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Direito Penal - Parte Geral - Curso Intensivo - Alexandre Zamboni

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Direito Penal - Parte Geral
Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF);
Irretroatividade (art. 5º, XL, CF);
Responsabilidade pessoal ou intranscedência da pena (art. 5º, XLV, CF);
Presunção de inocência ou da não culpabilidade (art. 5º, LVII, CF);
Individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF);
São dirigidos a todos e podem ser explícitos ou implícitos:
- Princípios penais: versam sobre o direito penal;
- Princípios penais-constitucionais: advém diretamente da Constituição, sendo:
Princípio da intervenção mínima: preconizam-se os outros ramos do direito, sendo o
direito penal utilizado em último momento, sendo de caráter:
Fragmentado: dirigido ao legislador, o direito penal não protege todos os bens
jurídicos, somente a parcela dos bens jurídicos penais (ou mais importantes),
como por exemplo a fidelidade conjugal é um bem jurídico, mas não é o dos mais
importantes, tanto que adúlterio não se caracteriza mais como crime,
diferentemente da vida;
Subsidiário: dirigido ao operador do direito, que deve buscar observar a aplicação
de outros ramos do direito para solucionar um caso e somente quando esses não
são resolvidos, se deve utilizar o direito penal;
Princípio da alteridade ou exteriorização do fato: criminalização de condutas que
produzam lesões aos bens jurídicos alheios e não próprios (como suícidio, lesão do
prórpio corpo, dos próprios bens, uso de drogas);
Princípio da ofensividade: dirigido ao legislador, somente podem ser criminalizadas
condutas que provoquem lesão ao bem jurídico ou o exponha ao perigo;
Jeiel barbosa
curso intensivo
prof. ALEXANDRE ZAMBONI
PRINCÍPIOS:
CRIME
DANO
PERIGO
aqueles cuja consumação
somente se produz com a
efetiva lesão do bem jurídico.
homicídio (CP, art.121)
lesões corporais (CP, art. 129)
aqueles que se consumam com
a mera exposição do bem
jurídico a uma situação de
perigo, basta a probabilidade
do dano.
ABSTRATO
CONCRETO
Princípio da individualização da pena: significa que, no âmbito judicial, uma
condenação é individiual, mesmo que haja um crime coletivo, já no âmbito legislativo,
há uma indicação de período de pena para que seja definido da maneira mais coerente
judicialmente e, por fim, no âmbito do poder excutivo (administrativamente) em
relação a execução penal, como por exemplo, separação de presos provisórios devem
ser separados de presos definitivos;
Princípio da proporcionalidade (razoabilidade, convivência das liberdades públicas): se
trata de um princípio implícito, ou seja, não está presente na legislação e se trata de
evitar a punição em excesso e a punição em deficiência, deve ser proporcional a
intensidade da pena para com o crime;
Princípio da humanidade: decorre da dignidade da pessoa humana, art. 1º, III, CF,
impedindo pena de morte, por tortura, crueldade, banimento ou prisão perpétua (não
de maneira absoluta, existindo alterações em períodos de guerra);
Princípio da pessoalidade, responsabilidade pessoal ou intranscedência da pena:
nenhuma pena passará da pessoa do condenado, entendendo pena como: 
- Crime de perigo abstrato, presumido ou de simples desobediência: simples prática da
conduta de forma automática, existindo uma presunção absoluta do perigo (juris et de
jure, de direito e por direito) como porte ilegal de arma de fogo (arts. 14 e 16 da Lei
10.826/03);
- Crime de perigo concreto: cosumam-se com a efetiva comprovação, no caso concreto,
da ocorrência da situação de perigo (art. 309, CTB, dirigir veículo sem portar habilitação,
gerando perigo de dano);
PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE
MULTA (PENA PECUNIÁRIA)
RESTRITIVAS DE DIREITO
ATENTAR-SE PARA A DIFERENÇA
ENTRE A OBRIGAÇÃO PENAL E CÍVEL
(VISTO QUE OS ATOS CIVIS PODEM
SER COBRADOS A OUTREM)
