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Descobrimento do Brasil no vestibular

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Página 1 de 43 
 
 
Insta: @dezdehistoria 
 
Plataforma: dezdehistoria.com.br 
 
Youtube: youtube.com/dezdehistoria 
 
 
1. (Enem 2016) Texto I 
 
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os 
brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles 
aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais 
populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do 
que qualquer outro. 
 
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de 
um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). 
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). 
 
 
Texto II 
 
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. 
Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o 
indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por 
denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. 
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. 
 
 
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o 
período analisado, são reveladoras da 
a) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado. 
b) percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias. 
c) compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados. 
d) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval. 
e) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza. 
 
2. (Uem 2020) Sobre o processo de ocupação humana do Segundo Planalto Paranaense, 
assinale o que for correto. 
01) Os japoneses chegaram no Segundo Planalto a partir da segunda metade do século XX e 
se dedicaram ao cultivo do milho e da mandioca. 
02) Os ucranianos ocuparam as regiões de Mallet, União da Vitória, Lapa, Prudentópolis, com 
destaque para esta no trabalho artesanal. 
04) As primeiras ocupações das terras dos Campos Gerais foram realizadas principalmente a 
partir dos caminhos criados por tropeiros no século XVIII. 
08) Paranaguá foi ocupada por volta do século XVII pelas populações construtoras de 
sambaquis, os Tupiniquins, que disputavam o território com os franceses. 
16) Em meados do século XIX, os alemães se radicaram na região de Entre Rios, Palmeira, 
Ponta Grossa, e alguns franceses fundaram a Colônia Teresa Cristina às margens do rio 
Ivaí. 
 
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3. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) Em busca de Pindorama - A questão da terra e da 
identidade indígenas no Brasil 
 
A luta dos gamela na região de Viana [Maranhão] não é recente, afirmam os indígenas. Há 
ataques registrados em pelo menos duas outras ocasiões: no final da década de 1960, quando 
escrituras de terras onde eles viviam começaram a aparecer com o nome de outros donos, e 
em 1987. Como em diversas regiões do país, o conflito reflete a dificuldade que rege a 
titularidade de terras rurais. Uma história que passa por expulsões de pessoas mais 
vulneráveis de suas áreas, por grilagem e ocupações irregulares e, até, pela conivência de 
cartórios, que em décadas passadas faziam registros falsos de acordo com o gosto de quem 
pudesse pagar mais. Em um cenário onde o estoque de terras vêm se esgotando, os conflitos 
parecem estar se tornando cada vez mais frequentes. 
 
Talita Bedinelli, EL PAÍS 
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/06/politica/1494107739_378228.html, Acessado 
em: 08/05/17. Imagem: https://mirim.org/terras-indigenas, acesso em 13/05/2017 
 
 
No Mato Grosso, onde está reunida, a população xavante tem atualmente quase vinte mil 
índios, segundo o censo da Funai. Cerca de 900 deles vivem nas quatro aldeias de 
Marãiwatsédé, numa região que era de transição do cerrado para a floresta amazônica – quem 
conheceu a região nos anos 1960 fala com saudosismo do mato fechado que encobria até as 
estradas. A mata, contudo, desapareceu. Rodeada por fazendas com soja e gado, ela ganhou 
o título de terra indígena mais desmatada do Brasil, com cerca de 80% de seu território 
destruído. 
 
Lucas Ferraz, Rai Reis 
Pública – Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo, 12/09/2016. 
 
 
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Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e 
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à 
União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. 
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter 
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação 
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física 
e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 
§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, 
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. 
(...) 
§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre 
elas, imprescritíveis 
 
Fonte: Extraído de Constituição da Rep. Fed. do Brasil, 1988. Tít VIII, Cap. VIII, Dos Indios. 
[http://www.planalto.gov.br] Acesso em: 17/05/2017 
 
Imagem: http://www.dicionariotupiguarani.com.br/mapas/. Acesso em 13/05/2017.
Macuxi
Yanomami
Caripuna 
do Amapá
Waiwai Zo’éMacu Waiãpi
Waimiri-Atroari
Ticuna
Tucano
Mawé
Apurinã
Mura
Araweté
Urubu-Kaapor
Krikati Tapeba
Nuquini Deni Tenharim
Caripuna
Suruí
Caxinauá
Nambikwara
Aripuanã
Munduruku Apinajé
Kayapó
Bororo
Xavante
Carajá
Guajajara Potiguara
Fulni-ô
Kambiwá
Pancararu
Xocó
Pataxó
Xacriabá
Maxacali
Kadiwéu
Terena
Xokleng
Guarani
Krenak
Kaingang
Parque 
do Xingu
Principais 
Nações Indígenas 
do Brasil
Kiriri
Guarani
Guarani
 
Página 4 de 43 
 
 
 
A partir dos textos e das imagens, caracterize a situação dos povos indígenas no início da 
colonização portuguesa (século XVI) e na atualidade, tendo em vista a questão da terra e da 
identidade. 
 
4. (Fuvest 2015) Foi o Capitão com alguns de nós um pedaço por este arvoredo até um ribeiro 
grande, e de muita água, que ao nosso parecer é o mesmo que vem ter à praia, em que nós 
tomamos água. Ali descansamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dele, entre esse 
arvoredo que é tanto e tamanho e tão basto e de tanta qualidade de folhagem que não se pode 
calcular. Há lá muitas palmeiras, de que colhemos muitos e bons palmitos. 
 
A carta de Pero Vaz de Caminha. 
http://dominiopublico.gov.br. Acesso em 30/11/2014. 
 
O texto descreve características da paisagem encontrada pela esquadra do português Pedro 
Álvares Cabral, em 1500, ao chegar ao que hoje é o Brasil. 
 
a) Paisagens semelhantes a essa já eram conhecidas de navegadores portugueses, em outros 
trajetos, antes de 1500? Justifique. 
 
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b) Dentre as áreas demarcadas no mapa abaixo, indique, com as respectivas letras, duas 
áreas nas quais é possível encontrar, atualmente, florestas com as mesmas características 
daquela descrita no texto. 
 
 
 
5. (G1 - cftmg 2015) TEXTO 1 
 
 
 
TEXTO 2 
 
“A ciência e a arte, dentro de um processo intrincado, fabricavam realidades mitológicas que 
tiveram, e ainda têm vida prolongada e persistente”. 
 
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COLI, Jorge. A invenção da descoberta. In: Como estudar arte brasileira no século XIX? São 
Paulo: Senac, 2005, p. 23. 
 
 
Sobre os documentos referentes ao Descobrimento do Brasil e à arte produzida no século XIX, 
é correto afirmar que 
a) ignoram a participação dos indígenas no processo de formação da identidade nacional. 
b) derrubam uma imagem hierarquizada do encontro das etnias que formaram a nação 
brasileira. 
c) consolidamuma visão da colonização marcada pela exploração portuguesa das matérias-
primas. 
d) constroem uma memória pacífica do nascimento da nação fundada sob a égide do 
catolicismo. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Texto 1 
 
Nenhum documento permite afirmar que Pedro Álvares Cabral partira de Lisboa com o 
propósito de descobrir novas terras. A intencionalidade da descoberta não encontra 
fundamento em nenhuma das testemunhas, seja Pero Vaz de Caminha, Mestre João ou o 
piloto anônimo. A armada partiu com destino à Índia, e foi só isso. 
(Joaquim Romero de Magalhães. “Quem descobriu o Brasil?”. In: Luciano Figueiredo. História 
do Brasil para ocupados, 2013.) 
 
 
Texto 2 
 
Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens chegaram à costa da atual Bahia em 1500, não 
havia, obviamente, nem Brasil nem brasileiros. Pode ser, como querem muitos historiadores, 
que outros tenham andado por ali antes, mas disso não ficou registro consistente, e foram Pero 
Vaz de Caminha e Mestre João os autores das primeiras narrativas sobre a nova terra e seu 
céu. 
(Laura de Mello e Souza. “O nome Brasil”. In: Luciano Figueiredo. História do Brasil para 
ocupados, 2013.) 
 
