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08/01/2024, 15:15 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE E GESTÃO DE
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
AULA 3
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Daiane Lolatto
08/01/2024, 15:15 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/26
CONVERSA INICIAL
Nesta abordagem, trataremos especificamente da Norma Brasileira de Contabilidade Técnica
Geral n. 1.000 (Revisão 1) – NBC TG 1000 (R1) (CFC, 2016).E, para tanto, estudaremos os seguintes
tópicos:
NBC TG 1000 (R1): contabilidade para médias empresas
NBC TG 1000 (R1): políticas contábeis, instrumentos financeiros e estoques
NBC TG 1000 (R1): investimentos, imobilizado e intangível
NBC TG 1000 (R1): provisão, subvenções, impairment
Por que adotar a NBC TG 1000 (R1)
Aproveite esta leitura e exercite os conhecimentos adquiridos resolvendo as atividades propostas.
Lembre-se: a melhor forma de aprender é exercitando! Bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
As NBCs direcionadas às médias empresas são de extrema importância para o desenvolvimento e
crescimento sustentável dessas empresas. Essas normas têm como objetivo principal padronizar e
regularizar as práticas contábeis dessas empresas, garantindo maior transparência e confiabilidade
nas informações financeiras apresentadas por elas. A aplicação das NBCs também oferece benefícios
para o mercado como um todo, visto que as informações contábeis padronizadas permitem uma
melhor avaliação e análise da saúde financeira das empresas, o que pode influenciar nas decisões de
investimentos e de crédito.
Diante disso, nesta abordagem vamos conhecer as diretrizes para a elaboração e apresentação
das demonstrações contábeis. A NBC TG 1000 (R1) (CFC, 2016) produziu, afinal, diversas mudanças na
elaboração dessas informações, e este conteúdo é fundamental para entendermos o próximo
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/26
conteúdo. Por isso, é imprescindível você se atentar a todos os tópicos e detalhes descritos.
Iniciaremos falando sobre a contabilidade para médias empresas.
TEMA 1 – NBC TG 1000 (R1): CONTABILIDADE PARA MÉDIAS
EMPRESAS
A NBC TG 1000 (R1), que anteriormente era aplicado às pequenas e médias empresas, agora se
aplica exclusivamente às médias empresas. Essa mudança ocorreu em dezembro de 2021 com a
publicação da NBC TG 1001, que passou a ser a norma aplicável às empresas de pequeno porte, como
mencionado anteriormente (CFC, 2016, 2021a).
As empresas de médio porte são aquelas com uma receita bruta anual entre R$ 78 milhões a R$
300 milhões ou um ativo total de até R$ 240 milhões. Embora a NBC TG 1000 (R1) não defina
especificamente um intervalo de receita bruta ou ativo total para classificar uma empresa como de
médio porte, outras normas e contábeis e tributárias permitem essa definição. Com base na alteração
da Lei das Sociedades por Ações pela Lei n. 11.638/2007, art. 3º, parágrafo único, são consideradas
empresas de grande porte aquelas que, no exercício social anterior, obtiveram receita bruta anual
superior a R$ 300 milhões ou possuem ativo total superior a R$ 240 milhões. Essas empresas devem
seguir as normas contábeis específicas, editadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Por outro lado, a NBC TG 1001 deve ser aplicada às pequenas empresas com receita bruta anual entre
R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões (CFC, 2016, 2021a; Brasil, 1976, 2007).
Portanto, empresas que possuem receita bruta anual entre R$ 78 milhões a R$ 300 milhões ou
ativo total de até R$ 240 milhões são consideradas empresas de médio porte. É importante ressaltar
que a definição de médias empresas pode variar de acordo com a legislação e as normas contábeis
vigentes em cada país. No Quadro 1, podemos acompanhar a aplicação das normas para cada tipo de
entidade.
