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Morfogênese do coração

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Objetivo 01) Explicar a morfogênese do coração e dos grandes vasos.
O sistema cardiovascular é o primeiro a funcionar no embrião.
1-INTRODUÇÃO- O sistema cardiovascular (ou circulatório) é o primeiro sistema a funcionar no embrião. O coração primitivo e o sistema vascular aparecem na metade da 3a semana (Figura 13.1). Esse desenvolvimento cardíaco precoce ocorre porque, como o embrião cresce rapidamente, ele não consegue mais satisfazer suas necessidades nutricionais e de oxigênio apenas por difusão. Consequentemente, existe a necessidade de um método eficiente de aquisição de oxigênio e nutrientes do sangue materno e eliminação de dióxido de carbono e escórias metabólicas.
Células progenitoras cardíacas multipotentes de várias origens contribuem para a formação do coração. Essas incluem duas populações mesodérmicas distintas de células precursoras cardíacas, o primeiro (primário) campo cardíaco e o segundo campo cardíaco. As células da crista neural também contribuem para o coração. Células mesodérmicas da linha primitiva migram para formar os filamentos bilaterais pareados do primeiro campo cardíaco. As células cardíacas progenitoras do mesoderma faríngeo são constituídas como o segundo campo cardíaco, que está localizado medialmente ao primeiro campo cardíaco.
Ainda na 3ª semana é observado a formação do coração primitivo em forma de um tubinho que já tem o batimento cardíaco. Na 3ª semana tem-se que recordar que o embrião já é um disco trilaminar plano, ou seja, tem os três folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma). Esse embrião apresenta já, uma divisão do mesoderma em paraxial, intermediário e lateral. Além disso esse mesoderma lateral se divide ainda em mesoderma esplâncnico e somático. E é nesse mesoderma esplâncnico que vão ser observados o aparecimento do primórdio do coração, que são os cordões angioblásticos.
OBS1: Maciços de células, que surgem no mesoderma esplâncnicos na porção cranial do embrião. São dois cordões angioblásticos situados bilateralmente à linha primitiva.
Nessa terceira semana, tem-se também estruturas relacionadas a formação do SNC. Na quarta semana tem-se dois dobramentos nesse embrião: o mediano e o lateral. O dobramento mediano é responsável por posição o coração primitivo e esse posicionamento é consequência do desenvolvimento da placa neural.
O celoma pericárdico dá origem a cavidade pericárdica. Anterior a ele tem-se o septo transverso que vai dar origem ao diafragma. Então com o dobramento mediano e a formação da prega cefálica, todas essas estruturas localizadas cranialmente no embrião vão sendo deslocadas para a porção ventral.
OBS2: Celoma - é todo envolvido por um tecido mesodérmico e preenchido por um líquido denominado de fluído celômico. Ele surge através do desenvolvimento embrionário e a sua função principal é propiciar o espaço para armazenar as vísceras dos animais. Tem-se ainda nesse período o dobramento horizontal, que é responsável pela forma cilíndrica do embrião (que até agora era plano). 
A partir desse dobramento percebe-se a formação de duas pregas laterais. De rosinha tem-se os cordões angioblásticos que nesse período sofrem uma canalização, ou seja, deixam de ser maciços e passam a ter uma luz (Tubos endocárdicos). E com a formação dessas pregas laterais esses tubos endocárdicos vão se aproximando até que se fundem (21 dias) e já se tem um batimento cardíaco.
A partir desse momento então, tem-se a localização do coração primitivo (tubo endocárdico primitivo) na cavidade pericárdica (originada do celoma pericárdico). Aqui já são diferenciadas as 3 paredes do coração: endocárdio (originado da parede do tubo), miocárdio (parte muscular do coração, vermelha na imagem) e mais externo, tem-se o epicárdio (linha pretinha). 
