Prévia do material em texto
Emergencias oftalmológicas Anatomia -O olho humano e o SNC tem origem no tubo neural- neuroectoermica, por isso temos uma ligação direta do olho com o sistema nervoso. Anatomia externa Conjuntiva: -Camada muito fina que mantem a umidade ocular. -Inflamação conjuntivite. -Conjuntiva bulbar: envolve o bulbo (por cima da esclera). -Conjuntiva tarsal: dentro do tarso da palpebra. -Equimose conjuntiva inchada. -Irrigação: Artéria oftálmica (ramo da A. carótida interna). Pálpebra: -Superior: cílios mais longos, que conferem proteção pois fazem drenagem de ciscos. -Inferior: cílios mais curtos e numerosos. - normalmente. Irrigação: -A. oftalmica- carótida interna Inervação: -A principal irrigação é feita pelo ramo oftalmico do n. Trigemio. *Com essas inervações a gente consegue na anatomia cirurgica identificar as lesões e saber aonde pode ou não operar. Via lacrimal: Glândula lacrimal: -Pontinhos lacrimais: onde drena a lagrima. 70% no inferior, 30% superior. -Canalículo: drena para o saco lacrimal. -Canal lacrimal entupido: pode causar estenose do ponto lacrimal, obstrução de canalículos, obstrução do ducto ou saco lacrimal. -Não é responsavel pelo lacrimejamento basal (feito pela glandula de Krause e wolfring) -2 Tipos de Glândulas: Krause e wolfring mantém a umidade ocular. Glândulas acessórias: -Zeis Cisto sebáceo. -Moll Cisto sudoríparo. -Merbonios Micuim (caláseo é crônico, hordéolo )- coçar muito olho.Tratamento: lavar com shampoo. -Zeris, moll e merbonios produzem gordura, suor e secreção. -Válvula de Hasner: localizada no ducto lacrimal. Muito importante, pois quando nascemos ela é cartilaginosa e fechada. Ao desenvolver nos primeiros dias ela abre, caso não abre, deve realizar uma “massagem”, uma compressão no local para abri-la. Aparecem muitas crianças tratadas como conjuntivite, porem deve-se atentar para obstrução do canal. A clínica é de secreção ocular, olhos úmidos. Depois de 1 ano de idade, a válvula deixa de ser cartilaginosa e passa a ser óssea, logo necessita de cirurgia. (cirurgia complexa). -Essa valvula vai drenar para o meato nasal inferior, por isso quando choramos o nariz escorre. *Drenagem do canal lacrimal ocorre no meato nasal inferior, por isso que quando choramos o nariz escorre. *Criança congesta: refluxo devido à obstrução do ducto -Nodulos palpebrais: esses tumores sao os calázio, que é um cisto formado pelo bloqueio da glândula de merbonius na placa tarsal (gl. Sebácea) ; o cisto de Moll, uma vesicula translucida, arredondada e não dolorosa; o cisto de Zeiss, que é preenchido por uma secreção oleosa decorrente do bloqueio de uma glandula sudoripara especializada, associada com os cilios; Musculos extrinsecos -N. Oculomotor -N. Abducente (IV) -N. Troclear (IV) *O uso de celular por mais de 1h prejudica a acuidade visual, causando exaustão. -São sinérgicos (cada um faz um movimento) e concomitantes (ao mesmo tempo). -Estrabismo: NÃO existe só de um olho, são dos DOIS olhos, acontece que um pode ter um olho preferencial. É possível comprovar através de manobras nos dois. Referimos como estrabismo pra Anatomia Interna Irrigação: *Central da retina inerva o nervo óptico. Córnea -Responsável pela refração. -Corpo estranho atinge primeiro a córnea e a esclera. -Transparente e arredondada. -Possui dioptria (grau). Quando muda a forma, muda o grau.Inervação: Altamente inervada -Ramo do N. oftálmico; -Fibras simpáticas do gânglio cervical; -Irrigação: avascular (recebe