Quadro 1 – Aplicação das normas contábeis
Tipo de entidade Porte da entidade Norma a ser aplicada Alternativa permitida
Empresas de grande
porte
(sociedades por ações)
Ativo total > R$ 240 milhões
ou
Todos os pronunciamentos
técnicos do CPC
Não há
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receita bruta anual > R$ 300
milhões (Lei n. 11.638/2007)
Médias empresas
Ativo total até R$ 240 milhões
ou
receita bruta anual entre R$ 78
milhões a R$ 300 milhões
NBC TG 1000 (R1)
Todos os pronunciamentos
técnicos do CPC
Pequenas empresas
Receita bruta anual entre R$
4,8 milhões a R$ 78 milhões
NBC TG 1001
NBC TG 1000 (R1) ou
os pronunciamentos técnicos
do CPC
Microempresas
Receita bruta anual < R$ 4,8
milhões
NBC TG 1002
NBC TG 1001 ou
NBC TG 1000 (R1) ou
os pronunciamentos técnicos
do CPC
Fonte: Elaborado com base em Brasil, 2007; CFC, 2016, 2021a, 2021b.
Sendo assim, vamos analisar algumas regras dispostas na NBC TG 1000 (R1). Segundo a norma, o
objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações relevantes sobre a posição financeira
da empresa (balanço patrimonial), seu desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de
caixa. Essas informações são úteis para os usuários, de forma geral, que podem não ter condições de
solicitar relatórios personalizados para atender às suas necessidades específicas de informação.
As características qualitativas da informação compreendem compreensibilidade, relevância
(restrição da materialidade), confiabilidade, primazia da essência sobre a forma, prudência,
integralidade, comparabilidade, tempestividade e equilíbrio entre custo e benefício. Vamos comparar,
no Quadro 2, o volume de características que as informações contábeis das médias empresas devem
ter em relação às pequenas empresas e microentidades.
Quadro 2 – Conceitos e princípios gerais
NBC TG 1000 (R1)
Médias empresas
NBC TG 1001
Pequenas empresas
NBC TG 1002
Microentidades
Compreensibilidade Compreensibilidade Compreensibilidade
Relevância/materialidade Relevância/materialidade Relevância/materialidade
Confiabilidade Confiabilidade Confiabilidade
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Primazia da essência Essência sobre a forma Prudência
Prudência Prudência Comparabilidade
Integralidade Comparabilidade
Comparabilidade
Tempestividade
Custo x benefício
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016, 2021a, 2021b.
Podemos observar que as informações geradas pelas médias empresas possuem mais pré-
requisitos do que as informações geradas pelas pequenas empresas e microentidades.
Adicionalmente, as informações devem ser íntegras (completas), tempestivas, e o custo da geração da
informação deve ser inferior aos benefícios gerados por ela.
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), o conjunto completo de demonstrações contábeis que
devem ser apresentadas pelas empresas de médio porte são:
a. Balanço Patrimonial (BP);
b.   Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
c.   Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);
d.   Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
b. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
f.    Notas Explicativas (NE), compreendendo o resumo das políticas contábeis significativas
e outras informações explanatórias.
A NBC TG 1000 (R1) especifica a estrutura básica de cada uma dessas demonstrações (CFC, 2016).
Assim, as empresas de médio porte devem recorrer à norma para elaborarem e apresentarem suas
demonstrações. Vamos comparar a obrigatoriedade das demonstrações contábeis para as médias
empresas em relação às empresas de pequeno porte e às microentidades, no Quadro 3.
Quadro 3 – Obrigatoriedade das demonstrações contábeis
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NBC TG 1000 (R1)
Médias empresas
NBC TG 1001
Pequenas empresas
NBC TG 1002
Microentidades
BP BP BP
DRE DRE DRE
DRA DMPL/DLPA DLPA
DMPL/DLPA DFC Declaração de conformidade
DFC
NE
NE (menor rigidez)
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016, 2021a, 2021b.
Diante disso, vamos estudar, na sequência, algumas particularidades da geração da informação
contábil das médias empresas.De antemão, é importante destacar que as regras para essas empresas
são mais robustas que as regras aplicadas às pequenas empresas e microentidades e devem ser
analisadas com bastante atenção.
TEMA 2 – POLÍTICAS CONTÁBEIS, INSTRUMENTOS FINANCEIROS E
ESTOQUES
As políticas contábeis são importantes para garantir que as informações financeiras de uma
empresa sejam apresentadas de maneira clara e consistente. Algumas das políticas contábeis
envolvem depreciação de ativos, reconhecimento de receita e registro de despesas.
