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Direito Penal I

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2-Princípio da intervenção mínima:
O direito penal, quando acionado, pode intervir:
I- Na liberdade do sujeito
II- Nos direitos do sujeito
III- No patrimônio do sujeito
Deve intervir o mínimo possível na vida do sujeito.
Este princípio tem dois aspectos:
I- Necessidade da pena: A pena somente será
aplicada ao sujeito se esta for absolutamente
necessária.
II- Suficiência da pena: Se necessário a
aplicação da pena, esta será aplicada ao sujeito,
entre o mínimo e o máximo previsto na lei, o
suficiente para reprovar e previnir o crime.
Art. 59 CP
Teoria do crime
Princípios penais:
São os fundamentos orientadores da
construção e da aplicação do direito penal.
Pilares do direito Penal: 
1- Missão do direito penal
2- Leis e normas penais
3- Fato penalmente relevante
4- Sujeito do fato.
Bens Jurídicos: São aqueles de
titularidade indeterminada e
quando atingidos, também é
atingido o Estado.
Ex. Vida, saúde, honra, finanças
públicas...
1- Princípios Missão do direito penal
1-Princípio da exclusiva proteção a
bens 
jurídicos: ele se vale da premissa de proteger
os bens da pessoa, o direito penal não pode
defender bens particulares.
Perdão Judicial: Para a
concessão do perdão judicial,
dois aspectos observados:
1- Aspecto Normativo: O crime
deve estar previsto na norma
penal.
Art. 121 § 5 - Homicídio culposo
2- Aspecto Valorativo: O juiz
(Estado) vai valorizar se as
consequências do fato atingiram
o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se
torne desnecessária.
4-Princípio da subsidiariedade: 
A aplicação do direito penal se torna
Subsidiária, ou seja, somente quando as
Outras formas de sancionar o indivíduo
Não forem suficientes.
O direito penal só deve ser utilizado em
Último caso, quando os outros ramos do
Direito se mostrarem ineficazes.
 
3-Princípio da insignificância:
 o direito penal não deve se preocupar
com condutas em que o resultado não é
suficientemente grave a ponto de não
haver necessidade de punir.
Aspectos a serem analisados,
segundo o STF:
P- Periculosidade do sujeito.
R - Reprovabilidade da conduta.
O - Ofensividade da conduta.
L - Lesão jurídica sofrida pelo bem
jurídico atingido
este principio junto c o da
subsidiariedade estão ligados a
intervenção mínima do direito penal
5-Princípio da
fragmentaridedade:
O direito penal só deve se ocupar com
ofensas realmente graves aos bens
jurídicos protegidos
2-Princípios relacionados à Lei penal:
a retroatroatividade é uma característica da Lei posterior ao
fato.
se aplica aos fatos ocorridos antes da vigência da lei penal.
1-Princípio da retroatividade:
A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
Ex. Abolitio criminis: a extinção do crime devido à publicação de
lei que extingue o delito anteriormente previsto no
ordenamento jurídico. 
obs. a retroatividade não açcança os efeitos extra penais da
sentença penal condenatória
 
2-Princípio da ultratividade:
aplica-se a lei revogada(lei velha) aos fatos praticados ao tempo
de sua vigência, desde que seja ela mais benéfica ao réu do que a
lei revogadora. 
A lei mais rígida não pode retroagir, portanto a lei que vai julgar
os fatos praticados durante a sua vigência é a lei que foi
revogada.
Hipóteses:
I - Quando a lei for revogada por uma lei mais rígida
II - No caso de lei excepcional - art. 3 da cp
III- No caso de lei temporária ( mesmo a lei ter sido expirada, o
crime cometido quando a lei estava em vigência, serão julgados
por ela)
 
3-Princípio da taxatividade: 
exige clareza quando da criação de infração penal
porque a norma incriminadora deve ser de fácil
entendimento por todos, ou seja, as condutas
criminosas precisam ser redigidas com clareza pelo
legislador para facilitar o entendimento da população e
não ocorrer intepretações errôneas
4-Princípio da anterioridade:
- A lei penal incriminadora deve ser sempre
Anterior à conduta que deseja incriminar.
- Este princípio está relacionado à lei penal
“novatio legis incriminadora”, ou seja,
Aquela que tem por objetivo incriminar
Um fato.
 
3- Princípios relacionados ao fato penalmente relevante:
1-Princípio da exteriorilzação ou materialização do fato:
Significa que o Estado só pode incriminar condutas humanas
voluntárias, isto é, fatos praticados (Ninguém pode ser punido por seus
pensamentos, desejos, por meras cogitações ou estilo de vida)
2-Princípio da legalidade: 
O fato só terá importância penal se estiver descrito em
lei.
Art. 1º CP- não há crime sem lei anterior
Que o defina. Não há pena sem prévia
Cominação legal. 
 
3-Princípio da ofensividade:
só são passíveis de punição por parte do Estado as
condutas que lesionem ou coloquem em perigo um bem
jurídico penalmente tutelado. não deve criminalizar
condutas que não ofendam bens jurídicos
- Para que se possa determinar se houve dano ou perigo
de dano, é imprescindível que seja identificado o bem
jurídico atacado pela conduta.
 
Se houver qualquer dúvida sobre a verdade real do fato, o
estará protegido pelo princípio "in dúbio pro réu": a dúvida
sempre irá beneficiar o réu
A prova sempre caberá a quem alega
Se o réu não contestar o fato, mas alegar circunstância que
possa ser usada em seu benefício, o ônus da prova dessa
circunstância caberá ao réu.
4-Princípio da verdade real:
estabelece que o julgador sempre deve buscar estar mais
próximo possível das verdades ocorridas no fato, devendo existir
sempre um sentimento de busca pela verdade quando da
aplicação da pena e da apuração dos fatos.
 
4-Princípios relacionados ao sujeito ativo do fato:
1-Princípio da adequação social da conduta:
preconiza que não se pode considerar penalmente relevante uma
conduta tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em uma
descrição típica.
ex. A colocação de brincos e a circuncisão de recém nascidos.
 
2-Princípio da responsabilidade subjetiva:
O sujeito só pode ser responsabilizado penalmente pelo
fato se praticou a conduta com dolo ou culpa.
Se a conduta não for dolosa ou culposa o sujeito pode
ser incriminado
dolo: O agente tem a vontade (intenção) de produzir o
resultado (conduta).
culpa: O agente não tem a vontade (intenção) do
resultado, mas sua conduta (imprudente, degligente e
imperita) contribui para o resultado.
 3-Princípio da igualdade: 
A igualdade do sujeito ativo do fato deve ser
analisada sob dois aspectos:
1 - Igualdade formal: todos são tratados da
mesma maneira e em igualdade, "todos são iguais
perante a lei"
2 - Igualdade material: “O estado deve tratar
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais,
na medida de suas desigualdades.”
O estado deve criar instrumentos que possam
materializar a igualdade entre os sujeitos
ex. Lei maria da penha, estatuto do idoso
4-Principío da não presunção de culpabilidade:
é um princípio jurídico de ordem constituciona art. 5 -
LVIIl, este princípio incumbe ao acusador o ônus de
demonstrar a culpabilidade, devendo o acusado ser
absolvido na hipótese de dúvida.
Isso significa dizer que somente após um processo
concluído (aquele de cuja decisão condenatória não mais
caiba recurso) em que se demonstre a culpabilidade do
réu é que o Estado poderá aplicar uma pena ou sanção ao
indivíduo condenado.
Princípio da culpabilidade:
A culpabilidade é a reprovabilidade da conduta do sujeito que tem a
capacidade de: 
I - Entender o caráter ilícito da conduta.
II - Se comportar de acordo com esse entendimento
Culpabilidade no código penal: art. 29 
fixação da pena: art. 59 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_em_julgado
https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9u
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena
Aula 2 Culpabilidade
Cada sujeito ativo responde pelo crime na medida da sua culpabilidade
Teorias da Culpabilidade:
1- teoria psicológica ou limitada da culpabilidade:
Visualiza as circunstâncias em que a conduta foi
praticada e a situação psicológica do sujeito no momento
da prática da conduta. 
2-Teoria normativa ou extrema da culpabilidade: 
Visualiza a norma atingida pela conduta, sendo aplicada de
forma extrema, independente das circunstâncias
motivadoras da conduta.
Elementos da culpabilidade psicológica:
( na ausência desses elementos se exclui a
culpabilidade )
1- Imputabilidade: Capacidade mental de entender que
está praticando uma infração penal e capacidade de se
comportar de acordo com esse entendimento. Ex.
doente mental, não tem capacidade de entender 
2- Potencial conhecimento da ilicitude: A possibilidade
que tem o agente imputável de compreender a
reprovabilidade da sua conduta
3- Exigibilidade de conduta diversa: Não se atribui
pena a conduta penalmente justificada 
- Não se atribui pena ao sujeito que não podia agir de
outro modo.
 