 
 
6. (Unesp 2021) A afirmação do texto 2 de que “Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens 
chegaram à costa da atual Bahia em 1500, não havia, obviamente, nem Brasil nem brasileiros” 
é correta, pois 
a) os navegadores tratavam os nativos como servos ou escravos e não reconheciam seu 
direito à cidadania brasileira. 
b) os navegadores portugueses pensavam ter alcançado as Índias e năo admitiam ter chegado a terras até 
entăo desconhecidas. 
c) a nacionalidade brasileira se estabeleceu apenas após a miscigenação entre nativos, 
africanos escravizados e europeus. 
d) os navegadores pretendiam impor a nacionalidade portuguesa aos nativos e não permitiam, 
por parte deles, reivindicações identitárias. 
e) a ideia de nacionalidade se concretizou apenas após a conquista da autonomia política e a 
superação da condição colonial. 
 
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7. (Unesp 2021) Os dois textos referem-se à expedição de Cabral, que aportou no litoral do 
futuro território do Brasil em 1500. A documentação citada nos textos é, de acordo com os 
autores, 
a) capaz de revelar a capacidade técnica que permitiu a navegação oceânica e a superação de 
barreiras físicas e mentais no processo de conquista e colonização da América e do litoral 
africano. 
b) insuficiente para a compreensão dos objetivos exatos da empreitada e impede afirmações 
categóricas sobre a intencionalidade e o pioneirismo na conquista das novas terras. 
c) insuficiente para o entendimento dos interesses políticos e comerciais da expansão marítima 
portuguesa, mas explicita o desinteresse das testemunhas e dos narradores em revelar a 
verdade histórica acerca da empreitada. 
d) insuficiente para o conhecimento do que de fato ocorreu durante a viagem, mas confirma o 
pioneirismo dos ingleses na navegação atlântica e a correlação direta entre os propósitos e 
os resultados da empreitada. 
e) capaz de expor a dinâmica completa da conquista portuguesa do Oceano Atlântico e da 
abertura e exploração de rotas comerciais regulares da Europa para a África, a América e as 
Índias. 
 
8. (Unicamp 2020) Na América Portuguesa do século XVI, a política europeia para os 
indígenas pressupunha também a existência de uma política indígena frente aos europeus, já 
que os Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios motivos para se aliarem aos franceses 
ou aos portugueses. 
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história indígena. São Paulo: 
Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.) 
 
 
Com base no excerto e nos seus conhecimentos sobre os primeiros contatos entre europeus e 
indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta. 
a) A população ameríndia era heterogênea e os conflitos entre diferentes grupos étnicos 
ajudaram a definir, de acordo com suas próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos seus 
contatos com os europeus. 
b) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos aliados contribuiu para neutralizar as 
disputas entre franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo papel mediador que os 
nativos exerciam. 
c) Os indígenas, agentes de sua história, desde cedo souberam explorar as rivalidades entre 
os europeus e mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos, anulando o impacto da 
presença portuguesa. 
d) As etnias indígenas viviam em harmonia umas com as outras e em equilíbrio com a 
natureza. Esse quadro foi alterado com a chegada dos europeus, que passaram a incentivar 
os conflitos interétnicos para estabelecer o domínio colonial. 
 
9. (Ufjf-pism 1 2020) Analise a imagem: 
 
 
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Com um passado colonial marcado pela apropriação de terras, escravidão e extermínio de 
populações indígenas, como a imagem acima demonstra, o Brasil só conseguiu eleger uma 
mulher indígena para o cargo de deputada federal em 2019. Joêmia Batista de Carvalho 
(Rede-RR) conhecida como Joêmia Wapichana foi eleita com mais de 8 mil votos. Neste 
mesmo ano, o governo federal ameaçou destituir a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) da 
função de demarcar as terras indígenas, prometendo ainda reverter algumas terras já 
demarcadas, argumentando que a manutenção delas nas mãos dos povos indígenas atrapalha 
a exploração de minério. Em resposta, a deputada federal Joêmia Wapichana, esclareceu: 
 
“Para os povos indígenas, a riqueza é quando você tem saúde, terra para viver sem ameaças, 
estar num clima tranquilo, ter alimentação saudável para a família, ter terra demarcada, uma 
cultura preservada, uma coletividade respeitada. Os valores que ele tem são o da cobiça, que 
vem justamente trazer esse choque da exploração. Ele preza tanto o valor da família, deveria 
ver o lado indígena também. O valor espiritual é uma riqueza também. Todo mundo só vê a 
exploração mineral como a riqueza que pode trazer, nunca vê o prejuízo: a divisão, a violência, 
a influência externa do alcoolismo, a perda da cultura”. 
 
https://jornalggn.com.br/direitos-humanos/somos-os-principais-guardioes-da-fronteira-diz-
deputada-indigena/ 
 
 
a) Com base na imagem e na fala da deputada, identifique duas características que definem o 
contato entre indígenas e portugueses no início da colonização. 
b) A partir da fala da deputada, diferencie as posições políticas em relação à posse da terra 
atualmente. 
 
10. (Ufrgs 2020) Com relação à história das sociedades nativas das Américas, assinale com V 
(verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo. 
 
( ) A civilização Maia caracterizou-se pela hierarquia política fraca, pelo monoteísmo e pelo 
desinteresse ao conhecimento da natureza. 
( ) O império Asteca notabilizou-se pelo desenvolvimento urbano de sua capital, 
Tenochtitlán, pela crença em vários deuses e por uma estrutura política centralizada. 
( ) A sociedade Inca foi marcada pela rígida separação entre poder político e religião, pelo 
baixo desenvolvimento agrícola e pela economia de caráter exclusivamente pecuário. 
 
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( ) Os povos Tupi-Guaranis garantiam sua subsistência a partir da caça, da pesca e do 
cultivo de vegetais como a mandioca. 
 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) V – V – F – F. 
b) V – F – F – V. 
c) F – V – F – V. 
d) F – V – V – F. 
e) F – F – V – V. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto 
pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o 
Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação 
entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se 
importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...]Essa compreensão 
me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com 
Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da 
Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...] 
Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido 
ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários 
desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a 
escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a 
despersonalização, e o segundo é a dessocialização. 
 
 
 
(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico 
Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.) 
 
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11. (Unesp 2020) O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o 
que implica reconhecer a importância 
a) da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os 
territórios colonizados na América. 
b) do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola no 
tráfico escravagista. 
c) do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do conceito 
geográfico de Ocidente. 
d) da constituição do espaço geográfico do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os 
continentes americano e africano. 
e) do surgimento do tráfico de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil com 
a América espanhola. 
 
12. (Uem 2019) Sobre as civilizações da América à época da chegada dos primeiros 
colonizadores europeus no século XVI, assinale o que for correto. 
01) A região conhecida como Mesoamérica, que engloba o sul da América do Norte e parte da 
América Central, teve entre os seus povoadores os maias, os quais, à época da chegada 
dos conquistadores espanhóis, encontravam-se fragilizados. 
02) Em uma região isolada da Amazônia brasileira, viviam os quéchuas, que detinham grandes 
conhecimentos em Matemática e em Astronomia. No entanto, em razão de desconhecerem 
a utilização da pólvora, foram rapidamente vencidos. 
04) Os astecas tinham na agricultura a sua principal atividade econômica, e o milho era um 
alimento básico. A partir do cacau produziram uma bebida que deu origem ao chocolate. 
08) Embora não dominassem o uso do ferro e da roda, os incas, que habitavam as encostas 
dos Andes, na América do Sul, construíram obras arquitetônicas, como terraços para 
plantio, palácios, templos, fortalezas. 
16) A religiosidade era uma característica comum às diversas populações americanas nativas. 
Elas cultuavam os mesmos deuses, como o Sol, a Lua, e desconheciam rituais de sacrifício 
humano ou animal. 
 
13. (Unesp 2019) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 
3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu 
por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por 
este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo 
o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta 
terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um 
pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...]. 
 
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa 
Cruz, 1986. Adaptado.) 
 
 
O texto revela que 
a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e 
colonização do Brasil. 
b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos 
mercadores portugueses. 
 
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c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram 
motivações e princípios religiosos. 
d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do 
protestantismo nas terras do Novo Mundo. 
e) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais 
existentes nas terras conquistadas. 
 
