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CONFORTO II

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CONFORTO II
PROF. ME. BRUNO EDUARDO DOMINGOS
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - TIPOS DE VENTILAÇÃO ........................................................................................................................................ 7
1.1. VENTILAÇÃO NATURAL ....................................................................................................................................... 7
1.2. VENTILAÇÃO ARTIFICIAL ................................................................................................................................... 7
2 - VENTILAÇÃO NATURAL ....................................................................................................................................... 7
2.1 INFLUÊNCIA DAS FORMAS E ABERTURAS NA VENTILAÇÃO NATURAL ...................................................... 12
2.2 BARREIRAS DE VENTO ..................................................................................................................................... 15
2.3 ZONAS DE PRESSÃO ......................................................................................................................................... 15
VENTILAÇÃO NATURAL
PROF. ME. BRUNO EDUARDO DOMINGOS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CONFORTO II
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2.4 VENTILAÇÃO DINÂMICA ................................................................................................................................... 18
2.4.1 VENTILAÇÃO TÉRMICA ................................................................................................................................... 18
2.5. CAPTADORES DE VENTO, PEITORIS VENTILADOS, MANSARDAS, LANTERNINS E TORRES DE VENTILA-
ÇÃO ............................................................................................................................................................................ 21
3 - VENTILAÇÃO ARTIFICIAL ................................................................................................................................. 24
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 25
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, veremos os tópicos sobre ventilação. Iniciamos com a ventilação natural 
e as zonas de pressão. Depois vamos estudar sobre a ventilação dinâmica e os principais tipos 
de ventilação que podem ser utilizados em residências e comércios. Por fim, vamos estudar a 
influência das aberturas na ventilação.
Para começar a conversa, vale abordarmos sobre as Funções da Ventilação: 
• Renovação do ar (qualidade do ar), ou seja, troca do ar.
• Resfriamento da massa edificada, ou seja, esfriar o ambiente; 
• Resfriamento do usuário (fisiológico) por meio de Fluxo de ar x localização dos usuários 
no ambiente, ou seja, pontos no ambiente em que o usuário fica mais confortável;
• Conforto e vestuário (convecção) ou seja, permite que se use roupas mais leves e/ou 
confortáveis conforme a estação;
• Velocidade do ar e conforto (0.5 a 1.5 m/s) e uso do ambiente, ou seja, não venta nem 
muito, nem pouco que atrapalhe o usuário.
Também temos essa variação conforme os Climas quentes e úmidos (variação de 
temperatura dentro da faixa de conforto) e a Velocidade X distribuição do ar (depende da função 
e layout dos espaços arquitetônicos).
A ventilação também tem função Higiênica e Térmica visto que as necessidades para o 
verão e para o inverno são diferentes. Em relação às Exigências Higiênicas, temos o ar requerido 
pelas atividades biológicas, por exemplo, retirar o vapor d’água (transpiração das pessoas, 
cozimento de alimentos e banho). Para as Exigências Térmicas temos situação de diminuição da 
temperatura e de ventilação para conforto. O fluxo de ar possui inércia, ou seja, uma vez definida 
a direção do fluxo, a tendência é que essa se mantenha até que o fluxo seja obrigado a mudar de 
direção devido a obstáculos ou variações nos campos de pressão. 
Sobre o Efeito da capacidade térmica, temos as Brisas que são na direção mar → terra 
(brisas marinhas) e as Brisas na direção terra → mar (terral). Também é válido abordar sobre 
o Vento que recebe Influência da topografia; Efeito dos vales (brisas noturnas e zonas de 
estagnação); Efeito das montanhas (a barlavento e a sotavento). É extremamente importante 
avaliar os ventos, pois um erro frequente na avaliação da ventilação em espaços internos decorre 
da falta de compreensão do movimento do ar em torno dos edifícios.
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Conheça mais sobre capacidade térmica, acessando o site: 
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/capacidade-termica.htm>
Leia mais um pouco sobre as brisas marítimas e terrestres acessando:
JÚNIOR, J. S. S. Convecção e brisas marítimas. Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/conveccao-brisas-maritimas.htm>. 
Acesso em: 04 dez. 2018.
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1 - TIPOS DE VENTILAÇÃO
Segundo a origem da energia utilizada para movimentar a massa de ar, de acordo com 
Lamberts, Dutra e Pereira (2012), a ventilação pode ser classificada como Ventilação natural e 
Ventilação artificial.
1.1. VENTILAÇÃO NATURAL
Térmica: se baseia na diferença de temperatura interior e exterior que origina pressões 
distintas, provocando um deslocamento da massa de ar da zona de maior para a de menor pressão;
Dinâmica: causada pelas pressões e depressões que se geram nos volumes como 
consequência da ação mecânica do vento.
1.2. VENTILAÇÃO ARTIFICIAL
Deve ser utilizada quando a ventilação natural não é suficiente;
São os ventiladores e exaustores.
2 - VENTILAÇÃO NATURAL
Frota e Schiffer (2001) afirmam que a ventilação proporciona a renovação do ar do 
ambiente e, por isso, é muito importante tanto para a higiene em geral quanto para o conforto 
térmico de verão em regiões de clima temperado e/ou quente e úmido.Isso se dá visto que a 
renovação do ar dos ambientes é o que proporciona a dissipação de calor e a desconcentração de 
vapores, fumaça, poeiras, de poluentes, provocando certa limpeza do ar. 
A ventilação natural, segundo as autoras, é o deslocamento do ar através do edifício e 
pelas aberturas, sendo que algumas funcionam como entrada e outras, como saída. Por isso, em 
um projeto, é preciso que as aberturas para ventilação estejam dimensionadas e posicionadas 
para que haja um fluxo de ar adequado ao recinto. Esse fluxo de ar depende da diferença de 
pressão do ar entre os ambientes internos e externos, da resistência ao fluxo de ar que as aberturas 
e obstruções oferecem além de uma série de implicações relativas à incidência do vento e forma 
do edifício.
As pressões do ar sobre um edifício podem ser causadas, portanto, pelo vento ou pela 
densidade do ar interna e externamente ou, ainda, por ambas as forças ao mesmo tempo. Os 
ventos promovem a movimentação do ar no ambiente e esse efeito produz a ventilação chamada, 
pelas autoras, de “ação dos ventos”. O “efeito chaminé” é o causado pela diferença de densidade. 
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A densidade é a relação entre a massa de um material e o volume por ele ocupado.
Para saber mais acesse: 
<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-densidade.htm>.
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=f7KVHyLBcfg>.
Diante desses dois efeitos, considera-se que a ventilação natural pode ser produzida de 
duas formas:
• ventilação por ação dos ventos;
• ventilação por efeito chaminé.
Quando a ventilação natural de um edifício é criteriosamente estudada, verifica-
se a conjugação dos dois processos. No entanto, a simultaneidade dos processos 
pode resultar na soma das forças, ou pode agir em contraposição e prejudicar 
a ventilação dos ambientes. A identificação de ocorrência de uma ou de outra 
situação depende da análise de cada caso, especificamente. A ocupação dos 
edifícios por pessoas, máquinas e equipamentos e a exposição à radiação solar 
vão ocasionar, nos ambientes internos, temperaturas superiores às do ar externo. 
Esse acréscimo de temperatura, no caso de inverno nos climas quentes ou no 
caso geral de climas frios, pode ser um fator positivo, porém, na época de verão 
dos climas temperados ou durante todo o ano em climas quentes certamente 
será um fator negativo, agravante das condições térmicas ambientais (FROTA; 
SCHIFFER, 2001, p. 125).
Vale destacar que, de acordo com o período do ano a ventilação, tem como objetivo 
atender razões higiênicas ou térmicas, conforme Figura 1:
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Figura 1 – Efeito de vento e calor no inverno e no verão. Fonte: Rivero (1985).
• Nas regiões de climas frios, com baixas temperaturas, deve prevalecer uma ventilação 
baseada em razões higiênicas;
• Nas regiões de clima tropical, onde a temperatura se mantém sempre acima da requerida 
pelo conforto, deve prevalecer uma ventilação baseada em razões térmicas.
É interessante conhecer uma caracterização geral de cada um dos tipos de clima 
do Brasil:
a) clima equatorial úmido: também conhecido como clima equatorial úmido da 
convergência dos ventos alísios, é o tipo climático que envolve praticamente toda 
a faixa da Amazônia localizada no Brasil, sendo basicamente controlado pela 
massa de ar Equatorial Continental. Os ventos alíseos, nesse caso, são aqueles 
que sopram das áreas de média latitude (tanto no Norte quanto no Sul) para a 
linha do equador.
Em função da grande quantidade de umidade emitida pela floresta através do 
processo de evapotranspiração, as amplitudes térmicas são baixas, haja vista que 
a maior presença de água no ar ajuda a conservar as temperaturas. Por isso, as 
médias térmicas mensais ao longo do ano variam entre 24 e 27ºC. As chuvas são 
constantes, do tipo de convecção, pois o ar úmido e quente eleva-se e condensa-
se diante das temperaturas menores das áreas mais elevadas da atmosfera. Por 
isso, as médias pluviométricas permanecem com valores elevados, entre 1500 
mm e 2500 mm por ano.
