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Página 1 de 9 CLÍNICA CIRÚRGICA AULA 05/05/2023 PRINCIPAIS DOENÇAS OCULARES NA ROTINA CLÍNICA CERATITES SUPERFICIAIS E ULCERATIVAS LESÕES CORNEANAS: se existe uma lesão corneana existe um fator predisponente, ou algo pra isso. É a estrutura mais exposta por isso a frequência. Para o olho trabalhar bem precisamos dos anexos oculares, eles podem ser nomeados (pálpebra ocular, músculos ocu- lares, gordura retrobulbar...) que fazem com que o olho funcione normalmente. A camada mais avançada é a córnea, estrutura mais exposta e por isso as lesões ocorrem nela. Fatores externos: alterações palpebrais, ciliares, traumas, má formações dos anexos, colonização bacteriana A superfície ocular não é estéril, temos uma microbiota residente. Fatores ligados a outros tecidos: uveítes, doenças infecciosas (todas). Muitas vezes o problema primário não é a córnea, mas existe algo que reflete no globo ocular. Fatores internos da própria córnea: distrofias, degenerações, problemas lacrimais (olho seco, falta de lágrima – KCS, ceratoconjuntivite seca; e problemas na composição da lágrima) CÓRNEA: Histologicamente 4 camadas; fisiologicamente 5 camadas. Camada mais superficial é o filme lacrimal. Tudo funciona bem se ele estiver funcionando adequadamente. • CAMADA DE REVESTIMENTO → Epitélio pavimentoso sem queratina, 7 a 9 camadas com células justapostas. É hidrofóbica Lágrima faz nutrição e oxigenação da córnea. Epitélio mantém superfície corneana, favorece lubrificação. • ESTROMA → lâminas de colágeno organizadas perfeitamente para que a córnea seja transparente. A luz passa de maneira adequada por conta dessa organização. É hidrofílico, e se estiver exposto absorve água/líquido – edema, que ocasiona opacidade [aspecto azulado é pelo contraste com o fundo do olho do animal]. • MEMBRANA DE DESCEMET → camada bem fina que fica exatamente na base do estroma. É elástica, delgada. • ENDOTÉLIO → muito fina, mais interna, conectada pelo líquido intraocular, funciona como bomba ativa – dentro da córnea temos líquido e quem tira esse líquido de dentro é o endotélio. Ele é único com células lado a lado, elas têm capacidade reduzida de regeneração – se começamos a perder endotélio acumula líquido dentro da córnea, gerando edema, clinicamente percebemos com opacidade que mesmo com o animal melhorando-a não se faz. Exemplo Hepatite infecciosa canina que destrói células endoteliais e depois da doença ocorre síndrome do olho azul, animal permanece com olho opaco a vida toda prejudicando a visão. Deturgescência é a capacidade da córnea de manter sua hidratação controlada, de se manter desidratada. Córnea para se manter transparente não tem pigmento, vasos, mielina. Mas é altamente inervada e precisa manter sua deturgescência. Um animal com doença corneana apresenta vasos e pigmento na córnea, perdendo a transparência. Página 2 de 9 1. ÚLCERA CORNEANA: Para afirmar que é uma ulceratite superficial → precisamos de um colírio. Ela vai corar de maneira superficial por rosa bengala e lisamina verde. 2. ÚLCERA SUPERFICIAL: Em uma lesão que invade um pouco estroma, é uma úlcera superficial, que vai se corar por Fluoresceína. 3. ÚLCERA ESTROMAL PROFUNDA: perdemos muito colágeno (lesão direta ou ação de enzimas). Medicamento que inibe as defesas da superfície ocular, inibe cicatrização e potencializa colagenase. Prejudicando cicatrização da úlcera, é tóxico. Testar fluoresceína antes do corticoide. 