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história de educação em Moçambique

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Edson Samuel Manhoso 
Telvina Manuel Damas 
 
 
 
 
 
 
 Qualidade de ensino antes e depois da independência 
(licenciatura em ensino de Matemática) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Extensão de Niassa 
2021 
Edson Samuel Manhoso 
Telvina Manuel Damas 
 
 
 
 
Qualidade de ensino antes e depois da independência 
 
Trabalho da cadeira de Pratica 
Pedagógica Geral a ser 
entregue e apresentado no 
Departamento de Ciências 
Naturais, Tecnologia e 
Engenharia para fins 
avaliativos, leccionado por: 
 MSc: Licínio Mirasse 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Extensão do Niassa 
2021 
Índice 
1.Introdução .................................................................................................................. 4 
1.1. Objectivos .............................................................................................................. 4 
1.1.2. Geral .................................................................................................................... 4 
1.1.3. Específicos .......................................................................................................... 4 
1.2. Metodologias ......................................................................................................... 4 
2. Qualidade de ensino em Moçambique antes e depois de independência. .................... 5 
2.1. Ensino em Moçambique antes da independência .................................................. 5 
2.1.2 A educação tradicional ..................................................................................... 5 
3.Educação colonial .......................................................................................................... 6 
3.1.Organização do sistema de ensino a partir dos anos 30 ............................................. 6 
3.1.2.Os objectivos da educação colonial visavam: .................................................. 6 
3.1.3.O sistema educativo colonial português era organizado de seguinte modo: .... 7 
4.Educação nas Zonas Libertadas ..................................................................................... 8 
4.1. O sistema educativo nas zonas libertadas (1969/70) foi definido para responder 
aos seguintes objectivos: ............................................................................................... 8 
5.Educação em Moçambique Depois da Independência .................................................. 9 
5.1.objectivos, conteúdos/ programas. ........................................................................ 10 
5.1.2. Os aspectos gerais do processo de reestruturação do SNE em Moçambique 
abrangem: ................................................................................................................ 11 
6.Introdução do Sistema Nacional de Educação ............................................................ 11 
6.1.O Sistema Nacional de Educação orienta-se pelos seguintes princípios gerais: .. 12 
6.1.2.O processo educativo orienta-se pelos seguintes princípios pedagógicos: .... 12 
6.1.3.Estrutura do Sistema Nacional de Educação .................................................. 14 
6.1.4.Diferenças entre o sistema de ensino colonial e o sistema nacional de 
educação .................................................................................................................. 15 
7.Reforma do Sistema Nacional de Educação ................................................................ 15 
8.O processo de transformação curricular em Moçambique: Novo Currículo do Ensino 
Básico ............................................................................................................................. 17 
8.1.Promoção semi-automática ou progressão normal: .............................................. 20 
9.Conclusão .................................................................................................................... 21 
10.Referencias Bibliográfica .......................................................................................... 22 
 
4 
 
1.Introdução 
O presente trabalho de pesquisa de Pratica Pedagógica Geral que tem como o tema 
Qualidade de Ensino antes e depois da independência, nele vai se abordar sobre como 
funcionava o ensino antes e depois da independência, caracterizando cada detalhe de 
como o sistema de ensino funcionava e como funciona actualmente, descrevendo os 
objectivos implementados naquela época e o novo sistema de ensino , mostrando a 
diferença entre os dois sistemas o antes e depois da independência. 
Em termos de estrutura o trabalho apresenta a seguinte organização: Índice, Introdução, 
Desenvolvimento, Conclusão e suas respectivas Referencias Bibliográficas. 
1.1. Objectivos 
1.1.2. Geral 
Conhecer a qualidade de ensino antes e depois da independência. 
1.1.3. Específicos 
Conhecer a história de educação em Moçambique, Estabelecer diferenças entre o ensino 
no sistema colonial e sistema nacional de educação e Compreender o papel da escola no 
tempo colonial. 
1.2. Metodologias 
Para a concretização do presente trabalho, usou-se o método de consulta bibliográfica e 
a pesquisa pela Internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. Qualidade de ensino em Moçambique antes e depois de independência. 
2.1. Ensino em Moçambique antes da independência 
 Segundo Rachide,(2015), Em Moçambique muito antes da chegada dos português as 
comunidades nativas tinham o seu sistema de educação dos seus filhos, designada de 
educação tradicional. 
Todos os membros das comunidades tradicionais eram responsáveis pela boa conduta 
das novas gerações, devendo por isso reprimir qualquer comportamento incorrecto de 
qualquer criança, independentemente de ser parente ou não. 
2.1.2 A educação tradicional 
 É aquela que ocorre nos meios sociais ou comunidades de modo informal, caracterizada 
pela ausência pré-determinada dos objectivos, conteúdos e das formas de organização 
específicas, pelo que não reúne o padrão de educação formal, (Idem). 
Existem vários tipos de educação tradicional de acordo com as comunidades, variando 
segundo o género (masculina e feminina), momento (ritos de passagem ou iniciação por 
exemplo a circuncisão), etc, desempenhando as funções: informativa, instrutiva e 
formativa. Em geral a educação tradicional tem carácter pragmático, pois destina-se 
essencialmente, a ensinar a saber fazer coisas concretas como: 
Praticar as actividades sócio económicas, como cultivar, praticar a caça, construir as 
suas casas, montar armadilhas para os animais, aves, peixe, etc. 
 Actividades culturais como: a dança, a arte, os ritos de passagem e de iniciação a 
vida adulta; assistência e o comportamento perante a mulher, durante a gravidez, o 
nascimento de bebés, a realização de cerimónias fúnebres e outras importantes 
naquelas comunidades como o coroamento do régulo ou assistência às cerimónias 
religiosas, etc. 
 Técnicas de autodefesa perante o perigo de pessoas ou animais ferozes e tratamento 
de casos de mordedura de cobras venenosas; 
 Noção de medicina tradicional para o tratamento de doenças mais comuns nas 
sociedades em causa. 
A educação nesta fase, transmitia conhecimentos e técnicas acumuladas na prática 
produtiva, indultava o seu código de valores políticos, morais culturais e sociais e dava 
uma visão idealista do mundo e dos fenómenos da natureza, isto é, pela iniciação e rito, 
6 
 