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b) clima tropical seco e úmido: também chamado de clima tropical alternadamente 
seco e úmido, esse tipo climático ocupa a maior área do país, envolvendo quase 
toda a região Centro-Oeste, o Centro-Sul do Tocantins, algumas faixas da região 
Nordeste e também partes do Sudeste brasileiro. É conhecido por apresentar 
duas estações bem definidas ao longo do ano: uma quente e chuvosa e outra fria 
e seca.
Esse comportamento da atmosfera nessa região explica-se pelo fato de que, 
durante a estação mais quente, predomina a influência da massa Equatorial 
Continental, advinda do norte do país. Já durante a estação mais fria, essa massa 
de ar recua e passa a predominar a massa Tropical Atlântica, advinda do litoral e 
que chega ao interior do país praticamente sem umidade, em razão da influência 
da continentalidade. Anualmente, as médias térmicas variam entre 20ºC e 28ºC, 
com um índice de chuvas em torno de 1500 mm por ano.
c) clima tropical seco: esse tipo climático, corretamente denominado por clima 
tropical tendendo a seco pela irregularidade de ação das massas de ar, concentra-se 
em uma estreita área da região Nordeste, mais precisamente no sertão nordestino. 
Como o próprio nome indica, trata-se de um tipo climático quente e seco, quase 
árido (por isso a nomenclatura “semiárido”), com médias pluviométricas anuais 
não maiores do que 1000 mm, concentradas em poucos meses do ano.
Na maior parte do ano, predomina a influência da massa Equatorial atlântica que, 
apesar de ser oriunda do oceano, alcança essa região com pouca umidade, em 
função dos obstáculos oferecidos pelo relevo. Da mesma forma acontece com 
as outras massas de ar, que encontram obstáculos e têm dificuldade de chegar 
a essa localidade, sobretudo por se tratar de uma área de depressão relativa 
interplanáltica.
d) clima litorâneo úmido: como o próprio nome indica, é a faixa climática que se 
estende ao longo do litoral brasileiro, entre os estados do Rio Grande do Norte e 
São Paulo. É um clima quente e úmido, semelhante ao da Amazônia, porém com 
uma amplitude térmica maior. Na maior parte do ano, predomina a influência da 
massa Tropical Atlântica, enquanto, no inverno, a massa polar atlântica avança e 
provoca a diminuição rápida das temperaturas, sobretudo nas faixas mais ao sul.
Essa dinâmica explica a existência de duas principais estações, uma quente e 
muito úmida e outra fria e relativamente úmida. Nessa região, há formas de relevo 
que barram a umidade dos ventos que circulam nos sentidos Leste-Oeste e Norte-
Sul, provocando a ocorrência de chuvas orográficas e propiciando que o interior do 
país receba menos umidade ao longo do ano. As médias de pluviosidade variam 
entre 1500 e 2000 mm por ano.
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e) clima subtropical úmido: abrange a porção sul do país, com um clima úmido e 
mais frio do que os demais. A massa de ar predominante é a Tropical Atlântica, 
com influência de massas polares durante o inverno, de modo que o encontro 
dessa frente polar com frentes quentes provoca as chamadas  chuvas frontais. 
Nessa faixa climática, as chuvas são constantes e bem distribuídas ao longo 
do ano, existindo secas apenas em casos de anomalias climáticas eventuais. O 
índice médio de pluviosidade anual gira em torno de 1500 mm e as temperaturas 
médias variam entre 18 e 22ºC mensais.
Fonte:<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/classificacao-dos-
climas-no-brasil.htm>.
Para trabalhar com a ventilação, devemos sempre buscar projetar espaços fluidos, de uma 
forma em que o vento possa transitar entre os ambientes, possibilitando uma maior qualidade da 
ventilação, conforme mostra a Figura 2.
Figura 2 – Espaços Fluidos. Fonte: Lambert; Dutra; Pereira (2012).Vale lembrar que é de extrema importância a atenção nos seguintes pontos para um 
melhor aproveitamento da ventilação natural:
• Usar a forma e a orientação da edificação como ponto de partida para o projeto. A 
correta orientação é fundamental para um bom projeto;
• Explorar a exposição da edificação às brisas das estações do ano;
• Projetar e prever zonas de sombreamento que auxiliem na queda da temperatura e 
possibilitem a ventilação.
Agora que exploramos os aspectos iniciais da ventilação natural, em específico sobre seus 
efeitos de pressão, abordaremos no próximo ponto a influência das aberturas nas condições do 
movimento do ar.
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2.1 INFLUÊNCIA DAS FORMAS E ABERTURAS NA VENTILAÇÃO 
NATURAL
Para trabalhar com a ventilação natural, é interessante que saibamos sobre a INÉRCIA 
DOS VENTOS. Esse é um artifício que pode ser usado para que o conforto térmico seja atingido. 
Quando o vento penetra num local, sua própria inércia faz com que mantenha a direção originária 
até encontrar um elemento que o detenha, somente assim, se desvia em direção à abertura.
Figura 3 – Entrada do vento e inércia. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012).
A direção do vento também muda no momento em que a pressão negativa prevalece, isto 
é, conforme o ar esquenta este perde densidade e se torna mais leve, com uma pressão negativa. 
Em contraponto, o ar mais frio e por sua vez mais denso, exerce uma pressão positiva e tende a se 
concentrar na parte inferior do ambiente.
Figura 4 – Ventos mudando conforme a pressão negativa. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012).
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Sobre as formas e aberturas (formato do prédio ou casa, janelas, portas etc.), destacamos 
também que:
• Assentamentos habitacionais ou conjuntos habitacionais – com altura uniforme 
produzem uma nova “superfície” que se torna o novo limite inferior do fluxo do vento;
• A dimensão da esteira – isto é, o efeito em que o vento, ao atingir obstáculos, separa 
o seu fluxo contínuo e, consequentemente, gera uma zona de turbulência. Esse efeito, por 
sua vez, produz um aumento da velocidade do ar, decorrente da união de zonas de pressões 
diferentes, e ocasiona a formação de redemoinhos com fluxo de ar turbulento, que se mantém a 
uma considerável distância do edifício. Sendo assim, esses redemoinhos são formados na parte 
posterior, produzindo uma região que se costuma chamar de sombra do vento – varia em função 
da direção dos ventos e da forma do edifício.
Figura 5 – Maneiras que o vento passa pelos edifícios de acordo com as formas e aberturas. Fonte: Lamberts; 
Dutra; Pereira (2012).
 
Na Figura 5 podemos observar a influência da implantação dos volumes e, por sua vez, as 
zonas de redemoinho – efeito esteira.
Na Figura 6 observamos a influência do espaçamento das edificações em relação ao 
efeito esteira. Ao aproximarmos os edifícios condicionamos o bolsão de ar entre os edifícios, 
produzindo uma nova inércia do vento e aumentando o efeito esteira do vento.
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Figura 6 – Dimensão da zona de esteira – Onde: Ec = Espaçamento, Es = Esteira descendente e Eb = Esteira As-
cendente. Fonte: Evans (1979); Boutet (1987).
De acordo com a forma e orientação dos edifícios a zona de esteira é modificada. 
Edifícios mais alongados que estão orientados de acordo com os ventos predominantes possuem 
uma zona de esteira menor se comparados com edifícios orientados perpendicularmente aos 
ventos predominantes. Na Figura 7 podemos observar as influências destas orientações e suas 
respectivas consequências. 
Figura 7 – Comportamento de ar em torno em “L” e em “U”. Fonte: Evans (1979); Boutet (1987).
Ventos predominantes são os ventos mais comuns no local analisado.
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2.2 BARREIRAS DE VENTO 
Lamberts, Dutra e Pereira (2012) explicam que barreiras de vento podem ser vegetação 
e superfícies edificadas. Os autores afirmam que quanto mais alta a barreira, maior a sombra de 
vento que ela produz e, quanto mais larga a barreira, mais extensa a sombra de vento que será 
produzida. 
Ou seja:
• Sobe a barreira – sobe a sombra de vento.
• Alarga a barreira – fica extensa a sombra de vento.
A redução da velocidade do vento e o aumento da sombra de vento também podem ser 
obtidos conforme se cria barreiras mais densas, como edifícios, ou mais porosas, como árvores. 
Veja na Figura 8:
Figura 8 – Sombra de vento em função do tipo de barreira e sua altura. Fonte: adaptado de Lechner (2001, apud 
Lamberts; Dutra; Pereira, 2012).
2.3 Zonas de pressão
Candido e Bittencourt (2010) afirmam que a circulação de ar na atmosfera pode ser 
classificada em movimentos verticais e horizontais. A primeira, vertical, é gerada pelo aquecimento 
do ar na faixa Equatorial, em função da maior intensidade de radiação solar que chega a essa 
região da Terra. O ar aquecido se expande, torna-se menos denso e sobe verticalmente, o que cria 
as zonas de baixa pressão. Deslocadas em direção a estas zonas de baixa pressão, as correntes de 
ar vindas das regiões subtropicais geram uma circulação horizontal. Aqui, o ar aquecido sobe até 
determinado ponto no qual volta a se resfriar e, assim, desce na faixa subtropical. Esse movimento 
produz as zonas de alta pressão, que se dirigem para as direções norte e sul.
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As zonas de pressão servem para promover ventilação Vertical: O ar quente tende a se 
acumular nas partes mais elevadas da edificação, assim a retirada deste ar quente, por aberturas 
em diferentes níveis, pode criar um fluxo de ar. Essa ventilação pode ser criada por meio de 
aberturas no telhado que funcionam como exaustores eólicos.
