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CONTABILIDADE E GESTAO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS aula 3

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CONTABILIDADE E GESTÃO DE 
MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Daiane Lolatto 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta abordagem, trataremos especificamente da Norma Brasileira de 
Contabilidade Técnica Geral n. 1.000 (Revisão 1) – NBC TG 1000 (R1) (CFC, 
2016). E, para tanto, estudaremos os seguintes tópicos: 
• NBC TG 1000 (R1): contabilidade para médias empresas 
• NBC TG 1000 (R1): políticas contábeis, instrumentos financeiros e 
estoques 
• NBC TG 1000 (R1): investimentos, imobilizado e intangível 
• NBC TG 1000 (R1): provisão, subvenções, impairment 
• Por que adotar a NBC TG 1000 (R1) 
Aproveite esta leitura e exercite os conhecimentos adquiridos resolvendo 
as atividades propostas. Lembre-se: a melhor forma de aprender é exercitando! 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
As NBCs direcionadas às médias empresas são de extrema importância 
para o desenvolvimento e crescimento sustentável dessas empresas. Essas 
normas têm como objetivo principal padronizar e regularizar as práticas 
contábeis dessas empresas, garantindo maior transparência e confiabilidade nas 
informações financeiras apresentadas por elas. A aplicação das NBCs também 
oferece benefícios para o mercado como um todo, visto que as informações 
contábeis padronizadas permitem uma melhor avaliação e análise da saúde 
financeira das empresas, o que pode influenciar nas decisões de investimentos 
e de crédito. 
Diante disso, nesta abordagem vamos conhecer as diretrizes para a 
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. A NBC TG 1000 (R1) 
(CFC, 2016) produziu, afinal, diversas mudanças na elaboração dessas 
informações, e este conteúdo é fundamental para entendermos o próximo 
conteúdo. Por isso, é imprescindível você se atentar a todos os tópicos e 
detalhes descritos. Iniciaremos falando sobre a contabilidade para médias 
empresas. 
 
 
 
3 
TEMA 1 – NBC TG 1000 (R1): CONTABILIDADE PARA MÉDIAS EMPRESAS 
A NBC TG 1000 (R1), que anteriormente era aplicado às pequenas e 
médias empresas, agora se aplica exclusivamente às médias empresas. Essa 
mudança ocorreu em dezembro de 2021 com a publicação da NBC TG 1001, 
que passou a ser a norma aplicável às empresas de pequeno porte, como 
mencionado anteriormente (CFC, 2016, 2021a). 
As empresas de médio porte são aquelas com uma receita bruta anual 
entre R$ 78 milhões a R$ 300 milhões ou um ativo total de até R$ 240 milhões. 
Embora a NBC TG 1000 (R1) não defina especificamente um intervalo de receita 
bruta ou ativo total para classificar uma empresa como de médio porte, outras 
normas e contábeis e tributárias permitem essa definição. Com base na 
alteração da Lei das Sociedades por Ações pela Lei n. 11.638/2007, art. 3º, 
parágrafo único, são consideradas empresas de grande porte aquelas que, no 
exercício social anterior, obtiveram receita bruta anual superior a R$ 300 milhões 
ou possuem ativo total superior a R$ 240 milhões. Essas empresas devem seguir 
as normas contábeis específicas, editadas pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC). Por outro lado, a NBC TG 1001 deve ser aplicada às pequenas 
empresas com receita bruta anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões (CFC, 
2016, 2021a; Brasil, 1976, 2007). 
Portanto, empresas que possuem receita bruta anual entre R$ 78 milhões 
a R$ 300 milhões ou ativo total de até R$ 240 milhões são consideradas 
empresas de médio porte. É importante ressaltar que a definição de médias 
empresas pode variar de acordo com a legislação e as normas contábeis 
vigentes em cada país. No Quadro 1, podemos acompanhar a aplicação das 
normas para cada tipo de entidade. 
Quadro 1 – Aplicação das normas contábeis 
Tipo de entidade Porte da entidade 
Norma a ser 
aplicada 
Alternativa permitida 
Empresas de 
grande porte 
(sociedades por 
ações) 
Ativo total > R$ 240 
milhões ou 
receita bruta anual > 
R$ 300 milhões (Lei n. 
11.638/2007) 
Todos os 
pronunciamentos 
técnicos do CPC 
Não há 
 
 
4 
Médias empresas 
 
Ativo total até R$ 240 
milhões ou 
receita bruta anual 
entre R$ 78 milhões a 
R$ 300 milhões 
NBC TG 1000 (R1) 
Todos os 
pronunciamentos 
técnicos do CPC 
 
 
Pequenas 
empresas 
 
Receita bruta anual 
entre R$ 4,8 milhões 
a R$ 78 milhões 
 
 
 
NBC TG 1001 
 
 
 
NBC TG 1000 (R1) ou 
os pronunciamentos 
técnicos do CPC 
Microempresas 
Receita bruta anual < 
R$ 4,8 milhões 
NBC TG 1002 
 
NBC TG 1001 ou 
NBC TG 1000 (R1) ou 
os pronunciamentos 
técnicos do CPC 
Fonte: Elaborado com base em Brasil, 2007; CFC, 2016, 2021a, 2021b. 
Sendo assim, vamos analisar algumas regras dispostas na NBC TG 1000 
(R1). Segundo a norma, o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer 
informações relevantes sobre a posição financeira da empresa (balanço 
patrimonial), seu desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de 
caixa. Essas informações são úteis para os usuários, de forma geral, que podem 
não ter condições de solicitar relatórios personalizados para atender às suas 
necessidades específicas de informação. 
As características qualitativas da informação compreendem 
compreensibilidade, relevância (restrição da materialidade), confiabilidade, 
primazia da essência sobre a forma, prudência, integralidade, comparabilidade, 
tempestividade e equilíbrio entre custo e benefício. Vamos comparar, no Quadro 
2, o volume de características que as informações contábeis das médias 
empresas devem ter em relação às pequenas empresas e microentidades. 
 