Princípio da responsabilidade penal subjetiva: ninguém pode ser punido criminalmente
sem que tenha agido com dolo ou culpa, por exemplo, uma gestante que não sabe que
está grávida de gêmeos ingere intencionalmente medicamento abortivo, responderá,
então, por um único crime de aborto, pois não houve dolo de cometer dois crimes de
aborto, sendo vedada a responsabilidade objetiva (quando não há dolo nem culpa);
Princípio da coculpabilidade: o estado, ante sua promoção de desigualdade
socioeconômica, também é responsável pela prática de determinados delitos;
Princípio do ne bis in idem (previsto no art. 8º, 4, do pacto de São José da Costa Rica,
um tratado internacional): se trata de um príncipio implícito e significa dizer que um
sujeito não pode ser acusado duas vezes pelo mesmo crime, porém, pelo mesmo crime
pode incidir uma sanção penal, civil e administrativa;
Princípio da presunção de inocência: ninguém poderá ser considerado culpado antes
do trânsito em julgado de senteça penal condenatória, segundo o STF (ADCs 43, 44 e
54), só se pode aplicar pena quando considerado culpado e não havendo possibilidade
de recurso;
Princípio da responsabilidade do fato: significa que os tipos penais devem definir
comportamentos humanos (fatos), punir pessoas pelo que fazem não pelo que são;
Princípio da legalidade: não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem
prévia cominação legal, sendo interpretado de maneira geral, tanto para infrações
penais e sanções penais;
INFRAÇÃO PENAL
CRIME CONTRAVENÇÃO
SANÇÃO PENAL
PENA MEDIDA DE SEGURANÇA
DESDOBRAMENTOS:
Heterogênea, própria, ou em sentido estrito: crimes envoltos à lei de drogas, para
serem aplicados necessitam de complementação por parte da ANVISA, explicando
quais seriam essas drogas;
normal penal em branco:
É o tipo penal que para ter aplicação necessita de complemento em seu preceito primário
(descrição da conduta). Esse complemento pode ser de lei ou de ato infralegal, sendo ela:
Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal, estrita legalidade): somente pode falar
sobre direio penal uma lei em sentido formal, ou seja, que tenha passado por todo
processo legislativo (exemplos: medida provisória ou lei delegada são materiais);
Não há crime sem lei anterior (anterioridade): deve pré-existir uma lei para que haja
sua infração;
Não há crime sem lei escrita: casos que envolvem o direito consuetudinário (dos
costumes), utilizado no Brasil somente para nortear a interpretação de uma lei (por
exemplo, o crime de ato obsceno);
Não há crime sem lei estrita: usado para disciplinar a analogia feita para com a lei.
permitido somente para beneficiar o réu;
Não há crime sem lei certa (taxatividade): confere eficácia ao princípio da legaidadem
vendando aprovação de leis que contenham tipos penais vagos, com conteúdo
impreciso, é necessário que a lei penal tipifique a conduta ilícita de forma taxativa,
vale dizer, descrevendo de maneira clara e exata em que consiste o crime;
Homogênea, imprópria ou em sentido amplo: complementação vinda de lei e se divide
em:
Homovitelina: a lei que complementa é do mesmo ramo do direito (art. 312, CPB
que constitui o crime de peculato, sendo que, quem define o que é funcionário
público é o próprio CPB no seu art. 327);
Heterovitelina: a lei que complementa é de ramo do direito diferente (art. 236, CPB
que prevê impedimentos no casamento, esses descritos pelo códico civil);
norma penal em branco ao avesso (imperfeita, ao revés ou secundariamente remetida):
É o tipo penal que para ter aplicação necessita de complemento em seu preceito
secundário (descrição da pena). Esse complemento pode ser de lei escrita. Por exemplo,
art. 304, CPB, o legislador refere a pena em outro lugar da redação.
aplicação da lei penal no tempo:
Encontra-se, tal temática, no CP, arts. 2, 3 e 4. Se trata do momento em se considerado o
crime como praticado e qual é a lei aplicável em determinado caso concreto em havendo
sucessão de leis penais.