 Características da Lei Penal: 
1- Imperatividade: A norma penal é imposta a todos,
independente da vontade.
2- Generalidade: Quando a lei entra em vigor, tem vigência
geral (destinada a todos).
3- Impessoalidade: A lei penal defende apenas bens
jurídicos, não pode se referir a pessoas determinadas.
4- Exclusividade: "Não há crime sem Lei anterior que o
defina, não há pena sem prévia cominação Legal."
(somente leis penais podem criminalizar e descriminalizar
condutas no ramo penal)
Lei penal ñ incriminadora Exculpante: Excluem a culpabilidade do sujeito na pratica do crime Ex. Eximentes de Culpabilidade Doença
Mental ou desenvolvimento completo ou retardado, Menoridade, Embriaguez completa por caso fortuito ou força maior/ art. 22 e 20 inciso
1
Classificação da Lei Penal:
1- Lei penal não incriminadora: Todas as normas penais previstas do artigo 1º ao 120 do código penal (parte geral), são normas penais não
incriminadoras.
se subdivide em: 
Lei penal ñ incriminadora Explicativa: São as que esclarecem o conteúdo de outras normas ou fornecem princípios ou teorias gerais para a
aplicação da lei penal Ex. art 1 onde explica como funciona os princípios da legalidade e anterioridade.
( obs.explicativas ñ abrangem os artigos que tratam da exclusão da ilicitude como a legitima defesa...)
Lei penal ñ incriminadora Permissiva: Tornam lícitas determinadas condutas tipificadas em leis incriminadoras. Ex. legítima defesa (Estado de
necessidade)
Possui duas divisões:
1-Permissivas genéricas: referem-se a fatos de natureza geral Ex. art 23
2-Permissivas específicas: Referem-se a fatos específicos Ex. art. 128 Não se pune aborto praticado por médico: em caso de aborto necessário
onde não há outro meio de salvar a vida da gestante e em caso de aborto resultante de gravidez por estupro
2-Norma incriminadora: São as normas penais que se referem ao crime e/ou à pena.
espécies/efeitos:
a)Novatio legis incriminadora: Cria um novo crime que anteriormente não era incriminado. (não retroage)
- Só se refere a fatos futuros, sempre anterior aos fatos.
b) Abolitio criminis: Exclui um crime que antes era criminalizado. (Retroage)
c) Novatio legis in pejus: Deixa a sanção para aquele crime mais grave. (Não retroage)
d) Novatio legis in mellius: Deixa a sanção para aquele crime mais leve. (Retroage)
A lei penal também se classifica em:
Lei penais Completas: Possui todos os elementos necessários
para sua aplicação, sem depender de interpretações.
Lei penais Incompleta: Aquela que para sua aplicação precisa ser
complementada por outra norma.
ex. art. 23 onde se refere que não há crime quando praticado em
legitima defesa, mas não descreve o que seria a legitima defesa, de
forma que precisa do art. 25 que descreve o que seria para sua
complementação. 
 
Esse complemento se dá de duas formas:
 
1 - Complemento Normativo: Lei penal completada por outra
norma
1.1 Complemento normativo Homogêneo: Lei penal
complementada por lei.
Espécies complemento Homogêneo 
Homogêneo Homovitelino: Lei Penal sendo complementada por
Lei Penal
ex. art. 23 onde se refere que não há crime praticado em estado
de necessidade e precisa do art. 24 onde descreve oque seria o
estado de necessidade.
Homogêneo Heterovitelino: Lei Penal sendo complementada
por Lei de outra natureza.
Ex. art. 237 da CP - Contrair casamento, conhecendo a existência
de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: pena de 3
meses a 1 ano/ O CP ñ menciona quais os impedimentos ao
casamento que lhe causa a nulidade absoluta onde irá precisar de
complemento pelo art. 1.521 do CC.
1.2 Complemento normativo Heterogêneo: Lei Penal sendo
complementada por outra espécie de norma.
Ex. Art. 121, § 2º, VII (Homicídio qualificado)
"Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF ..."
O art. 121 descrito acima, não enumera quais são as autoridades
descritas no art. 142 e 144 da CF, em virtude disso precisa ser
complementado pela norma constitucional. 
2 - Complemento Valorativo: A lei penal complementada pela
valoração do Estado.
O juiz(Estado), no momento da análise do fato, deverá valorar as
circunstâncias para a adequação típica da conduta.. 
Anterioridade da Lei
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal.
Lei penal no tempo
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. 
Principio da retroatividade
"Abolitio criminis" exclui do mundo jurídico o fato
penalmente relevante
obs. A abolitio criminis faz cessar apenas os efeitos penais
da sentença condenatória. Não atinge os efeitos extras
penais da mesma sentença condenatória.
 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer
modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado
"Novatio legis in mellus"
Principio da retroatividade: Sempre beneficia o sujeito.
Aplica-se aos fatos cometidos antes da vigência da Lei.
Aula 2 
Rubrica da Lei Penal 
 
a) Rubrica não incriminadora: A que define o conteúdo da
norma
ex. art. 10 
b) Rubrica incriminadora: Se refere as normas penais
incriminadoras, é o nome jurídico do crime 
 
Analogia
É uma espécie de interpretação admitida, quando o
próprio dispositivo legal permite expressamente a sua
aplicação 
Pode ser usada:
a) In bona partem: em benéficio do réu 
e
b) Quando o dispositivo descreve e autoriza o seu uso
ex. Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento
Analise individualiza dos artigos
1º ao 12 CP
Aula 3
Principio da legalidade: relacionado ao fato
 
A "Novatio legis incriminadora" será sempre anterior ao fato
incriminado por ela.
Lei excepcional ou temporária 
 Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora
decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência. 
Lei excepcional: Quando criada para vigorar durante
situações anormais, como guerras, epidemias...
Só tem data de incio da vigência sem data de fim, perdem a
vigência quando deixam de existir a situações anormais para
as quais foi criada
Lei temporária: Há em seu texto data de entrada em vigor e
data para deixar de vigorar.
Princípio da Ultratividade: Aplica-se aos fatos cometidos
durante a vigência da Lei.
Extra-atividade da Lei penal
Retroatividade: Julga fatos ocorridos antes de sua vigência
Ultratividade: Lei penal, sem vigência, julga fatos ocorridos durante sua
vigência.
Teoria "tempus regit actum" A lei que está em vigor julga todos os
fatos
exceções dessa teoria: retroatividade e ultratividade
Tempo do crime
 
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
O tempo do crime é estabelecido pela teoria da atividade onde
determina quando/ momento em que o crime foi praticado.
 Lugar do crime 
 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem comoonde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.
Teoria da atividade: pois considera o momento em que a conduta foi
praticada.
Teoria do resultado: Consumação ou onde deveria consumar-se
O lugar do crime é estabelecido pela Teoria da ubiquidade/mista
tanto o momento da ação ou da omissão quanto o momento do
resultado.(junta a teoria da atividade e resultado)
Crime plurilocal: crime com mais de um local.
 Territorialidade
Lei penal no espaço
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no
território nacional. 
A regra é que se aplica a Lei Penal brasileira aos crimes ocorridos no
território brasileiro o art. 5 não é absoluto.
mas é RELATIVA: Uma convenção acima da Lei, temperada por
regras previstas em convenções, tratados e regras de direito
internacional.
Por conta desta mitigação, é possível aplicação de lei estrangeira a
fato praticado em território brasileiro
(exceção:intraterritorialidade): É a lei estrangeira, aplicada por
um juiz estrangeiro, a um crime cometido no Brasil. Ex: Casos de
imunidade diplomática. Aplica lei estrangeira por um juiz estrangeiro.
 
Regras sobre o território Nacional
Os parágrafos § 1º e § 2º do art. 5 tratam sobre o que é considerado
território brasileiro para fins de aplicação da Lei penal.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
 § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em
vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.
 
LUTA
Regras sobre o território brasileiro 
 
Embarcações e aeronaves privadas brasileiras em alto mar ou
espaço aério internacional: aplica-se o principio da bandeira, que
despõe que quando se estiver em embarcação em águas ou aeronave no
espaço aério internacionais, aplica-se a lei penal conforme a bandeira
dessa embarcação ou seja brasileira.
Embarcações e aeronaves privadas estrangeiras: também aplica-se a
lei brasileira a embarcações e aeronaves privadas estrangeira que estejam
sobrevoando, atracadas ou em pouso em território brasileiro.
Principio da reciprocidade territorial
Embarcações e aeronaves públicas: aplica-se a lei do seu país, onde
quer que estejam.
 
 
Continuação parágrafos art. 5
Extraterritorialidade
Aplicação da lei brasileira aos crimes cometidos fora do Brasil
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
Inciso I - Incondicionadas
 
 I - os crimes: 
 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
 b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
 c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
 d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil; 
Obs - Se o agente cometer os crimes acima, não existem condições, o
agente é punido segundo a lei brasileira ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.ele será punido pela lei brasileira.
 