4. DESCEMETOCELE: lesão muito profunda no estroma e só vemos a membrana (bolsa) de Descemet. A membrana não se cora, então se fazemos Fluoresceína e vemos que o fundo da lesão não se cora, indica a Descemetocele, perfuração eminente. Sinais clínicos: dor, blefarospasmo (sinal de desconforto, dor), hiperemia conjuntival, secreção ocular, opacidade de córnea, neovascularização, pigmentação, ulceração, lacrimejamento, epifora (Poodle com canto do olho marrom – lá- grima que escorre e pigmenta o pelo. No canto do olho temos ponto de drenagem), uveíte reflexa. Braquicefálicos produzem menos lágrimas, tem pregas de pele, mais pelos. CERATITES SUPERFICIAIS → testam negativo com Fluoresceína A porção aquosa do filme lacrimal é depositado em cima do olho e drenado em baixo, enquanto piscamos distribuímos ele. 50% são perdidos na evaporação, então dependendo da quantidade de lagrima não é drenado, e a porção do olho que ficará mais tempo sem lágrima será a porção nasal. PRINCÍPIOS PARA O TRATAMENTO DAS CERATITES ATB (Antimicrobianos): • Inicial empírico • Cultura e antibiograma • Frequência variável QID a hr/hr (varia de a cada 6h até de hora em hora) • Tobra/Genta/Quinolonas (geralmente usamos essa sequência, que é variável) Pannus → doença autoimune, gera ceratite superficial, próprio organismo tentando combater a córnea. Gera tecido de granulação em cima do olho. Responde bem a imunossupressores. Úlcera geografia → contorno deixa de ser circular. Geralmente por material abrasivo, lesão mecânica. Sequestro corneano → mais comum em felinos. Degeneração da córnea, com característica de uma placa pigmentada no olho, geralmente marrom ou preta. • SEROSA → lágrima • MUCOIDE • PURULENTA → pus • MUCOPURULENTA Página 3 de 9 Evitar produtoras de colagenase, então sendo possível vamos adotar o uso de antimicrobianos. A cultura e antibio- grama demora em torno de 5-7 dias, então no início usamos empiricamente. Definimos as melhores escolhas. No início usamos a Tobramicina, quando chegar antibiograma aí fazemos ajuste. Não usamos injetável porque córnea não tem vaso então não temos perfusão ideal de antibiótico. MIDRIÁTICO/CICLOPLÉGICO: • Reduzir espasmo/dor • Uveíte • Midríase • Atropina 0,5 a 1% - BID Dentro do olho temos a úvea que tem vasos e músculos, toda vez que temos uma inflamação ocular esses músculos se contraem causando dor, desconforto e miose. Precisamos promover o relaxamento da úvea, promover midríase, o mais comum utilizado pra isso é o colírio de atropina. Tempo máximo de uso de 7 dias (tem ação residual, esperamos que fique 15 dias em midríase). Atropina causa diminuição da produção glandular do intestino → problema para os equídeos. Por conta da cólica. LUBRIFICANTES: • Substituto lacrimal • Limpeza • Evita KCS – Atropina • Frequência elevada hr/hr INIBIDORES PROTEASES • EDTA • Condroitina A • Soro sanguíneo • N-acetilcisteína • Frequência QID ou superior AINES • Sistêmico • Analgesia e recuperação do paciente • Reduz infiltração leucocitária • Proteção sempre, colar protetor, óculos CORTICOIDES • Atraso na cicatrização • Efeito nas proteases • Redução das defesas • Agravamento CIRURGIAS: • Flap de terceira pálpebra → conferir proteção, aumentar permanência dos colírios... Muito risco • Tarsorrafia → fechar pálpebras para preservar olho. Não conseguimos examinar olho durante. • Flap conjuntival • Flap conjuntival pediculado • Membranas biológicas • Transposição córneo-conjuntival QUEMOSE → EDEMA DE CONJUNTIVA MELTING → células inflamatórias, como fibroblastos, querati- nócitos, microrganismos e células epiteliais produzem colage- nases e outras enzimas proteolíticas, as quais podem causar progressiva degradação do colágeno estromal corneano com o risco de perfuração Página 4 de 9 DOENÇAS CONJUNTIVAIS Muito frequentes Sinais clínicos: hiperemia, quemose (edema de conjuntiva), secreção ocular aumentada, hemorragia, prurido, evidencia de folículos, neoformações Etiologias: • Bacteriana, viral, fúngica, parasitaria, olho seco, neoplásica • Imunomediada, tóxica, alergia, CE, cílios Existem espécies que precisam de condições necessárias para ocorrer conjuntivites, e