pelo dogma e superstição, pela religião e magia, pela tradição, o indivíduo era preparado 
para aceitar a exploração como uma lei natural e assim reproduzi-la no seu grupo etário, 
na sua família, na sua tribo, etnia e raça (Boletim da República, 1983). 
3.Educação colonial 
Um dos períodos históricos da educação em Moçambique deu-se no tempo colonial, 
marcado pela existência de um sistema escolar com objectivos, conteúdos e métodosde 
ensino propícios ou adequados para o sistema político vigente, (Rachide, 2015) 
3.1.Organização do sistema de ensino a partir dos anos 30 
Ao contrário do que aconteceu nas áreas de influência de outros países europeus, o 
sistema escolar colonial constituiu em Moçambique uma possibilidade formativa só 
para uma mínima parte da população. 
A educação tinha por função modelar o homem servil, despersonalizando alienado das 
realidades do seu povo; ela devia favorecer a formação de um homem tão estranho ao 
seu próprio povo que pudesse vir a ser, mais tarde, instrumento do poder colonial para a 
dominação dos seus irmãos; também estava confiada a formação de mão-de-obra barata 
(GOMEZ, 1999). 
O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequadas as circunstâncias 
histórico económicas e a conjuntura política internacional. A formação do indígena e a 
criação da figura jurídico-político ”assimilado” impunham-se como necessidade de 
força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista. 
A necessidade de educação dos povos/população originária de Moçambique, foi desde o 
princípio da colonização portuguesa, bastante conflituosa; pois era tida como absurda, 
não só pela história, como também perante a capacidade mental dos moçambicanos, 
considerados de inferiores. Considerava-se de “uma ilusão pensar em civilizar os 
“negros” com a bíblia, educação e panos de algodão (Martins, 1920) 
3.1.2.Os objectivos da educação colonial visavam: 
 Assegurar a hierarquia política, cultural da classe dominante sobre as ditas classes 
tradicionais ou “primitivas”, consideradas estagnadas no processo histórico; 
7 
 
 A formação do “indígena” e a criação da figura jurídico-política de “assimilação” 
impunha-se como necessidade da força de trabalho qualificada para uma maior 
exploração capitalista; 
 Ensinar a ler, escrever e contar o mínimo necessário para se comunicar com os 
colonizadores e constituir a força de trabalho; 
 Garantir o processo de assimilação e alienação cultural da população nativa a partir 
de um conjunto de requisitos nomeadamente: 
 Saber ler, escrever e falar a língua portuguesa; 
 Ter meios suficientes para sustentar a família; 
 Ter a necessária educação, hábitos individuais e sociais de modo a poder viver 
segundo a lei pública portuguesa; 
 Ter bom comportamento e solicitar por via de um requerimento à autoridade 
administrativa local para ser aprovado como tal Conteúdos. 
Desenvolveu-se o sistema de educação paralela, para filhos da classe dominante e para 
indignas (boletim da República, 1983). 
3.1.3.O sistema educativo colonial português era organizado de seguinte modo: 
a)Ensino Indígena- Destinado a elevar gradualmente a vida selvagem à vida civilizada 
dos povos cultos a população autóctone das províncias ultramarinas. 
b)Ensino primário elementar- destinado a populações não indígenas, visando dar nos 
beneficiários os instrumentos fundamentais do saber e as bases de uma cultura qual, 
preparando-os para a vida social. 
3.1.4.Estrutura de conteúdos de 1962 sem alterar a natureza: 
1. Ensino de adaptação – compreendendo três anos, com ingresso aos 10 anos, 
destinado aos indígenas. 
2. Ensino primário comum (oficial, missionário católico, missionário estrangeiro, 
particular), de 4 anos com ingressos aos 7 anos, destinados a população branca, mestiça 
e assimilada, subdividida em: 
 Ensino normal indígena – EHPP – 3/4 anos. E em 1964 introduzida a Escola do 
Magistério, 2 anos com ingresso 5º ano; 
 Ensino Técnico elementar de 2 anos e profissional (industrial/comercial) de 3 anos. 
8 
 
