Buscar

Negócio juridico (3) - Mapa Mental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESCOLA DE FORMAÇÃO JURÍDICA – GRADUAÇÃO EM DIREITO
	Disciplina:
	Bases das Relações Privadas
	Professora:
	Maria Eduarda Gasparotto de A. Bastian
	Período:
	2020-1
	Turma: 
	GL/801
	Turno:
	N
	Data:
	25/04/2020
	Aluno(a):
	
NOTA 1 - AVALIAÇÃO 3
	
ATIVIDADE:
Elabore um MAPA MENTAL que trate acerca dos DIFERENTES PLANOS DO NEGÓCIO JURÍDICO (EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA) E TAMBÉM, DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO, cujo conteúdo foi visto nas aulas 8, 9 e 10, indicando, sempre que possível, conceitos e fundamentos legais.
O que é um Mapa Mental? 
O mapa mental é um diagrama sistematizado voltado para a gestão de informações, de conhecimento, da memorização do aprendizado. É utilizado para organizar visualmente informações de modo associativo, podendo incluir conceitos-chaves de uma área de conhecimento, ideias ou tarefas. 
O que é importante e quais os passos para criar um Mapa Mental? 
• Busque exemplos de mapas mentais na internet (Google, por exemplo);
• Estruturar utilizando uma hierarquia radial (como ramos de árvores), organizando dos aspectos mais genéricos para os mais específicos;
• Utilizar cores diferentes para tópicos diferentes e cores similares para tópicos similares;
• Incluir figuras é um diferencial;
• Existem softwares especiais para a elaboração de mapas mentais e alguns deles oferecem essa possibilidade de graça, quais sejam: 
http://mind42.com/
https://bubbl.us/
https://www.mindmeister.com/pt/
https://www.mindmup.com/ 
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A avaliação terá peso 10,00.
Prazo fatal para entrega é dia 09/05/2020, às 23h59min.
O trabalho deverá ser feito em dupla e anexado, via Blackboard, por AMBOS membros da dupla, de forma individual, cada qual com sua matrícula.
Pode ser realizado digitalmente (em Word ou PDF) ou fisicamente (à mão). Caso o(a) aluno(a) opte por fazer à mão, a folha deverá ser digitalizada ou fotografada para entrega no Blackboard e a legibilidade do documento é de inteira responsabilidade do(a) mesmo(a). Então, cuidar a caligrafia e a qualidade da digitalização!
Não será aceito NENHUM trabalho via e-mail, tão pouco fora do prazo.
Deve constar no trabalho o nome dos dois participantes do mesmo.
 
 
Negócio juridico
1. Elementos do Negócio Jurídico.
1.1. Elementos Essenciais Art 104 CC -Imprescindíveis à
existência do ato negocial, pois formam sua substância.
1.1.1. Validade
1.1.2. Agente capaz - Capaz é aquela pessoa que pode exercer
pessoalmente seus direitos e responder por suas obrigações.
1.1.3. Objeto lícito, determinado ou determinável e possível -
Art. 123 do CC
1.1.4. Forma prescrita ou não defesa em lei
1.2. Elementos Acidentais - Estipulações ou clausulas acessórias
que as partes podem adicionar em seus negócios para modificar
uma ou algumas de suas consequências naturais, como a
condição, o termo e o encargo ou modo (Arts. 121, 131 e 136,
CC).
1.2.1. Plano da Eficácia
1.2.2. Condição - Art. 121 CC
1.2.2.1. Resolutivas - o negócio vigorará até a ocorrência da
condição, que acarretará a extinção do direito.
1.2.3. Encargo -Segundo o artigo 136 do Código Civil, encargo
é “a determinação acessória acidental do negócio jurídico que
impõe ao beneficiário um ônus a ser cumprido, em prol de uma
liberalidade maior”.
1.2.4. Termo - Art 131 CC - É o momento em que começa ou se
extingue a eficácia do negócio jurídico.
1.3. Elementos Estruturais
1.3.1. Plano de Existência
1.3.2. Partes
1.3.3. Vontade - Art. 107 CC - a validade da declaração de
 
vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.
1.3.4. Objeto
1.3.5. Forma - É o meio pelo qual se externa a manifestação da
vontade nos negócios jurídicos, para que possam produzir
efeitos jurídicos.
2. Planos do Negócio Jurídico.
2.1. Plano da Validade - (Se o negócio jurídico é valido de acordo
com a norma).
2.1.1. Manifestação da vontande
2.1.1.1. Livre
2.1.1.2. De boa-fé - Art 422 CC - Os contratantes são
obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,, como
em sua execução, os principios de proibidade e boa-fé.
2.1.2. Agente - Art. 104,I,CC - A validade do negócio jurídico
requer: I - agente capaz;
2.1.2.1. Capaz - O agente deve ter capacidade Jurídica para
expressar sua vontade - Art 104, I, CC - A validade do
negócio jurídico requer: I - agente capaz.
2.1.3. Objeto - Art. 104,II, CC - A validade do negócio jurídico
requer: II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
2.1.3.1. Lícito - Está de acordo com as normas jurídicas, a
moral e os bons costumes.
2.1.3.1.1. Ex. compra e venda de um terreno.
2.1.3.2. Possível - É aquele que é exequível, realizável,
praticável, viável.
2.1.3.2.1. Fisicamente
2.1.3.2.2. Juridiacemente
 
2.1.3.3. Determinado - É o objeto certo, que é descrito pela
quantidade, gênero e qualidade.
2.1.3.4. Determinável - É o objeto incerto, que é descrito
pela, quantidade, gênero, mas não sabemos a qualidade, a
qualidade está incompleta.
2.1.4. Forma - Art. 104, III, CC - A validade do negócio jurídico
requer: III - forma prescrita ou não defesa em lei.
2.1.4.1. Prescrita em lei - É a forma descrita, escrita,
determinada na lei, também chamada de Forma Especial.
2.1.4.1.1. Se a Lei exigir Forma Especial - deve ser
observada a forma especial.
2.1.4.2. Não defesa em lei - Forma não proibida, não vedada
por lei.
2.1.4.2.1. Se a Lei vedar uma forma, o negócio não pode
ser feito dessa forma.
2.1.4.3. Livre - Art. 107 do CC - A validade da declaração da
vontade não depende de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.
2.1.4.3.1. Se a Lei não exigir forma, a forma é livre.
2.2. Plano da Existência - (Se o negócio jurídico existe).
2.2.1. Manifestação da vontade
2.2.1.1. Expressa
2.2.1.1.1. Declaração escrita.
2.2.1.1.2. Declaração Verbal
2.2.1.2. Tácita
2.2.1.2.1. Comportamento do agente demonstra
concordância.
 
2.2.2. Agente.
2.2.2.1. Agente emissor - A participação do sujeito de direito
(pessoa física ou jurídica) é indispensável para realização do
negócio jurídico.
2.2.3. Objeto.
2.2.3.1. É condição para existência do negócio jurídico, que
haja um objeto com utilidade física ou ideal, em razão do
qual geram os interesses das partes.
2.2.4. Forma
2.2.4.1. Exteriorização da manifestação da vontade.
2.3. Plano da Eficácia - (Se o negócio jurídico está produzindo
efeitos).
2.3.1. Condição - Art 121 e SS, CC - é a clausula que tem o
condão de postergar a eficácia do efeito juridico e um
acontecimento futuro e não certo.
2.3.1.1. Quanto à maneira de atuação.
2.3.1.1.1. Suspensiva - Ex. doação de um bem até que a
pessoa se case - Art 127 CC - Enquanto não se realizar a
condição suspensiva não se terá adquirido o direito dela
decorrente.
2.3.1.1.2. Resolutiva - Art 128 CC - Enquanto à condição
não se implementr, o ato vigorará perfeitamente.
2.3.1.2. Quanto à fonte de onde deriva.
2.3.1.2.1. Casual - Ex. Não ocorrer uma tempestade.
2.3.1.2.2. Potestativa - Ex. realizar uma viagem.
2.3.1.2.3. Mista - Ex. doação que será efetuada se o
destinátario se casar com ou determinada pessoa.
 
