216 CP: P Pu un ni ia a A At te en nt ta ad do o a ao o p pu ud do or r 
 m me ed di ia an nt te e f fr ra au ud de e 
 Aros diversos da conjunção carnal, praticado por qualquer pessoa contra qualquer pessoa 
 
 
9.2.1 VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE 
Violação sexual mediante fraude (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 215 CP. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
É o chamadoestelionato sexual. 
 
9.2.1.1 SUJEITO ATIVO 
Trata-se de crime comum. Não exige nenhuma qualidade especial. Antes da lei 11. Exigia que o agente fosse homem e a vítima mulher. 
 
9.2.1.2 SUJEITO PASSIVO 
Trata-se de crime bicomum, porque o sujeito passivo também é qualquer pessoa. 
0 C Cu ui id da ad do o:: Majorante do Art. 226, II CP – Aplica-se esta majorante também ao art. 215 CP. A guarda é um outro tipo de autoridade que não foi abrangido nos exemplos anteriores. 
 
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Aumento de Pena 
Art. 226 CP. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; 
 
0 Tratando-se de vítima menor de 14 anos, caracteriza o estupro de vulnerável (art. 217-A CP). 
0 V Ví ít ti im ma a V Vi ir rg ge em m: Antes da lei 12.015/2009 os tipos penais eram punidos mais severamente quando a vítima era virgem. 
ANTES DA LEI 12.015/2009 ANTES DA LEI 12.015/2009 
Art. 215 CP: V Ví ít ti im ma a V Vi ir rg ge em m: : Gerava o crime na forma qualificada 
 
Art. 215 CP: V Ví ít ti im ma a V Vi ir rg ge em m: : A pena base pode ser majorada. É uma circunstância a ser considerada pelo juiz na fixação da pena base. 
 
9.2.1.3 TIPO OBJETIVO 
Pune-se atos de libidinagem (conjunção carnal ou atos libidinosos) mediante fraude. Em síntese, se está punindo o estelionato sexual. 
De acordo co m a lei, há 2 meios de execução: 
1º) Fraude: O agente oculta sua intenção, mediante disfarce, identidade. Exemplo é o caso do ginecologista que sob o pretexto de clinicar, abusa da paciente. Outro exemplo é o caso dos irmãos gêmeos onde um se faz passar pelo outro e comete atos de libidinagem como se fosse o outro. 
2º) Que Impeça ou Dificulte a Livre Manifestação de Vontade da Vítima: Isto é novidade da lei 12.015/09. Exemplo: temor reverencial. 
Há 2 meios de impedir: coação e simulação. A simulação já está configurada na fraude (acima). A coação não está configurada no estupro, pois para gerar estupro se pressupõe grave ameaça. 
 
y Art. 217-A CP: A fraude utilizada na execução do crime não pode anular a capacidade de resistência da vítima, caso em que estará configurado estupro de vulnerável. Assim, não prática estelionato sexual, mas sim estupro de vulnerável, o agente que usa 
 
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psicotrópicos para vencer a resistência da vítima e com ela praticar atos de libidinagem. Ex: se coloco “boa-noite cinderela” no copo da vítima e pratico ato de libidinagem com ela. 
 
9.2.1.4 TIPO SUBJETIVO 
O crime é punido a título de dolo. 
" OBS: art. 215 §Ú: aplica-se também a multa se o crime é cometido com finalidade de ter vantagem econômica. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
9.2.1.5 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Crime consuma-se com a prática do ato de libidinagem. É possível a tentativa. Ex: emprega a fraude e mesmo assim não consegue manter o ato de libidinagem por ele visado. 
 
 
9.2.2 ASSÉDIO SEXUAL 
Insistência importuna de alguém em posição privilegiada, que usa desta vantagem, para obter favores sexuais de seu subalterno. 
Assédio sexual (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função." 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) § 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
9.2.2.1 SUJEITO ATIVO 
É crime próprio. Só pode ser praticado por superior hierárquico ou por quem tem ascendência sobre a vítima. 
 
9.2.2.2 SUJEITO PASSIVO 
É o subordinado. Ou seja, trata-se de crie bipróprio. 
Este crime pode ser praticado por homem ou por mulher, contra homem ou mulher. 
 