Nesse momento tem a formação da geleia cardíaca, é uma matriz extracelular que vai sendo sintetizada e secretada pelas células do miocárdio. Localiza-se entre o miocárdio e o endocárdio. É muito importante para a formação dos coxins endocárdicos que são responsáveis pela septação átrio ventricular.
O coração nesse momento é um tubo, que tem um trato de entrada (por onde o sangue vai estar chegando, inferior) e um trato de saída (tronco arterioso, superior). Aqui, esse tubo (coração) tem uma luz única, só que vai crescendo dentro da cavidade pericárdica e conforme o tempo vai passando, com o crescimento desse tubo ele vai se dobrando. 
Conforme ele vai se dobrando, vão acontecendo alterações dento daquela parede e esse tubo vai sendo dividido em regiões. São elas: Seio venoso (corresponde ao trato de entrada), átrio primitivo (entre o seio e o ventrículo), ventrículo, bulbo cardíaco e tronco arterioso (trato de saída do nosso coração).
O átrio primitivo nesse instante, se localiza abaixo do ventrículo. Então para que essas futuras câmaras sejam posicionadas corretamente, esse tubinho vai se dobrando (dobramento cardíaco). Conforme esse dobramento vai acontecendo, percebe-se que sulcos vão sendo formados e um desses sulcos é justamente entre a área do átrio e a área do ventrículo primitivo. Esse dobramento cardíaco acontece em sentido ventro caudal e dorso cefálico (a porção do ventrículo vai descendo anteriormente, e o átrio vai subindo dorsalmente). 
Esse dobramento cardíaco correto é de extrema importância para a circulação sistêmica e a circulação pulmonar. É importante lembrar também que esse coração ainda não está dividido (é um tubo único), ou seja, o sangue chega pelo trato de entrada, passa pelo futuro átrio e ventrículo e sai no trato de saída.
Formação dos átrios cardíacos: O coração primitivo iniciou seu desenvolvimento na 3ª semana, formando um único tubo cardíaco primário. No trato de entrada, tem-se dois cornos: o direito e esquerdo, o sangue então entra por esses cornos, passa pelo tubo e sai pelo trato de saída (futuramente septado dando origem a aorta e a tronco pulmonar). A remodelação do seio venoso (remodelação da extremidade de influxo do coração), com 24 dias o seio venoso é bilateralmente simétrico (3 veias chegando de cada lado do coração), são elas: vitelínicas, umbilicais e cardinais. Nesse momento, o seio venoso sofre um remodelamento, ou seja, toda porção direita vai se desenvolvendo mais e com isso, toda a estrutura vai sendo deslocada para a direita. Com isso, as veiais que formam o corno esquerdo vão desaparecendo e essa porção esquerda vai dando origem ao seio coronário. Por outro lado, o corno direito vai sendo incorporado ao lado direito do átrio primitivo. Com esse movimento do seio venoso para a parede do átrio, tem-se as entradas para o átrio: entrada da veia cava superior e entrada da veia cava inferior. 
Uma diferenciação também acontece do lado esquerdo, a intussuscepção das veias pulmonares (formação da parede lisa do lado esquerdo e a entrada das veias pulmonares). A princípio tem-se a parede do átrio primitivo esquerdo sem nenhuma entrada e ao mesmo tempo vão sendo formadas as veias pulmonares (primeiro é formada uma única veia que sofre bifurcações e no final tem-se 4 veias pulmonares), aos poucos essa região das veias vai sendo incorporada a parede do átrio esquerdo (a parede absorve a veia pulmonar).
No final tem-se o átrio direito com a entrada da veia cava superior e inferior, e o átrio esquerdo com a entrada das veias pulmonares. Assim quando houver a septação esse coração vai estar apto para a circulação sistêmica e pulmonar. 
OBS3: A circulação pulmonar só se inicia após o nascimento.