Os instrumentos financeiros abrangem uma variedade de ativos e passivos, como ações, títulos e
outros. Nas médias empresas, os instrumentos financeiros costumam ser utilizados para gerenciar
riscos e obter recursos. A gestão adequada desses instrumentos financeiros contribui para o sucesso
do negócio. Os instrumentos financeiros mais comuns nas médias empresas abrangem empréstimos
bancários, linhas de crédito e contas a receber de clientes.
Os estoques (bens destinados à revenda, produção ou consumo) representam ativos relevantes
para as médias empresas. Logo, é essencial ter políticas adequadas para a sua gestão, incluindo o
método de avaliação dos estoques e divulgação adequada das informações financeiras relacionadas a
esses ativos.
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Sendo assim, vamos entender qual o tratamento contábil dado às médias empresas a respeito de
suas políticas contábeis, instrumentos financeiros e estoques.
2.1 POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇAS DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE
ERROS
A NBC TG 1000 (R1) estabelece que as situações que não forem tratadas por essa norma devem
ser contempladas de forma que resultem em informações relevantes e confiáveis. A administração
pode considerar as exigências e diretrizes das normas completas (os pronunciamentos contábeis do
CPC) ao lidar com questões similares ou relacionadas. A mudança nas políticas contábeis que já estão
em uso somente pode ocorrer quando houver uma exigência normativa (algo de teor obrigatório); ou
quando gerar demonstrações contábeis que apresentem informações mais pertinentes e confiáveis
acerca dos efeitos de transações, eventos ou circunstâncias na situação patrimonial e financeira, no
desempenho e nos fluxos de caixa da entidade (algo que é voluntário) (CFC, 2016).
No que diz respeito à aplicação da mudança de política contábil obrigatória, em alguns casos
pode haver normas transitórias. Se as normas transitórias apresentarem a forma de aplicação inicial,
essas normas específicas devem servir como base para registrar uma mudança de política contábil.
Caso não existam normas transitórias ou se a mudança for voluntária, a aplicação da mudança deverá
ser retrospectiva (CFC, 2016).
De acordo com a norma, a mudança retrospectiva envolve a aplicação de uma nova política
contábil para transações, eventos e condições, considerando a data mais antiga em que for possível,
como se essa nova prática contábil sempre tivesse sido aplicada. Caso seja impossível determinar os
efeitos da mudança em um único período, para informações comparativas de períodos anteriores a
empresa deve aplicar a nova forma contábil aos valores contábeis dos ativos e passivos no início do
período mais antigo em que a aplicação retrospectiva for possível. Além disso, a entidade deve ajustar
o saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado para esse período, conforme
a nova prática contábil (CFC, 2016).
Um exemplo de aplicação retrospectiva ocorre quando uma empresa decide adotar um novo
método de avaliação de estoques, como o método conhecido como primeiro a entrar, primeiro a sair
(Peps) ou a média ponderada. Nessa situação, a empresa recalcula o valor dos estoques de períodos
anteriores de acordo com o novo método e ajusta as demonstrações financeiras passadas de acordo
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com essa nova avaliação. Na Figura 1, podemos observar as regras de aplicação das mudanças de
política.
Figura 1 – Aplicação das mudanças políticas obrigatórias e voluntárias
,
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016.
As estimativas contábeis mencionadas pela NBC TG 1000 (R1) são utilizadas para se lidar com a
incerteza relacionada às atividades das empresas e às práticas de mercado, sendo uma parte essencial
do processo de reconhecimento e mensuração contábil. Vários elementos patrimoniais da entidade
não podem ser medidos com precisão e, portanto, estimativas confiáveis devem ser adotadas para
refletirem adequadamente a realidade dos negócios. No decorrer do tempo, essas estimativas podem
sofrer alterações. Um exemplo disso é o aumento da provisão de garantias em razão do aumento nas
vendas de bens com defeito ou a redução da vida útil de um ativo imobilizado devido à obsolescência
tecnológica do bem (CFC, 2016).
Padoveze, Benedicto e Leite (2014, p. 251) associam a mudança de estimativa a alterações de
circunstâncias, surgimento de novas informações e maior experiência em relação à estimativa. Assim,
as estimativas contábeis podem exigir revisão à medida que as condições em que foram realizadas
sofrerem alterações ou surgirem novas circunstâncias que não foram previstas. Conforme a NBC TG
1000 (R1), a mudança de estimativa contábil deve ser reconhecida de forma prospectiva (CFC, 2016).
