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Bioequivalência - Resumo Ciências Farmacológicas

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Bioequivalênci�
Biodisponibilidade (F):
. É a quantidade de fármaco que chega à
corrente sanguínea e é responsável pelo
efeito terapêutico
. Indica a velocidade e a extensão de
absorção de um princípio ativo em uma forma
de dosagem, a partir de sua curva de
concentração/tempo na circulação sistêmica
ou sua excreção na urina
. A biodisponibilidade é um índice do potencial
terapêutico de um medicamento
. Ela relaciona a dose útil e é expressa em
porcentagem
. É uma característica de um medicamento
administrado a um sistema biológico
. A absorção é um dos fatores que podem
afetar a biodisponibilidade, a absorção
depende da forma farmacêutica (formulação e
processos) e da via de administração (a via
oral possui uma ampla complexidade de
processos envolvidos na absorção)
Biodisponibilidade Absoluta (Fabs):
. É a comparação da quantidade absorvida
(ASC) de um fármaco por uma determinada
via (que possua fase de absorção) em relação
a uma via de biodisponibilidade 100%
. Ela pode variar de 0 a 1,0 ou de 0 a 100%
. Fração da D que realmente foi absorvida
. Vias diferentes
Biodisponibilidade Relativa (Freal):
. É quando os fármacos não podem ser
administrados por via intravenosa
. Comparação entre a formulação de teste x
referência
. É a comparação quantitativa absorvida
(ASC) de um fármaco em duas formulações
diferentes, administrado pela mesma via e na
mesma dose
Bioequivalência:
. Consiste na demonstração de equivalência
farmacêutica entre produtos apresentados sob
a mesma forma farmacêutica, contendo
idêntica composição qualitativa e quantitativa
de princípios ativos e que tenham comparável
biodisponibilidade, quando estudados sob um
desenho experimental
. O teste de bioequivalência consiste em
demonstrar que o medicamento genérico e o
medicamento de referência apresentam a
mesma biodisponibilidade no organismo
. As resoluções da ANVISA (16/2007 e
17/2007) sobre os estudos de bioequivalência
apresentam definições sobre os parâmetros
utilizados, sendo eles:
➔ Área sob curva (ASC ou AUC)
➔ Concentração plasmática máxima
(Cmax)
➔ Tempo de concentração plasmática
(Tmax)
➔ Tempo de meia-vida
. De acordo com o medicamento, os estudos
de bioequivalência poderão ser conduzidos
em voluntários com idade superior a 18 anos
e capazes de fornecer seu consentimento livre
e esclarecido, do sexo masculino, feminino ou
ambos, sendo que neste último caso,
recomenda-se que o números de homens e
mulheres seja distribuído igualmente entre as
sequências
. É muito provável que produtos “equivalentes”
do mesmo fármaco na mesma concentração e
forma farmacêutica não apresentem a mesma
biodisponibilidade
. Os ensaios de dissolução fazem parte do
estudo da biodisponibilidade de um
medicamento
. Quando não há equivalência entre dois
produtos é constatada o teste de dissolução
pode ajudar a definir as diferenças entre eles
. A velocidade e extensão que uma forma
farmacêutica fica disponível para absorção
depende, em grande parte, da matéria-prima
utilizada e o método de fabricação
Bioequivalência x Biodisponibilidade:
. Os objetivos dos estudos da
biodisponibilidade e da bioequivalência são de
determinar fatores como:
➔ Dose do fármaco para a via de
administração (definição da posologia)
➔ Eficácia e segurança
➔ Perfil de absorção (interferência da
dissolução in vitro e biodisponibilidade
in vivo)
➔ Avaliar medicamentos genéricos
Estudos de Bioequivalência e
Biodisponibilidade Relativa:
. São realizados em seres humanos
. Devem assegurar a identidade dos produtos
(com testes de referência) em relação a
velocidade da absorção e quantidade do
fármaco absorvido
. Este tipo de estudo é desenvolvido em três
etapas, sendo elas:
● Etapa Clínica: ocorre o recrutamento e
seleção de voluntários, a
administração dos medicamentos e a
coleta de amostras para análises
referentes ao estudo e de