Inciso II - Condicionadas 
 
 II - os crimes: 
 a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
 b) praticados por brasileiro;
 c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e lá não
sejam julgados (o Brasil irá julgar)
 § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Condições para aplicação da lei brasileira nesses casos: 
1 - Que o réu entre no Brasil
2 - Precisa que o fato seja punível também no país em que foi praticado
3- Que o crime esteja no rol dos crimes que aceitem extradição
4- Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter ai cumprindo
a pena (se foi condenado e ainda não cumpriu a pena, total ou
parcialmente aplica-se a regra do art. 8 da CP.)
5 - Não ter sido o agente perdoado ou já tenha sido extinta a punibilidade
dele ( se já foi extinta a punibilidade, ele não será punido no Brasil)
 
§ 3º - Hipercondicionada (criada pela doutrina)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no
parágrafo anterior( § 2º):
 a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
 b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
 
 
 
 
A pessoa pode ser julgado duas vezes na hipótese da
extraterritorialidade, porém o mesmo não pode ser
punido 2 vezes pois o cumprimento de pena no
estranheiro atenua a imposta no Brasil
Penas idênticas: é quando é o mesmo crime, as penas
foram aplicadas da mesma forma
Penas Diversas: A pena cumprida no estrangeiro deve
atenuar a pena cominada no Brasil.
Pena cumprida no estrangeiro 
 Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.
Princípio do Ne bis in idem: proíbe uma dupla punição.
Ne bis in idem: No que se refere ao cumprimento da pena
esse princípio é absoluto, pois nunca permite o cumprimento
da mesma pena mais de uma vez.
Ne bis in idem: No que se refere ao processo e á
condsenação esse princípio é relativo, pois permite mais de
um processo e mais de uma condenação
ex. 10 anos de Prisão > 30 anos de Prisão sem comparar o
tempo de cada detenção a pena será diminuída.
ex. 10 anos de prisão > 15 mil de multa
 
A homologação da sentença estrangeira é realizada
pelo superior tribunal de justiça.
A homologação da sentença estrangeira para obrigar
o condenado à reparação do dano, a restituições e a
outros efeitos civis,depende da manifestação da
parte interessada.
A homologação da sentença estrangeira para os
outros efeitos, da existência de tratado de extradição
com o país de cuja autoridade judiciária emanou a
sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do
ministro da justiça.
 Eficácia de sentença estrangeira 
 Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da
lei brasileira produz na espécie as mesmas
conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: 
 I - obrigar o condenado à reparação do dano, a
restituições e a outros efeitos civis; 
 II - sujeitá-lo a medida de segurança.
 Parágrafo único - A homologação depende: 
 a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da
parte interessada; 
 b) para os outros efeitos, da existência de tratado de
extradição com o país de cuja autoridade judiciária
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição
do Ministro da Justiça. 
Homologação da sentença estrangeira
 
 
Os prazos penais são improrrogáveis.
Contagem de prazo
 Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo
do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum. 
obs. A contagem inclui o dia do começo. Assim, se o
prazo é de 10 dias, o inicio se dá no mesmo dia e não
no dia seguinte.
Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e
nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de
multa, as frações de cruzeiro
Frações do dia: horas 
ex. não se pode dar uma pena de 1 mês e 6 horas, deve-se desprezar as
horas e dar 1 mês.
Ex. se uma pessoa for presa as 23:00 no dia 15 de janeiro,
esse dia já será computado de cumprimento de pena.
Frações de cruzeiro: centavos
Ou seja em caso de multa o juiz não deve contar os centavos.
ex. multa de 100,33 se despreza os 33 centavos e fica100 reais
Frações não computáveis na pena
Perguntas e respostas:
1.Qual o principio que faz com que o Estado não fuja do alcance da lei?
R: Taxativa
2. 3 espécies de leis penais que são ultrativas? 
R: Excepcional, temporária e qualquer outra lei mais benéfica.
3.Qual o instrumento que tira da lei brasileira a característica da impessoalidade da
lei?
R: Imunidade diplomática.
4. Em regra aplica-se a regra a lei brasileira aplicada no Brasil, porém há exceções?
 R: Regra: territorialidade relativa, Exceção: intraterritorialidade
5. Qual o instrumento que utilizado cometido por quem possui imunidade
diplomática?
R: Intraterritorialidade
6. Discorra acerca da reciprocidade territorial?
O estado pode exercer a lei do seu país onde quer que estejam, assim como outros
países podem exercer a sua lei em outros Países, no caso de embarcações e
aeronaves públicas.
7. Discorra sobre a possibilidade de uma lei brasileira julgar crimes cometidos no
estrangeiro? 
R: Princípio da extraterritorialidade
8 Qual a regra para penas idênticas e diversas?
R: Idênticas: diminui com a do estrangeiro e as diversas se dará pela valoração e se
atenua com a do estrangeiro.
 
Só prevalece a norma especial se for diversa ou houver CONFLITO DE NORMAS
A simples existencia da norma especial não quer dizer que deverá usar o principio da especialidade pois so
se usa quando tem conflito entre as normas.
Se a lei especial estabelecer um crime especifico não será julgado pelo Cp e sim por essa lei especial.
 Legislação especial 
 Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não
dispuser de modo diverso.
o que é Lei especial ? São aqueles crimes ou regras do direito penal que não estão dentro do Código Penal.
Ex. lei de drogas, código de trânsito e etc..
Principio da especialidade: se tem uma norma mais especifica ela vai ser aplicada. Só prevalece a norma especial
se ela dispuser de modo diverso, se houver o conflito, sem o conflito usa a norma geral
Norma especial: é aquela que contém todos os elementos da norma geral e mais elementos especializantes
QUAL A REGRA DO JULGAMENTO DE TODOS OS CRIMES? 
é a utilização do CP, todos os crimes devem está previstos no código penal, exceto: quando há uma norma
especial prevendo aquele fato e esta norma dispõe de norma diversa. Pode ser a mais rígida ou a mais benéfica,
aplica-se a norma especial. Se tiver duas normas especial se aplica a intervenção miníma
 
 
 
Fato Penalmente Relevante
N2
Teoria do Crime 
A análise do fato deve ser feita sob a ótica de 3 aspectos:
1) Aspecto Material: Se o fato atinge um "bem jurídico" ele
se torna um fenômeno penalmente relevante. Este aspecto
ocorre quando se atingi um bem jurídico
2) Aspecto Legal: Está materializado pelo Art. 1 "não há
crime sem lei anterior que o defina...". É o momento em que
a conduta é descrita pela lei penal como penalmente
incriminadora. Nesse momento estabelece-se a Ilicitude
Formal da conduta.
O fato recebe uma rubrica incriminadora que é o seu nome
jurídico 
3) Aspecto Formal ou Analítico: Momento em que são
analisadas as circunstâncias da conduta em que o fato foi
praticado.
Momento em que pode surgir a ilicitude material, o fato se
torna um crime
Cada tipo penal incriminador, se for o caso, terá sua
norma permissiva específica.
Exemplo Prático:
" A matou B"
Análise do aspecto material do fato: O fato atingiu um bem
jurídico? SIM, A VIDA.
Análise do aspecto Legal do fato: O fato está previsto em
uma lei? SIM, Art. 121 - "Matar alguém" - Homicídio 
Análise do aspecto Formal do fato: 
O fato foi praticado sob proteção de uma norma
permissiva: NÃO É CRIME.
O fato foi praticado sem a proteção de uma norma
permissiva: É CRIME.
--------------
Norma permissiva genérica:
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento de dever legal;
IV - exercício regular de direito. 
Norma permissiva especifica:
Não há norma permissiva específica para o homicídio.
A análise formal do fato vai continuar para saber se
estamos diante de um homicídio simples, homicídio
qualificado, homicídio privilegiado, homicídio culposo, se
há circunstância atenuante ou agravante e também se há
causa de aumento ou diminuição de pena.
Tipo Penal Incriminador
É a descrição do fato em uma lei penal.
É a previsão legal da conduta que fundamenta o “jus
puniendi” do estado que seria o poder/dever de
punir do Estado.
Funções do tipo penal incriminador
1) Garantia: A garantia ao individuo é que essa função
limita o poder punitivo do Estado que somente poderá
processar penalmente o sujeito se a conduta praticada
estiver descrita em lei.
2) Fundamentadora: A previsão de uma conduta
criminosa por um tipo penal fundamenta o direito de
punir do Estado quando o indivíduo viola a lei penal.
3) Ilicitude Formal: Todo tipo penal possui ilicitude
formal.
4) Seletiva: O tipo penal incriminador seleciona as
condutas penalmente relevantes.
Estrutura do tipo penal incriminador
Possui apenas um verbo definindo o núcleo da conduta.
Possui vários verbos definindo o núcleo da conduta.
O tipo penal incriminador possui 3 elementos em sua estrutura:
 
a) Elemento Descritivo: É a conduta descrita para a existência do
tipo penal.
A conduta pode ser: 
I - Conduta Mononuclear: Art. 121 - "Matar alguém"
II - ou Conduta Plurinuclear: Art. 122 - “Induzir ou instigar alguém
a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio
material para que o faça.
 
b) Elemento Normativo: É o elemento do tipo que leva a conduta
praticada para determinada norma.
Define o resultado alcançado pela conduta.
Ex. Art. 121: Homicídio
Matar: Elemento descritivo
Alguém: Elemento Normativo
 
c) Elemento Subjetivo: É o dolo ou a culpa. É o ânimo do sujeito
quando da prática da conduta.
A regra é DOLO.
Elemento do tipo penal incriminador - EXEMPLO
Homicídio - "Matar Alguém"
Elemento descritivo(conduta): Matar.
Elemento normativo(resultado): "Alguém" 
Elemento subjetivo: "dolo"
Se o elemento subjetivo não está descrito literalmente no tipo:
"dolo" - regra
-O tipo penal incriminador é abstrato.
-Basta estar definido em lei.
 