14. (Ufms 2019) Ao iniciar uma discussão sobre o surgimento do Brasil, como o conhecemos 
atualmente, e sobre sua história, alguns alunos que cursavam a última série do Ensino Médio 
apresentaram as seguintes colocações: 
 
- Pedro entendia que a história oficial do Brasil deveria ser contada a partir do descobrimento 
do território do atual País, mas que os acontecimentos anteriores à chegada dos portugueses 
também deveriam ser levados em consideração, para entender como e por que tudo aquilo 
havia acontecido. 
- Luzia afirmava que a história do Brasil não deveria ser vista apenas a partir da chegada dos 
portugueses, pois a região onde hoje existe o Brasil já fora habitada, havia muitos séculos, 
por homens pré-históricos cujos fósseis foram encontrados e são vestígios da antiguidade 
dessa história. 
- João concordava parcialmente com as afirmações dos colegas, porém compreendia que a 
história oficial do Brasil deveria ser tratada a partir da chegada da família real e da separação 
da antiga colônia com Portugal, fato que foi decisivo para que o Brasil se tornasse o país que 
é atualmente. 
- Isabel acrescentou que concordava com parte das colocações dos colegas, porém lembrou 
que não poderia ser contada a história do Brasil sem lembrar que a conquista dessa região 
deu-se com a exploração da mão de obra africana, escravizada e trazida para a então colônia 
portuguesa e que deixou um importante legado cultural para o Brasil. 
- Marçal foi o último dos jovens a se pronunciar e ratificou a fala de Isabel, acrescentando que 
os povos nativos, os índios, foram protagonistas dessa história, assim como os africanos, e 
que não há como falar de Brasil sem lembrar da herança indígena para a formação do País. 
 
A partir da análise das intervenções dos estudantes, estão corretas: 
a) todas as falas dos jovens estudantes. 
b) as falas de Pedro e João, apenas. 
c) as falas de Pedro, Luzia, Isabel e Marçal. 
d) as falas de João, Isabel e Marçal. 
e) nenhum deles pode afirmar como deve ser escrita, ou contada, a história do Brasil, visto que 
a história já aconteceu e nada mais poderá modificá-la. 
 
15. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2019) Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos 
europeus, um grande movimento de migração parece ter se iniciado no sul da floresta 
amazônica. Os povos que se moviam falavam línguas aparentadas, de uma grande família de 
línguas que denominamos tupi-guarani. Praticavam a coivara e eram bons caçadores e 
pescadores. 
 
(Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil, 2009. Adaptado.) 
 
 
A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que os referidos povos 
a) limitavam-se ao extrativismo e alimentavam-se principalmente de moluscos, daí serem 
também chamados de povos dos sambaquis. 
 
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b) eram pacíficos e estabeleceram relações amistosas com outros grupos nativos e, 
posteriormente, com os colonizadores portugueses. 
c) eram originários da Ilha de Marajó e dominavam a cerâmica, o que permitia a conservação 
de mantimentos e a produção de urnas funerárias. 
d) foram dizimados por grupos indígenas procedentes do litoral pacífico do continente, daí sua 
cultura ter sido extinta antes da conquista portuguesa. 
e) praticavam a agricultura e tinham bom domínio da navegação, o que contribuiu para sua 
expansão pelas terras posteriormente chamadas de Brasil. 
 
16. (Uece 2019) Antes da chegada dos portugueses às terras americanas, 
a) havia dois grupos étnicos habitando a região hoje chamada Brasil: os Tupis e os Tapuias. 
b) falavam-se alguns poucos dialetos, variantes de uma mesma língua geral, o Nheengatu, 
apesar de existir um grande número de gruposindígenas. 
c) uma variedade de comunidades nativas, etnicamente diferentes, espalhava-se pelo território 
da futura América portuguesa. 
d) havia uma só sociedade indígena vivendo em harmonia, igualitarismo e paz; desconhecia-se 
a violência da guerra, trazida para cá pelos europeus. 
 
17. (Ufrgs 2018) Leia o segmento abaixo, do escritor indígena Ailton Krenak. 
 
Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse encontro 
entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não houve um 
encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente americano numa 
data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. Estamos 
convivendo com esse contato desde sempre. 
 
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do 
Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25. 
 
 
Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia contida no segmento é 
a) negação da conquista europeia na América, em 1500. 
b) ausência de transformação social nas sociedades ameríndias. 
c) exclusão dos povos americanos da história ocidental. 
d) estagnação social do continente sul-americano após a chegada dos europeus. 
e) continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e indígenas. 
 
18. (Mackenzie 2018) “(...) Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! 
Primeiramente dum monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de 
terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o nome – o Monte Pascoal, e à 
terra – a Terra de Vera Cruz.” 
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel”.In FREITAS, Gustavo de. 900 
textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100. 
 
 
O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da 
armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento do 
Brasil. Essa expedição marítima pode ser entendida no contexto socioeconômico da época, 
como uma 
 
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a) tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, para ceder aos nobres 
portugueses, empobrecidos pelo declínio do feudalismo, verificado durante todo o século 
XIV. 
b) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, interessada tanto em reprimir 
o avanço mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do Novo 
Continente. 
c) busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a escassez de metais preciosos na 
Europa, o que prejudicava a continuidade do comércio com o Oriente. 
d) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que a coroa portuguesa tomasse 
posse dos territórios a ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. 
e) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o controle 
exclusivo português da rota atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de 
especiarias. 
 
19. (Uepg 2018) Diferente da versão romantizada que mostra uma chegada pacífica dos 
europeus ao Brasil no século XVI, a colonização portuguesa se deu a partir do uso sistemático 
da violência e do extermínio dos habitantes originais da terra (os indígenas). A exploração e o 
povoamento da colônia só foi possível após a sobreposição bélica dos europeus sobre os 
nativos. 
 
A respeito da colonização brasileira no século XVI, assinale o que for correto. 
01) No século XVI, as mulheres tiveram destacada atuação na vida social e política colonial. 
Não são raros os casos de mulheres que administraram engenhos de açúcar e ocuparam 
cargos nas câmaras coloniais. Esse quadro muda gradualmente nos dois últimos séculos 
coloniais. 
02) É possível afirmar que a ocupação efetiva da colônia pelos portugueses se deu a partir de 
1530. Antes disso, ocorrem algumas expedições, nomeiam-se algumas localidades 
litorâneas e se constroem poucas feitorias. Somente com a produção do açúcar no litoral 
nordestino é que, de fato, os portugueses trazem contingentes humanos e montam uma 
estrutura produtiva na colônia. 
04) Martin Afonso de Souza fundou as vilas de Piratininga e São Vicente (ambas no litoral de 
São Paulo) e ali desenvolveu o plantio de cana-de-açúcar, cultura com a qual os 
portugueses tomaram contato durante as Cruzadas medievais. 
08) A atividade açucareira no século XVI teve seu auge no litoral nordestino. Naquela região, 
os engenhos reais contavam com centenas de escravos (predominantemente africanos) e 
produziam em larga escala, uma vez que o principal objetivo era abastecer os mercados 
europeus. 
16) Na medida em que já existiam habitantes no território brasileiro antes da chegada dos 
europeus é, no mínimo, questionável, o uso do termo "descobrimento do Brasil" pelos 
portugueses. O que houve, de fato, foi um processo de dominação dos europeus sobre os 
nativos americanos. 
 
20. (Ufpr 2018) Observe a imagem: 
 
 
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Sobre essa imagem, Michel de Certeau, importante historiador no século XX, escreveu: 
 
“Américo Vespúcio, o Descobridor, vem do mar. De pé, vestido, encouraçado, trazendo as 
armas europeias do sentido e tendo por detrás dele navios que trarão para o Ocidente os 
tesouros de um paraíso. Diante dele a América Índia, mulher estendida, nua, presença não 
nomeada da diferença, corpo que desperta num espaço de vegetação e animais exóticos”. 
(CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000, p. 9.) 
 
 
Considerando a imagem de Theodor Galle o comentário de Michel de Certeau, e tendo como 
referência as transformações ocorridas no início da Era Moderna, comente o impacto que a 
Conquista da América teve no continente Europeu, na política, na cultura e na religião. 
 
21. (Ufsc 2018) E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras 
de encobrir suas vergonhas as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam bem 
rapadas e feitas. [...] 
Deduzo que é gente bestial e de pouco saber, e por isso tão esquiva. Mas apesar de tudo isso 
andam bem curados, e muito limpos. E naquilo ainda mais me convenço que são como aves, 
ou alimárias montesinas. [...] 
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a vossa fala e eles a nossa, 
seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. 
[...] 
Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão ir ouvir missa e sermão naquele 
ilhéu. 
[...] E assim foi feito. Mandou armar um pavilhão naquele ilhéu, e dentro levantar um altar mui 
bem arranjado. E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual disse o padre frei Henrique, 
em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes que 
todos assistiram, a qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e 
devoção. [...] 
 
