Buscar

DESAFIO DE ESTUDOS SOCIOANTROPOLÓGICOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Desafios 
1.1 A história da Antropologia 
Diante da leitura do excerto que segue, elabore uma defesa ou um 
parecer contrário à relação das políticas de cotas com a 
Antropologia. O texto deve conter os fundamentos para sua adesão 
ou não necessidade de política de cotas, tendo por base os 
argumentos de cunho antropológico. 
"Na relação entre antropologia e educação abre-se um espaço para 
debate, reflexão e intervenção, que acolhe desde o contexto cultural 
da aprendizagem, os efeitos sobre a diferença cultural, racial, étnica 
e de gênero, até os sucessos e insucessos do sistema escolar em 
face de uma ordem social em mudança. 
Nesse sentido, como ciência e, em particular, como ciência 
aplicada, antropologia e antropólogos estiveram, no passado e no 
presente, preocupados com o universo das diferenças e das 
práticas educativas. Se, como diz Galli, tais questões fazem 
convergir os estudos da cultura, no caso da antropologia, e dos 
mecanismos educativos, no caso da pedagogia, possibilitando a 
existência de uma antropologia da educação - tema e produto de 
uma grande conversa do passado -, isto também ocorre no 
presente, posto que a antropologia e a educação estabelecem um 
diálogo, do qual faz parte, também, o debate teórico e metodológico 
das chamadas pesquisas educativas, relacionadas às diversas e 
diferentes formas de vida que, neste final de século, estão ainda a 
desafiar o conhecimento. 
Em jogo, as singularidades, as particularidades das sociedades 
humanas, de seus diferentes grupos em face da universalidade do 
social humano e sua complexidade através dos tempos e, em 
particular, num mundo que se globaliza. Resta, pois, conhecer um 
pouco dessa história. (GUSMÃO, 2012). De fato, compreender as 
causas de uma política educacional malsucedida ou o porquê de 
determinados grupos sociais possuírem rendimento escolar 
diferenciado que os coloca em condição inferior na disputa por uma 
vaga nas universidades públicas, é de suma importância para a 
Antropologia. 
Questões como a formação cultural, diversidade étnica, entre outras 
devem ser muito bem conhecidas pelos educadores para que não 
se incorra no erro de se impor determinado modelo de educação 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214310
formal, em detrimento das qualidades e condições pessoais de 
cada indivíduo, principalmente nos anos iniciais do ensino básico. 
Desconsiderar a formação cultural peculiar a cada grupo ou 
segmento social e impor-lhes uma educação formatada de acordo 
com os grupos sociais dominantes tem sido um dos maiores erros 
do processo educacional e que tem levado a altos índices de 
evasão, dificuldades de aprendizagem e ao final, como 
consequência, a natural dificuldade de ser aprovado nos 
concorridos processos de seleção das universidades públicas. 
Aliás, a própria seleção é apresentada com um formato que 
desconsidera a diversidade cultural dos alunos egressos do Ensino 
Médio. Nesse sentido, citando apenas um dos aspectos dessa 
desconsideração do conhecimento e da cultura do aluno, Vieira, 
tratando da importância da antropologia da educação na formação 
de professores, destaca:Mas é verdade que o processo de ensino-
aprendizagem na escola, com as suas metalinguagens, impõe-se 
hegemonicamente não só aos alunos de culturas com pouca 
proximidade com a escrita e leitura, e, também, às suas famílias, 
construindo, não só o insucesso e uma avaliação pela negativa, 
como também uma consciência de não ser capaz. Para subir os 
patamares da escada do saber escolar, a criança fica no dilema de 
se transformar em pouco escolarizado com poucas habilitações 
literárias ou reprovado, a via mais fácil para a sobrevivência do seu 
próprio eu cultural, e tantas vezes no seu próprio grupo doméstico, 
fugir da escola para trabalhar a terra, ou então, em se deixar e 
conseguir construir um oblato, o que implica a perda de sua 
memória e a adulteração da sua mente cultural. (VIEIRA, 2012). 
O fato é que, em razão do desconhecimento das individualidades 
de cada aluno e dos aspectos antropológicos atinentes aos diversos 
grupos sociais, étnicos e raciais que compõem o universo da 
população escolar do ensino médio, o modelo de educação formal 
que se tem trabalhado direciona-se tão somente àqueles setores 
sociais da população, que, coincidentemente, são aqueles mais 
favorecidos por esse processo educacional ao longo da história do 
ensino no Brasil. Assim, se esse processo já é construído, e desde 
os ensinos fundamental e médio, é direcionado a excluir 
determinadas formações culturais e a beneficiar outras, a 
consequência lógica é que, também, em um concurso vestibular ou 
outra forma de seleção qualquer, que tem por base avaliar 
exatamente esse processo excludente, apenas aqueles 
anteriormente beneficiados obterão sucesso.” 
A política de cotas deve ser levada em consideração, uma vez que uma 
breve passada de olhos pela nossa história recente, tendo como base 
estudos de antropologia social, comprova que nossa população tem uma 
diferença enorme na sua construção. Desde a sua própria formação, 
determinadas pessoas estão ausentes do acompanhamento estatal, e isso 
acaba por criar um fosso imenso que, de alguma maneira, pode ser 
minorado com essa política. 
Assim, não trata-se apenas como querem muitos de auferimento de 
méritos para o acesso à universidade, qualquer estudo antropológico que 
dê conta da diversidade em nosso país pode perceber que há distorções 
na formação básica, bem como, de feição subjetiva, ou seja, há mundos 
que não se intercambiam dentro de uma sociedade ainda eivada de 
preconceitos, por isso mesmo, faz-se necessário estudos dessa 
importância para que torne evidente que a questão das cotas procura, de 
alguma maneira, colocar em rota de multiculturalismo aquilo que até 
então fora conduzido sempre como cultura de dominação. 
Entender a estrutura antropológica de formação do povo, 
necessariamente contribui para a identificação das brechas deixadas por 
um histórico de colonização sobremaneira, do pensamento. A formação 
de qualidade como privilégio de uma determinada classe tornou as 
universidades singulares, deixando a riqueza da pluralidade de fora delas. 
Um local no qual o ensino se quer universal, não pode apenas ter ouvidos 
e vozes de apenas uma cor e região. 
 