tem espécies que apresentam con- juntivite como origem primária. Relato de olho vermelho não pensamos em conjuntivite, encontramos outras causas. Diagnóstico: Swabcoleta no saco conjuntival conjuntiva e lágrima O ideal é fazer cultura e antibiograma, e fazer tratamento previamente com antibioticoterapia empírica. CULTURA • Sem sucesso • Baixa contagem bacteriana • Dificuldade nas técnicas laboratoriais • Uso prévio de atb CITOLOGIA • Diferentes métodos • Gram x Glemsa Se tivermos presença viral encontramos predominantemente linfócito. Conjuntivite viral → conjuntiva é também tecido linfoide, como uma camada de revestimento, tem esse tecido capaz de liberar anticorpos e celular para defesa da superfície ocular (que não é estéril), precisamos da conjuntiva ativa para resolver infecção, inflamação, doença imunomediada. É extremamente importante TRATAMENTO: Remover causa base (se não frequentemente teremos o quadro de conjuntivite); Lubrificação através de colírio; Limpeza do olho sempre solução fisiológica gelada, se não, água filtrada gelada. Não usamos outras coisas [limão, man- teiga, álcool, sabonete, água boricada] pois são causticas para o olho; Antibiótico indicado no perfil para bactéria então não utilizar quando na verdade precisamos usar antifúngicos, antivirais. Corticoide (mais custo-benefício, mas a situação que impede o uso são as úlceras) Imunomoduladores (Ciclosporina) > Corticoides (Prednisona, Dexametasona) > Anti-inflamatórios não esteroidais (Flur- biprofeno) Lágrima é dividida em três extratos → uma camada lipídica (gordura que são produzidas na margem da pálpebra), mu- cosa (formada por células de quitina caliciformes que estão na conjuntiva, faz transporte de elementos) e serosa (glân- dulas lagrimais na parte de cima perto tempora, aquosa) • FELINOS: INFECCIOSAS → C. felis ; Herpesvirus • CANINOS: NÃO INFECCIOSAS → Pannus ; CCS ; Entrópico ; C.E. • EQUINOS: CERATITE → Uveíte • BOVINOS: INFECCIOSAS → M. bovis HEMANGIOMA e HEMANGIOSSARCOMA: origem vascu- lar, endotelial Página 5 de 9 CHERRY EYE – Protusão da glândula da terceira pálpebra Afecção tem aumentado com braquicefálicos. Quando faz a cirurgia sentencia ao animal a ter olho seco. Só se faz a retirada se houver tumor (raro). Essa glândula faz a defesa da superfície do olho e . Ela apresenta uma cartilagem e quando há Cherry Eye a glândula aumentou tanto que ficou protraída. Existe um ligamento que faz a posição dela para baixo, porém nos braquicefálicos há uma frouxidão. PERFIL DO PACIENTE: Hiperplasia linfoide, frouxidão do retináculo, animais jovens, mais frequente em cães, braquicefá- licos Animal que está vindo da ninhada ou animal idoso que a pessoa retarda em levar ao veterinário, já apresenta há anos. Predispõe a outras afecções TRATAMENTO: • Corticoide (não funciona tão bem) • Procedimento cirúrgico Técnica de Morgan modificada / Técnica pocket/do bolso (excisões paralelas bem no pé da glândula e a sutura será invaginante, colocando a glândula para dentro, nós criamos um bolso para ela se esconder. Não precisa retirar ponto) Diagnósticos diferenciais: • Tumores • Eversão da cartilagem da terceira pálpebra [precisamos abrir a terceira pálpebra e tirar a cartilagem] → cães grande porte a gigantes UVEÍTES Mais prevalentes junto com as doenças de córnea. Úvea é a parte vascular e muscular do olho. Temos a barreira hematoaquosa, onde microrganismos, sangue, não chegam ao olho. Se o protozoário se alojar no olho, é uma desvantagem a bar- reira pois o medicamento não vai chegar lá. Se esse microrganismo entrar no olho, precisa ser pela úvea, e a maioria das doenças infecciosas causam uveíte. É comum. Uveíte é a inflamação de segmentos da úvea (íris, corpo ciliar e coroide). Outras estruturas oculares CAUSAS DA UVEÍTE [muitas, tabela do livro] Trauma pode