Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2-Princípio da intervenção mínima: O direito penal, quando acionado, pode intervir: I- Na liberdade do sujeito II- Nos direitos do sujeito III- No patrimônio do sujeito Deve intervir o mínimo possível na vida do sujeito. Este princípio tem dois aspectos: I- Necessidade da pena: A pena somente será aplicada ao sujeito se esta for absolutamente necessária. II- Suficiência da pena: Se necessário a aplicação da pena, esta será aplicada ao sujeito, entre o mínimo e o máximo previsto na lei, o suficiente para reprovar e previnir o crime. Art. 59 CP Teoria do crime Princípios penais: São os fundamentos orientadores da construção e da aplicação do direito penal. Pilares do direito Penal: 1- Missão do direito penal 2- Leis e normas penais 3- Fato penalmente relevante 4- Sujeito do fato. Bens Jurídicos: São aqueles de titularidade indeterminada e quando atingidos, também é atingido o Estado. Ex. Vida, saúde, honra, finanças públicas... 1- Princípios Missão do direito penal 1-Princípio da exclusiva proteção a bens jurídicos: ele se vale da premissa de proteger os bens da pessoa, o direito penal não pode defender bens particulares. Perdão Judicial: Para a concessão do perdão judicial, dois aspectos observados: 1- Aspecto Normativo: O crime deve estar previsto na norma penal. Art. 121 § 5 - Homicídio culposo 2- Aspecto Valorativo: O juiz (Estado) vai valorizar se as consequências do fato atingiram o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 4-Princípio da subsidiariedade: A aplicação do direito penal se torna Subsidiária, ou seja, somente quando as Outras formas de sancionar o indivíduo Não forem suficientes. O direito penal só deve ser utilizado em Último caso, quando os outros ramos do Direito se mostrarem ineficazes. 3-Princípio da insignificância: o direito penal não deve se preocupar com condutas em que o resultado não é suficientemente grave a ponto de não haver necessidade de punir. Aspectos a serem analisados, segundo o STF: P- Periculosidade do sujeito. R - Reprovabilidade da conduta. O - Ofensividade da conduta. L - Lesão jurídica sofrida pelo bem jurídico atingido este principio junto c o da subsidiariedade estão ligados a intervenção mínima do direito penal 5-Princípio da fragmentaridedade: O direito penal só deve se ocupar com ofensas realmente graves aos bens jurídicos protegidos 2-Princípios relacionados à Lei penal: a retroatroatividade é uma característica da Lei posterior ao fato. se aplica aos fatos ocorridos antes da vigência da lei penal. 1-Princípio da retroatividade: A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu Ex. Abolitio criminis: a extinção do crime devido à publicação de lei que extingue o delito anteriormente previsto no ordenamento jurídico. obs. a retroatividade não açcança os efeitos extra penais da sentença penal condenatória 2-Princípio da ultratividade: aplica-se a lei revogada(lei velha) aos fatos praticados ao tempo de sua vigência, desde que seja ela mais benéfica ao réu do que a lei revogadora. A lei mais rígida não pode retroagir, portanto a lei que vai julgar os fatos praticados durante a sua vigência é a lei que foi revogada. Hipóteses: I - Quando a lei for revogada por uma lei mais rígida II - No caso de lei excepcional - art. 3 da cp III- No caso de lei temporária ( mesmo a lei ter sido expirada, o crime cometido quando a lei estava em vigência, serão julgados por ela) 3-Princípio da taxatividade: exige clareza quando da criação de infração penal porque a norma incriminadora deve ser de fácil entendimento por todos, ou seja, as condutas criminosas precisam ser redigidas com clareza pelo legislador para facilitar o entendimento da população e não ocorrer intepretações errôneas 4-Princípio da anterioridade: - A lei penal incriminadora deve ser sempre Anterior à conduta que deseja incriminar. - Este princípio está relacionado à lei penal “novatio legis incriminadora”, ou seja, Aquela que tem por objetivo incriminar Um fato. 3- Princípios relacionados ao fato penalmente relevante: 1-Princípio da exteriorilzação ou materialização do fato: Significa que o Estado só pode incriminar condutas humanas voluntárias, isto é, fatos praticados (Ninguém pode ser punido por seus pensamentos, desejos, por meras cogitações ou estilo de vida) 2-Princípio da legalidade: O fato só terá importância penal se estiver descrito em lei. Art. 1º CP- não há crime sem lei anterior Que o defina. Não há pena sem prévia Cominação legal. 3-Princípio da ofensividade: só são passíveis de punição por parte do Estado as condutas que lesionem ou coloquem em perigo um bem jurídico penalmente tutelado. não deve criminalizar condutas que não ofendam bens jurídicos - Para que se possa determinar se houve dano ou perigo de dano, é imprescindível que seja identificado o bem jurídico atacado pela conduta. Se houver qualquer dúvida sobre a verdade real do fato, o estará protegido pelo princípio "in dúbio pro réu": a dúvida sempre irá beneficiar o réu A prova sempre caberá a quem alega Se o réu não contestar o fato, mas alegar circunstância que possa ser usada em seu benefício, o ônus da prova dessa circunstância caberá ao réu. 4-Princípio da verdade real: estabelece que o julgador sempre deve buscar estar mais próximo possível das verdades ocorridas no fato, devendo existir sempre um sentimento de busca pela verdade quando da aplicação da pena e da apuração dos fatos. 4-Princípios relacionados ao sujeito ativo do fato: 1-Princípio da adequação social da conduta: preconiza que não se pode considerar penalmente relevante uma conduta tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em uma descrição típica. ex. A colocação de brincos e a circuncisão de recém nascidos. 2-Princípio da responsabilidade subjetiva: O sujeito só pode ser responsabilizado penalmente pelo fato se praticou a conduta com dolo ou culpa. Se a conduta não for dolosa ou culposa o sujeito pode ser incriminado dolo: O agente tem a vontade (intenção) de produzir o resultado (conduta). culpa: O agente não tem a vontade (intenção) do resultado, mas sua conduta (imprudente, degligente e imperita) contribui para o resultado. 3-Princípio da igualdade: A igualdade do sujeito ativo do fato deve ser analisada sob dois aspectos: 1 - Igualdade formal: todos são tratados da mesma maneira e em igualdade, "todos são iguais perante a lei" 2 - Igualdade material: “O estado deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades.” O estado deve criar instrumentos que possam materializar a igualdade entre os sujeitos ex. Lei maria da penha, estatuto do idoso 4-Principío da não presunção de culpabilidade: é um princípio jurídico de ordem constituciona art. 5 - LVIIl, este princípio incumbe ao acusador o ônus de demonstrar a culpabilidade, devendo o acusado ser absolvido na hipótese de dúvida. Isso significa dizer que somente após um processo concluído (aquele de cuja decisão condenatória não mais caiba recurso) em que se demonstre a culpabilidade do réu é que o Estado poderá aplicar uma pena ou sanção ao indivíduo condenado. Princípio da culpabilidade: A culpabilidade é a reprovabilidade da conduta do sujeito que tem a capacidade de: I - Entender o caráter ilícito da conduta. II - Se comportar de acordo com esse entendimento Culpabilidade no código penal: art. 29 fixação da pena: art. 59 https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_jur%C3%ADdico https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_em_julgado https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9u https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena Aula 2 Culpabilidade Cada sujeito ativo responde pelo crime na medida da sua culpabilidade Teorias da Culpabilidade: 1- teoria psicológica ou limitada da culpabilidade: Visualiza as circunstâncias em que a conduta foi praticada e a situação psicológica do sujeito no momento da prática da conduta. 2-Teoria normativa ou extrema da culpabilidade: Visualiza a norma atingida pela conduta, sendo aplicada de forma extrema, independente das circunstâncias motivadoras da conduta. Elementos da culpabilidade psicológica: ( na ausência desses elementos se exclui a culpabilidade ) 1- Imputabilidade: Capacidade mental de entender que está praticando uma infração penal e capacidade de se comportar de acordo com esse entendimento. Ex. doente mental, não tem capacidade de entender 2- Potencial conhecimento da ilicitude: A possibilidade que tem o agente imputável de compreender a reprovabilidade da sua conduta 3- Exigibilidade de conduta diversa: Não se atribui pena a conduta penalmente justificada - Não se atribui pena ao sujeito que não podia agir de outro modo. Características da Lei Penal: 1- Imperatividade: A norma penal é imposta a todos, independente da vontade. 