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EXERCÍCIOS HISTÓRIA: descobrimento do Brasil e período pré-colonial

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HISTÓRIA exercícios: DESCOBRIMENTO E PERÍODO PRÉ COLONIAL
1) Leia atentamente o seguinte trecho do Regimento de Feitor-mor de engenho:
“O castigo que se fizer ao escravo não há-de ser com pau nem tirar-lhe com pedras ou tijolos e
quando o merecer o mandará botar sobre um carro e dar-se-lhe-á com um açoite seu castigo; e,
depois de bem açoitado, o mandará picar com navalha ou faca que corte bem e dar-se-lhe-á com
sal, sumo de limão e urina e o meterá alguns dias na corrente. [...]”
João Fernandes Vieira. Regimento de feitor-mor de engenho. Apud ALVES FILHO, Ivan. Brasil, 500
anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 1999.
 
Considerando o excerto acima e o conhecimento que se tem a respeito da escravidão no Brasil, é
correto afirmar que 
A)os castigos a que o texto se refere configuram-se como exceção, pois, nessa época, a regra era
a proibição de maus tratos físicos aos escravos. 
B)o uso do trabalho escravo e a desvalorização do homem, implícita nele, não tiveram impactos na
sociedade brasileira atual. 
C)durante o período colonial e imperial brasileiro, o trabalho escravo foi a base da economia,
razão pela qual era normatizado. 
D)a escravidão indígena ou africana só era possível como forma de penalização a grupos que se
revoltaram contra a coroa portuguesa.
2)Texto I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”,
ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas
as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos
“negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo.
In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
 
Texto II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus.
Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o
indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por
denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.
 
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o
período analisado, são reveladoras da
A)concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado. 
B)percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.
C)compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.
D)transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval. 
E)visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza. 
3)Na América Portuguesa do século XVI, a política europeia para os indígenas pressupunha
também a existência de uma política indígena frente aos europeus, já que os Tamoios e os
Tupiniquins tinham seus próprios motivos para se aliarem aos franceses ou aos portugueses.
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história indígena. São Paulo:
Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.)
 
Com base no excerto e nos seus conhecimentos sobre os primeiros contatos entre europeus e
indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta.
A)A população ameríndia era heterogênea e os conflitos entre diferentes grupos étnicos
ajudaram a definir, de acordo com suas próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos seus
contatos com os europeus. 
B)O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos aliados contribuiu para neutralizar as
disputas entre franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo papel mediador que os
nativos exerciam. 
C)Os indígenas, agentes de sua história, desde cedo souberam explorar as rivalidades entre os
europeus e mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos, anulando o impacto da
presença portuguesa. 
D)As etnias indígenas viviam em harmonia umas com as outras e em equilíbrio com a natureza.
Esse quadro foi alterado com a chegada dos europeus, que passaram a incentivar os conflitos
interétnicos para estabelecer o domínio colonial. 
4) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio,
quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e
por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome
foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio
que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra,
trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau
assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...].
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz,
1986. Adaptado.)
 
O texto revela que
A)a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e
colonização do Brasil. 
B)um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos
mercadores portugueses. 
C)os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram
motivações e princípios religiosos. 
D)o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do
protestantismo nas terras do Novo Mundo. 
E)uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais
existentes nas terras conquistadas. 
5) “(...) Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum monte,
mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes
arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra de
Vera Cruz.”
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel”.In FREITAS, Gustavo de. 900
textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100.
 
O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da
armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento
do Brasil. Essa expedição marítima pode ser entendida no contexto socioeconômico da
época, como uma
A)tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, para ceder aos nobres
portugueses, empobrecidos pelo declínio do feudalismo, verificado durante todo o século
XIV. 
B)consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, interessada tanto em
reprimir o avanço mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do
Novo Continente. 
C)busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a escassez de metais preciosos
na Europa, o que prejudicava a continuidade do comércio com o Oriente. 
D)conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que a coroa portuguesa
tomasse posse dos territórios a ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. 
E)tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o controle
exclusivo português da rota atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de
especiarias. 
6) Leia o segmento abaixo, do escritor indígena Ailton Krenak.
Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse
encontro entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não
houve um encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente
americano numa data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de
1800. Estamos convivendo com esse contato desde sempre.
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem
do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25.
Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia contida no segmento é
A)negação da conquista europeia na América, em 1500. 
B)ausência de transformação social nas sociedades ameríndias. 
C)exclusão dos povos americanosda história ocidental. 
D)estagnação social do continente sul-americano após a chegada dos europeus.
E)continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e indígenas. 
7) Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de
colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da
ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da
globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois
ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente
americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e
epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no
resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de
exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos
autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de
funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999.
Adaptado.)
 