Caso a entidade seja capaz de estimar o impacto da mudança em um ou mais exercícios
subsequentes, é necessário que essa estimativa seja divulgada em notas explicativas. Por exemplo,
vamos supor que a empresa tenha um equipamento industrial e, inicialmente, tenha estimado que ele
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duraria dez anos, antes de ser substituído. No entanto, após uma análise mais detalhada, percebe-se
que a vida útil real desse equipamento é de apenas oito anos. Diante dessa constatação, a empresa
deve fazer um ajuste na forma como calcula a depreciação do equipamento, a partir do exercício
corrente em diante (prospectivamente).
Diferentemente da mudança das políticas e estimativas contábeis, os erros envolvem omissões
ou incorreções nas informações contábeis. Esses erros podem ocorrer durante registro, mensuração,
apresentação ou divulgação das informações contábeis (CFC, 2016). A contabilização de um ativo por
um valor superior ou inferior e a omissão do registro em um período específico são alguns exemplos
de erros. Existe diferença na forma de correção de erros materiais e imateriais, e essa diferença se dá
pela forma como os erros afetam as demonstrações contábeis. Quando a entidade identifica erros
materiais de períodos anteriores, deve fazer o ajuste retroativo, nas primeiras demonstrações
contábeis autorizadas para emissão após sua descoberta, como aconteceu no caso das Americanas,
na operação de risco sacado, também conhecida como forfait ou financiamento a fornecedores. Os
erros imateriais intencionais também devem ser corrigidos retroativamente, pois decorrem de fraude
(CFC, 2016). Por exemplo, deixar de reconhecer uma despesa para aumentar o resultado líquido é um
caso de erro imaterial intencional. Por outro lado, os erros imateriais involuntários, que não afetam
significativamente a tomada de decisões do usuário da informação contábil, não precisam ser
corrigidos retrospectivamente.
Sendo assim, podemos resumir a aplicação das mudanças nas políticas e estimativas contábeis e
a retificação de erros conforme demonstrado no Quadro 4.
Quadro 4 – Mudanças nas políticas e estimativas contábeis e a retificação de erros
Operação Aplicação
Mudança de política contábil Retrospectiva
Mudança de estimativa contábil Prospectiva
Retificação de erro Retrospectiva
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016.
2.2 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
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O instrumento financeiro corresponde a um contrato que resulta em um ativo financeiro para a
entidade e um passivofinanceiro ou instrumento patrimonial para outra entidade (CFC, 2016). Isso
quer dizer que um instrumento financeiro é um acordo que estabelece direitos e obrigações
financeiras entre duas partes. Por exemplo, se uma empresa empresta dinheiro a outra empresa por
meio de um contrato de empréstimo, esse contrato é considerado um instrumento financeiro. A
empresa que empresta o dinheiro possui um ativo financeiro, pois tem o direito de receber o valor
emprestado com juros, no futuro. Por outro lado, a empresa que recebe o empréstimo possui um
passivo financeiro, pois está obrigada a devolver o valor emprestado dentro do prazo estabelecido.
A norma classifica os instrumentos em dois grandes grupos: instrumentos financeiros básicos e
instrumentos financeiros mais complexos. No Quadro 5, podemos verificar essa classificação.
Quadro 5 – Instrumentos financeiros básicos e complexos
Instrumentos financeiros básicos
(aplicação da Seção 11 da NBC TG 1000 (R1))
 
Instrumentos financeiros complexos
(aplicação da Seção 12 da NBC TG 1000 (R1))
 
Caixa (dinheiro físico)
Títulos mobiliários lastreados em ativos, tais como hipotecas
garantidas, contratos de recompra e pacotes de recebíveis
garantidos
Depósitos à vista e a prazo fixo, quando a entidade é o
depositante (por exemplo, contas bancárias)
Opções, direitos, garantias, contratos a termo, contratos
futuros e swaps de taxa de juros, que podem ser quitados em
caixa ou pela troca com outro instrumento financeiro
Títulos e letras negociáveis (ações, certificados de depósito
bancário, entre outros)
Instrumentos financeiros que se qualificam e são designados
como instrumentos de hedge
Contas, títulos e empréstimos a receber e a pagar Compromissos de conceder empréstimo para outra entidade
Títulos de dívida e instrumentos semelhantes (debêntures,
empréstimos, entre outros)
Compromissos de receber empréstimo se houver
possibilidade de quitação em caixa
Investimentos em ações preferenciais não conversíveis e em
ações ordinárias e ações preferenciais não resgatáveis
Compromissos de receber empréstimo se o compromisso
não puder ser quitado em caixa
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016.