2- Generalidade: Quando a lei entra em vigor, tem vigência geral (destinada a todos). 3- Impessoalidade: A lei penal defende apenas bens jurídicos, não pode se referir a pessoas determinadas. 4- Exclusividade: "Não há crime sem Lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação Legal." (somente leis penais podem criminalizar e descriminalizar condutas no ramo penal) Lei penal ñ incriminadora Exculpante: Excluem a culpabilidade do sujeito na pratica do crime Ex. Eximentes de Culpabilidade Doença Mental ou desenvolvimento completo ou retardado, Menoridade, Embriaguez completa por caso fortuito ou força maior/ art. 22 e 20 inciso 1 Classificação da Lei Penal: 1- Lei penal não incriminadora: Todas as normas penais previstas do artigo 1º ao 120 do código penal (parte geral), são normas penais não incriminadoras. se subdivide em: Lei penal ñ incriminadora Explicativa: São as que esclarecem o conteúdo de outras normas ou fornecem princípios ou teorias gerais para a aplicação da lei penal Ex. art 1 onde explica como funciona os princípios da legalidade e anterioridade. ( obs.explicativas ñ abrangem os artigos que tratam da exclusão da ilicitude como a legitima defesa...) Lei penal ñ incriminadora Permissiva: Tornam lícitas determinadas condutas tipificadas em leis incriminadoras. Ex. legítima defesa (Estado de necessidade) Possui duas divisões: 1-Permissivas genéricas: referem-se a fatos de natureza geral Ex. art 23 2-Permissivas específicas: Referem-se a fatos específicos Ex. art. 128 Não se pune aborto praticado por médico: em caso de aborto necessário onde não há outro meio de salvar a vida da gestante e em caso de aborto resultante de gravidez por estupro 2-Norma incriminadora: São as normas penais que se referem ao crime e/ou à pena. espécies/efeitos: a)Novatio legis incriminadora: Cria um novo crime que anteriormente não era incriminado. (não retroage) - Só se refere a fatos futuros, sempre anterior aos fatos. b) Abolitio criminis: Exclui um crime que antes era criminalizado. (Retroage) c) Novatio legis in pejus: Deixa a sanção para aquele crime mais grave. (Não retroage) d) Novatio legis in mellius: Deixa a sanção para aquele crime mais leve. (Retroage) A lei penal também se classifica em: Lei penais Completas: Possui todos os elementos necessários para sua aplicação, sem depender de interpretações. Lei penais Incompleta: Aquela que para sua aplicação precisa ser complementada por outra norma. ex. art. 23 onde se refere que não há crime quando praticado em legitima defesa, mas não descreve o que seria a legitima defesa, de forma que precisa do art. 25 que descreve o que seria para sua complementação. Esse complemento se dá de duas formas: 1 - Complemento Normativo: Lei penal completada por outra norma 1.1 Complemento normativo Homogêneo: Lei penal complementada por lei. Espécies complemento Homogêneo Homogêneo Homovitelino: Lei Penal sendo complementada por Lei Penal ex. art. 23 onde se refere que não há crime praticado em estado de necessidade e precisa do art. 24 onde descreve oque seria o estado de necessidade. Homogêneo Heterovitelino: Lei Penal sendo complementada por Lei de outra natureza. Ex. art. 237 da CP - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: pena de 3 meses a 1 ano/ O CP ñ menciona quais os impedimentos ao casamento que lhe causa a nulidade absoluta onde irá precisar de complemento pelo art. 1.521 do CC. 1.2 Complemento normativo Heterogêneo: Lei Penal sendo complementada por outra espécie de norma. Ex. Art. 121, § 2º, VII (Homicídio qualificado) "Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF ..." O art. 121 descrito acima, não enumera quais são as autoridades descritas no art. 142 e 144 da CF, em virtude disso precisa ser complementado pela norma constitucional. 2 - Complemento Valorativo: A lei penal complementada pela valoração do Estado. O juiz(Estado), no momento da análise do fato, deverá valorar as circunstâncias para a adequação típica da conduta.. Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Principio da retroatividade "Abolitio criminis" exclui do mundo jurídico o fato penalmente relevante obs. A abolitio criminis faz cessar apenas os efeitos penais da sentença condenatória. Não atinge os efeitos extras penais da mesma sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado "Novatio legis in mellus" Principio da retroatividade: Sempre beneficia o sujeito. Aplica-se aos fatos cometidos antes da vigência da Lei. Aula 2 Rubrica da Lei Penal a) Rubrica não incriminadora: A que define o conteúdo da norma ex. art. 10 b) Rubrica incriminadora: Se refere as normas penais incriminadoras, é o nome jurídico do crime Analogia É uma espécie de interpretação admitida, quando o próprio dispositivo legal permite expressamente a sua aplicação Pode ser usada: a) In bona partem: em benéficio do réu e b) Quando o dispositivo descreve e autoriza o seu uso ex. Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento Analise individualiza dos artigos 1º ao 12 CP Aula 3 Principio da legalidade: relacionado ao fato A "Novatio legis incriminadora" será sempre anterior ao fato incriminado por ela. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Lei excepcional: Quando criada para vigorar durante situações anormais, como guerras, epidemias... Só tem data de incio da vigência sem data de fim, perdem a vigência quando deixam de existir a situações anormais para as quais foi criada Lei temporária: Há em seu texto data de entrada em vigor e data para deixar de vigorar. Princípio da Ultratividade: Aplica-se aos fatos cometidos durante a vigência da Lei. Extra-atividade da Lei penal Retroatividade: Julga fatos ocorridos antes de sua vigência Ultratividade: Lei penal, sem vigência, julga fatos ocorridos durante sua vigência. Teoria "tempus regit actum" A lei que está em vigor julga todos os fatos exceções dessa teoria: retroatividade e ultratividade Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. O tempo do crime é estabelecido pela teoria da atividade onde determina quando/ momento em que o crime foi praticado. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem comoonde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Teoria da atividade: pois considera o momento em que a conduta foi praticada. Teoria do resultado: Consumação ou onde deveria consumar-se O lugar do crime é estabelecido pela Teoria da ubiquidade/mista tanto o momento da ação ou da omissão quanto o momento do resultado.(junta a teoria da atividade e resultado) Crime plurilocal: crime com mais de um local. Territorialidade Lei penal no espaço Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. A regra é que se aplica a Lei Penal brasileira aos crimes ocorridos no território brasileiro o art. 5 não é absoluto. mas é RELATIVA: Uma convenção acima da Lei, temperada por regras previstas em convenções, tratados e regras de direito internacional. Por conta desta mitigação, é possível aplicação de lei estrangeira a fato praticado em território brasileiro (exceção:intraterritorialidade): É a lei estrangeira, aplicada por um juiz estrangeiro, a um crime cometido no Brasil. Ex: Casos de imunidade diplomática. Aplica lei estrangeira por um juiz estrangeiro. Regras sobre o território Nacional Os parágrafos § 1º e § 2º do art. 5 tratam sobre o que é considerado território brasileiro para fins de aplicação da Lei penal. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. LUTA Regras sobre o território brasileiro Embarcações e aeronaves privadas brasileiras em alto mar ou espaço aério internacional: aplica-se o principio da bandeira, que despõe que quando se estiver em embarcação em águas ou aeronave no espaço aério internacionais, aplica-se a lei penal conforme a bandeira dessa embarcação ou seja brasileira. Embarcações e aeronaves privadas estrangeiras: também aplica-se a lei brasileira a embarcações e aeronaves privadas estrangeira que estejam sobrevoando, atracadas ou em pouso em território brasileiro. Principio da reciprocidade territorial Embarcações e aeronaves públicas: aplica-se a lei do seu país, onde quer que estejam. Continuação parágrafos art. 5 Extraterritorialidade Aplicação da lei brasileira aos crimes cometidos fora do Brasil Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: Inciso I - Incondicionadas I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; Obs - Se o agente cometer os crimes acima, não existem condições, o agente é punido segundo a lei brasileira ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.ele será punido pela lei brasileira. Inciso II - Condicionadas II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e lá não sejam julgados (o Brasil irá julgar) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Condições para aplicação da lei brasileira nesses casos: 1 - Que o réu entre no Brasil 2 - Precisa que o fato seja punível também no país em que foi praticado 3- Que o crime esteja no rol dos crimes que aceitem extradição 4- Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter ai cumprindo a pena (se foi condenado e ainda não cumpriu a pena, total ou parcialmente aplica-se a regra do art. 8 da CP.) 5 - Não ter sido o agente perdoado ou já tenha sido extinta a punibilidade dele ( se já foi extinta a punibilidade, ele não será punido no Brasil) § 3º - Hipercondicionada (criada pela doutrina) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior( § 2º): a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. A pessoa pode ser julgado duas vezes na hipótese da extraterritorialidade, porém o mesmo não pode ser punido 2 vezes pois o cumprimento de pena no estranheiro atenua a imposta no Brasil Penas idênticas: é quando é o mesmo crime, as penas foram aplicadas da mesma forma Penas Diversas: A pena cumprida no estrangeiro deve atenuar a pena cominada no Brasil. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Princípio do Ne bis in idem: proíbe uma dupla punição. Ne bis in idem: No que se refere ao cumprimento da pena esse princípio é absoluto, pois nunca permite o cumprimento da mesma pena mais de uma vez. Ne bis in idem: No que se refere ao processo e á condsenação esse princípio é relativo, pois permite mais de um processo e mais de uma condenação ex. 10 anos de Prisão > 30 anos de Prisão sem comparar o tempo de cada detenção a pena será diminuída. ex. 10 anos de prisão > 15 mil de multa A homologação da sentença estrangeira é realizada pelo superior tribunal de justiça. A homologação da sentença estrangeira para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis,depende da manifestação da parte interessada. A homologação da sentença estrangeira para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do ministro da justiça. Eficácia de sentença estrangeira Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. Homologação da sentença estrangeira Os prazos penais são improrrogáveis. Contagem de prazo Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. obs. A contagem inclui o dia do começo. Assim, se o prazo é de 10 dias, o inicio se dá no mesmo dia e não no dia seguinte. Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro Frações do dia: horas ex. não se pode dar uma pena de 1 mês e 6 horas, deve-se desprezar as horas e dar 1 mês. Ex. se uma pessoa for presa as 23:00 no dia 15 de janeiro, esse dia já será computado de cumprimento de pena. Frações de cruzeiro: centavos Ou seja em caso de multa o juiz não deve contar os centavos. ex. multa de 100,33 se despreza os 33 centavos e fica100 reais Frações não computáveis na pena Perguntas e respostas: 1.Qual o principio que faz com que o Estado não fuja do alcance da lei? R: Taxativa 2. 3 espécies de leis penais que são ultrativas? R: Excepcional, temporária e qualquer outra lei mais benéfica. 3.Qual o instrumento que tira da lei brasileira a característica da impessoalidade da lei? R: Imunidade diplomática. 4. Em regra aplica-se a regra a lei brasileira aplicada no Brasil, porém há exceções? R: Regra: territorialidade relativa, Exceção: intraterritorialidade 5. Qual o instrumento que utilizado cometido por quem possui imunidade diplomática? R: Intraterritorialidade 6. Discorra acerca da reciprocidade territorial? O estado pode exercer a lei do seu país onde quer que estejam, assim como outros países podem exercer a sua lei em outros Países, no caso de embarcações e aeronaves públicas. 7. Discorra sobre a possibilidade de uma lei brasileira julgar crimes cometidos no estrangeiro? R: Princípio da extraterritorialidade 8 Qual a regra para penas idênticas e diversas? R: Idênticas: diminui com a do estrangeiro e as diversas se dará pela valoração e se atenua com a do estrangeiro. Só prevalece a norma especial se for diversa ou houver CONFLITO DE NORMAS A simples existencia da norma especial não quer dizer que deverá usar o principio da especialidade pois so se usa quando tem conflito entre as normas. Se a lei especial estabelecer um crime especifico não será julgado pelo Cp e sim por essa lei especial. Legislação especial Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. o que é Lei especial ? São aqueles crimes ou regras do direito penal que não estão dentro do Código Penal. Ex. lei de drogas, código de trânsito e etc.. Principio da especialidade: se tem uma norma mais especifica ela vai ser aplicada. Só prevalece a norma especial se ela dispuser de modo diverso, se houver o conflito, sem o conflito usa a norma geral Norma especial: é aquela que contém todos os elementos da norma geral e mais elementos especializantes QUAL A REGRA DO JULGAMENTO DE TODOS OS CRIMES? é a utilização do CP, todos os crimes devem está previstos no código penal, exceto: quando há uma norma especial prevendo aquele fato e esta norma dispõe de norma diversa. Pode ser a mais rígida ou a mais benéfica, aplica-se a norma especial. Se tiver duas normas especial se aplica a intervenção miníma Fato Penalmente Relevante N2 Teoria do Crime A análise do fato deve ser feita sob a ótica de 3 aspectos: 1) Aspecto Material: Se o fato atinge um "bem jurídico" ele se torna um fenômeno penalmente relevante. Este aspecto ocorre quando se atingi um bem jurídico 2) Aspecto Legal: Está materializado pelo Art. 1 "não há crime sem lei anterior que o defina...". É o momento em que a conduta é descrita pela lei penal como penalmente incriminadora. Nesse momento estabelece-se a Ilicitude Formal da conduta. O fato recebe uma rubrica incriminadora que é o seu nome jurídico 3) Aspecto Formal ou Analítico: Momento em que são analisadas as circunstâncias da conduta em que o fato foi praticado. Momento em que pode surgir a ilicitude material, o fato se torna um crime Cada tipo penal incriminador, se for o caso, terá sua norma permissiva específica. Exemplo Prático: " A matou B" Análise do aspecto material do fato: O fato atingiu um bem jurídico? SIM, A VIDA. Análise do aspecto Legal do fato: O fato está previsto em uma lei? SIM, Art. 121 - "Matar alguém" - Homicídio Análise do aspecto Formal do fato: O fato foi praticado sob proteção de uma norma permissiva: NÃO É CRIME. O fato foi praticado sem a proteção de uma norma permissiva: É CRIME. -------------- Norma permissiva genérica: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal; IV - exercício regular de direito. Norma permissiva especifica: Não há norma permissiva específica para o homicídio. A análise formal do fato vai continuar para saber se estamos diante de um homicídio simples, homicídio qualificado, homicídio privilegiado, homicídio culposo, se há circunstância atenuante ou agravante e também se há causa de aumento ou diminuição de pena. Tipo Penal Incriminador É a descrição do fato em uma lei penal. É a previsão legal da conduta que fundamenta o “jus puniendi” do estado que seria o poder/dever de punir do Estado. Funções do tipo penal incriminador 1) Garantia: A garantia ao individuo é que essa função limita o poder punitivo do Estado que somente poderá processar penalmente o sujeito se a conduta praticada estiver descrita em lei. 2) Fundamentadora: A previsão de uma conduta criminosa por um tipo penal fundamenta o direito de punir do Estado quando o indivíduo viola a lei penal. 3) Ilicitude Formal: Todo tipo penal possui ilicitude formal. 4) Seletiva: O tipo penal incriminador seleciona as condutas penalmente relevantes. Estrutura do tipo penal incriminador Possui apenas um verbo definindo o núcleo da conduta. Possui vários verbos definindo o núcleo da conduta. O tipo penal incriminador possui 3 elementos em sua estrutura: a) Elemento Descritivo: É a conduta descrita para a existência do tipo penal. A conduta pode ser: I - Conduta Mononuclear: Art. 121 - "Matar alguém" II - ou Conduta Plurinuclear: Art. 122 - “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça. b) Elemento Normativo: É o elemento do tipo que leva a conduta praticada para determinada norma. Define o resultado alcançado pela conduta. Ex. Art. 121: Homicídio Matar: Elemento descritivo Alguém: Elemento Normativo c) Elemento Subjetivo: É o dolo ou a culpa. É o ânimo do sujeito quando da prática da conduta. A regra é DOLO. Elemento do tipo penal incriminador - EXEMPLO Homicídio - "Matar Alguém" Elemento descritivo(conduta): Matar. Elemento normativo(resultado): "Alguém" Elemento subjetivo: "dolo" Se o elemento subjetivo não está descrito literalmente no tipo: "dolo" - regra -O tipo penal incriminador é abstrato. -Basta estar definido em lei. Esses tipos penais podem ser dolosos ou culposos. Elemento subjetivo do tipo penal Quanto ao elemento subjetivo o tipo penal Incriminador pode ser: 1 – congruente: Não descrevem literalmente o elemento subjetivo. - São sempre dolosos, pois obedecem à regra. Doloso Art. 121 do cp – homicídio « matar alguém 2 - incongruente: Descrevem literalmente o elemento subjetivo. Doloso Art. 155 do cp – furto Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. - Dolo descrito expressamente no tipo do furto: “para si ou para outrem”. Culposos Art. 18 do cp - parágrafo único: Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Conclusão “todo tipo penal culposo é incongruente”. Espécies de Tipos Penais Incriminadores 1) Tipo Fundamental ou Básico: É aquela que retrata a forma mais simples da conduta. Em regra, está situado no "caput" do artigo. 