1.2 O fazer antropológico 
 
Neste Desafio você deverá opinar a respeito de como devem se 
portar os antropólogos diante dos cenários de guerra, ou seja, 
sobre a forma de fazer antropologia em territórios em guerra. 
Orientações ao aluno: 
1 - Contextualizar os problemas de se trabalhar em um território 
assim. 
2 - Construir novas ideias para os dilemas. 
3 - Trabalhar o texto tendo em vista os comandos éticos da 
profissão. 
 
 
São variados os problemas enfrentados por antropólogos em áreas de 
conflito, como a dificuldade de identificarem-se enquanto pesquisadores 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214311
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214311
em meio aos possíveis disfarces, ou ainda, na manutenção da lisura do seu 
trabalho, uma vez que estarão envolvidos com uma das partes do conflito 
e ainda a dificuldade de se partilhar informações e não saber se elas 
poderão prejudicar uma pessoa envolvida na pesquisa, e ao mesmo 
tempo no conflito. Todos esses são dilemas que os antropólogos 
enfrentam, desde a seara particular com questões éticas, que envolve a 
preocupação com o que seu trabalho irá causar, até uma dificuldade 
bastante objetiva que seria a de coleta de informações de pessoas 
assoladas pelo medo que paira em terrenos como esses. A atuação dos 
antropólogos talvez possa ser interessante se ela visar uma espécie de 
conhecimento para a prevenção de eventos futuros. 
 
2.1 Cultura 
 
Os conflitos culturais, hoje e sempre, têm como causas principais as 
distinções culturais, desde aquelas que envolvem religião, 
linguagem e construções axiológicas. Tais diferenças levam as 
pessoas a um estágio de intolerância. Sendo assim,neste desafio, 
propomos a construção de um texto que procure estabelecer um 
diálogo que evidencie que a cultura é construída na história e 
assim, por vezes, os detentores do poder tomam para si o fio 
condutor criando uma espécie de ideologia que não permite às 
diferenças se manifestarem. 
Para a realização deste desafio você deverá observar: 
- a cultura como construção histórica; 
- a relação do poder com a cultura. 
 