Septação do coração: É de extrema importância pois é ela que permite a circulação sistêmica e a circulação pulmonar. A maior parte malformações associadas ao coração estão associadas a falha nessa septação. Entre o endocárdio e o miocárdio, tem-se a geleia cardíaca (matriz extracelular espessa que foi secretada pelo miocárdio). Para falar da divisão atrioventricular é preciso entender a formação dos coxins endocárdicos.
A área da geleia cardíaca sofre um espessamento formando os coxins endocárdicos.
MAS COMO ISSO ACONTECE? Para que haja a formação desses coxins, as célulasdo miocárdio vão começar a enviar sinais para as células do endocárdio. O endocárdio vai apresentar receptores para esses sinais enviados, quando esses sinais vindos do miocárdio atravessarem a geleia cardíaca e chegarem ao endocárdio, essas células vão se diferenciar (diferenciação epitélio mesenquimal). Nesse instante, essas células diferenciadas vão começar a ocupar a matriz extracelular (geleia) e vão se diferenciar em tecido conjuntivo. Esses coxins vão se aproximando até o momento em que se fundem e formam a divisão entre átrio e ventrículo.
Essa formação de coxins acontece também na região de saída (mas nesse caso, as células que migram são da crista neural)i, responsável pela formação das cristas bulbares e das cristas truncais que vão dividir essa área de saída. Os coxins AV transformados contribuem para a formação das valvas e dos septos membranáceos do coração.
OBS4: O mesênquima, ou tecido conjuntivo mesenquimal, é um tipo de tecido conjuntivo indiferenciado. É predominantemente derivado do mesoderma embrionário, embora possa ser derivado de outras camadas germinativas, p. mesênquima derivada de células da crista neural (ectoderma).
A divisão do canal AV, do átrio primitivo, do ventrículo e da via de saída começa durante a metade da 4a semana.
 A divisão é essencialmente concluída até o final da 8a semana. Embora descritos separadamente, esses processos ocorrem simultaneamente.
Ao final da 4a semana, ocorre a formação dos coxins endocárdicos AV nas paredes dorsal e ventral do canal AV (ver Figura 13.11A e B). Os coxins endocárdicos AV desenvolvem-se a partir de matriz extracelular especializada (geleia cardíaca), bem como das células da crista neural. Como essas massas de tecido são invadidas pelas células mesenquimais durante a 5a semana, os coxins endocárdicos AV aproximam-se um do outro e unem-se, dividindo o canal AV em canais direito e esquerdo. 
Esses canais separam parcialmente o átrio primitivo do ventrículo primitivo, e os coxins endocárdicos funcionam como valvas AV. As valvas septais derivam dos coxins endocárdicos superior e inferior fusionados. Os folhetos murais (camadas finas e achatadas de parede) são de origem mesenquimal. Depois que sinais indutivos emanam do miocárdio do canal AV, um segmento de células endocárdicas internas sofre transformação epiteliomesenquimal e as células resultantes invadem a matriz extracelular.
 Há relatos do envolvimento do fator transformador de crescimento β (TGF-β1 e TGF-β2), das proteínas morfogenéticas ósseas (BMP-2A e BMP-4), da proteína dedo de zinco Slug e da quinase semelhante a receptor de ativina (ChALK2) na transformação epitélio mesenquimal e na formação dos coxins endocárdicos.
Aproximadamente na oitava semana, o coração é septado em quatro câmaras.
Tutorial Funções – Problema 07 – 02/09/2021
DESENVOLVIMENTO INICIAL DO CORAÇÃO E DOS GRANDES VASOS
O mesoderma lateral possui, por volta do 18º dia, a somatopleura e a esplancnopleura. A última dá origem a quase todos os componentes do coração.
Os tubos endocárdicos do coração se aproximam e se fundem para formar um único tubo cardíaco.
Sua fusão começa na extremidade cranial do coração e se estende caudalmente.
Após 23 dias, o coração começa a bater.
O fluxo sanguíneo se inicia durante a quarta semana, podendo ser identificados com US com Doppler.