nutrientes). -Camadas: Mb Bowman e Mb Descemet (ulceras que nao regeneram) Esclera -Epitélio Estroma Endotélio -Parte branca. -Inervação: N. ciliares posteriores longos e curtos. -Irrigação: Aa. Ciliares longas, curtas e anteriores. -Temmos no centro a esclera córnea e no meio a coiróide (vermelha, preto ou marrom por apresentar vasos) -Camadas: 1)Episclera 2)Estroma 3)Lamina fusca Limbo: -Transição da córnea e da esclera. Drenagem do humor aquos -Canal de Schlemm. -Nutrição da córnea Referencial cirúrgico Alterações imunológicas. Coróide -Corpo ciliar -É uma estrutura especializada que une a íris com a coróide. É responsável pela produção do humor aquoso. É ligado ao cristalino pela zônula. A superfície interna é transformada em processos ciliares, os quais são responsáveis pela produção do humor aquoso. -Temos 2 liquidos no olho: humor aquoso (parte da lente para frente) e humor vítreo que ocupa 70-80% do olho). -O humor aquoso é produzido no corpo ciliar, vai se anteriorizar a lente e o cristalino, passa em volta da iris e cai no canal Schlemm para drenar relacionado a pressão do olho (glaucoma) produção excessiva ou drenagem insuficiente. Íris -Inervação: Nervos ciliares longos e curtos. -Irrigação: Aa. Ciliares longas, curtas e nasociliar. -Camadas: 1)Lamina marginal anterior. 2)Estroma: pigmentação; M. esfíncter da pupila; Fibras parassimpáticas (oculomotor); 3)Epitélio: porção pigmentada e não pigmentada; M. dilatador da pupila; Fibras simpáticas (n.ciliares longos); -A íris consiste em tecido conjuntivo que contém fibras musculares, vasos sanguíneos e células pigmentares. Em seu centro há uma abertura, a pupila. Sua função principal é controlar a entrada de luz na retina e reduzir a lesão intraocular causada pela luminosidade. A dilatação da pupila é causada por contrações de fibras musculares lisas radiais inervadas pelo simpático. A contração pupilar ocorre quando um anel de fibras musculares lisas em torno da pupila se contrai, que é inervado pelo sistema nervoso parassimpático. Cristalino -É composto por 65% de água, 35% de proteína e minerais. Tem formato discóide, é compreendido por uma massa de células alongadas, chamadas “fibras cristalinianas”. Pode ser dividido em 3 partes: cápsula externa, epitélio subcapsular anterior e massa interna. -A cápsula do cristalino é um revestimento acelular, sendo o local de inserção das fibras da zônula, o que permite a acomodação visual a partir dos movimentos do músculo ciliar. -O cristalino é relativamente desidratado e suas fibras contêm proteínas especiais, o que gera sua transparência. A catarata é qualquer opacidade do cristalino (envelhecimento do cristalino). -Lente biconveza, sem inervação e avascular. Vitreo -Estrutura gelatinosa e transparente. -Ocupa 80% do volume total do globo ocular -O corpo vítreo é 99% composto de água, contém fibras de colágeno e de ácido hialurônico, que promovem coesão e uma consistência gelatinosa. Com o avançar da idade, o vítreo sofre uma progressiva liquefação (degeneração). Quando ocorre sua degeneração, pode haver tração e consequente descolamento da retina. O vítreo ajuda no amortecimento do globo ocular e tem um menor papel como fonte de metabólitos -Localizado na porção posterior do olho, onde encontra-se a retina. Retina -Irrigação: A. central da retina, A. coroidiana, Externo -10 camadas: 1)Epitelio Pigmentado 2)Cones e bastonetes 3)Membrana limitante externa 4)Nuclear externa 5)Piexiforme interna 6)Ganglionar 7)Nuclear interna 