Esses tipos penais podem ser dolosos ou culposos.
Elemento subjetivo do tipo penal
Quanto ao elemento subjetivo o tipo penal Incriminador pode
ser:
1 – congruente: Não descrevem literalmente o elemento subjetivo.
- São sempre dolosos, pois obedecem à regra.
Doloso
Art. 121 do cp – homicídio
« matar alguém
2 - incongruente: Descrevem literalmente o elemento subjetivo.
Doloso
Art. 155 do cp – furto
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
- Dolo descrito expressamente no tipo do furto:
“para si ou para outrem”.
Culposos
Art. 18 do cp - parágrafo único:
Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Conclusão
“todo tipo penal culposo é incongruente”.
 
 
 
 
 
Espécies de Tipos Penais Incriminadores
1) Tipo Fundamental ou Básico: É aquela que retrata a
forma mais simples da conduta.
Em regra, está situado no "caput" do artigo.
2) Tipo Penal Derivado: É aquele que tem como base o
tipo fundamental.
Modifica a sua penalização de conformidade com as
circunstâncias da conduta.
Pode se classificar em:
a) Tipo privilegiado: As circunstâncias da conduta beneficiam,
de alguma forma, o sujeito. (art. 121, § 1)
b) Tipo Qualificado: As circunstâncias da conduta tornam o
tipo mais grave do que o fundamental. O tipo qualificado
possui pena própria, maior do que a pena do tipo
fundamental. (art. 121, § 2)
3) Tipo Fechado: É aquele que possui descrição minuciosa
da conduta.
Não precisa de complementação para ser aplicado ao caso
concreto.
ex. art. 121 Homicídio- Matar Alguém
4) Tipo Aberto: É aquele que não define todos os detalhes
da conduta. 
Necessita de complementação normativa ou valorativa.
(norma penal em branco)
5) Tipo Simples: É aquele em que a conduta possui apenas
um núcleo, apenas um verbo definindoa conduta do agente.
São mononucleares.
6) Tipo Misto: É aquele em que a lei descreve vários
núcleos da conduta.
São plurinucleares
O tipo Misto Pode se classificar em:
a) Tipo Misto Alternativo: É aquele que prevê várias condutas
(plurinuclear), porém há uma fungibilidade entre o seus
diversos núcleos, mesmo sendo praticadas todas as
condutas previstas no tipo do delito, não tem majoração de
pena. 
ex. Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a
praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para
que o faça
b) Tipo Misto Cumulativo: É aquele que prevê várias
condutas (plurinuclear), onde não há fungibilidade entre
os núcleos da conduta, com majoração de pena.
ex. Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como
seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo,
suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil
(várias condutas, mas algumas só podem ser praticadas por
mulheres como dar parto alheio)
 
Fato Típico
Aconteceu o que estava definido em lei
 
Elementos do Fato típico: 
- conduta, resultado, nexo causal e tipicidade
1) Conduta: É o comportamento humano, voluntário,
externado por uma ação ou omissão, podendo ser doloso ou
culposo.
Elementos da Conduta:
I) Vontade: A conduta penalmente relevante é sempre
praticada com da vontade.
Não há conduta no ato reflexo, involuntário.
II) Exteriorização: Ninguém pode ser punido pela simples
cogitação, a conduta precisa ser exteriorizada.
Relacionado ao princípio da "materialidade do fato ou da
exteriorização da conduta".
 
 
III) Consciência: A conduta é um comportamento humano, sendo
praticada com consciência por parte do sujeito.
IV) Finalidade: É a finalidade da conduta que define se ela é dolosa ou
culposa.
 
Teorias da conduta
Penalmente relevantes
1) Teoria Causal da Conduta: Só a conduta é causa de crime.
Se o resultado não for causado por uma conduta, estamos diante de
um caso fortuito”
2) Teoria Social da Conduta: A conduta somente será penalmente
relevante se atingir um bem jurídico.
3) Teoria Finalista da Conduta: A finalidade da conduta nos diz se
ela é dolosa ou culposa.
 
 
 
o direito penal não pune a simples cogitação
Momentos da Conduta
1- INTERNO 
2- EXTERNO
1- Momento Interno da Conduta;
Cogitação
a) Idealização: quando o agente tem a ideia de praticar o crime
b) Deliberação: o sujeito pesa os aspectos positivos e negativos na
prática da conduta idealizada
c) Resolução: cuida do instante em que o agente decide,
efetivamente, praticar o delito.
2- Momento Externo da Conduta;
a) Preparação: momento em que o sujeito se prepara para a
execução da conduta cogitada
- o direito penal não pune a simples preparação.
b) Execução: a conduta só está sujeita à aplicação da lei penal a partir
do início da execução.
- a execução da conduta pode resultar em consumação ou tentativa
a execução punível deve possuir duas características:
(1) inequívoca: O estado não pode ter dúvida se houve execução ou
simples preparação.
- No caso de haver essa dúvida o “princípio do in dubio pro reo” deve
ser invocado para proteger o sujeito.
(2) idônea: A conduta praticada deve ter a capacidade de alcançar a
consumação.
Exemplo: comprar um revólver para matar a vítima é apenas a
preparação do crime de homicídio, embora dar tiros na direção do
ofendido signifique atos idôneos para chegar ao núcleo da figura
típica “matar”.
 
Resultado
é a consequência da conduta
- está relacionado ao princípio da ofensividade
Dano: crime consumado
Perigo: de dano: crime
 
Teorias do Resultado
1 – teoria naturalística: é a modificação visível do mundo exterior,
provocada pela conduta
2 – teoria normativa: É a ofensa ao bem jurídico, descrita pela
norma penal
- o bem jurídico não precisa, necessariamente, ser atingido pela
conduta
 
 
Tipicidade
é a perfeita adequação entre o fato e a lei penal
- está relacionada diretamente ao princípio da legalidade
Espécies de tipicidade
1 – tipicidade direta: a tipicidade do fato sem o uso de
normas auxiliares.
ex. art. 121 do cp
Homicídio doloso consumado
(regra)
2 – tipicidade indireta: a tipicidade do fato com o uso de
norma auxiliar.
EX. Art. 121 do cp
C/c art. 14, ii.
(norma auxiliar)
Homicídio tentado
- O crime tentado, em regra, tem tipicidade indireta
 
Nexo Causal
Relação de Causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa Independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a
imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Omissão Imprópria
Relevância da Omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado.
Dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado. 
Está diretamente relacionado ao "Princípio da responsabilidade
pessoal"
Nexo Causal
"Cordão Umbilical"
Que liga a conduta ao resultado
" O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa"
Todas as causas anteriores ao fato possuem a mesma
importância.
(Previsão do art. 13 do cp)
“considera-se causa a ação ou omissão
(conduta) sem a qual o resultado não teria
Ocorrido”.
Exemplo prático
“a” matou “b”, utilizando um revólver 38 que adquiriu no mercado
legal de armamento.
O vendedor da arma não sabia da intenção
Homicida de “a”.
 
 Quais são as causas do homicídio?
Segundo o art. 13 do CP
"“Considera-se causa a conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido”.
 
Causa do Homicídio
1- A fabricação da arma
2 - Venda da arma, legalmente, pelo mercado de armamento.
3- Aquisição da arma por "A", legalmente
4 - O disparo de "A" em "B".
 
(Previsão do art. 13 do cp)
 
Teoria
- causalidade simples.
- equivalência dos atos antecedentes.
- “conditio sine qua non”.
 
Pergunta-se:
Qual é o nexo causal penalmente relevante?
 
Nexo causal punível penalmente
 
“teoria da imputação objetiva”
“Exige a causaldade psíquica (dolo ou culpa) entre a conduta
e o resultado.”
 
QUE CAUSA DESSE HOMICÍDIO POSSUI
“CAUSALIDADE PSÍQUICA” COM O RESULTADO?
Causa desse homicídio
 
1 - a fabricação da arma: Não
2 - venda da arma, legalmente, pelo
Mercado de armamento: Não
3 - aquisição da arma por “a”, legalmente: Não
4 - o disparo de “a” em “b”.: Sim
(Causa desse homicídio)
Segundo a “teoria da imputação objetiva” o disparo de “a”
em “b” é a única causa do homicídio que tem importância
penal.
 
 
 
Pode se configurar em uma conduta ou em um caso fortuito.
Concausa
 
Superveniência de causa Independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui
a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
1- Nova causa, posterior à conduta inicial.
2- Nova causa relativamente independente.
3- Nova causa que "por si só" produz o resultado final.
4- Nova causa, que interrompe o nexo causal entre a conduta inicial
e o resultado final.
 