DESENVOLVIMENTO DE VEIAS ASSOCIADAS AO CORAÇÃO EMBRIONÁRIO
Veias que drenam o coração primitivo: veias vitelinas, veias umbilicais e veias cardinais comuns.
Veias vitelinas
Retornam o sangue venoso da vesícula umbilical.
Acompanham o ducto onfaloentérico para dentro do embrião.
Após passarem pelo septo transverso, entram no seio venoso.
A veia vitelina esquerda regride e a direita forma a maior parte do sistema porta do fígado, assim como uma porção da veia cava inferior.
Os sinusoides hepáticos se originam dos cordões hepáticos que sofreram anastomose.
Veias umbilicais
Correm de cada lado do fígado e transportam sangue arterial da placenta ao seio venoso.
Conforme o fígado se desenvolve, essas veias perdem conexão ao seio venoso e esvaziam no fígado.
A veia umbilical direita desaparece durante a 7ª semana.
A veia umbilical esquerda se torna a veia umbilical.
O ducto venoso se forma a partir de um desvio e conecta a veia umbilical à VCI.
Veias cardinais
Principal sistema de drenagem venosa do embrião.
Anterior e posterior, as veias a se desenvolverem drenam as porções cranial e caudal do embrião, respectivamente.
Unem-se às veias cardinais comuns que vão ao seio venoso.
Na 8ª semana, as veias cardinais anteriores sofrem anastomose e se conectam. Isso desvia o sangue da esquerda para a direita.
Isso se torna posteriormente a veia braquiocefálica esquerda quando a porção caudal da VCAE se degenera.
A veia cava superior (VCS) se forma a partir da veias cardinais anterior e comum direitas.
As veias cardinais posteriores desenvolvem-se como vasos dos mesonefros e a maioria desaparece.
As veias subcardinais aparecem primeiro e estão conectadas uma à outra por anastomose subcardinal.
Desenvolvimento da veia cava inferior (VCI)
É composta por segmentos principais:
1. Segmento hepático;
2. Segmento pré-renal;
3. Segmento renal;
4. Segmento pós-renal.
Artérias dos arcos faríngeos e demais ramos da aorta dorsal
Os arcos se formam durante a quarta e quinta semanas do desenvolvimento.
São abastecidos pelas artérias de mesmo nome, que surgem do saco aórtico e terminam na aorta dorsal.
Artérias intersegmentares
São cerca de 30 ramos da aorta dorsal.
Passam entre e transportam sangue aos somitos e seus derivados.
No pescoço, unem-se para formar uma artéria longitudinal de cada lado, a artéria vertebral.
No tórax, persistem como artérias intercostais.
No abdome, a maioria se torna artérias lombares, no entanto, o quinto par dessas artérias permanece como artérias ilíacas comuns.
No sacro, formam as artérias sacrais laterais.
DESENVOLVIMENTO FINAL DO CORAÇÃO
O miocárdio primitivo é formado pelo mesoderma esplâncnico ao redor da cavidade pericárdica.
Nesse estágio, o coração é composto por tubo endotelial fino, separado de um miocárdio espesso por uma matriz gelatinosa, a geleia cardíaca.
O tubo endotelial se torna o endocárdio.
O miocárdio primitivo se torna o miocárdio.
O pericárdio visceral/epicárdio é derivado de células mesoteliais que surgem da superfície externa do seio venoso e se espalham sobre o miocárdio.
O coração e a cavidade pericárdica se tornam ventrais ao intestino e caudais à membrana bucofaríngea conforme ocorre o dobramento da região da cabeça.
Enquanto isso, o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas: o bulbo cardíaco, ventrículo, átrio e seio venoso.
O tronco arterioso está cranialmente contínuo ao saco aórtico, do qual surgem as artérias dos arcos faríngeos.
O seio venoso recebe as veias umbilical, vitelina e cardinal comum do córion, vesícula umbilical e embrião.