momento do crime:
Considera-se praticado o crime no momento da CONDUTA (ação ou omissão), ainda que o
resultado seja em outro momento (Art. 4, CP), isso baseado na teoria da atividade (ou
ação). Sendo o crime composto de três elementos (típica, anti-jurídica e culpabilidade) é
preciso observa-los para caracterizar o momento da conduta, chamado de princípio da
coincidência oucongruência. Veja o exemplo a seguir:
MARCOS
JOÃO
HOSPITAL
Caso Marcos, com intenção de matar, atire
(CONDUTA) em João, ainda que João morra em
outro momento (RESULTADO) é no momento do
disparo efetuado por Marcos que a presença dos
elementos do crime será analisada. Caso Marcos,
no momento da conduta possuísse idade inferior
a 18 anos não haveria crime de homicídio, mas
sim ato infracional, pois no momento do disparo
não havia o elemento da culpabilidade. A ele será
aplicado o ECA e não o CP.
- Observação: Se tratando de crime permanente, será considerada a idade do seujeito
ativo no momento de cessação da permanência e não no momento de início desta.
Vigora no Brasil o princípio da continuidade das leis no art. 2 da LINDB (Lei de Introdução
às Normas do Direito brasileiro). Logo, caso não haja vigência temporária de uma lei, a lei
terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
Ocorre sucessão de leis penais quando uma nova lei penal entra em vigor revogando a lei
penal antiga, ou seja, quando uma lei é suscedida por outra.
A regra é o tempus regit actum (lei do tempo rege o ato), ou seja, a regra vale somente a
partir da sua entrada em vigor. Havendo exceções para que as leis penais retroajam
(aplica-las antes de sua existência) ou ultra-ajam (aplica-la após sua revogação). Essa
exceção (retroatividade ou ultra-atividade) à regra só pode correr quando for para
beneficiar determinado réu, portanto, a lei penal mais benéfica ao réu é dotada de extra-
atividade (possibilidade de retroagir ou ultra-agir).
- Observações: a nova lei penal que beneficia (novatio legis in mellius) o réu retroagirá
sempre, nada poderá impedir isto. Nem mesmo eventual trânsito em julgado (quando há
sentença definitiva, sem possibilidade de recurso) conforme art. 2, p único, CP. Caso a
nova lei penal descriminalize determinada conduta temos o que se chama de abolitio
criminis e, neste caso, são cessados todos efeitos penais. Contudo os extrapenais,
permanecem (art. 2, caput, CP).
ABOLITIO CRIMINIS x CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA:
Em ambos ocorre a revogação de um tipo penal e o que os diferencia é que no Abolitio
Criminis há a revogação formal (o tipo penal é retirado da lei) e, também, material (a
conduta deixa de ser considerada criminosa pelo legislador). Já na continuidade
normativo-típica a revogação do tipo penal é somente formal, ou seja, a conduta continua
a ser considerada criminosa pelo legislador através de outro tipo penal (chama-se
transmudação geográfico-típica).
sucessão de leis penais:
casos especiais:
- Leis excepcionais e leis temporárias (art. 3, CP): as leis excepcionais (possuem data de
início mas não a de término) e as leis temporárias (que possuem data de início e término
de sua vigência) são exceções ao princípio de continuidade das leis, primeiro, porque elas
são autorrevogáveis, segundo, porque elas são ultra-ativas.
- Sucessão de leis penais em caso de crime continuado ou crime permanente (Súmula
711 do STF): em caso de crimes continuados ou permanentes a lei mais recente deve ser
aplicada, ou seja, enquanto ocorre a duração da permanência do réu.
- Lei intermediária: quando havendo sucessão das leis penais, a lei aplicável ao caso nem
é a lei que vigorava no momento da conduta e nem é a lei que atualmente vigora.
