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CRC NBC TG 1000 (R1) CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS VOLUME 5

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NBC TG 
1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA 
PEQUENAS E MÉDIAS 
EMPRESAS
Volume 05
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 2
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
1 - CONTABILIDADE DAS PEQUENAS
E MÉDIAS EMPRESAS
1.1 - Introdução:
Objetivando aumentar o volume de investimento estrangeiros e ali-
nhar a contabilidade às práticas internacionais foi sancionada a Lei 
11.638/07, alterando dispositivos da Lei 6404/76 - Lei das Sociedades 
Anônimas. As alterações propostas pela Lei 11.638/07 criam condi-
ções para harmonizar as práticas contábeis brasileiras com o padrão 
internacional, editadas pela International Accounting Standard Board 
– IASB.
Em 10/12/2009 o Conselho Federal de Contabilidade - CFC publica a 
NBC TG 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, alte-
rada pela NBC TG 1000 (R1), convergentes com a International Finan-
cial Reporting Standard for Small and Medium-Sized Entities, emitida 
em julho/2009 pelo IASB, destinada a pequenas e médias empresas, 
ou “conjunto esse composto por sociedades fechadas e sociedades 
que não sejam requeridas a fazer prestação pública de suas contas”. 
A importância desta Norma reside no fato 
que segundo o Sebrae 99% são micro e 
pequenas empresas, respondem por 52% 
dos empregos com carteira assinada no 
setor privado, equivalente a 16,1 milhões 
de empregos.
Estas empresas estão sob o alcance da Norma posto que são entida-
des desobrigadas de prestação pública de contas e demonstrações 
contábeis para fins gerais, ou seja, demonstrações direcionadas a 
uma vasta gama de usuários que não estão em posição de exigir rela-
tórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares 
de informação. Exemplos de usuários externos para as quais a Con-
tabilidade das PMEs têm relevância para suas decisões incluem os 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 3
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
proprietários que não estão envolvidos na administração do negócio, 
credores existentes e potenciais, e agências de avaliação de crédito.
Assim, podemos classificar como PME uma organização de capital fe-
chado, que não tem ações ou outros instrumentos patrimoniais ou de 
dívida no mercado, não enquadrada nas exigências da Lei 11638/07 
como empresas de grande porte: ativos superiores a 240 milhões no 
exercício anterior e/ou receita anual superior a 300 milhões).
Elaboradas dentro das premissas da Contabilidade das PMEs, as de-
monstrações contábeis tem como objetivo permitir aos usuários, que 
não requerem informações especiais, conhecer e comparar a situação 
financeira da empresa, possível ao usuário com um razoável conheci-
mento de contabilidade, compreensão de negócios e a disposição de 
estudar. Destacam-se como benefícios na adoção da Norma.
• Acesso facilitado ao capital.
• Comparabilidade aprimorada.
• Qualidade na apuração do lucro. 
• Qualidade aprimorada de relatório 
contábil.
Vale ressalvar que para emprestar recursos, as instituições financei-
ras, principalmente em momentos de restrição de liquidez, requerem 
das empresas as demonstrações contábeis e quando estas foram 
preparadas em conformidade com as normas internacionais reduzem 
riscos e podem reduzir o custo de capital para o emprestador.
A Norma Contabilidade das PMEs fez uma simplificação, sem perder 
a qualidade informacional, trazendo em seu bojo algumas vantagens 
tais como:
• Foram incluídos somente tópicos relevantes para as PMEs.
• Simplificações de reconhecimento, mensuração, apresentação e di-
vulgação.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 4
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
• Divulgações reduzidas.
• Linguagem simplificada.
As Microempresas – ME e Empresas de Pequeno Porte - EPPs, foram 
contempladas com uma contabilidade mais simplificada ainda, atra-
vés da ITG 1000. Assim, todas as empresas brasileiras estão obrigadas 
a elaboração das demonstrações contábeis. O endereço eletrônico do 
CFC apresenta um histórico:
Quadro 1 - Histórico das Normas Aplicadas às PMEs
Fonte:https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilida-
de/normas-simplificadas-para-pmes/
Objetivando clarificar, a ITG 1000 destaca alguns aspectos:
a. A adoção do regime de competência para receitas, despesas e cus-
tos.
b. Preenchimento diariamente do Livro Diário.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 5
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
c. A emissão da Carta de Responsabilidade da Administração e o con-
trato de prestação de serviços para salvaguardar o contador.
A Norma destaca que as demonstrações elaboradas com base na Con-
tabilidade das PMEs possivelmente não sejam compatíveis com as 
exigências legais para fins fiscais e sugere a estruturação de contro-
les fiscais para conciliar os resultados apurados.
Apesar das empresas ainda estarem bastante tímidas na adoção da 
Contabilidade das PMEs, principalmente sob o âmbito da ITG 1000, 
destinada a microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), 
é importante lembrar que não é uma opção, mas um caminho compul-
sório objetivando a uma linguagem universal dos negócios.
A mudança não é meramente a troca de um caminho por outro, mas 
uma mudança cultural saindo da normatização a base de regras, à 
normatização a base de princípios, ou seja, reduz-se a importância da 
figura do regulamentador que emana as normas e contadores que as 
cumprem, para princípios que respeitam a empresa, seu negócio, suas 
diretrizes e o modelo decisório, com contadores integrados às outras 
áreas do conhecimento e da organização.
Saímos da objetividade por seguirmos as regras, por ampararmos 
nos aspectos jurídicos em detrimento do econômico, migramos para 
o subjetivismo responsável, expressão cunhada pelo Prof. Sérgio de 
Iudícibus, e com a prevalência da essência sob a forma amplia-se o 
campo de julgamento, para a subjetividade. 
As mudanças ocorridas no mundo dos negócios, impulsionados pela 
tecnologia que vem automatizando processos repetitivos, exigindo 
aos profissionais da contabilidade adicionar valor aos negócios de 
seus clientes. 
A Contabilidade das PMEs permite através da contabilização das tran-
sações, considerando critérios e procedimentos adequados, obser-
vando os aspectos qualitativos, conhecer melhor os negócios de seus 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 6
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
clientes, proporcionando a oportunidade de apoiar os empreendedo-
res no processo decisório. 
1.2 - Objetivo da Contabilidade das PMEs
O objetivo de toda a estrutura da Contabilidade das PMEs é oferecer 
subsídios para a elaboração da posição financeira (balanço patrimo-
nial) e desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de 
caixa da entidade destinada a um grande número de usuários que não 
podem exigir informações customizadas para atender suas necessi-
dades e suportar o processo decisório.
A partir das demonstrações contábeis os interessados podem aferir 
os resultados/desempenho da administração com base nos recursos 
confiados aos gestores.
A Norma foi elaborada com base na estrutura Conceitual NBC TG Es-
trutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulga-
ção do Relatório Contábil-Financeiro que aborda, “os conceitos subja-
centes à informação apresentada em demonstrações contábeis para 
fins gerais”, ou seja, as demonstrações contábeis das PMEs devem ser 
elaboradas com base na estrutura conceitual que define os concei-
tos que fundamentam o reconhecimento, mensuração, apresentação 
e divulgação das demonstrações contábeis. Abrange:
a. objetivo das demonstrações contábeis.
b. as características qualitativas que determinam a utilidade das in-
formações contidas nas demonstrações contábeis.
c. a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que 
compõem as demonstrações contábeis, e
d. os conceitos de capitale de manutenção do capital.
O objetivo da estrutura conceitual é fornecer base para o uso, julga-
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
mento de problemas contábeis e a formulação lógica e consistente 
das normas. As demonstrações, em observância a Norma, atendem a 
maioria dos usuários em seus processos decisórios no que tange:
a. Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimo-
niais.
b. Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que 
lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e 
de sua prestação de contas.
c. Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e pro-
porcionar-lhes outros benefícios.
d. Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros 
emprestados à entidade.
e. Determinar políticas tributárias.
f. Determinar a distribuição de lucros e dividendos.
g. Elaborar e usar estatísticas da renda nacional, ou
h. Regulamentar as atividades das entidades.
1.3 - Características qualitativas de informação em demonstrações 
contábeis
Para que as informações financeiras sejam úteis para seus usuários 
as características qualitativas e de melhoria devem ser observadas. 
No quadro abaixo apresentamos as características qualitativas:
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 8
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Quadro 1 - Características qualitativas das demonstrações contábeis
Característica Interpretação CaracterísticaVinculada
Compreensibilidade
A informação deve 
ser compreensível por 
usuários que têm co-
nhecimento razoável de 
negócios, de atividades 
econômicas e de contabi-
lidade.