8)Plexiforme interna 9)Fibras nervosas 10))Limitante interna. -Função: transforma a luz que o olho capta em impulsos elétricos, que serão encaminhados para o nosso cerébro para que ele entenda aqueles sinais. -N. Optico ou papila: area central da visão macula encontra cones e bastoneste (visão mais fina e central) -A retina tem uma visão mais periférica imerge vasos: arterias e veias (mais espessas)- 2:1 (2 arterias e 1 veia). (fundo de olho 1: normal/ fundo de olho 2: paciente diabetico grave) Papila e nervo óptico -Onervo tem origem no bulbo quiasma óptico trato óptico cortéx do lobo occipital do cerébro -Constituído por 1 milhão de axônios das cel. Ganglionares da retina. -NII tem origem occipital, ao chegar no quiasma óptico as fibras se cruzam. Importante lembrar que as lesões podem ser contralaterais se lesarmos na frente do quiasma. -O NII possui uma abertura, se ela for <0,6 95% nao tem glaucoma, se 0,6 é borderline, se >0,6 95% com glaucoma. Glaucoma não é a pressão no olho, É A LESÃO DO NERVO OPTICO. *Essa abertura chama escavação. -Press~es baixas tem menor risco de lesão neuronal. -Os axônios das células ganglionares chegam ao nervo óptico através do disco óptico, o qual não possui fotorreceptores, é uma mancha cega fisiológica. A maioria dos discos ópticos tem uma cavidade central, denominada “escavação”, a qual é pálida em comparação com a coloração rósea das fibras nervosas que a circundam. A perda das fibras nervosas, que ocorre no glaucoma e em outras patologias, resulta em um aumento dessa escavação -Única forma de tratar glaucoma intervir a pressão, se o paciente tiver pressão normal de 16 com escavação grande, devo jogar essa pressão para 12. -Pio alvo abaixo de 14. Mácula Cones e bastonetes. Lesão do nervo: só enxerga desse jeito, apenas visão periférica. -Recém- nascido o músculo dilatador e esfíncter da pupila não funcionam. A criança com até 2 meses não enxerga com cores, primeiro começa a ver cores mais fortes: vermelho, verde e azul, com o tempo passa a enxergar as demais cores. Doenças oftalmológicas Olho vermelho Etiologia: -Conjuntivite* -Episclerite -Uveíte -Hemorragia subconjuntival* -Glaucoma agudo* -Corpo estranho* -Pterigio -Ceratoconjuntivite -Blefarite -Dacrocistite -Canaliculite -Ectropio -Entropio -Celulite -Traumatismo Unilaterais 1)Hiposfagma ou hemorragia subconjuntival -Associado a tosse, espirro, vômito, trauma leve local devido ao rompimento do vasinho da esclera. O tamanho aumenta sozinho, você acorda com ele pequeno e ao passar o tempo está enorme (devido a gravidade). -Podemos medir a pressão ocular e olhar o fundo de olho, nesse caso estará sem disfunções. -Assintomático: paciente só vai à emergência pela aparência, mas não sente dor, não sente nada e some sozinho em 7 dias. -Tratamento: sintomático (coceira, por exemplo). 2)Corpo estranho corneano -Dor intensa (córnea região mais inervada do corpo); -Mais frequente na UPA; -Geralmente unilateral; colher a anamnese. Geralmente queixa de que a dor piorou. -Atentar que o corpo estranho pode estar aderido ao tarso superior, o ideal é everter a pálpebra para procurar. -Tratamento: Anestésico + debridamento + oclusão. Já pinga 1 gota decolírio anestésico. Depois: debridamento com agulha com bisel para cima e retira o corpo estranho apenas se tiber habilidade, caso não tenha habilidade faça um curativo oclusivo: fecha o olho do paciente, manda para casa e encaminha para o especialista. -Depois de retirar o corpo estranho faz-se