2.3.1.3. Quanto à possibilidade.
2.3.1.3.1. Possivel.
2.3.1.3.2. Impossível - Quando suspensiva a condição
impossível física ou juridicamente invalidará o negócio
jurídico, conforme art 123, I, CC.
2.3.1.3.2.1. Fisicamente. Ex. levar o mar para cidade.
2.3.1.3.2.2. Juridiacamente - Vedado pelo ordenamento
jurídico. Ex. Proibido dispoiçaõ de herança de pessoa
viva - art - 426 CC
2.3.1.4. Quanto à licitude.
2.3.1.4.1. A consequência da ilicitude é a invalidação do
próprio negócio jurídico - Art. 123. Invalidam os negócios
jurídicos que lhes são subordinados: I - as condições física
ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; II - as
condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; III - as
condições incompreensíveis ou contraditórias.
2.3.1.4.1.1. Lícita. Ex impedir alguém de casar.
2.3.1.4.1.2. ilícitas - art 122 (segunda parte). Ex
doação de imóvel, com a condiçaõ que o dontário
jamais se utilize do bem.
2.3.2. Termo - Art 131 e SS,, CC - Acontecimento futuro e certo
que suspende a eficácia do ato negocial, semprejudicar a
aquisiçaõ de direitos, fazendo cessar os efeitos decorrentes do
próprio negócio.
2.3.2.1. Certeza - Se tem certeza que vai ocorrer.
2.3.2.1.1. Quanto à certeza
2.3.2.1.1.1. Determinado/Certo - Prazo de validade
Específico. Ex. Contrato celebrado até dia 31/10/20.
 
2.3.2.1.1.2. Indeterminado/incerto - A morte de
alguém.
2.3.2.2. Futuridade - Ainda não ocorreu.
2.3.2.2.1. Quanto ao marco temporal
2.3.2.2.1.1. Inicial - Evento futuro e inevitável, que
suspende o inicio da eficácia do ato. Art 131 CC - É o
momento em que começa ou se extingue a eficácia do
negócio jurídico.
2.3.2.2.1.2. Final - A eficácia do negócio expira com o
advento daqula data. - Art 131 CC - É o momento em
que começa ou se extingue a eficácia do negócio
jurídico.
2.3.3. Encargo ou Modo - É clausula que poderá incidir nos
negócios jurídicos gratuitos, ex doação ou nas declarações
unilaterais da vontade, ex. promessa de recompensa - Art.
136, CC - O encargo não suspende a aquisição nem o exercício
do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio
jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva
3. Defeitos do Negócio Jurídico
3.1. Vícios de consentimento- são aqueles em que a vontade não
é expressa de maneira absolutamente livre.
3.1.1. Coação - Ameaça ou pressão psicológica injusta exercida
sobre um individuo para força-lo, contra sua vontade, a
praticar ou realizar um negócio jurídico. Tem como
característica o emprego da violência psicológica para viciar a
vontade. A coação é o defeito mais grave que pode afetar ao
negócio jurídio - Art 171,II, CC -Art. 171. Além dos casos
expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo,
lesão ou fraude contra credores.
3.1.1.1. Espécies de Coação.
 
3.1.1.1.1. Coação Absoluta ou Física - Não ocorre
consentimento ou manifestação de vontade, a vantagem
pretendida pelo coator é obtida por meio de força física.
3.1.1.1.2. Coação Relativa ou moral - Existe o elemento
psicológico influenciando. A coação trazida no art 171, II,
CC é a relativa ou moral, quando se deixa uma opção ou
escolha a vitima, trata-se de uma coação psicológica. Ou
a vitima pratica o ato exigido pelo coator ou sofre as
consequências - Art. 171. Além dos casos expressamente
declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por
vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo,
lesão ou fraude contra credores.
3.1.1.1.3. Coação Principal - A coação principal seria a
causa determinante do negócio, constituindo causa de
anulação do negócio jurídico.
3.1.1.1.4. Coação Acidental - A coação Acidental
influenciaria apenas as condições da avença, sendo que
sem ela o negócio se realizaria, porém em condições
menos favoráveis, sendo que somente obriga o agente ao
ressarcimento do prejuízo.
3.1.1.1.5. Coação exercida por terceiros - A coação
exercida por terceiros vai viciar o negócio jurídico, caso a
parte se aproveite tivesse ou devesse ter conhecimento,,
sendo que a responsabilidade entre os agentes (terceiro e
parte que se aproveitou) será solidária - Art. 154, CC -
Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se
dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que
aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele
por perdas e danos.
 