Você poderá assistir ao filmeA vila, de M. Night Shyamalan, para 
fundamentar a discussão acerca deste tema. 
 
 
A cultura é aquilo que envolve o que o ser humano adquiriu em sua 
história, sejam conteúdos linguísticos, de vestimentas, maneira de se 
alimentar e se portar na presença dos outros. Nesse sentido, ocorre uma 
certa padronização das condutas, da maneira de se colocar perante a 
sociedade. 
A cultura cria uma espécie de uniformização das posturas, dos atos e 
influencia as relações entre as pessoas, que, por sua vez, encontram-se 
mediadas exatamente pela cultura. Ela seria nossa segunda natureza, 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214312
aquela que criamos para nos relacionar uns com os outros. Diferente dos 
animais, nós inventamos nossa cultura, e não apenas vivemos 
determinados naturalmente. 
Exatamente por essa capacidade inventiva, de onde se origina nossa 
natureza, é que podemos questionar se a criação da cultura não poderia 
ser obra dos detentores de poderes, sejam eles estatais ou econômicos. 
Isso não poderia implicar em uma espécie de obrigação a determinadas 
práticas dentro da cultura? Em outras palavras, a cultura não poderia 
começar a ser usada como forma de manejar a sociedade? Como forma de 
manipular suas ações e hábitos? 
São estas as principais questões a serem observadas, ou seja, os 
detentores dos poderes não poderiam ser os criadores do poder? O 
filme A vila mostra como o mal uso da construção cultural pode 
desembocar em uma tirania por parte de quem detém o poder. É nesse 
sentido que se mostra interessante perceber que a cultura é exatamente 
aquilo que distingue o ser humano e, por isso mesmo, deve ser pensada 
sempre, para que não se torne um monopólio e acabe por conflitar com a 
liberdade de cada indivíduo que compõe uma sociedade. 
 
2.2 Universalismo. Relativismo. 
Multiculturalismo 
Neste desafio propomos que seja construído um pequeno texto que 
dê conta de algum conflito cultural contemporâneo dentro da 
questão de gênero: 
Para a realização desta atividade sugerimos: 
- discutir os problemas do choque civilizacional; 
- evidenciar as relações culturais que são impostas; 
- propor uma possível saída para a questão. 
 
 
O problema do encontro, fundado na diferença não se irá se extinguir 
enquanto houver humanidade. Constitui-se da e na diferença o que 
chamamos de homem e mulher. Assim, uma questão interessante para se 
discutir essa distinta relação com a diferença é exatamente o tratamento 
que determinados povos dão às mulheres. Enquanto em países que 
possuem uma religião oficial, o tratamento das mulheres é dado de 
maneira difícil para o entendimento no mundo ocidental, por outro lado, 
aqueles que condenam esses comportamentos, do lado de cá, pensam 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214313
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214313
que há problemas com a maneira como as mulheres se portam em países 
ditos laicos. É um problema civilizacional, cultural e que atravessa a 
hermenêutica geral desses povos. Há então um choque! 
O universalismo proporia que as mulheres fossem tratadas como os 
ocidentais pensam ser o correto. O relativismo forte diria que cada cultura 
que cuide, à sua maneira, das mulheres. De outra monta, podemos 
convocar o multiculturalismo que supõe um encontro igualitário das 
diferenças e que, por isso mesmo, talvez possa nos indicar um rumo um 
tanto menos distante do razoável. 
Assim, talvez o uso da mulher como se fosse um utensílio da sociedade 
não fosse a melhor saída. Nesse sentido, há que se conceder às mulheres 
o direito de existirem enquanto humanos, sem distinção de gênero. As 
culturas, sendo elas incompletas e imperfeitas, necessitam de se ouvirem. 
Essa alternativa pode conduzir a uma tratativa mais bem realizada em 
relação às mulheres. É certo que parece que os valores ocidentais em face 
das mulheres seriam mais adequados se a mulher fosse vista como ser 
humano. No entanto, precisamos ouvir os orientais e suas justificativas. 
Nelas podemos ler quase sempre maneiras de interpretação de 
ensinamentos religiosos. Por isso dizemos que seria um problema de 
hermenêutica, pois uma possível saída talvez esteja em uma interpretação 
assistida pela hipótese da mudança. Como se fosse uma velha estrada, a 
ser percorrida por novos passos. 
É um confronto entre o velho e o novo, entre o ontem e o hoje que nos 
assombra com suas novidades. Mas o ser humano é antigo, cheio de 
manias e defeitos, e que, por isso mesmo, é que não podemos tapar os 
ouvidos para os próximos olhares que virão. As mulheres têm papel crucial 
na história da humanidade. Não ouvi-las, calar sua voz, seria o mesmo que 
borrar parte do que nós somos. A tradição precisa falar com a novidade, 
sob pena de se tornar um idioma não mais entendido. O multiculturalismo 
é ouvido. Voz que vem em tom feminino, tão mais suave e necessária em 
tempos de conflitos tão masculinos. 
 