curativo oclusivo para melhor cicatrização. -Retirada: NUNCA cotonete e gaze, pois podem arranhar ou empurrar ainda mais para dentro. O Ideal é ocluir o olho, mantendo-o fechado até ir ao médico e deixar que ele o retire. Se tiver habilidade pode retirar, porém deve tomar cuidado. *Se voce nao tiver vendo o corpo estranho, o ideal é pingar o colirio anestesico e depois lavar bastante com soro -Se perfurar: ocluir e encaminhar para o especialista 3)Úlcera de óornea -Quebra da integridade do epitélio corneano mais profunda; -Quadro mais arrastado, maior que 7 dias; -Clínica: hiperemia, dor intensa, unilateral; -Tratamento: depende do agente causal: trauma, bactérias, protozoários, fungos ou vírus. Deepende do tamanho, gravidade e evolução da doença. -Tratamento pode variar desde tratamento clínico não intervencionista com antibióticos, lubrificação intensa, curativo oclusivo e lente de contato terapêutica, a procedimentos cirúrgicos, como recobrimento conjuntival e tarsorrafia (fechamento das pálpebras, de forma temporária ou definitiva. *Avaliar: localização X tempo X gravidade. *Se a lesão for no eixo visual é pior do que periferica, então o tratamento tem que ser mais agressivo. *ùlceras proofundas são mais dificeis de tratar e tem maior chance de cicatrização. -Por exemplo: tenho uma ulcera central, o paciente pode necessitar de transplante, pois pode causar um dano permanente na córnea. Periférica é menos grave. -Flurosceína: É um colírio amarelado, que ao ser pingado na córnea fica azul/esverdeado, é capaz de localizar onde está o dano, até mesmo corpo estranho-vidro. -Ulcera padrão dentrítico: fungo. CUIDADO ao tratar, não deve usar corticóide pois pode abri-la!! -Ulcera amoeba: é a ulcera pelo uso da lente de contato, quando o paciente não utiliza produto ideal de lente, usa soro normal. Ocorre uma contaminação da lente propramidina+ biguanida ou hexamidina+ clorexidina -Ulcera bacteriana: necrose da córnea. Uso dos mais diversos tipos de produtos, até mesmo LIMÃO! -Ulcera de lente de contato(1:36) -Úlcera dendrítica -Ao jogar o colírio amarelo na luz azul fica verde. *Muito difícil de tratar! Bilaterais 5)Conjuntivites -Inflamação da conjuntiva; -Geralmente bilateral pode demorar até 3 dias para passar para olho contralateral. -Clínica: vermelhidão, sensação de corpo estranho, queimação e secreção, “areia no olho”. -Etiologia: Alergica: rinoconjuntivite alergica; conjuntivite vermal; conjuntivite atópica. Infecciosas: viral; bacteriana; clamídia. Outras: sindrome oculoglandular Parinaud; Conjuntivite lenhosa.Mucocutâneas bolhosas: Steve Johnson; Penfioide cicatricial; ceratoconjuntivite; límbica superior; conjuntivite química. Alérgicas 1)Rinoconjuntivite alérgica: -Mais comum e mais branda; -Paciente que tem rinite e na crise coça muito o olho, fica vermelho e com secreção. -Clínica: hiperemia, prurido, lacrimejamento, edema palpebral. -Tratamento: estabilização de mastócitos (cromoglicato). Anti-histamínico (emedastina); Olopatadina 0,1% (possui as duas ações). -O oftalmologista tem segurança para passar corticoide tópico para o paciente, geralmente inicial antes do anti-histamínico. Pediatras não gostam de receitar, mas é o que melhora. Já o corticoide oral você deve ter cuidado pois tem a questão adrenal. 