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Enquanto assistimos à missa e ao sermão, estaria na praia outra tanta gente, pouco mais ou 
menos, como a de ontem, com seus arcos e setas, e andava folgando. E olhando-nos, 
sentaram. E depois de acabada a missa, quando nós sentados atendíamos a pregação, 
levantaram-se muitos deles e tangeram corno ou buzina e começaram a saltar e dançar um 
pedaço. [...] 
O melhor fruto que se pode tirar desta terra me parece ser salvar esta gente. E esta deve ser a 
principal semente de que Vossa Alteza deve lançar nesta terra. 
 
PERO Vaz de Caminha. Carta à D. Manuel (excertos). In: Enciclopédia Itaú Cultural de arte e 
cultura brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: 
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa7833/pero-vaz-de-caminha>. Acesso em: 30 jun. 
2017. 
 
 
Sobre a carta de Pero Vaz de Caminha e o contexto da expansão ultramarina portuguesa, é 
correto afirmar que: 
01) na carta, é possível identificar choque e estranhamento entre as diferentes culturas, assim 
como perceber ainiciativa portuguesa de tomar posse da terra. 
02) apesar dos rituais católicos descritos na carta, a Igreja Católica não apoiava a iniciativa das 
navegações portuguesas porque contrariava princípios da instituição sobre as explorações 
do mundo. 
04) no relato do autor, há referências aos habitantes como seres que, na sua visão, seriam 
selvagens. 
08) a mais conhecida das cartas relacionadas à expedição de Pedro Álvares Cabral é a de 
Pero Vaz de Caminha, que relata a estada da tripulação durante o tempo em que esteve 
aportada nas terras encontradas. 
16) movida pelo grande interesse sobre as terras descobertas, parte da tripulação daquela 
expedição não seguiu viagem, garantindo assim a posse do lugar ao reino português. 
32) a carta de Pero Vaz de Caminha reproduz fielmente o que aconteceu durante a estada da 
armada de Pedro Álvares Cabral, já que esta era a função de Caminha como escrivão. 
64) fica evidente, pela descrição do autor, o respeito da Coroa portuguesa em relação às 
crenças e aos costumes dos habitantes da terra. 
 
22. (Udesc 2018) É prática comum nos programas escolares a delimitação de datas que 
marcam o início e, muitas vezes, o fim de processos históricos. No caso da História do Brasil, o 
ano de 1500 recebe bastante atenção. 
 
A respeito do ano de 1500 como início oficial da História do Brasil, analise as proposições. 
 
I. A definição de datas como marcos históricos tem implicações políticas, uma vez que elege 
certos eventos como fundamentais. No caso da História do Brasil, a ênfase no ano de 1500 
ressalta a importância atribuída à chegada dos europeus para a constituição da história 
brasileira. 
II. Ao definir o ano de 1500 como marco inicial para a História do Brasil, corre-se o risco de 
desconsiderar a importância da história, as características e os costumes dos vários grupos 
indígenas que já habitavam o território, que seria posteriormente conhecido como Brasil. 
III. A definição do ano de 1500, como marco para o início oficial da História do Brasil, foi 
resultado de uma série de demandas populares que reivindicavam a possibilidade de opinar 
a respeito da oficialização da História Nacional. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
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a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
d) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
e) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de 
colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da 
ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da 
globalização. 
 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois 
ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente 
americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e 
epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no 
resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de 
exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos 
autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de 
funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana. 
 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. 
Adaptado.) 
 
 
 
23. (Unesp 2018) Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe podem ser 
considerados “exemplares para toda a América”, pois geraram 
a) a identificação de uma grande oportunidade, para nativos e europeus, de conviver com 
outros povos e desenvolver a tolerância e o respeito a valores morais e culturais diferentes. 
b) o temor, nos indígenas, diante da ambição europeia e a percepção, pelos europeus, da 
dificuldade de estruturar o empreendimento colonial e manter o controle de terras e povos 
tão distantes. 
c) o início de um longo conflito entre os europeus e as populações nativas, que provocou 
perdas humanas e financeiras nos dois lados, inviabilizando a exploração comercial da 
América. 
d) a formação de uma elite colonial que recusava submeter-se às ordens das coroas europeias 
e dispunha de plena autonomia na produção e comercialização das mercadorias. 
e) o reconhecimento, pelos europeus, da necessidade de instalação de feitorias no litoral para 
a segurança dos viajantes e a aceitação, pelos nativos, da hegemonia dos conquistadores. 
 
24. (Unesp 2018) “A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos 
autóctones” contribuiu para a dominação espanhola e portuguesa da América, uma vez que os 
religiosos 
a) mediaram os conflitos entre grupos indígenas rivais e asseguraram o estabelecimento de 
relações amistosas destes com os colonizadores. 
b) aceitaram a imposição de tributos às comunidades indígenas, mas impediram a utilização de 
nativos na agricultura e na mineração. 
 
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c) toleraram as religiosidades dos povos nativos e assim conseguiram convencê-los a 
colaborar com o avanço da colonização. 
d) rejeitaram os regimes de trabalho compulsório, mas estimularam o emprego de mão de obra 
indígena em obras públicas. 
e) desenvolveram missões de cristianização dos nativos e facilitaram o emprego de mão de 
obra indígena na empresa colonial. 
 
25. (Unesp 2018) As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e povos autóctones 
da América 
a) demonstraram o risco da expansão territorial para áreas distantes e determinaram o 
imediato desenvolvimento de vacinas. 
b) representaram uma espécie de guerra biológica que afetou, ainda que de forma desigual, 
conquistadores e conquistados. 
c) provocaram a interdição, pelas cortes europeias, da circulação de mulheres grávidas entre 
os dois continentes. 
d) foram utilizadas pelos nativos para impedir o avanço dos europeus, que contraíram doenças 
tropicais, como a febre amarela e a malária. 
e) levaram à proibição, pelas cortes europeias, do contato sexual entre europeus e nativos, 
para impedir a propagação da sífilis. 
 
26. (Unesp 2018) A afirmação de que os primeiros traços da presença europeia na América 
foram “o prelúdio da ocidentalização” e “uma das primeiras etapas da globalização” é correta 
porque a conquista do continente americano representou 
a) a definição da superioridade militar e religiosa do Ocidente cristão e o início da perseguição 
sistemática a judeus e muçulmanos. 
b) a demonstração da teoria de Cristóvão Colombo sobre a esfericidade da Terra e o fracasso 
dos novos instrumentos de navegação. 
c) o encerramento das relações comerciais da Europa com o Oriente e o imediato declínio da 
venda das especiarias produzidas na Índia. 
d) o encontro e o choque entre culturas e o gradual deslocamento do eixo do comércio mundial 
para o Oceano Atlântico. 
e) o avanço da monetarização da economia e o lançamento de projetos de regulação e 
controle centralizado do comércio internacional. 
 
27. (Enem (Libras) 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do 
Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de 
forma a ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma 
grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras 
descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem 
(1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos 
mapas de Bartolomeu Velho (1561). 
 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas.Varia 
Historia, n. 37, 2007 (adaptado). 
 
 
De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações 
cartográficas mencionadas era 
a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. 
b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. 
c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. 
 
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d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. 
e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. 
 
28. (Ufu 2017) Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20 40× metros) e velha 
maloca taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório, 
tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes 
solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do 
diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças 
contra os brancos e contra outros índios... 
 
Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: 
a tensão territorial. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado). 
 
 
Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do 
índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e 
desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. 
 
Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a 
moradia indígena representava o(a) 
a) tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual. 
b) baluarte de expressão da organização tribal, influência do contato com a cultura africana. 
c) símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia. 
d) obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções. 
 
29. (G1 - ifsul 2017) Observe a imagem. 
 
 
 
A imagem acima apresenta o Tratado de Tordesilhas, que foi assinado em 1494 e estabeleceu 
a) uma linha imaginária traçada a 100 léguas a oeste de Cabo Verde, em que as terras a leste 
pertenceriam aos espanhóis e as terras a Oeste, aos portugueses. 
 