 
Relevância
A informação tem a 
qualidade da relevân-
cia quando é capaz de 
influenciar as decisões 
econômicas de usuários.
Materialidade
Materialidade
A informação é material, 
e portanto, tem relevân-
cia, se sua omissão ou 
erro puder influenciar as 
decisões econômicas de 
usuários, tomadas com 
base nas demonstrações 
contábeis
 Relevância
Confiabilidade
A informação é confiá-
vel quando está livre de 
desvio substancial e viés, 
e representar adequada-
mente aquilo que tem a 
pretensão de representar 
Essência sobre a forma 
Prudência 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 9
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Primazia da Essência 
Sobre a Forma
Transações e outros 
eventos e condições 
devem ser contabilizados 
e apresentados de acor-
do com sua essência e 
não meramente sob sua 
forma legal. 
 
Característica Interpretação CaracterísticaVinculada
Prudência
Prudência é a inclusão de 
certo grau de precaução 
no exercício dos julga-
mentos necessários às 
estimativas exigidas de 
acordo com as condições 
de incerteza
 
Integralidade
Para ser confiável, a in-
formação constante das 
demonstrações contá-
beis deve ser completa, 
dentro dos limites da 
materialidade e custo e 
sem omissões.
Confiabilidade Relevân-
cia
Comparabilidade
Os usuários devem ser 
capazes de comparar as 
demonstrações contá-
beis da entidade ao longo 
do tempo, a fim de iden-
tificar tendências em sua 
posição patrimonial e 
financeira e no seu de-
sempenho
 
Tempestividade
Tempestividade envolve 
oferecer a informação 
dentro do tempo de exe-
cução da decisão. 
Relevância
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 10
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Equilíbrio entre custo e 
benefício
Os benefícios derivados 
da informação devem 
exceder o custo de pro-
duzi-la
Fonte: Baseado na Seção 2 – Conceitos e princípios gerais, da NBC TG 
1000 (R1)
As demonstrações contábeis elaboradas dentro da estrutura concei-
tual, em observância às características qualitativas de melhoria das 
demonstrações contábeis proporcionam aos usuários instrumentos 
para apoiá-los no processo decisório.
A NBC TG 1000 (R1) está dividida em 35 Seções, das quais abordaremos 
neste E-book, instrumentos financeiros simples e complexos, subven-
ção governamental, redução ao valor recuperável de ativos, efeitos 
das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações 
contábeis, atividades especializadas e adoção inicial do procedimento 
da contabilidade das pequenas e médias empresas.
2 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
BÁSICOS - SEÇÃO 11
2.1 - Introdução
Os instrumentos financeiros são ferramentas de gestão da própria 
operação, da gestão de riscos, especulação ou arbitragem. Tem es-
copos e natureza diferentes, cabendo a entidade a decisão quanto a 
Seção mais apropriada. 
Para auxiliar os decisores a Norma principia definindo aqueles que 
não podem ser reconhecidos, mensurados, apresentados e divulgados 
como instrumentos financeiros básicos, portanto, estão sob o âmbito 
da Seção 12.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 11
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Instrumentos financeiros que não são considerados básicos e estão 
sob o âmbito da Seção 12:
a. Títulos mobiliários lastreados em ativos, tais como hipotecas ga-
rantidas, contratos de recompra e pacotes de recebíveis garantidos.
b. Opções, direitos, garantias, contratos a termo, contratos futuros 
e swaps de taxa de juros, que podem ser quitados em caixa ou pela 
troca com outro instrumento financeiro.
c. Instrumentos financeiros de hedge, de acordo com as exigências 
da Seção 12.
d. Compromissos de conceder empréstimo para outra entidade.
e. Compromissos de receber empréstimo se o compromisso puder 
ser quitado em caixa. 
A Seção também não se aplica aos itens abaixo porque possuem Se-
ções próprias determinando como devem ser reconhecidos, mensura-
dos, avaliados e divulgados:
a. Investimentos em controladas, em coligadas e em empreendimen-
tos controlados em conjunto, que são contabilizados de acordo com a 
Seção 9 – Demonstrações Consolidadas e Separadas, com a Seção 14 
– Investimento em Controlada e em Coligada ou com a Seção 15 – In-
vestimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Ven-
ture).
b. A Seção 22 abrange os instrumentos financeiros considerados 
como instrumento patrimonial.
c. Arrendamentos mercantis, determinados, na Seção 20.
d. Direitos e obrigações dos empregadores de acordo com os planos 
de benefícios (Seção 28).
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 12
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
e. Instrumentos financeiros, contratos e obrigações decorrentes de 
transação de pagamento baseada em ações aos quais se aplica a Se-
ção 26.
f. Ativos de reembolso que são contabilizados de acordo com a Se-
ção 21.
Os instrumentos financeiros considerados como básicos e são conta-
bilizados de acordo com a Seção 11 são:
a. Caixa.
b. Instrumentos de dívida.
c. Compromisso de receber um empréstimo que não pode ser liquida-
do em numerários e que uma vez executados espera-se traga retor-
nos ao mutuante/credor.
d. Investimento em ações preferenciais não conversíveis e ações or-
dinárias ou preferenciais não resgatáveis por ordem do portador.
 
Satisfazendo as condições acima e caracterizados como instrumen-
tos financeiros básicos temos como exemplo:
a. Caixa.
b. Depósitos à vista e a prazo fixo (contas bancárias).
Instrumento financeiro é um contrato que gera um ativo finan-
ceiro para a entidade e um passivo financeiro ou instrumento pa-
trimonial para outra.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 13
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
c. Títulos e letras negociáveis (títulos públicos e privados como por 
exemplo CDB, LTN, OTN etc).
d. Contas a receber e a pagar.
e. Compromissos de receber empréstimo se não puder ser quitado 
em caixa.
f. Empréstimos e contas a pagar. 
g. Investimentos em ações preferenciais não conversíveis e em ações 
ordinárias e açõespreferenciais não resgatáveis.
Para ser contabilizado de acordo com o que preconiza a Seção 11, os 
ativos financeiros precisam satisfazer as condições a seguir:
a. Retornos ao titular (mutuante/credor) avaliados na moeda que que 
o instrumento está emitido, valor fixo, taxa fixa de retorno ao longo da 
vida do instrumento, tenha um retorno variável, por toda sua vida ou a 
combinação de taxas fixa e variável, desde que ambas sejam positivas.
b. Inexistência de cláusula contratual que possa resultar na perda do 
titular (mutuante / credor) do valor do principal, ou juros do período 
corrente ou períodos anteriores.
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
c. A existência de cláusulas contratuais que exijam pagamento ante-
cipado da dívida pelo emissor ou que o mutuante resgate antecipada-
mente, exceto se para proteger.
d. Inexistência de retornos condicionais ou cláusula de reembolso.
Alguns instrumentos financeiros não atendem a condições mencio-
nadas e não podem ser reconhecidos e mensurados sob a Seção 11, 
estando sob o alcance da Seção 12, como por exemplo:
a. Instrumentos patrimoniais que não sejam ações conversíveis ou 
resgatáveis.
b. Swaps de taxas de juros.
c. Contratos futuros e opções.
d. Instrumento de dívida conversível.
2.2 - Passivos financeiros e instrumentos patrimoniais
Ao longo de sua vida as empresas para manter ou expandir suas ope-
rações utilizam normalmente duas formas de financiamento: passi-
vos financeiros ou instrumentos patrimoniais.
Os passivos financeiros são aqueles contraídos junto a instituições fi-
nanceiras, como os empréstimos, ou as dívidas por compras junto a 
fornecedores. Os instrumentos patrimoniais são títulos que conferem 
a seus detentores uma participação no capital da sociedade.
Os empréstimos além de instituições financeiras, podem ser obtidos 
junto a factorings ou fintechs, destinados a atender necessidades de 
caixa de curto prazo, ou quitar obrigações contraídas para financiar 
a própria operação. Empréstimos de longo prazo, normalmente, são 
captados junto a instituições financeiras para investimentos. Sob de-
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
terminadas condições atendem a Seção 11:
a. Empréstimos bancários que permitam quitação antes do venci-
mento. ainda que incorram em penalidades para compensar os custos 
do banco.
b. Empréstimo bancário com taxa de juro fixa que pode ser revertido 
em taxa variável posteriormente.
c. Empréstimos com taxa de juros fixa e parcela variável, como exem-
plo, a Libor mais 200 pontos base.
