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Teoria Geral dos Direitos Humanos - RESUMO para CONCURSOS

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TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS 
“Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.” (ONU) 
• Foco na proteção da dignidade da pessoa humana, que implica em tratamento igualitário, independente de condições sociais, econômicas ou culturais. 
“...a dignidade humana consiste na qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano, que o protege contra todo tratamento degradante e discriminação odiosa, bem como assegura condições materiais mínimas de sobrevivência. Consiste em atributo que todo indivíduo possui, inerente à sua condição humana, não importando qualquer outra condição referente à nacionalidade, opção política, orientação sexual, credo etc.” (RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos, São Paulo: Editora Saraiva, 2014.) 
Obs. Prevalece a dignidade mesmo em detrimento de outros princípios: trânsito em julgado e novas provas.
x 
	Direitos Humanos 
	Direitos Fundamentais
	direitos universalmente aceitos no plano internacional. 
	direitos positivados na ordem interna dos Estados, em geral na Constituição. 
Direitos Humanos: formado principalmente por princípios, mas também por regras. 
3. Classificação dos direitos humanos
• Teoria dos status de Georg Jellinek Resultados da relação homem e Estado: 
1. status de sujeição (subjectionis)
2. status de defesa (negativus/libertatis): contra arbítrios estatais. Liberdade.
3. status prestacional (positivus/civitatis): Estado prestando direitos básicos. Igualdade.
4. status participativo (activus): formação da vontade do Estado. 
3.1. Classificação – André Ramos de Carvalho
– Direito-pretensão: titular exige direito pelo agir de outrem (Estado ou particular). Ex: direito à saúde.
– Direito-liberdade: titular precisa da abstenção do outrem. Ex: liberdade de credo.
– Direito-poder: exige a sujeição do outrem para a observância do pleito. Ex: assistência jurídica.
– Direito-imunidade: outrem não pode agir no sentido de interferir nesse direito. Ex: vedação a prisão arbitrária. 
Fundamentos dos Direitos Humanos
Dificuldade na delimitação dos fundamentos (Bobbio) – NEGACIONISTAS 
– divergência quanto ao conjunto de direitos abrangidos;
– constante evolução pela sua historicidade;
– categoria de direitos heterogêneos.
– Peres Luño: consagração de direitos a partir de juízos de valor pessoais, sem fundamento de validade. 
• Proposição de fundamentos: De onde vem a legitimidade para aplicação desses direitos? 
– teoria jusnaturalista: fundamento em normas anteriores e superiores ao direito estatal, de origem divina ou decorrente da razão humana. Da própria natureza humana, adquire ao nascer. Equivale aos direitos naturais. (Tales de Mileto, Zenon, Santo Tomás de Aquino) Ex: direito de greve como um direito natural (STF). 
– teoria racionalista: normas se justificam pela razão humana que os distingue dos demais seres vivos. Reforçada pelo pensamento iluminista. 
teoria positivista: fundamento nos textos legais de Estados Constitucionais de Direito, que encontram seu preceito de validade formal na Constituição. Antes disso meros valores e juízos morais. (Thomas Hobbes, Augusto Comte, Justiniano, Descartes, Kant) 
teoria moralista: direitos subjetivos baseados em princípios, independente de regras prévias. Do campo da consciência moral e da experiência do convívio social. (Chaim Perelman) 
Obs. SE COMPLEMENTAM! Não há predominância. Os DH construídos a partir do convívio social e consciência de sociedade (4), se fundamentam na crença da existência de direitos oriundos da natureza humana (1) que são consolidados pelo legislador que o positiva no ordenamento jurídico (3), consolidando a racionalidade da construção dos mesmos (2) 
5. Teoria crítica dos Direitos Humanos 
• Teoria tradicional: existem desajustes na estrutura social que devem ser corrigidos.
• Teoria crítica: a estrutura social é inerentemente conflitiva. 
Os DH são históricos, ou seja, conquistados pela sociedade a partir das confluências sociais e culturais, não sendo pré-existentes ao direito estatal. 
Refuta a ideia de universalidade dos DH: Culturas hegemônicas apresentam o outro como incivilizado.
CARACTERÍSTICAS DOS DH
1. Historicidade
Obs. DH evoluem de acordo com a evolução social, também é vedado o seu retocesso.
2. Imprescritibilidade
Obs. Não se perde pelo decorrer do tempo e nem pela falta de uso, são sempre exercíveis e exercidos.
Obs. A pretensão indenizatória por violação está sujeita a prescrição, ou seja, tem-se um prazo para solicitar a reparação do direito violado.
3. Irrenunciabilidade
Obs. O titular não pode renunciar.
4. Inalienabilidade
Obs. Os DH não possuem conteúdo econômico-patrimonial, portanto são intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis.
5. Relatividade
direitos humanos podem sofrer limitações para acomodar outros valores coexistentes na ordem jurídica. 
Exceção (Bobbio): vedação à tortura e à escravidão. São vedações absolutas!!!! 
6. Universalidade
pertencem a todos, são interligados no sistema global da ONU em qualquer local do mundo.
7. Aplicabilidade imediata (efetividade)
Obs.: Art. 5º, § 1º, CF: As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
8. Inviolabilidade
não podem deixar de ser observados por disposições infraconstitucionais ou atos de autoridades públicas 
9. Indivisibilidade.
: único conjunto de direitos (mesmo que divididos em categorias), e não podem ser vistos de forma isolada. 
10. Interdependência
mesmo que autônomos, possuem relação orgânica entre si. Mútua relação. 
11. Complementariedade
não são interpretados de modo isolado, mas em correlação. 
12. Efetividade
ONU se subdivide em áreas para garantir maior efetividade (sistema geral e sistemas especiais). 