- Sucessão de leis penais em caso de crime continuado ou crime permanente (Súmula
711 do STF): em caso de crimes continuados ou permanentes a lei mais recente deve ser
aplicada, ou seja, enquanto ocorre a duração da permanência do réu.
aplicação da lei penal no espaço:
- Teoria da Ubiquidade (ou mista): diz respeito ao lugar onde é praticado o crime, por
exemplo, havendo aparente possibilidade de aplicação da lei penal de um ou mais países,
a lei de qual país será a aplicada? O art. 6º do CP considera praticado o crime no lugar em
que ocorreu a conduta.
sujeitos e objetos do crime:
FATO TÍPICO
FATO ANTIJURÍDICO
CULPABILIDADE
Para haver crime é necessário que hajam três elementos em determinada conduta:
1.
2.
3.
elementos do crime:
Crimes de dupla subjetividade passiva: são crimes que, necessariamente, possuem
mais de uma vítima ao mesmo tempo (como por exemplo violação de correspondência,
na qual os sujeitos são o destinatário e o remetente).
- Sujeito ativo: é a pessoa que comete o crime, em regra, somente seres humanos maiores
de 18 anos, com excessão de pessoa jurídica que não pode cometer crime (apenas crimes
ambientais, lei 9605/98).
- Sujeito passivo: pode ser classificado em:
MEDIATO, CONSTANTE OU FORMAL: será sempre o Estado.
IMEDIATO, EVENTUAL OU MATERIAL: é o titular do bem jurídico violado.
- Objeto material: é a coisa ou, não havendo coisa, a pessoa, sobre a qual recai a conduta
criminal.
- Objeto (bem) jurídico: todo aquele bem ou interesse que a lei visa proteger quando
incrimina determinada conduta.
DOLO
Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, art. 18, I, CP. Há
adesão do Código Penal a teoria da vontade (dolo direto = agente quis o resultado) e a
teoria do assentimento (dolo eventual = agente assume o risco de produzir o resultado).
Observação: não há volição (escolha) sem precedência de cognição (consciência).
- Dolo direto de 1º grau: o agente, com consciência e vontade, quer causar determinado
resultado e age em busca disso.
FATO TÍPICO:
- Dolo direto de 2º grau: o agente, para causar determinado resultado, possuindo quanto
a ocorrência deste um dolo de 1º grau, escolhe um meio para alcançar este resultado
decorrem outros resultados a título de efeitos colaterais, consequências necessárias.
- Dolo eventual: o agente não quer o causar o resultado, contudo, pratica uma conduta de
risco, percebe (tem previsão) o que ela pode causar e, diante desta previsão, não se
importa com a ocorrência do resultado (assume o risco).
CULPA
Conduta humana voluntária;
Resolução lesivo involuntário;
Violação de um dever objetivo de cuidado (negligência, imprudência ou imperícia);
Nexo de causalidade entre conduta e resultado;
Tipicidade (art. 1, II, p. único, CP);
Previsibilidade;
Quando o agente deu causa ao resultado, não o querendo e não assumindo o risco, por
imprudência, negligência ou imperícia. (art. 18, II, CP).
- Elementos do crime culposo (cumulativos e obrigatórios):
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Negligência: é um comportamento negativo, quando o sujeito deixa de fazero que
deveria, como, desleixo, desatenção e etc.
Imprudência: é um comportamento positivo, quando o sujeito faz o que não deveria,
como, precipitação, afoitez e etc.
Imperícia: é a ausência de qualificação técnica necesária e/ou habilidade para
exercício de arte, profissão, ofício ou atividade.
CULPA
CONSCIENTE:
INCONSCIENTE:
Além da previsibilidade, é necessária previsão;
Neste caso não é necessária previsão;
Previsibilidade: é analisada com realação ao fato, ou seja, se era possível imaginar que
tal fato iria acontecer.
Previsão: é analisada com relação ao agente que praticou o fato, quando se percebe o
que estava para acontecer.
CULPA CONSCIENTE (ex lascívia):
O agente não quer causar o resultado, contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o
que essa conduta de risco pode causar mas acredita, sinceramente, que nada vai
acontecer.
CULPA INCONSCIENTE (in ignorantia):
O agente não quer causar o resultado, contudo, pratica uma conduta de risco e causa o
resultado sem perceber.
CRIME PRETERDOLOSO:
O crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado pelo resultado, no qual o agente
pratica uma conduta anterior dolosa, e desta decorre um resultado posterior culposo. Há
dolo no fato antecedente e culpa no consequente.