2.3 - Reconhecimento e mensuração inicial de ativos e passivos fi-
nanceiros
A entidade só pode reconhecer um ativo ou passivo financeiro quando 
se tornar parte do contrato.
Todos os instrumentos financeiros são mensurados pelo custo da 
operação adicionados os custos de transação, excetuando ativos ou 
passivos financeiros em que a taxa de juros pactuada não é de mer-
cado, ou não atende às condições normais deste, como por exemplo 
fornecimento de crédito sem juros ao comprador de produtos, ou taxa 
de juros inferiores ao mercado. Nesta situação é caracterizado como 
operação de financiamento e aplica-se o método de cálculo do valor 
presente dos fluxos de caixa futuros e a taxa adotada é de um instru-
mento de dívida semelhante com taxas de mercado. Alguns exemplos 
de ativos financeiros:
a. Empréstimos de longo prazo concedido a outra entidade reconhe-
cido com base no valor presente.
b. Item vendido em 24 vezes, sem juros, e reconhecido como valor à 
vista.
c. Compra à vista de ações ordinárias de outra empresa
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 16
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
São exemplos de passivos financeiros:
a. Empréstimo bancário reconhecido por seu valor principal e juros,
Instrumento Financeiro Mensuração subsequente
Instrumentos de dívida Custo amortizado
Transações financeiras Valor presente
Empréstimos a receber Custo menos o valor recuperável
Ações Valor justo
Outros investimentos Custo menos o valor recuperável
O custo amortizado pode ser sintetizado como:
(=) Valor inicial do Ativo/Passivo Financeiro
( - ) Amortização do principal
( - ) Redução ao valor recuperável
( = ) Custo amortizado
b. Compras de bens a curto prazo reconhecendo o valor da nota fiscal.
2.4 - Mensuração subsequente
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 17
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
A mensuração subsequente deve ser ocorrer ao final de cada exercí-
cio, sem redução dos custos de transação:
Prazo
Taxa de
juros
Custo Amortização Valor final
5 6,9583 950,00 -40,00 -1.100,00
Usando a taxa efetiva para o empréstimo para o custo amortizado te-
mos a situação abaixo. Os juros devem ser reconhecidos no resultado 
conforme o período de competência:
Ano
Valor con-
tábil no 
início do 
exercício
Rendimento 
de juros a 
6,9583%*
Fluxo de 
entrada de 
caixa
Valor con-
tábil no fim 
do exercício
20X0 950,00 66,10 - 40,00 976,11
20X1 976,11 67,92 - 40,00 1.004,03
20X2 1.004,03 69,86 - 40,00 1.033,89
20X3 1.033,89 71,94 - 40,00 1.065,83
20X4 1.065,83 74,16 - 40,00 1.100,00
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Define a Norma que “Custo amortizado de ativo financeiro ou 
passivo financeiro: Montante pelo qual o ativo financeiro ou o 
passivo financeiro é mensurado pelo valor de seu reconheci-
mento inicial, mais os juros acumulados com base no método da 
taxa efetiva de juros, menos as amortizações de principal, menos 
qualquer redução (direta ou por meio de conta de retificação) por 
ajuste ao valor recuperável ou impossibilidade de recebimento”.
Quando aplicado o método da taxa efetiva dos juros, esta taxa é de-
terminada e os juros e despesas são reconhecidos segundo o período 
de competência. No exemplo abaixo temos um empréstimo em 01/01/
X0, resgatável por R$ 1.100 em 31/12/X4, com juros anuais de R$ 40. 
Os custos de transação foram de R$ 50.
Calculando inicialmente a taxa efetiva de juros, com o apoio de uma 
calculadora financeira temos 6,9583%:
Fonte: NBC TG 1000
2.5 - Valor recuperável do instrumento financeiro
Ao final de cada exercício deve ser avaliados os ativos financeiros e 
havendo evidências quanto ao valor recuperável do ativo a redução 
no valor recuperável deve ser reconhecida no resultado. Algumas evi-
dências são:
a. Dificuldade financeira.
b. Quebra de contrato.
c. Razão econômica ou legal.
d. Outros como condições econômicas locais ou nacionais ou mudan-
ças negativas nas condições do setor.
2.6 - Reversão
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
A entidade deve fazer a reversão caso haja evidências que houve mu-
dança positiva na situação que levaram ao reconhecimento da perda, 
como por exemplo, melhoria na condição financeira do credor.
2.7 - Desreconhecimento (baixa) de ativo financeiro
A entidade deve baixar um ativo financeiro (desreconhecimento) quan-
do vença ou seja liquidado ou quando transfira para terceiros os riscos 
e benefícios da propriedade deste ativo.
Um passivo financeiro é baixado quando as obrigações previstas no 
contrato são cumpridas, canceladas ou expiradas.
2.8 - Resumo 
O reconhecimento dos instrumentos financeiros, inicialmente, é pelo 
custo mais as despesas de transação ou valor presente dos fluxos de 
caixa futuros. Durante sua vida são avaliados pelo custo amortizado, 
ou seja, reconhecidos os juros ou encargos, as amortizações e a redu-
ção ao valor recuperável
 
2.9 - Divulgação
As divulgações sobre os ativos e passivos financeiros tem como finali-
dade informar aos usuários contábeisquais as bases foram adotadas 
na mensuração e avaliação destes. A Norma determina que a entidade 
deve:
a. Divulgar as práticas contábeis adotadas para contabilizar os ins-
trumentos financeiros,
b. Divulgação das categorias e os valores de cada categoria de ativos 
e passivos financeiro: valor justo, custo amortizado, custo menos re-
dução ao valor recuperável ou valor justo com ajuste no resultado
c. Informações que permitam aos usuários avaliar o desempenho e 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
impacto dos instrumentos financeiros para a posição financeira,
d. A natureza, natureza dos riscos e benefícios de ativos financei-
ros que a entidade transferiu, mas permanece exposta porque não se 
qualificam para serem baixados,
e. Caso haja, ativos financeiros concedidos como garantia para pas-
sivos contingentes,
f. Inadimplência e quebra de contrato de empréstimo, se houver,
g. Itens de receita, despesa, ganho ou perda.
3 - OUTROS TÓPICOS SOBRE INSTRUMEN-
TOS FINANCEIROS – SEÇÃO 12
3.1 - Introdução
A segregação dos instrumentos financeiros em duas seções é devido 
ao grau de complexidade, escopo e risco.
Entre os instrumentos financeiros sob o alcance da Seção 12 estão os 
derivativos, instrumentos financeiros negociados no mercado futuro 
com a finalidade de proteção, quando o investidor possui um ativo e 
precisa proteger da volatilidade dos preços, ou para obtenção de lu-
cro (especulação) quando o investidor não possui ativo para proteção. 
Derivam de outros ativos, por exemplo no mercado de câmbio derivam 
do dólar. Os derivativos estão sob o alcance da Seção 12.
Fortuna (2015) em sua definição associou a finalidade desses instru-
mentos ao afirmar que:
Um derivativo é um ativo ou instrumento financeiro, cujo preço deriva 
de um ativo ou instrumento financeiro de referência que justifica sua 
existência, seja com a finalidade de obtenção de ganho especulativo 
específico em si próprio, ou, principalmente, hedge (proteção) contra 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
eventuais perdas no ativo ou instrumento de referência
Estes instrumentos financeiros complexos sofrem constante mudan-
ça de preços devido ao ativo de referência. Amaral (2003) explica esta 
volatilidade:
Instrumentos financeiros derivativos são todos aqueles que resultam 
de algum produto primário (que seriam as ações e demais títulos de 
renda variável ofertados publicamente). Consequentemente, um deri-
vativo deve comportar-se em termos de seu preço, no exato sentido 
do preço ativo-base do qual resulta
Iudícibus, Martins, Gelbcke e Santos (2010) classificam os instrumen-
tos complexos derivativos como “uma classe especial de instrumentos 
financeiros” e apontam as seguintes características: a) investimento 
inicial nulo ou muito pequeno, b) estão baseados em um ou mais itens 
subjacentes, c) serão liquidados por diferença (pelo valor líquido em 
data futura”. Vale lembrar que estão sob a abrangência da Seção 12:
Os derivativos são negociados em diversos mercados futuros, tais 
como a termo, de opções e de swaps.
No mercado a termo as partes compram e vendem determinada quan-
tidade de mercadoria, para entrega em data futura. As partes (vende-
dor e comprador) ficam vinculadas até o vencimento do contrato.