O coração tubular sofre um giro destro que forma uma alça em D em forma de U, a alça bulboventricular, que resulta num coração com ápice voltado à esquerda.
CIRCULAÇÃO ATRAVÉS DO CORAÇÃO PRIMITIVO
O sangue entra no seio venoso proveniente do embrião, pelas veias cardinais comuns; da placenta, pelas veias umbilicais; e do saco vitelino, pelas veias vitelinas.
O sangue do seio venoso entra no átrio primitivo, com seu fluxo controlado pelas valvas sinoatriais.
Após, o sangue passa através do canal atrioventricular (AV) para chegar ao ventrículo primitivo.
Quando há contração ventricular, o sangue é bombeado do bulbo cardíaco e do tronco arterial para o saco aórtico, de onde é distribuído para as artérias dos arcos faríngeos.
Após, o sangue passa pelas aortas dorsais para distribuição ao embrião e anexos.
SEPTAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO
Começa na quarta e termina ao fim da oitava semana.
Há formação dos coxins endocárdicos atrioventriculares nas paredes dorsal e ventral do AV, por volta da quinta semana.
Se aproximam e se fusionam, dividindo o canal AV em direito e esquerdo.
Separam parcialmente o átrio primitivo do ventrículo e os coxinsfuncionam como válvulas.
Septação do átrio primitivo
É dividido em direito e esquerdo pela formação e modificação e suão de dois septos: o primário e o secundário.
O septo primário cresce em direção aos coxins endocárdicos a partir do teto do átrio, dividindo parcialmente o átrio em metades direita e esquerda.
À medida em que esse septo se desenvolve, forma-se o forame primário entre sua borda livre e os coxins endocárdicos.
Ele torna possível o desvio de sangue oxigenado do átrio direito ao esquerdo.
Ele desaparece quando a cobertura mesenquimal do septo primário se funde com os coxins endocárdicos fundidos para formar o septo AV primitivo.
Antes de o forame primário sumir, perfurações surgem na parte central do septo primário, que coalescem para formar outra abertura no septo, o forame secundário.
Esse forame possibilita a passagem contínua de sangue oxigenado do átrio direito ao esquerdo.
Ele cresce a partir da parede muscular ventrocranial do átrio.
Conforme o septo cresce, ele sobrepõe esse forame.
O septo secundário forma uma partição incompleta entre os átrios: o forame oval.
ALTERAÇÕES NO SEIO VENOSO
Abre para o centro da parede posterior do átrio primitivo.
Quando o corno sinusal direito se torna maior que o esquerdo, o orifício sinoatrial se move para a direita e se abre na parte do átrio primitivo, que se tornará o átrio direito adulto.
O corno esquerdo do seio venoso se transforma no seio coronário e o corno direito do seio venoso é incorporado à parede do átrio direito e se torna o sinus venarum.
A parte lisa e a parte áspera são internamente demarcadas no átrio pela crista terminalis e externamente pelo sulcus terminalis.
A crista terminalis representa a parte cranial da valva sinoatrial direita.
A esquerda se fusiona ao septo secundário e é incorporada com ele no septo interatrial.
VEIA PULMONAR PRIMITIVA E FORMAÇÃO DO ÁTRIO ESQUERDO
A maior parte da parede do átrio esquerdo é lisa, já que é formada pela incorporação da veia pulmonar primitiva.
À medida que o átrio se expande, essa veia e seus ramos principais são gradualmente incorporados à parede do átrio esquerdo.
Como resultado, formam-se quatro veias pulmonares.
SEPTAÇÃO DO VENTRÍCULO PRIMITIVO
A divisão do ventrículo primitivo em dois inicia com a formação do septo interventricular muscular.
Até a sétima semana existe uma abertura entre a borda livre do septo IV e os coxins endocárdicos fusionados, comunicando os dois ventrículos.
Esse forame se fecha quando as cristas bulbares se fusionam com o coxim endocárdico.
