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SATISFAÇÃO DO CLIENTE Apostila do Curso a distância SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO Campo Grande/MS SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 2 DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL SÉRGIO MARCOLINO LONGEN Diretor Regional do SESI/DR-MS MICHAEL FRANK GORSKI SUPERINTENDENTE do SESI/DR-MS SIMONE DE FIGUEIREDO CRUZ GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA FABRÍCIA TAKAO LUCIANO FERRAZ SERVANTES ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO TÉCNICA Prof.a Me. MARIA FERNANDA B. DE ALENCASTRO REVISÃO TÉCNICA SIMONE DE FIGUEIREDO CRUZ SUPERVISÃO GERAL CAMPO GRANDE/MS, ANO 2012 SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 3 MÓDULO I CONCEITO DE CLIENTE Cliente é toda pessoa que procura uma organização, empresa ou instituição, solicitando serviços ou produtos em função de satisfazer uma necessidade, seja qual for sua natureza. Segundo Martins (2006), cliente ou clientes, independente da idade e gênero, representam os chamados consumidores de algum produto ou serviço que podem ser oferecidos por empresas de qualquer natureza, sendo que essa oferta é realizada mediante uma demanda de mercado. Desse modo, cliente é toda pessoa que possui uma relação intencional com uma ou mais pessoas (fornecedores) no que se refere à aquisição de um produto ou serviço. Contudo, porém, a intenção não se foca apenas na aquisição, mas também nas propriedades que atendam a um determinado nível de qualidade. Essa relação também vem carregada de indicadores subjetivos que são a identidade do cliente como pessoa singular. Esses indicadores podem ser caracterizados por: • Necessidades: aquelas em que o produto e serviço tornam-se prioridade mediante uma situação particular ou profissional. Por exemplo: a cliente precisa de uma geladeira maior porque a antiga não comporta as necessidades de uma família que se tornou mais numerosa. (particular). Outro exemplo é o vendedor de cachorro quente que necessita do pão adequado ao lanche que vende. (profissional)1 • Expectativas: tudo aquilo que pensamos em adquirir remete-nos a expectativas várias, porque não sabemos exatamente a medida que aquele produto ou serviço nos deixará satisfeitos. Ao contratar uma empresa de limpeza, por exemplo, não conseguimos mensurar se o serviço atenderá aos requisitos chamados de limpeza, já que o termo e a prática são relativos para cada pessoa. Em outras palavras: a limpeza para algumas pessoas pode não ser uma faxina geral, mas a manutenção de um ambiente. • Perspectivas e projeções: muitas vezes criamos uma prévia imagem sobre aquele serviço e/ou produto que adquirimos. Pensamos que, em certa medida, irá alterar a realidade que vivemos. Posso imaginar que uma televisão de 55’ polegadas vai ficar maravilhosa em minha sala, antes de obtê-la; posso imaginar que vou dobrar meus lucros se colocar à venda um produto que se difere dos demais que já possuo; posso imaginar que a matéria-prima mais barata, mais qualificada me dará maior margem de lucro. Contudo, ressalta-se que é sempre bom ouvir 1 As necessidades de consumidores ou compradores organizacionais são as coisas necessárias para sua sobrevivência. Por exemplo, os consumidores precisam de comida e a brigo para sobreviver, enquanto organizações podem precisar de computadores. Os desejos incluem bens e serviços específicos – para satisfazer necessidades – e outros adicionais que vão além da sobrevivência. Cit. Churchill e Peter, 2003, p.4. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 4 os mais experientes e buscar uma orientação profissional que permita imaginar os lados opostos de uma mesma situação, evitando prejuízos e frustrações.2 Por outro lado, cliente não é tudo igual e pode ser classificado de acordo com as finalidades e potenciais que assume frente a aquisição de produtos e/ou serviços. Assim, os clientes podem ser classificados como: intermediários, finais, individuais, coletivos, externos e internos, atuais, potenciais e os perdidos. • Clientes intermediários: são aqueles que requerem a matéria-prima para a transformação e elaboração de um novo produto que será vendido para um outro cliente. Como exemplo, pode-se citar o cliente que compra ferro para a industrialização de cadeiras e mesas, os quais serão vendidos para as lojas. • Clientes finais: são os destinatários finais dos produtos, aqueles que irão consumir o produto, tais como as famílias ou outras organizações. • Clientes individuais: segundo Silva e Zambon (2012) são aqueles que podem ser identificados e atendidos de maneira especifica, como por exemplo: cliente que busca atendimento médico-hospitalar. • Clientes coletivos: são atendidos coletivamente, sendo respeitadas suas características de consumo individual como, por exemplo, os clientes de água, luz, telefone, os quais pagam pelos serviços a uma companhia representada socialmente, que podem ser privadas ou públicas. • Clientes externos: são aqueles que adquirem produtos de uma empresa para dar um destino de consumo por outra empresa, esses clientes são caracterizados pelos representantes comerciais. • Clientes internos: são destinatários internos de processos ou subprocessos, são, por exemplo, os funcionários de uma empresa, pois atendem à solicitação de serviços que esta empresa requisita e pagam por seu trabalho. • Atuais: são os que atualmente compram, utilizam e/ou consomem os produtos e serviços. • Potenciais: são aqueles que atualmente não compram, não utilizam nem consomem nosso produto, embora possam passar a fazê-lo futuramente; são os que sabem da existência da empresa, mas ainda não a procuraram, porque esses clientes precisam ser conquistados. 2 Estes tópicos serão mais aprofundados no Módulo II deste curso, considerando que tais conhecimentos são muito importantes para aqueles gestores que possuem um caráter empreendedor e entende que fidelização da cliente é um fator de desenvolvimento da empresa. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 5 • Perdidos: são os que já foram clientes, pois algo aconteceu para que relacionamento entre eles e a empresa se rompesse; porém, podem ser considerados clientes potenciais que precisam ser reconquistados. Como se pode perceber cliente não é apenas uma pessoa que quer obter um produto ou um serviço, mas alguém provido de subjetividade que precisa se sentir satisfeito com essa aquisição. Ao mesmo tempo, esse fato deixa claro que satisfazer um cliente não é uma tarefa simples. Porém que indica para a organização que esta precisa estar atualizada, condicionada a padrões de qualidade de seus produtos, tendo suporte de infraestrutura, recursos humanos qualificados e tecnologias pertinentes à produção. MÓDULO II NECESSIDADES E DESEJOS O objetivo principal de qualquer organização é a satisfação de seus clientes e isso não é uma opção é uma questão de sobrevivência para qualquer organização, pois sem cliente não há porque ofertar produtos ou serviços; não há sentido para uma produção e nem de ter colaboradores que produzem. A gestão necessita liderar o processo para a busca continua da satisfação do cliente, desde que tenha consciência de seu papel no mercado de serviços e produtos. E tal consciência se reveste, sobretudo, da sensibilidade do que significa o cliente estar satisfeito. A seguinte metáfora: “Os relacionamentos de uma organização representam sua alma, a qualidade seu esqueleto e as finanças seu sangue”. Sem seus clientes, a organização não tem propósito, aliás, nem existirápor muito tempo. Esse fato, contudo, não é tão óbvio para muitas pessoas que resolvem abrir uma empresa ou um pequeno negócio, pois esquecem que para ter cliente e lucro não basta produzir, ter o produto, conhecer o serviço. Mas, investir continuamente na totalidade que compõe uma organização. O pequeno empreendedor deverá, assim, investir em seus conhecimentos para administrar sua pequena infraestrutura, enquanto o grande empreendedor deverá aprender as técnicas de gestão para conhecer todos os sistemas de fazem funcionar a empresa. Nesse segmento, a satisfação dos clientes e a habilidade da empresa de obter lucros são variáveis interdependentes. Os lucros são vitais, porque, como o sangue que transporta os nutrientes que alimentam nosso corpo, permitirão realizar o objetivo de satisfazer os clientes. Ao mesmo tempo os lucros são os resultados da eficiência com que a organização atende como dito no módulo anterior, os requisitos e expectativas de seus clientes. Porém, para satisfazer o cliente é necessário ter, primeiro, uma compreensão profunda de suas necessidades e, em seguida, possuir os processos de trabalho que possam, de forma efetiva e consistente, resolver essas necessidades. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 6 Para isso a organização deverá traduzir essas necessidades em requisitos e cumprir esses requisitos, sempre, porque o cliente não exigirá menos. Isso exigirá a dedicação de recursos para coletar e analisar dados e informações, sistematicamente, para entender os requisitos e as percepções do cliente. Conforme a evolução, bem como o desenvolvimento tecnológico, as necessidades dos clientes mudam e evoluem constantemente e a organização necessita antecipar-se a essas mudanças para ter vantagens competitivas.3 Os investimentos nessas atividades produzirão retornos substanciais, mas é importante que a Administração entenda que os retornos mais importantes virão, quase sempre, em longo prazo. Todo cliente cria sua percepção de uma organização com base na diversidade de impressões que recebe em seus contatos com as pessoas e os produtos e serviços dessa organização. Em outras palavras, um cliente sempre traz outro. Por outro lado, os colaboradores que integram a organização devem estar atentos aos requisitos dos clientes, objetivando sua satisfação. Nesse segmento, a gestão de uma organização – macrogestores e microgestores - tem a responsabilidade de conscientizar seus colaboradores da importância de cumprir com os requisitos e assegurar que todos entendam como seu trabalho contribui para a satisfação do cliente. Quando todos estiverem conscientizados, então a organização poderá ter a certeza de possuir uma cultura orientada ao cliente. Nesse momento, a organização conseguirá o máximo retorno dos recursos investidos nos esforços de medir e analisar a satisfação do cliente. Chiavenato (1987) esclarece o comportamento humano como sendo complexo, com necessidades complexas e diferenciadas, no qual estas necessidades direcionam os objetivos pessoais e ainda explica que o homem assim que tem uma necessidade satisfeita, outra surge em seu lugar, sendo um processo continuo desde o nascimento até a morte. Nesse sentido, percebe-se que todo comportamento está em função das necessidades que norteiam o sujeito, podendo ser de natureza pessoal, profissional e até mesmo cultural. Dessa forma, o caráter desse comportamento é dinâmico e, ao mesmo tempo, contínuo, pois uma vez satisfeito um aspecto haverá uma nova necessidade. Com a teoria das relações humanas surge a concepção do homem social, na qual passou a se estudar a influência da motivação no comportamento humano. Segundo Chiavenato (2003, p.164), Kurt Lewin (1935) suas pesquisas se referiam a motivação como papel importante na influência do comportamento social e são baseadas em duas suposições: a) o comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes; b) esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as demais outras partes. 3 Encantar é o surpreendente, exige percepção e imaginação, pois o que surpreende hoje pode se tornar rotina com o tempo, pois os outros passaram a oferecer a surpresa. Mas são os desafios que tornam excitante a condição humana. Cit. Carvalho, Arnaldo, 2012. http://www.magmaster.com.br/artigos-A-satisfa-cliente.htm SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 7 Podemos compreender que fatos coexistentes são as situações e as condições nas quais o ser humano está continuamente exposto, desenvolvendo comportamentos que desenvolvem em cada pessoa um modo singular de ver, pensar e sentir o mundo por diferentes cenários. Ao mesmo tempo, tudo que cerca os indivíduos no seu dia a dia acontece de forma dinâmica e sempre relacionada a alguma outra circunstância. Dessa forma, todos nós somos submetidos a constantes situações de aprendizagem e formação de conhecimentos que não se findam, mas se renovam. Para compreender um pouco mais sobre necessidades, é interessante conhecer a teoria das necessidades apresentada por Maslow em 1954. 2.1 Hierarquia das necessidades de Maslow É preciso ressaltar que necessidade é um aspecto inerente ao ser humano, nasce com ele e se desenvolve continuamente. Trata-se de um processo dinâmico e, jamais, estático. Isso porque ao satisfazer uma necessidade, gera-se outra imediatamente, porque estão inclusas no comportamento humano as expectativas e as ansiedades comuns a todo desejo o qual, automaticamente, resulta na perspectiva de adquirir, ter, estar e usufruir algo. Segundo CHIAVENATO (1987, p.120), Maslow explicou a teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão dispostas em níveis, numa hierarquia de influência e de importância. Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide, abaixo apresentada: Figura 01: Pirâmide de necessidades de Maslow. Fonte: adaptado pelos autores Necessidades de Segurança Necessidades Fisiológicas Necessidades Sociais Necessidade de Estima Necessidade de Auto Realização Desenvolvimento pessoal e conquistas Autoestima, reconhecimento, status Relacionamento, amor, socialização, interação Defesa, proteção, abrigo, emprego Fome, sede, sono, sexo SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 8 Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas), aquelas que se referem às condições biológicas que todo indivíduo possui desde seu nascimento até a morte. Necessidade de segurança é primordial para todo indivíduo que compreende os objetivos de sua existência e reconhece que significado possui como pessoa inserida num grupo social. Isso significa que toda pessoa deve ter condições para alcançar seus objetivos na vida, estando assegurados seus direitos e seus deveres como elemento social. Nascemos em um grupo familiar e, no decurso da vida, vamos formando outros grupos sociais e até mesmo outro grupo familiar como extensão do primeiro. O homem não é uma ilha e, apesar de sobreviver em uma, sempre terá a necessidade de estar com outros que movimentem sua condição afetiva e emocional. A autoestima é uma necessidade que nasce com o indivíduo e, como uma planta, necessita ser realimentada constantemente. Em primeiro lugar, a autoestima deve ser encarada como um ato de amor próprio, afinal, não se pode ter a atenção do outro quando nós mesmos não nos vemos como importantes. Não há amor que resista à falta do amor próprio. Sermos reconhecidos, então, é resultado daquilo que nos empenhamos a fazer e, sabemos que “fizemos bem feito”- intencional ou não, precisamos do reconhecimento de nossas ações. Notopo da pirâmide, as necessidades mais elevadas são as necessidades de alto-realização que são aquelas que satisfazem a própria pessoa por meio de seus esforços. O acadêmico, por exemplo, se realiza quando finaliza o seu curso superior e, sua maior conquista será ser empregado dentro de seu campo profissional. Porém, a auto realização também é uma necessidade que acompanhará as pessoas por toda a vida. Nesse sentido, Chiavenato (1987) afirma que as necessidades se referem à própria sobrevivência do individuo, sendo também interdependentes, pois, para que uma necessidade mais elevada seja alcançada as que estão num nível básico ou as primárias devem estar satisfeitas. Assim como o gestor de uma organização, seus fornecedores, seus colaboradores e todos seus clientes, são pessoas munidas de necessidades que, em maior ou menor grau, se manifestam em direção ao fator satisfação. Em resumo do até agora descrito sobre o significado da pirâmide de Maslow, tomamos como exemplo a música do grupo Titãs, intitulada Comida, na qual encontramos a seguinte letra4: Bebida é agua. Comida é pasto. Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte 4 A música Comida dos Titãs foi composta em 1987 por Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito, gravadora Abril Music, MBG, Sony Music. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 9 A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte. A gente não quer só comida, A gente quer bebida, diversão, balé A gente não quer só comida, A gente quer a vida como a vida quer. Bebida é agua. Comida é pasto. Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comer, A gente quer comer e quer fazer amor A gente não quer só comer, A gente quer prazer pra aliviar a dor. A gente não quer só dinheiro, A gente quer dinheiro e felicidade A gente não quer só dinheiro, A gente quer inteiro e não pela metade. Apesar do teor político que na época de seu lançamento esta música apresentou, ela é a que melhor representa as necessidades humanas descritas na pirâmide de Maslow e nos lembra de que precisamos satisfazer nossas necessidades, seja como gestores, seja como clientes. MÓDULO III PRODUTOS E/OU SERVIÇOS Diferenciar produtos e serviços é de suma importância para o direcionamento da empresa, sendo que cada uma possui uma característica própria para oferecer um produto ou um serviço, sempre em função da clientela que possui. Contudo, como podemos diferenciar os produtos dos serviços e, ainda, os bens de serviço? Ao mesmo tempo, indagamos: o que isso tem a ver com a satisfação do cliente? Bem, esse módulo dedica-se a explicar a diferença que há entre produtos e serviços e os bens de serviço, e, adiantamos que a satisfação do cliente está em função daquilo que produtos e/ou serviços possam atender em suas necessidades, atendendo às suas perspectivas e, sobretudo, superando a sua expectativa. Sendo assim, uma empresa que oferece produtos alimentícios terão como clientes bares, restaurantes ou outras organizações que requerem esse produto. Enquanto que empresas que oferecem serviços de limpeza, terão equipes para atender clientes que requerem a limpeza de suas casas ou suas empresas. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 10 Contudo, há empresas que oferecem produtos e serviços como, por exemplo, uma loja de móveis ao vender uma máquina de lavar (produto) oferece a instalação (serviço). Desta forma, podemos pensar que produtos e serviços possuem características que os distinguem e, nesse campo surge o termo bens de serviços. Na realidade, as características são a especificidade ou natureza de cada um, incluindo a forma como são negociados e, até mesmo, consumidos. Cobra (2009) afirma que produto é definido como um objeto com características físicas ou funcionais e divide produtos em duas categorias: - bens duráveis que possuem a vida útil longa, tais como móveis, geladeiras, fogão, entre outros; a durabilidade ou a vida útil depende das propriedades que tais bens são constituídos e, da parte do cliente, depende de como esses bens são conservados ou utilizados. - bens não duráveis, ou de consumo rápido que possuem a vida útil mais curta tais como: pão, leite, cigarros, frutas, verduras, lanches, entre outros; esses bens possuem um controle de produção em função do consumo e não são distribuídos uniformemente no mercado para a oferta e isso ocorre porque o consumo de uma determinada população se difere de um lugar para outro. Nesse sentido, Churchill e Peter (2003) afirmam o que diferencia os serviços dos bens, é o relacionamento personalizado e continuo que os profissionais e clientes mantêm. Os serviços são raramente padronizados, tangíveis e perecíveis, mas possuem quatro características: Intangibilidade São intangíveis, não podem ser tocados antes da compra. Inseparabilidade Geralmente são produzidos e consumidos ao mesmo tempo. Variabilidade São variáveis, por serem realizados por pessoas ou equipamentos na difícil padronização e uniformização. Perecibilidade Não podem ser estocados, devem ser consumidos imediatamente. Figura 02: Características de serviços. Fonte: Adaptado por Kotler (1998). Existem inúmeros tipos de produtos, tais como: • produtos ao consumidor (ou bens de consumo) - usados por usuários-finais. • produtos industriais - usados na produção de outros bens. • bens de conveniência - adquiridos frequentemente e com um esforço mínimo. • bens de impulso - compra por estímulo sensorial imediato. • bens de emergência - bens necessários imediatamente. • bens de compra comparada - alguma comparação com outros bens como carros e TVs. Ou seja, são produtos que exigem um alto esforço do consumidor para comparar os requisitos e fazer uma escolha que atenda às suas necessidades. • bens de especialidade - comparação extensiva com outros bens e uma longa busca por informações. • bens não procurados - ex. vagas em cemitérios, seguros. • bens perecíveis - bens que se deteriorarão rapidamente mesmo sem uso. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 11 • bens duráveis - bens que sobrevivem a ocasiões de múltiplo uso. • bens não-duráveis - bens que serão consumidos em um única oportunidade. • bens de capital - instalações, equipamentos e construções. • partes e materiais - bens que são agregados a um produto final. • abastecimento e serviços - bens que facilitam a produção. • commodities - bens indiferenciáveis (ex. trigo, ouro, açúcar). • produtos intermediários - resulta da fabricação de outro produto. Os produtos possuem 2 aspectos: tangíveis e os intangíveis: Aspectos Tangíveis Aspectos Intangíveis Tamanho Qualidade do produto Durabilidade Reputação Cor Capricho Modelo Posicionamento (marketing) Peso Marca Gastos Indiretos Instalação Embalagem Pós-Venda Rotulagem Informações/Instruções Limpeza Manutenção Variedade Garantias Personalização Devoluções Design Imagem e Status Por outro lado, todos os produtos possuem níveis referentes ao modus da oferta, ou seja, de que maneira é apresentado ao cliente para que seja consumido e/ou utilizado. Os 5 níveis de produto são: • Benefício central: em que o consumidor está comprando o benefício fundamental do produto como, por exemplo, o cliente que procura um quarto de hotel e, consequentemente, compra descanso e pernoite. • Produto básico: neste ponto o benefício central é transformado em um produto básico, como exemplo o quarto de hotel inclui uma cama, banheiro, toalhas, escrivaninha, penteadeira e armário que serão utilizados por cada cliente que se hospedar naquele quarto. • Produto esperado: uma série de atributose condições são normalmente esperados pelo cliente como, por exemplo, o quarto de hotel deve ter cama arrumada, toalhas limpas, lâmpadas que funcionem e um relativo grau de tranquilidade que satisfazem o cliente no momento de seu consumo. • Produto ampliado: nível em que o profissional de Marketing excede as expectativas do cliente como, por exemplo, o hotel pode incluir um aparelho de tevê com controle remoto, flores frescas, registro rápido, checkout expresso, restaurante e serviço de quarto. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 12 • Produto potencial: neste nível o produto passa por todas as transformações a que um produto deve ser submetido com vistas ao futuro; momento em que as empresas procuram novas maneiras de satisfazer os clientes diferenciando e diversificando a sua oferta, logo, por exemplo, o hotel passa por uma transformação inovadora e tecnológica que se difere e se destaca do produto hotel tradicional. Como visto, há variáveis envolvidas no Produto, porém três pontos chaves que são de inegável importância para a sua oferta: • Qualidade: Tem a ver com o quão perfeitamente seu produto satisfaz um desejo ou necessidade do cliente. Pesquisa e Desenvolvimento podem colaborar com a crescente qualidade de um produto. Eliminação de deficiências e fortalecimento de pontos fortes influenciam a qualidade percebida de seu produto favorecendo sua aceitação. • Apresentação: A apresentação pode ser o diferencial numa escolha entre concorrentes. Um produto não só deve ter qualidade como deve também aparentar ter qualidade. Cores, embalagem, exposição, sem dúvida alguma influenciam na decisão de compra. A apresentação não deve apenas ser esteticamente agradável, mas deve também ser coerente com seu público- alvo. • Marca: A construção de uma marca forte para seu produto é consequência de um relacionamento satisfatório com seu mercado-alvo. Quando esta identificação positiva se torna forte o bastante, sua marca passa a valer mais do que o próprio produto oferecido.5 Por que devemos ter esses conhecimentos se o que está em pauta é a satisfação do cliente? A resposta é simples, mas o processo é complexo. De fato, ter o produto de qualidade e bom preço não é garantia de fidelização e satisfação do cliente, porque como já dito anteriormente os clientes se diferem e possuem necessidades singulares e a competitividade e o desenvolvimento tecnológico coloca em xeque a qualidade da oferta a qual deve vir agregada a outros valores que tornam o cliente capaz de distinguir uma empresa de outra pelo seu potencial de produção e de atendimento. Também, ter este conhecimento é importante para toda pessoa que pensa em ter sua própria empresa ou pequeno negócio. Afinal, em que ramo do mercado se deve situar produtos ou serviços? Abrir uma loja que vende (móveis) ou um salão de beleza (prestação de serviços)? Nem sempre as pessoas tem claro essa escolha por desconhecer as especificidades e as exigências de cada ramo de negócio. 5 Branding é como é chamado o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o fortalecimento de uma marca. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 13 Quais quesitos uma pessoa se baseia antes de abrir seu próprio negócio? O fato de uma pessoa saber fazer bolos maravilhosos não significa que precise abrir uma padaria. Contudo, se tiver também habilidades de fazer pães, a padaria pode ser um ótimo negócio. Uma pessoa pode ter muitas habilidades em manutenção de uma casa, o que não significa abrir uma loja de utensílios domésticos, mas uma empresa de manutenção de casas. Contudo, a pessoa que tem habilidades em marcenaria poderá abrir uma loja de móveis de fabricação própria e ainda garantir a instalação dos mesmos na residência do cliente. Para esclarecer essas situações e objetivamente levar o empreendedor iniciante ao seu verdadeiro ramo de negócios: de produtos ou de serviços, instituições como SEBRAE, SENAC, entre outras, oferece a formação técnica- profissional e conhecimentos sobre a área que se deseja atuar. MÓDULO IV DEFININDO SATISFAÇÃO DOS CLIENTES A satisfação é um dos principais elementos capazes de fidelizar um cliente, por isso as empresas buscam a satisfação para estreitar a relação com seus clientes, tornando-os parceiros, considerando que o cliente é essencial para o sucesso da empresa. Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 8): Satisfação do cliente é o grau de felicidade experimentada por ele. Ela é produzida por toda uma organização - por todos os departamentos, todas as funções e todas as pessoas. Entre os clientes se incluem compradores externos de bens e serviços de organização, fornecedores, a comunidade local, funcionários, gerentes e supervisores (e acionistas, se a organização for de capital aberto). A satisfação aliada ao bom atendimento é o aspecto que faz o cliente retornar, por isso, a satisfação tem que ser o motivo maior, pois estes quando satisfeitos são mais do que simples clientes, mas, parceiros comerciais que defendem a empresa e fazem a propaganda para amigos e familiares (KOTLER, 1998). O cliente fica satisfeito quando as ofertas (produtos, serviços e atendimento) oferecidas a eles ultrapassam as suas expectativas, assim, Kotler (1998, p. 53) define que: "SATISFAÇÃO é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa". Isso já foi falado anteriormente, mas é bom relembrar: o cliente é antes uma pessoa dotada de necesidades, perspectivas e expectativas embasadas nas experiências de vida e conformadas pelos conhecimentos adquiridos. Atender bem, passar ao cliente o conhecimento sobre as propriedades dos produtos e/ou serviços, além de propor um bom preço, são os meios básicos que atraem o SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 14 cliente e garantem, em certa medida, a sua satisfação. Em certa medida, porque não há como mensurar o tempo todo o que o cliente espera e pensa da empresa. A importância da satisfação do cliente é evidente na avaliação de Paul A. Allaire apud Detzel e Desatnick (1995, p. 181): Para sobreviver no mercado global de hoje, uma empresa precisa satisfazer os clientes fornecendo bens de qualidade e prestando serviços de qualidade. Isto exige uma reavaliação contínua das necessidades dos clientes e um compromisso inabalável de mudar quando necessário, para satisfazer ou superar as expectativas deles. O foco no cliente permite que a empresa alcance excelência no nível de satisfação, sendo que muitas empresas que são sucesso mundial como, por exemplo, a McDonald’s. Para estas empresas os valores corporativos são: qualidade, atendimento, limpeza e valor (KOTLER, 1998). Toda empresa deve atentar aos detalhes, permitindo que os clientes sintam-se satisfeitos, sendo que somados ao atendimento de qualidade e o adequado processo gerencial de recursos humanos, se garante o sucesso a qualquer, mas, é necessário que as organizações estejam aptas a desenvolver ações que elevem a qualidade no ambiente e no atendimento, além de ampliar a oferta por meio da diversidade de produtos e serviços que, consequentemente, atinjam a satisfação do cliente. Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 53) os cincos segredos para a superioridade em serviços, estão fundamentadas em cinco ações: • Criar um foco no cliente em toda a organização. • Estabelecer padrões de desempenho em serviços baseados nos funcionários. • Medir o desempenho em serviços em relação a marcos de referência (benchmarcks) superiores. • Reconhecer e recompensar comportamentos exemplares em serviços. • Manter o entusiasmo, consistência e previsibilidade para o cliente. Cada uma destasações contribui para que a empresa alcance a qualidade no ambiente interno, refletindo em qualidade no atendimento ao cliente, possibilitando assim o aumento das vendas e a participação de mercado, focada, sobretudo, na importância dada ao cliente da empresa, permitindo sua satisfação e ganando com sua fidelização. Neste sentido, para fortalecer a parceria empresa/cliente, todos os colaboradores devem estar aptos a oferecer um atendimento capaz de fortalecer a parceria com a organização e aumentar a competitividade. A satisfação do cliente é geralmente definida como uma função das percepções do cliente e de suas expectativas, de modo que: Satisfação = Percepções / Expectativas Em outras palavras, “o cliente satisfeito é aquele que percebe que o atendimento de suas necessidades pela organização é pelo menos igual àquele que se esperava.” SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 15 Nesse sentido, é importante ressaltar que um cliente sempre traz além da condição de aquisição de um produto ou serviço, uma percepção sobre o que lhe é oferecido e muitas expectativas sobre as formas de como lhe será atendido em sua necessidade. Satisfação, portanto, é uma junção lógica entre o que o cliente quer objetivamente e as condições subjetivas que presentes no seu atendimento. Tais condições contemplam a sua abordagem pelo atendente, as expressões e a comunicação utilizada, a apresentação das propriedades do produto ou as características do serviço a ser prestado, as formas ou condições de pagamento e, até mesmo, a aparência do atendente e seu comportamento no momento da abordagem. Para isso é preciso saber exatamente quais as expectativas do cliente e em seguida quais as suas percepções em relação ao cumprimento dessas expectativas. É aqui que a empresa se encontra com o seu primeiro desafio, porque as expectativas e as percepções são dinâmicas por serem essencialmente subjetivas e mutantes e, portanto difíceis de validar, considerando que cada vez mais se torna difícil mensurar a satisfação e fidelizar clientes. Vale ressaltar que satisfazer as pessoas não é uma tarefa simples, porque as pessoas agregam no ato de obter ou utilizar valores de ordem pessoal que estão além das propriedades de estética ou beleza, ou mesmo a funcionalidade e praticidade de um produto ou serviço. As pessoas depositam expectativas e ansiedades que estão em função de seus ambientes de acordo com o modismo, ou tempo de disposição para usufruir ou consumir. É como, por exemplo, um restaurante que tem clientes que trabalham e, na sua maioria, utiliza de seus serviços na hora do almoço. Se a refeição não for servida rapidamente, não atenderá à exigência dessa clientela que tem hora marcada para retornar para o trabalho. Da mesma forma, não há como satisfazer um cliente que procura, pela segunda vez, um produto que na loja está sempre em falta. Conforme o desenvolvimento tecnológico avança, as pessoas procuram organizações e/ou empresas que atendem com eficiência e agilidade, tornando a vida das pessoas mais prática e funcional. Afinal, para que serve a tecnologia se não for para ser ágil e rápida? Para Woldcock (1998) (apud Silva e Zambon, 2012) os consumidores estão cada vez mais buscando relacionamentos longos com as empresas que lhe proporcionam conforto, segurança e confiança, por isso, satisfazê-lo não é tarefa fácil, mais pode trazer vantagens compensatórias de acordo com o tipo de negociação do produto ou do serviço. Dessa forma, não basta pagar pelo produto ou serviço, mas obtê-lo de forma satisfatória a um contexto e, não apenas, momentaneamente. Com a correria do dia a dia das pessoas, as quais assumem no mercado de trabalho mais de uma função, é importante ser cliente de empresas que os atendam com agilidade para que não percam tempo procurando um produto ou um serviço de qualidade. Evidentemente, clientes que possuem uma brecha livre em suas SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 16 atividades, tendem a pesquisar produtos e serviços que lhes são mais convenientes. Sem dúvida, nos dias atuais nos quais encontramos uma variedade de produtos e serviços disponíveis, a pesquisa não deixa de ser um importante mecanismo de busca que, na maioria das vezes, está condicionada às condições econômicas do cliente. Por outro lado, é importante que se diga que sem uma ótima gestão de recursos humanos, a satisfação do cliente perpassa o seu poder de compra. Portanto, atender bem e adequadamente é o fio condutor que traz o cliente e, dele, outros clientes. Para Karl Albrech, 1997 (apud Silva e Zambon, 2012, p.44), as necessidades e desejos dos clientes são apresentados e constatados pela hierarquia de valor para o cliente, sendo uma escala de exigências sempre superior ao anterior como mostra a figura abaixo: Figura 03: Hierarquia de valor para o cliente. Fonte: Albrech (1997, apud Silva e Zambon, 2012, p.44), adaptado pelos autores desse estudo. Podemos compreender que atributos básicos são as necessidades do cliente, enquanto que os esperados são as expectativas depositadas no tipo de produto ou serviço que busca. Os atributos desejados são os depositados no produto ou serviço, tal como a qualidade do mesmo. Em contrapartida, os atributos inesperados são as péssimas condições, resultados ou qualidades as quais o cliente não encontrou no que procurava, não sendo, assim, atendido em suas necessidades e desejos, retomando-se o ponto inicial, ou seja, às suas necessidades. 4.1 Identificando o cliente insatisfeito Para as empresas ou organizações saberem quais são os seus tipos de clientes devem implementar diferentes ferramentas de pesquisa de satisfação de seus produtos ou serviços. Contudo, a identificação de cada cliente não basta para garantir as melhorias das ofertas e vendas. É preciso um registro adequado das percepções de desejos de cada cliente e um diagnóstico apurado da equipe que atende a fim de averiguar como as abordagens são realizadas. Por isso é tão importante a capacitação e o treinamento dos colaboradores para o atendimento do cliente. Atributos Básicos Atributos Esperados Atributos Desejados Atributos Inesperados SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 17 SCHMITT (2003), afirma que a satisfação é uma atitude orientada para o resultado emanada de clientes que comparam o desempenho do produto com suas respectivas expectativas a respeito dele. Se o produto ficar abaixo dessas expectativas, os clientes estão insatisfeitos; se tiver acima, estarão satisfeitos. Vamos supor, por exemplo, que você teve um dia bastante tribulado e não pode almoçar, portanto, está com fome. Por indicação de um colega de trabalho você se dirige a uma padaria para fazer um lanche rápido, já que após o trabalho faz um curso noturno e precisa ser rápido para não se atrasar para a aula. A fome é uma necessidade básica, mas nem por isso exime você de perceber qual a qualidade do lanche servido naquela padaria. Na expectativa de sanar a fome a percepção sobre o alimento aumenta e não diminui, como alguns pensam e até dizem que estando com fome “até pedra come”, não é uma verdade. Mesmo porque não estamos dizendo de uma pessoa que passa pela privação do alimento, o que dá ao termo e à situação uma conotação diferente do que seja fome. Estamos nos referindo a uma situação isolada num dia de um mês inteiro. Portanto, haverá sim uma percepção acentuada sobre a oferta, a qualidade, o atendimento, a agilidade do tempo de atendimento e o valor do que está sendo consumido. Se você ficar satisfeito, ficar sem almoço não será problema, porque já sabe onde ir para saciar sua necessidade, mas o oposto o fará pensar duas vezes antes de ficar sem almoço. Pode-se dizer que a satisfação não atendida são expectativas e perspectivastransformadas. Ainda nesse segmento, o cliente escolhe diferentes ofertas com base naquilo que parece proporcionar o melhor valor, mas o produto ou oferta só alcançará êxito se proporcionar qualidade e, ao mesmo tempo, satisfação. Porém, quantas empresas sabem de imediato se houve ou não a satisfação de seu cliente? Algumas empresas como, por exemplo, a empresa 3M alega que mais de dois terços de suas ideias para melhorar produtos e serviços