2) Tipo Penal Derivado: É aquele que tem como base o tipo fundamental. Modifica a sua penalização de conformidade com as circunstâncias da conduta. Pode se classificar em: a) Tipo privilegiado: As circunstâncias da conduta beneficiam, de alguma forma, o sujeito. (art. 121, § 1) b) Tipo Qualificado: As circunstâncias da conduta tornam o tipo mais grave do que o fundamental. O tipo qualificado possui pena própria, maior do que a pena do tipo fundamental. (art. 121, § 2) 3) Tipo Fechado: É aquele que possui descrição minuciosa da conduta. Não precisa de complementação para ser aplicado ao caso concreto. ex. art. 121 Homicídio- Matar Alguém 4) Tipo Aberto: É aquele que não define todos os detalhes da conduta. Necessita de complementação normativa ou valorativa. (norma penal em branco) 5) Tipo Simples: É aquele em que a conduta possui apenas um núcleo, apenas um verbo definindoa conduta do agente. São mononucleares. 6) Tipo Misto: É aquele em que a lei descreve vários núcleos da conduta. São plurinucleares O tipo Misto Pode se classificar em: a) Tipo Misto Alternativo: É aquele que prevê várias condutas (plurinuclear), porém há uma fungibilidade entre o seus diversos núcleos, mesmo sendo praticadas todas as condutas previstas no tipo do delito, não tem majoração de pena. ex. Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça b) Tipo Misto Cumulativo: É aquele que prevê várias condutas (plurinuclear), onde não há fungibilidade entre os núcleos da conduta, com majoração de pena. ex. Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil (várias condutas, mas algumas só podem ser praticadas por mulheres como dar parto alheio) Fato Típico Aconteceu o que estava definido em lei Elementos do Fato típico: - conduta, resultado, nexo causal e tipicidade 1) Conduta: É o comportamento humano, voluntário, externado por uma ação ou omissão, podendo ser doloso ou culposo. Elementos da Conduta: I) Vontade: A conduta penalmente relevante é sempre praticada com da vontade. Não há conduta no ato reflexo, involuntário. II) Exteriorização: Ninguém pode ser punido pela simples cogitação, a conduta precisa ser exteriorizada. Relacionado ao princípio da "materialidade do fato ou da exteriorização da conduta". III) Consciência: A conduta é um comportamento humano, sendo praticada com consciência por parte do sujeito. IV) Finalidade: É a finalidade da conduta que define se ela é dolosa ou culposa. Teorias da conduta Penalmente relevantes 1) Teoria Causal da Conduta: Só a conduta é causa de crime. Se o resultado não for causado por uma conduta, estamos diante de um caso fortuito” 2) Teoria Social da Conduta: A conduta somente será penalmente relevante se atingir um bem jurídico. 3) Teoria Finalista da Conduta: A finalidade da conduta nos diz se ela é dolosa ou culposa. o direito penal não pune a simples cogitação Momentos da Conduta 1- INTERNO 2- EXTERNO 1- Momento Interno da Conduta; Cogitação a) Idealização: quando o agente tem a ideia de praticar o crime b) Deliberação: o sujeito pesa os aspectos positivos e negativos na prática da conduta idealizada c) Resolução: cuida do instante em que o agente decide, efetivamente, praticar o delito. 2- Momento Externo da Conduta; a) Preparação: momento em que o sujeito se prepara para a execução da conduta cogitada - o direito penal não pune a simples preparação. b) Execução: a conduta só está sujeita à aplicação da lei penal a partir do início da execução. - a execução da conduta pode resultar em consumação ou tentativa a execução punível deve possuir duas características: (1) inequívoca: O estado não pode ter dúvida se houve execução ou simples preparação. - No caso de haver essa dúvida o “princípio do in dubio pro reo” deve ser invocado para proteger o sujeito. (2) idônea: A conduta praticada deve ter a capacidade de alcançar a consumação. Exemplo: comprar um revólver para matar a vítima é apenas a preparação do crime de homicídio, embora dar tiros na direção do ofendido signifique atos idôneos para chegar ao núcleo da figura típica “matar”. Resultado é a consequência da conduta - está relacionado ao princípio da ofensividade Dano: crime consumado Perigo: de dano: crime Teorias do Resultado 1 – teoria naturalística: é a modificação visível do mundo exterior, provocada pela conduta 2 – teoria normativa: É a ofensa ao bem jurídico, descrita pela norma penal - o bem jurídico não precisa, necessariamente, ser atingido pela conduta Tipicidade é a perfeita adequação entre o fato e a lei penal - está relacionada diretamente ao princípio da legalidade Espécies de tipicidade 1 – tipicidade direta: a tipicidade do fato sem o uso de normas auxiliares. ex. art. 121 do cp Homicídio doloso consumado (regra) 2 – tipicidade indireta: a tipicidade do fato com o uso de norma auxiliar. EX. Art. 121 do cp C/c art. 14, ii. (norma auxiliar) Homicídio tentado - O crime tentado, em regra, tem tipicidade indireta Nexo Causal Relação de Causalidade Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa Independente § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Omissão Imprópria Relevância da Omissão § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. Dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Está diretamente relacionado ao "Princípio da responsabilidade pessoal" Nexo Causal "Cordão Umbilical" Que liga a conduta ao resultado " O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa" Todas as causas anteriores ao fato possuem a mesma importância. (Previsão do art. 13 do cp) “considera-se causa a ação ou omissão (conduta) sem a qual o resultado não teria Ocorrido”. Exemplo prático “a” matou “b”, utilizando um revólver 38 que adquiriu no mercado legal de armamento. O vendedor da arma não sabia da intenção Homicida de “a”. Quais são as causas do homicídio? Segundo o art. 13 do CP "“Considera-se causa a conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido”. Causa do Homicídio 1- A fabricação da arma 2 - Venda da arma, legalmente, pelo mercado de armamento. 3- Aquisição da arma por "A", legalmente 4 - O disparo de "A" em "B". (Previsão do art. 13 do cp) Teoria - causalidade simples. - equivalência dos atos antecedentes. - “conditio sine qua non”. Pergunta-se: Qual é o nexo causal penalmente relevante? Nexo causal punível penalmente “teoria da imputação objetiva” “Exige a causaldade psíquica (dolo ou culpa) entre a conduta e o resultado.” QUE CAUSA DESSE HOMICÍDIO POSSUI “CAUSALIDADE PSÍQUICA” COM O RESULTADO? Causa desse homicídio 1 - a fabricação da arma: Não 2 - venda da arma, legalmente, pelo Mercado de armamento: Não 3 - aquisição da arma por “a”, legalmente: Não 4 - o disparo de “a” em “b”.: Sim (Causa desse homicídio) Segundo a “teoria da imputação objetiva” o disparo de “a” em “b” é a única causa do homicídio que tem importância penal. Pode se configurar em uma conduta ou em um caso fortuito. Concausa Superveniência de causa Independente § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 1- Nova causa, posterior à conduta inicial. 2- Nova causa relativamente independente. 3- Nova causa que "por si só" produz o resultado final. 4- Nova causa, que interrompe o nexo causal entre a conduta inicial e o resultado final. Conduta "A" estando ferido por um tiro é colocado em uma ambulância para receber socorro. O motorista da ambulância, dirigindo imprudentemente, capota a ambulância e "A" morre por quebrar o pescoço no acidente. A conduta do motorista da ambulância, causou a morte de "A" Caso Fortuito "A" estando ferido por um tiro é colocado em uma ambulância para receber socorro. O motorista dirigindo imprudentemente, capota a ambulância e "A" é jogado para fora e cai em um ninho de cobras venenosas. As cobras picam "A" que morre em razão das picadas. As picadas das cobras causam a morte de "A" Havendo uma "causalidade adequada" entre a conduta inicial e o resultado final, não há ocorrência de concausa. Impossibilidadede Concausa Teoria da Causalidade adequada Exclui a possibilidade de concausa, pois estabelece uma adequação entre a conduta inicial e o resultado final, não sendo o nexo interrompido por uma nova causa ex. "A" estando ferido por um tiro é colocado em uma ambulância para receber socorro. O motorista, dirigindo imprudentemente, capota a ambulância e em razão de não chegar ao hospital a tempo, "A" morre por hemorragia no ferimento do tiro. Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência... Abandono intelectual: Art. 246 - Deixar , sem justa causa, de prover à instituição primária de filho em idade escolar Omissão de notificação de doença: Art. 269 - Deixar, o médico, de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória. O tipo penal descreve uma ação, mas o sujeito comete o crime por omissão. O crime cometido por omissão imprópria, é doutrinariamente classificado como crime comissivo por omissão. Devia e podia agir para evitar o resultado. Omissão - Omissão própria - Omissão imprópria Omissão própria A omissão está descrita no tipo penal. Resultado da omissão própria> resultado Normativo Relevância Penal da Omissão Imprópria Art. 13 - § 2º - a omissão (imprópria) é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. Omissão Imprópria Dever de Agir Art. 13 - § 2º - o dever de agir incumbe a quem: A - tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. B - de outra forma, assumiu a Responsabilidade de impedir o resultado. C - Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado Resultado da omissão imprópria> Resultado Naturalístico. Ilicitude Ilicitude Formal É a ilicitude penal. - Basta estar tipificada na lei penal para que a conduta possa ilicitude formal. Ilicitude Material É a ilicitude do crime. - É a inexistência de uma norma permissiva genérica ou específica para a prática da conduta tipificada. Crime Elementos do Crime Duas correntes doutrinárias: A - Teoria Bipartida: 1- Fato típico 2- Ilicitude Material B - Teoria Tripartida: 1- Fato típico 2- Ilicitude material 3- Culpável Nossa posição Teoria não permissiva 1- Fato típico 2- Inexistência de norma permissiva Teoria que identifica o partícipe: Teoria da acessoriedade média ou limitada. Sujeitos do Crime Sujeito Ativo: 1. Autor Quem pratica, direta ou indiretamente, a conduta, descrita no tipo penal incriminador. Autor imediato: Quem pratica, diretamente, a conduta descrita no tipo penal incriminador. Autor mediato: Quem pratica, indiretamente, a conduta descrita no tipo penal incriminador. ex. Cachorro treinado para matar alguém. o treinador é o autor indireto Classificação do autor: a) Autor Comum: O tipo penal não exige dele nenhuma qualidade especial. crime que pode ser cometido por qualquer um> homicídio b) Autor Qualificado: O tipo penal exige dele uma qualidade especial. não pode ser praticado por qualquer um. Teoria que identifica o autor: Teoria restritiva 2. Partícipe Sujeito ativo que pratica condutas acessórias, dirigidas ao resultado. Ex. Dar/ emprestar arma para pratica de um crime Pessoa jurídica Como sujeito ativo de crime (Constituição federal) A pessoa jurídica só pode ser sujeito ativo do crime nessas hipóteses: 1 - art. 173, § 5º - (crimes contra a ordem Econômica e financeira) 2 - 225, § 3º - (crimes ambientais) Constante: É o Estado Eventual: O titular do direito atacado pela conduta Sujeito Passivo Em regra, é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta típica. Que pode ser: 1. 2. Art. 14: Crime consumado e tentado, Art. 15: Desistência voluntária e arrependimento eficaz, Art. 16: Arrependimento Posterior Só será possível saber se o crime foi consumado ou tentado, quando houve a certeza do bem jurídico atacado pela conduta. Art. 14 Crime Consumado Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Crime Tentado II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 14 - Relacionado ao Princípio da Ofensividade Dano: Crime Consumado Perigo de dano: Crime tentado Ex 1. Fato: A matou B, (Homicídio), Bem jurídico: vida Ex. 2 (Lesão corporal seguida de morte art. 129, 3), Bem jurídico: integridade física. Ex 3. (Roubo qualificado pelo resultado morte art. 157), Bem jurídico: patrimônio Quando possui todos os elementos da descrição legal. Quando o fato se encaixar perfeitamente na descrição do tipo penal incriminador. Quando a conduta causar dano ao bem jurídico. Quando a conduta percorrer todas as fases do "iter criminis" A simples cogitação e a simples preparação não são puníveis em razão da aplicação do "princípio da materialização do fato ou exteriorização da conduta". A possibilidade de punição penal só ocorre com o início da execução da conduta. Existem crimes que, embora pareçam atos preparatórios de outros crimes, foram elevados à categoria de crimes consumados. Crime Consumado ITER CRIMINIS É o caminho percorrido pela conduta dolosa. em regra: 4 Fases Fase 1. Cogitação - Não se pune a simples cogitação Fase 2. Preparação - Não se pune a simples preparação Fase 3. Execução Fase 4. Consumação Fases que por si só não são puníveis: Cogitação e Preparação Duas fases puníveis: Execução e Consumação Ex. Petrechos para falsificação de moeda Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Lei 13.260 de 16 de março de 2016 Art. 5º - realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito: Pena: correspondente ao delito consumado, diminuída de um qurto até a metade. Crime consumado Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência. Há possibilidade de tentativa, de desistência voluntária e de arrependimento eficaz. ITER CRIMINIS Crime Plurissubsistente Há a possibilidade de início de execução e não consumação. Execução sem consumação: Punível Consumação: Punível Duas fases puníveis. ( sem haver consumação) Fases que, por si só, não são puníveis Cogitação Preparação Execução Consumação Duas fases puníveis Não há possibilidade de início de execução e não consumação, pois o início da execução já consuma o crime. Há apenas uma fase punível. Execução e Consumação estão na mesma fase. Crime Unissubsistente exceção 3 fases - Apenas uma fase punível Cogitação Preparação Execução e Consumação Uma fase punívelFases que, por si só, não são puníveis Exceção O início de execução da conduta já consuma o crime , sem possibilidade de interrupção Exceção Ameaça verbal – art. 147 do cp Extorsão – art. 158 do cp Corrupçao passiva – art. 317 do cp Corrupção ativa – art. 333 do cp Entre outros Crime Exaurido (criado pela doutrina) É aquele em que a conduta visualiza e alcança uma fase posterior à sua consumação . A fase do exaurimento não pertence, de fato, ao "iter criminis" - Pode ser plurissubsistente ou unissubsistente - O "iter criminis" do crime exaurido pode ter quatro ou cinco fases. - Lembrando que a fase do exaurimento não pertence, de fato, ao "iter criminis" Crime Unissubsistente Exaurido 4 fases Cogitação Preparação Execuçãoconsumação Exaurimento Fases que, por si só, não são puníveis Fase após a consumação Crime Plurissubsistente Exaurido 5 fases Cogitação Preparação Execução Consumação Exaurimento Fases que, por si só, não são puníveis Fase após a consumação Consequências Jurídicas Exaurimento 1- Causa de aumento de pena Crime consumado Corrupção passivaArt. 317 - solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Exaurimento) Art. 317 - § 1º - a pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 2- Circunstâncias qualificadora Resistência Art. 329 - opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá- lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos. (Exaurimento) Art. 329 - § 1º - se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de um a três anos. Crime Tentado Art. 14 – diz-se do crime: II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Requisito do crime tentado 1 – início da execução. Só a partir do início da execução é possível haver punição penal. ”princípio da materialização do fato ou exteriorização da conduta” 2 – circunstâncias alheias à vontade do agente impedindo a consumação. 3 – conduta dolosa. “não há possibilidade de crime tentado na conduta culposa.” Elemento subjetivo do crime tentado O dolo de consumação do crime. Art. 14 – pena da tentativa Parágrafo único – salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Regra “A tentativa é, em regra, causa obrigatória de diminuição de pena” Exceção "salvo disposição em contrário" 1 - a tentativa não é punível. Crime impossível Art. 17 - não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por Absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 2 – a tentativa pode ser punida com a mesma pena do crime consumado. Evasão mediante violência contra a pessoa Art. 352 - evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência. Teorias adotadas para punição da tentativa Teoria Objetiva (Regra): - Para punição da tentativa - Tem como foco para a punição, o resultado provocado pela conduta - Sendo o resultado do crime tentado, menos grave que o resultado do crime consumado, a pena aplicada ao crime tentado deverá ser menos grave também. - Por esta razão aplica-se a regra, ou seja, a diminuição da pena de um a dois terços. Teoria Subjetiva (Exceção): Tem como foco para a punição do crime tentado, o dolo do sujeito no momento da prática da conduta. - O dolo do sujeito é o mesmo, tanto no crime consumado quanto no crime tentado. - Assim, aplica-se ao crime tentado a mesma pena do crime consumado, excepcionalamente. Tentativa O que torna tentativa punível é a possibilidade de consumação. Classificação doutrinária da tentativa 1 - Quanto à Execução: 1.1: Imperfeita ou Inacabada: A execução é interrompida por motivos alheios à vontade do agente. 