CONDUTA
COMISSIVO:
OMISSIVO PRÓPRIO:
Tipo Penal
Incriminador
Ação
Omissão (Agente
garantidor)
Omissão
- CRIME MATERIAIS:
O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este indispensável à
consumação.
- CRIME FORMAIS:
O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este dispensável à
consumação.
- CRIME DE MERA CONDUTA:
O tipo penal contém somente conduta, sem mencionar reaultao naturalístico.
RESULTADO:A. Jurídico: é a violação da norma e, por isso, todo crime o possui.
B. Naturalístico: é o que está previsto no tipo penal, nem todo crime possui. Sendo
classificados em:
NEXO CAUSAL:
é a ligação entre a conduta penalmente relevante e o resultado naturalístico (relação de
causa e efeito), art. 13, caput, do CP.
a. o estudo do nexo causal só existe nos crimes materiais;
b. causa, para a lei, é tudo aquilo, sem restrição, que, caso não existisse, o resultado não
teria ocorrido da forma que ocorreu (teoria da equivalência dos antecedentes causais,
equivalêndia das condições ou "condito sine qua non");
c. a imputação criminal de determinado resultado natural, contudo, somente pode ser
feita àquela pessoa vnculada objetivamente (conduta humana e voluntária causadora do
resultado) e subjeyivamente (dolo ou culpa para com o resultado) à eclosão do referido
resultado, portanto, proibi-se o regressum ad infinitum.
CONCAUSAS:
concurso de eventos que vão em busca de um mesmo resultado, podem acontecer de
maneira preexistente (antes do resultado), concomitante (colaborando para o resultado)
ou superveniente (após a conduta do agente), sendo preexistente ou concomitante o
agente responde pelo crime que quis cometer, na sua forma consumada. nos casos
supervenientes o código penal adota, com exceção já que todo o código penal adota a
teoria dos antecedentes causais já citada, a teoria da causalidade adequada, ou seja,
analisar qual ação ou omissão exata e efetivamente foi a causadora de um dano, nesses
casos existem duas possibilidades:
 Observar se a concausa relativamente independente superveniente por si só não
causou o resultado, sendo assim, responderá por crime tentado;
 O resultado final se deu na mesma linha de desdobramento natural da conduta do
agente, sendo assim, responderá por crime consumado.
1.
2.
TIPICIDADE PENAL:
encaixe de determinada conduta, a qual lesiona bem jurídico ou o expões a perigo de
lesão, de forma significativa, a determinado tipo penal incriminador.
TIPICIDADE
(GÊNERO)
FORMAL
MATERIAL
+
Princípio da insignificância
Princípio da adequação social
- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA:
Incide quando um fato formalmente típico é materialmente atípico porque a lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico é ínfima, irrisória, írrita, insignificante, aplica-se sob duas
condições.
1. Os vetores criados pelo STF estejam, cumulativamente, presentes;
Quatro são os vetores e ausente qualquer um deles não pode haver a aplicação deste
princípio:
I. Mínima ofensividade da conduta do agente;
II. Ausência de periculosidade social da ação;
III. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
IV. Inexpressividade da lesão jurídica causada.
2. Não haja vedação absoluta, sendo ela:
I. vedação absoluta: determinados tipos penais não admitem, de forma alguma, a
aplicação do pricípio da insignificância;
II. vedação relativa: determinados tipos penais admitem, desde que presente os quatro
vetores, a aplicação do pricípio da insignificância;
OBS.: VER TABELA
- PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL:
Incidiria quando um fato formalmente típico é materialmente atípico porque a conduta
praticada é aceita, tolerada pela sociedade.
FATO ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO:
Ocorre quando um fato típico é práticado em contexto de contrariedade ao direito, ou
seja, depende da prévia existência de fato típico, segue-se então uma relação de
indiciariedade, indício de que quando há um fato típico pode haver um fato antijurídico
(teoria da ratio cognoscendi).
