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Sistema Cardiovascular

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Sistema Cardiovascular (guilherme ferreira morgado)
	Esse é o primeiro sistema a funcionar no embrião, o que é extremamente necessário para suprir seu rápido crescimento. Ele é derivado do tecido angioblástico, que tem origem no mesênquima. 
	O primeiro sinal do coração são os cordões angioblásticos, durante a terceira semana. Os cordões canalizam-se para formar os tubos endocárdicos, que se fundem para formar um único tubo cardíaco. Três pares de veias drenam o coração tubular: veias vitelinas, veias umbilicais, que trazem sangue oxigenado do córion, e as cardinais comuns, pelas quais retorna o sangue do corpo. 
	As veias vitelinas penetram via extremidade venosa, conhecida como seio venoso. Mais tarde, essas veias vão se ligar aos primórdios dos sinusóides hepáticos. As veias hepáticas formam-se a partir da veia vitelina direita, assim como a veia porta, que se origina de uma rede de anastomose de veias vitelinas em torno do duodeno. 
	A veia umbilical esquerda leva todo o sangue da placenta para o feto, mas também forma-se uma passagem direta no interior do fígado, o ducto venoso, que liga a veia umbilical à veia cava inferior. Com isso, parte do sangue da placenta vai direto para o coração. O ducto venoso transforma-se em ligamento venoso; já a veia umbilical, em ligamento redondo. 
	As veias cardinais formam o principal sistema de drenagem, sendo que também desembocam no seio venoso. A veia cardinal direita e a cardinal comum vão originar a veia cava superior, já as veias cardinais posteriores vão originar a raiz da veia ázigo e as ilíacas comuns. As subcardinais originam o tronco da veia renal esquerda, supra-renais e gonadais. 
	A veia cava inferior se origina de quatro segmentos: um hepático, derivado da veia hepática e dos sinusóides; um segmento pré-renal, derivado da subcardinal; um segmento renal, vindo da anastomose subcardinal-supracardinal; e o ultimo é o segmento pós-renal, vindo da supracardinal direita. 
	Durante a formação dos arcos faríngeos, eles são invadidos por artérias chamadas de arcos aórticos, oriundas do saco aórtico. As artérias intersegmentares passam entre os somitos e levam sangue para eles e seus derivados. As artérias vitelinas vão para o saco vitelino e, mais tarde, para o intestino primitivo. Já as artérias umbilicais passam através do pedículo do embrião e tornam-se contínuas com os vasos coriônicos. No córion, elas transportam sangue desoxigenado para a placenta. 
	Com a formação do tubo cardíaco origina-se uma camada externa do coração embrionário a partir do mesoderma esplâncnico que envolve o celoma pericárdico, o miocárdio primitivo. Nesse estagio, o coração é um tubo endotelial separado de outro tubo, o manto mioepicárdico, pela gelatina cardíaca. O tubo endocárdico torna-se o endocárdio, já o manto mioepicárdico origina o miocárdio e o epicárdio deriva das células mesoteliais que surgem no seio venoso. 
	Durante a flexão cefálica, o coração tubular alonga-se e desenvolve dilatações e constrições alternadas: tronco arterioso, o bulbus cordis, ventrículo, átrio e seio venoso. O tronco arterioso é continuo com o saco aórtico, do qual nascem os arcos aórticos. O seio venoso recebe as veias umbilical, vitelina e cardinal comum. 
	Como o bulbus cordis e o ventrículo crescem mais do que as outras regiões, o tubo endocárdico dobra-se sobre si mesmo, formando a alça bulboventricular em U. Ao se alongar e dobrar o tubo cardíaco vai se invaginando na cavidade pericárdica. 
	As camadas musculares do átrio e do ventrículo são contínuas e as contrações ocorrem em ondas peristálticas que começam no seio venoso. As contrações começam por volta do 21º primeiro dia, sendo que até no final da quarta semana a circulação é do tipo fluxo e refluxo, mas no final dessa semana as contrações coordenadas resultam no fluxo unidirecional. 
	O sangue penetra pelo seio venoso e depois cai no átrio primitivo, com seu fluxo controlado pelas valvas sinoatriais. Segue para o ventrículo primitivo. Quando esse se contrai, o sangue é bombeado através do bulbus cordis e do tronco arterioso para os arcos aórticos. No final, o sangue segue pela aorta dorsal para ser distribuído ao embrião. 
	Durante a quarta semana, as coxins endocárdicas formam-se nas paredes do canal atrioventricular. Com a invasão de células mesenquimais os coxins atrioventriculares endocárdicos se unem dividindo o canal em direito e esquerdo. 
	O átrio primitivo é dividido em átrios direito e esquerdo pela formação e fusão dos septos primum e secundum. O septo primum desenvolve-se em direção aos coxins endocárdicos, partindo da parede dorsocefálica do átrio primitivo. À medida que esse septo se forma aparece uma grande abertura, o forame primum, que vai desaparecer quando o septo primum se fundir com os coxins fundidos. Porém, antes disso ocorrer surge o forame secundum. 
	O septo secundum desenvolve-se a partir da parede ventrocefálica do átrio, sendo que, enquanto cresce, sobrepõe-se ao forame secundum e ao septo primum. Esse septo forma o forame oval, que, na vida fetal, permite que a maior parte do sangue vindo da veia cava inferior passe para o átrio esquerdo, mas sem que haja passagem de sangue no sentido inverso. Depois do nascimento, esse forame se fecha e o septo interatrial torna-se uma divisão completa com as fusões dos septos. 
