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GUSTAVO FERNANDES | PÁGINA 1 CONCEITOS ❖ A respiração é um processo intenso e variado As variadas podem ser alterações rápidas são exercício, sono-vigília, hipóxia, podem ser redução da atividade: doença, desenvolvimento e idade, e podem ser resposta integradas como cardiovasculares. ❖ A regulação tem como objetivo principalmente a regulação ácido-base, regulação Pco2 e manter os gases sanguíneos em níveis normais. ❖ Apresenta controle voluntário e involuntário, sendo o involuntário dominante. ❖ Dependência ao SNC, pois o sistema nervoso ajusta a intensidade da ventilação alveolar de forma a suprir as exigências corpóreas, por diversas vias neurais (4 GRUPOS NEURONAIS). QUEM CONTROLA A RESPIRAÇÃO? CENTRO RESPIRATÓRIO= ´´CHEFÃO´´ ❖ O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados no BULBO e na PONTE do tronco cerebral. ❖ Apresenta cerca de 3 principais grupos , são eles: grupo respiratório dorsal, grupo respiratório ventral e GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL: Está situado na porção dorsal do bulbo, responsável principalmente pela INSPIRAÇÃO TRANQUILA. O grupo respiratório dorsal de neurônios desempenha o papel mais importante no controle da respiração e, em grande parte, se situa no interior do NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO (NTS), é a primeira central de retransmissão. O NTS é uma terminação nervosa sensitiva dos nervos vago e glossofaríngeo (pares cranianos IX e X), que transmitem sinais sensoriais para o C.R, por meio de quimiorreceptores periféricos, barorreceptores e vários tipos de receptores nos pulmões Ele é responsável pela geração de surtos repetitivos de POTENCIAIS DE AÇÃO NEURONAIS INSPIRATÓRIOS SINAL INSPIRATÓRIO EM RAMPA O sinal nervoso, transmitido para os músculos respiratórios, não representa surto instantâneo dos potenciais de ação Na respiração normal esse sinal exibe início débil com elevação constante, na forma de rampa por cerca de 2 segundos. Então, o sinal apresenta interrupção abrupta durante os próximos 3 segundos, o que desativa a excitação do diafragma e permite a expiração, que ocorre pela retração elástica do tecido pulmonar Esse ciclo se repete inúmeras vezes, marcado por uma inspiração com menor tempo do que a expiração. A vantagem desse SINAL EM RAMPA está na indução de aumento gradual, constante do volume dos pulmões durante a inspiração, controlando a velocidade e a profundidade da respiração Percebe-se, portanto, que a rampa respiratória a atividade sobre o frênico é gradual e constante para que a contração do diafragma também seja evolutiva, se isso não acontecer ira ocasionar o famoso soluço. GF CONTROLE NEURAL DA RESPIRAÇÃO FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO Quimiorrreceptores são sensíveis a Pco2 , Pco2, H+ Neurônios eferentes (nervo frênico) - motores agem no músculos e diafragma ´´CHEFÃO´´: centro respiratório, eles geram padrão rítmico, recebe e entrega as informações vindas de outros locais pelos nervos aferentes ´´INFORMANTES´´: eles auxiliam para modular ação, são os quimiorreceptores centrais (contato direto com o chefão) e periféricos (arco aórtico e seios carotídeos). ´´FREELANCERS´´: não atuam o tempo inteiro, mas que contribuem- são os mecanorreceptores pulmonares GUSTAVO FERNANDES | PÁGINA 2 GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL: Localizado na parte ventrolateral do bulbo, encarregado tanto pela inspiração e expiração forçada, mas tem importância para a EXPIRAÇÃO. Contem neurônios que disparam espontaneamente e que podem atuar como o ´´marca-passo´´ do ritmo da respiração, esse marca-passo é o complexo pré-botzing. COMPLEXO PRÉ-BOTZINGER O controle da respiração é feito por um grupo de células na região ventrolateral que chama-se complexo pré-botzinger, que são responsáveis pela GERAÇÃO DO RITMICO RESPIRATÓRIO (centro rítmico da ventilação), ele é capaz de gerar atividade elétrica que é capaz de estimular o frênico , logo quando há lesão nessa área não há transmissão