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/26
Os instrumentos financeiros básicos são reconhecidos e mensurados inicialmente pelo custo da
transação ou pelo valor presente dos futuros pagamentos de caixa descontados sob taxa de juros de
mercado, se envolverem uma transação de financiamento. Após o reconhecimento inicial, os
instrumentos financeiros básicos são avaliados pelo custo amortizado, pelo valor justo ou pelo custo
menos redução ao valor recuperável, de acordo com as normas contábeis aplicáveis. Os ativos
financeiros são baixados quando os direitos contratuais para os fluxos de caixa vencem ou são
liquidados, e os passivos financeiros são baixados quando a obrigação é paga, cancelada ou vencida.
Os ativos e passivos financeiros mais complexos são reconhecidos pelo valor justo e mensurados
subsequentemente pelo valor justo, com as variações sendo reconhecidas no resultado. A
contabilidade de hedge tem como objetivo proteger operações financeiras específicas, como variação
na taxa de juros, na taxa de câmbio ou no preço de uma mercadoria, e é regulamentada pelas normas
contábeis aplicáveis (CFC, 2016).
2.3 ESTOQUES
Segundo a NBC TG 1000 (R1), os estoques são ativos mantidos para venda no decorrer das
operações comerciais normais, ativos em processo de produção para venda ou ativos consolidados na
forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de produção ou prestação de
serviços. A entidade deve avaliar seus estoques pelo menor valor entre o custo e o preço de venda
estimado, deduzido dos custos para finalizar a produção e das despesas de pôr os produtos para
venda. O custo do estoque envolve todos os custos de aquisição, custos de transformação e outros
custos incorridos para colocar os estoques no seu local e nas condições atuais (CFC, 2016).
Os custos de aquisição se referem aos gastos envolvidos na compra de um bem. Isso inclui o
preço de compra, o recolhimento de impostos de importação e outros tributos (exceto aqueles que
podem ser recuperados posteriormente pela empresa), os custos de transporte, manuseio e outros
custos diretamente relacionados à aquisição. Para determinar o custo de aquisição, são deduzidos
descontos comerciais, abatimentos e itens semelhantes. Já os custos de transformação englobam os
gastos necessários para transformar matérias-primas em produtos acabados. Isso inclui tanto os
custos diretos, como com a mão de obra, quanto a alocação sistemática dos custos indiretos de
produção, sejam eles fixos, sejam variáveis. Os custos indiretos fixos de produção são aqueles que
permanecem constantes, como a depreciação e a manutenção de instalações e equipamentos, além
dos custos administrativos relacionados à gestão de uma fábrica. Os custos indiretos variáveis de
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produção variam de acordo com o volume de produção, como os materiais indiretos e o consumo de
energia (CFC, 2016).
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), a entidade deve avaliar o custo de estoques utilizando o
método do Peps ou o método do custo médio ponderado. Esse mesmo tratamento é dado pela NBC
TG 1001 e pela NBC TG 1002. O método intitulado último a entrar, primeiro a sair (Ueps) não é
permitido pela norma. Entretanto, essa restrição ao método Ueps não é imposto às grandes empresas
ou empresas que adotam os pronunciamentos contábeis do CPC, de um modo geral (CFC, 2016,
2021a, 2021b).
No final de cada exercício social, a empresa deve verificar se seus estoques precisam ser
reduzidos ao seu valor recuperável. Isso ocorre quando o valor contábil dos estoques não pode ser
completamente recuperado, tornando necessária a avaliação de possíveis perdas (CFC, 2016).
Vamos continuar tratando das regras contábeis para as médias empresas. Na sequência, vamos
compreender o tratamento contábil dado aos investimentos, ao imobilizado e ao intangível.