 Ensino Técnico Profissional, com secções preparatórias aos institutos 
industrial/comercial. 
 Do nível de Ensino Geral: 
 Ciclo preparatório (2) anos; 
 Ciclo liceal (5) anos; 
 Estudos Gerais Universitários. 
4.Educação nas Zonas Libertadas 
Na sequência do desenvolvimento impetuoso do processo da luta armada de libertação 
de Moçambique surgiram as zonas libertadas em solo pátrio, no norte do Pais. Nessas 
zonas a vida das populações era organizada de modo diferente do resto do país ,ainda 
sob administração colonial. 
Foram consideradas por zonas libertadas, as regiões do território nacional onde a 
administração colonial se retirou, as populações abandonaram as suas povoações para 
escapar à repressão colonial e viver sob a protecção. Progressivamente, este processo 
desenvolvia-se, surgindo as zonas libertadas e semi-libertadas, isto é, zonas onde a 
totalidade da vida das populações, onde no quotidiano se aplicavam as palavras de 
ordem do movimento, constituindo lugares, momento e espaço de ensaio de uma 
sociedade nova e de exercício do poder, de aprendizagem de novos valores para a 
formação de uma sociedade, não baseada em racismo, tribalismo, regionalismo e de 
outros males próprios do regime colonial.(Sabonete, 2015) 
Nas zonas libertadas um slogan era educar ao homem para ganhar a Guerra, criar nova 
sociedade e desenvolver o país; A novidade foi de ''criação de novas escolas com centro 
de Aprendizagem, um espaço onde o conhecimento era sistematizado, elaborado e 
transmitido'', a educação Colonial era um processo de alienação ou moralização dos 
indígenas, isto é, preparação de futuros trabalhadores rurais e artífices» 
(MAZULA,1995). 
4.1. O sistema educativo nas zonas libertadas (1969/70) foi definido para responder aos 
seguintes objectivos: 
A formação do Homem Novo, com uma nova mentalidade que para além de ser capaz 
de resolver os problemas imediatos colocados pela revolução quer dizer: 
9 
 
 Formar o “Homem Novo” com plena consciência do poder da sua inteligência e da 
força transformadora do seu trabalho na sociedade e na natureza; livre de 
concepções supersticiosas e subjectivas 
 Rejeitar firme e violentamente todas as tendências do individualismo, bem como da 
corrupção; 
 Criar (nos alunos) uma personalidade moçambicana sem subserviência 
(espírito servil) algum, assuma a sua realidade (sócio-cultural), saiba em contacto com o 
mundo exterior, assimilar criticamente as ideias e experiências de outros povos; 
 Criar uma nova atitude na mulher, emancipá-la na sua consciência e comportamento 
e no homem um novo comportamento e mentalidade em relação à mulher. 
Estrutura: 
a) Educação formal – destinada a crianças e adolescentes com 4 níveis (pré-primário, 
primário, secundário (Bagamoio em Tanzânia), que nunca chegou a funcionar 
b) Formação de Professores – em cursos nacionais e provinciais – de 3 meses a 1 ano. 
No Ensino Primário leccionavam-se as seguintes disciplinas: 
Língua Portuguesa, Aritmética, Geografia, Ciências, História, Trabalhos Práticos, 
Política, Educação Artística e Educação Física. 
No Ensino Secundário existiam as seguintes áreas curriculares: 
Língua Portuguesa, Inglês, Política, História, Geografia, Matemática, Ciências Naturais, 
Física, Química, Biologia, Trabalhos Práticos, Desenho e Educação Física. 
Além destes também foram dados cursos de Magistério Primário, Informação e 
Propaganda, Cooperação e Administração. 
5.Educação em Moçambique Depois da Independência 
Com a celebração da Independência Nacional a 25 de Junho de 1975, Moçambique 
iniciava o processo de organização do Aparelho do Estado e a extensão das experiencias 
positivas vividas nas zonas libertadas à escala nacional. Paralelamente a este processo 
foram sendo concebidos novos instrumentos normativos e de conteúdos de ensino para 
todos os níveis e tipos de ensino.(Rachide, 2015) 
10 
 