Figura 9 – Ventilação Vertical. Fonte: Lambert; Dutra; Pereira (2012).
As diferenças de pressão, portanto, podem ser causadas pelo vento ou por diferenças de 
temperatura, o que configura dois tipos principais de ventilação passiva: a ventilação cruzada 
e a ventilação por efeito chaminé. Pelo chamado efeito chaminé, que estudaremos logo mais, o 
ar mais frio, mais denso, exerce pressão positiva; o ar mais quente, por tornar-se menos denso, 
exerce baixa pressão e tende a subir criando correntes de convecção. Na ventilação cruzada, que 
também estudaremos mais detalhadamente a seguir, exploram-se os efeitos de pressão negativa 
e positiva que o vento exerce sobre a edificação ou qualquer outro anteparo. Para proporcionar 
uma boa ventilação natural é preciso posicionar as aberturas em zonas de pressão oposta.
Zonas de Pressão Estática: a pressão estática é exercida nas superfícies adjacentes, por 
um volume de fluido. Um exemplo é a pressão exercida pela água nas paredes de um reservatório. 
Na aerodinâmica, a ação da pressão estática é exercida pela atmosfera somada à pressão causada 
pela diferença de densidade entre o ar interno e externo às edificações.
Zonas de Pressão Dinâmica: a pressão dinâmica é produzida pela força da velocidade do 
vento, assim, relaciona-se com a energia cinética do movimento da corrente de ar. Algumas vezes 
é chamada pressão de estagnação nos pontos onde a velocidade é levada a zero e a energia cinética 
é transformada em pressão. Os sinais de positivo (+) e negativo (-) nas próximas figuras referem-
se aos valores de pressão nas regiões assinaladas, tendo como referência a pressão atmosférica do 
local. Do ponto de vista científico, temos que as pressões são sempre positivas. A nomenclatura 
com os sinais de positivo e negativo é muito utilizada porque facilita a compreensão do efeito de 
pressão do escoamento sobre as superfícies do edifício. As zonas do escoamento.
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Figura 10 - Campos de pressão em um corpo aerodinâmico. Fonte: adaptado de Aynsley;Melborne; Vickery 
(1977).
Figura 11 - Campos de pressão em um cubo. Fonte: adaptado de Givoni (1976).
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2.4 VENTILAÇÃO DINÂMICA
Para tratar sobre a ventilação dinâmica, vamos analisar a diferença de pressão: 
O ar flui sempre de um ponto de alta pressão para um ponto de baixa pressão. Isso 
significa que a velocidade do ar em uma instalação é sempre maior nas aberturas voltadas para a 
direção dos ventos. Quando uma corrente de ar perde velocidade, a pressão sobe. Quanto maior 
a diferença de pressão maior será a velocidade do ar. 
Figura 12 – Ventilação dinâmica. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012).
2.4.1 Ventilação térmica 
A ventilação térmica é um tipo de ventilação dinâmica que ocorre quando há diferenças 
de temperaturas: o ar quente tem pressão negativa porque é mais leve e sobe, o ar frio tem pressão 
positiva porque é mais pesado e tende a se concentrar em baixo. Essa diferença de temperatura é 
a base para a ventilação dinâmica.
As diferenças de temperatura podem ocasionar:
a) Efeito Chaminé: aberturas em diferentes níveis podem gerar um fluxo de ar ascendente, 
retirando o ar mais quente através de lanternins, exaustores eólicos e aberturas zenitais.
Figura 13 – Efeito chaminé. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012).
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b) Ventilação Cruzada: a ventilação cruzada acontece pelo diferencial de pressão 
provocado pelo vento na edificação. Dizemos que onde a zona de pressão positiva acontece é 
na área à barlavento – ou seja, por onde o vento entra – e a zona de pressão negativa acontece à 
sotavento – por onde o vento sai.
Barlavento  é  um  termo  náutico  que  significa  a  direção  onde 
sopra o vento em uma embarcação. (Figurativo) Situação favorável.
- Os velejadores venceram a prova porque aproveitaram 
todos os ventos à barlavento.
- O funcionário está em uma situação barlavento, porque 
toda a Diretoria aprova suas ações.
Fonte: <https://www.dicionarioinformal.com.br/barlavento/>.
Sotavento é a direção para onde sopra o vento ou lado contrário de onde 
vem o vento. Também pode ser um lugar protegido do vento.
- Deixemos as velas a sotavento.
- Protejamos os víveres a sotavento.
Fonte: <https://www.dicionarioinformal.com.br/sotavento/>.
Figura 14 – Tipos de posicionamento de aberturas para ventilação cruzada. Fonte: Valadão (2016).
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Sobre o efeito chaminé, Frota e Schiffer (2001) afirmam que o estudo desse tipo de 
ventilação é feito considerando apenas as diferenças de pressões geradas nas diferenças de 
temperaturas do ar interno e externo ao edifício. As autoras explicam que os ganhos de calor 
de um edifício causam a elevação da temperatura do ar em seu interior. Assim, o ar aquecido 
torna-se menos denso e possui uma tendência natural a subir. Com esse conhecimento, sabe-se 
que, caso o recinto tenha as aberturas próximas ao piso e próximas ao teto, ou no próprio teto, o 
ar interno, que está mais quente que o externo, tenderá a sair pelas aberturas altas enquanto o ar 
externo, mais frio, entra pelas aberturas mais baixas. Frota e Schiffer (p. 135, 2001) ressaltam que 
“o fluxo do ar será tanto mais intenso quanto mais baixas forem as aberturas de entrada de ar e 
quanto mais altas forem as aberturas de saída de ar”. 
Para compreender melhor, analise a Figura 15:
Figura 15 – Efeito chaminé conforme aberturas. Fonte: Frota; Schiffer (p. 135, 2001).
Em a), temos o fenômeno das diferenças de pressão entre interior e exterior do edifício 
ocasionadas pela diferença de temperaturas interna e externa em uma caixa de aresta. Nessa 
caixa, a temperatura do ar interior é mais elevada que a temperatura do ar externo. Uma abertura 
periférica horizontal, localizada logo abaixo da face superior do cubo, causará uma distribuição 
de pressões, conforme os vetores presentes na Figura 15 a). Nessa caixa, o interior estará em estado 
de subpressão ou rarefação, e as pressões interna e externa se igualam na abertura. (FROTA; 
SCHIFFER, 2001).
Já na Figura 15 b), a abertura foi feita próxima à base do cubo, então, as pressões interna e 
externa se igualam no rasgo e as diferenças de pressões interna e externa ao longo do cubo estão 
representadas pelos vetores. Nesse cubo, há o estado de sobrepressão ou compressão.
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Na terceira parte da figura, temos rasgos simultâneos horizontais e próximos às faces 
superior e inferior do cubo, o que pode proporcionar depressão na região inferior e sobrepressão 
na superior. Nesse caso, com essas condições, o ar entra pelo rasgo inferior e sai pelo rasgo 
superior, assim, as diferenças de pressão estão distribuídas segundo os vetores na Figura 15 c). 
Veja a linha em que se dá a passagem da condição de subpressão do ar interno para a condição de 
sobrepressão. A essa zona, em que não há diferença de pressão interna e externa (é nula), dá-se 
o nome de Zona Neutra (ZN) e, nessa cota, uma pequena abertura não ocasiona fluxo de ar, o ar 
não entrará nem sairá neste ponto (FROTA; SCHIFFER, 2001).
A ventilação cruzada é uma das melhores técnicas para ventilação em um ambiente. Sua 
exigência é que haja, basicamente, duas aberturas em paredes diferentes e conhecimento sobre 
a orientação de dois ventos desejáveis em períodos quentes. Existem inúmeras possibilidades de 
aberturas em diferentes paredes para que se formem túneis de vento, com maiores ou menores 
velocidades de vento, curvas no curso da ventilação, ventilação mais efetiva, distribuição adequada 
do ar no ambiente. (LAMBERTS, DUTRA; PEREIRA, 2012).
2.5. CAPTADORES DE VENTO, PEITORIS VENTILADOS, 
MANSARDAS, LANTERNINS E TORRES DE VENTILAÇÃO 
A ventilação vertical é muito prática para quando se precisa retirar o ar quente que tende 
a se acumular nas regiões mais altas da edificação como as coberturas e áticos. Para este fim, 
Lamberts, Dutra e Pereira (2012) indicam que se utilize o Lanternim que é um elemento que 
retira o calor acumulado na cobertura. Para isso, o Lanternim possui aberturas em ambas as 
extremidades e favorece a ventilação cruzada. Essas telas devem ser protegidas contra insetos e, 
caso seja necessário, devem incluir controle.
O peitoril ventilado permite a entrada de ventilação abaixo da abertura. Também precisa 
de telas contra mosquitos e outros animais e de elementos para bloquear o ar frio no inverno. O 
peitoril ventilado permite a entrada de ar que circula no ambiente e sai pela cobertura através dos 
lanternins, mansardas ou torres de ventilação.
Lanternin MB
Vídeo com explicação sobre o funcionamento de um modelo de lanternim:
<https://www.youtube.com/watch?v=qAshzM6y6zo>.
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Figura 16 – Peitoril ventilado. Fonte: Candido (2008).
As mansardas ou água-furtada são uma alternativa interessante para ventilação de áticos 
ocupados. Trata-se de uma janela disposta sobre o telhado de um edifício para iluminar e ventilar 
seu desvão – espaço entre o telhado e o forro – e, por extensão, o próprio desvão, que pode até se 
tornar mais um cômodo de uma casa. 