- Observação: existe uma outra teoria, denominada de ratio essendi, onde se defende a
ideia de que a prática de um fato típico, por si só, já é a certeza de que também foi
antijurídico.
Art. 23 do Código Penal (enumera, em rol exemplificativo, as causas legais de exclusão da
antijuridicidade, conhecidas como justificantes):
Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - Em estado de necessidade;
II - Em legítima defesa;
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito;
Exceção desses casos no art. 65 do CPP;
ESTADO DE NECESSIDADE:
É o estado daquele que pratica o fato para salvar-se de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício,
nas circunstâncias, não era razoável exigir-se (Art. 24, CP);
Parágrafo 1 - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo;
Parágrafo 2 - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços;
Compreensão inicial: ocorre quando uma pessoa irá sacrificar determinado bem jurídico
com a finalidade de proteção a outro bem jurídico. Nesse caso, tanto o titular do bem
jurídico sacrificado quanto o titular do bem jurídico protegido estão em situação de
licitude, logo, um pode agir em estado de necessidade contra o outro e este outro também
poderá agir em estado de necessidade contra aquele.
Perigo atual: ações humanas ou da natureeza que no exato momento em que a ação
necessitada deve ser realizada para salvar o bem ameaçado, o texto da lei não fala em
perigo eminente;
Não provocação voluntária do perigo: caso o agente tenha provocado dolosamente o
perigo do qual quer se salvar, jamais poderá alegar em seu favor a justificante do estado
de necesidade, caso tenha o perigo tenha sido provocado culposamente (sem intenção)
poderá alegar em seu favor;
Salvamento de direito próprio ou alheio: o agente praticará determinado fato típico para
salvaguardar bem jurídico próprio ou de terceiro;
Inevitabilidade da prática do fato típico: o fato típico praticado pelo agente que buscou
salvar o direito próprio ou de terceiro deverá ter sido absolutamente inevitável; caso
houvesse outra alternativa menos gravosa (commodus discessus) não se poderá cogitar a
presença da justificante do estado de necessidade;
Inexistência de dever legal para enfrentar o perigo: aqueles que têm por lei a obrigação de
enfrentar o perigo não podem, como regra, optar pela saída mais cômoda;
Proporcionalidade entre bem jurídico sacrificado e bem jurídico protegido: adotada teoria
unitária que não permite que o estado de necessidade justifique o fato típico praticado se
o bem jurídico sacrificado tiver menor valor que o bem jurídico protegido;
LEGÍTIMA DEFESA:
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Art. 25, CP);
Agressão: entede-se por agressão qualquer conduta humana direcionada, seja ou não
criminosa, a lesar ou por em perigo um bem juridicamente tutelado;
Agressão injusta: toda aquela, criminosa ou não, que não é autorizada pelo direito;
ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL:
Ocorre quando o agente, seja ou não funcionário público, é obrigado, pela lei, a praticar
determinado fato típico;
EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO:
Ocorre quando o agente tem o direito, embora não tenha o dever, de praticar determinado
fato típico;
Ofendículos: são aparatos visíveis destinados à defesa da propriedade ou de qualquer
outro bem jurídico, por exemplo, lanças ou cacos de vidros afixados em portões e muros;
as telas ou cercas elétricas acompanhadas do respectivo aviso, seu uso é lícito;
Armadilha: são aparatos ocultos que têm a mesma finalidade dos ofendículos, contudo é
ilícito;
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO:
Exclui a ilicitude quando a existência/inexistência do consentimento da vítima não afetar o
juízo de tipicidade;
É um juízo de reprovabilidade que recai sobre o autor de um fato (conduta) típico e
antijurídico;
culpabilidade:
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE (CUMULATIVOS):
Imputabilidade: é a possibilidade de se atribuir a resposanbilidade por algum fato,
chega-se à condição de imputável por exclusão, visto que, o código penal define apenas
os que são iniputáveis;
Causa de exclusão - inimputabilidade por anomalia psiquica (art. 26, CP, chama-se
injustiça penal ao invés de crime, nesse caso), por menoridade (art. 27, CP e art. 228,
CF/88), por embriagez completa acidental (art 28,II, p. 1º, CP);
Potencial consciência sobre a ilicitude do fato: possibilidade do agente conhecer a
antissocialidade, imorilidade da sua conduta de acordo com suas condições educacionais
e culturais;
Causa de exclusão - erro de proibição inevitável (art. 21, CP);
Exigibilidade de conduta diversa: possibilidade de que seja possível, no caso concreto,
exigir de alguém um comportamento conforme o direito;
Causa de exclusão - inexigibilidade de conduta diversa (art. 22, CP) por coação moral
irresistível, obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico;
iter criminis (fases do crime):
 Cogitação (inter corporis, apenas nos casos dolosos);
 Atos preparatórios;
 Atos executórios - é possível que haja execução mas não a consumação do crime,
nesses casos podem existir quatro motivos que levam o crime a não ser consumado:
tentativa, crime impossível, desistência voluntária ou arrependimento eficaz;
 Consumação;
1.