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Aplica-se a majorante do art. 226, II CP 
0 0 C Cu ui id da ad do o:: Majorante art. 226, II CP – Aplica-se esta majorante também ao art. 216-A CP. Preceptor ou empregador da vítima são hipóteses que não vão incidir como majorante porque já são elementares do tipo. Se incidisse seria bis in idem. 
Aumento de Pena 
Art. 226 CP. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; 
 
8 É se a vítima for menor de 18 anos? 
VÍTIMA MENOR DE 18 ANOS 
ANTES DA LEI 11.015/2009 DEPOIS DA LEI 11.015/2009 
Art. 59 CP: era uma circunstância judicial desfavoravel 
Art. 216-A, §2º CP - Causa de aumento de pena. Trata-se de lei irretroativa. ) O aumento não é de 1/3, e sim o aumento pode ser de até 1/3, ou seja, o aumento é variável, sendo o teto máximo 1/3 
 
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
 
" Temos que diferenciar assédio sexual de assédio moral e assédio moral: 
 ASSÉDIO SEXUAL ASSÉDIO AMBIENTAL ASSÉDIO MORAL 
DEFINIÇÃO Fim sexual Fim sexual Não necessariamente te fim sexual, podendo abranger a robotização e a ridicularização no ambiente laboral 
SUJEITO ATIVO 
Superior hierárquico Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO 
Subordinado Qualquer pessoa no ambiente do trabalho 
 
 É crime de cima para baixo (hierarquia). Se for de baixo para cima ou de lado (funcionario do É crime de baixo para cima, de cima para baixo e de lado. Tudo configura assédio ambiental 
É questão estritamente trabalhista. 
 
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mesmo escalão) poderá configurar constrangimento ilegal ou importunação ofensiva ao pudor. 
 
9.2.2.3 TIPO OBJETIVO 
É o constrangimento (pelo agente superior hierárquico) buscando vantagens ou favores sexuais. 
0 OBS: Apesar de ser crime de execução livre, não admite violência ou grave ameaça, pois se houver configurará outro crime, por exemplo, o estupro. 
 
8 Ocorre o crime se o agente busca vantagem ou favores sexuais para terceiro. Ex: para seu filho? 
1º Corrente: Haverá o crime quando o agente busca vantagem para sí para outrem. Quando é para sí o art. 216 CP fala em “Vantagem sexual”, se age pensando em beneficiar outrem fala-se em “Favorecimento Sexual”. 3prevalece esta corrente! 
2º Corrente: Deve o agente buscar beneficio próprio. Ao abrange terceiros. Se fosse a intenção do legislador abranger para outrem teria sido expresso, como foi no furto, no roubo, estelionato, etc. 
 
8 É possível assédio sexual de professor em face do aluno? E de bispo em face do sacerdote? 
Pressuposto: Prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. 
A divergência consiste nos conceitos de “superior hierárquico” e “ascendente”. 
1º Corrente: De acordo com Nucci, superior hierárquico retrata uma relação laboral no âmbito público, enquanto a ascendência, a mesma relação, porém no campo privado, ambos inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Como o professor não tem relação laboral com o aluno (a relação laborativa é com a faculdade ou colégio), não existe o crime de assédio sexual. Pode haver outro crime, como constrangimento ilegal, por exemplo.3Professor Rogério acha que esta corrente é mais correta! 
2º Corrente: Luiz Regis Prado ensina que superior hierárquico retrata condição decorrente de relação laboral, no âmbito público ou privado. Já a ascendência retrata uma relação de domínio, de influência, de respeito, dispensando a relação laboral. Portanto vai haver crime de assedio sexual, porqueexiste uma relação de domínio, de influência e respeito do professor para como aluno. 
 
 
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9.2.2.4 TIPO SUBJETIVO 
O crime é punido a título de dolo + finalidade especial, qual seja, obter vantagem ou favorecimento sexual 
 
9.2.2.5 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Assedio sexual é a importunação i in ns si is st te en nt te e. 8 Seria então o assédio sexual um crime habitual ou não habitual? 
1º Corrente: Consuma-se com qualquer ato indicativo de constrangimento, dispensando a obtenção da vantagem ou favor visado. Trata-se de delito formal. Admite a tentativa, por exemplo, no bilhete interceptado. 3Professor Rogério acha que esta corrente é mais correta! 
2º Corrente: Consuma-se com a reiteração de atos indicativos de constrangimento. Ou seja, é delito formal e habitual (exige reiteração de atos). Sendo crime habitual, não admite tentativa. 
 