Desvão: espaço entre o telhado e o forro ou por baixo das escadas, onde se 
guardam trastes. Recanto, esconderijo. (Var.: esvão).
Desvão é sinônimo de: esconderijo, recanto.
Definição de Desvão
Classe gramatical: substantivo masculino.
Separação silábica: des-vão.
Plural: desvãos. 
Femininos: desvã, desvoa, desvona .
Fonte: <https://www.dicio.com.br/desvao/>.
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Jules Hardouin Mansart deu prestígio à mansarda ao utilizá-la na construção do 
Palácio de Versalhes.
O Palácio de Versalhes foi a principal residência real da França de 1682, no 
reinado de Luís XIV, até o início da Revolução Francesa, em 1789, sob Luis XVI. 
Está localizadono departamento de Yvelines, na região de Île-de-France, a cerca 
de 20 quilômetros (12 milhas) a sudoeste do centro de Paris.
O palácio é agora um Monumento Histórico Francês e um Patrimônio Mundial da 
UNESCO, notável especialmente para o cerimonial Salão dos Espelhos, a Ópera 
Real, como uma joia, e os apartamentos reais; para as residências reais mais 
íntimas, o Grand Trianon e o Petit Trianon localizados dentro do parque; o pequeno 
e rústico Hameau (Hamlet) criado para Maria Antonieta; e os vastos Jardins de 
Versalhes, com fontes, canais e canteiros de flores geométricos, desenhados por 
André le Nôtre. O palácio foi despojado de todos os seus móveis após a Revolução 
Francesa, mas muitas peças foram devolvidas e muitas das salas do palácio foram 
restauradas.
Arquitetura e plano
O Palácio de Versalhes oferece uma história visual da arquitetura francesa do 
século XVII até o final do século XVIII. Começou com o chateau original, com os 
telhados de mansarda de tijolo e pedra e ardósia inclinada do estilo Luís XIII usados 
pelo arquiteto Philibert Le Roy. Tornou-se, então, mais grandiosa e monumental, 
com a adição das colunatas e telhados planos dos novos apartamentos reais 
no estilo clássico francês ou Luís XIV, concebidos por Louis Le Vau e depois por 
Jules Hardouin-Mansart. Concluiu-se no estilo neoclássico de Louis XVI mais leve 
e mais gracioso do Petit Trianon, completado por Ange-Jacques Gabriel em 1768.
O palácio foi em grande parte completado pela morte de Luís XIV em 1715. O 
palácio orientado para o leste tem uma disposição em forma de U, com o corpo 
de logis e as asas secundárias simétricas avançando com o Pavilhão Dufour ao 
sul e o Pavilhão Gabriel ao norte, criando um extenso cour d’honneur conhecido 
como o Royal Court (Cour Royale). Flanqueando a Corte Real estão duas enormes 
asas assimétricas que resultam em uma fachada de 402 metros (1.319 pés) de 
comprimento. Abrangendo 67.000 metros quadrados (721.182 pés quadrados) o 
palácio tem 700 quartos, mais de 2.000 janelas, 1.250 lareiras e 67 escadarias.
A fachada do castelo original de Louis XIII é preservada na entrada da frente. 
Construído de tijolo vermelho e enfeites de pedra cortada, o layout em forma de U 
envolve um pátio de mármore preto e branco. No centro, um corpo de vanguarda 
de três andares, com oito colunas de mármore vermelho sustentando uma sacada 
de ferro forjado dourada, é encimado por um triângulo de estátuas de chumbo ao 
redor de um grande relógio cujas mãos foram paradas após a morte de Luís XIV. O 
resto da fachada é completado com colunas, varandas de ferro forjado, pintadas 
e douradas, e dezenas de mesas de pedra decoradas com consoles segurando 
bustos de mármore de imperadores romanos. No topo do telhado de ardósia da 
mansarda estão elaboradas janelas de sótão e coberturas de telhado de chumbo 
que foram adicionadas por Hardouin-Mansart em 1679-1681.
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Inspirada na arquitetura barroca das vilas italianas, mas executada no estilo 
clássico francês, a frente do jardim e as alas foram encerradas em pedra de cantaria 
branca conhecida como enveloppe em 1668-1671, por Le Vau e modificada por 
Hardouin-Mansart em 1678-1679. O exterior possui um rés-do-chão rústico e 
arcado, suportando um piso principal com janelas redondas divididas por relevos 
e pilastras ou colunas. O sótão tem janelas quadradas e pilastras e é coroado por 
uma balaustrada com troféus esculpidos e vasos de chama que dissimulam um 
telhado plano.
Veja fotos e mais informações sobre essa obra: <https://hisour.com/pt/palace-of-
versailles-france-38429/>.
3 - VENTILAÇÃO ARTIFICIAL
Também conhecida como ventilação mecânica é aquela que, obviamente, é criada por 
meio de máquinas e equipamentos artificiais, por exemplo, ventiladores e exaustores. A ventilação 
artificial lança mão de aparelhos mecânicos para criar as diferenças de pressão que provoquem a 
circulação do ar de acordo com o pretendido e é utilizada quando não há possibilidade de se criar 
as estratégias de ventilação natural. 
É bastante interessante que se use os dois tipos juntos: ventilação natural e artificial. Dessa 
forma, é possível fazer com que a ventilação do edifício atinja sua máxima eficiência e não haja 
ventos demais que atrapalhem, nem de menos que sufoquem os usuários com calor e abafamento.
Ventilação Natural em Edificações - Rio de Janeiro, agos
1. Leonardo Bittencourt 2. Chisthina Cândido.
Acesso em: <https://goo.gl/CRnkaa>.
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4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ventilação nos espaços arquitetônicos pode ser produzida por meios mecânicos 
(ventiladores, exaustores etc.), também conhecida como ventilação mecânica/artificial; e por 
meios naturais, sendo denominada ventilação natural.
A ventilação natural pode ser usada com três finalidades complementares:
• Manter a qualidade do ar nos ambientes internos;
• Remover a carga térmica adquirida pela edificação, em decorrência dos ganhos de calor 
externos e internos;
• Promover o resfriamento fisiológico dos usuários.
Deve haver cuidado com as aberturas sobre o mesmo plano, pois assim não há ventilação 
eficaz. Vimos nessa unidade que a forma e a orientação de uma edificação podem influenciar 
diretamente sobre como será a ventilação neste local.
Por isso, para elaborar um projeto que tenha qualidade na ventilação natural, inicialmente, 
faça uma análise do local para verificar os ventos e os pontos de pressão. Lembre-se que as massas 
de ar se deslocam de um ponto para outro em função das diferenças de pressão entre esses pontos.
Outra informação para se trabalhar sempre é que o fluxo de ar possui inércia, ou seja, 
tende a se manter na mesma direção até que seja obrigado a mudar direção, por diferencial de 
pressão ou devido à presença de um obstáculo. Dessa forma, é possível fazer com que o ar circule 
conforme criamos barreiras, colocamos móveis e até itens de ventilação artificial, o que fará com 
que haja mais eficiência na ventilação total.
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 27
1 - CONCEITOS BÁSICOS DE ILUMINAÇÃO E EXIGÊNCIAS HUMANAS DA VISÃO ........................................... 28
1.1. CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS ............................................................................................................... 32
2 - A LUZ NATURAL ................................................................................................................................................. 33
2.1 FUNDAMENTOS DO PROJETO DE ILUMINAÇÃO ............................................................................................. 34
2.2 ESTRATÉGIAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL ..................................................................................................... 38
3 - ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL .................................................................................................................................. 41
3.1 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO .............................................................................................................................. 41
3.2 TIPOS DE LÂMPADAS ....................................................................................................................................... 43
4 - CÁLCULO LUMINOTÉCNICO ............................................................................................................................. 47
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................. 51
ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL
PROF. ME. BRUNO EDUARDO DOMINGOS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CONFORTO II
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ENSINO A DISTÂNCIAINTRODUÇÃO
Conforto Luminotécnico é o resultado em termos de quantidade, qualidade da luz e sua 
distribuição em determinados ambientes. Um ambiente provido de luz natural e/ou artificial 
produz estímulos ambientais, ou seja, dependendo da iluminação, é possível alcançar certos 
resultados em termos de quantidade, qualidade da luz e sua distribuição, contrastes etc.
Para estudar conforto luminotécnico e elaborar projetos adequados, temos que ter em 
mente que quanto menor for o esforço de adaptação do indivíduo, maior será sua sensação de 
conforto. Para a Iluminação, tanto natural quanto artificial, a função do ambiente é o primeiro e 
mais importante parâmetro para a definição de um projeto. Ela irá determinar o tipo de luz que 
o ambiente precisa.
Dessa forma, temos que o primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas condições 
de visão associadas à visibilidade, segurança e orientação dentro de um determinado ambiente. 
Este objetivo está intimamente associado às atividades laborativas e produtivas que variam 
conforme o cômodo, por exemplo, para escritório, para escolas, bibliotecas, bancos, indústrias 
etc.
O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como principal instrumento de 
ambientação do espaço. Com a iluminação temos a criação de efeitos especiais com a própria luz 
ou podemos dar o destaque para objetos e superfícies ou ao próprio espaço. Este objetivo está 
intimamente associado às atividades não laborativas, não produtivas, de lazer, de bem-estar e 
religiosas, o que ocorre em residências, restaurantes, museus e galerias, igrejas etc. 