causar Sinais de uveíte podem ser precoces de alterações sistêmicas (ex: Animal com diabetes mellitus com catarata, Lupus com uveíte) e podem não ser identificados pelo tutor por serem “delicados”. Precisamos tratar a CAUSA e a uveíte também. Sinais: dor, blefaroespasmo, epifora, injeção ciliar, edema de córnea, flare, precipitados ceráticos, hipópio ou hifema, miose, redução da PIO, sinequias, espessamento e/ou pigmentação da íris, deslocamento de retina Se for na coroide a uveíte pode ter hemorragia, e ter deslocamento de retina. O corpo ciliar consegue ajustar o formato do cristalino pela tração, por conta da visão se ajustar de perto para longe, ele faz acomodação visual. O corpo ciliar também produz o líquido que preenche as câmaras anteriores. O líquido é filtrado pelo corpo ciliar, passa por dentro da pupila e preenche o espaço, se o animal tiver ruptura corneana extravasa primeiro o humor aquoso [produzido o tempo todo] e se for grave suficiente extravasa vítreo [capacidade extremamente baixa de recuperação, produz menos]. ANIMAL COM UVEÍTE → diminui produção de humor aquoso. Hifema → sangue na câmara anterior Hipópio → pus na câmara anterior Página 6 de 9 Animal da foto: gato com miose [pontiforme, círculo pequeno, contração muscular involuntária], pressão do olho dimi- nuiu, a íris toca o cristalino, e ao tocar forma sinequia, fica aderida, e quem desfaz isso? Ninguém. Os problemas agora são que não existe controle da entrada de luz e aumenta pressão intraocular, predispõe ao glaucoma. Precisamos atuar nesse paciente antes que desenvolva predisposição ao glaucoma e perca esse controle, e tenha deslocamento de retina, e fique cego. TRATAMENTO: 1. Identificar a causa e TRATAR A CAUSA A dificuldade é definir a causa da uveíte. Precisamos de exame clínico geral, colheita de exames. Rim de gato: hipertensão sistêmica por doença renal primária, um dos primeiros sinais é cegueira porque essa pressão arterial aumentada reflete na coroide e promove deslocamento da retina. Gato cego com 5 anos subita- mente, apresenta deslocamento e vasos evidentes, pressão sistólica 160. 2. Corticosteroides • Tópicos: Prednisolona/Dexametasona BID/QID • Sistêmicos: Prednisona SID 3. AINES: Diclofenaco, Cetorolaco, Flurbiprofeno BID/QID [podemos fazer anti-inflamatório combinado] 4. Cicloplégicos e midriáticos: Atropina 0,5 a 1% BID/QID Cicloplégico faz relaxamento da íris, tira dor, desconforto, e promove midríase. Se promovo midríase, a chance do animal fazer sinequia é 0. Como meço diminuição da pressão? Tonometro. Fazemos colírio anestésico e medimos pressão, o animal que tiver queda começamos com o cicloplégico. 5. Imunossupressor: Ciclosporina A 0,2 a 2% BID/QID 6. Analgésicos sistêmicos: Dipirona/opioides Página 7 de 9 CATARATA Cristalino (arranjo perfeito de colágeno) depende do humor aquoso para se nutrir, oxigenar. Quando ele é depositado pelo corpo ciliar, além de preencher os espaços, vai nutrir e oxigenar o cristalino. Quando o humor aquoso entra pela via da glicose (90% da metabolização), será metabolizado e resultara em substratos favoráveis pela recuperação do crista- lino. Paciente diabético: quando a glicose entra no cristalino, se transformará em sorbitol, entra muito líquido no cristalino, que fica enrijecido e fica opaco. Quando muito enrijecido, pode acontecer luxação do cristalino (acomete os ligamentos que fazem a suspensão). Quando o cristalino sai do lugar, esse corpo vítreo começa entrar em contato com o aquoso, a primeira coisa é que a drenagem do olho se acomete (gel), ocorre deslocamento de retina que leva a cegueira. O vítreo segura a retina no lugar, no mo- mento que vem para a frente a trás. CLASSIFICAÇÃO: 1. GRAU DE OPACIFICAÇÃO: incipiente, imatura, matura (conseguimos ver um Y), hipermatura, morganiana (catarata