9.3 CRIMES CONTRA VULNERÁVEL 
ANTES DA LEI 12.015/2009 ANTES DA LEI 12.015/2009 
Art. 224 CP: V Vi it ti im ma as s V Vu ul ln ne er rá áv ve ei is s: 
 Ð Vítima n nã ão o m ma ai io orr de 14 anos; Ð Ð Vítima a al li ie en na ad da a o ou u d dé éb bi il l m me en nt ta al l; ; 
 Ð Ð Vítima sem capacidade de resistência. 
 
Art. 217- A CP: V Vi it ti im ma as s V Vu ul ln ne er rá áv ve ei is s: Ð Vítima m me en no orr de 14 anos; Ð Ð Vítima portadora de a an no om ma al li ia a p ps sí íq qu ui ic ca a; 
 Ð Ð Vítima sem capacidade de resistência 
 
Hipótese de presunção de violência. Só servia para presumir a violência configuradora do crime de estupro ou atentado violento ao pudor. 
Agora trata-se de c cr ri im me e a au ut tô ôn no om moo, com pena de 8 a 15 anos. 
 
Sedução(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) Art. 217 - Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança: Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
 
 
A grande mudança está na 1º vítima vulnerável. Antes abrangia o dia do 14º aniversario. Agora fala em vítima menor de14 anos, isto é, não abrange o dia do 14º aniversário. Isso significa que o legislador encurtou em 1 dia a vulnerabilidade no caso da idade. 
 
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Rogério Greco acha que não houve nenhuma mudança, que a mudança de expressão não mudou a essência. Já Rogério Sanches não concorda com Greco. 
Antes prevalecia que a presunção de violência era absoluta. 
Hoje há discussão, havendo 2 correntes. 
1º Corrente: O artigo 217-A CP enuncia 3 hipóteses de vulnerabilidade absoluta. Ex: Se a vítima tem 13 anos pouco importa a sua capacidade de discernimento quanto ao ato sexual. Se a vítima tinha problema mental, pouco importa o grau da anomalia. Ou seja, não importa o grau de discernimento e capacidade da vítima, sempre haverá o crime. 
 
2º Corrente: O art. 217_a CP enuncia 3 hipóteses de vulnerabilidade absoluta ou relativa, dependendo do caso concreto. Ex: de acordo com Nucci, menor de 14 anos, porem adolescente (12, 13 anos) é caso de vulnerabilidade relativa. Permite-se ao acusado comprovar o grau de discernimento e capacidade da vítima; já menor de 14 anos criança (12 anos incompletos para baixo) é caso de vulnerabilidade absoluta. Permite-se ao acusado comprovar o grau de discernimento e capacidade da vítima. 
 
 
9.3.1 ATOS DE LIBIDINAGEM COM VÍTIMA VULNERÁVEL 
 
ANTES DA LEI 12.015/2009 ANTES DA LEI 12.015/2009 
Se Houvesse Violência Real: o agente respondia pelo art. 213 CP ou art. 214 CP, com pena de 6 a 10 anos, com pena aumentada de ½ (art. 9º lei 8.072/90). 
 
Se não Houvesse Violência Real: O agente responderia pelo art. 213 CP ou art. 214 CP combinado com o art. 224 CP, com pena de 6 a 10 anos, não havendo o aumento, para evitar bis in iden ( ex: a idade da vítima não poderia servir como presunção de violência e também aumento de pena). 
Se Houvesse Violência Real: o crime é o do art. 217-A CP com pena de 8 a 15 anos. OBS: o art. 224 CP foi revogado, abolindo-se, consequentemente, o art. 9º da lei 8.072/90 
 
) Princípio da continuidade normativo típica. Não houve abolitio criminis. 
 
 
 
0 R Re et tr ro oa at ti iv vi id da ad de e d da a L Le ei i N No ov va a: : Ð S Se e h ho ou uv ve e v vi io ol lê ên nc ci ia a r re ea al l: : retroage, porque com aumento de ½ podia ficar de 9 a 15 anos. Sendo mais favorável a lei nova, ela retroage. 
 
 
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Ð S Se e n nã ão o h ho ou uv ve e v vi io ol lê ên nc ci ia a r re ea al l: : Lei nova é irretroativa porque não tinha aumento de ½, então a lei nova é mais prejudicial por isso não retroage. 
 
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
9.3.1.1 SUJEITO ATIVO 
Crime comum, é qualquer pessoa. 
 
9.3.1.2 SUJEITO PASSIVO 
É pessoa vulnerável. Exige esta qualidade especial, entao é sujeito passivo próprio. 
0 0 C Cu ui id da ad do o:: Majorante art. 226, II CP – Aplica-se esta majorante também ao art. 217-A 
CP. 
 