surgem a partir das reclamações de seus clientes. Ao registrar as reclamações de seus clientes a 3M constatou que: - entre 54% e 70% voltarão a fazer negócios com a empresa se suas reclamações forem resolvidas; - e 95% voltarão se perceberem que suas reclamações foram atendidas rapidamente. Entretanto, a realidade é bem diferente, apenas metade dos que reclamam, afirmam receber uma solução rápida e satisfatória para o problema. E isso ocorre porque nem sempre a empresa possui uma ferramenta de avaliação de satisfação de seu cliente eficaz. Na maioria das vezes, as empresas fortalecem e enriquecem seu potencial humano, ou seja, seus colaboradores recebem orientações bem gerenciadas sobre o serviço a ser prestado ao cliente, aumentando sua capacidade de atendimento. Nesse caso, a empresa faz o nivelamento da qualidade dos produtos e de seus preços e, ao mesmo tempo, faz com que o principal diferencial responsável pelo seu sucesso é o atendimento dado ao cliente. Essa linha de trabalho leva à percepção satisfatória que o cliente faz da empresa, influenciando em sua decisão de continuar ou não a ser cliente ou pior ainda, que faça boas ou más referencias dos SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 18 serviços. Assim, o potencial humano é priorizado em termos de operacionalização potencializando a qualidade de atendimento focalizando a satisfação do cliente. Sem dúvida, temos de fato empresas de pequeno, médio e grande porte que possuem além de uma variedade e qualidade de produtos, preços nem sempre convidativos, mas que conquistam a clientela por meio de atendimento eficaz. Essas empresas sabem que o maior investimento está em seu potencial humano e, ninguém melhor que um colaborador satisfeito para se motivar em satisfazer um cliente insatisfeito.6 Por outro lado, não se pode esquecer que tendo uma clientela diversificada e não identificando os problemas internos e externos da organização, haverá causas e efeitos contínuos que promoverão desequilíbrios de várias ordens. Isso não significa a falência da organização, desde que ela esteja sempre pronta às mudanças que a faça desenvolver. O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas mais eficazes e mais utilizadas nas ações de melhoria e controle de qualidade nas organizações, permitindo agrupar e visualizar as várias causas que estão na origem de um problema qualquer ou de um resultado que se pretende melhorar. 4.2 Diagrama de causa e efeito 7 Este diagrama, também chamado de Espinha de Peixe ou Diagrama 6M, é utilizado para demonstrar a relação entre os efeitos dos problemas e suas causas, apresentando todas as possíveis causas primárias e secundárias dos problemas e suas possíveis soluções. Trata-se de uma ferramenta gráfica que substituindo os termos apresentados em seus retângulos, como abaixo é apresentado, as empresas podem elaborar/planejar ações e estratégias para vencer os obstáculos que impedem a satisfação do cliente. Figura 04: Diagrama de Causa e efeito Autor: Kaoru Ishikawa Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Ishikawa 6 Para saber mais leia o Texto Complementar 1 – 5 Passos para lidar com um cliente insatisfeito, por Luciano Larrossa. 7 Diagrama de Ishikawa, é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o gerenciamento e o Controle da Qualidade em diversos processos, e também é conhecido como "Diagrama de Causa e Efeito", "Diagrama Espinha-de-peixe" ou "Diagrama 6M". O Diagrama foi originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa, no ano de 1943, e foi aperfeiçoado nos anos seguintes. Fonte: http://www.significados.com.br/diagrama-de-ishikawa/ SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 19 Geralmente, esses diagramas são feitos por grupos de trabalho e envolvem todos os agentes do processo em análise. Depois de identificar qual o problema ou efeito a ser estudado, lista-se as possíveis causas e depois se faz o diagrama de causa e efeito. Na sua estrutura, os problemas são classificados em seis tipos diferentes: método, matéria-prima, mão de obra, máquinas, medição e meio ambiente. Esse sistema permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de um determinado problema ou também uma oportunidade de melhoria, assim como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. O método, geralmente, articula os princípios da organização quando ela nasce. É o seu modo de ser e sobreviver, mas não impede o seu desenvolvimento. Ao contrário, transforma-se de acordo com as necessidades do mercado e se expande com visão futurista. São exemplos as marcas que historicamente acompanharam as transformações sociais sem perder suas origens, tais como a Kibom e a Nestlé que fundiram-se no final da década de oitenta, aumentando a fabricação de seus produtos atendendo a novos e antigos consumidores. A matéria-prima também sofreu alterações no sentido de que ampliou as opções segundo suas propriedades. Hoje podemos encontrar quantos tipos de utensílios domésticos que variam entre madeira, vidro, porcelana, plástico, alumínio, inox. A base artesanal de um prato pode ser redonda, quadrada, sextavada, oval e, esse mesmo prato pode ser fabricado com matéria-prima de madeira, vidro, porcelana, plástico, alumínio, inox. Portanto, a matéria-prima também deve ser avaliada segundo à demanda da organização. A mão-de-obra, nos dias atuais, é também um dos principais desafios das pequenas e grandes organizações. Tal desafio se deve em razão da expansão tecnológica que exige no mercado de trabalho pessoas mais capacitadas para operar os sistemas produtivos. Por outro lado, com a queda de determinados regimes políticos, como a ditadura militar dos anos sessenta, e a emergente Constituição Brasileira, as pessoas passaram a ter mais consciência de seus direitos e deveres trabalhistas passando a ter a liberdade de escolha. Não que isso seja ruim, ao contrário, mas, tal liberdade permite que um colaborador não satisfeito não se mantenha no trabalho por longos anos, pois seus direitos são assegurados mesmo desempregado. Com isso, as empresas também mudaram seu perfil de contratação, no qual permite que os processos de admissão e demissão fiquem num mesmo patamar. Resultado: a mão de obra não se qualifica nem que seja para se manter em seus empregos. Evidentemente, não estou aplicado uma regra geral para todos os casos, mas é visível o número de trabalhadores ainda sem qualificação profissional, com baixos salários e flutuantes no mercado. Como a regra não se aplica a todos, posso afirmar que há empresas dispostas a fornecer não só a qualificação profissional, bem como, o retorno do colaborador aos estudos. Mas, também, sabemos que os esforços nem sempre são equilibrados numa mesma balança de dois pratos. A quem prefira não se atualizar, porque miticamente aprender mais implica num aumento das tarefas, o que não é verdade. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 20 Desse modo, fica difícil encontrar mão de obra capacitada e habilitada para operar determinados sistemas produtivos. A máquina, tanto caracterizada pela máquina administrativa quanto pela máquina tecnológica pode representar um obstáculo para a satisfação do cliente. Pois, os processos gerenciais também precisam de pessoas capacitadas para liderar grupos de pessoas alinhados aos objetivosda organização. A máquina tecnológica não se aplica apenas às ferramentas de trabalho, mas envolve todo um processo burocrático e político que estão no cerne de toda organização, independente de seu tamanho. Para operá-la também há necessidade de pessoas capacitadas que entendam dos processos e saibam a hora de investir para ampliar o capital financeiro, bem como, a hora de investir para ampliar a infraestrutura e a tecnologia de produção e, por fim, investir no capital humano – essencial para o sucesso de toda organização. O meio ambiente interno, tanto quanto externo, compõe toda organização e necessita sempre de um planejamento para estruturá-los. Uma empresa de médio e grande porte é composta por sistemas operados por grupos de trabalho, enquanto uma micro ou pequena empresa, muitas vezes, comporta um ambiente único. O meio ambiente aqui não designa o termo tão em voga o qual a preservação e a sustentabilidade são, hoje, quase um modismo. Estou falando do meio ambiente enquanto uma infraestrutura capaz de agregar pessoas, tecnologias e produção. Nesse sentido, a infraestrutura composta por ambientes de trabalho precisam ser planejados de forma comportar adequadamente os sistemas operativos de trabalho. Cada equipe de trabalho deve prevalecer de um espaço condizente com a sua operatividade. Porém, nem sempre este ambiente é planejado e entendido como mais importante frente ao trabalho e a produção. Numa extensão do que seja o meio ambiente de uma empresa, compreende-se que os espaços internos e externos influenciam na imagem que o cliente constrói dela. Um exemplo desse fato é adentrarmos um restaurante que não está limpo: conseguiremos nos alimentar de forma segura e sem pensar em que estado se encontra a cozinha do mesmo? Outra situação é adentrar uma loja cujo espaço é tão restrito que mal se consegue circular para observar os produtos ofertados. Pior ainda, nessa situação, se nesse espaço estiver muitas pessoas: com certeza, sairemos dela sem comprar nada. Nessas situações também inclui-se a fachada que compõe a loja, sua iluminação, sua climatização, a organização e armazenamento dos produtos, a decoração, a jardinagem, o acesso e o estacionamento, enfim, a composição do todo. Não pense, caro leitor, que uma micro ou pequena empresa dispensa esses atributos, pois quanto menor, maior a visão do cliente sobre ela. Desse modo, ao construir o diagrama de causas e efeitos, a fim de diagnosticar os problemas que criam impeditivos para a satisfação do cliente, todos esses elementos devem ser analisados tendo em foco os objetivos a serem alcançados. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 21 4.3 Gestão da satisfação dos clientes Se identificar a satisfação do cliente requisita da empresa ferramentas eficazes, fazer a gestão dessa satisfação também requer estudo, pesquisa, interpretação e, sobretudo, elaboração de instrumentos que articulem os serviços prestados à qualidade dos produtos, o preço de compra da matéria e de venda ao cliente. Com as grandes mudanças na economia mundial, a globalização, o avanço tecnológico e a grande variedade de produtos e serviços, a gestão da satisfação passa a ser uma prioridade que requer um planejamento estratégico adequado para articular expectativas, necessidades e desejos dos clientes. Segundo, trilogia gerada por Juran e Gryna (1993) é preciso estar atento à: 1. Melhoria da qualidade: • Reconhecer as necessidades de melhoria. • Transforme as oportunidades de melhoria numa tarefa integrada. • Conselho de qualidade, selecionar projetos e facilitadores. • Promover a formação em qualidade. • Avaliar a progressão dos projetos. • Premiar as equipes vencedoras. • Publicar os resultados. • Rever os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias. • Incluir os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa. 2. Planejamento da qualidade: • Identificar os consumidores. • Determinar as suas necessidades. • Criar características de produto que satisfaçam essas necessidades. • Criar os processos capazes de satisfazer essas características. • Transferir a liderança desses processos para o nível operacional. 3. Controle da qualidade: • Avaliar o nível de desempenho atual. • Comparar com os objetivos fixados. • Tomar medidas corretivas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto. Sem dúvida, a melhoria da qualidade deve ser para toda organização o ponto central das preocupações, pois como dito anteriomente houve muitas mudanças que alterou os quadros sociais e, consequentemente, a maneira como as pessoas buscam a satisfação de suas necessidades e desejos. Para atender as novas demandas, a cada ano, a empresa deve elevar a sua atenção a partir de seus compromissos internos, ou seja, rever seus planejamentos incluindo a capacitação de todos os seus colaboradores dando-lhes potenciais de SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 22 conhecimentos que promovam não só a qualidade de serviço prestado, mas a qualidade de trabalho. Evidentemente, nisto está a atenção dada ao clima organizacional mantendo sempre que possível relações interpessoais com agregação de valor humano; ao mesmo tempo, estar atenta ao comportamento organizacional ao que diz respeito ao modus operanti das equipes, entendo-as como setores que complementam o trabalho e não como grupos competidores que fragmentam o trabalho. Para essa lógica de ação, a empresa deve saber o momento de premiar e dar mais subsídios para que seus colaboradores estejam de “corpo e alma” no compromisso com os objetivos da empresa e, ao mesmo tempo, envolvidos em projetos que elevem os negócios da empresa. Assim, todos ganham com o trabalho e, também, progridem como pessoas. Por outro lado, o planejamento da qualidade requer que a empresa tenha ótimas relações com o mercado e saiba, sobretudo, pesquisar seus produtos – seja para a fabricação, seja para venda imediata – tendo em vista a articulação com seu tipo de clientela. Toda clientela possui características próprias e, cada cliente traz consigo suas expectativas sobre o que deseja. Desse modo, é preciso de um quadro gerencial – microgestores – alinhado com seus colaboradores e, estes por sua vez, devem estar munidos de conhecimentos pertinentes aos serviços e produtos para alinhar-se à clientela. Por último, o controle da qualidade repousa sobre esse quadro interno que corresponde ao grupo de microgestores, colaboradores, fornecedores e, ainda outros, que fazem a empresa funcionar. É importante lembrar que a empresa que propõe o controle de qualidade apenas sobre produtos tem menos garantia de sobrevivência no mercado. O vendedor ambulante, por exemplo, tem muito mais chances de sobreviver de suas vendas que uma empresa com muitos bons vendedores. Qual a diferença? É simples: empresas precisam investir no controle de qualidade que só se torna fato quando se investe no seu potencial humano, enquanto que o vendedor ambulante faz o controle de qualidade apenas de seu produto. O vendedor ambulante depende unicamente de seu trabalho, buscará meios e conhecimentos para fazê-lo bem. Uma empresa para funcionar depende de muitos processos e, neles, muitas pessoas estão envolvidas antes de se chegar ao cliente. Portanto, a empresa deve estar pronta para atender seus processos internos e todas as pessoas que estão envolvidas devem conhecer esses processos para, posteriormente, focalizar a qualidade de atendimento ao público externo. 4.4 O que o cliente espera Este é um tema bastante amplo que leva a muitas reflexões, porque cada cliente manifesta o seu desejo por algum produto ou serviço se está, de alguma forma, estimulado por sua necessidade. O esperado pode ser determinado por características e mudanças do próprio comportamento, como as influências ambientais, psicológicas, culturais,econômicas, por grupos referenciais, entre outros. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 23 Mais do que atendimento, o cliente pode subitamente ter a visão de que o mercado tem muito mais a lhe oferecer. Você vai correr o risco? Se você acredita que seu cliente está satisfeito apenas em tê-lo “de prontidão” para atendê-lo sempre que precisar, você poderá ter uma desagradável surpresa em muito pouco tempo. A crescente evolução do mercado trazida pelo aumento da competitividade das empresas, a profissionalização das estruturas de atendimento de seus concorrentes e também de seus clientes, a crescente inclusão de novas tecnologias de apoio e a sofisticação de sistemas e ferramentas de gestão são apenas alguns dos fatores que acabam por modificar o relacionamento clientes e os diversos tipos de fornecedores. Muitas vezes, o simples sentimento de bom atendimento está limitado a ter o melhor preço e a disponibilidade do produto ou do serviço. Porém, o que o cliente quer mesmo é não pagar caro – o que é bem diferente de “o mais barato” – e disponibilidade é hoje uma obrigação tão grande que se tornou um dever de todo bom fornecedor. Em outras palavras, ter o produto ou o serviço não significa fidelizar o cliente, mas conquistá-lo temporariamente. As características econômicas podem influenciar e até determinar a decisão de compra, mas os clientes que não dispõem de recursos financeiros abundantes, nem sempre podem comprar tudo que desejam, enquanto que os clientes com mais recursos podem comprar produtos diferenciados pagando até mais por eles. Segundo Silva e Zambon (2012), na maioria das vezes, o cliente não encontra o que deseja e isso deve ser visto como uma oportunidade para a empresa superar as expectativas, criando ou fabricando um produto novo. Para essa iniciativa, as empresas não devem ser míopes, ou seja, precisam ver o óbvio acompanhando continuamente as mudanças e todas as variáveis que envolvem os clientes e seus desejos e expectativas. Outro fator de grande importância é saber ouvir e entender os clientes, conhecer as tênues diferenças entre o que o cliente declara e o que realmente ele necessita, para obter um diferencial competitivo e atender esse cliente eficientemente, para então, fidelizá-lo. A liderança, característica que não pode ser uma imagem da empresa, mas o comportamento de sua equipe, também influencia o cliente. “Há pouco tempo, o termo liderança foi definido como a habilidade de inspirar confiança e apoio entre as pessoas de cuja competência e compromisso depende o desempenho.” (Dubrin, 2003, p.264) Embora, a liderança possa ser considerada uma característica gerencial, a postura de líder pode ser assumida por qualquer colaborador que tenha clareza do que é atender bem. Pois, o cliente espera muito daquele que lhe atende, no sentido da prontidão e conhecimento no momento do atendimento. Na verdade, o líder é aquele que encanta, mesmo que o cliente não leve de imediato o produto ou aceite a prestação de um serviço, provocando-lhe a reflexão sobre a sua necessidade e utilidade. Levar alguém a creditar no imediato, é enganar a realidade, ou seja, a insistência de um vendedor sobre um cliente pode causar um SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 24 grande engano. Todavia, perder uma venda pode representar um grande prejuízo para um bom vendedor. Para um líder promover a reflexão sobre a sua necessidade de ter ou não tal produto, pode ser um grande ganho. A conquista sempre parte de uma relação honesta e limpa, já que ambos – vendedor e cliente – possuem uma relação intencional – o primeiro quer vender e o segundo quer comprar. Aquele tipo de cliente que fica apenas na especulação não tem intenção de comprar, mas sondar, porque sua necessidade não é imediata; há desejo, mas não a prioridade de ter um objeto, um móvel, ou uma roupa, um sapato, etc. Isso não significa que seu atendimento deva ser negligenciado, muito pelo contrário. Deve ser tão bem atendido quanto aquele que tem a necessidade primordial de adquirir quaisquer outros produtos e serviços. Afinal, ambos os clientes podem ser satisfeitos: um