O fechamento do forame e a formação da porção membranosa do septo IV resultam da fusão de tecidos de três origens: crista bulbar direita, crista bulbar esquerda e o coxim endocárdico.
Essa porção membranosa deriva de uma extensão de tecido em direção à porção muscular do septo IV.
OBJETIVO 02) DESCREVER AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS INTERNAS E EXTERNAS DO CORAÇÃO.
localização: cavidade pericárdica, na região do mediastino médio. Apresenta-se situado em um ângulo obliquo, visto que 2/3 se encontram voltados pro lado esquerdo e 1/3 para o lado direito. Se fixa posteriormente à coluna vertebral (liga-se ao periósteo), lateralmente aos pulmões, 
O ápice do coração aponta para a esquerda, para baixo e para a frente. A base e o ápice estão unidos através do eixo longitudinal, que segue no tórax em sentido oblíquo.
CORAÇÃO
É uma bomba dupla autoajustável de sucção e pressão.
Suas partes trabalham em conjunto e sincronia para impulsionar o sangue a todos os locais do corpo.
O lado direito recebe sangue venoso oriundo de todo o corpo (pelas VCS e VCI) enquanto o lado esquerdo recebe sangue arterial dos pulmões e o redistribui ao corpo pela aorta.
As câmaras do coração que comportam todo esse sangue são os átrios e ventrículos.
Átrios são câmaras de recepção enquanto os ventrículos são câmaras de bombeamento.
Sua atividade sincrônica constitui o ciclo cardíaco.
O ciclo se inicia com o alongamento e enchimento ventricular (diástole) e termina com o encurtamento e esvaziamento ventricular (sístole).
As bulhas cardíacas são os sons de ausculta: tum e tá.
A primeira corresponde ao som de transferência de sangue atrial aos ventrículos;
A segunda corresponde ao som de transferência de sangue ventricular ao corpo.
As camadas cardíacas são: endocárdio, miocárdio e epicárdio.
Septo interventricular (IVS)
Composto pelas partes muscular e membranácea, forma uma divisória oblíqua forte entre os ventrículos direito e esquerdo, separando-os.
Haja vista a elevada pressão arterial nessa região, a parte muscular desse septo se sobrepõe à membranácea, sendo semelhante em espessura ao restante da parede do ventrículo esquerdo e salienta-se à cavidade ventricular direita.
A partir do esqueleto fibroso cardíaco, a parte membranácea do IVS se forma.
À direita, a válvula septal da valva atrioventricular direita está fixada ao meio dessa parte membranácea.
Isso significa que abaixo dessa válvula, a membrana é um septo interventricular, porém, acima, é um septo atrioventricular.
Artéria coronária direita
Origina-se do seio direito da aorta em sua parte ascendente e passa ao lado direito do tronco pulmonar, seguindo no sulco coronário.
Ela geralmente emite um ramo do nó sinoatrial, ascendente, que o irriga.
Ela então desce no sulco coronário e emite o ramo marginal direito, que irriga a margem direita do coração enquanto segue em direção ao seu ápice, mas sem de fato alcançá-lo.
Após isso, ela vira à esquerda e continua no sulco coronário até a face posterior do coração.
Nessa face, na cruz do coração, ela dá origem ao ramo do nó atrioventricular, que irriga o nó AV.
Objetivo 03) Explicar a hemodinâmica da circulação.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA CIRCULAÇÃO
Divide-se em circulação sistêmica e pulmonar.
Partes funcionais
Funções dos componentes da circulação
Artérias
Transportam sangue sob alta pressão aos tecidos.
Arteríolas
São pequenos ramos finais do sistema arterial.
Agem como condutos de controle pelos quais o sangue é liberado aos capilares.
Possuem forte parede muscular, com alta flexibilidade, podendo ocluir ou dilatar seu lúmen.
Isso altera o fluxo sanguíneo conforme a necessidade.
Capilares
São responsáveis pela troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre sangue e interstício.