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b) uma divisão entre Portugal e Espanha, a partir de 370 léguas a oeste de Cabo verde, em 
que as terras a leste ficariam com Portugal e as terras a Oeste, com a Espanha. 
c) uma separação entre França e Inglaterra, das terras do continente americano, sendo as 
terras ao norte pertencentes aos ingleses e as terras ao sul, à França. 
d) um acordo diplomático, assinado no século 18 entre os países Ibéricos, pela disputa das 
terras descobertas com a Expansão Marítima e Comercial Europeia. 
 
30. (Ufpr 2017) Durante a Colônia, experimentou-se uma série de conflitos protagonizados por 
colonizadores e populações presentes no território. Um deles, denominado “Guerra Justa”: 
a) consistiu na invasão armada dos portugueses em territórios indígenas, com o objetivo de 
capturar o maior número de pessoas, incluindo mulheres e crianças, com a finalidade de 
escravizá-los. 
b) foi um conflito bélico protagonizado pelos holandeses após a ocupação de Pernambuco por 
esses últimos. 
c) tratava-se de guerras por conquistas de território realizadas entre os diversos grupos 
indígenas e nas quais os portugueses participavam, apoiando um grupo ou outro, 
dependendo dos seus interesses. 
d) consistiu na invasão armada dos grupos indígenas aos assentamentos portugueses, com a 
finalidade de capturar invasores para serem comidos ritualmente. 
e) foram guerras de retaliação que os portugueses realizavam em territórios ocupados pelos 
holandeses após serem atacados por eles. 
 
31. (Uel 2017) Leia os textos a seguir. 
 
Vão completamente nus, homens e mulheres, como suas mães os pariram... Este rei e todos 
os seus andavam nus como tinham nascido, assim como suas mulheres, sem nenhum 
embaraço... as mulheres, pelo menos, podiam ser mais cuidadosas. 
TODOROV, T. Diários de Colombo. In. A Conquista da América. A Questão do Outro. São 
Paulo: Martins Fontes, 1983, p. 41. 
 
 
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem 
feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de 
encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. 
Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de 
uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. 
 
CAMINHA, P. V. Carta de Pero Vaz de Caminha. Biblioteca Nacional, 1500. Acervo digital. 
Disponível em: <https://www.bn.gov.br/tags/pero-vaz-caminha>. Acesso em: 21 set. 2016. 
 
 
Desejo tudo de bom para nossos compatriotas indígenas. Não acho que devemos nada a eles. 
A humanidade sempre operou por contágio, contaminação e assimilação entre as culturas. 
Apenas hoje em dia equivocados de todos os tipos afirmam o contrário como modo de afetação 
ética. Desejo que eles arrumem trabalho, paguem impostos como nós e deixem de ser 
dependentes do Estado. Sou contra parques temáticos culturais (reservas) que incentivam 
dependência estatal e vícios típicos de quem só tem direitos e nenhum dever. Adultos 
condenados à infância moral seguramente viram pessoas de mau-caráter com o tempo. 
 
PONDÉ, L. F. Guarani Kaiowá de boutique. Folha de S. Paulo. 19 nov. 2012. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.br/colunas/luizfelipeponde/1187356-guarani-kaiowa-de-boutique.shtml>. 
 
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Acesso em: 21 set. 2016. 
 
 
Os fragmentos dos textos falam sobre os povos e as culturas indígenas. Dois deles são de 
europeus (Cristóvão Colombo e Pero Vaz de Caminha) e datam, respectivamente, dos séculos 
XV e XVI. O último deles é de um brasileiro, Luiz Felipe Pondé, um filósofo do século XX. 
 
Com base nesses textos, nessas informações e nos conhecimentos a respeito dos povos 
indígenas da América, responda aos itens a seguir. 
 
a) Discorra sobre as diferenças presentes nesses três textos. 
b) Discorra sobre as semelhanças presentes nesses três textos. 
 
32. (Udesc 2017) “No Brasil, é comum retratar as populações indígenas como meros 
resquícios de um passado cada vez mais remoto, como os pobres remanescentes de uma 
história contada na forma de uma crônica do desaparecimento e da extinção. Diversos povos 
sucumbiram ao impacto fulminante do contato e da conquista, é verdade. Mas muitos 
conseguiram sobreviver ao holocausto, recompondo populações dizimadas, reconstruindo suas 
identidades, enfim, se ajustando aos novos tempos. Contribuem, hoje, para o rico painel de 
diversidade cultural que é, sem dúvida alguma, o patrimônio mais precioso deste país”. 
 
MONTEIRO, John M. Armas e armadilhas: história e resistências dos índios. In: NOVAES, 
Adauto (org.). A Outra margem do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, p. 247. 
 
Assinale a alternativa incorreta sobre os povos indígenas no Brasil: 
a) O Brasil é um país pluriétnico, com dezenas de povos indígenas. 
b) A Constituição de 1988 reconhece costumes, línguas, crenças e tradições indígenas, além 
dos direitos originários sobre as terras que os índios tradicionalmente ocupam. 
c) As populações indígenas não estão desaparecendo, pelo contrário, estão em crescimento 
demográfico no Brasil. 
d) Guarani, Kaingang e Mapuche são povos indígenas do Brasil. 
e) Mesmo com a violência sofrida ao longo da história do Brasil, os indígenas não foram 
vítimas passivas dos colonizadores. 
 
33. (Uem-pas 2017) Quando da chegada dos europeus ao Continente Americano, em 1492, 
estima-se que a população da América estava entre 80 e 100 milhões de pessoas. Para o 
que é hoje o território brasileiro, as estimativas variam entre 3 e 6 milhões de habitantes 
distribuídos entre 1.500 grupos étnicos distintos, agrupados em quarenta grandes famílias 
linguísticas.Sobre essa população e os primeiros grupos indígenas que ocuparam o Paraná, assinale o que 
for correto. 
01) Os restos humanos mais antigos encontrados no Brasil até o momento são os de uma 
jovem mulher, batizada pelos arqueólogos de Luzia. A datação realizada indicou que eram 
de 11.500 anos atrás, e encontrados em uma caverna na região de Ponta Grossa, nos 
Campos Gerais do Paraná. 
02) O território paranaense vem sendo ocupado por diferentes populações humanas há cerca 
de 9.000 anos, de acordo com os vestígios de suas culturas materiais encontrados por 
arqueólogos. 
 
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04) A hipótese mais aceita sobre as primeiras populações que ocuparam o Continente 
Americano é a que defende terem elas vindo do noroeste da Ásia, cruzando o estreito de 
Bering. 
08) A formação da base material para sedentarização dos grupos caçadores coletores que 
viviam nos territórios hoje pertencentes ao Paraná só ocorreu com a chegada dos primeiros 
europeus, que trouxeram as técnicas do velho continente. Somente então ocorreu o 
desenvolvimento da agricultura, a domesticação de animais e a fabricação de cestarias e 
cerâmicas. 
16) Os vestígios da cultura material de povos pescadores e coletores são encontrados numa 
vasta faixa entre o mar e a Serra do Mar. As baías, os estuários e as lagunas apresentam 
sítios denominados de sambaquis, que chegam a atingir 10 metros de altura. Neles são 
encontrados restos de alimentos, adornos, conchas, ferramentas, armas, vestígios de 
sepultamento. 
 
34. (G1 - col. naval 2016) Observe a charge a seguir: 
 
 
 
A charge acima representa os primeiros anos logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao 
Brasil. 
 
É correto afirmar que entre as principais características desse período temos a 
a) extração do Pau-Brasil por meio do estanco (troca), onde os indígenas realizavam o corte da 
madeira e recebiam em troca objetos vistosos, mas de estimado valor, como espelhos, 
armamentos e tecidos diversos. 
b) extração das drogas do sertão por meio de trabalho escravo, pelo qual os exploradores 
aproveitaram para iniciar o processo de ocupação territorial do Brasil a partir da construção 
de feitorias. 
 
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c) construção das primeiras feitorias com a finalidade de estimular a vinda de colonos para a 
produção de riquezas, como a cana-de-açúcar, e consequentemente efetivar a ocupação do 
território brasileiro garantindo a presença portuguesa. 
d) extração do Pau-Brasil por meio do escambo (troca), onde os indígenas realizavam o corte e 
o transporte da madeira recebendo em troca objetos de pouco valor, como espelhos, 
miçangas e instrumentos de ferro. 
e) distribuição das primeiras sesmarias, por meio de Estanco, aos donatários que estavam se 
instalando no Brasil, destacando-se, nesse processo, o arrendatário Fernando de Noronha, 
que se notabilizou na extração do Pau-Brasil. 
 