Para um projeto de arquitetura, a iluminação é um aspecto muito importante a ser 
considerado. É relativamente fácil adaptar um edifício para atender as necessidades de conforto 
visual com a iluminação artificial. Todavia, as soluções fazem aumentar os gastos com energia 
elétrica, manutenção e, muitas vezes, são mais um adendo ao projeto do que uma solução 
integrada com outras características e conceitos de conforto. Então, funciona assim: é importante 
considerar e planejar a iluminação artificial sim, mas o grande diferencial está no bom uso da 
iluminação natural, nos elementos, como a forma do edifício, as cores, a orientação, a distribuição 
espacial e outras características que ficam com o projeto desde o início.
 
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1 - CONCEITOS BÁSICOS DE ILUMINAÇÃO E 
EXIGÊNCIAS HUMANAS DA VISÃO
Para começo de conversa temos que tratar sobre as exigências básicas da visão humana. 
Do ponto de vista fisiológico, para desenvolvermos determinadas atividades visuais, nosso olho 
necessita de condições específicas e que dependem muito das atividades que o usuário realiza. 
Por exemplo: 
• Para ler e escrever, é necessária uma certa quantidade de luz no plano de trabalho; 
• Para desenhar ou desenvolver atividades visuais de maior precisão visual (atividades 
mais “finas” e com maior quantidade de detalhes), necessita-se de mais luz. 
Mas quantidade de luz não é o único requisito necessário. Para essas atividades a boa 
distribuição de luz no ambiente e a ausência de contrastes excessivos (como a incidência direta 
do sol no plano de trabalho e reflexos indesejáveis) também são fatores essenciais. 
As grandezas e conceitos a seguir relacionados são fundamentais para o entendimento 
dos elementos da luminotécnica e foram retiradas do Manual Básico de Luminotécnica – 
indicação de leitura que vale muito a pena para você! As definições do manual apresentadas aqui 
foram extraídas do Dicionário Brasileiro de Eletricidade e reproduzidas das normas técnicas da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Primeiro, vale a pena vermos algo sobre as grandezas. 
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas com diferentes comprimentos, 
sendo que o olho humano é sensível a somente alguns. Luz é, portanto, a radiação eletromagnética 
capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia de acordo com o 
comprimento de onda da radiação e também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do 
olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram 
maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (p. ex. crepúsculo, noite, etc.), 
enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao 
contrário. Este fenômeno se denomina Efeito Purkinje. Fluxo Luminoso é a radiação total da 
fonte luminosa entre os limites de comprimento de onda mencionados (380 e 780 nanômetros - 
nm). 
É interessante a leitura do seguinte manual, para aprimorar os conhecimentos 
acerca do tema:
MANUAL LUMINOTÉCNICO PRÁTICO – Osram. Acesse pelo link: https://www.iar.
unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf
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Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo 
Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, 
razão pela qual é necessário medir o valor dos lúmens – unidade de medida do fluxo luminoso 
(lm) – emitidos em cada direção.
Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade 
Luminosa. Portanto, é o Fluxo Luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. Se, num 
plano transversal à lâmpada, todos os vetores que dela se originam tiverem suas extremidades 
ligadas por um traço, obtém-se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL). Em outras palavras, 
é a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada num 
plano. Para a uniformização dos valores das curvas, geralmente essas são referidas a 1000 lm.
Nesse caso, é necessário multiplicar-se o valor encontrado na CDL pelo Fluxo Luminoso 
da lâmpada em questão e dividir o resultado por 1000 lm. A luz que uma lâmpada irradia, 
relacionada à superfície na qual incide, define uma nova grandeza luminotécnica, denominada 
de Iluminamento ou Iluminância.
Como Fluxo Luminoso não é distribuído uniformemente, a Iluminância não será a 
mesma em todos os pontos da área em questão. Considera-se, por isso, a Iluminância Média 
(Em). Existem normas especificando o valor mínimo de “Em”, para ambientes diferenciados pela 
atividade exercida.
Figura 1 – Intensidade luminosa (1), Iluminância (2) e curva de distribuição de intensidades luminosas no plano 
transversal e longitudinal para uma lâmpada fluorescente isolada (A) ou associada a um refletor (B) (3). Fonte: 
OSRAM (2000).
Intensidade Luminosa (cd) Expressa em candelas é a intensidade do fluxo luminoso de 
uma fonte de luz com refletor ou de uma luminária, projetado em uma determinada direção. 
Uma candela é a intensidade luminosa de uma fonte pontual que emite um fluxo luminoso de um 
lúmen em um ângulo sólido de um esferoradiano.
Iluminância (E) Expressa em lux (lx) indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz 
que incide sobre uma superfície situada à uma certa distância desta fonte. É a relação entre 
intensidade luminosa e o quadrado da distância(l/d²). Na prática, é a quantidade de luz dentro 
de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro. Para obter conforto visual, 
considerando a atividade que se realiza, são necessários certos níveis de iluminância médios. Os 
mesmos são recomendados por normas técnicas (ABNT - NBR 5523).
Curva de Distribuição Luminosa: pode ser compreendida como um gráfico que expressa 
a intensidade luminosa de um ponto de luz, em um determinado plano, para todas as direções. 
Ou seja, é como a distribuição espacial da intensidade luminosa de uma lâmpada refletora ou de 
uma luminária é distribuída em uma superfície, conforme a Figura 2. 
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Figura 2 – Curva de distribuição de intensidades luminosas no plano transversal de uma lâmpada incandescente. 
Fonte: OSRAM (2000).
É conhecida como curva de distribuição luminosa que é apresentadaem coordenadas 
polares (cd/1000 lm) para diferentes planos. São estas curvas que indicam se a lâmpada ou 
luminária tem uma distribuição de luz concentrada, difusa, simétrica, assimétrica etc. de luz com 
refletor ou de uma luminária, projetado em uma determinada direção.
Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não são vistos, 
a menos que sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a sensação de claridade aos 
olhos. Essa sensação de claridade é chamada de Luminância. (Figura 3). Em outras palavras, é a 
Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente (Figura 4). A 
equação que permite sua determinação é:
Como é difícil medir-se a Intensidade Luminosa que provém de um corpo não radiante 
(através de reflexão), pode-se recorrer a outra fórmula, a saber:
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Como os objetos refletem a luz diferentemente uns dos outros, fica explicado porque a 
mesma Iluminância pode dar origem a Luminâncias diferentes. Vale lembrar que o Coeficiente 
de Reflexão é a relação entre o Fluxo Luminoso refletido e o Fluxo Luminoso incidente em uma 
superfície. Esse coeficiente é geralmente dado em tabelas, cujos valores são função das cores e 
dos materiais utilizados.
Figura 3 – Iluminância – Luz incidente não é visível. Fonte: Manual Luminotécnico Prático - Osram (2000).
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1.1. CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS
 As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos diferentes Fluxos Luminosos que elas 
irradiam, mas também pelas diferentes potências que consomem. Para poder compará-las, é 
necessário que se saiba quantos lúmens são gerados por watt absorvido. A essa grandeza dá-se o 
nome de Eficiência Energética (antigo “Rendimento Luminoso”). Em aspecto visual, admite-se 
que é bastante difícil a avaliação comparativa entre a sensação de Tonalidade de Cor de diversas 
lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi definido o critério Temperatura de Cor (Kelvin) 
para classificar a luz. Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimento, passa desde o 
vermelho até o branco, quanto mais claro o branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior 
é a Temperatura de Cor (aproximadamente 6500 K). A luz amarelada, como de uma lâmpada 
incandescente, está em torno de 2700 K. É importante destacar que a cor da luz em nada interfere 
na Eficiência Energética da lâmpada, não sendo válida a impressão de que quanto mais clara, 
mais potente é a lâmpada.
Objetos iluminados podem nos parecer diferentes, mesmo se as fontes de luz tiverem 
idêntica tonalidade. As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes 
podem ser identificadas através de um outro conceito, Reprodução de Cores, e de sua escala 
qualitativa Índice de Reprodução de Cores (Ra ou IRC). O mesmo metal sólido, quando aquecido 
até irradiar luz, foi utilizado como referência para se estabelecer níveis de Reprodução de Cor. 
Define-se que o IRC neste caso seria um número ideal = 100. Sua função é como dar uma nota 
(de 1 a 100) para o desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão. Portanto, 
quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado em relação ao padrão (sob a 
radiação do metal sólido) menor é seu IRC. Com isso, explica-se o fato de lâmpadas de mesma 
Temperatura de Cor possuírem Índice de Reprodução de Cores diferentes.
Temperatura de Cor (K)/Aparência de cor da Luz é a grandeza que expressa a aparência 
de cor da luz, sendo sua unidade o Kelvin (K). Quanto mais alta a temperatura de cor, mais 
branca é a cor da luz.
Eficiência Energética (lm/W) é a relação entre o fluxo luminoso e a potência consumida, 
ou seja, quantos lúmens são gerados para cada watts de energia consumido. Em uma regra 
geral, quanto maior for a quantidade de lúmens produzidos pela menor quantidade de Watts 
consumido, mais econômica esta lâmpada será. Sendo assim, com 1 watt de consumo, uma 
lâmpada incandescente standard clara produz de 10 a 15 lm/W, uma fluorescente compacta 
DULUX, de 50 a 80 lm/W, e uma vapor de sódio NAV, de 80 a 140 lm/W.