 
3.1 Estudos culturais. 
Neste desafio, propomos a escrita de um texto que identifique os 
estudos culturais como uma maneira de cumprimento dos direitos 
humanos. 
Sabemos que o reconhecimento da diferença estaria no cerne dos 
direitos humanos, daí a proposta que dialogue com essa 
construção. 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214314
Para a realização do desafio você deverá: 
- discutir o conceito de estudos culturais; 
- explorar uma dimensão na qual os estudos culturais contribuam 
para os direitos humanos. 
 
Os estudos culturais se propõem, por exemplo, a minimizar um problema 
ideológico que está aliado à ideia de uma apropriação cultural na qual um 
determinado grupo com hegemonia para a dominação, em questões de 
linguagem, por exemplo, bem como comunicacional, acabam por impor 
uma determinada maneira de estar, uma cultura, e nesse período, 
abandonam aquilo que não estaria aliado ao pensamento majoritário. 
Assim, criam-se problemas que resultam em preconceitos. Podemos 
relatar desde a maneira como a cultura é ensinada nas escolas, nas quais 
estudam-se questões relacionadas muito mais a um processo de 
colonização, do que propriamente as diversas culturas que compõem o 
país de origem. A religião, a música e até mesmo o tipo de arte são pontos 
que devem ser observados. 
Nesse sentido, sabemos exatamente como se forma uma família católica e 
sua determinação social e histórica, mas perguntamos: qual o motivo para 
as religiões de matriz africana serem por tanto tempo ignoradas? Há uma 
religião e uma sub-religião? Por outro lado, também observamos um 
preconceito em relação à própria musicalidade que não se adapta às 
regras de um certo “mercado”; seria essa também uma dimensão de 
colonização que impede um conhecimento mais profundo e plural? A 
partir dessa reflexão, podemos pensar na própria formação do Congresso 
Nacional no qual possuímos uma vasta bancada evangélica e 
pouquíssimos parlamentares a darem voz a essas religiões ditas 
minoritárias. Pode-se dizer que os estudos culturais, quando investigam 
essas estâncias da construção cultural, colaboram para uma melhor 
compreensão da comunidade e, por conseguinte, uma melhor aceitação 
da diferença. Os estudos culturais servem aos direitos humanos. 
 
3.2 Cultura política 
 
Neste desafio, propomos a construção de um texto que dialogue 
com alguma forma de exercício de hegemonia dentro do tecido 
social. Diz o ditado "que uma mentira dita várias vezes torna-se 
uma verdade". Nesse sentido, explicite um fato no qual se aplica e 
se explora o conceito de hegemonia. Para tal, você deverá: 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214315- construir a ideia de hegemonia; 
- relacionar o conceito com uma questão sociopolítica 
contemporânea. 
 