No mercado de opções negocia-se o direito de comprar ou vender, em 
data futura, um ativo financeiro ou mercadoria por determinado preço 
fixo. Ao adquirir um direito o comprador paga um prêmio ao comprador 
para ter a opção de comprar ou vender. O vendedor (lançador) terá a 
obrigação de efetuar o exercício, enquanto o comprador (titular) sem-
pre terá o direito do exercício, mas nunca a obrigação de exercê-lo. 
O mercado de Swap é um mercado de troca de rentabilidade e de ou-
tros indicadores. Exemplo: Uma empresa exportadora tem recebíveis 
em dólares e um empréstimo corrigido pela inflação (IPCA + % anual). 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Através de um contrato de swap ela faz a dívida por correção em dólar
Sob a égide da Contabilidade das PMEs mesmo que a entidade tenha 
apenas instrumentos financeiros básicos deve avaliar a possibilidade 
de utilizar a Seção 12 para reconhecimento, desreconhecimento (bai-
xa), mensuração e divulgação, porque a escolha sobre a contabilização 
mais apropriada é de responsabilidade da entidade, portanto, precisa 
certificar se está isenta, deve aplicar ambas, ou ainda aplicar a NBC TG 
38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
A Seção 12 não é aplicável aos instrumentos financeiros básicos, bem 
como para outros itens para os quais há Seções próprias normatizan-
do o assunto, ou não são classificados como ativos financeiros, a sa-
ber:
a. Investimentos em controladas e coligadas e empreendimentos 
controlados em conjunto (joint ventures) - Seção 9.
b. Planos de benefícios a empregados - Seção 28.
c. Contratos de seguros, exceto se resultar em perdas para ambas as 
partes, com cláusulas contratuais não relacionadas a mudança de ris-
co do segurado, mudanças de taxas de câmbio ou inadimplência das 
partes,
d. Instrumentos de patrimônio líquido da própria entidade - Seção 22.
e. Operações de arrendamento mercantil - Seção 20.
f. Transações de pagamentos em ações - Seção 26.
g. Ativos de reembolso - Seção 21.
h. Contratos de compra e venda de mercadorias ou ativo imobilizado, 
exceto se impor riscos ao comprador ou vendedor, atípicos aos con-
tratos de contratos de compra e venda de ativos tangíveis.
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
3.2 - Reconhecimento e mensuração inicial
A entidade só deve reconhecer um ativo ou passivo financeiro quando 
se torna-se parte das cláusulas contratuais. 
Quando a entidade se torna parte do instrumento faz-se o reconheci-
mento pelo valor justo, normalmente, o preço de transação.
3.3 - Reconhecimento subsequente
Ao final de cada exercício a entidade deve mensurar todos os ativos 
financeiros, sob o âmbito da Seção 12, pelo valor justo e reconhecer no 
resultado as mudanças no valor justo. 
Caso não possa mensurar a valor justo sem custo ou esforço exces-
sivo o instrumento financeiro deve ser mensurado pelo valor justo na 
última data em que foi mensurado de forma confiável menos as re-
duções no valor recuperável, até que seja possível a mensuração por 
valor confiável
 
3.4 - Divulgação
Todas as exigências aplicadas a Seção 11 são repetidas para a Seção 
12, acrescendo que as operações que estão sob o alcance da Seção 12, 
como as operações de hedge, com divulgação separada por tipo de 
risco:
a. Descrição do hedge.
b. Descrição dos instrumentos financeiros designados como hedge e 
seus valores na data de referência.
c. Natureza dos riscos que estão sendo cobertos, inclusive descrição 
do item objeto do hedge.
Para o hedge de risco de taxa fixa, ou risco de commodity, mantido 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
pela entidade, deve ser publicado tanto o valor da alteração do valor 
justo reconhecido no resultado como o objeto de hedge reconhecido 
no resultado.
Tratando-se de hedge para cobertura de risco de taxa de juros variá-
vel, risco cambial, risco de preço da commodity a entidade deve divul-
gar:
a. Períodos e resultados em que são esperados os fluxos de caixa.
b. Descrição de transação prevista anteriormente e que não irá mais 
ocorrer.
c. O valor da mudança no valor de instrumento de hedge que foi reco-
nhecido em outros resultados abrangentes.
d. Valor que foi reclassificado para resultado do período.
e. O valor de qualquer excesso da mudança acumulada no valor justo 
do instrumentode hedge sobre a mudança acumulada nos fluxos de 
caixa esperado.
4 - SUBVENÇÃO GOVERNAMENTAL –
SEÇÃO 24
4.1 Introdução
Subvenção é um auxílio governamental, normalmente, através da 
transferência de recursos financeiros públicos a empresas públicas e 
privadas, com objetivo de quitação de despesas de custeio em ativi-
Subvenção governamental é uma assistência pelo governo na 
forma de transferência de recursos pela entidade, em troca do 
cumprimento passado ou futuro de certas condições relaciona-
das às atividades operacionais da entidade.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 25
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
dades assistenciais.
A assistência governamental é realizada através de atos do governo 
destinados a fornecer benefício econômico a uma entidade ou grupo 
delas, para que atendam, ou por terem atendido, a critérios específi-
cos. São exemplo assistências técnicas e de comercialização gratui-
tas, concessão de garantias e empréstimos sem juros ou com juros 
baixos.
4.2 - Reconhecimento e mensuração
É reconhecido como receita quando os valores forem líquidos e cer-
tos, ou seja, não há imposição de condições de desempenho futuro. O 
recurso recebido está atrelado ao cumprimento de desempenho pas-
sado.
Quando o desempenho está por cumprir, quando a subvenção impõe 
critérios de desempenho para a entidade recebedora dos recursos a 
receita só pode ser reconhecida quando as condições de desempenho 
foram cumpridas. As subvenções recebidas antes do cumprimento 
dos critérios de desempenho devem ser reconhecidas como passivos.
A mensuração será pelo valor justo do ativo recebido ou recebível. Para 
o reconhecimento deve-se observar a essência econômica da transa-
ção e não o recebimento. O reconhecimento como receita só é permi-
tido quando houver satisfeitas as condições de desempenho, relacio-
nadas às atividades da empresa e que deram origem a subvenção.
4.3 - Divulgação
Preconiza a Norma que a seguintes informações sobre as subvenções 
governamentais devem ser divulgadas:
a. A natureza e os valores de subvenções governamentais reconheci-
dos nas demonstrações contábeis, 
b. Condições não atendidas e outras contingências ligadas às sub-
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
venções governamentais que não tenham sido reconhecidas no resul-
tado,
c. Indicação de outras formas de assistência governamental da qual 
a entidade tenha diretamente se beneficiado.
5 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL 
DOS ATIVOS – SEÇÃO 27
5.1 - Introdução
A Seção 27 trata da redução ao valor recuperável dos ativos, discipli-
nando para que os valores contabilmente registrados não excedam 
seu valor de recuperação pelo uso ou pela venda, e quando este fato 
ocorrer determina os procedimentos aplicáveis para o reconhecimen-
to das perdas.
Este tratamento contábil não é aplicável a todos os tipos de ativos, os 
destacados abaixo dispõem de Seções próprias:
a. Instrumento financeiros básicos e outros tópicos de instrumentos 
financeiros (Seções 11 e 12).
b. Propriedade para investimento mensurada pelo valor justo (Seção 
16).
c. Ativos provenientes de contrato de construção (Seção 23).
d. Ativos provenientes de benefícios a empregados (Seção 28).
e. Tributos diferidos ativos (Seção 29).
f. Ativos biológicos e produtos agrícolas mensurados pelo valor justo 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 27
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
menos as despesas estimadas de vendas (Seção 34).
5.2 - Estoques 
Nas empresas industriais e comerciais o estoque representa um gran-
de valor em relação ao ativo circulante e seu consumo, ou uso, está 
diretamente ou indiretamente relacionado às receitas, custos e resul-
tados operacionais da entidade.
Para estimular as vendas, desenvolver novos, produtos, mercados, 
canais ou maximizar os resultados os gestores tomam decisões en-
volvendo o estoque e estes também são afetados por variáveis ex-
ternas à empresa como as mudanças dos hábitos de consumo, novos 
produtos lançados pela concorrência, mudanças ou incremento na 
tecnologia existente, ou mesmo mudanças na política comercial ou de 
produção da empresa.