TEMA 3 – NBC TG 1000 (R1): INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO E
INTANGÍVEL
Os investimentos, o imobilizado e o intangível se referem a um conjunto de ativos que são
imprescindíveis para as empresas. Esses ativos podem incluir investimentos em outras empresas ou
empreendimentos conjuntos, além de bens e equipamentos fixos utilizados para a produção de bens
ou serviços. O ativo intangível pode ser representado por patentes, marcas, softwares e outros direitos
de propriedade intelectual importantes para a criação e manutenção da vantagem competitiva de
uma empresa. O gerenciamento desses ativos é fundamental para o sucesso da empresa, pois afeta a
sua capacidade de inovação e crescimento no mercado. Sendo assim, é necessário compreender as
regras contábeis desses ativos. Na sequência, vamos entender algumas de suas especificidades
contábeis.
3.1 INVESTIMENTOS
As entidades que possuem investimentos em outras empresas devem atender a alguns critérios
específicos na elaboração das suas demonstrações contábeis. O investimento da empresa pode ser
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realizado em outra que seja controlada ou coligada àquela.
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), coligada é uma entidade na qual o investidor possui
influência significativa, mas que não é controlada pelo investidor e também não se configura como
um investimento em empreendimento controlado em conjunto. A influência significativa se refere ao
poder de participar das decisões relacionadas à política financeira e operacional da entidade coligada.
Segundo a norma, se o investidor possuir 20% ou mais do poder de voto da entidade coligada,
presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que seja claramente comprovado o
contrário. Se o investidor possuir menos de 20% do poder de voto, presume-se que não tenha
influência significativa,a menos que seja claramente comprovado o contrário. A propriedade de parte
substancial ou majoritária por parte de outro investidor não impede que um investidor tenha
influência significativa (CFC, 2016).
Quando a legislação societária brasileira permitir outras opções além do método da equivalência
patrimonial, o investidor deverá registrar todos os seus investimentos em entidades coligadas de
acordo com uma das seguintes alternativas: método do custo, método da equivalência patrimonial e
método do valor justo, conforme determina a NBC TG 1000 (R1). O método do custo consiste em
registrar o investimento pelo valor pago na aquisição, com ajustes posteriores para recuperação ou
reconhecimento de perdas de valor. O método da equivalência patrimonial é aplicado quando o
investidor possui influência significativa sobre a coligada ou controlada, registrando-se o
investimento pelo valor contábil da participação ajustado pelo resultado líquido da coligada ou
controlada. O método do valor justo é utilizado quando há informações de mercado disponíveis para
se precificar o investimento, registrando-o pelo valor justo de mercado na data do balanço, obtido
por meio de cotações em bolsas de valores ou outras avaliações de mercado (CFC, 2016; Santos et al.,
2022).
Controladora é a entidade que detém o controle de uma ou mais empresas controladas. No
balanço individual das controladas, deve-se aplicar tudo o que se refere a investimento em coligada,
exceto quando houver disposição em contrário (CFC, 2016).
O investimento em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) tem se tornado uma
nova tendência mundial. Trata-se de uma alternativa interessante para obter capital necessário para se
expandir e manter as atividades econômicas, assim como para agregar atributos importantes ao
negócio, como tecnologia, capacidade gerencial ou mercadológica, rede de distribuição, entre outros,
08/01/2024, 15:15 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/26
detidos por acionistas distintos. Além disso, o compartilhamento do controle é uma maneira de
distribuir os possíveis riscos de um negócio entre os acionistas envolvidos. Essa divisão de controle é
normalmente definida no estatuto ou contrato social da empresa ou por meio de documentos
complementares, como um acordo de acionistas (Santos et al., 2022). Assim como ocorre nos
investimentos em empresa controlada e coligada, nos investimentos em empreendimento controlado
em conjunto as participações devem ser mensuradas pelo método do custo, pelo método de
equivalência patrimonial ou pelo método do valor justo (CFC, 2016).
3.2 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO
Propriedade para investimento é um tipo de investimento imobiliário em que um investidor
adquire um imóvel com o objetivo de obter retorno financeiro a longo prazo. Essa propriedade pode
ser alugada ou vendida, com o objetivo de se gerar renda ou se obter lucro com a valorização do
imóvel (Santos et al., 2022).