“A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones” contribuiu para
a dominação espanhola e portuguesa da América, uma vez que os religiosos
A)mediaram os conflitos entre grupos indígenas rivais e asseguraram o estabelecimento de
relações amistosas destes com os colonizadores. 
B)aceitaram a imposição de tributos às comunidades indígenas, mas impediram a utilização
de nativos na agricultura e na mineração. 
C)toleraram as religiosidades dos povos nativos e assim conseguiram convencê-los a
colaborar com o avanço da colonização. 
D)rejeitaram os regimes de trabalho compulsório, mas estimularam o emprego de mão de
obra indígena em obras públicas. 
E)desenvolveram missões de cristianização dos nativos e facilitaram o emprego de mão de
obra indígena na empresa colonial
8) O “coração” econômico da época, Veneza, tem cada vez mais dificuldades em assegurar a
competitividade de seus produtos. Em 1504, os navios venezianos já quase não encontram
pimenta em Alexandria. As especiarias desta proveniência se revelam muito mais caras do que
as que são encaminhadas da Índia portuguesa: a pimenta embarcada pelos portugueses em
Calicute é quarenta vezes menos onerosa do que a que transita por Alexandria.
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.)
 
O início da colonização efetiva do Brasil por Portugal, historicamente condicionado pelos fatos
referidos pelo excerto,
A)teve início assim que os navegadores chegaram às novas terras. 
B)projetou a hegemonia portuguesa no comércio atlântico. 
C)enriqueceu a Metrópole com a descoberta de metais preciosos. 
D)atardou-se devido aos lucros auferidos com o comércio oriental. 
E)foi financiado pelos lucros gerados pelo comércio de especiarias. 
9) Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20x40 metros) e velha maloca
taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório,
tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes
solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa
do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes
vinganças contra os brancos e contra outros índios...
Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a
tensão territorial. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado).
 
Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da
figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso,
indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em
nossos dias.
 
Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária,
pois a moradia indígena representava o(a)
A)tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual. 
B)baluarte de expressão da organização tribal, influência do contato com a cultura
africana. 
C)símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia. 
D)obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções. 
11) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do Brasil nas cartas
geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de forma a
ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma
grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras
descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem
(1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos
mapas de Bartolomeu Velho (1561).
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas.
Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado).
 
De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações
cartográficas mencionadas era
A)garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. 
B)demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. 
C)afastar as populações nativas do espaço demarcado. 
D)respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. 
E)demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. 
12) De 1500 a 1530, os portugueses não desenvolveram um grande projeto de colonização para a sua
colônia na América (Brasil). Nesse período, ocorreram as expedições de reconhecimentos e as expedições
guarda-costas.
 
A economia, nesse período,
A)deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio Paraíba. 
B)limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste com o trabalho escravo. 
C)dedicou-se à extração de metais preciosos, sobretudo prata, nas Gerais. 
D)baseou-se na extração do pau-brasil através do escambo com os nativos. 
13) A compreensão cristã do encontro dos portugueses com os primeiros habitantes da América teve
forte conotação maniqueísta: de um lado estava o bem, simbolizado pelos europeus na sua suposta
busca pelo paraíso; de outro, o mal, representado pelos indígenas e suas práticas diabólicas.
 
Analise as afirmações abaixo acerca dessa compreensão.
 
I. Tal compreensão foi alimentada por considerações imprecisas de alguns viajantes que classificavam de
“demoníacas” certas práticas culturais dos povos americanos.
II. A leitura das práticas dos povos americanos pelos europeus aliou a ideia da conquista de novas terras
com o desejo de levar a palavra de Deus àquelas criaturas “demonizadas”.
III. O pensamento cristão português dissociava-se das ideias e políticas expansionistas; desse modo, a
propagação da fé era desvinculada da empresa marítima.
 
É correto o que se afirma em
A)I, II e III. 
B)II e III apenas. 
C)I e III apenas. 
D)I e II apenas. 
14) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse
período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano
de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam
voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV,
havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil
estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante
Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de
proveito”.
Berutti, 2004.
 
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)
A)desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos
tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a
oeste de Greenwich. 
B)maior distância marítima era amaior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias. 
C)desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que
dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras. 
D)abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia
metropolitana portuguesa. 
E)relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente
inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as
expedições. 
15) Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha.
“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os
índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então
tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles
se puseram assim todos, como nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira
sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.”
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática,
1999, p. 23.
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é:
A)Uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como se o
Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico. 
B)Um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que viu
e viveu no Brasil. 
C)Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras
que já conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos
ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos. 
D)Um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e
estratégico das populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos
viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos. 
E)Um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e
preconceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil.
16) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu,
vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons
ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através
de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
 
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse
trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
A)Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. 
B)Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. 
C)Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. 
D)Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia. 
E)Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho
17) [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC,
que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não
têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos
padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma
pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que
guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua
vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se
não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam,
nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua
vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
 
Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem
A)a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as peculiaridades das sociedades nativas. 
B)o desejo que os nativos sentiam de receber orientações políticas e religiosas dos colonizadores. 
C)a inferioridade da cultura e dos valores dos portugueses em relação aos dos tupinambás. 
D)a ausência de grupos sedentários nas Américas e a missão civilizadora dos portugueses. 
E)o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as características culturais dos tupinambás
18) Em geral, os nossos tupinambás ficaram admirados ao ver os franceses e os outros dos países
longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um
ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e pêros (franceses e
portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel,
1974.
 
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião
tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido
A)do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais. 
B)da preocupação com a preservação dos recursos ambientais. 
C)do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil. 
D)da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas. 
E)da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno. 
gabarito
fuvest ufpr uece ufu ufmg enem
1 - C
2 - C
3 - A
4 - E
5 - E
6 - E
7 - E
8 - D
9 - A
10 - A
11 -A
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18 - a

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