Conduta
"A" estando ferido por um tiro é colocado em uma ambulância
para receber socorro.
O motorista da ambulância, dirigindo imprudentemente, capota a
ambulância e "A" morre por quebrar o pescoço no acidente.
A conduta do motorista da ambulância, causou a morte de "A"
Caso Fortuito
"A" estando ferido por um tiro é colocado em uma ambulância
para receber socorro.
O motorista dirigindo imprudentemente, capota a ambulância e
"A" é jogado para fora e cai em um ninho de cobras venenosas.
As cobras picam "A" que morre em razão das picadas.
As picadas das cobras causam a morte de "A"
Havendo uma "causalidade adequada" entre a conduta inicial e
o resultado final, não há ocorrência de concausa.
Impossibilidadede Concausa
 
Teoria da Causalidade adequada 
Exclui a possibilidade de concausa, pois estabelece uma adequação
entre a conduta inicial e o resultado final, não sendo o nexo
interrompido por uma nova causa
ex. "A" estando ferido por um tiro é colocado em uma ambulância
para receber socorro.
O motorista, dirigindo imprudentemente, capota a ambulância e
em razão de não chegar ao hospital a tempo, "A" morre por
hemorragia no ferimento do tiro.
 
Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência...
Abandono intelectual: Art. 246 - Deixar , sem justa causa, de
prover à instituição primária de filho em idade escolar
Omissão de notificação de doença: Art. 269 - Deixar, o
médico, de denunciar à autoridade pública doença cuja
notificação é compulsória.
O tipo penal descreve uma ação, mas o sujeito comete o crime
por omissão.
O crime cometido por omissão imprópria, é doutrinariamente
classificado como crime comissivo por omissão.
Devia e podia agir para evitar o resultado.
Omissão
- Omissão própria 
- Omissão imprópria
 
Omissão própria 
A omissão está descrita no tipo penal.
 
Resultado da omissão própria> resultado Normativo
 
Relevância Penal da Omissão Imprópria
Art. 13 - § 2º - a omissão (imprópria) é penalmente relevante quando
o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
Omissão Imprópria
 
 
Dever de Agir
Art. 13 - § 2º - o dever de agir incumbe a quem:
A - tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
B - de outra forma, assumiu a Responsabilidade de impedir o
resultado.
C - Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência
do resultado
 
Resultado da omissão imprópria> Resultado Naturalístico.
Ilicitude
 
Ilicitude Formal
É a ilicitude penal.
- Basta estar tipificada na lei penal para que a conduta possa
ilicitude formal.
Ilicitude Material
É a ilicitude do crime.
- É a inexistência de uma norma permissiva genérica ou específica
para a prática da conduta tipificada.
Crime
 
Elementos do Crime
Duas correntes doutrinárias:
A - Teoria Bipartida:
1- Fato típico
2- Ilicitude Material
B - Teoria Tripartida:
1- Fato típico
2- Ilicitude material
3- Culpável
Nossa posição 
Teoria não permissiva
1- Fato típico 
2- Inexistência de norma permissiva
Teoria que identifica o partícipe: Teoria da
acessoriedade média ou limitada.
Sujeitos do Crime
 
Sujeito Ativo:
1. Autor 
Quem pratica, direta ou indiretamente, a conduta,
descrita no tipo penal incriminador.
Autor imediato: Quem pratica, diretamente, a conduta
descrita no tipo penal incriminador.
Autor mediato: Quem pratica, indiretamente, a conduta
descrita no tipo penal incriminador.
ex. Cachorro treinado para matar alguém. o treinador é o
autor indireto
Classificação do autor:
a) Autor Comum: O tipo penal não exige dele nenhuma
qualidade especial.
crime que pode ser cometido por qualquer um>
homicídio 
b) Autor Qualificado: O tipo penal exige dele uma
qualidade especial.
não pode ser praticado por qualquer um.
Teoria que identifica o autor: Teoria restritiva
2. Partícipe
Sujeito ativo que pratica condutas acessórias, dirigidas ao
resultado.
Ex. Dar/ emprestar arma para pratica de um crime
Pessoa jurídica
Como sujeito ativo de crime
(Constituição federal) 
A pessoa jurídica só pode ser sujeito ativo do crime nessas
hipóteses:
1 - art. 173, § 5º - (crimes contra a ordem
Econômica e financeira)
2 - 225, § 3º - (crimes ambientais)
Constante: É o Estado
Eventual: O titular do direito atacado pela conduta
Sujeito Passivo
Em regra, é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela
conduta típica.
Que pode ser: 
1.
2.
Art. 14: Crime consumado e tentado, Art. 15: Desistência voluntária e arrependimento eficaz, Art. 16: Arrependimento Posterior
Só será possível saber se o crime foi consumado ou tentado,
quando houve a certeza do bem jurídico atacado pela conduta.
Art. 14
Crime Consumado 
Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal;
Crime Tentado
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um
a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 14 - Relacionado ao Princípio da Ofensividade
Dano: Crime Consumado 
Perigo de dano: Crime tentado
Ex 1. Fato: A matou B, (Homicídio), Bem jurídico: vida
Ex. 2 (Lesão corporal seguida de morte art. 129, 3), Bem jurídico:
integridade física.
Ex 3. (Roubo qualificado pelo resultado morte art. 157), Bem
jurídico: patrimônio
Quando possui todos os elementos da descrição legal.
Quando o fato se encaixar perfeitamente na descrição do
tipo penal incriminador.
Quando a conduta causar dano ao bem jurídico.
Quando a conduta percorrer todas as fases do "iter criminis"
A simples cogitação e a simples preparação não são puníveis
em razão da aplicação do "princípio da materialização do fato
ou exteriorização da conduta".
A possibilidade de punição penal só ocorre com o início da
execução da conduta.
Existem crimes que, embora pareçam atos preparatórios de
outros crimes, foram elevados à categoria de crimes
consumados.
Crime Consumado
ITER CRIMINIS
É o caminho percorrido pela conduta dolosa.
em regra: 4 Fases
Fase 1. Cogitação - Não se pune a simples cogitação
Fase 2. Preparação - Não se pune a simples preparação
Fase 3. Execução 
Fase 4. Consumação
Fases que por si só não são puníveis: Cogitação e Preparação
Duas fases puníveis: Execução e Consumação
Ex. Petrechos para falsificação de moeda
 Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou
gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento
ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de
moeda:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
 
 
Lei 13.260 de 16 de março de 2016
Art. 5º - realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito
inequívoco de consumar tal delito:
Pena: correspondente ao delito consumado, diminuída de um qurto
até a metade.
Crime consumado
Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções
correspondentes à ameaça ou à violência.
Há possibilidade de tentativa, de desistência voluntária e de
arrependimento eficaz.
ITER CRIMINIS
Crime Plurissubsistente
Há a possibilidade de início de execução e não consumação.
Execução sem consumação: Punível
Consumação: Punível
Duas fases puníveis.
( sem haver consumação)
Fases que, por si só, não são puníveis 
Cogitação Preparação Execução Consumação
Duas fases puníveis
Não há possibilidade de início de execução e não consumação, pois
o início da execução já consuma o crime.
Há apenas uma fase punível.
Execução e Consumação estão na mesma fase.
Crime Unissubsistente
exceção
3 fases - Apenas uma fase punível
Cogitação Preparação Execução e Consumação
Uma fase punívelFases que, por si só, não são puníveis
Exceção
O início de execução da conduta já consuma o crime , sem possibilidade
de interrupção
Exceção
Ameaça verbal – art. 147 do cp
Extorsão – art. 158 do cp
Corrupçao passiva – art. 317 do cp
Corrupção ativa – art. 333 do cp
Entre outros
Crime Exaurido
(criado pela doutrina)
É aquele em que a conduta visualiza e alcança uma fase
posterior à sua consumação .
A fase do exaurimento não pertence, de fato, ao "iter
criminis"
- Pode ser plurissubsistente ou unissubsistente
- O "iter criminis" do crime exaurido pode ter quatro ou cinco
fases.
- Lembrando que a fase do exaurimento não pertence, de
fato, ao "iter criminis"
 Crime Unissubsistente Exaurido
4 fases
Cogitação Preparação Execuçãoconsumação Exaurimento
Fases que, por si só,
não são puníveis
Fase após a
consumação
Crime Plurissubsistente Exaurido
5 fases
Cogitação Preparação Execução Consumação Exaurimento
Fases que, por si só, não
são puníveis
Fase após a
consumação
Consequências Jurídicas Exaurimento
1- Causa de aumento de pena
Crime consumado
Corrupção passivaArt. 317 - solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
(Exaurimento)
Art. 317 - § 1º - a pena é aumentada de um terço, se, em
consequência da vantagem ou promessa, o funcionário
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
 
2- Circunstâncias qualificadora
Resistência
Art. 329 - opor-se à execução de ato legal, mediante
violência ou ameaça a funcionário competente para executá-
lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
(Exaurimento)
Art. 329 - § 1º - se o ato, em razão da resistência, não se
executa:
Pena - reclusão, de um a três anos. 
 
 
Crime Tentado
 
Art. 14 – diz-se do crime:
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
Requisito do crime tentado
1 – início da execução.
Só a partir do início da execução é possível haver punição penal.
”princípio da materialização do fato ou exteriorização da conduta”
 
 
2 – circunstâncias alheias à vontade do agente impedindo a
consumação.
3 – conduta dolosa.
“não há possibilidade de crime tentado na conduta culposa.”
 
Elemento subjetivo do crime tentado
O dolo de consumação do crime.
Art. 14 – pena da tentativa
Parágrafo único – salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com
a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços.
Regra
“A tentativa é, em regra, causa obrigatória de diminuição de pena”
Exceção
"salvo disposição em contrário"
1 - a tentativa não é punível.
Crime impossível
Art. 17 - não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio
ou por Absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o
crime.
 