Índice de Reprodução de Cor (Ra / IRC) é a medida de correspondência entre a cor 
das superfícies e sua aparência sob uma fonte de referência. Para determinar os valores do RA/
IRC das fontes de luz, são definidas oito cores de teste, que predominam no meio ambiente. As 
mesmas são iluminadas com a fonte de luz de referência (com IRC de 100%) e a fonte de luz a ser 
testada. Quanto menor ou maior for o desvio de rendimento da cor iluminada e testada, melhor 
ou pior serão as propriedades de rendimento de cor da fonte de luz. Uma fonte de luz com Ra 
de 100% faz com que todas as cores sejam apresentadas perfeitamente, como se estivessem sob 
a fonte de luz de referência. Quanto menor for o valor do Ra pior será o rendimento de cores 
da superfície iluminada. Exemplos: Lâmpadas Halógenas têm um índice de reprodução de cor 
RA>99, portanto oferecem as propriedades ideais de rendimento de cor. 
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Figura 4 - Espectro Luminoso de diferentes fontes de luz. Fonte: Lumicenter (2018).
O LED possui uma reprodução de cores muito melhor que lâmpadas fluorescentes, 
mesmo com um IRC igual, isto porque possui espectro de cores contínuo com bons índices de 
reprodução, mais parecido com a luz do sol, e outras vantagens em termos de qualidade de luz.
2 - A LUZ NATURAL 
A luz natural está disponível na maior parte das horas do dia, contudo, não é explorada 
pela maioria dos projetos. Geralmente, por falta de conteúdo em relação a essas estratégias e 
conceitos necessários ao bom projeto de iluminação e conforto visual (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2012).
Em um projeto de iluminação, é importante que haja integração com as necessidades 
térmicas e acústicas do edifício visto que a luz natural penetra nos ambientes internos pelas 
aberturas as quais também permitem a entrada de calor, ventos e cheiros, sons e ruídos indesejáveis. 
Os autores citam o exemplo da janela que “além da luz natural, do calor solar (radiação), da 
ventilação natural e de ruídos indesejáveis externos, também faz o contato visual e olfativo do 
usuário com o exterior, tornando-se um elemento essencial no desempenho combinado de todos 
estes aspectos” (LAMBERTS, DUTRA; PEREIRA, p. 151, 2012). Assim, a iluminação natural 
deve ser planejada de acordo com as respostas desejadas para cada ambiente.
As fontes de luz natural são o sol, o céu e as superfícies edificadas ou não, que fornecem 
luz direta, luz difusa e luz refletida ou indireta respectivamente. É necessário que se conheça três 
tipos básicos de céu: CLARO, PARCIALMENTE ENCOBERTO E ENCOBERTO. Esses três tipos 
traduzem as possíveis variações de luz diurna para poder avaliar a iluminação natural em um 
ambiente. 
O céu encoberto ou nublado é usado na maioria das vezes para o cálculo de iluminação 
natural, pois representa a pior condição em termos de quantidade de luz. A aplicação mais 
prática do céu encoberto é chamada de Fator de Luz Diurna (FLD), conceito que deu origem à 
Contribuição da Iluminação Natural (CIN), conforme a norma brasileira NBR 15.215-3 (NBR 
15.215-3, 2005). 
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Figura 5 – Os três principais tipos de céu: claro, parcialmente encoberto e encoberto.
Fonte: Lamberts, Dutra E Pereira (p. 152, 2012).
Agora que sabemos os conceitos básicos sobre iluminação, vamos ver como aplicar isso 
nos nossos projetos.
2.1 FUNDAMENTOS DO PROJETO DE ILUMINAÇÃO 
Para o planejamento de um sistema de iluminação, podemos seguir os passos:
• Escolha da lâmpada e da luminária mais adequadas.
• Calculo da quantidade de luminárias.
• Disposição das luminárias no cômodo.
• Calculo de viabilidade econômica.
Para desenvolver um projeto, é necessário que se siga uma metodologia e a OSRAM 
(2000) recomenda as seguintesetapas:
1) Determinação dos objetivos da iluminação e dos efeitos que se pretende alcançar.
2) Levantamento das dimensões físicas do local, lay-out, materiais utilizados e 
características da rede elétrica no local.
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3) Análise dos Fatores de Influência na Qualidade da Iluminação. 
4) Cálculo da iluminação geral (Método das Eficiências). 
5) Adequação dos resultados ao projeto. 
6) Cálculo de controle.
7) Definição dos pontos de iluminação.
8) Cálculo de iluminação dirigida.
9) Avaliação do consumo energético.
10) Avaliação de custos.
11) Cálculo de rentabilidade
Para esse trabalho, é importante conhecermos sobre a Tonalidade de Cor da Luz e a 
Reprodução de Cores.
Um dos requisitos para o conforto visual é a utilização da iluminação para dar ao ambiente 
o aspecto desejado. Sensações de aconchego ou estímulo podem ser provocadas quando se 
combinam a correta Tonalidade de Cor da fonte de luz ao nível de Iluminância pretendido. Veja 
na Figura 6.
Figura 6 – Relação de conforto ambiental entre nível de iluminância e tonalidade de cor da lâmpada. 
Fonte: OSRAM (2000).
Estudos subjetivos afirmam que para Iluminâncias mais elevadas são requeridas 
lâmpadas de Temperatura de Cor mais elevada também. Chegou-se a esta 
conclusão baseando-se na própria natureza, que ao reduzir a luminosidade 
(crepúsculo), reduz também sua Temperatura de Cor. A ilusão de que a 
Tonalidade de Cor mais clara ilumina mais, leva ao equívoco de que com as 
“lâmpadas frias” precisa-se de menos luz (OSRAM, p. 8, 2000).
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Sobre a reprodução das cores, sabe-se que a cor de um objeto é determinada pela reflexão 
de parte do espectro de luz que incide sobre ele. Isso significa que uma boa Reprodução de 
Cores está diretamente ligada à qualidade da luz incidente, ou seja, à equilibrada distribuição 
das ondas constituintes do seu espectro. É importante notar que, assim como para Iluminância 
média, existem normas que regulamentam o uso de fontes de luz com determinados índices, 
dependendo da atividade a ser desempenhada no local.
Figura 7 - Índice de Reprodução de Cores e exemplos de aplicação. Fonte: OSRAM (2000).
2.2 ESTRATÉGIAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL
Dentro do projeto de iluminação, vale muito a pena trabalhar com a iluminação 
natural, como já vimos. Por isso, vamos aprender algumas estratégias de iluminação natural: 
Pátios e Átrios, Prateleiras de Luz, Cores, Distribuição e posicionamento de janelas, Orientação 
Iluminação lateral e zenital.
A forma do edifício é o que determina as combinações de janelas e aberturas, além do 
quanto da área de piso terá acesso à luz natural. O comum é que, em edifícios com diversos 
pavimentos, a luz natural ilumine uma distância de 5 metros e o que estiver além desse limite 
será parcialmente iluminado. Na Figura 8, todas as plantas têm a mesma área construída, mas 
veja como há diferentes possibilidades de iluminação (total, parcial e sem iluminação natural) 
(LAMBERTS, DUTRA; PEREIRA, 2012).
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Figura 8 - Iluminação natural em função da geometria em planta. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (p. 155, 2012).
A quantidade de luz disponível na base do átrio depende de uma série de fatores como 
a cobertura e sua transparência, as paredes internas e a refletância e a geometria do espaço, ou 
seja, largura e profundidade. O átrio pode ser conceituado como “o espaço luminoso interno 
envolvido lateralmente pelas paredes da edificação e coberto com materiais transparentes ou 
translúcidos que admitem luz a ambientes internos da edificação ligados ao átrio por componentes 
de passagem” (LAMBERTS, DUTRA; PEREIRA, p. 155, 2010).
Para saber a quantidade de luz que pode entrar num átrio é por meio de maquetes ou 
simulação. 
Um átrio muito pequeno para ser um espaço útil chama-se Poço de Luz e os autores o 
conceituam como “o espaço luminoso interno que conduz a luz natural para porções internas da 
edificação” (LAMBERTS, DUTRA; PEREIRA, 2010). As superfícies internas de um poço de luz 
apresentam acabamento com cores claras que permitem uma alta refletância.
As prateleiras de luz são outra estratégia apresentada por Lamberts, Dutra e Pereira (2012). 
Elas previnem o ofuscamento quando colocadas acima do nível dos olhos e a janela posicionada 
abaixo da prateleira de luz fica usada para contato visual com o exterior. Uma prateleira de luz age 
da mesma maneira que os brises horizontais para essa janela e pode-se usar persianas ou outra 
prateleira de luz no interior para o ofuscamento das janelas acima da prateleira de luz, por onde 
a luz penetra no ambiente. As prateleiras de luz são interessantes por melhorarem a qualidade 
da luz natural, além de facilitarem a entrada da luz de forma mais profunda no ambiente. “Um 
‘macete’ para fins de pré-dimencionamento da penetração da luz natural no interior é considerar 
que ela será de 1,5 vezes a altura de uma janela padrão e de 2 vezes a altura de uma janela com 
uma prateleira de luz” (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, p. 156, 2012).