de imediato e outro no momento que julgar certo. O que se quer dizer com isso? Que o líder é sensível a qualquer característica que os clientes apresentem, porque é captado o que o cliente espera. As expectativas em cada pessoa se manifestam de diferentes formas, o que é preciso é estar atento para ouvir e perceber como cada pessoa vai reagir diante de sua busca. É estar sensível e aberto ao diálogo sem insistência, estar de prontidão para atender bem sem negligenciar a expectativa do cliente. Então, afinal, o que o cliente espera? Espera que seja abordado de forma gentil e educado; que quem o atende seja objetivo e atencioso; que conheça o produto reconhecendo suas propriedades boas e não tão boas em função da sua utilidade; que o atendente reconheça a diferença entre qualidade e desempenho que residem naquele produto, além de sua eficiência e durabilidade; que sempre tenha propostas de pagamento e preços compatíveis com a necessidade e a possibilidade do cliente. Às vezes isso tudo pode ser muito óbvio, mas ainda nos surpreende o mito que alguns vendedores ou prestadores de serviço têm que quando um cliente apenas pergunta o preço e não compra, ou que diz que vai pensar e depois volta, na verdade, não estava interessado em comprar. MÓDULO V ATENDIMENTO AO CLIENTE Com a competitividade cada vez mais acirrada, na qual os clientes estão cada vez mais bem informados, o atendimento eficaz ao cliente, com certeza, é um diferencial competitivo para as empresas e fator crítico de sucesso. Atender as necessidades dos clientes hoje já é considerado básico, vejamos que superar essas necessidades e desejos é o que mantém as empresas rentáveis e, ao mesmo tempo, “vivas” no mercado. Porém, a atualização, a pesquisa e o estudo do mercado, conforme as tendências e necessidades de cada época, são fundamentais para manter qualquer organização. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 25 O atendimento ao cliente depende, sobretudo, de pessoas conhecedoras de seu trabalho e que sabem manter um clima organizacional interno focado nos objetivos da empresa. Ter o produto de qualidade, sem conhecê-lo ao ponto de articulá-lo às necessidades do cliente, não garante o bom atendimento e não se revela no objetivo da empresa. Desse modo, a qualidade total ao cliente e compreender a importância de sua satisfação permeiam o conhecimento do colaborador sobre seu trabalho. A nossa embalagem dirá quem somos, ou seja, é importante estar identificado e se identificar ao cliente logo que o atende, porque o nosso nome e o que representamos imprime segurança ao nosso público. Sendo assim, o uso de crachá ou uniforme se for o caso, não é apenas uma formalidade, mas uma representação da empresa pela qual nos comprometemos. Após nos apresentar, é importante saber o nome do nosso cliente, desse modo ele ficará mais à vontade para falar de suas necessidades e escolher um produto ou solicitar um serviço. Saber ouvir e falar são cruciais para que se estabeleça um diálogo tranquilo que, mesmo com significado comercial, implicará na fidelização do cliente. Numa pesquisa de mercado, realizada pela Associação Comercial de São Paulo, em 2010, descobriu-se que muitos clientes mantêm-se fiéis a algumas empresas não só por seus produtos e serviços, mas porque estabeleceram laços de amizade nessas organizações, sendo sempre bem recebidas e atendidas com qualidade e atenção. Aproximações físicas tais como abraço e beijo na face, devem ser tratadas pelo foco do cliente e não do atendente, lembrando que para chegar nesse nível de intimidade, a relação já deve estar bem estruturada. Mesmo assim, é importante lembrar também quenem todas as pessoas se permitem a uma aproximação além do aperto de mãos. É interessante ter sempre no bolso o cartão corporativo, quando a empresa o disponibiliza, do contrário, uma caneta e um papel apresentável para anotar seu nome e contato, pois nem sempre o público que procura uma empresa sabe exatamente a quem se direcionar. Assim, saberá a quem recorrer quando necessitar de algo, levando em consideração que tal condição não se aplica apenas a vendedores diretos, mas a todos os colaboradores, já que a intenção é manter o público ligado à empresa. Não sei se o leitor pode perceber que nesses comportamentos acima descritos há um caráter ético. Todavia, ética é uma construção que o indivíduo faz no seu contato com outras pessoas, de acordo com os níveis de relação que estabelece. Ao mesmo tempo, a ética está condicionada aos princípios e valores do próprio indivíduo adquiridos desde a infância. Desse modo, as pessoas não nascem éticas, mas se tornam éticas. Segundo Dubrin (2003, p.69), a ética se baseia nas crenças do indivíduo sobre o que é certo e é errado ou o que é bom e o que é mau. A ética pode ser vista como veículo que converte valores em ações. O comportamento ético dos membros de uma organização exerce uma força importante na maneira pela qual a empresa é vista pelos que estão dentro e fora dela. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 26 Como não se separa a pessoa do profissional, assim, os valores pessoais mesclam-se com os valores exigidos no cargo e na empresa. Dessa forma, o comportamento ético reflete em todas as relações estabelecidas, sobretudo, com o público que é atendido. No comportamento ético implicado nas relações e nas abordagens de atendimento, devem ser levados em conta cinco quesitos: 1. Respeito pela dignidade individual: o público que busca uma empresa tem uma identidade histórica e social, por isso é um público que varia nas atitudes, na comunicação e, sobretudo, no comportamento. Podemos encontrar clientes ansiosos, tranquilos, mas também os mais agitados e, até mesmo, exaltados; encontramos pessoas muito pacientes numa sala de espera, mas temos também clientes que querem o atendimento imediato à sua chegada. O mais importante é o atendente saber tranquilizar e harmonizar o ambiente, mantendo um clima amistoso e de atenção. Caso, por exemplo, o atendente já estiver ocupado com um cliente, no momento que chegar outro, garanta que logo irá lhe dar atenção; pergunte se pode aguardar, se há tempo disponível – caso não – veja a possibilidade de seu retorno, ou, se outro colaborador pode atendê-lo. Jamais o deixe esperando sem lhe dar a devida, e mínima, atenção. 2. Integridade sem intransigência: ao lidar com clientes agitados e exaltados por algum problema que requer solução, busque manter-se o mais tranquilo possível, afinal, o nervosismo dos dois não levará à solução do problema, pelo contrário, o aumentará. Manter-se equilibrado, principalmente frente à ofensiva de um cliente, não é uma tarefa simples, porque exige muita segurança. O primeiro passo é identificar onde está o erro, o segundo é encontrar o acerto e o último é compreender que errar é totalmente humano. Dessa forma, a integridade é sempre bem acompanhada da humildade em aceitar a condição, não de forma passiva, mas de maneira proativa, ou seja, não importa quem errou, mas como vai acertar de maneira que o público/cliente não perca a confiança no atendimento da empresa. Por isso, não podemos desconsiderar a enorme carga de estresse que todo atendente carrega, pois se ele acertar, o sucesso é da empresa, mas todo erro é consequência apenas do atendente. Por outro lado, quando aceitamos a possibilidade do erro e da habilidade que temos para acertar, aceitamos com mais segurança e tranquilidade as adversidades do trabalho. 3. Confiança: é essencial para um bom atendimento, tanto no sentido da ação desempenhada, como aquela que o público deposita na empresa. A confiança é que possibilita a manutenção do público à empresa, porque não se trata apenas de produtos e serviços, mas de quem os faz acontecer. Direta ou indiretamente, o colaborador é o que transmite a confiança necessária ao público que adentra a empresa. Numa indústria de calçados ou vestuário, por exemplo, aqueles que trabalham na operacionalização são tão importantes quanto os vendedores que SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 27 tratarão do cliente diretamente, pois a qualidade da operacionalização será analisada pelo cliente por meio do produto final a ser obtido. 4. Credibilidade: sempre estará consubstanciada na verdade estabelecida nas relações e nas situações de atendimento, pois uma informação mentirosa, especulativa põe a perder o crédito depositado pelo público na empresa. Por isso, tanto empresa quanto colaboradores devem estar sempre atualizados sobre as situações de mercado, políticas econômica e financeira, regras administrativas, condições de negócios de compra e venda, bem como, descontos ou premiações. Basta lembrar que o mercado especulativo implica na organização por descrédito do público. Portanto, a credibilidade está sempre em função das condições reais que mantém a empresa no mercado. 5. Capacitação do Recurso Humano: o comportamento ético é também uma construção diária que acontece nas relações, conforme as situações acontecem, pois as pessoas aprendem uma com as outras. A aprendizagem é, portanto, parte do cotidiano das pessoas em todos os âmbitos das relações humanas e profissionais. Assim, é importante que a empresa promova capacitações para a agregação de valores humanos e atualização profissional de todos os colaboradores, afinal, são esses que a faz funcionar e manter-se “viva” no mercado. É preciso fazer uma análise profunda destes quesitos, que explicitei acima, porque se estamos lidando com outras pessoas numa relação baseada em intenções – ganhar o cliente e esse satisfazer-se por meio do meu atendimento – é necessário sempre ter a vista a qualidade total para o cliente. 