9.3.1.3 TIPO OBJETIVO 
Pune praticar atos de libidinagem. Tem uma diferença com relação ao art. 213 CP (estupro), qual seja, a vítima aqui é v vu ul ln ne er rá áv ve ell. 
É um crime de execução livre, ou seja, pode ser praticado com violência, grave ameaça, fraude ou qualquer outro meio. 
 
9.3.1.4 FORMA QUALIFICADA 
Se da conduta resultar Lesão Grave incide a qualificadora do §3º. 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
Se da conduta resultar Morte incide a qualificadora do §4 
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
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Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
) Estes resultados lesão grave ou morte são culposos, estamos diante de qualificadoras preterdolosas ou preterintencionais. 
 
9.3.1.5 TIPO SUBJETIVO 
O crime é punido a título de dolo. 
" O OB BS S: É imprescindível que o agente saiba estar agindo em face de vítima Vulnerável. 8 E se o agente desconhece a circunstância de a vítima ser vulnerável? 
Se empregar violência ou grave ameaça, desconhecendo que a vítima, por exemplo, era menor de 14 anos, deixa de configurar o art. 217-A CP e passa a configurar o art. 213, caput CP (estupro). 
Se empregar fraude, deixa de configurar o art. 217-A CP e passa a configurar o art. 215, caput CP (estupro). 
Se não empregou violência ou grave ameaça ou fraude, será fato atípico. 
 
9.3.1.6 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
É idêntica à consumação do estupro, se dá com a prática dos atos de libidinagem. Admite a tentativa. 
 
 
9.3.2 LENOCÍNIO CONTRA VULNERÁVEL MENOR DE 14 ANOS 
 
Corrupção de menores 
Art. 218 - Corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticálo ou presenciá-lo: Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
Temos um triangulo na relação 
 
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Lenão: MediadorMenor de 14 anos: Vítima 
Destinatário do ato: O Consumidor 
 
 
9.3.2.1 SUJEITO ATIVO 
É o mediador, o lenão. O art. 218 não esta punindo o destinatário consumidor. 
O crime é satisfazer a lascívia de outrem, jamais satisfazer a própria lascívia, por isso o sujeito ativo é o mediador. O destinatário não é alcançado pelo tipo. 
 
9.3.2.2 SUJEITO PASSIVO 
É a vítima. Qualquer pessoa menor de 14 anos. 
 
9.3.2.3 TIPO OBJETIVO 
Induzir menor de 14 anos a lascívia de outrém. 8 Satisfazer a lascívia de outrém abrange atos de libidinagem? 
1º Corrente: Nucci entende que sim, o crime existe quando se induz menor de 14 anos a lascívia de outrém.= mediante atos de libidinagem. O lenão vai responder pelo art. 218 CP e o consumidor responde elo art. 217-A CP. Estamos diante de uma exceção pluralista à teoria monista. 
2º Corrente: Bittencourt, Rogério Greco, Rogério Sanches, entendem que não abrangem atos de libidinagem. Estes autores dizem que se estiver diante de atos de libidinagem, o lenão e o consumidor vão responder ambos pelo art. 217-A CP, o lenão como 
LENÃO
CONSU MIDOR
ART. 218 CP
MENOR DE 14 ANOS
 
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partícipe e o consumidor como autor de estupro de vulnerável. Se for uma lascívia contemplativa, o lenão responde pelo art. 218 CP e o consumidor não responde por nada porque será fato atípico. Exemplo de lascívia contemplativa: menor induzido a despir-se com sexualidade (strip-tease). 
 
9.3.2.4 OBSERVAÇÕES 
; É crime de execução livre não habitual. 
; Induzir menor de 14 anos a presenciar atos de libidinagem configura o art. 218-A 
CP. 
; Se o menor for induzido a satisfazer a lascívia de pessoas indeterminadas, configura p crime de favorecimento à Prostituição, art. 218-B CP. 
 
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente 
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.” 
 
“Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável 
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
 
9.3.2.5 TIPO SUBJETIVO 
Crime punido a título de Dolo, sabendo o agente que esta agindo em face de menor de 14 anos. 
 
9.3.2.6 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Consuma-se com a prática do ato que busca satisfazer a lascívia. A tentativa é possível. 
 