2 – a tentativa pode ser punida com a mesma pena do crime consumado.
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 352 - evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido
a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente
à violência.
 
Teorias adotadas para punição da tentativa
 
Teoria Objetiva (Regra):
- Para punição da tentativa
- Tem como foco para a punição, o resultado provocado pela conduta
- Sendo o resultado do crime tentado, menos grave que o resultado do
crime consumado, a pena aplicada ao crime tentado deverá ser menos
grave também.
- Por esta razão aplica-se a regra, ou seja, a diminuição da pena de um a
dois terços.
Teoria Subjetiva (Exceção): 
Tem como foco para a punição do crime tentado, o dolo do sujeito no
momento da prática da conduta.
- O dolo do sujeito é o mesmo, tanto no crime consumado quanto no
crime tentado.
- Assim, aplica-se ao crime tentado a mesma pena do crime consumado,
excepcionalamente.
Tentativa
O que torna tentativa punível é a possibilidade de consumação.
 
Classificação doutrinária da tentativa
1 - Quanto à Execução:
1.1: Imperfeita ou Inacabada: A execução é interrompida por motivos
alheios à vontade do agente.
1.2: Perfeita ou Acabada: A execução não é interrompida.
2 - Quanto á situação da vítima: 
2.1: Branca: A vítima não é atingida.
2.2: Cruenta: A vítima é atingida
3 - Quanto à possibilidade de alcançar a consumação: 
3.1: Idônea: Quando há possibilidade de consumação
3.2: Inidônea: Quando não há possibilidade de consumação.
A tentativa inidônea pode ocorrer por dois aspectos: 
1- Ineficácia absoluta do meio
2- Impropriedade absoluta do objeto
Parâmetro para diminuição da pena de um a dois terços
"Quanto maior a possibilidade de consumação, menor a
diminuição"
Tanto na desistência voluntária quanto no arrependimento eficaz não
pode haver a consumação.
A consumação é impedida por vontade do sujeito, por isso não haverá
crime tentado.
A interferência da vontade do sujeito, evitando a consumação do
crime, ocorre durante a prática dos atos executórios da conduta.
Tem caráter omissivo, pois o sujeito simplesmente deixa de prosseguir
na execução evitando a consumação.
O arrependimento somente será eficaz se evitar a consumação.
Art. 15
Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz
Art. 15 - o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou Impede que o resultado se produza, só responde pelos atos
já praticados.
Desistência Voluntária 
 
Art. 15 - o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ..., só responde pelos atos já praticados.
Desistir voluntariamente
- Significa que a execução foi interrompida voluntariamente pelo sujeito.
- Significa que a desistência voluntária demonstra a vontade do sujeito em
não
Consumar o crime objeto do dolo inicial da conduta.
Requisitos da desistência voluntária
1 - Início da execução dolosa
Só a possibilidade de punição penal com o início da execução
"princípio da materialização do fato ou da exteriorização da conduta"
2 - Interrupção voluntária da execução visando a não consumação
3 - Não Consumação
A desistência tem o objetivo de não consumar a conduta inicial.
 
Arrependimento Eficaz
Art. 15 - o agente que, voluntariamente, impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados.
- A interferência voluntária do sujeito, evitando a consumação, ocorre
após a completa prática dos atos executórios da conduta.
- Tem caráter comissivo, pois o sujeito toma providências para evitar a
consumação.
Requisitos do arrependimento eficaz
1 - Inicio da execução
Sem o inicio da execução não há punição penal.
2 - Não interrupção da execução
A execução é integralmente praticada
3 - Providência para impedir a consumação
As providências para impedir a consumação são tomadas,
voluntariamente pelo sujeito, após a execução da conduta.
4 - Não consumação
As providências para impedir a consumação deverão ser eficazes, ou
sejas, deverão impedir a consumação.
 
 
Voluntariedade e Espontaneidade
 
Voluntariedade:
- Basta o sujeito demonstrar a sua voluntariedade em não consumar o
crime.
- Tanto na desistência voluntária quanto no arrependimento eficaz, o
estado exige apenas a voluntariedade do sujeito em evitar a consumação.
- O Estado não exige espontaneidade do sujeito.
 
 
Espontaneidade
A vontade do sujeito não surge de qualquer influência externa
Arrependimento não eficaz
 
Hipótese
O sujeito desiste de prosseguir na execução ou toma as
providência para que a consumação não ocorra, e mesmo
assim, ocorrer a consumação.
- O sujeito responde pelo crime consumado, mas se ficar
comprovado que ele agiu espontaneidade e a eficiência
Será uma circunstância atenuante da pena.
Art. 65 - são circunstâncias que sempre atenuam a pena:
...
Iii – ter o agente:
...
B) – procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência,
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências,
ou ter, antes do julgamento, reparado o dano.
 
Crimes Culposos
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz não são
compatíveis com crimes culposos pois o início da execução é
sempre doloso.
- Fundamento jurídico da desistência voluntária e do
arrependimento eficaz
“exclusão da tipicidade inicial da conduta”
 
Para que o sujeito tenha direito ao benefício de diminuição
da pena prevista neste artigo, depende de alguns
requisitos..
Art. 16
Arrependimento Posterior
(posterior à consumação)
Art. 16 - nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça
à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços
Requisitos do arrependimento posterior
1 - Crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa:
Percebe-se claramente que o arrependimento posterior não
beneficia qualquer crime, vez que não deve ter sido praticado
com violência ou grave ameaça à pessoa.
2 - Preparação do dano ou restituição da coisa de forma
integral: O dano patrimonial causado à vítima, deve serintegralmente reparado pelo sujeito.
3 - Voluntariedade do agente: O estado exige que o sujeito
demonstre apenas a vontade de ver o dano reparado
integralmente.
4 - Até o recebimento da denúncia ou queixa: O requisito
temporal do benefício exige que as providências sejam
tomadas antes que a petição inicial da ação penal seja
recebida pelo juiz.
 
 
 Privativa do Ministério Público 
Privativa do ofendido ou seu representante legal.
Denúncia: Petição inicial da ação penal pública
Queixa: Petição Inicial da ação penal privada
Obrigatoriedade da concessão do benefício
Uma vez constatados os requisitos do arrependimento posterior a
redução da pena se torna obrigatória.
Parâmtetro para a redução da pena de um a dois terços
Quanto mais rápidas e eficazes forem as providências para minorar o
prejuízo da vítima, maior será a redução da pena.
O arrependimento posterior pressupõe crime consumado.
 
Fundamento jurídico do arrependimento posterior
“causa obrigatória de redução de pena”
 
Artigo 17 a 19
É uma tentativa inidônea, ou seja, jamais terá capacidade de
alcançar a consumação.
O que torna a tentativa punível é a possibilidade de consumação.
Crime Impossível 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se o crime.
Exceção art. 14 - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a
dois terços.
Tentativa quanto à possibilidade de alcançar a consumação:
INIDÔNEA - impossivél
 
Requisitos do crime impossível
(Tentativa Inidônea)
1- Ineficácia absoluta do meio: Absoluta falta de idoneidade ou
capacidade do meio ou dos instrumentos para a consumação do
crime.
2- Absoluta impropriedade do objeto: O objeto jurídico atacado
pela conduta não existe
ex. O sujeito “a” efetua e acerta disparos com uma arma de fogo
eficaz, com a intenção de tirar a vida de “b”.
Objeto jurídico visado pelo sujeito “a”: a vida do sujeito “b”.
Ocorre que “b” já se encontra morto, ou seja, objeto jurídico atacado
pela conduta de “a” não existe.
Fundamento jurídico do crime impossível
(tentativa inidônea)
A não punição da tentativa ocorre pela ausência total de possível
ofensividade ao bem jurídico atacado pela conduta.
 
Artigo 18
Dolo e Culpa
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo;
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia.
Punição do crime culposo: Parágrafo único - Salvo os casos expressos em
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. 
Dolo e Culpa: Relacionados à conduta praticada pelo sujeito ativo do
crime.
- Relacionados ao princípio da responsabilidade subjetiva. - "o sujeito
somente poderá ser punido penalmente se praticar a conduta com dolo
ou culpa"
- Relacionados à teoria finalista da conduta - "a finalidade da conduta é
que define se houve dolo ou culpa"
 
- Relacionado à teoria psicológica da culpabilidade - "a teoria psicológica
da culpabilidade leva em consideração o dolo ou a culpa na prática da
conduta"
Relacionados à fixação da pena ao sujeito ativo do crime, na medida de
sua culpabilidade - "o primeiro elemento que o Estado considera para
fixação da pena é a culpabilidade do sujeito"
 
Fixação da pena
 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade..., estabelecerá, conforme
seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
 
Dolo: Regra
Art. 121 - Matar alguém: crime de homicídio 
Doloso - o dolo não é mencionado na descrição do tipo penal
incriminador.
Culpa: Exceção
Art. 121, § 3º - crime: Homicídio Culposo
Culposo - a culpa deve estar expressamente descrita no tipo penal
incriminador.
Dolo e Culpa: O Estado, ao definir o dolo e a culpa, associou o
resultado da conduta a alguns fatores subjetivos por parte do sujeito.
Dolo
É a vontade livre e consciente dirigida a realizar ou aceitar o
resultado da conduta prevista no tipo penal incriminador.
Vontade livre: a vontade não pode estar viciada por nenhum
elemento externo.
Vontade consciente: o sujeito tem consciência da ilicitude e
mesmo assim pratica a conduta.
 