5.1 Qualidade total para o cliente Conforme explica Oakland (1994), todos na organização são comprometidos com cada setor, cada atividade, cada pessoa, assim os erros e as falhas podem se multiplicar e, para a organização ser realmente eficaz cada membro deve trabalhar em equipe, num clima organizacional sempre favorável, resultando em benefícios que se alinham aos objetivos da organização. Nesse sentido, a qualidade é um princípio remetido ao clivo do cliente. Para muitos qualidade é simplesmente ausência de defeitos, entretanto Oakland (1994, p.15) assinala que: Qualidade é muitas vezes empregada com o significado de “excelência” de um produto ou serviço – fala-se sobre “qualidade Rolls-Royce” e “ qualidade superior”. Em algumas companhias de engenharia, a palavra pode ser usada para indicar que a peça de metal está de acordo com certas características físicas, dimensionais, estabelecidas muitas vezes na forma de uma especificação particularmente “apertada”. Em um hospital, ela pode usada para indicar alguma espécie de “profissionalismo”. Se devemos definir qualidade de modo que seja útil em sua Administração, precisamos reconhecer a necessidade de incluir na sua avaliação as verdadeiras exigências do “cliente” – suas necessidades e expectativas. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 28 Desse modo, qualidade deve ser empregada a um conjunto de condições que contemplam todo o contexto interno e externo da organização antes do produto chegar à casa do cliente. Para Oakland (1994), qualidade e confiabilidade andam juntas, intrinsecamente ligadas, com o mesmo grau de importância, às vezes, de maneira confusa porque num determinado período um produto e/ou serviço pode ser satisfatório, proporcionando a possibilidade de aceitação delee, em outro momento, não satisfazê-lo em nada. Gerar uma reputação de “excelência” requer que as empresas preparem sua capacidade de atender continuamente os requisitos dos clientes. E atender aos requisitos do cliente inclui a atualização no mercado dos produtos e serviços que estão em conformidade com a atual realidade que se insere o próprio cliente. Para Maximiano (2002), qualidade é sinônimo de melhor, ou de nível mais alto de desempenho; usa-se ainda conceito s de mais de 25 séculos, na qual a excelência é a característica que difere algo em relação ao outro pela superioridade, dependendo do contexto. O conceito de gestão da qualidade total (TQM), que é uma filosofia empresarial oriunda do Japão, tem o objetivo de obter vantagem competitiva. Assim, Aaker, Kumar e Day (2004, p.704) define TQM: Como um esforço sistemático em direção a um contínuo aumento da qualidade de todos os processos, produtos, serviços e recursos humanos em toda a organização, visando sempre ao objetivo da melhoria da satisfação dos clientes. Nessa perspectiva, colocamos o esforço sistemático num contexto de totalidade do real, ou seja, a realidade que envolve a organização – seus sistemas internos e externos na interdependência dos setores de produção e oferta, bem como, as adequadas relações com os fornecedores e o treinamento dos colaboradores – até o encontro com o cliente, no qual se conclui o esforço sistemático. Para os mesmos autores as características da TQM são: • Todos na organização estão comprometidos com o constante aperfeiçoamento, buscando o aumento da qualidade. • Equipes multifuncionais, integradas e motivadas, estabelecendo os seus próprios objetivos. • Estabelecer ferramentas de medidas confiáveis de progresso, sendo o benchmarking o mais utilizado nos dia de hoje. Para Silva (2005, p.306), qualidade é: Processo contínuo e sistemático de pesquisa para avaliar produtos, serviços e processos de organização-líder, com a finalidade de servir de macro de referencia ou padrão de excelência que precisa ser identificado para ser tomado como base ou de alvo para mudanças, visando à melhoria de desempenho. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 29 As empresas que adotam o TQM utilizam várias ferramentas, técnicas e processos para assegurar a qualidade de seus produtos, tais como: diagrama de causa e efeito (descrito no item 4.2) e o processo do ciclo plan-do-check-act (PDCA). O ciclo PDCA de Deming representa um ciclo de melhorias, cujo objetivo é a competitividade da empresa por meio da melhoria contínua dos resultados. Muito utilizado na gestão da qualidade, o PDCA se divide em quatro passos que são os seguintes: • Plan (Planejamento): estabelecer missão, visão, objetivos, procedimentos e processos necessários para alcançar os resultados. • Do (Execução): Realizar, executar as atividades. • Check (Verificação): Acompanhar, monitorar, rever os processos e resultados, comparando com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações e os relatórios. • Act (Ação): Agir de acordo com os relatórios e determinar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, a eficiência e a eficácia, corrigindo as falhas. Pode ser assim representado: Figura 5: Ciclo PDCA Fonte: www.googleimagens, 2012 O ciclo PDCA é uma ferramenta de melhoria continua, o método se baseia em fatos e dados, ele permite priorizar projetos, da mesma forma que permite estabelecer metas concretas e mais fáceis de atingir. A qualidade do produto é uma resultante da participação de todos os setores da empresa, sem exceção. Por essa premissa, devemos entender o PDCA por duas vertentes: a) A do sistema organizacional e sua operacionalização. b) A do sistema organizacional focado no cliente. Pela vertente do sistema organizacional e sua operacionalização, entendemos que toda e qualquer ação deve ser planejada desde o seu princípio, ou seja, Plan (Planejamento): estabelecer missão, visão, objetivos, procedimentos e processos necessários para alcançar os resultados. Uma organização quando nasce não se desenvolve apenas pelo sonho de seus idealizadores. Sonhar em ter um negócio e tê-lo são duas coisas distintas. Isso porque, no dito popular “para sonhar não se paga nada”, porém, manter o sonho SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 30 numa dada realidade custa caro e, o pior, é que ter apenas dinheiro e não saber investir não mantém viva a organização. Desse modo, planeja-se tudo, passo a passo, o que deverá ter e ser a organização. Toda organização precisa de infraestrutura, pessoas e tecnologias – cada uma dessas peças faz mover a organização sempre no sentido horário, ou seja, de forma progressiva para que alcance seus propósitos, as metas de produção e o desenvolvimento financeiro de modo que todos sejam beneficiados. Bom, pelo menos assim deveria ser. Contudo, ela tem que também criar e desenvolver uma imagem política e econômica, aliadas às cargas tributárias e aos altos investimentos em inovação para acompanhar o mercado e as novas demandas. Vale ressaltar que esse processo é um dever de toda organização – se quiser se manter viva no mercado. Porém, cada passo deve ser planejado para que todos os sistemas operacionais e táticos da organização mantenham o seu funcionamento. Para tal, há um ciclo vicioso do qual toda organização deve estar atenta, porque ele se compõe da infraestrutura, de pessoas e de tecnologias é “o coração pulsante” da organização. Dessa forma, para ter o dinheiro para investir e não ter senso de inovação é marcar a falência da organização. Tal condição não é diferente para aquele empreendedor do pequeno bar situado num bairro ou aquele que vende seu lanche nas esquinas de alguma praça. Pois, podem estes empreendedores desprovidos das maiores obrigações que uma organização sustenta, mas não estão livres de perder dinheiro e tempo. O planejamento parte das necessidades internas que demanda a organização e deve contemplar a concretização do desejo do empreendedor, seja de uma organização de grande porte, seja de um simples comércio. Planejar, portanto, significa descrever cada passo a ser dado e cada investimento a ser feito; o objetivo, evidentemente, será sempre o mesmo: lucrar sobre seus serviços e produtos oferecidos, almejando desenvolvimento/crescimento de capital para a empresa evoluir. Para executar (Do) as atividades, toda organização deve ter claro um sistema organizado de funções, cabendo a cada pessoa, chamada de colaborador, uma tarefa específica e objetiva, porém, nunca desarticulada dos demais processos e devidamente alinhada aos objetivos que a organização quer alcançar. A execução das atividades de um colaborador está sempre articulada a do outro colaborador. E se falarmos em equipe, diremos o mesmo, ou seja, nenhuma equipe trabalha isolamente. Ao contrário, ela complementa as tarefas da outra. Assim, todas as equipes de uma organização trabalham com um objetivo comum, que é o da organização. A verficação (Check) só pode ser feita por lideranças que a organização dispõe. Tais lideranças são caracterizadas pelos gerentes de setor, são aqueles colaboradores que possuem as habilidades para acompanhar, monitorar, rever os processos e resultados, comparando com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações e os relatórios. SESI EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA APOSTILA CURSO SATISFAÇÃO DO CLIENTE 31 O gerente é uma pessoa de destaque porque sua missão é fazer acontecer e aparecer as ações e resultados que as equipes alcançam. Evidentemente, a liderança assumida requer competências compreendidas pela boa comunicação, bom relacionamento com grupos de pessoas, conhecimento sobre os processos e técnicas desenvolvidas por esses grupos. Além
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