A propriedade para investimento mantida por um arrendatário por meio de arrendamento
operacional pode ser classificada e contabilizada como propriedade para investimento, desde que
atenda à definição de propriedade para investimento e o arrendatário possa avaliar seu valor justo de
forma contínua, sem custos ou esforços excessivos. Essa classificação alternativa deve ser analisada
individualmente para cada propriedade (CFC, 2016).
Propriedades de uso misto devem ser separadas entre propriedade para investimento e ativo
imobilizado. No entanto, se o valor justo do componente de propriedade para investimento não
puder ser avaliado de forma confiável, sem custos ou esforços excessivos, toda a propriedade deve
ser contabilizada como ativo imobilizado (CFC, 2016).
3.3 IMOBILIZADO
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), os ativos imobilizados são ativos tangíveis (materiais)
mantidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para locação a terceiros ou
para fins administrativos, e que se espera que sejam utilizados por um período superior a um ano. Por
exemplo, um prédio usado para fins comerciais, o maquinário de uma fábrica ou equipamentos de
informática que servem a fins administrativos podem ser considerados ativos imobilizados (CFC,
2016).
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O reconhecimento inicial dos bens do ativo imobilizado ocorre pelo custo de aquisição, o qual
inclui todos os gastos necessários para colocar o bem em condições de uso. Após esse
reconhecimento inicial, o ativo imobilizado pode ser mensurado pela entidade por meio do método
do custo ou método da reavaliação, caso isso seja permitido por lei. No método do custo, o item deve
ser apresentado no balanço pelo seu custo original, subtraído da depreciação acumulada e das
perdas estimadas por redução ao valor recuperável (impairment). No método da reavaliação, quando
permitido por lei (o que não é o caso no Brasil), um item do imobilizado pode ser apresentado pelo
seu valor reavaliado, que representa seu valor justo no momento da reavaliação, deduzido da
depreciação acumulada e das perdas estimadas por redução ao valor recuperável (CFC, 2016; Santos
et al., 2022).
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a depreciação é uma forma de contabilizar os
desgastes ou perdas de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência dos ativos imobilizados
(Brasil, 1976). Vamos supor que uma empresa tenha adquirido um veículo por R$ 60 mil para realizar a
entrega de suas mercadorias. Conforme o veículo é utilizado, ele sofre depreciação, ou seja, ocorre
uma redução do seu valor contábil, ao longo do tempo. Se a vida útil estimada do veículo é de 4 anos
e a empresa decide adotar o método linear de depreciação, a cada ano, o veículo será depreciado em
R$ 15 mil (R$ 60 mil / 4 anos). A empresa também pode fazer uso de outros métodos de depreciação,
como descrito na sequência.
A NBC TG 1000 (R1) estabelece que, caso as partes principais de um item do Ativo Imobilizado
apresentem padrões de consumo de benefícios econômicos significativamente diferentes, o custo
inicial do ativo deve ser alocado para suas partes principais e depreciado separadamente, ao longo
das vidas úteis dessas partes. Os outros ativos devem ser depreciados como um único item, ao longo
de toda a sua vida útil. Os métodos de depreciação que as entidades de médio e grande porte podem
optar compreendem o método da linha reta ou linear, o método dos saldos decrescentes e o método
das unidades produzidas (CFC, 2016). A NBC TG 1001 e a NBC TG 1002 restringem a apuração da
depreciação pelo método de linha reta (CFC, 2021a, 2021b).
A baixa do ativo imobilizado pode ser realizada em razão da venda ou quando não existir
expectativa de benefícios econômicos futuros pelo seu uso ou venda (alienação). A entidade deve
registrar ganho ou perda na baixa do ativo imobilizado e não classificar esse ganho como receita ou
essa perda como despesa. O ganho é reconhecido como outras receitas na DRE e a perda, como
outras despesas. Enquanto as receitas e despesas decorrem da atividade principal da empresa, os
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ganhos e perdas são oriundos de atividades não operacionais. Vamos imaginar que uma empresa
possua um veículo registrado no ativo imobilizado no valor de R$ 50 mil e que já tenha sido
depreciado em R$ 25 mil. Então, a empresa decide vender o veículo por R$ 40 mil. Nesse caso, a
empresa deve reconhecer um ganho na DRE no valor de R$ 15 mil (R$ 40 mil – R$ 25 mil). Os valores
registrados no BP devem ser baixados, em virtude da venda.