 
Pode-se perceber a ideia de hegemonia sob diferentes aspectos. É sempre 
importante notar que junto dela tem-se um pensamento chamado 
"naturalização". Na naturalização, um grupo hegemônico procura 
construir uma subjetividade que quer incutir no imaginário determinadas 
construções históricas como dados naturais. Essa relação de um grupo 
hegemônico, que sugere tal pensamento, acaba por criar aquilo que se 
chamou ideologia em sentido negativo, ou seja, uma distorção, ou mesmo 
inversão, dos fatos, para determinar o jeito das pessoas ver o mundo. 
Assim, é possível perceber essa questão quando notamos uma 
determinada dimensão de igrejas querendo tomar para si a maneira 
correta de se interpretar os textos bíblicos. Ou ainda, quando grupos 
extremistas dizem que casais de mesmo sexo estão contra a ordem 
natural. Veja que por muito tempo, quando a Igreja compunha essa 
hegemonia de pensamento, tal preconceito era naturalizado e, de certa 
maneira, as pessoas se calavam aceitando-o. Logo, é possível perceber no 
discurso homofóbico, que nem sempre é o mesmo de todas as igrejas, 
mas que representa uma parcela, aquilo que se pensou sobre a tentativa 
ou aplicação de sua hegemonia. Dessa maneira, procura-se construir uma 
subjetividade unívoca que não aceita a diferença. Podemos dizer que a 
hegemonia do discurso é um dos embriões dos preconceitos de várias 
formas. 
 
4.1 Direitos humanos. Identidade e 
Alteridade 
Neste desafio, propõe-se a construção de um texto dissertativo que 
dê conta de um evento contemporâneo que afeta a ideia de 
alteridade e, por conseguinte, os direitos humanos. Para a 
realização do desafio considere os seguintes itens: 
- a ideia de alteridade na dimensão de Lévinas; 
- relação do problema suscitado com as questões contemporâneas 
de direitos humanos. 
 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214316
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214316
A questão da alteridade é tema que perpassa todo o conteúdo de direitos 
humanos nos dias atuais. O pensamento de Lévinas é, na verdade, um 
apelo ao outro. Assim, com a ideia de que a existência do ser humano se 
dá a partir e na dimensão do rosto do outro, ele nos impulsiona a uma 
ética limite, que ensina a deixar o outro vir antes que o totalizemos com 
nossos conceitos racionais. Essa dimensão ética, portanto, inaugura uma 
responsabilidade perante o outro, esse estranho que nos é diferente e, ao 
mesmo tempo, partilha conosco a história na qual estamos inseridos. 
Assim, perceber essa questão nos conduz a notar que diversas disputas 
em face dos direitos humanos carecem do termo alteridade para que sua 
compreensão se dê de maneira mais esclarecida. Entre nós, podemos 
pensar na população carcerária que cresce todos os dias, mesmo com 
algumas pessoas defendendo o aumento de penas. Em nosso país, o 
aumento da população carcerária não diminui o número de homicídios, 
por exemplo. Logo, percebemos uma mostra irrefutável de que o 
esquecimento do rosto do outro enquanto preso significa um descaso em 
face dos direitos humanos. A prisão cumpre o papel de uma espécie de 
"higienização social", na qual uma parcela empobrecida da população fica 
à mercê do direito penal, enquanto uma outra parcela nem sequer chega 
a ser investigada. A relação do sistema prisional com a pobreza desvela 
uma face complicada de nossa sociedade e de nosso poder judiciário que 
se divide entre pessoas que "merecem" ser condenadas e viverem em 
condições sub-humanas e pessoas que precisam de cuidados mais 
generosos. 
Assim, esta reflexão crítica quer mostrar que a alteridade é a saída para a 
questão dos direitos humanos. O rosto, portanto, não pode ser tratado de 
maneira diferente por conta da questão social. Logo, para que tenhamos 
uma política real de direitos humanos, o outro não pode ser rotulado a 
priori. Por isso mesmo, reconhecê-lo como aquele que me permite estar 
no mundo nos inunda de responsabilidade ética, o que, por si só, não nos 
permitiria achar normais as condições com as quais essas pessoas têm que 
conviver. O senso comum considera natural tratar alguns seres humanos 
como animais. Essa selvageria não tarda em bater à porta destas mesmas 
pessoas que imaginam que nem todos os humanos devem ter seus 
direitos resguardados. 
 
4.2 Família e parentesco 
Neste desafio, propomos a construção de um pequeno texto que 
argumente a favor da pluralidade da construção familiar e seus 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214317
efeitos ante a sociedade. Para a realização do trabalho, você 
deverá observar os seguintes itens: 
- o fundamento da família; 
- a existência de várias famílias; 
- o reflexo dessa formação na construção social. 
 