Para isso, possuem paredes delgadas e porosas.
Vênulas
Coletam sangue dos capilares e coalescem formando veias.
Veias
Funcionam como condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao coração.
Como possuem pressão relativamente baixa, suas paredes são mais finas.
Apesar disso, são suficientemente fortes e musculares para se contraírem e se expandirem conforme a necessidade, atuando como reservatório controlável de sangue.
Áreas de secção transversal e velocidades do fluxo sanguíneo
Quanto menor a área, maior a velocidade do fluxo sanguíneo.
v=F/A
Pressões nas diversas partes da circulação
Quanto menor a área, maior a pressão relativa. Contudo, a pressão arterial sempre cai ao chegar aos capilares.
A tendência é que ao chegar ao fim das veias cavas, a pressão naquele ponto seja igual a 0mmHg, até desaguarem no coração, onde a pressão será reestabelecida.
A pressão no início dos capilares sistêmicos é de cerca de 35mmHg, enquanto ao fim chega a 10mmHg.
A pressão funcional nos leitos vasculares é de 17mmHg.
A pressão pulmonar é pulsátil, como na aorta, mas com pressão muito menor.
Objetivo 04) Conceituar TGV e técnica de Jatene.
A definição de TGA é a condição na qual a aorta e as artérias coronárias originam-se do ventrículo direito e o tronco pulmonar do ventrículo esquerdo. As veias pulmonares, veias cavas, átrios e ventrículos, assim como suas respectivas valvas atrioventriculares, estão posicionados corretamente, em concordância. Em outras palavras, a TGA apresenta uma discordância ventrículo-arterial. O tipo mais comum de TGA é a d-transposição em situs Solitus , que significa uma transposição de grandes artérias onde a disposição das câmaras cardíacas (átrios e ventrículos)está correta, e a aorta está posicionada à direita da artéria pulmonar. O diagnóstico de TGA deve ser suspeitado quando a criança apresenta cianose desde o nascimento ou nos primeiros dias de vida, que piora às mamadas ou quando a criança chora.
Pelas técnicas mais aceitas atualmente, a maioria das crianças deve ser operada nos primeiros dias de vida. Isto se deve às condições do coração do recém-nascido que favorecem o melhor resultado operatório.
No entanto, foi Jatene et al., em 1975, em São Paulo,
que realizaram pela primeira vez a correção arterial, com sucesso, em TGA, através da inversão das grandes artérias com translocação das artérias coronárias para a neoaorta Esta operação sofreu algumas modificações técnicas; 
As porções proximais das grandes artérias são transectadas, as artérias coronarianas são transplantadas para a raiz da pulmonar que se tranformará em raiz neoaórtica, a aorta é conectada ao ventrículo esquerdo e a artéria pulmonar é conectada ao ventrículo direito. Após a cirurgia, a sobrevida é > de 95%.
obs: Circulação coronária é a circulação do sangue nos vasos sanguíneos do músculo cardíaco miocárdio, conhecidos como artérias coronárias.
Um passo importante para o sucesso da operação é a translocação das artérias coronárias, que originariamente acompanham a aorta e estão ligadas ao ventrículo direito. Com a inversão dos vasos, as artérias coronárias são translocadas, para ficarem ligadas ao vaso que se origina no ventrículo esquerdo e, assim, receberem sangue arterial. 
O tratamento definitivo consiste na correção cirúrgica do defeito anatômico, por meio da desconexão das artérias aorta e pulmonar e reconexão desses vasos em suas raízes opostas, incluindo a translocação das artérias coronárias para a neoaorta. Esta é a cirurgia de Jatene, ou switch operation, mundialmente conhecida por revolucionar o tratamento dessa cardiopatia. A cirurgia deve ser realizada nas primeiras semanas de vida, para que o ventrículo esquerdo não se adapte à baixa pressão da circulação pulmonar, pois isso diminui sua capacidade de suportar a circulação sistêmica.

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