35. (Unesp 2016) Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até 
a outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha 
que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Traz, ao longo do mar, nalgumas 
partes, grandes barreiras, delas vermelhas e delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito 
cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa. 
[...] 
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal 
nem de ferro; nem lho vimos. 
Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. 
Águas são muitas; infindas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á 
nela tudo, por bem das águas que tem. 
Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta 
deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar. 
 
(Carta de Pero Vaz de Caminha, 1500. http://objdigital.bn.br.) 
 
 
Identifique duas das motivações da colonização portuguesa do Brasil citadas na Carta, 
indicando os trechos do documento que as mencionam. 
 
36. (Uem 2016) Sobre a história do Paraná, é correto afirmar que: 
01) Os Tupis-guaranis formavam uma das grandes famílias indígenas que habitavam o Paraná 
antes da chegada dos europeus. 
02) No século XIX, foram fundados diversos núcleos de colonização com a participação de 
imigrantes europeus. 
04) Um dos principais conflitos da revolução federalista ocorreu na cidade da Lapa. Esse 
episódio ficou conhecido como “cerco da Lapa”, pois foi naquela localidade paranaense que 
as tropas legalistas detiveram o avanço das tropas federalistas que marchavam em direção 
à capital da república, Rio de Janeiro. 
08) A prosperidade econômica do município de Curitiba deve-se ao fato de a região ter sido 
colonizada pela empresa Brasil Railway Company, do empresário Percival Farquhar, que 
projetou a Cidade Industrial de Curitiba. 
16) O tropeirismo foi importante atividade econômica para a ocupação de parte do território do 
Paraná, conhecido como Campos Gerais. 
 
37. (Ufrgs 2016) Assinale a alternativa correta sobre a história do Império colonial português 
na América, durante o século XVIII. 
a) A decadência do comércio de açúcar das Antilhas, desde o século XVII, possibilitou o 
crescimento extraordinário da produção canavieira no Brasil. 
b) A Carreira da Índia foi uma rota comercial que permitiu o fluxo de produtos, como tabaco, 
aguardente, tecidos e especiarias, entre o Oriente e a América. 
 
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c) A descoberta do ouro na América portuguesa ocorreu somente no século XVIII, na capitania 
de São Vicente. 
d) A Conjuração Mineira foi o último episódio de sedição ocorrido no Brasil, no século XVIII. 
e) As medidas tomadas pela administração portuguesa, durante o Reformismo Pombalino, 
promoveram ideais iluministas, com o incentivo à educação jesuítica na formação da elite 
colonial. 
 
38. (Udesc 2016) Analise as proposições sobre as populações indígenas na História do Brasil. 
 
I. A escravidão indígena não vigorou porque as populações indígenas não possuíam vocação 
para a agricultura de grande escala, tal como a implementada pela metrópole portuguesa. 
II. A contribuição indígena foi marcante em elementos do folclore, da culinária e da língua, e 
também no que diz respeito à organização social e econômica do Brasil. 
III. Em Santa Catarina, a concentração de populações indígenas foi maior no litoral, em 
especial com a população Guarani, Xokleng e Kaingang. No interior do Estado houve um 
grande vazio populacional, o que motivou as políticas de incentivo à imigração europeia na 
região. 
IV. O assassinato de lideranças indígenas, na contemporaneidade, possui vínculos com as 
lutas pela demarcação de terras indígenas. 
V. No período da chegada dos europeus, no Brasil, as populações indígenas organizaram 
diversas expedições de luta e de resistência à invasão europeia, chegando a organizar uma 
grande confederação de povos indígenas do litoral do Rio de Janeiro e do Vale do Paraíba 
para expulsar os portugueses. Essa revolta ficou conhecida como Confederação dos 
Tamoios e contou com a aliança de lideranças indígenas com invasores franceses 
estabelecidos no Rio de Janeiro. 
 
Assinale as alternativa corretas. 
a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
39. (Udesc 2015) Analise o texto abaixo: 
 
Las tres caravelas 
 
(...) 
 
Um navegante atrevido 
Saiu de Palos um dia 
Vinha com três caravelas 
A Pinta, a Nina e a Santa Maria 
 
Em terras americanas 
Saltou feliz certo dia 
Vinha com três caravelas 
A Pinta, a Nina e a Santa Maria 
 
Muita coisa sucedeu 
Daquele tempo pra cá 
 
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O Brasil aconteceu 
É o maior, que é que há? 
(...) 
 
Viva Cristóvão ColomboQue para nossa alegria 
Veio com três caravelas 
A Pinta, a Nina e a Santa Maria 
 
(Algueró Jr. Moreau. Tradução: João de Barro) 
 
 
Analise as proposições sobre essa canção popular, gravada por Caetano Veloso e Gilberto Gil 
no disco Tropicália ou Panis et Circensis (1968). 
 
I. A letra faz referência a episódios históricos conhecidos como o “descobrimento da América” 
pelos europeus, por meio da viagem empreendida pelo almirante Cristóvão Colombo, 
partindo da costa da Espanha pelo Oceano Atlântico, e atingindo as ilhas do Caribe, no dia 
12 de outubro de 1492. 
II. Os cantores da Tropicália utilizam a canção com ironia em relação ao discurso ufanista dos 
militares brasileiros durante a ditadura. Para eles, o Brasil estava submisso aos interesses 
econômicos dos Estados Unidos, como havia sido em relação às monarquias ibéricas no 
período colonial. 
III. O autor da letra, ao afirmar que o navegador “saltou feliz certo dia” nas terras americanas, 
identifica-se com os nativos, que consideram esse episódio o início de uma era de paz e 
prosperidade, pois Colombo veio “para nossa alegria”. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
d) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
40. (Uece 2015) A compreensão cristã do encontro dos portugueses com os primeiros 
habitantes da América teve forte conotação maniqueísta: de um lado estava o bem, 
simbolizado pelos europeus na sua suposta busca pelo paraíso; de outro, o mal, representado 
pelos indígenas e suas práticas diabólicas. 
 
Analise as afirmações abaixo acerca dessa compreensão. 
 
I. Tal compreensão foi alimentada por considerações imprecisas de alguns viajantes que 
classificavam de “demoníacas” certas práticas culturais dos povos americanos. 
II. A leitura das práticas dos povos americanos pelos europeus aliou a ideia da conquista de 
novas terras com o desejo de levar a palavra de Deus àquelas criaturas “demonizadas”. 
III. O pensamento cristão português dissociava-se das ideias e políticas expansionistas; desse 
modo, a propagação da fé era desvinculada da empresa marítima. 
 
É correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) II e III apenas. 
 
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c) I e III apenas. 
d) I e II apenas. 
 
41. (Ufjf-pism 1 2015) Observe as figuras e as informações abaixo e, em seguida, atenda ao 
que se pede em relação à chegada dos europeus na América. 
 
 
 
(...) Sabemos, graças aos textos da época, que os índios dedicam grande parte de seu tempo e 
forças à interpretação das mensagens, e que essa interpretação tem formas extremamente 
elaboradas, relacionadas às diversas espécies de adivinhação. (...) Em todos os casos, esses 
presságios e adivinhações gozam de enorme prestígio e, se for preciso, arriscarão a vida para 
obtê-los, sabendo bem que a recompensa vale o risco. 
 
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 
1993. p. 88-91. 
 
a) Qual era a visão dos europeus sobre os nativos americanos? 
b) Cite e analise DUAS práticas coloniais aplicadas pelos europeus frente à diferença cultural 
entre eles e os povos americanos. 
 
42. (Upf 2015) Sobre o processo de colonização do Brasil, leia o fragmento abaixo e considere 
as afirmações a seguir. 
 
“Desde o século XIX, discute-se se a chegada dos portugueses ao Brasil foi obra do acaso, 
sendo produzida pelas correntes marítimas, ou se já havia conhecimento anterior do Novo 
Mundo e Cabral estava imbuído de uma espécie de missão secreta que o levasse a tomar o 
rumo do ocidente (...). De qualquer forma, trata-se de uma controvérsia que hoje interessa 
pouco, pertencendo mais ao campo da curiosidade histórica do que à compreensão dos 
processos históricos.” 
 