Chamamos de reforma ao processo de mudança, transformação que se opera num 
certo ramo que pode ser: 
 Evolutiva não afectando a estrutura do sistema de educação, introduzindo apenas 
algumas medidas; 
 Estrutural- aquela que se opera no sistema, alterando-se os 
5.1.objectivos, conteúdos/ programas. 
O sistema de educação – o processo de organizado por cada sociedade para transmitir as 
novas gerações as suas experiências,conhecimentos, valores culturais, desenvolvendo 
os aspectos ideológicos da política do Estado. 
A reforma da educação em Moçambique teve as seguintes etapas características: 
a) De 1975/77, altura em que ocorreram os seguintes acontecimentos: 
 A nacionalização da educação em 24 de Julho de 1975 e a suspensão consequente de 
todos os livros e currículos de origem portuguesa; 
 A proclamação do direito a educação para todos os moçambicanos na Constituição 
da República; 
b)-Em 1978, iniciou-se com o processo de massificação da educação, intensificação da 
formação de professores, programas de Alfabetização e Educação de Adultos e o 
alargamento da rede escolar; 
c)-Em 1983, procedeu-se a introdução de SNE- Sistema Nacional de Educação, que 
pela sua natureza, estrutura e objectivos era por si diferente do anterior. A continuação 
do alargamento da rede escolar e a consequente aumento da população estudantil 
moçambicana materializando os três grandes objectivos: erradicação do analfabetismo; 
introdução da escolaridade obrigatória e a formação de quadros para as necessidades da 
economia e do desenvolvimento. 
d)-As resoluções do 5º Congresso do Partido Frelimo- 1989l, lançaram as bases 
ideológicas e económicas para a reforma escolar; 
Em 1991, foi autorizado o exercício do ensino particular privado e comunitário e da 
actividade dos explicadores por Dec.- 11/90. 
11 
 
Tomando em conta a situação educacional antes da Independência que se caracterizava 
pela: 
 A existência de dois sistemas de educação (indígena, para brancos, asiáticos e 
assimilados); 
 Carácter discriminatório e racial; 
 Pouca importância ao ensino técnico e profissional; 
 Inexistência da educação de adultos; 
 Carácter urbano e suburbano da rede escolar; 
 A educação baseada em programas de ensino e cultura portuguesas, a adopção do 
SNE por si só significaram uma grande viragem; 
5.1.2. Os aspectos gerais do processo de reestruturação do SNE em Moçambique 
abrangem: 
 Descentralização das matrículas, dando a autonomia as autoridades locais quanto a a 
definição das metas de ingresso, de acordo com as condições, capacidades das 
escolas, disponibilidades de recursos financeiros e professores. 
 Criação de diferentes tipos de ensino público e privado através do Dec.11/90; 
 Estado deixou de se responsabilizar pela distribuição dos graduados dos diferentes 
níveis e tipos de ensino; 
 Introdução dos exames de admissão aos Ensinos Médio – Técnico Profissional e 
Superior; 
 Introdução de vários ramos (A, B, C,) nas duas secções do nível médio do Ensino 
Secundário Geral. 
 
6.Introdução do Sistema Nacional de Educação 
A lei n°4/83 de 23 de Março define o Sistema de Educação como processo organizado 
por cada sociedade para transmitir as novas gerações as suas experiências, 
conhecimento e valores culturais, desenvolvendo as capacidades e aptidões do 
indivíduo, de modo a assegurar a reprodução da sua ideologia e das suas instituições 
económicas e sociais. O SNE, fundamenta-se nas experiências de educação desde a luta 
armada até a presente fase de desenvolvimento.(Idem) 
a) A erradicação do analfabetismo; 
12 
 