3.1.1.2. Requisitos da Coação - Dea cordo com art 151 do
CC -Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade,
há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano
iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens. No parágrafo único deste artigo também se
admite a coação quando dirigida à uma pessoas ligada ao
declarante.
3.1.1.2.1. Fundado temor - O Temor (medo) tem de ser
justificado; grave; que faça a pessoa temer por sua vida
ou honra; temer pela vida ou honra de alguém de sua
família ou pela integridade de seus bens.
3.1.1.2.1.1. Temor de morte: uma arma de fogo
apontada para pessoa.
3.1.1.2.1.2. Temor de perder a liberdade: ficar em
cárcere privado; sequestro de um parente.
3.1.1.2.1.3. Temor de desonra: publicar fotografias
intimas na internet.
3.1.1.2.1.4. Temor de incêndio: colocar fogo na
residência da pessoa.
3.1.1.2.2. Dano iminente - O temor de Dano tem que ser
iminente, ou seja tem que estar prestes a acontecer e
também ser inevitável.
3.1.1.2.2.1. Ameaça futura.
3.1.1.2.2.2. Ameaça impossível.
3.1.1.2.2.3. Ameaça que pode ser evitada.
3.1.1.2.2.4. Ameaça singela (sem gravidade), etc
3.1.1.2.3. Dano considerável - O dano tem que ser
considerável, tem que ser grave; importante.
 
3.1.1.2.3.1. Dano contra a vida.
3.1.1.2.3.2. Dano contra a integridade física.
3.1.1.2.3.3. Dano contra a honra e moral.
3.1.1.2.3.4. Dano contra a liberdade.
3.1.1.2.3.5. Dano contra o patrimônio.
3.1.1.2.4. Dano à própria pessoa; a sua família ou aos
seus bens.
3.1.1.2.4.1. Contra a própria pessoa que realizou o
negócio jurídico.
3.1.1.2.4.2. Contra a família da pessoa que realizou o
negócio jurídico.
3.1.1.2.4.3. Contra os bens da pessoa que realizou o
negócio jurídico.
3.1.1.2.4.4. Contra qualquer outra pessoa que não
pertença a família da pessoa que realizou o negócio
jurídico, neste caso o juiz decidirá se houve coação -
Art 151, Parágrafo único, CC - Se disser respeito a
pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz,
com base nas circunstâncias, decidirá se houve
coação.Ex.contra um amigo; um sócio; um vizinho; um
afilhado, etc.
3.1.1.2.5. A coação deve ser determinante para a
realização do negócio jurídico, ou seja a pessoa somente
realizou o negócio jurídico porque estava sob coação.
3.1.1.2.5.1. Deverá estar presente o nexo de
causalidade entre a coação e a realizaçaõ do negócio
jurídico.
3.1.2. Estado de Perigo - quando alguém sofre forte
necessidade de livrar-se de grave dano à pessoa, realiza
 
negócio jurídico com outrem, sabedor dessa necessidade, em
condições excessivamente onerosas, nos termos do Art 156 e
Parágrafo único do CC Art 156 - Configura-se o estado de
perigo quando alguém premiado da necessidade de salvar-se,
ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela
outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Prágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à
família do declarante, o juiz decidirá segundo as
circunstâncias.
3.1.2.1. Das Consequências Jurídicas.
3.1.2.1.1. Anulação do Negócio Jurídico.
3.1.2.1.2. Revisão do contrato para adequação do valor,
Enunciado 148, da III Jornada de Direito Civil, do CJF: Art
156, CC: Ao " estado de perigo" aplica-se por analogia, o
disposto no § 2° do art 157 CC - Não se decretará a
anulação do negócio, se for oferecido suplemento
suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a
redução do proveito.
3.1.2.2. Requisitos do Estado de Perigo.
3.1.2.2.1. Necessidade de salvar-se ou alguém da família
3.1.2.2.1.1. Risco de morte.
3.1.2.2.1.2. Lesão à saúde.
3.1.2.2.1.3. Risco quanto à integridade física.
3.1.2.2.2. Dano grave - O Dano ser grave, e o perigo deve
ter sido a razão determinante do negócio jurídico.
3.1.2.2.3. O perigo deve ter sido a razão determinante do
negócio jurídico(nexo de causalidade entre o Perigo e o
negócio Jurídico).
 