Estas variáveis, isoladas ou em conjunto, afetam o valor do estoque 
sendo necessário a realização de testes para avaliar se os valores 
contabilizados estão em consonância com aqueles que seriam obti-
dos com a venda.
A perda por desvalorização deve ser reconhecida imediatamente no 
resultado, quando o valor contábil for superior. Para calcular este va-
lor a entidade deve efetuar, em cada data de divulgação, se os esto-
ques estão desvalorizados, comparando o valor contábil de cada item 
do estoque, ou grupo de itens, com seu preço de venda menos os cus-
tos para completar e vender.
Caso um item, ou grupo de itens, estiver desvalorizado o valor contábil 
deve ser reduzido para um valor menos o custo para completar e ven-
Valor recuperável é maior valor entre o valor justo diminuído das 
despesas de venda de um ativo e seu valor em uso.
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
der. Esta redução é a perda por desvalorização.
Nem sempre é possível determinar item a item o preço de venda me-
nos os custos para completar e vender. Neste caso a Norma permite 
o agrupamento, para propósito de avaliação da redução do valor re-
cuperável, observadas alguns requisitos como pertencerem a mesma 
linha de produto, possuírem propósitos finais similares e produzidos 
e vendidos na mesma área geográfica.
A reversão é possível e deve ser realizada quando em exercício subse-
quente as razões ou circunstâncias que originaram a perda deixem de 
existir, ou quando haja evidência clara do aumento de preços de venda 
menos o custo para completar e vender. Não obstante, a reversão está 
limitada ao valor da perda por desvalorização de modo que o novo va-
lor contábil seja o menor entre o custo e o valor revisado do preço de 
venda menos os custos para completar e vender.
5.3 - Outros ativos, exceto estoques
Como princípio, se o valor recuperável do ativo for inferior ao valor 
contábil a entidade deve reduzir o valor contábil para seu valor recu-
perável reconhecendo a perda imediatamente no resultado. A pergun-
ta é como proceder para verificar a necessidade de reconhecer ou não 
uma perda?
A cada data de divulgação, por ocasião do encerramento das demons-
trações contábeis a entidade deve verificar a indicação que um ativo 
possa estar desvalorizado. Caso não exista a indicação não é necessá-
rio estimar o valor recuperável.
A indicação de desvalorização do ativo pode ter origem em fontes in-
ternas ou externas de informação. As fontes externas são:
a. O valor de mercado do bem foi reduzido acima de seu seu uso nor-
mal ou da passagem do tempo.
b. Mudanças significativas onde a empresa opera, durante o perío-
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 29
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
do ou futuro próximo, e afetarão negativamente o valor do ativo, tais 
como o ambiente econômico, tecnológico, de mercado, ou legal. 
c. Mudanças nas taxas de juros, ou outras taxas de retorno de inves-
timento, que afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor 
em uso do ativo, por conseguinte reduzindo o valor justo menos as 
despesas para vender o ativo.
d. O valor contábil dos ativos líquidos da entidade é maior que o valor 
justo estimado como um todo.
Quanto às fontes internas de informação temos:
a. Evidência de obsolescência ou dano físico.
b. Relatório interno que indica que o desempenho do ativo é inferior 
ao estimado. Neste desempenho inclui os fluxos de caixa e resultados 
operacionais.
c. Mudanças na entidade, no período ou período futuro, com efeitos 
adversos sobre o valor do ativo. Exemplos destasmudanças são pla-
nos para descontinuar, reestruturar a operação na qual o ativo per-
tence, alienar o ativo antes da data e revisão de vida útil como definida 
ao invés de indefinida.
Na impossibilidade de estimar o valor recuperável do ativo individual-
mente é permitido estimar o valor recuperável da unidade geradora 
de caixa que o ativo pertence porque às vezes, o ativo individualmente 
não é gerador de caixa.
Valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que 
se espera de um ativo ou unidade geradora de caixa.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 30
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
5.4 - Mensuração do valor recuperável
Destaca a Norma que para efeito de mensuração o valor recuperável 
de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre 
o valor justo menos despesas para vender e seu valor de uso. Em con-
traposição, o ativo não sofre desvalorização se o valor justo menos as 
despesas para vender ou o valor de uso excederem o valor contábil.
O valor líquido de venda do ativo é aquele obtido em condições nor-
mais de mercado entre partes interessadas e conhecedoras para ati-
vos similares, a preços correntes, ou quando o bem não estiver dispo-
nível o preço de bens idênticos ou similares, ou o valor de transações 
recentes quando o mercado não está ativo.
5.5 - Valor em uso
Entende-se por valor em uso o valor presente dos fluxos de caixa que 
se espera obter do ativo, assim, o cálculo é efetuado com os seguintes 
passos:
a. Determinar os fluxos de caixa futuros (entradas e saídas) que se 
espera obter com o uso do ativo reduzindo o valor de venda ao final da 
vida útil, também denominado de valor residual.
b. Aplicar a taxa de descontos adequada a estes fluxos de caixa futu-
ros.
Estes fluxos de caixa futuros têm elevado grau de incerteza na deter-
minação de suas variáveis e para minimizar alguns elementos devem 
estar refletidos nele:
a. Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter 
com esse ativo.
b. Expectativa de possíveis variações no montante durante o período 
que se espera que o ativo gere fluxos de caixa.
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
c. Taxa de desconto, ou valor do dinheiro no tempo, utilizando uma 
taxa atual de juros livre de risco.
d. Estimativa de valor para a incerteza referente ao próprio ativo.
e. Outros fatores, como por exemplo a falta de liquidez dos partici-
pantes do mercado para determinar os fluxos de caixa.
Na elaboração do fluxo de caixa não devem incluir os tributos sobre a 
renda e as entradas e saídas de caixa provenientes das atividades de 
financiamento.
Os fluxos de caixa futuro devem ser estimados em sua condição atual, 
não incluindo possíveis aprimoramento para melhoria do desempe-
nho do ativo ou reestruturações para as quais a entidade ainda não 
esteja compromissada.
5.6 - Reconhecimento e mensuração de perda por desvalorização 
para unidade geradora de caixa
O conceito de geradora de caixa é o menor grupo de ativos identificá-
veis que gera entrada de caixa que são, em grande parte, independen-
tes de entradas de caixa de outros ativos ou grupo de ativos.
A condição de perda por desvalorização de uma unidade geradora de 
caixa se o valor recuperável desta for menor que o valor contábil, e 
devem ser realizadas na seguinte ordem:
Primeiro para os valores contábeis de qualquer ágio para expectativa 
de rentabilidade futura alocado na unidade geradora de caixa.
De maneira proporcional, para os demais ativos da unidade geradora 
de caixa, com base no valor de cada ativo.
5.7 - Divulgação
A entidade deve divulgar as informações sobre as perdas com desva-
lorização para cada classe de ativos:
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
a. Estoques.
b. Ativo imobilizado, incluindo propriedade para investimento classi-
ficada pelo método de custo.
c. Ágio.
d. Ativos intangíveis, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade 
futura,
e. Investimento em coligadas.
f. Investimento em empreendimentos controlados em conjunto.
As informações a serem divulgadas são:
a. O valor das perdas reconhecido no resultado durante o período da 
demonstração e quais contas de resultado estas perdas afetaram.
b. O valor das reversões das perdas com desvalorização do período e 
quais as contas de resultado foram impactadas.
6 - EFEITO DAS MUDANÇAS NAS TAXAS 
DE C MBIO E CONVERSÃO DAS DEMONS-
TRAÇÕES CONTÁBEIS – SEÇÃO 30
6.1 - Introdução
 
A moeda é o meio pelo qual as transações são efetuadas. Tem efeito 
sobre a renda, emprego e inflação e cumpre basicamente três função: 
de intermediário entre mercadorias, instrumento pelo qual as merca-
dorias são cotadas e como reserva de valor.
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 33
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
A moeda em si é um ativo, de alta volatilidade, seus preços variam o 
tempo todo influenciados por diversos fatores nacionais e mundiais. 
Esta mudança, ou flutuação no valor da moeda, afeta as demonstra-
ções contábeis, exigindo a conversão destas para, segundo Hernan-
dez (2005):
• Obter informações contábeis em moeda forte, não sujeita aos efei-
tos da inflação.
• Permitir ao investidor estrangeiro melhor acompanhamento de seu 
investimento.
• Possibilitar a aplicação do método de equivalência patrimonial, e
• Possibilitar a consolidação e combinação de demonstrações contá-
beis.
