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1 – Contribuições de Sócrates: Para a filosofia – Foi Sócrates quem introduziu na filosofia a preocupação pela definição e pelo raciocínio indutivo. Ele recolocou a filosofia no seu devido lugar em busca da verdade pelo conhecimento do ser. Sócrates combate os sofistas que instauraram em sua filosofia o relativismo e o subjetivismo. Através de suas perguntas Sócrates tenta demonstrar a essência das coisas, o que há de comum em todas as coisas em busca de um conhecimento universal. Para a ética – Ensinou o método do filosofar com especial atenção para a Ética, reagindo contra o ceticismo prático dos Sofistas, por dirigir-se para o bem; ensinou a respeitar as leis (que os Sofistas haviam ensinado a desprezar), e não só as leis escritas, mas também aquelas que, mesmo não escritas, valem, como dizia, igualmente, em toda parte, e são impostas aos homens pelos deuses. Assim Sócrates afirmou a sua fé em uma justiça superior, cuja validade não é necessária uma sanção positiva, nem uma formulação escrita. A obediência às leis do Estado é, pois, em todos os casos, para Sócrates, um dever. O bom cidadão deve obedecer também às leis más, para não encorajar o cidadão perverso a violar as boas. O próprio Sócrates pôs em prática esse princípio quando acusado de haver introduzido novos deuses e de ter corrompido a juventude, e, tendo sido condenado à morte por esses pretensos delitos, quis que se executasse a condenação, e enfrentou serenamente a morte, da qual tinha podido escapar. Para o conhecimento – Para Sócrates o conhecimento deveria vir de dentro para ser verdadeiro, bastando para isso usar sua razão. Sócrates considerava que a virtude se adquiria, através do conhecimento (ciência), ao passo que o vicio é a falta do conhecimento, ou a ignorância. Assim a ciência e o conhecimento que aperfeiçoam a alma e a razão, sendo essa a condição necessária para se fazer o bem. Ninguém comete conscientemente um erro: se sabe que vai fazer algo errado, você simplesmente não o faz. Nesse sentido, o mal é conseqüência da ignorância e a busca do conhecimento coincide com a busca da virtude. 2 – Contribuição de Platão: Para a filosofia – Platão foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade. Com Platão a filosofia ganha contornos e objetivos morais, apresentando assim soluções para os dilemas existenciais. Porém, assume no intelecto a forma especulativa, ou seja, para se atingir a meta principal do pensamento filosófico, é preciso obter o aprendizado científico. O âmbito da filosofia, para Platão, se amplia, se estende a tudo que existe. Segundo o filósofo, o homem vivencia duas espécies de realidade – a inteligível e a sensível. Para a ética – Entre o mundo real e os valores éticos Platão contrapõe a necessidade de uma reconstrução da sociedade segundo estes valores, por mais radical que ela possa parecer. O reencontro da ética e da realidade se dá através de uma grande reforma social, política e econômica que torne a cidade mais simples, mais desligada dos valores materiais, mais igualitária. Para a sociedade – Na República, o Filósofo cria uma sociedade utópica, governada por um sistema hierárquico, composto por um pequeno grupo de indivíduos com inteligência superior. As funções desta sociedade seriam distribuídas de acordo com os talentos que cada um trouxesse ao mundo. Quem possuísse grande coragem seria cuidador de todos, quem possuísse superior senso de beleza e harmonia seria artista, e quem possuísse pouco talento e habilidades seria escravo. Platão vai ainda mais longe, a preservação destas diferenças poderia ser obtida através de casamentos pré-arranjados. Para a política – Preocupou-se profundamente com os problemas políticos inerentes ao desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obra, A República, expõe o seu ponto de vista sobre a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos. 3 – Contribuição de Aristóteles: Para a filosofia – Aluno de Platão, a quem reconhecia o gênio, Aristóteles passou a discordar de uma ideia fundamental de sua filosofia e, então, o pensamento dos dois se distanciou. Talvez seja esse o ponto de partida para se falar da obra filosófica aristotélica. Para Aristóteles, existe um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos bases sólidas para empreender investigações filosóficas. Aristóteles sustenta que o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nesse sentido, ele não acreditava e não via razões para acreditar no mundo das ideias ou das formas ideais platônicas. Para a ética – No campo da ética, segundo Aristóteles, todos nós queremos ser felizes no sentido mais pleno dessa palavra. Para obter a felicidade, devemos desenvolver e exercer nossas capacidades no interior do convívio social. Aristóteles acredita que a auto-indulgência e a autoconfiança exageradas criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter. Contudo, inibir esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua célebre doutrina do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter. Para o homem – Na visão de Aristóteles, o cidadão não existe isoladamente e é sempre parte de um todo do qual pertence inteiramente. Somente como integrante da pólis há como se conceber o cidadão. O homem está destinado à pólis e a ela é imanente. Incursionando pelo pensamento aristotélico, a pólis seria o estágio final dos níveis de organização do homem. A família seria o primeiro núcleo de organização, cujos líderes naturais – como em todo agrupamento humano em que o intelecto opera – estariam destinados a “prever” a forma e melhor forma de subsistência dos seus integrantes, podendo distribuir tarefas a outros, tudo para executar os meios necessários à manutenção da existência do grupo, tendo-se este como um todo de sustentabilidade indispensável para a existência das partes enquanto integrantes da família. Para o desenvolvimento das ciências – Aristóteles contribuiu para o desenvolvimento de muitas ciências, mas, em retrospectiva, percebe-se que o valor desse contributo foi bastante desigual. A sua química e a sua física são muito menos impressionantes do que as suas investigações no domínio das ciências da vida. Em parte porque não possuía relógios precisos nem qualquer tipo de termómetro, Aristóteles não tinha consciência da importância da medição da velocidade e da temperatura. Ao passo que os seus escritos zoológicos continuavam a ser considerados impressionantes pelo próprio Darwin, a sua física estava já ultrapassada no século VI d. C.
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