 
 
 
5 
Quadro 2 – Conceitos e princípios gerais 
NBC TG 1000 (R1) 
Médias empresas 
NBC TG 1001 
Pequenas empresas 
NBC TG 1002 
Microentidades 
Compreensibilidade Compreensibilidade Compreensibilidade 
Relevância/materialidade Relevância/materialidade Relevância/materialidade 
Confiabilidade Confiabilidade Confiabilidade 
Primazia da essência Essência sobre a forma Prudência 
Prudência Prudência Comparabilidade 
Integralidade Comparabilidade 
Comparabilidade 
Tempestividade 
Custo x benefício 
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016, 2021a, 2021b. 
Podemos observar que as informações geradas pelas médias empresas 
possuem mais pré-requisitos do que as informações geradas pelas pequenas 
empresas e microentidades. Adicionalmente, as informações devem ser íntegras 
(completas), tempestivas, e o custo da geração da informação deve ser inferior 
aos benefícios gerados por ela. 
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), o conjunto completo de 
demonstrações contábeis que devem ser apresentadas pelas empresas de 
médio porte são: 
a. Balanço Patrimonial (BP); 
b. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
c. Demonstração do Resultado Abrangente (DRA); 
d. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); 
e. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); 
f. Notas Explicativas (NE), compreendendo o resumo das políticas 
contábeis significativas e outras informações explanatórias. 
A NBC TG 1000 (R1) especifica a estrutura básica de cada uma dessas 
demonstrações (CFC, 2016). Assim, as empresas de médio porte devem 
recorrer à norma para elaborarem e apresentarem suas demonstrações. Vamos 
comparar a obrigatoriedade das demonstrações contábeis para as médias 
 
 
6 
empresas em relação às empresas de pequeno porte e às microentidades, no 
Quadro 3. 
Quadro 3 – Obrigatoriedade das demonstrações contábeis 
NBC TG 1000 (R1) 
Médias empresas 
NBC TG 1001 
Pequenas empresas 
NBC TG 1002 
Microentidades 
BP BP BP 
DRE DRE DRE 
DRA DMPL/DLPA DLPA 
DMPL/DLPA DFC Declaração de conformidade 
DFC 
NE 
NE (menor rigidez) 
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016, 2021a, 2021b. 
Diante disso, vamos estudar, na sequência, algumas particularidades da 
geração da informação contábil das médias empresas. De antemão, é 
importante destacar que as regras para essas empresas são mais robustas que 
as regras aplicadas às pequenas empresas e microentidades e devem ser 
analisadascom bastante atenção. 
TEMA 2 – POLÍTICAS CONTÁBEIS, INSTRUMENTOS FINANCEIROS E 
ESTOQUES 
As políticas contábeis são importantes para garantir que as informações 
financeiras de uma empresa sejam apresentadas de maneira clara e consistente. 
Algumas das políticas contábeis envolvem depreciação de ativos, 
reconhecimento de receita e registro de despesas. 
Os instrumentos financeiros abrangem uma variedade de ativos e 
passivos, como ações, títulos e outros. Nas médias empresas, os instrumentos 
financeiros costumam ser utilizados para gerenciar riscos e obter recursos. A 
gestão adequada desses instrumentos financeiros contribui para o sucesso do 
negócio. Os instrumentos financeiros mais comuns nas médias empresas 
abrangem empréstimos bancários, linhas de crédito e contas a receber de 
clientes. 
 
 
7 
Os estoques (bens destinados à revenda, produção ou consumo) 
representam ativos relevantes para as médias empresas. Logo, é essencial ter 
políticas adequadas para a sua gestão, incluindo o método de avaliação dos 
estoques e divulgação adequada das informações financeiras relacionadas a 
esses ativos. 
Sendo assim, vamos entender qual o tratamento contábil dado às médias 
empresas a respeito de suas políticas contábeis, instrumentos financeiros e 
estoques. 
2.1 Políticas contábeis, mudanças de estimativa e retificação de erros 
A NBC TG 1000 (R1) estabelece que as situações que não forem tratadas 
por essa norma devem ser contempladas de forma que resultem em informações 
relevantes e confiáveis. A administração pode considerar as exigências e 
diretrizes das normas completas (os pronunciamentos contábeis do CPC) ao 
lidar com questões similares ou relacionadas. A mudança nas políticas contábeis 
que já estão em uso somente pode ocorrer quando houver uma exigência 
normativa (algo de teor obrigatório); ou quando gerar demonstrações contábeis 
que apresentem informações mais pertinentes e confiáveis acerca dos efeitos de 
transações, eventos ou circunstâncias na situação patrimonial e financeira, no 
desempenho e nos fluxos de caixa da entidade (algo que é voluntário) (CFC, 
2016). 
No que diz respeito à aplicação da mudança de política contábil 
obrigatória, em alguns casos pode haver normas transitórias. Se as normas 
transitórias apresentarem a forma de aplicação inicial, essas normas específicas 
devem servir como base para registrar uma mudança de política contábil. Caso 
não existam normas transitórias ou se a mudança for voluntária, a aplicação da 
mudança deverá ser retrospectiva (CFC, 2016). 
De acordo com a norma, a mudança retrospectiva envolve a aplicação de 
uma nova política contábil para transações, eventos e condições, considerando 
a data mais antiga em que for possível, como se essa nova prática contábil 
sempre tivesse sido aplicada. Caso seja impossível determinar os efeitos da 
mudança em um único período, para informações comparativas de períodos 
anteriores a empresa deve aplicar a nova forma contábil aos valores contábeis 
dos ativos e passivos no início do período mais antigo em que a aplicação 
retrospectiva for possível. Além disso, a entidade deve ajustar o saldo de 
 
 
8 
abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado para esse período, 
conforme a nova prática contábil (CFC, 2016). 
Um exemplo de aplicação retrospectiva ocorre quando uma empresa 
decide adotar um novo método de avaliação de estoques, como o método 
conhecido como primeiro a entrar, primeiro a sair (Peps) ou a média ponderada. 
Nessa situação, a empresa recalcula o valor dos estoques de períodos anteriores 
de acordo com o novo método e ajusta as demonstrações financeiras passadas 
de acordo com essa nova avaliação. Na Figura 1, podemos observar as regras 
de aplicação das mudanças de política. 
Figura 1 – Aplicação das mudanças políticas obrigatórias e voluntárias 
 
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016. 
As estimativas contábeis mencionadas pela NBC TG 1000 (R1) são 
utilizadas para se lidar com a incerteza relacionada às atividades das empresas 
e às práticas de mercado, sendo uma parte essencial do processo de 
reconhecimento e mensuração contábil. Vários elementos patrimoniais da 
entidade não podem ser medidos com precisão e, portanto, estimativas 
confiáveis devem ser adotadas para refletirem adequadamente a realidade dos 
negócios. No decorrer do tempo, essas estimativas podem sofrer alterações. Um 
exemplo disso é o aumento da provisão de garantias em razão do aumento nas 
vendas de bens com defeito ou a redução da vida útil de um ativo imobilizado 
devido à obsolescência tecnológica do bem (CFC, 2016). 
Padoveze, Benedicto e Leite (2014, p. 251) associam a mudança de 
estimativa a alterações de circunstâncias, surgimento de novas informações e 
maior experiência em relação à estimativa. Assim, as estimativas contábeis 
podem exigir revisão à medida que as condições em que foram realizadas 
Mudança de política 
obrigatória
Exigência das normas
Conforme normas transitórias
Mudança de política voluntária
Informações mais pertinentes e 
confiáveis
Aplicação retrospectiva
Quando não houver 
disposições transitórias 
 