b) A introdução da escolaridade obrigatória; 
c) A formação de quadros para as necessidades do desenvolvimento económico e social 
e da investigação científica, tecnológica e cultural. Princípios gerais. 
As línguas nacionais, foram excluídas do SNE e foram expostas ao confinamento das 
ideias. A educação nacionalista, contribuiu para dar ao moçambicano ''uma dimensão 
metafísica e ao mesmo tempo ter tentado concretizar estas qualidades numa realidade 
concreta e enquadrá-las numa luta pela liberdade'' (CASTIANO, 2005). 
6.1.O Sistema Nacional de Educação orienta-se pelos seguintes princípios gerais: 
a) A Educação é um direito e um dever de todo o cidadão, o que se traduz na igualdade 
de oportunidades de acesso a todos níveis de ensino e na educação permanente e 
sistemática de todo o povo; 
b) A Educação reforça o papel dirigente da classe operária e a aliança operário - 
camponesa, garante a apropriação da ciência, da técnica e da cultura pelas classes 
trabalhadoras, e constitui um factor impulsionador do desenvolvimento económico, 
social e cultural do país; 
c) A Educação é o instrumento principal da criação do Homem Novo, homem liberto de 
toda a carga ideológico e política da formação colonial e dos valores negativos da 
formação tradicional capaz de assimilar e utilizar a ciência e a técnica ao serviço da 
Revolução 
d) A Educação na República de Moçambique baseia-se nas experiências nacionais, nos 
princípios universais do Marxismo-Leninismo, e no património científico, técnico e 
cultural da Humanidade; 
e) A Educação é dirigida, planificada e controlada pelo Estado, que garante a sua 
universalidade e laicidade no quadro da realização dos objectivos fundamentais 
consagrados na constituição. 
6.1.2.O processo educativo orienta-se pelos seguintes princípios pedagógicos 
a) Desenvolvimento das capacidades e da personalidade de uma forma harmoniosa, 
equilibrada e constante, conferindo uma formação integral nas áreas político-ideológica 
13 
 
e moral, da comunicação, das ciências matemáticas, das ciências naturais e sociais, 
politécnica e laboral, estético-cultural e da educação física; 
b) Unidade dialéctica entre a educação científica e a educação 
ideológica, devendo os programas e conteúdos do ensino reflectir a orientação política e 
ideológica; 
c) Desenvolvimento de iniciativa criadora, da capacidade de estudo individual e da 
assimilação crítica dos conhecimentos; 
d) Ligação entre a teoria e a prática, que se traduz no conteúdo e método de ensino das 
várias disciplinas, no carácter politécnico da educação conferida e na ligação entre a 
escola e a comunidade; 
e) Ligação do estudo ao trabalho produtivo socialmente útil como forma de 
identificação com as classes trabalhadoras, de aplicação dos conhecimentos científicos a 
produção e de participação no esforço de desenvolvimento económico e social do país; 
f) Ligação estreita entre a escola e a comunidade, em que a escola actua como centro de 
dinamização do desenvolvimento socioeconómico e cultural da comunidade e recebe 
desta a orientação necessária para a realização de um ensino e formação que respondam 
as exigências da edificação socialista no país. 
São objectivos gerais do Sistema Nacional de Educação: 
a) Formar cidadãos como uma sólida preparação política, ideológicos, científicos, 
técnica, cultural e física e uma elevada condição patriótica e cívica; 
b) Erradicar o analfabetismo de modo a proporcionar a todo 
povo o acesso ao conhecimento científico e o desenvolvimento pleno das suas 
capacidades; 
c) Introduzir a escolaridade obrigatória e universal de acordo com o desenvolvimento do 
país, como meio de garantir a educação básica a todos os jovens moçambicanos; 
d) Assegurar a todos os moçambicanos o acesso a formação profissional; 
14 
 
e) Formar o professor como educador e profissional consciente com profunda 
preparação política e ideológica, científica e pedagógica, capaz de educar os jovens e 
adultos nos valores da sociedade socialista; 
f) Formar cientistas e especialistas altamente qualificados que permitam o 
desenvolvimento da investigação científica; 
g) Difundir, através do ensino, a utilização da língua portuguesa contribuindo para a 
consolidação da unidade nacional; 
h) Desenvolver a sensibilidade estética e capacidade artística das crianças, jovens e 
adultos educando-os no amor pelas artes e no gosto pelo belo; 
i) Fazer das instituições de ensino bases revolucionárias para a consolidação do poder 
popular, profundamente inseridas na comunidade. 
6.1.3.Estrutura do Sistema Nacional de Educação 
O Sistema Nacional de Educação é constituído pelos seguintes subsistemas, estruturado 
em quatro níveis: Primário; Secundário; Médio e Superior: 
1-Subsistema de Educação Geralque compreende o Ensino Primário com dois graus 1° 
de 1ª à 5ª classe e 2° de 6ª à 7ª classes e Secundário que compreende cinco classes e 
subdividido em dois ciclos: 1° Ciclo, de 8ª à 10ª classe e 2° Ciclo, 11ª à 12ª classe. 
2-Subsistema de Educação de Adultos que funciona com dois níveis – 1 e 2 graus. 
3-Subsistema de Educação Técnico Profissional que compreende os níveis: Elementar; 
Básico e Médio comercial, agrário e industrial. 
4-Subsistema de Formação de Professores; A formação de professores estrutura-se em 
três níveis: 
A formação de professores estrutura-se em três níveis: 
1-Nível básico: destinado a formação de professores do ensino primário do 1o grau do 
SNE, 
2-Nível médio: realiza a formação inicial dos professores do ensino primário e dos 
professores de prática de especialidades do ensino técnico-profissional. 
15 
 