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Figura 9 – Exemplos Prateleiras de luz e suas várias formas de aplicação para reflexão da luz difusa. Fonte: Baker 
(2002).
Sobre as cores, os autores afirmam que as cores claras refletem melhor a luz para dentro 
das construções. Telhados claros, da mesma forma, podem aumentar a luz que as claraboias 
transmitem e, ainda, paredes exteriores e fachadas claras irão refletir melhor a luz para o interior. 
Para exemplificar, veja a Figura 10.
Figura 10 – Refletâncias ideais para superfícies interiores em função de seu posicionamento em relação à janela. 
Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012).
Veja a aplicação das prateleiras de luz em uma casa acessando: <https://www.
archdaily.com.br/br/771557/casa-contraponto-paul-raff-studio-architects>.
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Agora que abordamos janelas, vamos discutir sobre a distribuição e posicionamento de 
janelas. Vamos continuar com base no trabalho de Lamberts, Dutra e Pereira (2012), os quais 
afirmam que a entrada da luz natural aumenta com a altura da janela e com a presença de 
prateleiras de luz. A entrada útil de luz natural é limitada a uma distância de 1,5 vezes a altura da 
parte superior da janela aproximadamente. Por isso, o teto deve ser posicionado mais alto para 
que as janelas também possam ficar mais altas.
Também é interessante citar que janelas horizontais são capazes de distribuir a luz 
de maneira mais uniforme do que as janelas verticais. Outra informação útil é que as janelas 
espalhadas são mais eficientes para distribuir a luz do que janelas concentradas em uma pequena 
área de parede. O tamanho da janela em relação ao piso, em porcentagem, deve ser de 20% no 
máximo devido a entrada do calor do verão e as perdas de calor no inverno, veja:
Figura 11 – Área da janela em função da área de piso. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012).
É muito válido posicionar as janelas de um ambiente em mais de uma parede para 
favorecer a iluminação bilateral que é muito melhor que a unilateral, visto que a bilateral tem 
uma distribuição de luz melhor, além de se reduzir o ofuscamento. As janelas posicionadas em 
paredes adjacentes são capazes de reduzir o ofuscamento porque iluminam a parede em que a 
outra janela está e isso faz com que se reduza o contraste entre essa janela e sua própria parede.
Além das janelas, para um projeto ter uma boa iluminação natural, a orientação conta 
muito. A mais indicada é a NORTE devido a incidência mais frequente da luz solar, apesar dessa 
luz vir com o calor, é muito fácil sombrear as aberturas nesse caso.
A outra orientação é a SUL, também devido à alta qualidade da luz, branca e fria, apesar 
da quantidade de luz ser baixa. Essa orientação recebemenos luz solar direta e isso traz menos 
problemas de ofuscamento, além de ser fácil projetar proteções solares para o sul.
As orientações menos indicadas são, portanto, a LESTE e a OESTE porque elas recebem 
a luz solar direta com maior intensidade no verão e com menor intensidade no inverno, o que 
dificulta o projeto de proteção solar, pois deve-se considerar ângulos muito baixos de altura solar.
Leia sobre a residência Cantareira, acesse: <https://www.archdaily.com.br/br/01-
10571/residencia-cantareira-coletivo-de-arquitetos>.
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Sobre iluminação zenital, segundo a norma NBR 15215-1 (ABNT 2005B), esta é a porção 
de luz natural produzida pela luz que penetra nos espaços internos através dos fechamentos 
superiores. As duas principais vantagens da iluminação zenital são: iluminação mais uniforme 
do que a obtida com janelas e mais luz natural é recebida, ao longo do dia, pelo ambiente. A 
principal desvantagem é o desafio de proteger essas aberturas de radiação solar indesejável, por 
isso, recomenda-se o uso da iluminação zenital através de vidros posicionados verticalmente.
Figura 12 – Tipos de iluminação zenital. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (p. 258, 2012).
Destacamos, da figura, os DOMOS, que são fontes de iluminação zenital construídas em 
aberturas envidraçadas no telhado. Porém, os domos têm o problema da maior incidência de 
luz e calor no verão e menor no inverno devido à geometria solar. Por isso, as CLARABOIAS, 
também presentes na figura, devem ser utilizadas no lugar dos domos sempre que possível. A 
função dos dois é a mesma, mas as claraboias são mais facilmente sombreadas e permitem uma 
distribuição da luz durante o ano mais homogênea, já que podem ser orientadas para aproveitar 
melhor a luz no inverno e evitar a alta incidência no verão. As orientações para as claraboias são 
as mesmas que para as janelas: orientação sul e norte, evitar leste e oeste. 
Mais uma vantagem das claraboias é a de levar luz difusa para o ambiente, visto que a 
luz solar ou do céu pode ser refletida em alguma superfície interna antes de entrar. A principal 
desvantagem é que se enxerga menos céu do que com os domos e, consequentemente, coleta-se 
menos luz.
 Os POÇOS DE LUZ são muito eficientes para a iluminação natural em ambientes que 
não possuem contato direto com o exterior, porém, a eficiência diminui conforme aumenta a 
razão entre a sua profundidade e sua largura. Além disso, conforme citado, as paredes devem ser 
claras ou até mesmo espelhadas, se possível.
Já que tratamos de espelhos, mais uma técnica muito inteligente é a iluminação natural 
direcionada com espelhos em que cria-se um sistema de espelhos que, manualmente ou até mesmo 
automaticamente, se posicionam melhor para capturar a luz solar e enviá-la para o interior do 
edifício onde ela pode ser espalhada. 
Agora se o projeto pretende ter máxima eficiência, vale a pena utilizar as FIBRAS OTICAS, 
que, ao contrário dos sistemas que usam superfícies refletoras pra conduzir a luz ao interior, 
usam uma técnica de reflexão total interna muito eficiente. Uma das principais vantagens é a 
flexibilidade, pois é possível transmitir a luz através de cantos e dobras estruturais e as fibras 
óticas podem ser utilizadas também com sistemas de iluminação artificial. 
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O que é Iluminação por Fibra Ótica? - Luz, Decor & Ação!
Saiba o que é a iluminação por fibra ótica e onde usar.
<https://www.youtube.com/watch?v=3mE5ipvdSIs>.
Os pisos transparentes são usados desde o século XIX e servem para transmitir a luz 
natural para ambientes inferiores, como no subsolo ou em edifícios de vários pavimentos para 
levar a luz de um piso ao outro.
3 - ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
3.1 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
Muitos profissionais cometem um erro primário num projeto luminotécnico, partindo 
inicialmente da definição de lâmpadas e/ou luminárias. 
O primeiro passo de um projeto luminotécnico é definir o(s) sistema(s) de iluminação, 
respondendo basicamente a três perguntas:
1ª. Como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente?
2ª. Como a luminária irá distribuir a luz?
3ª. Qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a este espaço?
Para se responder a primeira pergunta, classificamos os sistemas de acordo com a forma 
que as luminárias são distribuídas pelo ambiente e com os efeitos produzidos no plano de trabalho. 
Leia mais sobre iluminação natural:
<http://www.dicadaarquiteta.com.br/2015/02/iluminacao-natural.html>.
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Esta classificação também é conhecida como Sistema Principal. Nela, os sistemas de 
iluminação proporcionam:
a) Iluminação geral: distribuição aproximadamente regular das luminárias pelo teto; 
iluminação horizontal de um certo nível médio; uniformidade.
Vantagens: uma maior flexibilidade na disposição interna do ambiente – layout.
Desvantagens: baixo nível de iluminação, grande consumo de energia, possibilidade de 
ofuscamento
Este é o sistema que se emprega mais frequentemente em grandes escritórios, oficinas, 
salas de aula, fábricas, supermercados, grandes magazines etc.
Figura 13 – Iluminação Geral. Fonte: Freshome (2018).
b) Iluminação localizada: concentra-se a luminária em locais de principal interesse.
Exemplo: Este tipo de iluminação é útil para áreas restritas de trabalho em fábrica
As luminárias devem ser instaladas suficientemente altas para cobrir as superfícies 
adjacentes, possibilitando altos níveis de iluminância sobre o plano de trabalho, ao mesmo tempo 
em que asseguram uma iluminação geral suficiente para eliminar fortes contrastes.
Vantagens: maior economia de energia e podem ser posicionadas de tal forma a evitar 
ofuscamentos, sombras indesejáveis e reflexões
Desvantagens: em caso de mudança de layout, as luminárias devem ser reposicionadas.
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3.2 TIPOS DE LÂMPADAS
As lâmpadas são divididas em dois tipos básicos:
• Incandescentes – com irradiação por efeito térmico;
• Descarga em gases e valores – são as fluorescentes, vapor de mercúrio, de sódio etc.).
As lâmpadas incandescentes são as mais comuns, possuem vida útil curta, mas custo 
inicial baixo. O funcionamento dela é a partir da elevação da temperatura de um filamento 
submetido à corrente elétrica.
Vantagens: tamanho reduzido, funcionamento imediato e desnecessidade de aparelhagem 
auxiliar. Desvantagens: eficiência luminosa baixa, dissipação de calor e desperdício de energia, 
ofuscamento. 