1.2: Perfeita ou Acabada: A execução não é interrompida. 2 - Quanto á situação da vítima: 2.1: Branca: A vítima não é atingida. 2.2: Cruenta: A vítima é atingida 3 - Quanto à possibilidade de alcançar a consumação: 3.1: Idônea: Quando há possibilidade de consumação 3.2: Inidônea: Quando não há possibilidade de consumação. A tentativa inidônea pode ocorrer por dois aspectos: 1- Ineficácia absoluta do meio 2- Impropriedade absoluta do objeto Parâmetro para diminuição da pena de um a dois terços "Quanto maior a possibilidade de consumação, menor a diminuição" Tanto na desistência voluntária quanto no arrependimento eficaz não pode haver a consumação. A consumação é impedida por vontade do sujeito, por isso não haverá crime tentado. A interferência da vontade do sujeito, evitando a consumação do crime, ocorre durante a prática dos atos executórios da conduta. Tem caráter omissivo, pois o sujeito simplesmente deixa de prosseguir na execução evitando a consumação. O arrependimento somente será eficaz se evitar a consumação. Art. 15 Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz Art. 15 - o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou Impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Desistência Voluntária Art. 15 - o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ..., só responde pelos atos já praticados. Desistir voluntariamente - Significa que a execução foi interrompida voluntariamente pelo sujeito. - Significa que a desistência voluntária demonstra a vontade do sujeito em não Consumar o crime objeto do dolo inicial da conduta. Requisitos da desistência voluntária 1 - Início da execução dolosa Só a possibilidade de punição penal com o início da execução "princípio da materialização do fato ou da exteriorização da conduta" 2 - Interrupção voluntária da execução visando a não consumação 3 - Não Consumação A desistência tem o objetivo de não consumar a conduta inicial. Arrependimento Eficaz Art. 15 - o agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. - A interferência voluntária do sujeito, evitando a consumação, ocorre após a completa prática dos atos executórios da conduta. - Tem caráter comissivo, pois o sujeito toma providências para evitar a consumação. Requisitos do arrependimento eficaz 1 - Inicio da execução Sem o inicio da execução não há punição penal. 2 - Não interrupção da execução A execução é integralmente praticada 3 - Providência para impedir a consumação As providências para impedir a consumação são tomadas, voluntariamente pelo sujeito, após a execução da conduta. 4 - Não consumação As providências para impedir a consumação deverão ser eficazes, ou sejas, deverão impedir a consumação. Voluntariedade e Espontaneidade Voluntariedade: - Basta o sujeito demonstrar a sua voluntariedade em não consumar o crime. - Tanto na desistência voluntária quanto no arrependimento eficaz, o estado exige apenas a voluntariedade do sujeito em evitar a consumação. - O Estado não exige espontaneidade do sujeito. Espontaneidade A vontade do sujeito não surge de qualquer influência externa Arrependimento não eficaz Hipótese O sujeito desiste de prosseguir na execução ou toma as providência para que a consumação não ocorra, e mesmo assim, ocorrer a consumação. - O sujeito responde pelo crime consumado, mas se ficar comprovado que ele agiu espontaneidade e a eficiência Será uma circunstância atenuante da pena. Art. 65 - são circunstâncias que sempre atenuam a pena: ... Iii – ter o agente: ... B) – procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano. Crimes Culposos A desistência voluntária e o arrependimento eficaz não são compatíveis com crimes culposos pois o início da execução é sempre doloso. - Fundamento jurídico da desistência voluntária e do arrependimento eficaz “exclusão da tipicidade inicial da conduta” Para que o sujeito tenha direito ao benefício de diminuição da pena prevista neste artigo, depende de alguns requisitos.. Art. 16 Arrependimento Posterior (posterior à consumação) Art. 16 - nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços Requisitos do arrependimento posterior 1 - Crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa: Percebe-se claramente que o arrependimento posterior não beneficia qualquer crime, vez que não deve ter sido praticado com violência ou grave ameaça à pessoa. 2 - Preparação do dano ou restituição da coisa de forma integral: O dano patrimonial causado à vítima, deve serintegralmente reparado pelo sujeito. 3 - Voluntariedade do agente: O estado exige que o sujeito demonstre apenas a vontade de ver o dano reparado integralmente. 4 - Até o recebimento da denúncia ou queixa: O requisito temporal do benefício exige que as providências sejam tomadas antes que a petição inicial da ação penal seja recebida pelo juiz. Privativa do Ministério Público Privativa do ofendido ou seu representante legal. Denúncia: Petição inicial da ação penal pública Queixa: Petição Inicial da ação penal privada Obrigatoriedade da concessão do benefício Uma vez constatados os requisitos do arrependimento posterior a redução da pena se torna obrigatória. Parâmtetro para a redução da pena de um a dois terços Quanto mais rápidas e eficazes forem as providências para minorar o prejuízo da vítima, maior será a redução da pena. O arrependimento posterior pressupõe crime consumado. Fundamento jurídico do arrependimento posterior “causa obrigatória de redução de pena” Artigo 17 a 19 É uma tentativa inidônea, ou seja, jamais terá capacidade de alcançar a consumação. O que torna a tentativa punível é a possibilidade de consumação. Crime Impossível Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. Exceção art. 14 - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Tentativa quanto à possibilidade de alcançar a consumação: INIDÔNEA - impossivél Requisitos do crime impossível (Tentativa Inidônea) 1- Ineficácia absoluta do meio: Absoluta falta de idoneidade ou capacidade do meio ou dos instrumentos para a consumação do crime. 2- Absoluta impropriedade do objeto: O objeto jurídico atacado pela conduta não existe ex. O sujeito “a” efetua e acerta disparos com uma arma de fogo eficaz, com a intenção de tirar a vida de “b”. Objeto jurídico visado pelo sujeito “a”: a vida do sujeito “b”. Ocorre que “b” já se encontra morto, ou seja, objeto jurídico atacado pela conduta de “a” não existe. Fundamento jurídico do crime impossível (tentativa inidônea) A não punição da tentativa ocorre pela ausência total de possível ofensividade ao bem jurídico atacado pela conduta. Artigo 18 Dolo e Culpa Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; Art. 18 - Diz-se o crime: II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Punição do crime culposo: Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Dolo e Culpa: Relacionados à conduta praticada pelo sujeito ativo do crime. - Relacionados ao princípio da responsabilidade subjetiva. - "o sujeito somente poderá ser punido penalmente se praticar a conduta com dolo ou culpa" - Relacionados à teoria finalista da conduta - "a finalidade da conduta é que define se houve dolo ou culpa" - Relacionado à teoria psicológica da culpabilidade - "a teoria psicológica da culpabilidade leva em consideração o dolo ou a culpa na prática da conduta" Relacionados à fixação da pena ao sujeito ativo do crime, na medida de sua culpabilidade - "o primeiro elemento que o Estado considera para fixação da pena é a culpabilidade do sujeito" Fixação da pena Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade..., estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: Dolo: Regra Art. 121 - Matar alguém: crime de homicídio Doloso - o dolo não é mencionado na descrição do tipo penal incriminador. Culpa: Exceção Art. 121, § 3º - crime: Homicídio Culposo Culposo - a culpa deve estar expressamente descrita no tipo penal incriminador. Dolo e Culpa: O Estado, ao definir o dolo e a culpa, associou o resultado da conduta a alguns fatores subjetivos por parte do sujeito. Dolo É a vontade livre e consciente dirigida a realizar ou aceitar o resultado da conduta prevista no tipo penal incriminador. Vontade livre: a vontade não pode estar viciada por nenhum elemento externo. Vontade