O Art. 18. inciso I, tipifica duas formas de se praticar o crime
doloso:
1- Quando o agente quis o resultado.
Quando o dolo tem origem na vontade do sujeito produzir o
resultado, a doutrina classifica como: DOLO DIRETO
O dolo direto é definido pela Teoria da Vontade
2- Quando o agente assume o risco de produzir o
resultado.
Embora a vontade não esteja ligada diretamente ao resultado, o
agente atua com indiferença à produção do resultado,
assumindo o risco proibido de produzi-lo. Caracteriza o: DOLO
EVENTUAL
O dolo eventual é definido pela Teoria do Assentimento
Assentir: concordar com o risco
Ocorrendo o resultado, o mesmo será considerado culposo, na
modalidade de culpa consciente.
Ocorrendo o resultado, o mesmo será considerado doloso, na
modalidade de dolo eventual.
O risco assumido pelo agente que culmina com o dolo eventual é o
risco proibido.
Teoria do Risco
"risco de produzir o resultado" 
A "Teoria do Risco" afirma que todas as condutas praticadas são
capazes de produzir um resultado tipificado em lei
A teoria do risco classifica o risco como:
1- Risco Permitido: Ocorre quando o sujeito pratica uma conduta
permitida por lei ou adequada socialmente, mesmo assumindo o risco
de produzir o resultado.
Ex. Em um espetáculo de circo, o atirador de facas, assume claramente
o risco de ferir a pessoa com as facas atiradas.
Uma vez que a conduta do atirador de facas é socialmente adequada,
ocorrendo o resultado este não será considerado doloso, na
modalidade de dolo eventual, mas sim culposo, na modalidade de
culpa consciente.
2- Risco Proibido: O sujeito não quer produzir o resultado.
O sujeito pratica a conduta, prevendo o risco de produção do
resultado, mas é indiferente à produção do resultado.
EX. O sujeito não quer o resultado, mas assume o risco de produzir o
resultado em uma disputa de rua com o seu carro, conhecida como
“racha””.
O “racha” não é uma conduta socialmente adequada, por isso
ocorrendo o resultado o mesmo será considerado doloso, na
modalidade de dolo eventual.
 
 
Resultado culposo é consequência do resultado produzido pela
falta de cuidado.
Culpa
O sujeito pratica uma conduta voluntária, de forma descuidada ou
afoita, sem tomar os cuidados necessários, provocando um resultado
involuntário, o qual era, nas circunstâncias, previsível.
O resultado do crime culposo é sempre involuntário, mas sempre
previsível.
A culpa ocorre quando o agente deu causa ao resultado por:
1- Imprudência.
2- Negligência
3- Imperícia
Condutas culposas:
1- Imprudência - AÇÃO
2- Negligência - OMISSÃO
Obs. A Imperícia não é uma espécie de conduta culposa, é conhecida
como culpa profissional. Sendo necessário que a prática da conduta
seja realizada no âmbito profissional ou de ofício. É a falta de
habilidade técnica para a pratica do ato.
 
Espécies de Culpa
1- Culpa Própria: Quando o agente deu causa ao resultado por:
Imprudência - (ação)
Negligência - (omissão)
Espécies de Culpa Própria:
1.1 - Culpa Consciente: (culpa sem previsão)O agente prevê o
resultado, decidindo prosseguir com sua conduta, acreditando que o
resultado não vai acontecer ou que ele vai poder evitar com sua
habilidade.
1.2 - Culpa Inconsciente: (culpa com previsão) O sujeito pratica a
conduta, sem consciência ou previsão de produção do resultado, mas
o resultado era previsível.
2- Culpa Imprópria: A conduta é dolosa praticada em erro de tipo
essencial evitável, a punição é que tem como fundamento o resultado
culposo, se previsto em lei
A culpa é imprópria pois a conduta é dolosa em erro de tipo essencial
evitável, tipo de erro que exclui o dolo.
 
O parágrafo único do art. 18 revela que todo crime culposo é
uma exceção e para ser punido, deve estar expressamente
descritoem lei
É aquele em que a conduta dolosa produz um resultado mais
grave que o pretendido pelo sujeito.
O sujeito responde por uma pena maior do que aquela
prevista no dolo da sua conduta.
É uma figura híbrida, pois há dolo na conduta antecedente e
culpa no resultado consequente mais grave.
O resultado mais grave deve ser sempre previsível 
Punição do Crime Culposo
Culpa: Exceção
Art. 18 - EXCEÇÃO: SOMENTE SE PUNE A CULPA> os casos
expressos em lei,
REGRA> ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,
senão quando o pratica dolosamente. 
 
 
Artigo 19
Crime Preterdoloso
"peaeter": mais que 
Princípio aplicado ao crime preterdoloso: Princípio da
consunção ou absorção, pois o resultado mais grave absorve o
resultado menos grave
Ex. crime preterdoloso: Lesão corporal seguida de morte
A conduta do sujeito provocou a morte, mas o dolo era de lesão
corporal.
O sujeito vai responder pela lesão, mas a pena atribuída ao crime
é mais grave.
Artigo 20 a 21
No caso a legítima defesa é imaginária, tal erro praticado é o erro de
tipo essencial.
Inevitável (escusável - invencível): 
Exclui dolo e culpa - p. da responsabilidade subjetiva do sujeito
Não há caráter criminoso na conduta
Consequências Jurídica: Isenção de pena 
Evitável (inescusável - vencível) 
Portanto ocorreu um erro de tipo acidental, não isenta o autor da
conduta
espécie de autoria mediata
O sujeito responde penalmente segundo as condições da vítima
pretendida e não da vítima atingida.
p
 
Erro sobre elemento do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui
o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
Principal característica do erro de tipo: O sujeito pratica a conduta
sempre em uma situação imaginária.
Situação imaginária também é chamada de: putativa
 
Espécies do Erro de Tipo:
1- ERRO DE TIPO ESSENCIAL: A situação imaginária é protegida por lei,
o sujeito no momento da pratica da conduta supõe uma situação de fato,
que se existisse tornaria a sua conduta legítima, portanto protegida por
lei.
Ex. O primo do sujeito está entrando na sua casa e fazendo barulho
O sujeito ouve o barulho e imagina ser um ladrão invadindo a sua
residência.
A situação imaginária faz com que o sujeito pratique a conduta de atirar
no invasor.
A circunstâncias em que o sujeito atirou no invasor imaginário é
protegida pela legítima defesa.
Espécies de erro de tipo essencial 
1.
Exclui a culpabilidade do sujeito por se tratar de uma circunstância
"plenamente justificada"
Norma penal "exculpante"
1.
Exclui o dolo da conduta
O erro deriva de culpa, ou seja, falta de cuidado na prática da conduta.
Pune a culpa, se prevista em lei- culpa imprópria
2- ERRO DE TIPO ACIDENTAL: A situação imaginária (putativa) não é
protegida
Ex. "A" recebe a importância de R$ 50.000,00 para matar "B".
"A" sabe que "B" vai à casa de sua mãe todos os dias às 18 horas, usando
um boné azul.
"A" então espera, escondido, "B" se aproximar e defere um tiro fatal
contra "B", matando-o
Quando "A" se aproxima do cadáver para se certificar do serviço feito,
descobre que não matou "B", mas sim "C"
A situação imaginária fez com que "A" atirasse em "C", imaginando que se
tratava de "B".
A circunstância que determinou a conduta de "A" não é protegida.
 
ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO
O erro que o terceiro determina deve ser erro de tipo inevitável
Médico (terceiro determinante do erro)
Enfermeira (erro essencial inevitável)
Paciente (vítima da conduta)
Autor Imediato: pratica diretamente a conduta descrita no tipo;
Autor Mediato: Pratica indiretamente a conduta descrita no tipo;
Erro sobre a pessoa
(error in persona)
 art. 20 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado
não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime. (não isenta de pena)
(mesmo caso do erro de tipo acidental)
o agente pensa que certo procedimento é lícito e legal,
quando, na realidade, não o é.
Conduta plenamente justificável pelas circunstâncias
O direito penal só pune condutas injustificadas.
O agente é punido, mesmo sem ter consciência da
ilicitude do fato.
Basta a conduta atingir a norma penal.
Aplicação excepcional da teoria normativa ou extrema da
culpabilidade.
Erro sobre a Ilicitude do fato ou Erro de Proibição
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro
sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
 Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o
agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do
fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou
atingir essa consciência
Classificação do erro de proibição:
1- Direto: O agente se equivoca quanto ao conteúdo de uma
norma proibitiva, ou porque ignora a existência do tipo
incriminador ou porque não conhece completamente o seu
conteúdo ou porque não entende o seu âmbito de
incidência.
Ex. Holandês, habituado a usar maconha em seu país,
acredita ser possível no Brasil, equivocando-se quanto ao
caráter proibido da conduta.
2- Indireto: O agente sabe que a conduta é típica, mas
imagina presente uma norma permissiva, ora supondo
existir uma causa excludente da ilicitude, ora supondo estar
agindo nos limites da descriminante.
Ex. O agente tem a convicção de que está autorizado a
praticar a conduta.
O erro recai sobre a norma permissiva da qual o agente
pensa que sua conduta é lícita, por estar amparada por
alguma causa de justificação..
Característica principal do erro sobre a ilicitude do
fato ou erro de proibição: O sujeito pratica a conduta na
certeza de estar praticando uma conduta lícita. 
Espécies de erros de proibição
a) Inevitável:
 Art. 21 - O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta
de pena.
b) Evitável: 
Art. 21 - Se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.
Ex. Advogado na blitz
 
