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História_7ano_Módulo14

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Considerando que os portugueses se autoproclamaram senhores das terras brasileiras e que a 
presença estrangeira entre os navegantes, seja na ficção, seja na vida real, era algo bastante comum 
na época, quais foram as razões para Portugal, no início do século XVI, não ter tanto interesse nas 
novas terras? 
Discuta com os colegas:
 A relação da presença estrangeira com a mudança de postura portuguesa diante de suas colônias 
ocidentais americanas.
 Os elementos presentes em terras americanas que tornavam este um lugar tão atraente aos 
estrangeiros.
A conquista portuguesa, no início tímida, não demoraria em avançar. As coisas mudariam. O 
comércio com o Oriente se tornaria cada vez menos lucrativo em virtude da concorrência de comer-
ciantes de outras nações, que arriscavam seus primeiros navios em processos de expansão. Quando 
não havia a concorrência direta em portos do Oriente, esses comerciantes de nações não ibéricas 
apelavam para a pirataria ou o corso. Desse modo, o tráfico de especiarias das Índias se tornava 
cada vez menos lucrativo, dados o risco crescente e a consequente necessidade de investimento 
em segurança, o que significava uma diminuição do lucro final. 
Também havia a notícia das ricas jazidas de metais preciosos que haviam sido descobertas na 
América espanhola, o que gerava nos portugueses a esperança de encontrar em seu território algo 
parecido ou mesmo alcançar, pela bacia Amazônica, as minas de prata de seu vizinho ibérico.
Somada a isso, a crescente presença estrangeira, especialmente francesa, em terras portuguesas 
levou a Coroa à conclusão de que, caso a colonização efetiva não fosse realizada, a posse daquele 
trecho das Américas estaria em risco, apesar do Tratado de Tordesilhas. 
Assim, Portugal mudou de ideia, e o período chamado por muitos de pré-colonial findou com o 
aprofundamento da exploração do período colonial.
1 Qual é o significado do conceito de etnocentrismo?
O etnocentrismo, como verificado na relação dos portugueses com 
os indígenas e na historiografia deste módulo, diz 
respeito a uma posição centrada no ponto de vista e na relevância 
de um grupo cultural em detrimento de quaisquer outros. O 
etnocentrismo estabelece muitas vezes um “olhar” culturalmente 
hierarquizado, que a história dos dias atuais busca a todo 
momento desconstruir. 
2 Que valores culturais e materiais ocidentais trouxeram 
Cabral às Américas?
A viagem que trouxe Cabral às Américas foi pautada por dois grandes 
objetivos: 1. A repetição da rota marítima já realizada por Vasco da 
Gama, em busca das especiarias do Oriente. Portanto, o 
mercantilismo foi um dos definidores dos rumos dessa expansão. 
2. A expansão da fé católica, estampada nas velas das caravelas e das 
naus que acompanhavam aquela expedição portuguesa.
PARA CONCLUIR
PRATICANDO O APRENDIZADO
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3 Qual experiência fez com que Portugal optasse inicial-
mente pela construção de feitorias no litoral americano?
A experiência africana. Na África, os escravizados e os produtos 
exóticos que podiam alcançar não demandavam dos portugueses um
processo de interiorização. As feitorias eram os entrepostos onde se 
comercializavam produtos valiosos com os europeus. As rotas 
comerciais do continente levavam a regiões litorâneas, e as 
construções serviam de base para a navegação e a defesa das 
rotas marítimas. A expectativa portuguesa era a de que as feitorias 
americanas cumprissem semelhantes atribuições. 
4 Explique as razões econômicas para a presença constan-
te de contrabandistas franceses em território português 
nas Américas.
Nos primeiros anos de conquista, os interesses eram muito 
semelhantes, e o pau-brasil era o grande motivo da presença 
dos contrabandistas. Os franceses, em especial, questionavam a 
legitimidade do Tratado de Tordesilhas e colocavam em prática sua 
expansão à revelia do que pudesse ter sido acordado entre Espanha 
e Portugal. 
1 Leia o trecho abaixo:
[…] sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis 
grandes incô modos, como dizeis quando aqui chegais, e 
trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos 
ou para aqueles que vos sobrevivem! Nã o será a terra que 
vos nutriu suficiente para alimentá -los també m? Temos 
pais, mã es e filhos a quem amamos; mas estamos certos de 
que depois da nossa morte a terra que nos nutriu també m 
os nutrirá , por isso descansamos sem maiores cuidados.
LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1961. p. 247.
 A fala acima é de um velho indígena, em diálogo com o 
francês Jean de Léry, demonstrando espanto com uma 
característica inerente à cultura mercantilista europeia. 
Qual é essa característica?
A característica à qual se refere o texto diz respeito ao acúmulo de 
bens, conceito que não fazia sentido para as sociedades indígenas, 
que entendiam que o que precisavam para viver deveria ser retirado 
da terra. 
APLICANDO O CONHECIMENTO
Cena de canibalismo entre os índios tupinambás do Brasil. 
Gravura de Theodor de Bry, 1592.
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2 Observe a gravura a seguir, retirada dos escritos do mer-
cenário alemão Hans Staden acerca de sua atribulada 
experiência em terras brasileiras junto aos Tupinambá.
 Agora, explique que práticas culturais são retratadas na 
imagem e qual é seu significado para a cultura tupinambá.
A antropofagia. Esses rituais carregavam um significado cultural 
ligado à realização da vingança. Além disso, devorar os inimigos era 
uma forma de absorver seus predicados, que passavam a pertencer 
ao grupo vencedor. Na maior parte das vezes, o que era percebido 
como canibalismo pelos europeus era dotado de profundo sentido 
místico. 