começa a ser reabsorvida, líquido do cristalino [que é non self ao organismo] começa a entrar em contato com a úvea e induz uveíte) 2. LOCALIZAÇÃO DA OPACIFICAÇÃO: cápsulas, anterior ou posterior, equatorial, cortical, nuclear 3. MOMENTO DA OPACIFICAÇÃO: congênita, juvenil, senil, adquirida 4. ETIOLOGIA: • Primária ouhereditária • Secundária: diabética, doenças oculares, traumáticas, radiação etc. DIAGNOSTICO: • Histórico: cegueira/colisão, piora no período noturno (midríase), doenças concomitantes • Exame oftalmológico: rotina, específicos, complementares TRATAMENTO: Não existe nenhum medicamento que comprovadamente tenha eficácia no tratamento da catarata, é EXCLUSIVAMENTE CIRÚRGICO. Para evitar → paciente com diabetes controlado... Facoemulsificação (cirurgia) GLAUCOMA 100% de quem tem glaucoma fica cego É o conjunto de alterações oculares com resultante lesão ao nervo óptico e retina Aumento da pressão intraocular Doença degenerativa que pode se instalar e regredir quando controlo a pressão ou perpetuar mesmo com a pressão normal. Quando pensamos na dinâmica do líquido: humor aquoso é drenado na córnea e íris, no ângulo iridocorneal ou ângulo de drenagem (360º). Exis- tem duas vias para drenar o olho; malha trabecular que funciona como se fosse um ralo, existem momentos que quando a pressão do olho começa a cair, ele se fecha e quando começa a aumentar se abre, e temos o canal de Schlemm que é secundário para a drenagem. A pressão começa a aumentar e de forma fisiológica o líquido escoa e a pressão retorna ao normal. Se tivermos uma luxação de cristalino por exemplo, se ele for para a frente obstrui a passagem do líquido pela fenda pupilar, resulta na pressão aumentando. Se tivermos problema na íris e ela for para trás teremos sinequia posterior que prejudica o fluxo. Humor aquoso retido começa a jogar íris para frente, que fecha ângulo de drenagem. Humor aquoso é ultrafiltrado, se tiver grumos formados, no trabeculado ele obstrui. Pode existir um defeito no trabeculado (familiar), que é disgenesia. • Aumento da PIO • Lesão neurológica • Escavação do nervo óptico Buftalmia: aumento do globo ocular Página 8 de 9 Sinais clínicos: buftalmia, dor, edema corneano (opacidade), midríase, vasos episclerais, cegueira, mudança de compor- tamento No glaucoma não pode dilatação pupilar, cicloplégico também não. Tríade: uveíte, catarata e glaucoma Não existe glaucoma causado por excesso de produção, o prejuízo é na drenagem. Conseguimos diminuir produção, aumentar não. DIAGNÓSTICO: • Exame oftalmológico • Tonometria • Gonioscopia TRATAMENTO: • Diminuir produção do humor aquoso Inibidores da anidrase carbônicas orais → Diclorfenamida, Etoxizolamida, Acetazolamida BID/TID Efeitos colaterais (êmese) Inibidores da anidrase carbônica tópicos → Dorzolamida TID Simpatomiméticos → Epinefrina 1% TID/QID Antagonistas beta-adrenérgicos → Timolol 0,25% ou 0,5% BID/TID, Betaxolol Análogos da ....... • Anti-inflamatórios • Cirurgias → implantes de drenagem (Gonioimplante de Ahmed), remoção da lente, iridectomia, ciclocrioterapia, fotocoagulação a laser Gonioimplante de Ahmed: válvula implantada • Ablação do corpo ciliar ou ciclo destruição → Gentamicina e Dexametasona Ablação: colocação de uma agulha dentro da câmara vítrea, depositamos Genta e Dexa, esses dois fármacos são tóxicos para o corpo ciliar, ele destrói e consequentemente produção diminui. Ela é imprevisível, tem animais que funciona, em outros não ocorre nada, ou podem ter uveíte. Barato Olho pode continuar aumentado ou atrofiar. Não é tão usual • Enucleação (cirurgia) (apenas no paciente cego) 1. Medicamentosa (várias vezes ao dia sem falhas) 2. Cirurgias 3. Ablação com Gentamicina e Dexametasona 4. Enucleação Estrias de Haab: formadas por uma alteração na membrana de Descemet Página 9 de 9