 
O erro é na execução da conduta.
Erros na Execução
Os erros na execução não são erros de tipo pois as condutas
não são praticadas em situações imaginárias.
Erros na execução:
1- "Aberratio ictus" - (art. 73): Quando por acidente ou
erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia, atinge pessoa diversa.
Resultado simples - Não exclui dolo, nem culpa e nem isenta
de pena quando o agente atinge pessoa diversa da
pretendida.
Resultado complexo: No caso de atingir a vítima pretendida e
pessoa diversa. aplica-se o art. 73 - onde se aplica a mais
grave das penas cabíveis, quando pratica dois ou mais crimes
idênticos.
PESSOA X PESSOA
2- "Aberratio criminis" - (art. 74): Quando por acidente ou
erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do
pretendido.
 
Continuação aberratio criminis
O agente pretende cometer um crime e, comete outro
A relação é:
COISA x PESSOA
COISA x PESSOA
Por acidente ou erro na execução, provoca lesão em bem
jurídico diverso do pretendido
Ex. Para danificar o veículo do meu desafeto, lanço uma
pedra que, por erro na execução, atinge o motorista do
carro.
Art. 22 ao 25
É a causa de exclusão de culpabilidade, pela inexigibilidade de
conduta diversa.
Norma penal não incriminadora
Coação irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem
 
Coação
Pode ser:
1- Coação Irresistível: Aquela em que o sujeito não consegue resistir 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível só é punível o
autor da coação.
pode ser:
1- Coação Moral Irresistível : ("vis compulsiva") - É o emprego da
grave ameaça para que alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
Na coação moral, a vontade na prática da conduta não é livre, está
viciada pela coação.
Quem sofre a violência é uma terceira pessoa
Exclui a culpabilidade - exculpante, isento de pena
2- Coação Física:(Vis absoluta) - A violência é empregada sobre o
sujeito ativo da conduta
É o emprego da força bruta para que alguém faça ou deixe de fazer
alguma coisa.
Pratica a conduta sem vontade.
Exclui a conduta, isento de pena
 
2 -Coação Resistível: Circunstância atenuante da pena do sujeito
 
Obediência Hieráquica
Circunstância exculpante 
Exclui a culpabilidade do sujeito pela inexibilidade de conduta diversa.
Requisitos da obediência hierárquica:
1- Relação de direito público entre superior e subordinado.
A hierarquia entre superior entre superior e subordinado deve estar
prevista em lei.
2 - Ordem não manifestante ilegal.
A ordem não pode ter sequer aparência de ilegalidade
3 - A ordem deve preencher os requisitos formais.
Todas as ordens emanadas de superior hierárquico precisam obedecer
aos requisitos formais.
4- Competência funcional do superior hierárquico.
Além da hierarquia, o superior deve ter competência funcional para dar
a ordem
5- Estrita obediência à ordem do superior.
O subordinado deve obedecer estritamente à ordem, sob pena de
responder pelo excesso.
Circunstâncial atenuante de pena 
Norma penal não incriminadora permissiva, pq ela permite a
prática de um fato típico
Norma penal não incriminadora permissiva genérica - não se
refere a um fato típico determinado
Norma penal não incriminaodra incompleta - precisa ser
completada por outra norma (norma penal em branco)
Exclusão de ilicitude Material 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
regular de direito. 
 Excesso punível 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses
deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo (se o
agente agir com excesso responde)
Exige complemento normativo, homogêneo homovitelino e
valorativo
A redução de pena depende da razoabilidade da alegação, após
complementação valorativa do Estado. 
 Estado de necessidade
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica
o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
dever legal de enfrentar o perigo e quem provocou
 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
Requisitos para o estado de necessidade:
1- Situação de perigo atual.
Pode ser causada por uma conduta, por comportamento
autônomo de animal ou fenômeno da natureza.
A situação de perigo deve estar acontecendo 
2 - A situação de perigo não tenha sido causada
voluntariamente pelo agente.
O causador da situação de perigo não pode alegar estado de
necessidade.
3- Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo.
Quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar
estado de necessidade.
Classificação doutrinária quanto ao terceiro que sofre a ofensa 
- Estado de necessidade defensivo: Quando o agente, ao agir em
estado de necessidade, sacrifica bem jurídico do próprio causador
do perigo.
- Estado de necessidade agressivo: Quando o bem sacrificado é
de terceiro que não criou ou participou da situação de perigo
 Legítima defesa
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Requisitos da legítima defesa
1- Repelir agressão injusta
agressão: sempre oriunda do ser humano
Injusta: sem qualquer justificativa
2- Agressão injusta atual ou iminente 
atual: agressão acontecendo
iminente: prestes a acontecer 
3- Uso moderado dos meios necessários
A moderação e a necessidade será objeto de complemento
valorativo por parte do Estado.
Requisito comum: Tanto no estado de necessidade quanto
na legítima defesa o sujeito pode agir para defesa de direito
próprio ou de outrem
 
 Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no
caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o
agente de segurança pública que repele agressão ou risco de
agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
(A análise do fato, no caso de o sujeito ser agente de
segurança pública, deixou de ser valorativo para ser normativa)
 
Legítima defesa própria: quando a agressão injusta se voltar contra direito
do agente.
Legítima defesa de terceiro: Quando a agressão injusta ocorrer contra
direito de terceiro.
Legítima defesa real: Quando a agressão injusta efetivamente estiver
presente
Legítima defesa putativa: Que ocorre por erro de tipo essencial (Legítima
defesa putativa)
Legítima defesa defensiva: Quando o agente se limita a defender-se da
injusta agressão, não constituindo, sua reação, fato típico (apenas se
defende)
Legítima defesa ofensiva: Quando o agente, além de defender-se da
injusta agressão, também atacar o bem jurídico de terceiro, constituindo sua
reação fato típico
Legítima defesa subjetiva: O agente, inicialmente em legítima defesa, já
tendo repelido a injusta agressão, supõe, por erro, que a ofensa ainda não
cessou, excedendo-se nos meios necessários. (excesso)
Legítima defesa sucessiva: A repulsa contra o excesso
Classificação Doutrinária da legítima defesa
 
I - Quanto à titularidade do interesse protegido.
O sujeito está agindo em legítima defesa para proteger direito ou alheio.
II - Quanto ao aspecto subjetivo do agente.
III - Quanto à reação do sujeito agredido.
IV - Quanto ao excesso exculpante
Estrito cumprimento do dever legal
Art. 23, inciso III, primeira parte
1- dever advém da lei.
2 -O dever deve ser cumprido estritamente
Exercício regular de direito
Art. 23, inciso III, segunda parte
1- O exercício de um direito 
2- Exercício de forma regular
Causas legais da exclusão de ilicitude material
1- Estado de necessidade
2- Legítima defesa
3- Estrito cumprimento do dever legal
4- Exercício regular de direito
Causas supra ou extra legais de exclusão de ilicitude material
(não estão previstas na lei)
1- Adequação social da conduta
2- Consentimento do ofendido
Requisitos de validade(consentimento): 1 - O bem jurídico que sofre a ofensa
deve ser disponível (a vida n é disponível)
2 - O consentimento do ofendido tem que ser dado antes da lesão do bem jurídico
3- O sujeito deve ter a capacidade de consentir e ter compreensão dos fatos
4- Havendo a incapacidade do indivíduo, poderá seu responsável legal consentir
5 - Consentimento deve ser livre, sem qualquer coação ou imposição
 
Ofendículos: excludente de ilicitude
São instrumentos usados de forma moderada, para defesa da propriedade, como
o arame farpado, ou cacos de vidro em muros.
Art. 26 a 31
 Inimputáveis Real ou material
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
 Redução de pena
 
Sistema biológico: analisa a idade - se é maior de 18 anos
sistema psicológico: capacidade mental
 
A análise dos aspectos mental, temporal e do discernimento é feita
através de exame pericial realizado por equipe multidisciplinar
 Inimputáveis Real ou material
Aspectos a serem analisados para se dar a inimputabilidade
1 - Aspecto mental.
Analisa se o sujeito tem uma doença mental, mental imcompleta ou
retardado
2- Aspecto temporal.
Ao tempo da ação ou omissão (conduta)
3- Aspecto do discernimento.
Saber se o sujeito é inteiramente capaz ou incapacidade absoluta
 
O inimputável está isento de pena, mas pode ser submetido a
uma medida de segurança
Fundamento jurídico 
Isenção de pena
"só se aplica pena ao sujeito capaz"
Absolvição Imprópria
Medida de segurança pode ser aplicada: 
1-Internação:

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