3.1.2.2.4. Conhecimento do perigo pela outa parte - É
necessário que a outra parte do negócio jurídico tenha
conhecimento do perigo que a pessoa estava sofrendo e,
em virtude desse perigo, abuse da situação e tire
proveito da fragilidade da pessoa.
3.1.2.2.5. Obrigação excessivamente onerosa - Art 156,
CC - Configura-se o estado de perigo quando alguém
premiado da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de
sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa
3.1.3. Dolo - Nossa lei não define dolo, limitando-se o art. 145,
do CC a definir que "são os negócios jurídicos anuláveis por
dolo, quando este for a causa"..,podemos então dizer que são
artificios ou manobras de uma pessoa visando a induzir outra
em erro a fim de tirar proveito para si ou para terceiro na
realização do negócio jurídico.
3.1.3.1. Quanto à atuação do agente.
3.1.3.1.1. Positivo ou comissivo - afirmaçõesfalsas sobre
a qualidade da coisa.
3.1.3.1.2. Negativo - omissão dolosa ou reticente; dá-se
quando uma das partes oculta alguma coisa que o
contratante deveria saber e se sabedor não realizaria o
negócio, conforme art 147 do CC - Art. 147. Nos negócios
jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das
partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte
haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que
sem ela o negócio não se teria celebrado.
 
3.1.3.1.3. De terceiro - ocorre quando o artifício é
praticado por uma terceira pessoas que não integra a
relação jurídica, conforme art 148 do CC - Art. 148. Pode
também ser anulado o negócio jurídico por dolo de
terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou
devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que
subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por
todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
3.1.3.1.4. Do representante - É aquela pessoa
(outorgante) que possui capacidade negocial e, portanto,
age em nome do representado, conforme art 149 do CC -
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes
só obriga o representado a responder civilmente até a
importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for
do representante convencional, o representado
responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
3.1.3.1.5. Ambas as partes - Dolo Bilateral ou recproco:
Se ambas as partes procederem com dolo, há empate,
igualdade na torpeza. A lei pune a conduta de ambas,
não permitindo a anulaçaõ do ato, conforme art 150 do
CC.
3.1.3.1.6. Dolus bônus - É o dolo tolerável, que não
contêm a gravidade suficiente para viciar a manifestação
da vontade. Acaba por não anular o negócio jurídico,
porque se espera do agente a diligencia do homem
médio.
3.1.3.1.7. Dolo de aproveitamento - (art 157, CC ) Ocorre
quando alguém se aproveita da situação de necessidade
ou da inexperiência do outro contratante para obter lucro
exagerado, manifestamente desproporcional à natureza
do negócio.
3.1.3.2. Quanto à extensão dos seus efeitos
 
3.1.3.2.1. Principal - O dolo principal vicia o negócio
jurídico e faz que possa ser anulado, é aquele que foi a
causa determinante do negócio jurídico, pois se não fosse
o dolo a pessoa não teria realizado o negócio, conforme
art. 145 do Código Civil - Art. 145. São os negócios
jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
3.1.3.2.2. Acidental - O dolo acidental não vicia o negócio
jurídico, pois não foi a razão determinante da realização
do negócio jurídico, mesmo que a pessoa soubesse do
dolo, teria realizado o negócio jurídico só que em outras
condições, em condições mais favoráveis a ela. A
consequência do dolo acidental não é a anulação do
negócio jurídico, mas sim a satisfação das perdas e
danos, conforme art.146 do Código Civil - Art. 146. O dolo
acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é
acidental quando, a seu despeito, o negócio seria
realizado, embora por outro modo
3.1.3.2.3. Dolus malus - É revestido de gravidade,
acarretando a anulabilidaade do negócio ou a obrigação
de fazer cumulada em perdas e danos, conforme o caso e
a intensidade da gravidade que será analisada pelo juiz
no caso concreto.
3.1.4. Erro - um engano fático, uma falsa noção da realidade
Art. 139. O erro é substancial quando: I - interessa à natureza
do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das
qualidades a ele essenciais; II - concerne à identidade ou à
qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração
de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei,
for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
 
