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Sinalização Celular _parte1

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Sinalização Celular Mariana Cavalcante Batista
Parte 1
A sinalização celular é muito importante para o funcionamento dos organismos. É um
processo no qual há a interação entre um receptor e um ligante. Nesse processo de interação
há uma cascata de reações, podendo haver vários caminhos diferentes. A sinalização celular é
importante para a célula sobreviver, crescer, dividir-se, diferenciar-se. As células recebem
uma série de estímulos ao mesmo tempo e uma mesma molécula sinalizadora pode ter efeitos
distintos sobre o mesmo receptor (um exemplo disso é a acetilcolina, por causa do conteúdo
celular, as múltiplas proteínas)
Tipos de sinalização
1. Dependente de contato: atua em curta distância, e o ligante está na própria célula que
a produz, de modo acoplado e atua na célula-alvo de maneira direta. (muito
importante no sistema imunológico, como por exemplo os linfócitos T)
2. Parácrina: Há uma célula sinalizadora que libera ligantes que atuam em
células-alvos, denominados autacóides e só atua em regiões próximas (um exemplo é
a histamina e as prostaglandinas)
3. Sinapse: É uma sinalização de longa distância, a qual o neurônio é o mediador por
meio de neurotransmissores, onde um potencial de ação vai estimular a liberação
desses neurotransmissores
4. Endócrina: É uma sinalização de longa distância, onde uma célula libera hormônio
(molécula sinalizadora) que percorre a corrente sanguínea
5. Autócrina: A célula sinalizadora libera uma molécula sinalizadora para atuar nela
mesmo ( exemplo, células neoplásica liberam fatores de crescimento)
Propriedades da interação indutor-receptor
● Adaptação induzida
● Saturabilidade
● Reversibilidade
Tipos de receptores
Todos os receptores são essencialmente proteicos. A célula-alvo sempre vai iniciar
sua resposta a partir da proteína receptora. A proteína receptora, a partir da ligação a uma
molécula sinalizadora, muda sua forma ou sua atividade, de maneira a transmitir um sinal ou
produzir diretamente uma mudança dentro da célula.
A complexidade da resposta célula vai estar de acordo com a forma que a célula vai
responder ao estímulo.
Uma molécula sinal se comunica através de um sítio de ligação de alta especificidade
de um receptor.
1. Receptores de superfície celular: estão na membrana celular; interagem com
moléculas sinalizadoras hidrofílicas; são transdutores, processam e transmitem o
sinal. Eles convertem o sinal de ligação do receptor para sinais químicos
intracelulares a partir das cascatas de ligação. Esses receptores podem ser:
a. Canais iônicos dependentes de ligantes: O mais comum é o receptor de
acetilcolina, a maioria possui de quatro a cinco subunidades. Esses receptores
circundam poros que perpassam a membrana plasmática, e eles possuem
estruturas que são ricas em ânions, os quais possuem afinidade pelos cátion do
meio celular. (alguns exemplos são o GABAa, nicotínicos, NMDA)
Existem outros tipos de canais iônicos:
i. canais iônicos controlados por voltagem (por desencadear a
diferença de potencial)
ii. canais iônicos controlados mecanicamente (como por exemplo
alguns encontrados na pele que são sensíveis ao toque)
iii. canais iônicos controlados por agentes intracelulares (como por
exemplo o cálcio, IP3, nucleotídeos cíclicos)
b. Acoplados à proteína G
c. Enzimáticos/acoplados a enzimas
(existem outros receptores de superfície, como por exemplo o Notch, Wht e
Hedgehog)
2. Receptores intracelulares: estão no citosol ou no núcleo; interagem com moléculas
sinalizadoras hidrofóbicas e estão acopladas a proteínas carreadoras; são os receptores
e os próprios efetores das respostas.
a. São responsáveis por controlar e regular a atividade gênica a partir da ligação
de moléculas pequenas (hormônios sexuais, cortisol, retinóides, hormônios
tireoidianos, vitamina D) essas moléculas quando se ligam aos receptores
ativam e fazem com que determinados setores dos receptores sejam expostos,
fazendo com que eles possam se ligar a sequências específicas de DNA
adjacentes regulados por esse ligante.
b. O processo de ativação sem o ligante a maioria das vezes eles estão associados
a proteínas inibidoras e quando o ligante chega até ele ocorre o
desacoplamento dessa proteína acoplado, fazendo com que algumas regiões
desse receptor fiquem expostas podendo ser ligadas a proteínas coativadoras
que vão estimular a transcrição do gene-alvo. O contrário também pode
acontecer, no caso, para a desativação do receptor.
Referência
ALBERTS, et al. Biologia Celular e Molecular, 6ª edição. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2017.

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