 
9 
sofrerem alterações ou surgirem novas circunstâncias que não foram previstas. 
Conforme a NBC TG 1000 (R1), a mudança de estimativa contábil deve ser 
reconhecida de forma prospectiva (CFC, 2016). Caso a entidade seja capaz de 
estimar o impacto da mudança em um ou mais exercícios subsequentes, é 
necessário que essa estimativa seja divulgada em notas explicativas. Por 
exemplo, vamos supor que a empresa tenha um equipamento industrial e, 
inicialmente, tenha estimado que ele duraria dez anos, antes de ser substituído. 
No entanto, após uma análise mais detalhada, percebe-se que a vida útil real 
desse equipamento é de apenas oito anos. Diante dessa constatação, a empresa 
deve fazer um ajuste na forma como calcula a depreciação do equipamento, a 
partir do exercício corrente em diante (prospectivamente). 
Diferentemente da mudança das políticas e estimativas contábeis, os 
erros envolvem omissões ou incorreções nas informações contábeis. Esses 
erros podem ocorrer durante registro, mensuração, apresentação ou divulgação 
das informações contábeis (CFC, 2016). A contabilização de um ativo por um 
valor superior ou inferior e a omissão do registro em um período específico são 
alguns exemplos de erros. Existe diferença na forma de correção de erros 
materiais e imateriais, e essa diferença se dá pela forma como os erros afetam 
as demonstrações contábeis. Quando a entidade identifica erros materiais de 
períodos anteriores, deve fazer o ajuste retroativo, nas primeiras demonstrações 
contábeis autorizadas para emissão após sua descoberta, como aconteceu no 
caso das Americanas, na operação de risco sacado, também conhecida como 
forfait ou financiamento a fornecedores. Os erros imateriais intencionais também 
devem ser corrigidos retroativamente, pois decorrem de fraude (CFC, 2016). Por 
exemplo, deixar de reconhecer uma despesa para aumentar o resultado líquido 
é um caso de erro imaterial intencional. Por outro lado, os erros imateriais 
involuntários, que não afetam significativamente a tomada de decisões do 
usuário da informação contábil, não precisam ser corrigidos retrospectivamente. 
Sendo assim, podemos resumir a aplicação das mudanças nas políticas 
e estimativas contábeis e a retificação de erros conforme demonstrado no 
Quadro 4. 
 
 
 
 
10 
Quadro 4 – Mudanças nas políticas e estimativas contábeis e a retificação de 
erros 
Operação Aplicação 
Mudança de política contábil Retrospectiva 
Mudança de estimativa contábil Prospectiva 
Retificação de erro Retrospectiva 
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016. 
2.2 Instrumentos financeiros 
O instrumento financeiro corresponde a um contrato que resulta em um 
ativo financeiro para a entidade e um passivo financeiro ou instrumento 
patrimonial para outra entidade(CFC, 2016). Isso quer dizer que um instrumento 
financeiro é um acordo que estabelece direitos e obrigações financeiras entre 
duas partes. Por exemplo, se uma empresa empresta dinheiro a outra empresa 
por meio de um contrato de empréstimo, esse contrato é considerado um 
instrumento financeiro. A empresa que empresta o dinheiro possui um ativo 
financeiro, pois tem o direito de receber o valor emprestado com juros, no futuro. 
Por outro lado, a empresa que recebe o empréstimo possui um passivo 
financeiro, pois está obrigada a devolver o valor emprestado dentro do prazo 
estabelecido. 
A norma classifica os instrumentos em dois grandes grupos: instrumentos 
financeiros básicos e instrumentos financeiros mais complexos. No Quadro 5, 
podemos verificar essa classificação. 
Quadro 5 – Instrumentos financeiros básicos e complexos 
Instrumentos financeiros básicos 
(aplicação da Seção 11 da NBC TG 1000 
(R1)) 
 
Instrumentos financeiros complexos 
(aplicação da Seção 12 da NBC TG 1000 
(R1)) 
 
Caixa (dinheiro físico) 
Títulos mobiliários lastreados em ativos, tais 
como hipotecas garantidas, contratos de 
recompra e pacotes de recebíveis garantidos 
 
 
11 
Depósitos à vista e a prazo fixo, quando a 
entidade é o depositante (por exemplo, 
contas bancárias) 
Opções, direitos, garantias, contratos a 
termo, contratos futuros e swaps de taxa de 
juros, que podem ser quitados em caixa ou 
pela troca com outro instrumento financeiro 
Títulos e letras negociáveis (ações, 
certificados de depósito bancário, entre 
outros) 
Instrumentos financeiros que se qualificam e 
são designados como instrumentos de hedge 
Contas, títulos e empréstimos a receber e a 
pagar 
Compromissos de conceder empréstimo 
para outra entidade 
Títulos de dívida e instrumentos semelhantes 
(debêntures, empréstimos, entre outros) 
Compromissos de receber empréstimo se 
houver possibilidade de quitação em caixa 
Investimentos em ações preferenciais não 
conversíveis e em ações ordinárias e ações 
preferenciais não resgatáveis 
 
Compromissos de receber empréstimo se o 
compromisso não puder ser quitado em 
caixa 
 
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016. 
Os instrumentos financeiros básicos são reconhecidos e mensurados 
inicialmente pelo custo da transação ou pelo valor presente dos futuros 
pagamentos de caixa descontados sob taxa de juros de mercado, se envolverem 
uma transação de financiamento. Após o reconhecimento inicial, os instrumentos 
financeiros básicos são avaliados pelo custo amortizado, pelo valor justo ou pelo 
custo menos redução ao valor recuperável, de acordo com as normas contábeis 
aplicáveis. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos contratuais 
para os fluxos de caixa vencem ou são liquidados, e os passivos financeiros são 
baixados quando a obrigação é paga, cancelada ou vencida. Os ativos e 
passivos financeiros mais complexos são reconhecidos pelo valor justo e 
mensurados subsequentemente pelo valor justo, com as variações sendo 
reconhecidas no resultado. A contabilidade de hedge tem como objetivo proteger 
operações financeiras específicas, como variação na taxa de juros, na taxa de 
câmbio ou no preço de uma mercadoria, e é regulamentada pelas normas 
contábeis aplicáveis (CFC, 2016). 
2.3 Estoques 
Segundo a NBC TG 1000 (R1), os estoques são ativos mantidos para 
venda no decorrer das operações comerciais normais, ativos em processo de 
 