2.
3.
4.
OBS.: Exaurimento (fim do crime) não é fase do crime;
erro:
No Direito Penal, o erro poderá ser de tipo (art. 20) ou de proibição (art. 21). O erro de
tipo pode ser essencial ou acidental e o de proibição pode ser evitavel ou inevitável.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL:
Ocorre quando o agente não quer praticar determinada conduta descrita em tipo penal,
contudo a pratica sem saber que está praticando, não há dolo na conduta;
Escusável: não existe, também, culpa;
Inescusável: o agente responde pelo fato praticado na forma culposa;
ERRO DE TIPO ACIDENTAL:
Ocorre quando o agente quer praticar determinada conduta descrita em tipo penal e a
pratica, sabendo que pratica crime, todavia, erra sobre o desfecho de sua conduta, houve
dolo;
ERRO DE PROIBIÇÃO:
O agente sabe perfeitamente a conduta que pratica contudo, por razões de educação e
cultuta, acredita que sua conduta é permitida quando, na verdade, é proibida, se
inevitável, exclui a culpabilidade; se evitável, reduz a pena;
prescrição:
Limite temporal ao direito de o Estado punir ou executar uma execução penal;
Pretensão punitiva: prazo que o Estado tem para condedar alguém;
Pretensão executória: prazo que o Estado tem para fazer se cumprir a pena, há
sentença condenatória com pena aplicada e já ocorreu trânsito em julgado para
ambas as partes, o cálculo do przo prescricional se dá em cima da pena aplicada na
sentença (pena concreta), nesse caso o prazo se inicia na data a qual a sentença
condenatória transitou em julgado para a acusação;
PRETENSÃO PUNITIVA EM ABSTRATO:
Não há sentença condenatória com pena aplicada ou há, mas a acusação recorreu, o
cálculo do prazo prescricional se dá em cima da pena máxima prevista para o crime (pena
abstrata), nesse caso, o prazo se inicia no dia da consumação do crime;
PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA OU SUPERVENIENTE:
Há sentença condentória com pena aplicada, a acusação não recorreu, mas a defesa
recorreu, o cálculo se dá em cima da pena aplicada na sentença (pena concreta), nesses
casos, o prazo se inicia na data a qual a sentença condenatória transitou em julgado para
a acusação;
COMO CALCULAR O PRAZO PRESCRICIONAL?
1º PASSO: Identifique o tipo de prescrição;
2º PASSO: veja a pena (abstrata ou cncreta, a depender do tipo de prescrição) e conferir a
tabela prevista no art. 109 do CP; 
OBS.: qualquer que seja o prazo prescricional que você encontrar, ele será reduzido pela
metade desde que o agente seja menor de 21 anos na época do fato ou maior de 70 anos;
O PRAZO PRESCRICIONAL PODE SER SUSPENSO OU INTERROMPIDO?
Sim, nas hipoteses previstas em lei, quando suspenso, não se esconsidera o prazo quejá
correu, quando interrompido se desconsidera o prazo que já correu;
QUANDO PRAZO PRESCRICIONAL PODE É SUSPENSO?
QUANDO PRAZO PRESCRICIONAL PODE É INTERROMPIDO?

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