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3 Observe a reprodução do documento histórico a seguir.
Reprodução do Tratado de Tordesilhas.
 A imagem se refere ao Tratado de Tordesilhas. Assinado 
em 1494, o documento dividiu o mundo entre as duas 
maiores potências da época, Portugal e Espanha. No en-
tanto, logo foi questionado por não levar em conta a opi-
nião nem a vontade de tantas outras culturas impactadas 
pelo acordo assinado.
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
1 Leia o texto:
Apesar dos exageros e incorreções, a Lettera de Amé-
rico Vespúcio para Piero Soderini com certeza continha 
várias passagens verídicas. Uma delas é o trecho no qual, 
referindo-se à sua primeira viagem ao Brasil, realizada en-
tre maio de 1501 e julho de 1502, Vespúcio afirma: “Nessa 
costa não vimos coisa de proveito, exceto uma infinidade 
de árvores de pau-brasil [...] e já tendo estado na viagem 
bem dez meses, e visto que nessa terra não encontráva-
mos coisa de metal algum, acordamos despedirmo-nos 
dela.” Deve ter sido exatamente esse o teor do relatório 
que Vespúcio entregou para o rei D. Manoel, em julho de 
1502, logo após desembarcar em Lisboa, ao final de sua 
primeira viagem sob bandeira portuguesa. O diagnóstico 
de Vespúcio selou o destino do Brasil pelas duas décadas 
seguintes. Afinal, no mesmo instante em que era informado 
pelo florentino da inexistência de metais e de especiarias 
no território descoberto por Cabral, D. Manoel concentrava 
todos os seus esforços na busca pelas extraordinárias ri-
quezas do Oriente. 
BUENO, Eduardo. Náufragos, traficantes e degredados. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. p. 65.
 O texto diz respeito à relação entre Portugal e Brasil 
durante os primeiros anos após a viagem de Pedro Ál-
varez Cabral. A falta de interesse imediato pelo novo 
território descoberto fez com que nos primeiros anos 
dessa colônia:
a) D. Manoel investisse em uma eficiente políticade 
proteção de seu litoral.
b) Portugal optasse por uma política de colonização 
sistemática do interior.
c) a Espanha reivindicasse a posse daquele território 
rico em ouro e prata.
d) a metrópole portuguesa limitasse a exploração a 
atividades extrativistas.
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 Explique de que forma esse tratado de características 
etnocêntricas foi questionado por outras nações ame-
ricanas e europeias.
O Tratado de Tordesilhas pode ser considerado etnocêntrico na 
medida em que não considerava os povos que já habitavam as 
terras americanas nem os demais Estados nacionais modernos em 
formação no continente europeu. A reação veio na forma de guerras 
travadas pelos indígenas que tentaram resistir à ocupação europeia 
e também veio dos povos europeus que, por meio de invasões, 
pirataria ou mesmo corso, desafiaram Portugal e Espanha buscando 
explorar também aquelas novas terras e rotas. 
4 A partir do trecho destacado da carta de Pero Vaz de 
Caminha, explique a importância da Igreja católica no 
processo da Expansão Marítima portuguesa.
[…] o melhor fruto que nela se pode fazer me parece 
que será salvar esta gente; e esta deve ser a principal se-
mente que Vossa Alteza nela deve lançar […]
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El-Rei D. Manuel. 
Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1957. p. 31-32.
A Igreja católica foi por muito tempo uma das principais 
incentivadoras dos processos de expansão. Interessada na ampliação 
do número de fiéis, estimulou e apoiou esses processos, em especial 
nos países ibéricos. 
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2 Leia o trecho:
De começo, e fosse qual fosse, após a exploração cabra-
lina, a importância dos conhecimentos geográficos sobre o 
Brasil, o interesse de D. Manuel pelos seus novos territórios 
da América foi, ao que parece, mais de ordem estratégica 
que econômica.
CORTESÃO, Jaime. Os descobrimentos portugueses. v. I. 
Lisboa: Livros Horizonte, 1975. p. 1086.
 Também conhecidas como período pré-colonial, as pri-
meiras décadas da colonização, segundo Jaime Cortesão, 
seriam caracterizadas pela preocupação portuguesa:
a) com a preservação do domínio sobre a extração do ouro.
b) com o controle estratégico da rota atlântica para o 
Oriente.
c) com a repressão às sociedades indígenas hostis do 
litoral.
d) com o aumento da eficiência da produção do café 
arábico.
3 As sociedades indígenas com que os portugueses se 
depararam em seus primeiros anos de colonização ti-
nham como característica:
a) o domínio da agricultura, mas também coletavam 
alimentos e caçavam para sobreviver.
b) o domínio da agricultura, mas também praticavam 
a antropofagia para sobreviver.
c) o domínio da caça e da coleta, mas também prati-
cavam a antropofagia por razões de sobrevivência. 
d) o domínio da coleta, mas praticavam também uma 
agricultura rudimentar e ineficiente. 
4 Leia o trecho:
A língua de que [os indígenas] usam, toda pela costa, 
é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas 
partes; mas não de maneira que se deixem de entender. [...] 
Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, 
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não 
tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desor-
denadamente [...].
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. [1578]. História da Província de Santa Cruz. 
Belo Horizonte: Itatiaia, 1980.
 A partir do texto podemos afirmar:
a) que o colonizador em sua fala demonstra preocupação 
com a preservação da identidade cultural indígena.
b) que os indígenas rapidamente se rendem ao catolicis-
mo europeu ao se identificarem com a cultura lusitana.
c) que os europeus em seus contatos com as socieda-
des indígenas assumem uma postura etnocêntrica.
d) que os povos europeus e ocidentais encontraram 
um caminho de convívio e respeito mútuo apesar 
das diferenças.
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