3-Nível superior: realiza a formação dos professores para todos os níveis e tipos de 
ensino. 
4-Subsistema de Educação Superior. 
6.1.4.Diferenças entre o sistema de ensino colonial e o sistema nacional de educação 
Sistema educação colonial 
 
Sistema nacional de educação 
 
 Ensino oficial e ensino 
indígena; 
 Estrutura fragmentaria: 
multiplicidade de curso 
profissionais, depois dos 
quatro primeiros anos de 
escolaridade; 
 Falta de coordenação entre os 
diverso cursos profissionais, 
depois dos quatros anos de 
escolaridade; 
 Sistema de ensino de 11 anos 
com a seguinte estrutura:4-2-
3-universidades; 
 Sem possibilidade simultânea 
de saída para a vida activa e 
ingresso num novo nível ou 
subsistema ; 
 Objectivos e conteúdos 
diferentes não articulados. 
 
 Sistema único de ensino: laico e 
publico; 
 Escolaridade primária de 4 para 7 
anos sem primeiro ciclo; 
 Subsistemas articuladas e 
integrados; 
 Unicidade dos sistemas; 
 Ensino secundário geral, ensino 
técnico e formação de professores 
de 3 níveis; 
 Sistema de ensino de 12 anos, 
com a seguinte estrutura:7-3-2 
universidades; 
 Possibilidade de saída para a vida 
activa, no fim de cada nível, ou 
ingresso num novo; 
 Definidos objectivos e conteúdos 
gerais do conteúdo do sistema; 
 carácter politécnico do ensino 
primário. 
 
 
Fonte: Sabonete, (2015) 
7.Reforma do Sistema Nacional de Educação 
16 
 
Nos termos da lei 6/92, foi reajustado o quadro geral do sistema educativo e adequar as 
disposições contidas na lei 4/83, as condições sociais e económicas do Pais, tanto do 
ponto de vista pedagógico como organizacional. 
A educação moçambicana tem por objectivos erradicar o analfabetismo, garantir o 
Ensino Básico a todos os cidadãos de acordo com o desenvolvimento do Pais, através da 
introdução progressiva da escolaridade obrigatória e formar quadros para as 
necessidades do desenvolvimento socioeconómico.(Rachide, 2015) 
 O ingresso a escola o Sistema Nacional de Educação estabelece a idade mínima de 
seis (6) anos, seguindo a seguinte estrutura: 
a) Ensino Pré-escolar aquele que se realiza em creches e jardins de- infância para 
crianças de idade inferior a 6 anos; 
b) Ensino Escolar – que compreende o Ensino Geral, Ensino Técnico Profissional e 
Superior. Este tipo de Ensino integra também as seguintes modalidades especiais 
seguintes: 
 Ensino Especial, destinado a crianças portadoras de deficiências físicas, sensoriais e 
mentais: 
 Ensino Vocacional, visado atender as crianças que tendo vocação para determinadas 
profissões ou artes. 
 Ensino de Adultos, destinado a atender aqueles que já não se encontram em idade 
formal de escolarização. 
 Ensino a distância, destinado a satisfazer as necessidades de ensino para alunos que 
não estejam perto dos estabelecimentos de ensino que deseje frequentar. 
 Formação de professores para os Ensino geral e Técnico profissional, 
c) Ensino Extra-Escolar e aquele que engloba actividades de alfabetização e de 
aperfeiçoamento, actualização cultural e científica e realiza-se fora do sistema regular 
do ensino. 
Este tipo de escolarização visa essencialmente assegurar que aqueles que por alguma 
razão abandonaram precocemente a escola completem o ensino de base. 
17 
 