consciente: o sujeito tem consciência da ilicitude e mesmo assim pratica a conduta. O Art. 18. inciso I, tipifica duas formas de se praticar o crime doloso: 1- Quando o agente quis o resultado. Quando o dolo tem origem na vontade do sujeito produzir o resultado, a doutrina classifica como: DOLO DIRETO O dolo direto é definido pela Teoria da Vontade 2- Quando o agente assume o risco de produzir o resultado. Embora a vontade não esteja ligada diretamente ao resultado, o agente atua com indiferença à produção do resultado, assumindo o risco proibido de produzi-lo. Caracteriza o: DOLO EVENTUAL O dolo eventual é definido pela Teoria do Assentimento Assentir: concordar com o risco Ocorrendo o resultado, o mesmo será considerado culposo, na modalidade de culpa consciente. Ocorrendo o resultado, o mesmo será considerado doloso, na modalidade de dolo eventual. O risco assumido pelo agente que culmina com o dolo eventual é o risco proibido. Teoria do Risco "risco de produzir o resultado" A "Teoria do Risco" afirma que todas as condutas praticadas são capazes de produzir um resultado tipificado em lei A teoria do risco classifica o risco como: 1- Risco Permitido: Ocorre quando o sujeito pratica uma conduta permitida por lei ou adequada socialmente, mesmo assumindo o risco de produzir o resultado. Ex. Em um espetáculo de circo, o atirador de facas, assume claramente o risco de ferir a pessoa com as facas atiradas. Uma vez que a conduta do atirador de facas é socialmente adequada, ocorrendo o resultado este não será considerado doloso, na modalidade de dolo eventual, mas sim culposo, na modalidade de culpa consciente. 2- Risco Proibido: O sujeito não quer produzir o resultado. O sujeito pratica a conduta, prevendo o risco de produção do resultado, mas é indiferente à produção do resultado. EX. O sujeito não quer o resultado, mas assume o risco de produzir o resultado em uma disputa de rua com o seu carro, conhecida como “racha””. O “racha” não é uma conduta socialmente adequada, por isso ocorrendo o resultado o mesmo será considerado doloso, na modalidade de dolo eventual. Resultado culposo é consequência do resultado produzido pela falta de cuidado. Culpa O sujeito pratica uma conduta voluntária, de forma descuidada ou afoita, sem tomar os cuidados necessários, provocando um resultado involuntário, o qual era, nas circunstâncias, previsível. O resultado do crime culposo é sempre involuntário, mas sempre previsível. A culpa ocorre quando o agente deu causa ao resultado por: 1- Imprudência. 2- Negligência 3- Imperícia Condutas culposas: 1- Imprudência - AÇÃO 2- Negligência - OMISSÃO Obs. A Imperícia não é uma espécie de conduta culposa, é conhecida como culpa profissional. Sendo necessário que a prática da conduta seja realizada no âmbito profissional ou de ofício. É a falta de habilidade técnica para a pratica do ato. Espécies de Culpa 1- Culpa Própria: Quando o agente deu causa ao resultado por: Imprudência - (ação) Negligência - (omissão) Espécies de Culpa Própria: 1.1 - Culpa Consciente: (culpa sem previsão)O agente prevê o resultado, decidindo prosseguir com sua conduta, acreditando que o resultado não vai acontecer ou que ele vai poder evitar com sua habilidade. 1.2 - Culpa Inconsciente: (culpa com previsão) O sujeito pratica a conduta, sem consciência ou previsão de produção do resultado, mas o resultado era previsível. 2- Culpa Imprópria: A conduta é dolosa praticada em erro de tipo essencial evitável, a punição é que tem como fundamento o resultado culposo, se previsto em lei A culpa é imprópria pois a conduta é dolosa em erro de tipo essencial evitável, tipo de erro que exclui o dolo. O parágrafo único do art. 18 revela que todo crime culposo é uma exceção e para ser punido, deve estar expressamente descritoem lei É aquele em que a conduta dolosa produz um resultado mais grave que o pretendido pelo sujeito. O sujeito responde por uma pena maior do que aquela prevista no dolo da sua conduta. É uma figura híbrida, pois há dolo na conduta antecedente e culpa no resultado consequente mais grave. O resultado mais grave deve ser sempre previsível Punição do Crime Culposo Culpa: Exceção Art. 18 - EXCEÇÃO: SOMENTE SE PUNE A CULPA> os casos expressos em lei, REGRA> ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Artigo 19 Crime Preterdoloso "peaeter": mais que Princípio aplicado ao crime preterdoloso: Princípio da consunção ou absorção, pois o resultado mais grave absorve o resultado menos grave Ex. crime preterdoloso: Lesão corporal seguida de morte A conduta do sujeito provocou a morte, mas o dolo era de lesão corporal. O sujeito vai responder pela lesão, mas a pena atribuída ao crime é mais grave. Artigo 20 a 21 No caso a legítima defesa é imaginária, tal erro praticado é o erro de tipo essencial. Inevitável (escusável - invencível): Exclui dolo e culpa - p. da responsabilidade subjetiva do sujeito Não há caráter criminoso na conduta Consequências Jurídica: Isenção de pena Evitável (inescusável - vencível) Portanto ocorreu um erro de tipo acidental, não isenta o autor da conduta espécie de autoria mediata O sujeito responde penalmente segundo as condições da vítima pretendida e não da vítima atingida. p Erro sobre elemento do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Principal característica do erro de tipo: O sujeito pratica a conduta sempre em uma situação imaginária. Situação imaginária também é chamada de: putativa Espécies do Erro de Tipo: 1- ERRO DE TIPO ESSENCIAL: A situação imaginária é protegida por lei, o sujeito no momento da pratica da conduta supõe uma situação de fato, que se existisse tornaria a sua conduta legítima, portanto protegida por lei. Ex. O primo do sujeito está entrando na sua casa e fazendo barulho O sujeito ouve o barulho e imagina ser um ladrão invadindo a sua residência. A situação imaginária faz com que o sujeito pratique a conduta de atirar no invasor. A circunstâncias em que o sujeito atirou no invasor imaginário é protegida pela legítima defesa. Espécies de erro de tipo essencial 1. Exclui a culpabilidade do sujeito por se tratar de uma circunstância "plenamente justificada" Norma penal "exculpante" 1. Exclui o dolo da conduta O erro deriva de culpa, ou seja, falta de cuidado na prática da conduta. Pune a culpa, se prevista em lei- culpa imprópria 2- ERRO DE TIPO ACIDENTAL: A situação imaginária (putativa) não é protegida Ex. "A" recebe a importância de R$ 50.000,00 para matar "B". "A" sabe que "B" vai à casa de sua mãe todos os dias às 18 horas, usando um boné azul. "A" então espera, escondido, "B" se aproximar e defere um tiro fatal contra "B", matando-o Quando "A" se aproxima do cadáver para se certificar do serviço feito, descobre que não matou "B", mas sim "C" A situação imaginária fez com que "A" atirasse em "C", imaginando que se tratava de "B". A circunstância que determinou a conduta de "A" não é protegida. ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO O erro que o terceiro determina deve ser erro de tipo inevitável Médico (terceiro determinante do erro) Enfermeira (erro essencial inevitável) Paciente (vítima da conduta) Autor Imediato: pratica diretamente a conduta descrita no tipo; Autor Mediato: Pratica indiretamente a conduta descrita no tipo; Erro sobre a pessoa (error in persona) art. 20 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (não isenta de pena) (mesmo caso do erro de tipo acidental) o agente pensa que certo procedimento é lícito e legal, quando, na realidade, não o é. Conduta plenamente justificável pelas circunstâncias O direito penal só pune condutas injustificadas. O agente é punido, mesmo sem ter consciência da ilicitude do fato. Basta a conduta atingir a norma penal. Aplicação excepcional da teoria normativa ou extrema da culpabilidade. Erro sobre a Ilicitude do fato ou Erro de Proibição Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência Classificação do erro de proibição: 1- Direto: O agente se equivoca quanto ao conteúdo de uma norma proibitiva, ou porque ignora a existência do tipo incriminador ou porque não conhece completamente o seu conteúdo ou porque não entende o seu âmbito de incidência. Ex. Holandês, habituado a usar maconha em seu país, acredita ser possível no Brasil, equivocando-se quanto ao caráter proibido da conduta. 