 
12 
produção para venda ou ativos consolidados na forma de materiais ou 
suprimentos a serem consumidos no processo de produção ou prestação de 
serviços. A entidade deve avaliar seus estoques pelo menor valor entre o custo 
e o preço de venda estimado, deduzido dos custos para finalizar a produção e 
das despesas de pôr os produtos para venda. O custo do estoque envolve todos 
os custos de aquisição, custos de transformação e outros custos incorridos para 
colocar os estoques no seu local e nas condições atuais (CFC, 2016). 
Os custos de aquisição se referem aos gastos envolvidos na compra de 
um bem. Isso inclui o preço de compra, o recolhimento de impostos de 
importação e outros tributos (exceto aqueles que podem ser recuperados 
posteriormente pela empresa), os custos de transporte, manuseio e outros 
custos diretamente relacionados à aquisição. Para determinar o custo de 
aquisição, são deduzidos descontos comerciais, abatimentos e itens 
semelhantes. Já os custos de transformação englobam os gastos necessários 
para transformar matérias-primas em produtos acabados. Isso inclui tanto os 
custos diretos, como com a mão de obra, quanto a alocação sistemática dos 
custos indiretos de produção, sejam eles fixos, sejam variáveis. Os custos 
indiretos fixos de produção são aqueles que permanecem constantes, como a 
depreciação e a manutenção de instalações e equipamentos, além dos custos 
administrativos relacionados à gestão de uma fábrica. Os custos indiretos 
variáveis de produção variam de acordo com o volume de produção, como os 
materiais indiretos e o consumo de energia (CFC, 2016). 
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), a entidade deve avaliar o custo de 
estoques utilizando o método do Peps ou o método do custo médio ponderado. 
Esse mesmo tratamento é dado pela NBC TG 1001 e pela NBC TG 1002. O 
método intitulado último a entrar, primeiro a sair (Ueps) não é permitido pela 
norma. Entretanto, essa restrição ao método Ueps não é imposto às grandes 
empresas ou empresas que adotam os pronunciamentos contábeis do CPC, de 
um modo geral (CFC, 2016, 2021a, 2021b). 
No final de cada exercício social, a empresa deve verificar se seus 
estoques precisam ser reduzidos ao seu valor recuperável. Isso ocorre quando 
o valor contábil dos estoques não pode ser completamente recuperado, tornando 
necessária a avaliação de possíveis perdas (CFC, 2016). 
 
 
13 
Vamos continuar tratando das regras contábeis para as médias empresas. 
Na sequência, vamos compreender o tratamento contábil dado aos 
investimentos, ao imobilizado e ao intangível. 
TEMA 3 – NBC TG 1000 (R1): INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL 
Os investimentos, o imobilizado e o intangível se referem a um conjunto 
de ativos que são imprescindíveis para as empresas. Esses ativos podem incluir 
investimentos em outras empresas ou empreendimentos conjuntos, além de 
bens e equipamentos fixos utilizados para a produção de bens ou serviços. O 
ativo intangível pode ser representado por patentes, marcas, softwares e outros 
direitos de propriedade intelectual importantes para a criação e manutenção da 
vantagem competitiva de uma empresa. O gerenciamento desses ativos é 
fundamental para o sucesso da empresa, pois afeta a sua capacidade de 
inovação e crescimento no mercado. Sendo assim, é necessário compreender 
as regras contábeis desses ativos. Na sequência, vamos entender algumas de 
suas especificidades contábeis. 
3.1 Investimentos 
As entidades que possuem investimentos em outras empresas devem 
atender a alguns critérios específicos na elaboração das suas demonstrações 
contábeis. O investimento da empresa pode ser realizado em outra que seja 
controlada ou coligada àquela. 
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), coligada é uma entidade na qual o 
investidor possui influência significativa, mas que não é controlada pelo 
investidor e também não se configura como um investimento em 
empreendimento controlado em conjunto. A influência significativa se refere ao 
poder de participar das decisões relacionadas à política financeira e operacional 
da entidade coligada. Segundo a norma, se o investidor possuir 20% ou mais do 
poder de voto da entidade coligada, presume-se que ele tenha influência 
significativa, a menos que seja claramente comprovado o contrário. Se o 
investidor possuir menos de 20% do poder de voto, presume-se que não tenha 
influência significativa, a menos que seja claramente comprovado o contrário. A 
 
 
14 
propriedade de partesubstancial ou majoritária por parte de outro investidor não 
impede que um investidor tenha influência significativa (CFC, 2016). 
Quando a legislação societária brasileira permitir outras opções além do 
método da equivalência patrimonial, o investidor deverá registrar todos os seus 
investimentos em entidades coligadas de acordo com uma das seguintes 
alternativas: método do custo, método da equivalência patrimonial e método do 
valor justo, conforme determina a NBC TG 1000 (R1). O método do custo 
consiste em registrar o investimento pelo valor pago na aquisição, com ajustes 
posteriores para recuperação ou reconhecimento de perdas de valor. O método 
da equivalência patrimonial é aplicado quando o investidor possui influência 
significativa sobre a coligada ou controlada, registrando-se o investimento pelo 
valor contábil da participação ajustado pelo resultado líquido da coligada ou 
controlada. O método do valor justo é utilizado quando há informações de 
mercado disponíveis para se precificar o investimento, registrando-o pelo valor 
justo de mercado na data do balanço, obtido por meio de cotações em bolsas de 
valores ou outras avaliações de mercado (CFC, 2016; Santos et al., 2022). 
Controladora é a entidade que detém o controle de uma ou mais empresas 
controladas. No balanço individual das controladas, deve-se aplicar tudo o que 
se refere a investimento em coligada, exceto quando houver disposição em 
contrário (CFC, 2016). 
O investimento em empreendimento controlado em conjunto (joint 
venture) tem se tornado uma nova tendência mundial. Trata-se de uma 
alternativa interessante para obter capital necessário para se expandir e manter 
as atividades econômicas, assim como para agregar atributos importantes ao 
negócio, como tecnologia, capacidade gerencial ou mercadológica, rede de 
distribuição, entre outros, detidos por acionistas distintos. Além disso, o 
compartilhamento do controle é uma maneira de distribuir os possíveis riscos de 
um negócio entre os acionistas envolvidos. Essa divisão de controle é 
normalmente definida no estatuto ou contrato social da empresa ou por meio de 
documentos complementares, como um acordo de acionistas (Santos et al., 
2022). Assim como ocorre nos investimentos em empresa controlada e coligada, 
nos investimentos em empreendimento controlado em conjunto as participações 
devem ser mensuradas pelo método do custo, pelo método de equivalência 
patrimonial ou pelo método do valor justo (CFC, 2016). 
 