O Ensino Geral compreende dois níveis: O Ensino Primário subdivido em dois graus 1 ( 
1 a 5 classes ᵒ ᵃ ᵃ ) e 2ᵒ grau de (6ᵃ a 7ᵃ Classes) tem como objectivo proporcionar a 
formação básica nas áreas de comunicação, ciências matemáticas, das Ciências naturais 
e sociais, da Educação .Física, Estética e Cultural; 
O Ensino Secundário que compreende dois ciclos, sendo o 1ᵒ de 8ᵃ a 10ᵃ Classes e o 2ᵒ 
de 11ᵃ a 12ᵃ Classe, visando a consolidação e ampliação dos conhecimentos dos alunos 
nas Ciências Matemáticas, Ciências Naturais e sociais e nas áreas de cultura, da estética 
e ed. Física. 
Ensino Técnico profissional subdividido em três níveis: Elementar, Básico e Médio, 
integrando formações das áreas Comercial, Industrial e Agrária. 
Este tipo de ensino constitui o principal instrumento para a formação de profissional da 
forca de trabalho qualificada necessária para o desenvolvimento económico e social dos 
pais. 
 Ensino Superior – que compete assegurar a formação superior de técnicos e 
especialistas nos diferentes domínios de conhecimento científico. 
8.O processo de transformação curricular em Moçambique: Novo Currículo do 
Ensino Básico 
Estas necessidades impõem desafios, mudanças para o sector da educação, 
nomeadamente da necessidade de rever os conteúdos de ensino tanto para o Ensino 
Primário como para o Secundário. 
Constituem inovações deste currículo, a introdução dos ciclos de aprendizagem; o 
Ensino Básico integrado; o currículo local; um novo critério de distribuição dos 
Professores no 3º ciclo; a promoção semi-automática e a introdução de Línguas 
Moçambicanas durante o ensino, a integração do Inglês, de Ofícios e de Educação 
Moral e Cívica como disciplinas curriculares. 
Em seguida vamos detalhar os aspectos atrás referidos. 
1-Ciclos de aprendizagem O novo currículo do Ensino Básico é constituído por três 
ciclos de aprendizagem: o 1º (1ª e 
18 
 
2ª classes) é de dois anos; o 2º (3ª, 4ª e 5ª classes) dura três anos; e o 3º e último (6ª e 7ª 
classes) de dois anos, como se pode ver no quadro seguinte: 
Grau 1◦ 2◦ 
Ciclo 1◦ 2◦ 3◦ 
Classe 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 
Idade 6 7 8 9 10 11 
Fonte: Rachide, 2015 
Os ciclos de aprendizagem são unidades de aprendizagem com o objectivo de 
desenvolver habilidades e competências específicas. Assim, o 1º ciclo desenvolve 
habilidades e competências de leitura e escrita, contagem de números e realização das 
operações básicas: 
somar, subtrair, multiplicar e dividir; observar e estimar distâncias, medir 
comprimentos; dar noções de higiene pessoal, de relação com as outras pessoas, consigo 
próprio e com o meio; 
O 2º ciclo aprofunda os conhecimentos e as habilidades desenvolvidos no 1º ciclo e 
introduz novas aprendizagens relativas às Ciências Sociais e Naturais, bem como ao 
cálculo de superfícies e volumes; 
O 3º e ultimo ciclo, para além de consolidar e ampliar os conhecimentos e habilidades 
adquiridos nos ciclos anteriores, prepara o aluno para a continuação dos estudos e/ou 
para a vida. 
Note-se que é necessário ter em conta que os ritmos de aprendizagem e 
desenvolvimento são variáveis de pessoa para pessoa, e isto também se deve poder 
aplicar ao nível da escola, principalmente nos primeiros anos de escolaridade (INDE, 
1999). 
Partindo do pressuposto de que o desenvolvimento cognitivo não é uniforme para todas 
as crianças e depende de vários factores, é de considerar a hipótese de providenciar mais 
tempo para que as crianças nos diferentes estágios de crescimento atinjam diferentes 
estágios de desenvolvimento em diferentes momentos. 
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 O Ensino Básico Integrado, em Moçambique é de sete classes, articulado sob o ponto 
de vista de estrutura, objectivos, conteúdos, material didáctico e da própria prática 
pedagógica.Caracteriza-se por desenvolver no aluno conhecimentos, habilidades e 
valores de forma articulada e integrada de todas as áreas de aprendizagem, que 
compõem o currículo, conjugados com as actividades extra-curriculares e apoiado por 
um sistema de avaliação que integra as componentes sumativa e formativa. Através do 
Ensino Básico Integrado, espera-se proporcionar ao educando um conjunto de 
conhecimentos e competências sobre/em diferentes áreas e matérias de uma forma 
integrada e harmoniosa.(Rachide, 2015) 
A abordagem integrada das diferentes matérias, versadas pelos livros, apoia 
consideravelmente o processo de ensino-aprendizagem na sala de aula, isto é, a prática 
pedagógica. 
Poder-se-ão integrar matérias ou disciplinas que, não necessariamente dentro dos 
padrões do currículo tradicional, em que as matérias ou disciplinas são leccionadas de 
forma isolada ou compartimentada, guardam entre si algum relacionamento. Assim, 
poderíamos, se a escola entendesse que os seus alunos “aprenderiam melhor”, fazer 
integração de duas, três ou mais matérias seleccionadas por sua significância. 
Assim, tomando como ponto de partida um tema particular de Ciências Sociais, “Estudo 
da comunidade onde os alunos são originários”, por exemplo, pode-se motivar os alunos 
permitir-lhes que relacionem este tema com conteúdos de Português tais como 
descrição, relato, etc. A situação de aprendizagem, neste exemplo, decorrerá ou 
desencadear-se-á a partir da integração de conteúdos destas disciplinas, à qual outras 
matérias ou disciplinas poderão eventualmente agregar-se. 
Entretanto, o ensino integrado não consiste apenas na contemplação de matérias ou 
conteúdos doutras disciplinas, compreende também a transformação das experiências 
dos alunos, do senso comum, em ciência com que eles possam interpretar fenómenos e 
desenvolver o mundo que os rodeiam. 
Currículo Local Um dos grandes objectivos do presente currículo é formar cidadãos 
capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, a vida da sua família, da comunidade 
e do país, tomando em consideração os saberes, práticas relevantes e necessidades das 
comunidades onde a escola se situa. Para o efeito, os programas de ensino devem prever 
20 
 