(FAUSTO, Boris. História do Brasil, 2002, p.30) 
 
 
 
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I. O descobrimento do Brasil não entusiasmou Portugal do ponto de vista econômico. A 
arrecadação proveniente do Brasil representava apenas 2,5% das rendas da Coroa e por 
muitos anos a principal atividade econômica foi a extração de pedras preciosas. 
II. Uma das grandes ameaças à posse do Brasil por Portugal foi a França, que ocupou o Rio de 
Janeiro (1555-1560) e o Maranhão (1612-1615), entrando no comércio de pau-brasil e 
praticando a pirataria. 
III. No sistema de capitanias hereditárias, as únicas que prosperaram foram as de São Vicente 
e de Pernambuco, que desenvolveram a atividade açucareira e estabeleceram um 
relacionamento mais amistoso com os índios. 
IV. A centralização administrativa da colônia foi feita pelo Governo Geral, que consolidou os 
pilares básicos da colonização: grande propriedade, trabalho assalariado e agroexportação. 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) I, II e III. 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
 
43. (Enem 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a 
saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, 
nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, 
nem peso, nem medida. 
GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que 
vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado). 
 
 
A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a 
ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a 
a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras. 
b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização. 
c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena. 
d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses. 
e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa. 
 
44. (Uem 2015) Sobre a história da população dos territórios que vieram a se constituir no 
atual estado do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) Os principais grupos indígenas que habitavam a região eram os Tupi, que predominavam 
em algumas regiões, e os Gê, com destaque para os Kaingangue. 
02) Nos primórdios de sua colonização, o Paraná teve uma presença portuguesa na região 
litorânea e uma presença espanhola na região próxima aos rios Tibagi, Paraná e 
Paranapanema. 
04) Uma das principais características da colonização da região, no período colonial, foi a 
grande imigração de italianos, alemães e ucranianos, entre outros povos europeus, para a 
ocupação dos territórios paranaenses. 
08) De forma distinta das demais regiões do Brasil, em razão de sua recente colonização, a 
população do Norte do Paraná apresenta um predomínio de colonizadores europeus, que 
emigraram após a Segunda Guerra Mundial. 
16) Na região norte do atual estado do Paraná, prevaleciam até as primeiras décadas do 
século XX núcleos urbanos compostos por uma população de origem europeia que 
praticava um comércio ativo com a Argentina e o Paraguai. 
 
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45. (G1 - ifsc 2014) A imagem abaixo apresenta um ritual antropofágico de um povo indígena 
do território onde hoje é o Brasil. 
 
 
 
Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Os povos indígenas não foram escravizados pelos portugueses, pois praticavam o escambo. 
b) A imagem acima é falsa, pois os indígenas brasileiros não praticavam a antropofagia. 
c) Todos os povos indígenas brasileiros eram amistosos, o que facilitou a colonização 
portuguesa. 
d) Os povos indígenas brasileiros apresentavam muitas diferenças entre si, possuíam línguas 
diferentes, alguns praticavam a antropofagia, outros eram nômades, enquanto outros, 
sedentários. 
e) Os portugueses só tiveram contato com os povos indígenas após a chegada do primeiro 
Governador Geral. 
 
46. (Uepb 2014) Considerando a realidadeda América Portuguesa nas três primeiras décadas 
do século XVI, é correto afirmar: 
a) A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias 
Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana de açúcar. 
b) A Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada 
por franceses e ingleses. 
c) As expedições de Cristovão Jackes, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem 
combateram estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar 
as feitorias. 
d) A atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, 
uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento. 
e) A mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que 
presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu. 
 
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47. (Udesc 2014) Analise as proposições referentes ao estado de Santa Catarina, e assinale 
(V) para verdadeira e (F) para falsa. 
 
( ) Os principais grupos indígenas que habitavam a região do atual estado de Santa Catarina 
eram os Carijós, os Kaingáng e os Xokleng. Estes grupos estavam distribuídos em 
diferentes áreas do estado e tiveram contato com os europeus em distintos períodos 
históricos. 
( ) A passagem da Monarquia para a República ocorrida no final do século XIX, no Brasil, 
não acarretou maiores conflitos no estado, uma vez que os grupos políticos que detinham 
o poder, no estado, não foram destituídos de seus cargos. 
( ) A segunda metade do século XIX, no Brasil, é marcada pelo grande contingente de 
pessoas que imigraram para o país, sendo que estas eram de origem europeia e foram 
responsáveis pela fundação de cidades como Joinville e Blumenau. 
( ) Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial ocorreram muitos problemas no país, como 
a desconfiança e a prisão de pessoas que viviam em Santa Catarina, principalmente 
aqueles que eram imigrantes e descendentes de imigrantes de origem portuguesa e 
espanhola, também identificados como “5ª coluna”. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo. 
a) F – F – V – V 
b) V – V – F – F 
c) F – V – F – V 
d) V – F – F – V 
e) V – F – V – F 
 
48. (Uepb 2014) A riqueza cultural do povo brasileiro advém da pluralidade de etnias que nos 
formaram, produzindo um patrimônio cultural diversificado. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Os grupos indígenas encontrados no litoral pelo português eram principalmente tribos de 
tronco tupi que, havendo se instalado uns séculos antes, ainda estavam desalojando antigos 
ocupantes oriundos de outras matrizes culturais. 
b) Na época da chegada da esquadra cabralina, as tribos do tronco tupi eram as únicas que 
tinham uma organização social de classes, e a presença do Estado já era uma realidade. 
c) A instituição social que dificultou a formação do povo brasileiro foi o cunhadismo, velho uso 
indígena que proibia a incorporação de estrangeiros à sua comunidade. 
d) O surgimento de uma etnia brasileira não anulou as identificações étnicas dos índios e 
africanos consolidando a democracia racial que vivemos na contemporaneidade. 
e) Desde os primeiros dias da colonização, o projeto jesuítico se configurou como única 
alternativa de garantia das culturas indígena e africana, respeitando suas crenças e 
representações. 
 
49. (G1 - ifba 2014) “A conquista do Brasil pressupunha também o domínio ideológico dos 
povos das regiões colonizadas pela Coroa lusitana. Havia que provar pelo convencimento e 
pela força – a superioridade do modo oficial português de ser. Era necessário convencer as 
populações nativas e os recém-chegados da inferioridade e do 'bestialismo' dos hábitos 
americanos. A opção de europeus pela cultura material e social tupinambá causava tensões 
insustentáveis na férrea camisa-de-força vivencial em que as elites civis e religiosas ibéricas 
enquadravam as classes subalternas – metropolitanas e coloniais.” 
 
MAESTRI, Mário. Os senhores do litoral. Conquista portuguesa e agonia tupinambá no litoral 
 
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brasileiro. (século 16). POA: Editora da Universidade/UFRGS, 1994. p. 61. 
 
 
O texto acima e seus conhecimentos sobre as relações de dominação entre europeus e as 
populações indígenas na América Portuguesa permitem afirmar que 
a) os missionários analisavam o sistema cultural indígena, seus costumes, seu cotidiano, etc., 
segundo a moralidade cristã. 
b) a adaptação dos europeus aos Trópicos e a assimilação de certos costumes indígenas foi 
estimulada pela Coroa e pela Igreja Católica. 
c) os colonizadores, os missionários e os agentes portugueses compreendiam os costumes 
indígenas de forma idealizada, tolerante e idílica. 
d) os primeiros anos de colonização do território brasileiro foram marcados pela miscigenação 
e tolerância acerca do sistema cultural tupinambá. 
e) embora na colônia os europeus tenham adotado práticas de intolerância, na metrópole 
possuíam postura com maior respeito à diversidade cultural e religiosa. 
 
50. (Uem 2014) A descoberta do continente americano também despertou e atraiu para essa 
região, principalmente a partir do século XVII, diversos viajantes e naturalistas que contribuíram 
para registrar e para divulgar o “Novo Mundo” aos europeus. Sobre os papéis desempenhados 
por esses viajantes e naturalistas, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) Por terem uma formação filosófica fundamentada no pensamento iluminista, esses 
europeus registraram a realidade do “Novo Mundo”, sem compará-la à realidade europeia. 
02) Naquele contexto, durante o domínio dos holandeses, cientistas e artistas contribuíram 
para que fosse criado um Museu de História Natural no Nordeste brasileiro. 
04) A natureza morta e o cotidiano indígena estavam entre os temas retratados por esses 
viajantes e naturalistas. 
08) Diferentemente dos holandeses, os registros da fauna e da flora brasileira realizados pelos 
portugueses foram poucos e não tiveram divulgação internacional. 
16) No século XVII, esses viajantes e naturalistas foram fundamentais para divulgar a riqueza 
da arte e da cultura barroca brasileira na Europa. 
 