 
15 
3.2 Propriedade para investimento 
Propriedade para investimento é um tipo de investimento imobiliário em 
que um investidor adquire um imóvel com o objetivo de obter retorno financeiro 
a longo prazo. Essa propriedade pode ser alugada ou vendida, com o objetivo 
de se gerar renda ou se obter lucro com a valorização do imóvel (Santos et al., 
2022). 
A propriedade para investimento mantida por um arrendatário por meio de 
arrendamento operacional pode ser classificada e contabilizada como 
propriedade para investimento, desde que atenda à definição de propriedade 
para investimento e o arrendatário possa avaliar seu valor justo de forma 
contínua, sem custos ou esforços excessivos. Essa classificação alternativa 
deve ser analisada individualmente para cada propriedade (CFC, 2016). 
Propriedades de uso misto devem ser separadas entre propriedade para 
investimento e ativo imobilizado. No entanto, se o valor justo do componente de 
propriedade para investimento não puder ser avaliado de forma confiável, sem 
custos ou esforços excessivos, toda a propriedade deve ser contabilizada como 
ativo imobilizado (CFC, 2016). 
3.3 Imobilizado 
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), os ativos imobilizados são ativos 
tangíveis (materiais) mantidos para uso na produção ou fornecimento de bens 
ou serviços, para locação a terceiros ou para fins administrativos, e que se 
espera que sejam utilizados por um período superior a um ano. Por exemplo, um 
prédio usado para fins comerciais, o maquinário de uma fábrica ou equipamentos 
de informática que servem a fins administrativos podem ser considerados ativos 
imobilizados (CFC, 2016). 
O reconhecimento inicial dos bens do ativo imobilizado ocorre pelo custo 
de aquisição, o qual inclui todos os gastos necessários para colocar o bem em 
condições de uso. Após esse reconhecimento inicial, o ativo imobilizado pode 
ser mensurado pela entidade por meio do método do custo ou método da 
reavaliação, caso isso seja permitido por lei. No método do custo, o item deve 
ser apresentado no balanço pelo seu custo original, subtraído da depreciação 
acumulada e das perdas estimadas por redução ao valor recuperável 
(impairment). No método da reavaliação, quando permitido por lei (o que não é 
 
 
16 
o caso no Brasil), um item do imobilizado pode ser apresentado pelo seu valor 
reavaliado, que representa seu valor justo no momento da reavaliação, deduzido 
da depreciação acumulada e das perdas estimadas por redução ao valor 
recuperável (CFC, 2016; Santos et al., 2022). 
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a depreciação é uma 
forma de contabilizar os desgastes ou perdas de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência dos ativos imobilizados (Brasil, 1976). Vamos supor 
que uma empresa tenha adquirido um veículo por R$ 60 mil para realizar a 
entrega de suas mercadorias. Conforme o veículo é utilizado, ele sofre 
depreciação, ou seja, ocorre uma redução do seu valor contábil, ao longo do 
tempo. Se a vida útil estimada do veículo é de 4 anos e a empresa decide adotar 
o método linear de depreciação, a cada ano, o veículo será depreciado em R$ 
15 mil (R$ 60 mil / 4 anos). A empresa também pode fazer uso de outros métodos 
de depreciação, como descrito na sequência. 
A NBC TG 1000 (R1) estabelece que, caso as partes principais de um 
item do Ativo Imobilizado apresentem padrões de consumo de benefícios 
econômicos significativamente diferentes, o custo inicial do ativo deve ser 
alocado para suas partes principais e depreciado separadamente, ao longo das 
vidas úteis dessas partes. Os outros ativos devem ser depreciados como um 
único item, ao longo de toda a sua vida útil. Os métodos de depreciação que as 
entidades de médio e grande porte podem optar compreendem o método da 
linha reta ou linear, o método dos saldos decrescentes e o método das unidades 
produzidas (CFC, 2016). A NBC TG 1001 e a NBC TG 1002 restringem a 
apuração da depreciação pelo método de linha reta (CFC, 2021a, 2021b). 
A baixa do ativo imobilizado pode ser realizada em razão da venda ou 
quando não existir expectativa de benefícios econômicos futuros pelo seu uso 
ou venda (alienação). A entidade deve registrar ganho ou perda na baixa do ativo 
imobilizado e não classificar esse ganho como receita ou essa perda como 
despesa. O ganho é reconhecido como outras receitas na DRE e a perda, como 
outras despesas. Enquanto as receitas e despesas decorrem da atividade 
principal da empresa, os ganhos e perdas são oriundos de atividades não 
operacionais. Vamos imaginar que uma empresa possua um veículo registrado 
no ativo imobilizado no valor de R$ 50 mil e que já tenha sido depreciado em R$ 
25 mil. Então, a empresa decide vender o veículo por R$ 40 mil. Nesse caso, a 
empresa deve reconhecer um ganho na DRE no valor de R$ 15 mil (R$ 40 mil – 
 
 
17 
R$ 25 mil). Os valores registrados no BP devem ser baixados, em virtude da 
venda. 
3.4 Intangível 
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), o ativo intangível é um ativo não 
monetário (que não pode ser diretamente convertido em dinheiro, nem 
representa um direito a receber dinheiro), identificável, que não tem substância 
física, como uma marca registrada, uma patente ou um software (CFC, 2016). 
Esse tipo de ativo intangível pode ser identificado de duas maneiras. 
Primeiramente, quando pode ser separado da empresa e negociado, transferido, 
licenciado, alugado ou trocado. Umexemplo disso é quando uma empresa 
desenvolve e registra legalmente uma marca, adquirindo direitos exclusivos de 
uso. Essa marca pode ser vendida, licenciada ou transferida para terceiros, 
representando um ativo intangível separável. Em segundo lugar, um ativo 
intangível pode ser proveniente de direitos contratuais ou outros direitos legais, 
independentemente de sua possibilidade de separação ou transferência da 
empresa. Por exemplo, uma empresa pode obter uma patente para proteger uma 
invenção ou processo exclusivo. Essa patente confere à empresa o direito legal 
de explorar e comercializar a invenção, mesmo que essa não possa ser 
separada da empresa. 
A entidade deve avaliar o valor inicial de um ativo intangível pelo seu 
custo. O custo de um ativo intangível adquirido separadamente envolve o preço 
de compra acrescido de tributos de importação e tributos de compra não 
recuperáveis, com dedução de descontos comerciais e abatimentos. A 
mensuração do valor de um ativo intangível adquirido em uma combinação de 
negócios deve ser realizada com base no valor justo na data da sua aquisição. 
Após o seu reconhecimento de valor inicial, o ativo intangível deve ser 
mensurado pelo custo menos qualquer amortização acumulada e qualquer perda 
acumulada por redução ao valor recuperável (impairment). A vida útil do ativo 
intangível é finita; logo, a amortização vai compreender o período de vigência 
dos direitos contratuais ou outros direitos legais (CFC, 2016). 
O valor da amortização de um ativo intangível deve ser distribuído de 
forma sistemática, ao longo de sua vida útil. A despesa referente à amortização 
deve ser reconhecida em cada período contábil, salvo se o custo do ativo 
intangível for reconhecido como parte do custo de um ativo, como estoques ou 
 