de atividade para o frênico de modo que o diafragma não seja ativado não ocorrendo assim respiração de forma adequada. O complexo modula a atividade do GRD, pois o GRD é um ´´executor´´ na sua maior parte e sensorial pouquíssimas vezes. CENTRO PNEUMOTÁXICO: Encontrado na porção dorsal superior da ponte, responsável essencialmente do controle da FREQUÊNCIA e da AMPLITUDE RESPIRATÓRIA. O efeito primário desse centro é o de controlar o ponto de ´´DESLIGAMENTO´´ da rampa inspiratória, controlando assim a fase de expansão do ciclo pulmonar. Portando nota-se que ele limita a INSPIRAÇÃO. QUIMIORRECEPTORES = ´´INFORMANTES´´ Os quimiorreceptores são sensores que percebem alteração na composição química do sangue ou de outro liquido ao seu redor, de modo que são responsáveis pela MODULAÇÃO DA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA. São classificados em quimiorreceptores centrais e periféricos. QUIMIORRECEPTORES CENTRAIS Esta localizados abaixo da superfície ventrolateral do bulbo. São circundados por liquido extracelular cerebral (LEC) e respondem a alterações na concentração de H+ e de Pco2, mas não a Po2. Um aumento da concentração de H+ estimula a ventilação, enquanto uma diminuição a inibe. A composição do LEC ao redor dos receptores é controlada pelo liquido cerebrospinal (LCS=LCE), pelo fluxo de sangue e pelo metabolismo local. Quando a Pco2 sanguínea aumenta, o CO2 proveniente dos vasos sanguíneos cerebrais se difunde para o LCS, liberando H+ que a partir dai estimulam os quimiorreceptores. Respondem portanto, a alterações de pH do LEC/LCS quando o CO2 se difunde para fora dos capilares cerebrais. GUSTAVO FERNANDES | PÁGINA 3 QUIMIORRECEPTORES PERIFÉRICOS Estão localizados no arco aórtico e no seios carotídeos (glomos carotídeos), logo eles estão fora do SNC. Eles possuem grande facilidade e rapidez de detectar as variações de pH, Po2, Pco2, mais especificamente as reduções de pH e Po2 arterial e aos aumentos de Pco2. São responsáveis por todo aumento da ventilação que ocorre nos humanos em resposta a hipoxemia. Na ausência desses receptores, a hipoxemia grave pode deprimir a ventilação, presumivelmente por meio de efeito sobre os centros respiratórios . As respostas dos quimiorreceptores a Pco2 arterial é menos importante do que os quimiorreceptores centra Resposta ventilatória a hipooxia Apenas os quimiorreceptores periféricos estão envolvidos. Durante as condições normais, o controle é insignificante. São sensíveis apenas quando a Po2 está em torno de 50-60 mmHg, significa portanto, que quando a hipoxia é importante, este mecanismo é determinante para o modificar a frequencia respiratório, rítmico da respiração. Pequena variações da Po2 não estimulam esse mecanismo. O controle se torna importante em grandes altitudes e na hipoxia a longo prozo causado por doença pulmonar crônica. A informação de hipoxia gera informação detectada perifericamente—bulbo—GRD—NTS. A resposta dos quimiorreceptores periféricos a Pco2 arterial é menos importante do que aquela dos quimiorreceptores centrais O verdadeiro ativador dos quimiorreceptores centrais são os íons H+ e não o CO2 na forma gasosa, o CO2 atua indiretamente na ativação, pois os íons H+ provem da dissolução do dióxido de carbono (auxilio da enzima anidrase carbônica). GUSTAVO FERNANDES | PÁGINA 4 FREELANCERS Não atuam o tempo inteiro, mas que contribuem muito. RECEPTORES DE ESTIRAMENTO PULMONAR= REFLEXO DE HERING Os receptores estão localizados nas paredes dos brônquios e dos bronquíolos. São receptores de estiramento, elescontrolam o volume da insuflação pulmonar, portanto eles são ativados quando os pulmões são excessivamente distendidos, atuando pelo nervo vago e diz que está na hora de terminar a inspiração (DESATIVA A RAMPA INSPIRATÓRIA). Considerado um sistema protecional Quando estirados (inspiração profunda) acionam uma resposta reflexa para reduzir o volume corrente. Esse mecanismo de controle não é importante na respiração tranquila.
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