2)Ceratoconjuntivite vernal: -Mais comum em crianças, geralmente mais em meninos (criança atópica, asmática); -Associada a atopia e asma (pacientes muito alérgicos). -Um pouco mais acentuado tratamento mais forte. -De tanto coçar pode gerar úlcera (estéril- mais fácil de tratar) -Clínica: alérgica + papila gigante, nódulos de Trantas (compostos eosinofilicos) e ulceras em escudo. -Tratamento: alérgica (anti-histaminicos), esteroides tópicos (colírios com corticoide-dexa), ciclosporina tópica. -Na pratica, pode tratar com corticoide sistêmico também para adiantar o processo, porém a título de teoria nós não consideramos nesse tipo de conjuntivite. *Nódulos de trantas. 3)Conjuntivite atópica -É uma das conjuntivites mais raras; -Acomete mais homens com dermatite atópica ou que tenham asma. Em outros casos pode ser uma sequela da ceratoconjuntivite vernal. -Clínica: alterações palpebrais (dermatite atopica), reação papilar, alterações cicatriciais, punctatas, ulcera em escudo. Acontece em picos, principalmente no inverno acentuado. -Tratamento: mesmo tratamento da vernal + tratamento sistêmico (corticoides) caso seja necessário. Se necessário debrida as papilas cirurgicamente. 4)Conjuntivite papilar gigante: -Caso muito grave! Consegue ver as papilas mais sólidas (mais crônico). -Causada por lente de contato. -São as mesmas papilas que as acima, mas maiores com conjuntivite mais branda. -Pacienteque vai sempre ao consultório, não tolera a lente (podendo a papila capturar a lente), acaba não usando mais lente. Infecciosas Virais: -Tipo de conjuntivite mais comum. -Altamente contagiosa, transmitida através do contato direto com secreções, objetos e superfícies contaminadas, principalmente em aglomerações. -Como no inverno, os ambientes ficam fechados, favorecce a propagação. 1)Adenovírus -É o tipo mais comum da classe. -É epidêmica, quando um paciente pega ele pode espalhar para todos. Por isso é importante que as crianças evitem ir à escola. -Transmissão: contato direto (secreções, objetos e superfícies contaminadas). -Maior propagação em aglomerações. -Tratamento: lágrimas artificiais e compressas frias. (única diferença para bacteriana). *Lembrar que a viral pode virar bacteriana por isso que no pronto socorro já receita colírio. *Diferença para bacteriana: esta vai dar em crianças menores e vai criar uma membrana ou pseudomembrana (no tarso inferior a bactéria vai produzir uma substancia, que vai formar uma camada fina- deve retirar com cotonete (traumático=HORRIVEL!) *Se deu 3 dias e não melhorou tratar como bacteriana 2)Molusco contagioso: -Só resolve se retirar o molusco, usar soro! -Cuidado para não espalhar, porque é muito contagioso 2)Herpes: -Tem a simples e a zórters -Difícil de tratar; dá muitas cicatrizes. -Faz ulceras herpéticas: profundas, difíceis de fechar e costuma dar um leucoma. -Passivel de transplante no futuro (não é bom, pois nem sempre o corpo aceita). Infecciosas Bacterianas: *Ocorre mais em verão. *Mais secreção e mais sintomas 1)Simples: -Agentes: S. aureus; S. pneumoniae; H. influenza; Moraxella cataarrhalis. -Transmissão: contato direto (secreções, objetos e superfícies contaminadas). Sempre falar que pega no ar para as pessoas lembrarem que acabam encostando nos lugares depois que passam a mão no olho. Cuidado com toalhas de rosto e travesseiro! -Tratamento: antibiótico tópico associado com corticóide (diminui os sintomas). -Pode usar corticoide tópico, pois é ele quem vai cuidar dos sintomas, como prurido. Ex.: maxitrol é mais frequente. Em casos prolongados: ciprofloxacicino + dexa. Se mais grave ainda: moxifloxacina. *Lembrar que deve retirar a membrana no tarso inferior também (cotonte- dói