 
18 
ativo imobilizado. O início da amortização do ativo intangível ocorre quando este 
está disponível para uso, ou seja, quando se encontra no local e em condições 
necessárias para ser utilizado conforme planejado pela administração. A 
amortização cessa quando o ativo passa a não ser mais reconhecido como tal. 
É responsabilidade da entidade escolher o método de amortização que melhor 
reflita o consumo esperado dos benefícios econômicos futuros do ativo. Caso a 
entidade não consiga determinar esse padrão de maneira confiável, o método 
de linha reta deve ser utilizado (CFC, 2016). 
A entidade deve assumir que o valor residual de um ativo intangível é zero, 
exceto se houver um compromisso de terceiro independente para comprar o 
ativo ao final da sua vida útil ou se houver um mercado para o ativo (CFC, 2016). 
O valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que o ativo terá no final 
de sua vida útil ou período de uso. A baixa do ativo intangível é realizada da 
mesma forma que o ativo imobilizado: pode ser realizada em razão da venda ou 
quando não existir expectativa de benefícios econômicos futuros pelo seu uso 
ou venda (alienação). 
Na sequência, vamos continuar tratando de algumas particularidades da 
contabilidade das médias empresas. Esta abordagem não esgota o assunto, 
apenas destaca os principais critérios de reconhecimento contábil. 
TEMA 4 – NBC TG 1000 (R1): PROVISÃO, SUBVENÇÕES, IMPAIRMENT 
As empresas enfrentam, diariamente, diversas incertezas em relação às 
suas operações e finanças, o que pode lhes gerar riscos financeiros 
significativos. Para lidarem com esses riscos, as empresas precisam contar com 
elementos que lhes permitam reconhecer e gerenciar essas incertezas. Nesse 
sentido, a provisão, as subvenções e o impairment são elementos contábeis que 
auxiliam as empresas na gestão de seus riscos financeiros. A provisão é uma 
forma de reconhecimento contábil de operações que ainda não se 
concretizaram, mas que são consideradas prováveis. As subvenções 
correspondem a pagamentos ou benefícios concedidos por entidades públicas 
ou privadas para apoiar atividades específicas, como pesquisa e 
desenvolvimento ou expansão de negócios. Por fim, o impairment é um ajuste 
contábil que deve ser feito quando o valor contábil de um ativo é superior ao seu 
valor recuperável, a fim de se refletir a nova realidade do ativo. 
 
 
19 
Essas ferramentas são essenciais para as empresas, especialmente para 
as médias empresas, que precisam gerenciar seus riscos financeiros e garantir 
sua sustentabilidade a longo prazo. Sendo assim, vamos estudar um pouco mais 
o registro dessas operações. 
4.1 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes 
As provisões são uma forma de passivo que envolve prazo ou valor 
incerto. Elas devem ser reconhecidas quando a entidade tem uma obrigação, na 
data das demonstrações contábeis, decorrente de um evento passado, sendo 
provável que, por isso, a entidade tenha que transferir benefícios econômicos 
para a liquidação dessa obrigação e o valor da obrigação possa ser estimado 
com confiabilidade (CFC, 2016). As provisões mais comuns para as médias 
empresas compreendem provisão para contingências trabalhistas e provisão 
para garantias. 
Vamos supor que um fabricante venda seus produtos com garantia e se 
comprometa, de acordo com os termos do contrato de venda, a reparar ou 
substituir os produtos com defeitos que surgirem dentro de três anos a partir da 
data da venda. Com base em experiências anteriores, é provável que ocorram 
algumas reclamações durante o período de garantia. Isso cria uma obrigação 
presente devido a um evento passado, em que é provável que haja uma saída 
de recursos, e o valor dessa obrigação pode ser estimado com base em 
experiências anteriores. Portanto, a entidade reconhece uma provisão com a 
melhor estimativa dos custos necessários para reparar os produtos com defeitos 
vendidos antes da data das demonstrações contábeis (CFC, 2016). 
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), a entidade tem a responsabilidade 
de revisar suas provisões em cada data das demonstrações contábeis e ajustar 
os valores devidos com base na estimativa mais precisa para liquidá-las naquela 
data. Esses ajustes devem ser registrados como despesas no resultado, a 
menos que a provisão tenha sido registrada como parte do custo de algum ativo 
(CFC, 2016). 
O passivo contingente compreende uma obrigação possível, mas incerta, 
ou uma obrigação presente que não pode ser reconhecida por não ser provável 
uma saída de recursos e/ou o valor da obrigação não puder ser mensurado com 
confiabilidade (CFC, 2016). Um exemplo de passivo contingente ocorre quando 
uma empresa enfrenta um processo judicial movido por terceiros. Nessa 
 
 
20 
situação, a empresa pode ser considerada responsável e ter a obrigação de 
pagar uma indenização, mas o resultado final do processo ainda é incerto e o 
valor exato do passivo não pode ser determinado no momento. 
A entidade deve divulgar, na data das demonstrações contábeis, breve 
descrição da natureza do seu passivo contingente e, quando praticável, a 
estimativa do seu efeito financeiro, a indicação das incertezas referentes ao valor 
ou o prazo da saída de recursos e a possibilidade de qualquer reembolso. Essa 
divulgação é dispensada apenas se a saída de recursos for de possibilidade 
remota (CFC, 2016). Nesse sentido, podemos classificar as obrigações em três 
níveis de possibilidade: provável, possível e remota. No Quadro 6, temos um 
resumo do tratamento contábil relacionado à probabilidade de ocorrência de 
desembolso futuro da entidade. 
Quadro 6 – Tratamento contábil das provisões e do passivo contingente 
Probabilidade de ocorrência do desembolso Tratamento contábil 
Provável 
Mensurável mediante estimativa 
confiável 
Uma provisão é reconhecida e é 
divulgada em notas explicativas 
Não mensurável por inexistência de 
estimativa confiável 
Divulgação em notas explicativas 
Possível Divulgação em notas explicativas 
Remota Não divulgação em notas explicativas 
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016. 
O ativo contingente,por sua vez, corresponde a um ativo possível, que 
decorre de eventos passados e cuja realização será confirmada somente pela 
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos, que não estão 
completamente sob o controle da entidade (CFC, 2016). Um exemplo de ativo 
contingente seria quando uma empresa possui uma reclamação de seguro em 
andamento. Nessa situação, a empresa tem a esperança de receber uma 
indenização, porém a concretização desse ativo está sujeita à aprovação da 
seguradora. 
4.2 Subvenção governamental 
Subvenção governamental é uma ajuda fornecida pelo governo na forma 
de transferência de recursos para uma entidade, em troca do cumprimento de 
 