monitoramento clínico dos voluntários
durante as etapas pré e pós-estudo
● Etapa Analítica: ocorre a análise das
amostras coletadas na etapa clínica;
quantificação do fármaco inalterado
e/ou seu metabólito ativo estudado;
são utilizados métodos bioanalíticos
validados durante esta etapa
● Etapa Estatística: ocorre a análise dos
dados obtidos na etapa analítica;
cálculo dos parâmetros
farmacocinéticos através de intervalos
de confiança e testes de hipóteses;
são utilizados planilhas e softwares
devidamente validados durante esta
etapa
. Todas as atividades realizadas nas três
etapas devem apresentar ferramentas de
comprovação na rastreabilidade, de forma a
permitir a recuperação segura e confiável dos
dados do estudo
Diferença entre os Medicamentos:
Medicamento de Referência (ou de marca):
. Produto inovador, cuja eficácia, segurança e
qualidade foram comprovadas clinicamente
por ocasião do registro
Medicamento Genérico:
. Contém o mesmo fármaco (princípio ativo),
na mesma dose e forma farmacêutica, é
administrado pela mesma via e com a mesma
indicação terapêutica do medicamento de
referência no país
. O medicamento genérico é intercambiável
com o medicamento de referência
→ Lei 9.787/99: instituiu o medicamento
genérico no Brasil
. Este tipo de medicamento se constitui em
uma verdadeira cópia do medicamento de
referência, só podendo ser produzido após a
expiração da patente deste ou no caso de
haver renúncia de proteção patentária ou de
outros direitos de exclusividade
. Além disso, para ser registrado no Ministério
da Saúde, deve ser submetido a testes de
biodisponibilidade e bioequivalência, a fim de
que se possa comprovar a idêntica
composição qualitativa e quantitativa dos
princípios ativos, os quais devem ser
absorvidos da mesma forma (em termos de
velocidade e extensão) da dosagem de um
medicamento de referência
. O preço do medicamento genérico é menor,
pois os fabricantes de medicamentos
genéricos não necessitam realizar todas as
pesquisas que são realizadas quando se
desenvolve um medicamento inovador
Medicamento Similar: contém o mesmo ou os
mesmos princípios ativos, apresenta a mesma
concentração, forma farmacêutica, via de
administração, posologia e indicação
terapêutica, mas pode diferir em
características relativas ao tamanho e forma
do produto, prazo de validade, embalagem,
rotulagem, excipiente e veículo, devendo
sempre ser identificado por nome comercial
ou marca
Fatores Biofarmacêuticos que Afetam
a Biodisponibilidade:
Características Físico-Químicas do Fármaco:
➔ Solubilidade
➔ Formação de sal
➔ Cristalinidade e poliformismo
➔ Coeficiente de participação e PKa
➔ Pró-fármacos
➔ Fatores estereoquímicos
➔ Taxa de dissolução
➔ Tamanho de partícula
➔ Àrea e formato superficiais
Fatores Farmacêuticos:
➔ Excipientes
➔ Estabilidade do fármaco
➔ Forma farmacêutica
➔ Estabilidade do produto acabado
➔ Processo de fabricação
➔ Taxa de dissolução
Fatores Fisiológicos:
➔ Permeabilidade
➔ Metabolismo pré-absortivo
➔ Excreção renal
➔ Anormalidade ou patologia
➔ Trânsito/motilidade gastrointestinal
➔ Metabolismo hepático
➔ Ligação a proteínas e tecidos
➔ pH gastrintestinal
➔ Absorção sítio-específica
➔ Excreção biliar
➔ Conteúdo gástrico
Curva da Área sob a Curva:
. O cálculo da ASC deve ser feito pelo método
trapezoidal
. Onde a área de cada trapézio traçado sob a
curva pode ser calculado por:
. O pico de concentração máxima do fármaco
e/ou metabólito e o tempo para atingir este
pico devem ser obtidos diretamente, sem
interpolação dos dados
. Dois medicamentos serão considerados
bioequivalentes se os valores extremos do
intervalo de confiança de 90% da razão das
médias geométricas forem maiores que 0,8 e
menores que 1,25
→ Razão das Médias Geométricas: ASCO-t teste /
ASCO-t referência e Cmax testes / Cmax
referência
Biodisponibilidade utilizada para
Troca de Formas Farmacêuticas:
. A biodisponibilidade também pode ser
utilizada para realização da troca de formas
farmacêuticas

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