9.4 AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
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Art. 225 CP: 
Ação penal 
Art. 225 CP - Nos crimes definidos nos capítulos anteriores, somente se procede mediante queixa. 
§ 1º - Procede-se, entretanto, mediante ação pública: 
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às despesas do processo, sem privarse de recursos indispensáveis à manutenção própria ou da família; 
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador 
§ 2º - No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação do Ministério Público depende de representação. 
Art. 225 CP. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
ANTES DA LEI 12.015/2009 ANTES DA LEI 12.015/2009 
REGRA: Ação Penal Púbica Privada. 
 
EXCEÇÕES: Ð V Ví ít ti im ma a P Po ob br re e:: Ação penal pública condicionada a representação; Ð A Ab bu us so o d de e P Po od de er r:: Ação penal pública incondicionada Ð R Re es su ul lt ta ad do o L Le es sã ão o G Gr ra av ve e o ou u M Mo or rt te e:: Ação penal pública incondicionada Ð V Vi io ol lê ên nc ci ia a c co om m l le es sã ão o:: Ação penal pública incondicionada (Súmula 608 STF) 
 
Ex: estupro de vulnerável – caia na regra (APP), salvo se configurasse uma das 4 exceções. Ex: estupro com grave ameaça – cai Ana regra (APP), salvo se a vítima fosse pobre ou houvesse abuso de poder. No mais, cairia na rehgra. 
REGRA: Ação Penal Púbica Condicionada a Representação. 
 
EXCEÇÕES: Ð V Ví ít ti im ma a M Me en no or r d de e: : 1 18 8 a an no oss: Ação penal pública incondicionada. Ð V Ví ít ti im ma a V Vu ul ln ne er rá áv ve el l: : Ação penal pública incondicionada. 
 
; Em relação à fatos praticados antes da lei (pretéritos), em regra continuam sendo de ação penal privada, não vão ser de ação penal púbica, porque a mudança da lei é maléfica. A nova lei é irretroativa. 
 
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; O mesmo raciocínio se aplica nos casos em que a ação penal era pública condicionada a representação e passou para ação penal pública incondicionada. Não irá retroagir porque a pública condicionada é mais benéfica. 
; Nos casos em que a ação penal era pública incondicionada e passou a ser ação penal pública condicionada a representação, há 2 possibilidades 
 S Se e a a d de en nú ún nc ci ia a j já á f fo oi i o of fe er re ec ci id da a, trata-se de ato jurídico perfeito, não sendo alcançado pela mudança. 1 Cuidado: O Procurador Geral da República na ADIN nº 4.301 defende a tese de que a vítima deve ser chamada para manifestar interesse no prosseguimento da ação. Ocorre que representação é condição de procedimentalidade e não prosseguibilidade. Se a denúncia já foi oferecida não tem que condicionar mais nada, a representação não serve para condicionar prosseguimento. 
Se a denúncia ainda não foi oferecida, dependerá de representação da vítima. 
 
8 E se houver lesão grave ou morte? 
Temos que responder a esta pergunta alisando o antes e depois da lei 12.015/09. 
ANTES DA LEI 12.015/2009 ANTES DA LEI 12.015/2009 
Era caso de a aç çã ão o p pe en na al l p pú úb bl li ic ca a i in nc co on nd di ic ci io on na ad da a 
H Há á 2 2 c co or rr re en nt te es s: : 
 1 1º º C Co or rr re en nt te e: Diante do silêncio cai na regra do art. 225 CP: Ação pública condicionada. Se a vítima morrer quem vai representar são seus sucessores. 
2 2º º C Co or rr re en nt te e: Entende que é ação penal pública incondicionada. Esta é a tese defendida pelo procurador geral da república na mesma ADI nº 4.301 
 
) Fundamento da ADIN nº 4.301: Manter Ação Penal Pública condicionada no caso de lesão grave ou morte ofende o princípio da dignidade da pessoa humana, ofende o princípio da proteção eficiente (proporcionalidade), podendo ocorrer extinção da punibilidade em massa nos processos em andamento. 
 
y ATENÇÃO: Os crimes sexuais são de ação penal pública, não admitido ação penal privada ordinária. Mas Continua sendo possível processar crimes sexuais por ação penal privada, pois subsiste a ação penal privada subsidiária da pública, pois esta é uma garantia fundamental do cidadão que não pode ser abolida, principalmente por lei ordinária. 
 
 
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terça-feira, 28 de junho de 2011 
10 CRIME DE QUADRILHA OU BANDO 
Quadrilha ou bando 
Art. 288 CP - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado

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