 
21 
condições relacionadas às suas atividades operacionais, tanto no passado 
quanto no futuro (CFC, 2016). Alguns exemplos de subvenção governamental 
são: subvenção para aquisição de equipamentos ou maquinários para produção; 
subvenção para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias; subvenção 
para construção ou reforma de instalações; subvenção para incentivo à adoção 
de práticas ambientalmente sustentáveis; e subvenção para apoio ao setor 
agrícola. 
O reconhecimento das subvenções governamentais depende da forma 
em que elas são concedidas. A subvenção que não impõe condições de 
desempenho futuro à entidade beneficiária é reconhecida como receita quando 
os valores da subvenção forem líquidos e certos. Vamos supor que uma empresa 
de médio porte que receba uma subvenção governamental para aquisição de 
equipamentos. Nesse caso, a subvenção não exige que a empresa atenda a 
metas ou requisitos adicionais para receber o valor. Após a aprovação da 
subvenção, a empresa recebe os recursos financeiros diretamente em sua conta 
bancária. Nesse momento do recebimento do recurso, a subvenção é 
reconhecida como receita. A subvenção que impõe condições específicas de 
desempenho futuro à entidade beneficiária é reconhecida como receita somente 
quando as condições de desempenho são cumpridas. As subvenções recebidas 
antes do cumprimento dos critérios de reconhecimento de receita são 
reconhecidas como um passivo (CFC, 2016). Vamos considerar o caso de uma 
empresa que recebe uma subvenção governamental para desenvolver um 
projeto de pesquisa e desenvolvimento. A subvenção é concedida com a 
condição de que a empresa atinja certos marcos e entregue resultados 
específicos ao longo do tempo. Assim, a empresa reconhece a subvenção como 
passivo e, conforme cada etapa do projeto é concluída e as metas são 
alcançadas, a parte correspondente da subvenção é reconhecida como receita 
em suas demonstrações contábeis. 
4.3 Impairment 
A mensuração dos ativos nem sempre está em consonância com seu real 
valor. Por esse motivo é que surge o teste de impairment. Impairment é uma 
redução no valor contábil de um ativo, em que o valor contábil do ativo excede 
seu valor recuperável. A redução ao valor recuperável de ativos é aplicável a 
todos os itens registrados no Ativo, exceto sobre tributos diferidos ativos, ativos 
 
 
22 
provenientes de benefícios a empregados, instrumentos financeiros básicos e 
complexos, propriedade para investimento mensurada pelo valor justo, ativos 
biológicos e produtos agrícolas e ativos provenientes de contratos de construção 
(CFC, 2016). 
No caso dos estoques, as empresas devem avaliar, na data de divulgação 
das demonstrações contábeis, se seus estoques estão desvalorizados. Para 
tanto, é necessário comparar o valor contábil de cada item de estoque (ou grupo 
de itens similares) com o preço de venda líquido menos os custos para completar 
e vender. Caso seja constatado que algum item de estoque (ou grupo de itens 
similares) está desvalorizado, a empresa deve ajustar o valor contábil do estoque 
(ou do grupo) ao preço de venda líquido menos os custos para completar e 
vender. Esse ajuste é conhecido como perda por desvalorização e deve ser 
registrado imediatamente no resultado (CFC, 2016). 
Quando o valor recuperável dos demais ativos (exceto estoques) for 
menor que seu valor contábil, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo 
para seu valor recuperável. Nesse caso, o valor recuperável é o maior valor entre 
o valor justo menos a despesa para vender (valor líquido de venda) e o seu valor 
em uso. A NBC TG 1000 (R1) especifica como ativos que devem ser reduzidos 
ao valor recuperável os estoques, o ativo imobilizado (incluindo propriedade para 
investimento contabilizada pelo método do custo), os ágios, os ativos intangíveis 
(exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura), os investimentos em 
coligadas e os investimentos em empreendimentos controlados em conjunto 
(CFC, 2016). 
Após compreendermos diversas regras contábeis específicas 
direcionadas às médias empresas, vamos analisar por que essas empresas 
devem seguir a NBC TG 1000 (R1) (CFC, 2016). 
TEMA 5 – POR QUE ADOTAR A NBC TG 1000 (R1) 
A primeira revisão da NBC TG 1000 foi publicada pelo Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC) em dezembro de 2016 e entrou em vigor a partir do 
primeiro dia de 2017. Essa norma é aplicável a todas as empresas cuja receita 
bruta seja inferior a R$ 300 mil e cujos ativos sejam inferiores a R$ 240 mil. 
Embora existam normas contábeis específicas às microentidades (NBC TG 
1002) e pequenas empresas (NBC TG 1001), essas empresas também têm a 
opção de aderirem à NBC TG 1000 (R1). Essa possibilidade permite que elas 
 
 
23 
adotem uma estrutura contábil mais abrangente, alinhada às melhores práticas 
internacionais, caso desejem. Dessa forma, ao optarem por seguirem a NBC TG 
1000 (R1), as empresas podem elevar o nível de suas práticas contábeis, o que 
pode resultar em uma gestão mais eficiente, melhor governança corporativa e 
uma imagem mais sólida perante o mercado. Esses aspectos positivos podem 
contribuir para o crescimento sustentável e o sucesso a longo prazo das 
empresas (CFC, 2016, 2021a, 2021b). 
Diante disso, podemos concluir que o objetivo principal das normas é 
padronizar e regularizar as práticas contábeis das empresas, garantindo maior 
transparência e confiabilidade nas informações financeiras por elas 
apresentadas. Contudo, é importante destacar que a implementação das normas 
contábeis pode representar um desafio para as médias empresas, 
especialmente para aquelas que não possuem uma equipe de contadores 
qualificados. Por isso, é fundamental que essas empresas busquem se capacitar 
e buscar a ajuda de profissionais especializados a fim de procederem a uma 
adequada aplicação das normas contábeis. 
TROCANDO IDEIAS 
As mudanças nas políticas contábeis podem ter um impacto significativo 
nas demonstrações financeiras de uma empresa, especialmente em termos de 
sua relevância, confiabilidade e comparabilidade. Nesse contexto, como as 
mudanças nas políticas contábeis podem afetar as demonstrações financeiras 
de uma empresa e quais são as implicações dessas mudanças para a sua 
análise e interpretação? 
As mudanças nas políticas contábeis podem ter efeitos significativos nas 
informações financeiras apresentadas pela empresa, por exemplo: uma 
mudança na política de depreciação pode afetar diretamente o valor líquido 
contábil de um ativo e, consequentemente, o lucro líquido e o fluxo de caixa da 
empresa. Além disso, essas mudanças podem tornar as demonstrações 
financeiras menos comparáveis ao longo do tempo e com outras empresas do 
mesmo setor. Por outro lado, é importante considerar que as mudanças nas 
políticas contábeis muitas vezes são necessárias para refletir melhor a realidade 
da empresa e/ou a mudança nas condições de mercado. Por exemplo, uma 
empresa pode optar por mudar sua política contábil de reconhecimento de 
 
 
24 
receita para se adequar às novas normas regulatórias ou para refletir melhor a 
natureza do seu negócio. 
Diante desse cenário, é fundamental que as empresas comuniquem 
claramente as mudanças havidasnas políticas contábeis nas suas 
demonstrações financeiras, explicando as razões para elas e seus efeitos nas 
informações apresentadas. Além disso, os analistas financeiros devem estar 
atentos a essas mudanças e avaliar seus impactos para uma análise mais 
precisa e confiável das demonstrações financeiras das empresas. 
NA PRÁTICA 
Agora que conhecemos um pouco sobre as regras contábeis das médias 
empresas, que tal exercitarmos os conhecimentos adquiridos respondendo às 
seguintes quatro questões? 
1. Sobre a depreciação pelo método das unidades produzidas, o método 
de depreciação conhecido como unidades produzidas considera o 
número de unidades que o ativo produzirá durante toda a sua vida útil. 
Esse método de depreciação assume que o desgaste do ativo está 
diretamente relacionado ao número de unidades que ele produz. Sendo 
assim, considere que uma empresa adquiriu uma máquina por R$ 120 mil, 
com uma vida útil estimada de 50 mil unidades produzidas. No final do 
ano, a empresa produziu 10 mil unidades. Qual é o valor da depreciação 
anual utilizando-se o método das unidades produzidas? 
a. R$ 24 mil. 
b. R$ 30 mil. 
c. R$ 36 mil. 
d. R$ 42 mil. 
e. R$ 48 mil. 
2. Sobre o reconhecimento do ativo intangível, conforme definido pela 
NBC TG 1000 (R1), o intangível compreende um ativo que não possui 
substância física e que pode ser identificado de duas maneiras. Primeiro, 
se puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, 
alugado ou trocado; segundo, se for proveniente de direitos contratuais 
ou outros direitos legais, independentemente de esses direitos poderem 
 