uma carga horária de 20% do total do tempo do currículo nacional para a acomodação 
do currículo local (CL). 
8.1.Promoção semi-automática ou progressão normal: 
A principal inovação no sistema de avaliação consistirá na adopção de um sistema de 
promoção por ciclo de aprendizagem dos alunos que consiste na transição destes, de um 
ciclo de aprendizagem para o outro. Para que isso aconteça, é necessários que se criem 
condições de aprendizagem para que todos os alunos atinjam os objectivos mínimos de 
um determinado ciclo, o que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes. Estas 
condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente formativa, 
onde o processo de ensino-aprendizagem esteja centrado no aluno, o que permite que se 
obtenha uma imagem com a maior fiabilidade possível do desempenho do aluno em 
termos de competências básicas descritas no currículo.(Idem) 
Uma vez assegurada a avaliação formativa, o que significa que se providenciou a 
recuperação dos alunos com problemas na aprendizagem, existem condições de base 
para os promover para os estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas 
dificuldades de percurso. 
Excepcionalmente, poderá haver casos de repetência no final de cada ciclo de 
aprendizagem. No entanto, isso somente acontece nos casos em que o professor, o 
Director da Escola e os Pais/Encarregados de Educação cheguem à conclusão que 
acriança, apesar de todo o esforço desencadeado por todos eles, não atingiu as 
competências mínimas e, por isso, não beneficiará da progressão para o estágio 
seguinte. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
9.Conclusão 
Chegado a este ponto conclui-se que Em Moçambique muito antes da chegada dos 
português as comunidades nativas tinham o seu sistema de educação dos seus filhos, 
designada de educação tradicional, e educação tradicional é aquela que ocorre nos 
meios sociais ou comunidades de modo informal, caracterizada pela ausência pré-
determinada dos objectivos, conteúdos e das formas de organização específicas, pelo 
que não reúne o padrão de educação formal, Um dos períodos históricos da educação em 
Moçambique deu-se no tempo colonial, marcado pela existência de um sistema escolar 
com objectivos, conteúdos e métodos de ensino propícios ou adequados para o sistema 
político vigente 
Na sequência do desenvolvimento impetuoso do processo da luta armada de libertação 
de Moçambique surgiram as zonas libertadas em solo pátrio, no norte do Pais. Nessas 
zonas a vida das populações era organizada de modo diferente do resto do país ,ainda 
sob administração colonial, com a celebração da Independência Nacional a 25 de Junho 
de 1975, Moçambique iniciava o processo de organização do Aparelho do Estado e a 
extensão das experiencias positivas vividas nas zonas libertadas à escala nacional. 
Paralelamente a este processo foram sendo concebidos novos instrumentos normativos e 
de conteúdos de ensino para todos os níveis e tipos de ensino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.Referencias Bibliográfica 
RACHIDE, Fernando, Universidade Pedagógica de Moçambique, Maputo,(2015) 
Boletim da República, 3º Suplemento, Publicação Oficial da República Popular de 
Moçambique, (1983). 
GÓMEZ, Miguel B., Educação de Moçambique História de um Processo: 1962-1984, 
Livraria Universitária, Maputo, Moçambique,(1999). 
SABONETE, Crisália Maria Pascoal , Instituto Africano de Promoção da Educação a 
Distância (IAPED) manual de tronco comum, (2015). 
MAZULA, Brazão, Educação, Cultura, e Ideologia em Moçambique: 1985, Edições 
Afrontamento e Fundamento bibliográficas de Língua Portuguesa, (1995). 
INDE/MINED, Plano Curricular de Ensino, INDE/MINED Moçambique, (2003).

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