3.1.4.1. Erro Substancial ou Essencial - (Art. 138 e 139, CC).
Art. 138, CC - São anuláveis os negócios jurídicos, quando as
declarações de vontade emanarem de erro substancial que
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em
face das circunstâncias do negócio.Segundo o art 139, CC, o
erro substancial pode assumir diferentes feições - Art. 139.
O erro é substancial quando: I - interessa à natureza do
negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das
qualidades a ele essenciais; II - concerne à identidade ou à
qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração
de vontade, desde que tenha influído nesta de modo
relevante; III - sendo de direito e não implicando recusa à
aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio
jurídico.
3.1.4.1.1. Erro quanto à natureza do negócio (error in
negatio).
3.1.4.1.2. Erro quanto ao objeto principal da declaração (
error in corpore).
3.1.4.1.3. Erro quanto alguma das qualidades essenciais
do objeto principal.
3.1.4.1.4. Erro quanto à identidade ou à qualidade da
pessoa ( error in persona) - A quem se refere a declaração
de vontade, pode auferir tanto a identidade quanto as
qualidades da pessoa,
3.1.4.1.5. Erro de direito - É o falso conhecimento,
ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica
aplicável a situação. Não serve para alegar
desconhecimento da lei, serve para justificar possível
conduta não praticável.
 
3.1.4.2. Erro Acidental - Se refere as circunstâncias de
menor importância e que não acarretam efetivo prejuízo, se
conhecida a realidade, mesmo assim o negócio teria
acontecido.Refere-se a qualidades secundárias do objeto ou
da pessoa. Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a
retificação da declaração de vontade.
3.1.4.3. Erro Escusável - É o erro justificável, desculpável,
que pode ser escusável dentro do padrão abstrato do
"homem médio", de modo a comparar a conduta do agente,
com a da média das pessoas.
3.1.4.4. Erro Real - É o erro causador de efetivo prejuízo ao
interessado.
3.1.4.5. Falso Motivo - Art. 140, CC - O falso motivo só vicia
a declaração de vontade quando expresso como razão
determinante.
3.1.4.6. Transmissão errônea da vontade - Art. 141. A
transmissão errônea da vontade por meios interpostos é
anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta;
caso o declarante se utilize de interposta pessoa ou de meio
de comunicação para transmissão de vontade e acabe por
ocorrer divergência entre o querido e o que foi transmitido,
ocorre o erro passível de anulação.
3.1.4.7. Convalescimento do erro - Art. 144. O erro não
prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a
quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para
executá-la na conformidade da vontade real do
manifestante. Tal diploma legal das partes a oportunidade
de executar e efetivar o negócio jurídico.
3.1.5. Lesão - obtenção de um lucro exagerado por se valer
uma das partes da inexperiência ou necessidade econômica da
outra., conforme art 157 CC - Ocorre a lesão quando uma
pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor
da prestação oposta.
 
3.1.5.1. Objetivo - Diz respeito ao valor do negócio
celebrado, que deve ser manifestamente desproporcional à
contraprestação, ou seja, valores muito discrepantes. A
avaliação das desproporções deve ser feita de acordo com o
tempo que foi celebrado o negócio jurídico (§ 1° do art 157
CC) - Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob
premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a
prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta. § 1o Aprecia-se a desproporção das
prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que
foi celebrado o negócio jurídico.
3.1.5.2. Subjetivo - Caracteriza-se pela premente
necessidade ou pela inexperiência do lesado.
3.1.5.2.1. Premente necessidade - A premente
necessidade está relacionada com a necessidade
econômica que a pessoa tem em realizar o negócio
jurídico.
3.1.5.2.1.1. Ex. Pessoa que vende um imóvel abaixo do
valor de mercado, pois precisa urgente do dinheiro
para pagar uma divida d pensão alimentícia sob pena
de ser presa.
3.1.5.2.2. Inexperiência - A inexperiência está relacionada
a falta de conhecimento técnico quanto ao negócio
jurídico.
3.1.5.2.2.1. Ex. Um médico pode ser inexperiente em
relação a umcontrato imobiliário; enquanto um
corretor de imóveis pode ser inexperiente em relação a
um contrato médico.
3.2. Vícios sociais - são aqueles em que a vontade manifestada
não tem, na realidade a intenção pura e de boa-fé que enuncia.o
Tópico
3.2.1. Fraude contra credores - É a prática de qualquer negócio
 