A Seção 30 determina como incluir as operações no exterior nas de-
monstrações contábeis porque as entidades operam no exterior atra-
vés de operações de compra, venda de mercadorias e serviços, inves-
timentos em operações no exterior, e portanto, fazem transacções em 
moeda estrangeira, possuem operações no exterior, além de apresen-
tarem as demonstrações contábeis em moeda estrangeira
Para gerenciar os riscos da flutuação das taxas de câmbio as empre-
sas utilizam instrumentos financeiros de hedge (proteção). O trata-
mento contábil para estes instrumentos é preconizado na Seção 12 
– Outros Tópicos Sobre Instrumentos Financeiros.
6.2 - Moeda Funcional
A entidade necessita definir a moeda funcional, assim entendendo a 
moeda do ambiente econômico principal onde ela opera, onde normal-
mente gera e desembolsa caixa. Para determinar a moeda funcional 
alguns aspectos precisam ser levados em consideração, tais como:
a. Situações que mais influenciam os preços dos produtos e
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
serviços, e
b. Forças que influenciam na determinação do preço de seus produ-
tos e serviços, tais como competição e regulamentos.
c. A moeda que mais influencia os custos com mão de obra, forneci-
mento de produtos e serviços e materiais.
d. A moeda na qual são obtidos recursos de atividades financeiras, 
tais como instrumentos de dívida e patrimoniais.
e. A moeda de recebimento das atividades operacionais.
6.3 - Divulgação de transações em moeda estrangeira na moeda 
funcional
Para efeito de divulgação a entidade deve reconhecer na moeda fun-
cional as transações em moeda estrangeira, ou seja, aquela que é 
realizada e exige liquidação em moeda estrangeira, e são oriundas de 
compra e venda de produtos ou serviços, tem empréstimos concedi-
dos ou recebidos ou quando compra, vende ativos ou liquida passivos 
em moeda estrangeira.
Este reconhecimento é realizado inicialmente na moeda funcional com 
a aplicação da importância em moeda estrangeira, no câmbio à vista, 
na data da transação. 
Estabelece ainda a Norma que por questões práticas a entidade deve 
buscar a taxa que mais se aproxima do real, podendo ser uma taxa 
média de uma semana, ou um mês, a ser utilizada para todas as tran-
sações. Ressalva ainda que em caso deeconomias hiperinflacioná-
rias, ou com flutuação significativa de câmbio, estas taxas médias são 
inadequadas.
6.4 - Divulgação no final dos períodos de divulgação subsequente
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 35
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Nos períodos subsequentes, ao final de cada período, a entidade deve 
converter os itens monetários utilizando as taxas de fechamento, os 
itens não monetários mensurados pelo custo histórico em moeda es-
trangeira utilizando a data da transação e os itens não monetários 
que são mensurados a valor justo em moeda estrangeira utilizando as 
taxas da data que o valor justo foi determinado. 
A entidade deve reconhecer no resultado as variações do período em 
que ocorreram as liquidações de itens monetários ou provenientes da 
conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas que fo-
ram inicialmente convertidas.
6.5 - Mudança na Moeda Funcional
A empresa pode mudar a moeda funcional e, quando ocorrer, deve apli-
car os procedimentos de conversão prospectivamente a partir da data 
da mudança. Entretanto, uma vez determinada, a mudança de moeda 
funcional só deve ocorrer se houver mudanças nas transações, even-
tos e condições subjacentes e estas afetarem os preços dos produtos 
e serviços.
6.6 - Conversão para a moeda de apresentação
A Norma permite a apresentação das demonstrações contábeis em 
qualquer moeda/moedas. Quando a moeda de apresentação for dife-
rente da moeda funcional deve converter os itens do balanço patrimo-
nial, da receita e da despesa para a moeda de apresentação. O exem-
plo é de um grupo econômico que possui demonstrações contábeis 
em diversas moedas funcionais, assim, os itens de receita, despesa, e 
balanço patrimonial devem ser convertidos para uma moeda comum 
para que possam ser consolidados.
Os ativos e passivos apresentados no balanço, inclusive os compa-
rativos, devem ser convertidos para a taxa de câmbio de fechamen-
to. Receitas e despesas da demonstração de resultado e demonstra-
ção de resultado abrangente devem ser convertidas pelas taxas de 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 36
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
câmbio das datas das transações. As variações resultantes devem ser 
reconhecidas como outro resultado abrangente e informadas como 
componente do patrimônio líquido.
As variações são resultantes das conversões das receitas, despesas 
pela taxa de transações e a taxa de fechamento, enquanto nos ativos 
líquidos a taxa de conversão entre o fechamento atual e o anterior.
6.7 - Conversões de operação no exterior para a moeda de apresen-
tação do investidor
Ao incorporar ativos, passivos, receitas e despesas de operações no 
exterior com aquelas das demonstrações da própria entidade, esta 
deve seguir os procedimentos normais de consolidação, tais como a 
eliminação de saldos dentro do grupo e transações dentro da contro-
lada. Entretanto, um ativo ou passivo não pode ser eliminado sem a 
apresentação do resultado da flutuação da moeda nas demonstra-
ções contábeis.
Nas demonstrações contábeis consolidadas a entidade que divulga as 
demonstrações contábeis reconhece a variação cambial no resulta-
do ou componente do patrimônio líquido quando tratar-se de investi-
mento líquido de controlada no exterior.
6.8 - Divulgação
A entidade deve divulgar a moeda na qual as demonstrações contábeis 
foram apresentadas e quando esta for diferente da moeda funcional 
deve declarar o fato, divulgar a moeda funcional e o porquê da apre-
sentação de uma moeda de apresentação diferente. É dever divulgar a 
mudança de moeda funcional, se houver.
A entidade deve divulgar também as variações cambiais reconhecidas 
no resultado e/ou no patrimônio líquido, ou seja:
a. As variações cambiais reconhecidas no resultado do período, exce-
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 37
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
to instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo,
b. As variações cambiais do período classificadas em grupo separado 
e classificadas em grupo do patrimônio líquido no final do período.
7 - ATIVIDADES ESPECÍFICAS – SEÇÃO 34
7.1 - Introdução
Em função das peculiaridades das atividades de agricultura, extração 
e concessão de serviços a Norma das PMEs NBC TG 1000 (R1) segre-
gou-as na Seção 34, objetivando um direcionamento sobre a divulga-
ção contábil.
7.2 - Agricultura
Ao adotar a Norma as entidades envolvidas em atividades agrícolas 
devem determinar uma prática contábil para cada classe de ativos 
biológicos, utilizando o método de valor justo para os ativos biológi-
cos da produção agrícola – colheita, para os quais o valor justo é pron-
tamente determinável sem custo ou esforço excessivo. Para todos os 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 38
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
demais itens a entidade deve utilizar o valor do custo.
O reconhecimento de um produto agrícola ou ativo biológico só é pos-
sível quando, e apenas quando:
a. A entidade controlar o ativo como resultado de eventos passados.
b. for provável que benefícios econômicos futuros associados com o 
ativo fluirão para a entidade, e
c. o valor justo ou custo do ativo puder ser mensurado de maneira 
confiável sem custo ou esforço excessivo.
7.2.1 - Mensuração - método de valor justo
O reconhecimento inicial de um ativo biológico é a valor justo e em 
cada balanço o valor justo menos as despesas de venda. As alterações 
nesse valor justo menos as despesas de vendas devem ser reconheci-
das no resultado.
No momento da colheita da produção agrícola proveniente dos ativos 
biológicos da entidade deve ser mensurada pelo valor justo deduzi-
das as despesas de venda. Esta é a mensuração é o custo aplicável na 
data.
Para a determinação do valor justo o profissional contábil deve consi-
derar questões tais como o mercado ativo, localização, preços atuais 
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo 39
NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
cotados naquele mercado, preço de mercado de similares, bem como 
padrões do setor.
Na existência de um mercado ativo para o produto agrícola, ativo bio-
lógico, considera-se para determinação do valor justo a condição do 
ativo, sua localização atual, como consequência o preço de mercado é 
a base para o valor justo. Em havendo diferentes mercados ativos ela 
deve usar o preço do mercado que negociará seus produtos.