Há três tipos de lâmpadas incandescentes: as comuns, as refletoras/espelhadas e as 
halógenas. As comuns são as mais conhecidas e mais antigas, possuem o custo inicial bem baixo 
e o custo global alto, pois a alta temperatura do filamento causa evaporação do tungstênio que se 
deposita no bulbo e o escurece, o que faz com que o fluxo luminoso diminua e, assim, a lâmpada 
tem uma duração muito curta. As lâmpadas espelhadas possuem refletor interno para melhorar 
o direcionamento da luz e, assim, a área espelhada funciona com uma luminária que redireciona 
a luz para melhorar a eficiência da instalação.
As lâmpadas halógenas possuem, além dos gases presentes nas outras, um halogênio, 
geralmente o iodo, dentro do bulbo. Por ação do halogênio, o fluxo luminoso dura mais, a 
eficiência é maior e a vida útil também. A desvantagem é que elas necessitam de transformadores 
para uso da rede elétrica.
As Lâmpadas de descarga gasosa são as fluorescentes comuns, as compactas e as lâmpadas 
de vapor de mercúrio. Não existe um filamento nessas lâmpadas pois a luz é produzida pela 
excitação de um gás presente entre dois eletrodos conforme a energia elétrica atua. Esse agito 
produz radiação ultravioleta que é transformada em luz ao atingir as paredes internas do bulbo, 
que estão revestidas por alguma substancia fluorescente como cristais de fósforo.Essas lâmpadas 
necessitam de dispositivos auxiliares como reatores e iniciadores (starters). A forma dessas 
lâmpadas é tubular, com um eletrodo em cada ponta e vapor de mercúrio em baixa pressão. O 
reator fornece alta voltagem inicial para começar a descarga e limita a corrente para manter a 
energia com segurança. O starter proporciona a tensão necessária para ocorrer a descarga inicial 
do gás.
Acaba a venda de lâmpadas incandescentes
<https://www.youtube.com/watch?v=AHB3jR-Ix7o>.
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Em geral, as lâmpadas fluorescentes possuem boa eficiência luminosa e vida 
média alta (6 mil a 9 mil horas). O fato de apresentarem baixa luminância é 
vantajoso, pois reduz a possibilidade de ofuscamento. A fluorescente T8 é mais 
eficiente por ter menor diâmetro, menor potência e fluxo luminoso equivalente 
ao da fluorescente comum (tipo T12) de 40w, sendo boa alternativa para 
edificações comerciais. Ainda mais eficientes, as novas lâmpadas fluorescentes 
do tipo T5, cuja potência é da ordem de 28w, apresentam consumo energético 
da ordem de apenas 70% da T12 para a mesma luminosidade. A vida útil da T5 
é o dobro das anteriores, podendo chegar 16.000 horas. (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2012, p. 236).
Atualmente, temos mais um tipo de fluorescente que é a compacta, que substitui muito 
bem as lâmpadas incandescentes. Os reatores e starters são incorporados ao invólucro compacto 
junto com o pequeno bulbo fluorescente e podemos encontrar quatro tipos no mercado, as 
três primeiras com reator e starter incorporados: forma circular com diâmetro padrão; forma 
compacta com dois ou mais tubos paralelos interconectados; forma compacta com involucro 
adicional e forma compacta com dois ou mais tubos paralelos interconectados sem dispositivos 
de partida incorporados.
As lâmpadas fluorescentes compactas com reatores eletrônicos são mais eficientes e 
apresentam um fator de potência mais elevado.
Figura 14 – Tipos de lâmpadas fluorescentes compactas. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012, p. 237).
Para grandes áreas internas como depósitos e armazéns ou grandes áreas externas, indica-
se o uso de lâmpadas a vapor de mercúrio, pois apresentam boa eficiência luminosa e luz branca-
azulada. Essas lâmpadas funcionam de maneira similar a das fluorescentes, exigem aparelhagem 
auxiliar, o vapor de mercúrio fica submetido à alta pressão dentro de um tubo que fica dentro do 
bulbo que é revestido com pó fluorescente para melhorar a qualidade cromática da luz emitida. 
Um tipo especial destas lâmpadas é conhecido como luz mista e consiste da 
lâmpada de bulbo fluorescente com o tubo de descarga ligado em serie com um 
filamento de tungstênio. A radiação das duas fontes mistura-se harmoniosamente, 
produzindo uma luz branca difusa de cor agradável. 
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O filamento age como reator, dispensando o emprego deste e permitindo que 
a lâmpada seja ligada diretamente na rede. Isso facilita a modernização de 
instalações de lâmpadas incandescentes por lâmpadas de luz mista, que têm o 
dobro de eficiência e são cinco a seis vezes mais duráveis (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2012, p. 237).
As vantagens das lâmpadas de mercúrio são a duração, luminância média, volume 
pequeno, boa eficiência luminosa e alta potência. As desvantagens são a pouca qualidade na 
reprodução de cores, o alto custo inicial e a demora para acender. 
Também existem as lâmpadas a vapor de sódio. Podem ser de baixa ou de alta pressão, 
emitem uma radiação monocromática, geralmente amarela ou alaranjada, eficiência luminosa alta 
e vida média longa. São ótimas para espaços externos que não necessitam de reprodução da cor e 
o reconhecimento por contrastes é predominante como em estradas, rodovias, estacionamentos, 
entre outros. Também precisam de aparelhagem auxiliar, o que aumenta seu custo inicial. Elas 
demoram para atingir o fluxo luminoso máximo e duram bastante tempo (entre 6 mil e 9 mil 
horas).
Atualmente, temos lâmpadas mais modernas: Lâmpada a micro-ondas, lâmpada endura 
e a de led. A primeira contém uma mistura de gás argônio e enxofre, essa mistura vira uma 
espécie de plasma quando é submetida a micro-ondas (2,45Ghz) e, assim, emite luz. A eficiência 
luminosa alcança 110 lumens/watts e a durabilidade é de até 10 mil horas. A luz emitida é de 
alta qualidade e o espectro é semelhante ao da luz do sol, por isso, é indicada para iluminar ruas, 
armazéns, fábricas, shoppings, mercados, teatros.
As lâmpadas Endura são um tipo de lâmpada fluorescente de indução que não utiliza 
filamentos elétricos, os quais foram substituídos por bobinas eletromagnéticas que excitam as 
moléculas de mercúrio que viram vapor e geram os raios ultravioletas. Esses raios acendem a 
lâmpada quando atravessam a camada fluorescente no bulbo tubular. Isso faz a lâmpada ter vida 
útil de até 60 mil horas.
As lâmpadas de Leds têm sido muito utilizadas atualmente. Os leds são diodos emissores 
de luz e, quando utilizados como lâmpadas, possuem alta vida útil e grande eficiência energética, 
além do tamanho reduzido, grande variedade de cores, resistência alta à choques e vibrações, 
luz dirigida e pouca dissipação de calor. Uma lâmpada de led pode durar até 100 mil horas e 
consome apenas 1w de energia.
Os leds substituíram as lâmpadas e podem ser utilizados em todos os lugares: iluminação 
geral, sinalização de emergência, de escadas, degraus, assentos de cinemas e teatros, letreiros, 
fachos, iluminação de destaque e inúmeras outras aplicações. Os leds são tão interessantes que é 
possível até colocar temporizadores e controladores da luminosidade e da cor.
COMO ESCOLHER LAMPADAS LED
Você conhece as lâmpadas de LED? No vídeo, o colaborador Higor Pereira explicará 
tudo sobre lâmpadas LED, seus benefícios e vantagens, como: economia de luz e 
vida útil maior. Veja o vídeo e entenda qual a lâmpada certa para o seu ambiente. 
Há também lâmpada de led tubular, dicroica, entre outros modelos. Lembrando 
sempre de considerar a potência, o número de lumens e o tipo do soquete na hora 
de escolher a sua! 
<https://www.youtube.com/watch?v=2CbM-qDFmLo>.
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Para facilitar a escolha da lâmpada, veja a figura:
Figura 15 – Orientação para comparação e escolha de lâmpadas. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012, p. 240).
Aqui estão os dados para comparação:
Figura 16 – Dados para comparação e escolha de lâmpadas. Fonte: Lamberts; Dutra; Pereira (2012, p. 240).
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4 - CÁLCULO LUMINOTÉCNICO
Para elaborar o projeto luminotécnico temos que fazer a parte do cálculo luminotécnico. 
Para iniciar o levantamento dos dados usamos o Método dos lumens. Para uma correta elaboração 
de um projeto luminotécnico é essencial coletar os seguintes dados:
1 - Definir a quantidade de lux para a tarefa de acordo com a tipologia da atividade a ser 
exercida no local – NBR 5413;
2 - Calcular o K (índice do local) por meio das características físicas do local;
3 - Caracterizar os materiais de revestimento do local e descobrir o fator de utilização da 
luminária;
4 – Determinar o fator de depreciação;
5 - Calcular quantas lâmpadas serão necessárias para iluminar o recinto.
6 - Caracterizar a iluminação do local através da especificação das lâmpadas:
7 - Cálculo luminotécnico. 
EXEMPLO:
Projetar o sistema de iluminação de um escritório com 5,50m de comprimento 6,20m 
de largura e 2,85m de altura (pé direito), com mesas de 0,8 metros de altura. Os observadores 
possuem idade inferior a 40 anos, a velocidade e precisão das luminárias são dispensáveis e o 
fundo de refletância é superior a 70%. As luminárias serão pendentes – Marca DELTA fechadas 
(Guarilux), com duas lâmpadas fluorescentes T5 de 28W cada. As luminárias estão instaladas a 
2,35m de altura em relação ao piso. O teto está pintado de

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