jurídico pelo devedor insolvente ou na imin~encia de o ser que
importe em diminuição de seu patrimônio, com a finalidade de
frustrar o direito de seus credores ou represente violação da
igualadade dos credores quirográfarios, ou seja os que tem
prevalência no recebimento dos valores devidos, conforme Art.
158 do CC.
3.2.1.1. Requisitos da Fraude Contra Credores.
3.2.1.1.1. Anterioridade do Crédito - O crédito do Credor
tem que ser anterior à realização dos atos fraudulentos
cometidos pelo Devedor. Primeiro tem que haver o
crédito, para depois haver o ato de fraude contra os
credores. - Art 158, § 2° do CC - Art. 158. Os negócios de
transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à
insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados
pelos credores quirografários, como lesivos dos seus
direitos. § 2o Só os credores que já o eram ao tempo
daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
3.2.1.1.2. Eventus damni - Fica caracterizado quando o
ato fraudulento, que se pretende anular, causou a
insolvência do Devedor e trouxe dano (prejuízo) ao
recebimento do crédito do credor.
3.2.1.1.3. consilium fraudis - É a consciência, ou a
previsibilidade, de que se está fraudando um credor. O
Devedor age de má-fé transferindo seus bens e o
adquirente desses bens também age de má-fé, pois tem
ciência (ou deveria ter) da insolvência do devedor). As
partes agem em concluio fraudulento, objetivando
fraudar o credor.
3.2.2. Simulação. - É uma declaração falsa, enganosa, da
vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente
desejado. Negócio Jurídico simulado, assim, é o que tem
aparência contrária a realidade - Art. 167, CC - É nulo o
negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou,
se válido for na substância e na forma.
 
3.2.2.1. Absoluta - Na simulação absoluta, os envolvidos
declaram a prática de um negócio jurídico, quando na
verdade, não tinham a intenção de celebrar nenhum
negócio.Ex. Um cônjuge, no divórcio, transferir seus bens
para o patrimônio de um amigo, para diminuir a
participação do outro cônjuge na partilha de bens.
3.2.2.2. Relativa - Na simulação relativa, as partes declaram
determinado negócio jurídico, mas ocultam a verdadeira
intenção, que é a prática de negócio jurídico diverso
daquele declarado ou, quando o mesmo, com termos
diferentes. Ex. quando as partes para pagamento de
imposto inferior, celebram um contrato de compra e venda
de imóvel atribuindo um valor menor no contrato e o
restante pago "por fora", é hipótese clara de simulação.
3.2.2.2.1. Objetiva - Quando a simulação diz respeito à
natureza do negócio jurídico, a seu objeto ou algumas
características. Art 167, §1°, II CC - Art. 167. É nulo o
negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se
dissimulou, se válido for na substância e na forma. § 1o
Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: II -
contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula
não verdadeira
3.2.2.2.1.1. Relativa Objetiva - Simulação por
declaração não verdadeira. Tal modalidade pode dizer
à própria natureza do contrato ou apenas a alguns de
seus itens.
3.2.2.2.2. Subjetiva ou ad personam - Verifica-se quando
a pessoa declarada no negócio não é real parte ou
beneficiaria do mesmo. Trata-se do que a doutrina chama
de interposta pessoa. Art. 167, CC - É nulo o negócio
jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.
 
3.2.2.2.2.1. Relativa subjetiva - Simulação por
interposta pessoa, para realização de fins ilegais é
comum o agente valer-se de concluio com outra
pessoa, utilizando o negócio jurídico simulado.

Continue navegando