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ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA

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ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA
ATIVIDADE 3 – A3
Leia o texto e, depois, responda a questão abaixo.
O etnocentrismo é o ato de pôr uma cultura, nacionalidade, raça, religião no centro de tudo, ou seja, como se fosse a única, e como se fosse a melhor de todas em relação às outras. O etnocentrismo é praticado tanto individualmente como coletivamente. Acontece que o etnocentrismo não é nada saudável, pois engendra consequências como o racismo e a discriminação, e às vezes chega ao extremo, levando pessoas etnocêntricas a matarem outras por serem diferentes. [...] pode levar a atrocidades e massacres, assim como as atitudes de Hitler que perseguiu, discriminou e dizimou milhões de judeus apenas por achar sua raça melhor. Ninguém sai ganhando por ser etnocêntrico, seja uma pessoa ou até mesmo um povo. Por descriminarem outras culturas, acabam se isolando no seu ‘’mundo’’ e perdendo a oportunidade de conhecer algo diferente e aprender algo novo.
HERCULANO, Gabriel. Etnocentrismo e suas consequências. SCRIBD, 2019. Disponível em: < https://pt.scribd.com/doc/127699335/Etnocentrismo-e-suas-consequencias>. Acesso em: 24 de jun. de 2019 (adaptado).
● Identifique situações de etnocentrismo e/ou relativismo cultural nas relações cotidianas. Associe essas questões do dia a dia às questões históricas mencionadas no texto.
ETNOCENTRISMO E/OU RELATIVISMO CULTURAL NAS RELAÇÕES COTIDIANAS
Para falar e exemplificar etnocentrismo e relativismo cultural, primeiramente, vou conceituá-los brevemente:
Etnocentrismo significa considerar os valores da sua cultura superior a dos outros, ou seja, é julgar as outras culturas a partir dos seus próprios valores e está fortemente ligado aos conflitos étnicos, xenofobia, racismo e preconceito.
Relativismo cultural é uma perspectiva que vê diferentes culturas de forma livre de etnocentrismo, sem julgar o outro a partir da sua própria visão e experiência. 
Desde o início da colonização somos afetados pelo etnocentrismo no Brasil, um pensamento perigoso que espalhou, e espalha até hoje, ideias de que há superioridade racial e cultural ao colocar um grupo como centro e como certo, dificultando e prejudicando a existência de outros grupos que pensem de outra forma. Durante o descobrimento, por exemplo, o catolicismo designou missões para catequisar os índios, tendo como certo que eram a única religião certa a se seguir. 
O etnocentrismo pode acontecer em qualquer lugar e em qualquer cultura, e até dentro de uma mesma sociedade, entre diferentes grupos ou classes sociais. Por exemplo, quando membros de uma elite julgam os gostos estéticos, a forma de vestir e a produção cultural das camadas mais populares, por não considerarem sofisticados como seus próprios. 
Quando julgamos um comportamento, hábito, costume, valores, utilizando o nosso como padrão, estamos sendo etnocêntricos, atitude bem comum, dos seres humanos, nos dias de hoje.
“Por que o que eu acredito é superior ou mais correto que a crença do outro?”
Partindo desta pergunta podemos falar em relativismo cultural e pensar que a nossa forma de viver é apenas uma entre muitas e a partir desta perspectiva compreender que o “outro” também possuiu seus valores, os quais devem ser considerados segundo o sistema cultural em que são inseridos.
Por exemplo: os esquimós, um povo que vive isolado da sociedade e em situações extremas e diversas decorrente da localização geográfica e do clima, possuem algumas tradições, dentre elas: quando membros da família ficam velhos e não conseguem mais trabalhar e nem ajuda nas tarefas de luta pela sobrevivência são levados para um lugar isolado para morrerem sozinhos e em paz. Geralmente são levados pelos seus próprios filhos e isso não tem relação com maldade e insensibilidade, mas tem a ver com o ambiente mais hostil em que vivem, tendo em vista o bem estar e a segurança de seu povo. 
No Brasil, as mulheres usam vestimentas que deixam a mostra pernas, a barriga, e são mais insinuantes, já nos países árabes se usa a burca e as mulheres cobrem totalmente o corpo.
E existe certo e errado? Não. Isto é diversidade cultural e deve ser respeitada sem acharmos que a sociedade a qual pertencemos é a correta e a outra errada. Todos os aspectos de uma cultura tem um motivo pra existir. Por isso, devemos aceitar que existem sociedades com valores diferentes dos nossos e que isso não representa inferioridade moral ou intelectual, mas sim nos torna empáticos e humanizados com relação ao outro. 
Relativizar não significa negar a existência de contradições, conflitos e disputas, mas entender as contradições e almejar as melhorias e mudanças para a sociedade em que vivemos sem desumanizar seus membros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MENEZES, Paulo. Etnocentrismo e Relativismo Cultural: algumas Reflexões. Portal de Revicta da USP, publicado em 2020. Disponivel em: https://www.revistas.usp.br/rgpp/article/view/183491
O Relativismo e o dialogo entre culturas na atualidade, Unisinos, 2013, Disponível em: http://unisinos.br/blogs/ndh/2013/05/02/o-realitivismo-e-o-dialogo-entre-culturas-na-atualidade/
ROCHA, Everardo. O que é Etnocentrismo, Editora Brasiliense, Primeira

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