Na inexistência de um mercado ativo deve utilizar, quando disponível, 
uma ou mais das seguintes alternativas:
a. Desde que não haja mudança significativa nas circunstâncias eco-
nômicas entre a data da transação e a data de encerramento do ba-
lanço, o preço da transação de mercado mais recente.
b. O preço de mercado de ativos similares com ajustes para refletir as 
diferenças.
c. Padrões do setor, tais como o valor de um pomar expresso pelo 
valor de contêiner de exportação, alqueires ou hectares, e o valor do 
gado expresso por quilograma ou arroba de carne.
d. As fontes de informações podem sugerir diferentes preços para 
o valor justo do ativo biológico, neste caso as, diferenças devem ser 
analisadas a fim de obter a estimativa mais confiável.
e. Em determinadas circunstâncias os valores podem ser determi-
nados sem custo ou esforço excessivo, mas não disponíveis para um 
ativo biológico nas condições atuais. Neste caso a entidade deve con-
siderar os fluxos de caixa líquidos esperados do ativo biológico, des-
contados a uma taxa corrente determinada pelo mercado, para gerar 
uma medida de valor justo confiável.
7.2.2. - Divulgação - método do valor justo
A divulgação dos ativos biológicos mensurados a valor justo deve con-
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
ter a descrição dos ativos biológicos, osmétodos e premissas aplica-
dos para determinação do valor justo de cada categoria de produção 
agrícola no ponto de colheita, conciliação das alterações entre os va-
lores de início e fim do período, sendo que a conciliação deve incluir:
a. Ganhos ou perdas provenientes das alterações no valor justo me-
nos despesas de venda.
b. Aumentos resultantes de aquisições.
c. Diminuições resultantes de colheitas.
d. Aumentos resultantes de combinação de negócios.
e. Variações cambiais provenientes da conversão de demonstrações 
contábeis para moeda de apresentação diferente e da conversão de 
operação no exterior para a moeda de apresentação da entidade que 
divulga as demonstrações contábeis. 
f. Outras alterações.
A conciliação não precisa ser apresentada para períodos anteriores.
7.2.3 - Divulgação - método de custo
Quanto a divulgação, os ativos biológicos mensurados pelo método 
de custo devem divulgar a descrição dos ativos biológicos, explicar 
as razões do valor justo não poder ser mensurado de forma confiável, 
sem custo ou esforço excessivo, o método de depreciação utilizado, 
o valor contábil bruto, a depreciação acumulada, juntamente com as 
perdas acumuladas pelo valor recuperável no início e fim do período
7.3 - Exploração e avaliação de recursos minerais
A segunda atividade especializada destacada pela Norma é destina-
da a empresas envolvidas com a exploração ou avaliação de recur-
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
sos minerais e deve determinar uma política contábil que especifique 
quais gastos são reconhecidos como ativos de exploração e avaliação 
e deve aplicar a política de forma consistente. Os exemplos são:
a. aquisição de direitos para explorar
b. estudos topográficos, geológicos, geoquímicos e geofísicos.
c. perfuração exploratória.
d. criação de valas.
e. amostragem, e
f. atividades em relação à avaliação da viabilidade técnica e comercial 
da extração do recurso mineral.
A Norma determina ainda que o não deve ser reconhecido como ativos 
de exploração e avaliações os gastos com desenvolvimento de recur-
sos minerais.
Inicialmente a entidade deve fazer o reconhecimento inicial a custo 
e posteriormente tratar os ativos segundo a Seção correspondente. 
de acordo com a natureza dos ativos, por exemplo, Seção 17 para ele-
mentos do estoque. Quando as circunstâncias sugerirem que o valor 
contábil excede ao valor recuperável do ativo de exploração este deve 
ser avaliado quanto ao valor recuperável. A redução de valor deve ser 
objeto de divulgação.
Um ou mais dos itens abaixo descritos indicam a necessidade de tes-
tar os ativos de exploração e avaliação quanto a redução do valor re-
cuperável:
a. A proximidade do período de expiração do prazo de exploração de 
determinada área e a expectativa que não será renovado. Este prazo 
pode ter expirado ou estar próximo de expirar.
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
b. Ausência de orçamento ou planejamento de gastos expressivos 
adicionais para exploração e avaliação de recurso minerais na área 
específica.
c. Descontinuidade da área específica porque a exploração e avalia-
ção não confirmam quantidades comercialmente viáveis de recurso 
minerais.
d. A existência de dados que indicam que o valor contábil do ativo de 
exploração e avaliação provavelmente não será recuperado mesmo 
com o desenvolvimento bem-sucedido.
A entidade deve realizar o teste de redução ao valor recuperável e re-
conhecer as perdas conforme a Seção 27. 
7.4 - Acordo de Concessão de Serviços
Neste tópico a Norma aborda entidades que tenham contratos de 
acordo de concessão de serviços entre uma empresa privada e gover-
no, ou órgão do setor público (concedente). O poder público contrata a 
entidade operadora privada com objetivo de desenvolver, aperfeiçoar 
ou operar ativos de infraestrutura da concedente, tais como, como ro-
dovias, pontes, túneis, aeroportos, redes de distribuição de energia, 
hidroelétricas, penitenciárias ou hospitais
A peculiaridade destes contratos é que o poder concedente regula e 
controla os serviços a serem fornecidos, a utilização dos ativos, o pre-
ço e também controla alguma participação residual significativa dos 
ativos ao final do período do acordo de concessão.
Estes contratos dividem-se em duas categorias,
a. Na primeira, a entidade operadora recebe um ativo financeiro – um 
direito contratual incondicional de receber um valor em dinheiro ou 
outro ativo financeiro especificado ou determinável do governo, em 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
troca da construção ou aperfeiçoamento do ativo do setor público, e 
posterior operação e manutenção do ativo por um período especifica-
do de tempo. Essa categoria inclui garantias do governo de pagar por 
quaisquer insuficiências entre os valores recebidos dos usuários do 
serviço público e os valores especificados ou determináveis. 
b. Na outra, a entidade operadora recebe um ativo intangível – um 
direito de cobrar pelo uso do ativo do setor público que construir ou 
aperfeiçoar e em seguida operar e manter por um período específico 
de tempo. Um direito de cobrar os usuários não é um direito incondi-
cional de receber dinheiro porque os valores estão condicionados à 
extensão na qual a população utilizar o serviço.
7.4.1 - Tratamento contábil - categoria de ativo financeiro
O tratamento contábil para a categoria de ativo financeiro deve reco-
nhecer um ativo financeiro na extensão em que tiver um direito con-
tratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do 
concedente pelos serviços de construção. Neste caso a entidade deve 
mensurar o ativo pelo valor justo, seguindo a Seção 11 e 12. Instrumen-
tos Financeiros Básicos e Tópicos Sobre Instrumentos Financeiros. 
7.4.2 - Tratamento contábil - categoria de ativo intangível
Em havendo a categoria de ativo intangível a entidade (operadora) 
deve reconhecer o ativo ao receber a licença de cobrar dos usuários 
pelo serviço público. Neste caso a mensuração é pelo valor justo em 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
conformidade com a Seção 18 – Ativo intangível.
Em alguns contratos haverá as duas categorias de ativos, portanto 
duas formas de reconhecer, mensurar e divulgar.
A Receita pela concessão dos serviços deverá ser reconhecida, men-
surada e divulgada de acordo com a Seção 23 - Receitas
 
8 - ADOÇÃO INICIAL DA NORMA
– SEÇÃO 35
 
8.1 - Introdução
As Entidades que adotarem a NBC TG 1000 (R1), ou que tenham ado-
tado anteriormente, mas não continham a declaração explícita e sem 
reservas do cumprimento da Norma, devem aplicar a Seção 35 – Ado-
ção Inicial da Norma, ou aplicar a norma retrospectivamente de acor-
do com a Seção 10 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Re-
tificação de Erro como se a entidade não tivesse deixado de aplicar. 
As primeiras demonstrações contábeis que se adequarem pela pri-
meira vez em conformidade com esta Norma devem conter uma de-
claração, explícita e não reservada, de conformidade com esta NBC TG 
1000 (R1) – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
A adoção pela primeira vez ocorre quando a entidade:
a. Não apresentou demonstrações contábeis para os períodos ante-
riores.
b. Apresentou suas demonstrações contábeis anteriores mais recen-
tes de acordo com outras exigências que não são consistentes com a 
Norma em todos os aspectos, ou
c. Apresentou suas demonstrações contábeis anteriores mais recen-
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
tes em conformidade com o conjunto completo das normas do CFC.
O conjunto completo das demonstraçõescontábeis são as seguintes 
demonstrações:
a. balanço patrimonial ao final do período.
b. demonstração do resultado do período de divulgação.
c. demonstração do resultado abrangente do período de divulgação.
d. demonstração das mutações do patrimônio líquido para o período 
de divulgação.
e. demonstração dos fluxos de caixa para o período de divulgação, 
f. notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contá-
beis significativas e outras informações explanatórias. 