 
O modelo de casamento entre pessoas de sexos distintos e a formação do 
modelo cristão de família dominaram grande parte das construções 
sociais sobre o tema. Essa ideologia acabou enterrando, sob a caricatura 
de uma sociedade normal e correta, as diferentes acepções de família. 
Nesse sentido, é de suma importância perceber o que vem ocorrendo em 
nosso país, no qual diferentes tipos de família estão sendo validados pelo 
ordenamento jurídico, garantindo-lhes existência legal. 
Assim, a diversidade familiar mostra uma face mais plural e igualitária da 
sociedade. Isso reflete diretamente na própria relação entre seus 
participantes, pois, enquanto pensávamos, por exemplo, que a família 
seria esgotada a partir do casamento, expulsávamos do seio social uma 
série de pessoas que não estavam presas a esses moldes. A partir dessa 
prática, surgiu a ideia de que a família não estaria presa ao casamento e 
que sua fundamentação seria o afeto e não o vínculo matrimonial, 
executando uma verdadeira revolução no conceito de família. Essa 
revolução da dignidade necessariamente transforma a sociedade; valores 
como a diferença e a tolerância ante o outro são necessários para a 
democracia. Mudar o fundamento da família é uma ação atual, cujas 
mudanças poderemos analisar apenas daqui a algumas décadas. Mas, as 
principais que seriam a liberdade e a pluralidade, que respeitam a 
igualdade, já estão em evidência. O ser humano é quem ganha. O 
preconceito e a discriminação perdem com essas novas maneiras de 
pensar. 
 
5.1 Etnografia 
Neste desafio, você deverá redigir um texto que dialogue com os 
pontos positivos e os negativos do trabalho do etnógrafo. Ou seja, 
até que ponto a pesquisa contribui e em que medida pode deturpar 
e mesmo extinguir uma determinada cultura? Nesse 
caso, considere uma relação com uma tribo indígena. Ela seria 
positiva ou negativa? Para realizar esse desafio, você deverá 
atender aos seguintes itens: 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214318
- Escrever acerca do trabalho dos etnógrafos. 
- Levantar pontos positivos e negativos do encontro entre as 
culturas. 
- Concluir se há mais pontos a favor ou contra esse trabalho. 
 
 
Discutiremos a questão do trabalho que os etnógrafos fazem quando 
empregam o método de observação participante, no qual o pesquisador 
adentra à cultura, tomando parte de seus hábitos e tornando sua a rotina 
cultural dos nativos. Nesse sentido, surgem as questões, ou seja, podemos 
perceber pontos positivos e negativos. Vamos a eles. 
Tomando como exemplo o Brasil e a atuação dos pesquisadores nas 
aldeias, não podemos afirmar ao certo se foram precisamente positivos ou 
negativos. O certo é que o encontro entre o homem branco e o índio pode 
ser interessante, por um lado, para a preservação da cultura indígena, 
assim como pode ser extremamente ofensivo, por outro. Ora, se não 
tivesse ocorrido esse choque de culturas, os índios estariam vivendo 
melhor que nos dias atuais? O que o homem branco leva para as aldeias, 
por exemplo, contribui, de fato, para uma melhora das condições dos 
indígenas? Se esse encontro não tivesse ocorrido, alguns problemas para 
os quais ohomem branco tem a solução, talvez o índio sequer precisasse 
dela em sua cultura. 
Outro ponto importante a ser considerado é o de que o encontro traz a 
evolução da cultura, sendo este inevitável dadas as condições de 
relacionamento e interesses nos quais nossa sociedade está inserida. E 
ainda, os índios se beneficiam com as novidades trazidas pelo homem 
branco. Estes pontos são argumentos válidos, mas é preciso saber se 
algum indígena foi questionado acerca do contato, ou se apenas a 
vontade do homem branco seria o bastante para justificar essa relação. 
Ou ainda, qual o verdadeiro interesse em áreas nas quais os índios vivem? 
A pesquisa que se justifica cientificamente não é inconsistente na 
justificativa social? Ou seja, se quisermos conhecer nossos antepassados, 
não deveríamos antes deixá-los se mostrarem? Eles são obrigados a essa 
relação? 
O terreno considerado é extremamente complexo. Mas, é necessário 
considerar que o contato, por si só, já traz modificações de uma cultura 
para a outra. Assim, a questão é saber se há uma colonização, mesmo que 
mínima, de quem explora. Até onde os hábitos não se misturam? Não há 
aqui uma acusação em relação ao trabalho realizado, contudo, são 
questões importantes que se identificam com a questão da colonização, 
do respeito à cultura e das relações entre diferentes costumes. E saber até 
onde é benéfico para o pesquisado ser objeto de estudos. Há mais 
perguntas que respostas, mas a Etnografia deve respeitar o outro e ser 
cuidadosa. Este sempre foi o primeiro passo para um trabalho ético nessas 
circunstâncias. 
 