13. Superioridade normativa (norma jus cogens)
direitos humanos são normas imperativas, em que o Estado não pode escolher se irá observar ou não, pois não são passíveis de negociação, embora possam ser modificadas (mutabilidade) por outra norma de mesma natureza. 
14. Caráter erga omnes
oponível contra todos, decorrendo da mera condição humana. 
15. Exigibilidade
associada à implementação dos direitos humanos pela responsabilização dos Estados. 
16. Abertura
rol de direitos humanos NÃO é taxativo. 
Art. 5º, § 2º da CF: Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
17. Dimensão objetiva
Impõe uma atuação estatal que garanta a promoção dos direitos humanos em toda a sociedade e não somente a título individual. 
18. Proibição do Retrocesso
proteção dos direitos humanos é progressiva. 
19. Eficácia horizontal
aplicação obrigatória e direta às relações privadas. 
A eficácia pode ser vertical, ou seja, entre estado e indivíduo, mas, também, deve ser horizontal, entre particulares, tendo o Estado o dever de fiscalizar essa relação. 
Existe a eficácia diagonal (empregador e empregado), que é a aplicação dos DHs às relações de emprego (hipossuficiência e subordinação). 
AFIRMAÇÃO HISTÓRICA – GERAÇÕES
Etapas históricas de afirmação dos direitos humanos 
i. Período axial (VIII a.C. a II a.C.): formação do que conhecemos como humanidade. Surge a filosofia transpondo a visão mitológica para o saber racional. Homem era tido como objeto de análise. 
ii. Reino de Davi, Democracia Ateniense e República Romana: mecanismos de limitação do poder político, visto que o homem busca uma maior liberdade. 
iii. Baixa Idade Média: a “Declaração das Cortes de Leão de 1188” e “Magna Carta de 1215” traziam o valorde liberdade restrita a estamentos. 
iv. Séc. XVII: “crise de consciência” – questiona o poder político. Estatuto das Liberdades Pessoais (criação do habeas corpus e do Bill of Rights do Reino Unido em 1689). 
v. Independência Americana e Revolução Francesa: Caracteriza a “certidão de nascimentodos direitos humanos” (COMPARATO) – Declaração de independência dos EUA de 1776 e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. 
vi. Direitos humanos sociais de caráter econômico e social: acontece a explosão do socialismo, o qual é decorrente da opressão à classe trabalhadora. 
vii. Primeira fase da internacionalização dos direitos humanos (início do séc. XIX até o fim da 2ª GM): direito humanitário (Convenção de Genebra de 1864 – Cruz Vermelha), luta contra escravidão e regulação dos direitos trabalhistas (OIT 1919). 
viii. Pós 1945: valor da vida e da dignidade. Afirmação de direitos individuais, mas também civis e políticos, econômicos e sociais, como também a definitiva internacionalização dos direitos humanos.
GERAÇÕES OU DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
Alguns autores preferem a nomenclatura de dimensão pois traz a ideia de complementação e não de substituição. 
a) Direitos de Primeira Geração: direitos de liberdade, direitos civis, políticos e as liberdades clássicas. 
Caracterizam-se pela transição do Estado absolutista para o Estado de Direito, com abstenção estatal. 
Possuía direitos negativos. 
Marcos históricos: 
i) Revolução Gloriosa na Inglaterra, 1688;
ii) Independência dos Estados Unidos, 1777;
iii) Revolução Francesa, 1789
Marcos teóricos: 
i) “O Contrato Social” de Jean-Jacques Rousseau, 1762;
ii) “Segundo Tratado sobre o Governo Civil” de Jonh Locke, 1689.
Marcos jurídicos: 
i) Constituição dos EUA, 1787; 
ii) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão redigida na França, 1789. 
b) Direitos de Segunda Geração: Direitos de igualdade, direitos econômicos, sociais e culturais. Caracterizam-se pela transição do Estado Liberal para o Estado Social, ou seja, a sociedade solicita ajuda do Estado em alguns pontos.
A segunda geração possuía direitos prestacionais ou positivos. 
Marcos históricos: 
i) Revolução Industrial;
ii) Revolução Mexicana, 1910;
iii) Revolução Russa, 1917.
Marcos teóricos:
i) “Encíclica Rerum Novarum”, Papa Leal XIII, 1891;
ii) “Manifesto do Partido Comunista” de Karl Marx e de Frederich Engels, 1948.
Marcos jurídicos: 
i) Constituição Mexicana, 1917;
ii) Constituição de Weimar na Alemanha, 1919;
iii) Tratado de Versalhes (OIT), 1919.
Obs.: a Constituição Mexicana foi a primeira a apresentar direitos sociais. 
c) Direitos de Terceira Geração: surgiu a noção de que todos são irmãos e deve-se trabalhar dentro da noção de fraternidade.
Caracterizam-se pelos direitos de fraternidade, direitos ao meio ambiente equilibrado, progresso, paz, autodeterminação dos povos e outros direitos difusos e coletivos. 
Marcos históricos: 
i) Fim da 2ª Guerra Mundial;
ii) Criação da Organização das Nações Unidas, 1945.
Marcos teóricos: conjunto em aberto. 
Marcos jurídicos: Declaração Universal dos Direitos Humanos, ONU, 1948. 
Obs.: atualmente, vive-se a ideia da terceira geração, visto que nunca se falou tanto em direito de grupos minoritários e vulneráveis. 
d) Direitos de Quarta Geração: progresso tecnológico, biodireito (Bobbio); direito de informação e o pluralismo político (Boaventura) 
Obs. Os DH estão em constante transformação e evolução.
e) Direitos de Quinta Geração (Paulo Bonavides): paz como merecedora de maior visibilidade. Porém, Karel Vazak (1979) considera de terceira geração.

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