	O seio venoso abre-se no centro da parede dorsal do átrio primitivo. O aumento do corno direito resulta em dois shunts de sangue da esquerda para a direita. O primeiro shunt decorre das transformações das veias umbilicais e vitelinas, já o segundo é quando as veias cardinais anteriores se anastomosam. Isso desvia o sangue da veia cardinal anterior esquerda para cardinal anterior direita. Esse shunt vai se transformar na veia braquiocefálica. Já a veia cardinal anterior direita e a cardinal comum direita vão formar a veia cava superior. 
	Com esses dois shunts o corno esquerdo diminui de tamanho e importância, já o corno direito passa a receber todo o sangue proveniente da cabeça, pescoço, placenta e regiões caudais. 
	Inicialmente, o seio venoso é uma câmara separada do coração primitivo, e se abre na parede dorsal do átrio direito. O corno esquerdo vai formar o seio coronário, já o direito vai se incorporar à parede do átrio direito, formando a sua parte lisa. Já a superfície interna, rugosa, e a aurícula se originam do átrio primitivo. 
	A parede do átrio esquerdo é formada pela incorporação da veia pulmonar primitiva. A pequena aurícula esquerda deriva do átrio primitivo.
	A divisão do ventrículo em direito e esquerdo é indicada por uma crista muscular média no assoalho do ventrículo. Primeiramente, essa crista cresce pela dilatação dos ventrículos, mas depois ocorre uma proliferação ativa de mioblastos durante a formação da espessa parte muscular do septo interventricular. 
	O forame interventricular se fecha com a fusão das cristas bulbares e também da união dessas cristas com os coxins endocárdicos. A parte membranosa do septo interventricular deriva dos coxins fundidos. 
	A proliferação de células mesenquimais na parede do bulbus cordis resulta na formação de cristas bulbares; também se formam cristas tronculares contínuas com as bulbares. Quando essas cristas se fundem forma-se o septo aórticopulmonar espiralado, que vai dividir o bulbus cordis em dois canais: aorta e tronco pulmonar. As células da crista neural contribuem bastante para o desenvolvimento desse septo. 
	O bulbo aórtico é incorporado pelas paredes dos ventrículos. No ventrículo direito, ele origina o cone arterioso, que dá origem ao tronco pulmonar. No ventrículo esquerdo, o bulbo aórtico forma as paredes do vestíbulo aórtico, a parte da cavidade ventricular abaixo da valva aórtica. 
	A cavitação das paredes ventriculares forma uma trama esponjosa de feixes musculares, que pode formar as trabéculas carnosas, músculos papilares e cordas tendíneas. 
	As valvas semilunares desenvolvem-se a partir de três saliências valvares do tecido subendocárdico, assim como as valvas atrioventriculares.O nó sinoatrial localiza-se no seio venoso, logo, ele também é incorporado ao átrio direito. Então, depois ele é encontrado na base do septo interatrial. 
	O sangue bem oxigenado retorna da placenta pela veia umbilical. Metade do sangue oriundo da placenta passa pelos sinusóides, a outra parte é desviada pelo ducto venoso para a veia cava inferior. 
	Depois de passar pela veia cava inferior, o sangue chega ao átrio direito, mas essa veia também possui sangue vindo dos membros inferiores. Logo, o sangue no átrio não é tão bem oxigenado. A maior parte desse sangue vindo da veia cava inferior segue para o septum secundum, e depois para o orifício oval, penetrando pelo átrio esquerdo. Nesse átrio, o sangue se mistura com o que veio do pulmão, depois o sangue segue para o ventrículo e, na seqüência, aorta. 
	Um pequeno volume de sangue bem oxigenado permanece no átrio direito, que se mistura com o sangue da veia cava superior e do seio coronário e depois seguindo para o ventrículo direito. Uma parte do sangue vai para o pulmão, mas a maioria, através do conduto arterioso, cai na aorta. 
	Tão logo a criança nasce o orifício oval, ducto arterioso, ducto venoso e vasos umbilicais não são mais necessários. A oclusão da circulação placentária provoca uma queda da pressão sanguínea na veia cava inferior e no átrio direito. 
	A areação dos pulmões está associada à queda da resistência vascular pulmonar e a um progressivo adelgaçamento das paredes das artérias pulmonares. Devido ao fluxo sanguíneo pulmonar aumentado, a pressão no átrio esquerdo fica maior do que no direito, o que fecha o forame oval. 
	A parede ventricular direita no feto e no recém-nascido é maior que a do esquerdo, situação que se inverte ao final do primeiro mês. 
	O ducto arterioso contrai-se ao nascimento, sendo o oxigênio o fator mais importante para isso ocorrer. Assim como também o fechamento está relacionado com a bradicinina. 
	A mudança da circulação sanguínea do padrão fetal para o adulto não ocorre subitamente. Algumas ocorrem com o primeiro movimento respiratório, mas outras demoram mais. O fechamento dos vasos fetais e do orifício oval é, inicialmente, uma alteração funcional, mas depois, com a proliferação de tecido endotelial e fibroso, o fechamento é anatômico.

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