5.2 Religião. 
 
Neste desafio sugerimos a produção de um texto crítico acerca 
da relação: religião x controle social. 
Para a realização deste trabalho você deverá desenvolver: 
- a ideia de religião com estruturadora social; 
- a religião como componente ideológico. 
 
 
A religião, sem dúvida, é um dos principais alicerces de estruturação 
social. Nela podemos reconhecer um forte componente que sustenta a 
vida em sociedade, bem como direciona grande parte das ações humanas. 
Seus ritos estão incrustados no imaginário social. Figuras religiosas, como 
o casamento, a monogamia, o pecado, são figuras que, em verdade, vivem 
no imaginário das pessoas e acabam por se tornar parte de sua vivência. A 
religião, entranhando seus modos dentro do fazer social, acaba por se 
naturalizar, tornando-se objeto irreflexivo no seio social, adquirindo, 
portanto, ares de normatividade. 
Nesse ponto, então, fica claro que a religião trabalha junto com as demais 
ordens normativas na construção da normatividade social. Nesse sentido, 
ela atua de maneira a construir uma parcela considerável do imaginário 
das pessoas, constituindo assim um forte elemento de controle social e 
que pode ser usado de forma negativamente ideológica. A religião, como 
atua dentro do terreno da fé, por vezes torna-se irracional, levando as 
pessoas a cometerem atos discutíveis. E assim, quando a religião é 
utilizada para alcance de outros fins e, ao mesmo tempo, utilizada para 
construir situações ideologicamente questionáveis, podemos referir à 
mesma como uma componente negativo. A fé religiosa tem um fundo 
interessante pelos fins de altruísmo, mas nem sempre é isso que 
percebemos, sobretudo quando há extremismos envolvidos. Sabe-se, 
desde sempre, que a relação da religiosidade com a política pode ser 
perigosa e, por vezes, até mesmo violenta. 
 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214319
6.1 O colonialismo 
 
No livro O universalismo europeu, o autor fala da criação do sistema 
"mundo europeu", que significaria basicamente a inserção de 
maneira violenta da cultura europeia como sendo a única e a 
melhor maneira de viver. 
Estabelecendo-se que as culturas existentes em solo latino-
americano, por exemplo, deveriam ser erradicadas, a fim de se 
constituir uma evolução da sociedade. Dentro desse quadro, 
construa um texto, em que opte pela defesa dos invasores 
europeus ou pela defesa dos indígenas. Nessa construção, é 
importante explorar o conceito de colonialismo e mostrar suas 
nuanças; por um lado a defender os povos indígenas da dizimação 
de sua cultura, e por outro, evidenciando os pontos positivos da 
evolução da sociedade, que aparece a partir do contato com as 
novidades e diferenças. 
1 - Elaborar um texto, de uma lauda, que tenha como base a 
fundamentação da escolha do lado a ser defendido: indígenas ou 
europeus. 
2 - Evidenciar o que seria o colonialismo, e como ele se deu com a 
chegada dos europeus na América Latina. 
3 - Explicar os motivos para a aceitação da colonização como uma 
maneira de se construir uma sociedade mais evoluída. 
 