As demonstrações contábeis na data de transição devem observar no 
balanço inicial de abertura:
a. Reconhecimento de todos os ativos e passivos de acordo com a 
Norma.
b. Não reconhecer ativos e passivos que a Norma não permitir.
c. Reclassificar itens reconhecidos de acordo com o arcabouço con-
tábil anterior.
d. Mensurar todos os ativos e passivos de acordo com a Norma.
As divergências, ou ajustes, entre a aplicação da Norma, apresenta-
das no balanço patrimonial de abertura, e das políticas e práticas an-
teriores devem ser reconhecidos diretamente em lucros ou prejuízos 
acumulados ou, caso determinado por esta Norma, em outro grupo de 
patrimônio líquido.
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Vale lembrar que a Entidade não deve alterar retrospectivamente tra-
tamento contábil anterior para as seguintes transações:
a. Baixa de ativos e passivos financeiros,
b. A entidade não deve alterar suas operações de hedge, para tran-
sações que não existem mais, antes da data de transição para esta 
norma. Não obstante, as operações de hedge que existirem na data de 
transição, a entidade deve seguir as exigências da contabilidade para 
operações de hedge da Seção 12 – Outros Tópicos sobre Instrumentos 
Financeiros,
c. Estimativas contábeis,
d. Operações descontinuadas,
e. Mensuração da participação de não controladores. As exigências 
de alocação no resultado e outros resultados abrangentes da partici-
pação dos não controladores e os proprietários da entidade controla-
dora devem ser aplicados prospectivamente a partir da data de tran-
sição da Norma.
f. Empréstimos do governo. A entidade deve adotar para estes em-
préstimos os requisitos da Seção 11 – Instrumentos Financeiros Bá-
sicos, Seção 12 e Seção 24 – Subvenção Governamental prospecti-
vamente a empréstimos do governo existentes na data de transição 
para esta norma. 
Não obstante, a Norma permite a entidade usar uma ou mais das isen-
ções abaixo quando das primeiras demonstrações contábeis:
a. Combinação de negócios. Na primeira vez a entidade não deve apli-
car a Seção 19 - Combinação de Negócios e Ágio por Expectativa de 
Rentabilidade Futura (Goodwill) para as combinações de negócios que 
foram efetivadas antes da data de transição para a Norma NBC TG 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
1000 (R1)
b. Transações de pagamento baseado em ações. Ao adotar a Norma 
pela primeira vez a entidade não necessita aplicar a Seção 26 – Pa-
gamento Baseado em Ações tanto para os títulos patrimoniais como 
para os passivos provenientes das transações baseadas em ações 
que foram liquidados antes da data de transição.
c. Custo atribuído: Ao adotar pela primeira vez a Norma a entidade 
pode optar por mensurar o ativo imobilizado ou a propriedade para in-
vestimento, na data de transição pelo seu valor justo, utilizando o va-
lor justo como seu custo atribuído nessa data. Neste caso a Interpre-
tação Técnica ITG 10 – Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo 
Imobilizado e à Propriedade para Investimento deve ser observada.
d. Reavaliação como custo atribuído. Caso seja legalmente permitido 
a entidade pode usar a reavaliação para fins de custo atribuído.
e. Mensuração ao valor justo direcionada por evento como custo atri-
buído. Caso a entidade tenha estabelecido como, por exemplo, avalia-
ção do negócio, ou de partes do negócio, para as finalidades de venda 
planejada, o custo atribuído de acordo com seus princípios contábeis 
anteriores para a totalidade ou parte de seus ativos e passivos men-
surando-os pelo seu valor justo em data específica devido a evento. 
f. Variações de conversões cumulativas. A entidade pode considerar 
todas as variações de conversão cumulativas de todas as operações 
no exterior como sendo zero, na data da transição, entretanto, a Se-
ção 30 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de 
Demonstrações Contábeis exige a classificação das variações como 
componente separado do patrimônio líquido.
g. Demonstrações contábeis separadas. No caso das demonstrações 
contábeis separadas a entidade deve contabilizar todos os seus in-
vestimentos em controladas, coligadas e entidades controladas em 
conjunto pelo custo menos a desvalorização, ou pelo valor justo, com 
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
as alterações reconhecidas no resultado, ou ainda, pelo método de 
equivalência patrimonial.
h. Instrumentos financeiros compostos. Reza a Norma que dívida 
conversível e instrumentos financeiros compostos que contém com-
ponentes de passivo e patrimônio líquido devem ser separados. En-
tretanto, na adoção inicial a entidade não precisa separar esses com-
ponentes.
i. Tributos diferidos sobre o lucro. A partir da data de transição a enti-
dade pode aplicar a Seção 29 – Tributos Sobre o Lucro.
j. Acordos de concessão de serviços. Ao adotar a Norma pela primeira 
vez a entidade não necessita aplicar os itens para os acordos de con-
cessão de serviços previstos nos itens 34.12 a 34.16.
k. Atividades de extração. A entidade poderá optar por mensurar os 
ativos de petróleo e gás, utilizados na exploração, avaliação, desen-
volvimento ou produção, na data da transição pelo valor contábil de 
acordo com a com as práticas contábeis anteriores da entidade. En-
tretanto, a entidade deve testar a recuperabilidade desses ativos con-
forme a Seção 27 – Redução ao Valor Recuperável dos Ativos.
l. Contratos que contêm arrendamento mercantil. Na data da tran-
sição da Norma a entidade pode analisar os contratos com base nos 
fatos e circunstâncias ao invés da data em que o acordo se iniciou.
m. Passivos por desativação incluídos no custo do ativo imobilizado. A 
estimativa inicial dos custos de desmontagem, remoção, restauração 
de área onde o item está localizado, bem como os passivos adquiridos 
em consequência do bem utilizado com a finalidade de produção, na 
data da transição, a entidade poderá optar em mensurar pelo custo do 
ativo nesta data ao invés da data em que inicialmente a obrigação se 
originou.
n. Operações sujeitas a regulamentação de tarifas. A entidade na 
transição da Norma poderá escolher utilizar o valor contábil dos itens 
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CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
do ativo imobilizado ou intangível utilizados em operações sujeitas a 
regulamentação de tarifas, de acordo com os princípios contábeis an-
teriores na data de transição para esta norma como seu custo atribuí-
do. Se a entidade aplicar essa isenção ao item, ela não precisa aplicá-
-la a todos os itens.
A entidade deve fazer o teste de recuperabilidade conforme Seção 27.
Hiperinflação severa. Quando a moeda funcional da entidade estava 
sujeita a hiperinflação severa. 
Caso a entidade não consiga reconhecer os ativos e passivos segun-
do esta norma, não reconhecer itens porque a norma não permite ou 
fazer a reclassificação, a entidade deve aplicar as isenções supra des-
critas para ajustes nos períodos mais antigos, para os quais isso seja 
praticável, e deve identificar quais valores nas demonstrações contá-
beis não foram atualizados.
Na impossibilidade de fornecer quaisquer das divulgações exigidas, 
incluindo os períodos comparativos,a omissão deve ser divulgada.
8.2. - Divulgação
A entidade deve explicar o efeito da transição de suas normas e prá-
ticas contábeis no balanço patrimonial, nas suas demonstrações de 
resultados e nos fluxos de caixa divulgados e caso tenha aplicado an-
teriormente também é necessário divulgar:
a. Razão pela qual deixou de aplicar a norma.
b. Razão pelo qual está retomando a aplicação da norma.
c. Se aplicou esta Seção da Norma ou se aplicou retrospectivamente.
É necessário fazer a conciliação para demonstrar os efeitos da tran-
sição nas demonstrações contábeis da entidade e, para tanto, devem 
incluir
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NBC TG 1000 (R1)
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
a. Descrição da natureza de cada prática contábil.
b. Conciliação do patrimônio líquido de acordo com a prática anterior 
e com a adoção da norma, na data da transição e na data do encerra-
mento do período mais recente, de acordo com a prática anterior.
c. Conciliação do resultado apurado de acordo com a prática contá-
bil anterior e para o período anterior e de acordo com o resultado da 
Norma.
 
Na existência de erros nas práticas anteriores é necessário a distinção 
do que é erro e o que são as mudanças das práticas contábeis.
Caso a entidade não tenha apresentado demonstrações contábeis 
anteriores deve divulgar este fato em suas primeiras demonstrações 
contábeis sob esta Norma.
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