 
25 
ser transferidos ou separados da entidade. Diante disso, assinale a 
alternativa que contemple um ativo intangível: 
a. Maquinário para produção. 
b. Equipamentos de uso administrativo. 
c. Software desenvolvido para comercialização. 
d. Software para operação de uma máquina específica. 
e. Aquisição de uma licença de software para uso da empresa. 
3. Sobre o reconhecimento das provisões, as empresas se deparam 
constantemente com diversas incertezas relacionadas às suas 
operações, o que pode lhes gerar riscos financeiros consideráveis. Para 
lidar com esses riscos, é necessário que as empresas possuam 
mecanismos capazes de identificar e gerenciar tais incertezas, como as 
provisões. Nesse sentido, qual é a definição de provisão, segundo a NBC 
TG 1000 (R1) (CFC, 2016)? 
a. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, cuja liquidação 
é incerta e cujo valor pode ser mensurado de forma confiável. 
b. Uma obrigação presente que surge de eventos futuros, cuja liquidação é 
certa e cujo valor pode ser mensurado de forma confiável. 
c. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, cuja liquidação 
é certa e cujo valor não pode ser mensurado de forma confiável. 
d. Uma obrigação presente que surge de eventos futuros, cuja liquidação é 
incerta e cujo valor pode ser mensurado de forma confiável. 
e. Uma obrigação presente que surge de eventos futuros, cuja liquidação é 
incerta e cujo valor não pode ser mensurado de forma confiável. 
4. Sobre o impairment, a mensuração dos ativos nem sempre está de 
acordo com seu real valor. Por essa razão é que surge o teste de 
impairment. Impairment é uma redução no valor contábil de um ativo, em 
que o valor contábil do ativo supera seu valor recuperável. Sendo assim, 
qual é a perda por impairment que uma empresa deve reconhecer em um 
imóvel que possui valor contábil de R$ 500 mil, valor em uso de R$ 250 
mil e valor justo de venda de R$ 400 mil, com custo de desmontagem e 
venda de R$ 50 mil? 
a. R$ 50 mil. 
b. R$ 100 mil. 
c. R$ 150 mil. 
 
 
26 
d. R$ 250 mil. 
e. R$ 300 mil. 
FINALIZANDO 
Neste conteúdo, estudamos a NBC TG 1000 (R1) e conhecemos as 
diretrizes para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. 
Estes são os tópicos tratados nesta abordagem: 
• NBC TG 1000 (R1): contabilidade para médias empresas 
• NBC TG 1000 (R1): políticas contábeis, instrumentos financeiros e 
estoques 
• NBC TG 1000 (R1): investimentos, imobilizado e intangível 
• NBC TG 1000 (R1): provisão, subvenções, impairment 
• Por que adotar a NBC TG 1000 (R1) 
Na próxima abordagem, estudaremos a contabilidade como uma 
ferramenta de controle da gestão das micro e pequenas empresas. 
 
 
27 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, 
Brasília, 17 dez. 1976. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm>. Acesso em: 4 
jul. 2023. 
_____. Lei n. 11.638, de 27 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, 
Brasília, 28 dez. 2007. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. 
Acesso em: 4 jul. 2023. 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade. NBC TG 1000 (R1): contabilidade 
para pequenas e médias empresas. Diário Oficial da União, Brasília, 1 nov. 
2016. Disponível em: 
<https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1000(R1).pdf>. Acesso em: 4 
jul. 2023. 
_____. NBC TG 1001 (R1): contabilidade para pequenas empresas. Diário 
Oficial da União, Brasília, 9 dez. 2021a. Disponível em: 
<https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1001.pdf>. Acesso em: 4 jul. 
2023. 
_____. NBC TG 1002 (R1): contabilidade para microentidades. Diário Oficial da 
União, Brasília, 9 dez. 2021b. Disponível em: 
<https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1002.pdf>. Acesso em: 4 jul. 
2023. 
PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. de; LEITE, J. da S. J. Manual de 
contabilidade internacional: IFRS – US Gaap – BR Gaap – teoria e prática. 
São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2014. 
SANTOS, A. dos et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas 
as sociedades. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2022. 
 
 
 
28 
RESPOSTAS 
1. a. R$ 24.000,00. O método das unidades produzidas é utilizado quando a 
vida útil do ativo está relacionada ao seu uso produtivo e não ao tempo. 
Para se calcular a depreciação anual, é necessário primeiro calcular o 
custo de depreciação por unidade produzida. Isso é feito subtraindo-se o 
valor residual do custo original do ativo e dividindo esse resultado pelo 
número de unidades produzidas estimadas. No caso da questão, o custo 
de depreciação por unidade produzida é de R$ 2,40 (R$ 120.000,00 - R$ 
0,00 ÷ 50.000 unidades). Como a empresa produziu 10.000 unidades no 
ano, o valor da depreciação anual será de R$ 24.000,00 (R$ 2,40 x 10.000 
unidades produzidas). 
2. e. Aquisição de uma licença de software para uso da empresa. O ativo 
intangível compreende um bem que não possui matéria, é separável, 
mensurável e que vai gerar benefício econômico futuro para a empresa, 
como a aquisição de uma licença de software. Maquinários para 
produção, equipamentos de uso administrativo e software para operação 
de uma máquina específica se referem a imobilizados. O software 
desenvolvido para comercialização deve ser reconhecido no estoque, 
pois permanece na empresa por um período curto de tempo. 
3. a. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, cuja 
liquidação é incerta e cujo valor pode ser mensurado de forma confiável. 
4. c. R$ 150.000,00. A perda por impairment que a empresa deve 
reconhecer em um imóvel é de R$ 150.000,00 (valor contábil/valor 
recuperável). Nesse caso, o valor recuperável é o maior entre o valor em 
uso (R$ 250.000,00) e o valor justo de venda descontado dos custos de 
desmontagem e venda (R$ 350.000,00 = R$ 400.000,00 – R$ 50.000,00). 
Portanto, a perda por impairment é de R$ 150.000,00 (R$ 500.000,00 – 
R$ 350.000,00).

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