2- Indireto: O agente sabe que a conduta é típica, mas imagina presente uma norma permissiva, ora supondo existir uma causa excludente da ilicitude, ora supondo estar agindo nos limites da descriminante. Ex. O agente tem a convicção de que está autorizado a praticar a conduta. O erro recai sobre a norma permissiva da qual o agente pensa que sua conduta é lícita, por estar amparada por alguma causa de justificação.. Característica principal do erro sobre a ilicitude do fato ou erro de proibição: O sujeito pratica a conduta na certeza de estar praticando uma conduta lícita. Espécies de erros de proibição a) Inevitável: Art. 21 - O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena. b) Evitável: Art. 21 - Se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Ex. Advogado na blitz O erro é na execução da conduta. Erros na Execução Os erros na execução não são erros de tipo pois as condutas não são praticadas em situações imaginárias. Erros na execução: 1- "Aberratio ictus" - (art. 73): Quando por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia, atinge pessoa diversa. Resultado simples - Não exclui dolo, nem culpa e nem isenta de pena quando o agente atinge pessoa diversa da pretendida. Resultado complexo: No caso de atingir a vítima pretendida e pessoa diversa. aplica-se o art. 73 - onde se aplica a mais grave das penas cabíveis, quando pratica dois ou mais crimes idênticos. PESSOA X PESSOA 2- "Aberratio criminis" - (art. 74): Quando por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido. Continuação aberratio criminis O agente pretende cometer um crime e, comete outro A relação é: COISA x PESSOA COISA x PESSOA Por acidente ou erro na execução, provoca lesão em bem jurídico diverso do pretendido Ex. Para danificar o veículo do meu desafeto, lanço uma pedra que, por erro na execução, atinge o motorista do carro. Art. 22 ao 25 É a causa de exclusão de culpabilidade, pela inexigibilidade de conduta diversa. Norma penal não incriminadora Coação irresistível e obediência hierárquica Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem Coação Pode ser: 1- Coação Irresistível: Aquela em que o sujeito não consegue resistir Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível só é punível o autor da coação. pode ser: 1- Coação Moral Irresistível : ("vis compulsiva") - É o emprego da grave ameaça para que alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa. Na coação moral, a vontade na prática da conduta não é livre, está viciada pela coação. Quem sofre a violência é uma terceira pessoa Exclui a culpabilidade - exculpante, isento de pena 2- Coação Física:(Vis absoluta) - A violência é empregada sobre o sujeito ativo da conduta É o emprego da força bruta para que alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa. Pratica a conduta sem vontade. Exclui a conduta, isento de pena 2 -Coação Resistível: Circunstância atenuante da pena do sujeito Obediência Hieráquica Circunstância exculpante Exclui a culpabilidade do sujeito pela inexibilidade de conduta diversa. Requisitos da obediência hierárquica: 1- Relação de direito público entre superior e subordinado. A hierarquia entre superior entre superior e subordinado deve estar prevista em lei. 2 - Ordem não manifestante ilegal. A ordem não pode ter sequer aparência de ilegalidade 3 - A ordem deve preencher os requisitos formais. Todas as ordens emanadas de superior hierárquico precisam obedecer aos requisitos formais. 4- Competência funcional do superior hierárquico. Além da hierarquia, o superior deve ter competência funcional para dar a ordem 5- Estrita obediência à ordem do superior. O subordinado deve obedecer estritamente à ordem, sob pena de responder pelo excesso. Circunstâncial atenuante de pena Norma penal não incriminadora permissiva, pq ela permite a prática de um fato típico Norma penal não incriminadora permissiva genérica - não se refere a um fato típico determinado Norma penal não incriminaodra incompleta - precisa ser completada por outra norma (norma penal em branco) Exclusão de ilicitude Material Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo (se o agente agir com excesso responde) Exige complemento normativo, homogêneo homovitelino e valorativo A redução de pena depende da razoabilidade da alegação, após complementação valorativa do Estado. Estado de necessidade Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo e quem provocou § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. Requisitos para o estado de necessidade: 1- Situação de perigo atual. Pode ser causada por uma conduta, por comportamento autônomo de animal ou fenômeno da natureza. A situação de perigo deve estar acontecendo 2 - A situação de perigo não tenha sido causada voluntariamente pelo agente. O causador da situação de perigo não pode alegar estado de necessidade. 3- Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. Quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar estado de necessidade. Classificação doutrinária quanto ao terceiro que sofre a ofensa - Estado de necessidade defensivo: Quando o agente, ao agir em estado de necessidade, sacrifica bem jurídico do próprio causador do perigo. - Estado de necessidade agressivo: Quando o bem sacrificado é de terceiro que não criou ou participou da situação de perigo Legítima defesa Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Requisitos da legítima defesa 1- Repelir agressão injusta agressão: sempre oriunda do ser humano Injusta: sem qualquer justificativa 2- Agressão injusta atual ou iminente atual: agressão acontecendo iminente: prestes a acontecer 3- Uso moderado dos meios necessários A moderação e a necessidade será objeto de complemento valorativo por parte do Estado. Requisito comum: Tanto no estado de necessidade quanto na legítima defesa o sujeito pode agir para defesa de direito próprio ou de outrem Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. (A análise do fato, no caso de o sujeito ser agente de segurança pública, deixou de ser valorativo para ser normativa) Legítima defesa própria: quando a agressão injusta se voltar contra direito do agente. Legítima defesa de terceiro: Quando a agressão injusta ocorrer contra direito de terceiro. Legítima defesa real: Quando a agressão injusta efetivamente estiver presente Legítima defesa putativa: Que ocorre por erro de tipo essencial (Legítima defesa putativa) Legítima defesa defensiva: Quando o agente se limita a defender-se da injusta agressão, não constituindo, sua reação, fato típico (apenas se defende) Legítima defesa ofensiva: Quando o agente, além de defender-se da injusta agressão, também atacar o bem jurídico de terceiro, constituindo sua reação fato típico Legítima defesa subjetiva: O agente, inicialmente em legítima defesa, já tendo repelido a injusta agressão, supõe, por erro, que a ofensa ainda não cessou, excedendo-se nos meios necessários. (excesso) Legítima defesa sucessiva: A repulsa contra o excesso Classificação Doutrinária da legítima defesa I - Quanto à titularidade do interesse protegido. O sujeito está agindo em legítima defesa para proteger direito ou alheio. II - Quanto ao aspecto subjetivo do agente. III - Quanto à reação do sujeito agredido. IV - Quanto ao excesso exculpante Estrito cumprimento do dever legal Art. 23, inciso III, primeira parte 1- dever advém da lei. 2 -O dever deve ser cumprido estritamente Exercício regular de direito Art. 23, inciso III, segunda parte 1- O exercício de um direito 2- Exercício de forma regular Causas legais da exclusão de ilicitude material 1- Estado de necessidade 2- Legítima defesa 3- Estrito cumprimento do dever legal 4- Exercício regular de direito Causas supra ou extra legais de exclusão de ilicitude material (não estão previstas na lei) 1- Adequação social da conduta 2- Consentimento do ofendido Requisitos de validade(consentimento): 1 - O bem jurídico que sofre a ofensa deve ser disponível (a vida n é disponível) 2 - O consentimento do ofendido tem que ser dado antes da lesão do bem jurídico 3- O sujeito deve ter a capacidade de consentir e ter compreensão dos fatos 4- Havendo a incapacidade do indivíduo, poderá seu responsável legal consentir 5 - Consentimento deve ser livre, sem qualquer coação ou imposição Ofendículos: excludente de ilicitude São instrumentos usados de forma moderada, para defesa da propriedade, como o arame farpado, ou cacos de vidro em muros. Art. 26 a 31 Inimputáveis Real ou material Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Sistema biológico: analisa a idade - se é maior de 18 anos sistema psicológico: capacidade mental A análise dos aspectos mental, temporal e do discernimento é feita através de exame pericial realizado por equipe multidisciplinar Inimputáveis Real ou material Aspectos a serem analisados para se dar a inimputabilidade 1 - Aspecto mental. Analisa se o sujeito tem uma doença mental, mental imcompleta ou retardado 2- Aspecto temporal. Ao tempo da ação ou omissão (conduta) 3- Aspecto do discernimento. Saber se o sujeito é inteiramente capaz ou incapacidade absoluta O inimputável está isento de pena, mas pode ser submetido a uma medida de segurança Fundamento jurídico Isenção de pena "só se aplica pena ao sujeito capaz" Absolvição Imprópria Medida de segurança pode ser aplicada: 1-Internação:
Compartilhar