e sangra). *Maior propagação em aglomerações (criança também não pode ir à escola). *xve*rnal; 2)Gonococcica -Rara em nosso meio, mas comuns em lugares comuns. -Penetra o epitélio corneano integro abre a ulcera, podendo ser intraocular; -Mais grave: quadro mais exuberante e maiores riscos de complicações (cegueira); -Tem que ver histórico do paciente: higienização, promiscuidade. -Tratamento: sistêmico 1)Ceftriaxone 1g IM sem acometimento corneano; 2)Ceftriaxone 1g 12/12h EV acometimento corneano; Uso tópico: Quinolona. 3)Glaucoma agudo -Paciente chega com olho unilateral com muita dor. -Aumento súbito da PIO (pressão intra-ocular): normal- 8/10-21, paciente tem sintoma acima de 40; paciente com PIO por volta dos 30 é assintomático. -É unilateral e acontece em idosos. -Diminuição rápida e progressiva da acuidade visual (grave) descompensação corneana. -Dor e congestão; -Sintomas sistêmicos: náuseas e vômitos; -Midríase média lembrar de perguntar se não houve trauma; -Tratamento: anti-hipertensivos tópico; -Quando é agudo em pronto socorro faz manitol EV 250ml lento , sempre cuidado devido à idade para não ter depressão. Depois encaminhar ao especialista. 4)Pterígio -Crescimento fibrovascular subepitelial (carne no olho); -Não confundir com catarata; -Sol e vento são fortes predisponentes nordeste e norte tem mais, ideal usar óculos de sol! -Crescimento lento, caso cresça demais e atrapalhe a visão é necessário remover cirurgicamente, -É causada uma inflamação no local acometido; -Tratamento: AINE tópico. Pode até retirar, mas vai voltar. O crescimento é lento, mas não compensa retirar. -Complicação do pterígio temporal: sinéquia, as vezes você retira e ocorre uma aderência que você não consegue mais abrir a pálpebra, pois esta aderida a conjuntiva bulbar. Quando volta ficar mais difícil de operar ainda, então deve retirar. Considerações finais: -É uni ou bilateral? Bilateral: conjuntivite. Unilateral: conjuntivite ou outras complicações. -Houve perda da AV (acuidade visual)? Pensar em gravidade. Pode ser glaucoma, pode ser lesão de vítreo, pode ser lesão na córnea. Pode ter sido uma ulcera evoluída. -Trauma? Perguntar o paciente o que houve, se ele caiu ou algo do tipo. -Já está em tratamento? Se sim, há quanto tempo? Quanto maior o tempo de tratamento e não houve melhora pior o quadro. -Consigo visualizar alguma alteração a olho nu? Trato como conjuntive ou penso em outro diagnóstico. -Não posso fazer nada no PA. Minha melhor opção se houver alguma alteração oclusão (abrir e fechar palpebra gera dor) e encaminha. Paciente em tratamento: alyteração local? Normalmente está tratando conjuntivite, paciente tem muita dor, opacidade e desconfio de glaucoma faz manitol EV e encaminha. Acho que tenho corpo estranho se tiver habilidade retira, se não faz oclusão e encaminha. Trauma ocular Epidemiologia -Incidência muito alta melhorar atendimento -55 milhões/ ano -750 mil necessitam de hospitalização -200 mil são abertos -1,6 milhões de cegos vítimas de traumas -2,3 bilhões com BAV (baixa acuidade visual) paciente se torna inato ao trabalho *Cegueira legal não consegue ler, só letras garrafais *Cegueira completa limitação de produtividade (não pode trabalhar com altura, policia, bombeiro, pilotar avião/ carros maiores). Geralmente esses acidentes ocorrem com esses tipos de trabalhador. Conduta (no PA) 1)Anamnese cuidadosa -Observar paciente: marcha do paciente para ter noção da gravidade do trauma. -Conversar: paciente está