 
A questão da colonização pode ser vista sob duas perspectivas: a do 
colonizador e a do colonizado. Na primeira, a mais passível de críticas, 
aparecem relatos que vão desde a dizimação de uma cultura até o 
esquecimento do culto ao passado. No entanto, é importante perceber 
que há nesse encontro entre culturas um componente importante. 
Estamos nos referindo aos frutos que nascem quando duas culturas se 
encontram. A história nos mostra que essa simbiose é inevitável, ou seja, 
desse encontro nascem novas dimensões para o ser humano, tornando 
mais fáceis e evoluídas as relações sociais. 
Assim, em relação à chegada dos europeus à América Latina, podemos 
perceber que a ideia de colonialismo possui diferentes dimensões. 
Queremos mostrar que a colonização acompanha a própria marcha do 
humano na construção de seu tempo. Expliquemos. O encontro entre 
culturas possibilita que ambas sejam tocadas, uma pela outra, e isso as 
conduz a um avanço que as recria e reinventa, culturalmente. Esse outro 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214320
lado é importante, os povos ameríndios, a partir do contato com o 
europeu, acrescem sua cultura e recebem ensinamentos, outrora 
desconhecidos. 
Os valores são tocados, isso implica não uma mera dizimação de culturas, 
mas sim, a construção de novas. Nesse sentido, o conceito de colonialismo 
pode ser percebido de maneira menos negativa, não apenas com o 
maniqueísmo do bom e do mau. Há, em verdade, na concepção que 
trazemos, uma verdadeira abertura de possibilidades para as culturas, na 
qual o encontro figura como mola que impulsiona as mesmas para um 
local desconhecido pelas culturas antes do encontro. Não há um simples 
choque de culturas, mas um encontro que será sempre fecundo. 
Quando falamos do encontro entre culturas, da colonização, estamos 
pensando, portanto, na própria história da humanidade, que se reinventa 
exatamente por trazer em seu DNA a própria característica de 
inacabamento. O ser humano é um animal inacabado. E sua tarefa é sua 
própria construção, sendo assim, a colonização será inevitável para o 
avanço das culturas. 
 
6.2 Globalização e Cibercultura. 
 
Neste desafio, propomos a elaboração de um pequeno texto que 
aborde a questão: "E quem não é global?" 
Para tal, percorra os seguintes caminhos: 
• encontre um conceito de globalização; 
• faça a inserção desse conceito no tema para evidenciar possíveis 
classes que estejam fora do processo de globalização, apontando 
vantagens e pontos negativos. 
 
Sabe-se que o termo globalização alcança diferentes rumos, ou seja, 
desde a questão econômica até as dimensões social, política e mesmo 
humana. Nesse sentido, podemos pensar a globalização como um 
fenômeno que perpassa a própria noção de realidade, de tempo e de 
espaço, resultando em uma nova face do próprio ser humano. Quando 
nos referimos ao uso da internet que, de maneira tão rápida e eficaz, 
alcança um número infinito de pessoas, misturando-nos em culturas 
distantes, significa dizer que somos seres hoje globalizados. 
https://ava.webacademico.com.br/mod/lti/view.php?id=214321
Esse, portanto, seria o paradigma atual que é discutido ao redor do 
mundo. No entanto, há que se cuidar acerca dessa ideia como algo geral. 
Ao mesmo tempo que possuímos a percepção de um envolvimento nessa 
cadeiaintercomunicacional, podemos levantar uma suspeita sobre a ideia 
da globalização como um efeito, de alguma maneira, imposto a 
determinadas pessoas e pensar a possibilidade de algumas delas sequer 
estarem envolvidas nesta dimensão. Ou seja, referimo-nos à globalização 
como uma imposição ideológica que não alcança a todos e, por isso 
mesmo, torna essas pessoas excluídas de uma ideia de normalidade. 
Assim, quem não tem condições, seja financeira, seja social, de conviver 
globalmente estaria fora desse novo conceito de ser humano? O indivíduo 
que vive em um lugar afastado de seu país, sem contato com essa 
movimentação, poderia ser considerado o bárbaro dos dias atuais? E as 
pessoas que não estão interligadas por motivos culturais, estão fora da 
realidade? A globalização é uma norma? Qual é a punição para não segui-
la? 
As reflexões, nesse sentido, seguem na direção de uma busca necessária 
por uma sociedade interligada, mas, ao mesmo tempo, interligada pelas 
condições de igualdade. Dentro dessa proposta, pensamos em uma 
globalização da igualdade na qual até mesmo o bárbaro tenha a 
possibilidade de existir dignamente sem que sua percepção de mundo seja 
devastada pelo imperativo da globalização.

Continue navegando