51. (G1 - col. naval 2014) A União Ibérica foi um importante estímulo à expansão territorial 
portuguesa sobre o território que legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de 
Tordesilhas. Com isso, aconteceram vários conflitos entre os dois países e foram necessários 
alguns tratados de limites para que as novas fronteiras se definissem. Sobre os tratados de 
limites que definiram o território brasileiro, pode-se afirmar que: 
a) o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites 
territoriais existentes à época do Tratado de Tordesilhas. 
b) o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio da restauração, 
restabeleceu as fronteiras existentes antes da União ibérica. 
c) com o Tratado do Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das Missões, 
o que provocou a chamada Guerra Guaranítica. 
d) o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte do 
Brasil, e a Guiana ficou sob domínio inglês. 
e) o Tratado de Badajoz foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites territoriais 
brasileiros. A única alteração, desde aquela época, foi a anexação do Acre. 
 
52. (Ufg 2013) Leia as narrativas históricas a seguir. 
 
Narrativa histórica 1 
 
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Em 1500, a história do Brasil começa com o 
descobrimento desta terra pelos portugueses. Ao 
chegar, encontraram os índios, que não tinham 
cidades, viviam nus, adoravam vários deuses, 
não possuíam Estado e não conheciam a escrita. 
A economia deles era de subsistência. 
 
Quando os portugueses descobriram o Brasil, os 
índiosentusiasmaram-se com as roupas, os 
espelhos e outros presentes trazidos da Europa. 
Cidades foram organizadas. Com a ação dos 
jesuítas, a partir de 1549, muitos tornaram-se 
cristãos e aprenderam a ler. 
Narrativa histórica 2 
 
 
 
Antes da chegada dos portugueses, diferentes 
nações indígenas viviam nestas terras. Estes 
povos tinham suas próprias crenças e formas de 
organização política e econômica. Alguns deles 
conheciam a cerâmica, o trabalho com o algodão, 
fabricavam armas e instrumentos musicais. 
 
Quando os portugueses chegaram, impuseram o 
seu modo de vida aos indígenas. Condenaram os 
seus deuses e suas formas de organização. Muitas 
tribos indígenas resistiram, mas a colonização 
provocou a dizimação física e cultural de diferentes 
nações indígenas. 
 
 
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As duas histórias apresentadas narram um evento da história do Brasil. Essas narrativas 
elaboram cenários diferenciados sobre a relação entre indígenas e portugueses. Comparando 
as narrativas históricas apresentadas, 
 
a) Qual a diferença de interpretação entre a narrativa 1 e a narrativa 2? 
b) Explique o que permite que o mesmo evento histórico seja narrado de forma diferente. 
 
53. (Enem 2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo 
sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver 
senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber 
que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra 
em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que 
será salvar esta gente. 
 
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna 
através de textos. São Paulo: Contexto, 2001. 
 
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. 
Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo: 
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. 
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. 
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. 
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia. 
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. 
 
54. (Uem 2013) Sobre a colonização europeia da região compreendida entre os rios Paraná, 
Paranapanema, Tibagi e Iguaçu, que em nossos dias fazem parte do Estado do Paraná, 
assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) No início da segunda metade do século XVI, os espanhóis iniciaram a colonização europeia 
daquela região, com a fundação de vilas. 
02) O estabelecimento dos portugueses na região ocorreu com a expulsão dos espanhóis no 
início do século XVIII, quando, com o apoio dos bandeirantes paulistas, os jesuítas 
portugueses fundaram as missões do Guairá. 
04) As reduções que foram organizadas pelos jesuítas para a catequese dos índios entravam 
em conflito com os interesses dos adelantados espanhóis, que utilizavam a mão de obra 
indígena por meio das encomiendas. 
08) Entre os principais povoados que foram fundados na região, Paranaguá atingiu um grande 
desenvolvimento econômico, no século XVIII, em razão da extração do ouro. 
16) Essa região era, no século XVI, povoada por indígenas, com o predomínio de grupos tupi-
guarani. 
 
55. (Ufsc 2012) PROPOSTA DE REDAÇÃO 
 
Observe as imagens abaixo e escreva uma dissertação abordando a trajetória do povo 
brasileiro, da chegada dos portugueses à atualidade. 
 
 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [C] 
 
Ao desprezarem a diversidade cultural indígena, os europeus que chegaram ao continente 
americano demonstram seu etnocentrismo, que se manifesta tanto na linguagem que utilizam, 
quanto nas atitudes que tomam nesses novos territórios. 
 
Resposta da questão 2: 
 02 + 04 + 16 = 22. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] 
Os itens corretos são [02], [04] e [16], perfazendo 22 pontos. Os itens incorretos são [01] (os 
japoneses ocuparam norte do Paraná, principalmente áreas do Terceiro Planalto a partir do 
século XX e se dedicaram inicialmente às atividades agrícolas, um dos exemplos é o município 
de Maringá) e [08] (Paranaguá apresenta povoamento a partir do século XVI e os sambaquis 
são sítios arqueológicos com acumulação de conchas associados a cultura de povos pré-
históricos no litoral Sul e Sudeste, muitos deles foram estabelecidos anteriormente ao 
estabelecimento dos povos indígenas encontrados na época da chegada dos portugueses). 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
A afirmativa [01] está incorreta porque os japoneses, a partir de um processo migratório 
ocorrido no século XX, ocuparam áreas do Terceiro, e não do Segundo Planalto Paranaense; 
A afirmativa [08] está incorreta porque a ocupação de Paranaguá data do século XVI e os 
sambaquis são típicos de uma cultura anterior aos tupiniquins e à chegada dos portugueses. 
 
Resposta da questão 3: 
 [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
A questão aponta para um grave problema no Brasil, a violência praticada pelo homem branco 
europeu que acreditava ser superior do ponto de vista racial e cultural, daí a escravidão 
moderna do homem africano e todo tipo de violência cometida contra a população indígena. 
Desde o início do século XVI, o homem branco não permitiu que as diversas tribos indígenas 
mantivessem sua identidade cultural. No início da colonização, os índios sofreram com a 
ocupação de terras, aculturação, destribalização, catequese, entre outras formas de violência. 
A constituição brasileira de 1988 assegura ao índio o direito a posse de suas tradicionais terras 
e bens e que cabe a União demarcar e proteger estas terras. Os textos acima mostraram 
claramente que a violência contra os nativos ainda persiste. Cartórios falsificam registros para 
legitimar a grilagem e as ocupações irregulares. A população indígena xavante presenciou um 
intenso desmatamento a partir da década de 1960 com o surgimento de fazendas de gado e 
soja. Vale dizer que no contexto da ditadura militar, 1964-1985, o discurso oficial era de 
integração, modernização e desenvolvimento. O que significa integração do ponto de vista do 
homem branco senão violar a constituição e violentar os nativos? As diversas tribos indígenas 
precisam de terras para manter sua forma tradicional de vida. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] 
No período colonial (século XVI), os povos indígenas tiveram grande parte dos seus territórios 
ocupados pelos colonizadores, muitos foram escravizados e submetidos à catequese e a 
aculturação. Milhões de indígenas foram dizimados por doenças transmitidas pelos 
colonizadores, o que reduziu drasticamente seu contingente demográfico. A população 
 
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indígena brasileira só voltou a crescer a partir dos dados do Censo 2000 e hoje representa 
apenas 0,4% da população total. Os povos e as terras indígenas estão concentrados no 
Centro-Oeste e Norte do país, as regiões com menor densidade demográfica. Na atualidade, 
apesar dos avanços na demarcação de terras indígenas desde a Constituição de 1988, a 
questão indígena no Brasil apresenta uma situação preocupante. Muitos povos indígenas ainda 
reivindicam a demarcação correta de suas terras. No Congresso Nacional, existem iniciativas 
conservadoras (ação da bancada ruralista, que defende os interesses do agronegócio), a 
principal é de retirar da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) a prerrogativa de demarcação das 
terras indígenas e transferi-la para o poder legislativo. O avanço do agronegócio no Centro-
Oeste, Amazônia e Nordeste, acirra os conflitos pela posse da terra entre latifundiários e povos 
indígenas. Foram verificados conflitos graves em Roraima, Mato Grosso do Sul (etnias guarani 
caioá

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