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FURTO - DIREITO PENAL

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crimes em espécie
crimes contra o patrimônio 
- FURTO (art. 155)
- Tipo penal: subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel
- Pena: reclusão, de 1-4 anos E multa
- Ação nuclear: subtrair (tirar, retirar de outrem bem móvel, sem a permissão, com o fim de assenhoreamento definitivo) – retirar sem consentimento 
- Critica: penas muito severas 
- Bem tutelado: patrimônio – pessoa física ou jurídica 
- Objeto material: coisa alheia móvel – coisa: substância material, corpórea passível de subtração e que tenha valor econômico. Móvel: aquilo que pode ser transportado de um local para outro, sem separação destrutiva do solo 
- Elemento normativo: coisa alheia. Exclui-se res nullius (sem dono) e res derelicta (coisa abandonada) res deperdita (coisa perdida) 
- Não tem como furtar uma casa porque tem que levar sem destruir (móvel) 
- Sujeito ativo: crime comum (qualquer pessoa)
- Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica que tem a posse ou propriedade do bem
- Elemento subjetivo: dolo, vontade livre e consciente de efetuar a subtração. Finalidade especial de assenhoreamento definitivo para si ou para outrem – ‘’animus furandi’’ 
- Não tem furto culposo
- Consumação: com a inversão da posse, ou seja, quando passa da esfera da disponibilidade da vítima para o autor. Possuidor perde o poder de controle da coisa, tendo que retomá-la porque já não está mais consigo. Teoria da amotio
- Divergência doutrinaria e jurisprudencial no sentido de que o bem deve sair da esfera de vigilância da vítima e exigindo posse mansa e pacífica (ainda que por curto espaço de tempo. Teoria da ‘’ablatio’’
- Ablatio: para consumação do furto é necessário que eu tenha posse do bem, que ele saia da esfera de vigilância da vítima, que eu tenha a posse mansa e pacífica – nesse momento há consumação (doutrina)
- Teoria da amotio (STJ) – furto estará consumado com a inversão da posse, sai da vítima da comigo, vítima já perdeu o poder da coisa, não é necessário a posse mansa e pacífica do bem 
- Tentativa: somente quando houve início da execução
- Crime impossível: ineficácia absoluta do meio empregado ou impropriedade absoluta do objeto.
- Considera-se tentado: a) lojas com sistema antifurto ou fiscalização de seguranças; b) furto de automóvel com dispositivo de segurança; c) pungista que enfia a mão no bolso errado das vestes do transeunte 
- Súmula 567 do STJ: sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto
- Desistência voluntária: interrupção do iter criminis, por sua própria vontade, impedindo a consumação. Ação deve ser voluntaria (não espontânea) – pode haver – só responde pelos atos já praticados
- Concurso de pessoas: teoria restritiva (autor é aquele que realiza a conduta expressa no verbo da figura típica), teoria do domínio do fato (controle final da ação). Participação material e moral. Convergência de vontades (desnecessário prévio ajuste). Inadmissível co-autoria ou participação posteriores à consumação do crime, salvo se acertada previamente – responde na medida da sua culpabilidade
- Concurso formal: art. 70 ex: furto em ônibus – 1 ação e praticar várias subtrações, pode haver 
- Crime continuado: art. 71. Não ocorre entre furto e roubo (embora sejam da mesa natureza, não são da mesma espécie) – pode ter crime continuado do furto, desde que seja o mesmo crime praticado em circunstâncias semelhantes – ex: cada dia entra numa sala, e sempre roubava projetor, mesma forma de agir – 1 furto e os demais aumenta pena de 1/6 – 2/3 (benéfico para o réu)
- Consunção: ex: violação de domicílio e dano - Princípio da Absorção, é um princípio aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com existência de um nexo de dependência. De acordo com tal princípio o crime fim absorve o crime meio
- Furto e venda posterior do bem – post factum – impunível 
- Furto de uso: fato atípico
- Indispensável que a subtração seja efetuada com animo definitivo, sendo necessária a intenção de não devolver o bem
- Elementar de natureza subjetiva (para si ou para outrem) que significa necessidade de assenhoreamento permanente
- Exemplo: individuo se utiliza de um automóvel alheio para dar um passeio e depois devolve no mesmo local e no mesmo estado que se encontrava. Não há intenção de apoderamento do bem
- Observação: Nelson Hungria assinala que na hipótese poderá haver furto no tocante a gasolina e óleo consumidos 