consciente, sabe falar tempo e mecanismo do trauma -Mecanismo do trauma: noção de gravidade -Tempo: noção das complicações 2)Avaliar acuidade visual -Tabela de Snellen (aquela tabela com letras que vao diminuindo que tem no oftalmo): mede visão do paciente. Distancia de 20 pés ou 6 metros. Medida unocular, primeiro direito e depois esquerdo. -Visão: 20/200- pior visão da tabela, é considerado cego legal. -Medidas de acuidade visual: paciente consegue contar dedos a uma pequena distancia (paciente CD), enxergar mão mexendo (paciente MM), enxergar luz acesa (paciente PL- perfecção luminosa), nem a mão mexendo (paciente não PL) pior visão, olho inválido, só trata em caso de dor. -Melhor visão: 20/20 100% de visão 3)Reflexo pupilar: -A quantidade de luz que entra no olho é regulada pelo diâmetro da pupila. A iluminação da retina provoca a constricção do m. Esfincter da pupila. As fibras circulares (esfincter) que contraem a pupila são inervadas pelo parassimpático e simpárico) -Entra luz: parassimpático fecha o olho (m. asfincter da pupila) -Sai luz: simpático dilata o olho (m. dilatador da pupila) 1)Olho normal ou esocórico 2)Mídriase e isocoríase (anisocórica) 3)2 mioses 4)2 midríases -Fotomotor direto x consensual Direto: miose após estímulo luminoso. Consensual: miose no olho não estimulado pela luz -Lesão neurológica X alterações oftamológica -4 tipos de lesões oftalmológicas: -Se paciente não apresenta essas lesões oftalmológicas, então são causas neurológicas. 1)Midriático: uso de colírio para consultar (cai muito em um olho e pouco no outro). 2)Pupila de Adie: paciente assintomático com anisocoria (vírus ou bactéria que afeta o parassimpático) 3)Paralisia do III nervo: paciente com ptose e abdução (pálpebra cai e o olho abre) 4)Sind. De Horner: paciente com pstose e enoftalmia (olho menor e mais fechado) -Paciente quesofreu trauma pode ser oftalmológico, paciente em CTI sem nenhum trauma naquele momento é neurológico. 4)Colírio anestésico (paciente com dor) -Cloridrato de proximetacaína 5mg/mL anestalcon -Pinga 1 gota e pode dar midríase. 5)Inspeção -Olhar o paciente, o mecanismo de trauma (prego/ trauma perfurante/ lacerante) -Ver garvidade da lesão 6)Tônus muscular (muito pouco útil no cotidiano) -“Pegar o cotonete e olhar se o olho está murcho” -NÃO É INDICADO Trauma mecânico -Fechados: 1)Contusões pode ter glaucoma agudo pós trauma, fratura e deslocamento de retina. -Acidentes mais graves -Blow-out X blow-in traumas cirúrgicos Fraturas de órbita- blow out -Histórico -RX, TC, exploração cirúrgica (só pede RX porque está no PA) parte mais frágil da órbita: assoalho aior chance de fraturar o olho e não é possível ver por RX, TC tenho idéia do caso e só com cirurgia (bulbomaxilo) que vai ser possível saber o que aconteceu. -Trauma no assoalho da órbita -Sinais e sintomas: assimetrias faciais, edemas, equimoses e hematomas, movimentação ocular, epistaxe e perda visual. O olho pode afundar também. -Paciente tem glaucoma pós trauma -O olho afunda e depois expande de novo descolamento de retina Fratura blow-in -Histórico -RX, TC, exploração cirúrgica (só pede RX porque está no PA) parte mais frágil da órbita: assoalho aior chance de fraturar o olho e não é possível ver por RX, TC tenho idéia do caso e só com cirurgia (bulbomaxilo) que vai ser possível saber o que aconteceu. -Sinais e sintomas: assimetrias faciais, edemas, equimoses e hematomas, movimentação ocular, epistaxe e perda visual. -Trauma das outras partes das órbitas -Abertos: lascerações e rupturas 1)Penetrantres -Não perfura o globo ocular, só penetra faz homeostase e avaliar se tem algum dano associado. 