- Furto famélico ou necessitado; cometido por quem se encontra em situação de extrema miserabilidade, penúria, necessitando de alimento para saciar sua fome e/ou de sua família
- Necessário o preenchimento dos requisitos do art.24 – estado de necessidade (atualidade do perigo, inevitabilidade por outro modo e inexigibilidade de sacrifico do direito ameaçado – não tem outra alternativa, perigo atual não provocado por ele 
- Tribunal de SC: ‘’embora a res furtiva seja de pouco valor, os maus antecedentes do réu e sua reincidência derivada de crimes contra o patrimônio excluem o estado de necessidade e, por conseguinte, a figura do ‘’furto famélico’’ ainda, ainda mais quando o agente não admite’’
FORMAS:
- Furto simples (art. 155, caput)
- Furto noturno (previsto no § 1º) – causa de aumento, aumenta 1/3
- Furto privilegiado (previsto no § 2º) – diminui a pena, ou permitir somente multa (réu primário e coisa de pequeno valor)
- Furto de energia (previsto no § 3º)
- Furto qualificado (previsto no § 4º e 4-A)
- Furto qualificado: furto mediante fraude por meio eletrônico (previsto no § 4º- B)
- Furto de veículo automotor (previsto no § 5º)
- Furto de semoventes (previsto no § 6º)
- Furto de substâncias explosivas (previsto no § 7º)
FURTO NOTURNO (art. 155, § 1°)
- Funda-se no maior perigo que é exposto o bem jurídico em virtude da diminuição da vigilância e dos meios de defesa daqueles que se encontram recolhidos à noite para repouso.
- Período de tempo que se modifica conforme os costumes locais
- Não se confunde com noite (ausência de luz solar)
- Pena aumenta 1/3
- Não necessário que a vítima esteja dormindo e nem que ela esteja em casa
FURTO PRIVILEGIADO (art. 155, § 2º)
- Furto de pequeno valor ou furto mínimo
- Requisitos: 
- Primariedade: todo aquele que não é reincidente
- Pequeno valor da coisa subtraída: jurisprudência firmou entendimento do valor não alcança um salário-mínimo vigente à época do fato
- Benéfico ao réu 
- Presentes os requisitos o juiz está obrigado a conceder o benefício legal – direito subjetivo do réu
- Efeitos: substitui a pena de reclusão para detenção, diminui a pena privativa de liberdade de um a dois terços ou aplica somente a multa
- Furto noturno privilegiado – Possibilidade STJ – pode haver
- Furto privilegiado-qualificado: o STJ editou a sumula n° 511 exatamente no sentindo de que o privilégio se aplica ao furto qualificado ‘’se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva’’ – exceto abuso de confiança e fraude que são subjetivas
- Furto privilegiado e princípio da insignificância:
- Direito penal não cuida de bagatelas, nem admite tipos incriminadores que descrevam condutas incapazes de lesar o bem jurídico
- Não se confunde com o furto privilegiado, em que a coisa furtada é de pequeno valor, mas não de valor insignificante, ínfimo 
- Lesão ao bem jurídico é irrelevante – um marca texto por exemplo
- Réu absolvido
- Insignificante reconhece que o direito penal não deve intervir
- Princípio da insignificância: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada
- Não considera só o valor do bem
- Furto de energia (art. 155, § 3°)
- Legislador equiparou à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra coisa de valor econômico
- Caracteriza estelionato se houve utilização de fraude de modo a induzir em erro a vítima (fazer retrocedero ponteiro do medidor)
- Gato
- STF consolidou entendimento no sentido de que aquele que intercepta sinal de TV a cabo clandestinamente NÃO pode ser punido na forma do art. 155, § 3° do CPB, já que não se pode admitir a interpretação elástica de caracterizar o sinal de tv como energia
- STJ em sentido contrário: sinal de TV a cabo pode ser equiparado à energia elétrica para fins de incidência no artigo 155, §3°
QUALIFICADORAS
- Furto qualificado 
- Furto qualificado mediante fraude por meio eletrônico
- Furto de veículo automotor
- Furto de semovente
- Furto de substância explosiva
FURTO QUALIFICADO
- Rol taxativo que compreende circunstâncias relativas ao modo de execução do crime de furto, imprimindo maior gravidade
- Constituem qualificadores objetivas, e se comunicam aos demais agentes, com exceção da prevista no inciso II (abuso de confiança e fraude)
- Se presente mais de uma qualificadora: a) assumem a função de circunstâncias judiciais, sendo consideradas na fixação da pena-base; b) funcionam como agravantes, se na segunda fase da fixação da pena
- Destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa (inciso I)
- Violência empregada contra obstáculo que dificulte a subtração da coisa. Destruir (desfazer), romper (abrir). Emprego de violência contra a pessoa configura roubo
- Emprego da violência pode-se dar em qualquer momento durante a fase executório do crime (se não construir meio necessário à subtração, haverá concurso material)
- Obstáculo: é aquele destinado a proteger exclusivamente ou não a propriedade (janelas, portas, fechaduras, vidros, cadeados, alarmes)
- Não configura a qualificadora quando há destruição da própria res furtiva (ex: agente força o quebra-vento ou rompe os fios elétricos do sistema de ignição, para furtar o veículo). Situação diversa da qualificadora, que segundo entendimento majoritário exige que obstáculo seja exterior à res furtiva (arromba um veículo para furtar uma bolsa dentro do automóvel)
- Exame pericial: indispensável, mas não é o único meio apto a comprovar a materialidade das condutas, podendo ser suprido por outros meios de prova
- Obstáculo tem que ser externo e não a própria coisa (quebrar vidro do carro pra levar o próprio carro é furto simples)
- Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza: (inciso II)
- Abuso de confiança decorre de certas relações (empregatícia, amizade, parentesco) estabelecidas entre o agente e o proprietário do objeto. O agente se aproveita da confiança nele depositada para praticar o furto, pois há menor vigilância dos proprietários sobre os seus bens. No tocante às relações empregatícias, necessário demonstrar existência de vínculo especial de lealdade, senão resta incidência apenas da agravante prevista no art. 61
- Mediante fraude – utiliza ardil, artificio, meio enganoso para iludir a vigilância da vítima e realizar a subtração. (ex: a pretexto de realizar compras, o agente distrai a vendedora, subtraindo os objetos) Difere do estelionato, onde é o próprio dono da coisa, que enganado pelo agente, entre voluntariamente o bem
- Se finge de agente da saúde para entrar na casa da pessoa e roubar – tira sem consentimento, apenas para distrair
- Mediante escalada: acesso a um lugar, residência por via anormal. Uso de instrumento (escada, corda) ou esforço incomum (saltar de um muro de dois metros, pelo telhado)
- Mediante concurso de duas ou mais pessoas (IV)
- Há duas orientações: a) necessária a presença in loco das concorrentes (maior dificuldade de defesa da res); b) basta co-autoria ou participação, sendo desnecessária a presença física 
- Não importa se co-agentes sejam inimputáveis, tampouco que não possam ser identificados
- Necessária a consciente combinação de vontades na ação conjunta (difere da autoria colateral)
- Furto qualificado: furto mediante fraude por meio eletrônico
- Nova modalidade qualificada, com pena de reclusão de 4-8 anos e multa. Incide se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismos de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento 
- Causas de aumento:
- Aumenta-se de 1/3 a 2/3 se o crime é praticado mediante utilização de servidor mantido fora do país
- Aumenta-se 1/3 ao dobro se é praticado contra idoso ou vulnerável 
- Emprego de explosivo:
- A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum
- Casos de explosão de caixa econômico 
- Furto de veículo automotor
- Entende-se como veículo automotor os automóveis, ônibus, caminhões, motocicletas, lanchas, aeronaves
- Necessidade de efetivo transporte do veículo para outro Estado ou para o exterior 
- Incidência dessa qualificadora impede a incidência das outras 
- Aplicação também da pena pecuniária de multa
- Semoventes:
- A pena é de reclusão de 2 a 5 anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração
- Semovente – bem móvel suscetível de movimento próprio. A legislação não se restringe a gado bovino.
- Mediante destreza: habilidade física ou manual do agente, que permite o apoderamento do bem sem que a vítima perceba. Se a vítima perceber, considera-se furto tentado em sua forma simples. Se terceiros notarem haverá tentativa de furto qualificado. Não se pode falar em destreza quando a vítima está dormindo, embriagada ou etc.
- Objeto: explosivo
- A pena de reclusão de 4 – 10 anos e multa se a subtração for de substância explosivas ou de acessórios que conjunta ou isoladamente possibilitem a sua fabricação 
- Fraude e abuso de confiança os únicos que não aceita privilégio

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