2)Perfurantes -Esse provavelmente vai perder a visão. -Possui mecanismos de perfuração, tamponamento e descolamento de retina. -Tem o mecanismo de compensação: globo ocular tem pressão interna, quando ele fura ele vaza, então a iris vem um pouco para frente para tentar tampar o buraco para evitar vazamento das estruturas oculares “iris de gato”. Tratamento: -Não lavar -Dieta zero -ATB profilático -Analgesia -Cirurgia de urgência todos os hospitais oftalmológicos são obrigados durante as 24h receber os pacientes de urgencia -Curativo não compressivo não tenho o curativo de acrilíco coloca copo de café de plástico + esparadrapo e encaminha até 24h, pois corre risco de necrose de iris. Caso aconteça a necrose faz-se evisceração: abre o olho, limpa tudo que tem dentro (coroide pode sofrer mitose e virar tumor). Traumas químicos -Ácidos X Alcalis (alcalis é pior, porque penetram no olho íntegro e leva a cegueira, o ácido só queima e depois revitaliza) -Queimaduras oculares químicas produzem importantes danos na superfície ocular, cutânea e seguimentoanterior do olho, resultando, muitas vezes, em redução permanente da visão uni/bilateral. A maioria das vítiimas jovens do sexo masculino e observa-se alta incidência de acidentes de trabalho. -Comprometimento visual transitório ou permanente -Mais em homens -Alcalino -Tratamento: colírio anestésico, lavagem copiosa e remooção de detritos, controle da inflamação, repitalização e reabilitação visual. 1)Abriu uma úlcera pontual, ainda não contaminada controle da inflamação devido a resposta inflamatória grave. Lavou, controlou, aplicou colírio, agora ATB + corticóide (diminuir resposta inflamatória), pomada cicatrizante para agilizar cicatrização. 2)Lesão maior na córnea toda, doi mais e demora mais a cicatrizar. Lavar, colírio, medicação e pomada. 3)Acidente por alcalis: olho queimou, absorve e reepiteliza, córnea fica reepitalizada reabilitar paciente -Tratamento imediato: pomada cicatrizante (Regencel)- paciente fecha devagar o olho, oclusão 24h e colírio lubrificante. *Quando o oftamologista é secundário? Professora mostrou paciente com foice no olho. Para cirurgias na face é necessário bulbomaxilo e depois que chama o oftamologista. *Olho de vidro prótese ocular paciente não tem olho. As próteses tem profundidade, localização para cad tipo de caso, tamanho e é complicado (faz no mínimo 2 cirurgias, além de causar muita secreção) Colírios -Lubrificantes: 3 linhas 1)Mais baratos: lacrima plus, lacribell (paciente de PA que vai usar por 3 a 5 dias) 2)Preço mediano: lacrifilm, oflox 3)Melhores: optive *Colírio “top de linha”: optive, hylo e hyabak (não tem conservantes- pacientes com doenças reumáticas, ceratocone, lente de contato rígida com alergia ocular) *Quanto mais conservantes melhor o colírio -Moura Brasil, lavolho e neo brasil fazem vasoconstrição ocular, PORCARIA! -Colírios do dia a dia- associações: tobrex (único para criança- na bula) + corticoides (pode alterar o corpo ciliar em crianças glaucoma congênito); nepodex+ maxidex + maxiprol (conjuntivite adulto); cilodex + maxiprol + cylocort (casos mais graves) quinolonas de primeira linha. *Quando não souber o que fazer usa colírio lubrificante. *Sempre prescrever 1 gota (capacidade do olho), só o anestesico que aplica mais de 1 gota, pois não e absorção é para a superfície.