3.4 INTANGÍVEL
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), o ativo intangível é um ativo não monetário (que não pode
ser diretamente convertido em dinheiro, nem representa um direito a receber dinheiro), identificável,
que não tem substância física, como uma marca registrada, uma patente ou um software (CFC, 2016).
Esse tipo de ativo intangível pode ser identificadode duas maneiras. Primeiramente, quando pode ser
separado da empresa e negociado, transferido, licenciado, alugado ou trocado. Um exemplo disso é
quando uma empresa desenvolve e registra legalmente uma marca, adquirindo direitos exclusivos de
uso. Essa marca pode ser vendida, licenciada ou transferida para terceiros, representando um ativo
intangível separável. Em segundo lugar, um ativo intangível pode ser proveniente de direitos
contratuais ou outros direitos legais, independentemente de sua possibilidade de separação ou
transferência da empresa. Por exemplo, uma empresa pode obter uma patente para proteger uma
invenção ou processo exclusivo. Essa patente confere à empresa o direito legal de explorar e
comercializar a invenção, mesmo que essa não possa ser separada da empresa.
A entidade deve avaliar o valor inicial de um ativo intangível pelo seu custo. O custo de um ativo
intangível adquirido separadamente envolve o preço de compra acrescido de tributos de importação
e tributos de compra não recuperáveis, com dedução de descontos comerciais e abatimentos. A
mensuração do valor de um ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios deve ser
realizada com base no valor justo na data da sua aquisição. Após o seu reconhecimento de valor
inicial, o ativo intangível deve ser mensurado pelo custo menos qualquer amortização acumulada e
qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável (impairment). A vida útil do ativo
intangível é finita; logo, a amortização vai compreender o período de vigência dos direitos contratuais
ou outros direitos legais (CFC, 2016).
O valor da amortização de um ativo intangível deve ser distribuído de forma sistemática, ao
longo de sua vida útil. A despesa referente à amortização deve ser reconhecida em cada período
contábil, salvo se o custo do ativo intangível for reconhecido como parte do custo de um ativo, como
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estoques ou ativo imobilizado. O início da amortização do ativo intangível ocorre quando este está
disponível para uso, ou seja, quando se encontra no local e em condições necessárias para ser
utilizado conforme planejado pela administração. A amortização cessa quando o ativo passa a não ser
mais reconhecido como tal. É responsabilidade da entidade escolher o método de amortização que
melhor reflita o consumo esperado dos benefícios econômicos futuros do ativo. Caso a entidade não
consiga determinar esse padrão de maneira confiável, o método de linha reta deve ser utilizado (CFC,
2016).
A entidade deve assumir que o valor residual de um ativo intangível é zero, exceto se houver um
compromisso de terceiro independente para comprar o ativo ao final da sua vida útil ou se houver um
mercado para o ativo (CFC, 2016). O valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que o
ativo terá no final de sua vida útil ou período de uso. A baixa do ativo intangível é realizada da mesma
forma que o ativo imobilizado: pode ser realizada em razão da venda ou quando não existir
expectativa de benefícios econômicos futuros pelo seu uso ou venda (alienação).
Na sequência, vamos continuar tratando de algumas particularidades da contabilidade das
médias empresas. Esta abordagem não esgota o assunto, apenas destaca os principais critérios de
reconhecimento contábil.
TEMA 4 – NBC TG 1000 (R1): PROVISÃO, SUBVENÇÕES,
IMPAIRMENT
As empresas enfrentam, diariamente, diversas incertezas em relação às suas operações e finanças,
o que pode lhes gerar riscos financeiros significativos. Para lidarem com esses riscos, as empresas
precisam contar com elementos que lhes permitam reconhecer e gerenciar essas incertezas. Nesse
sentido, a provisão, as subvenções e o impairment são elementos contábeis que auxiliam as empresas
na gestão de seus riscos financeiros. A provisão é uma forma de reconhecimento contábil de
operações que ainda não se concretizaram, mas que são consideradas prováveis. As subvenções
correspondem a pagamentos ou benefícios concedidos por entidades públicas ou privadas para
apoiar atividades específicas, como pesquisa e desenvolvimento ou expansão de negócios. Por fim, o
impairment é um ajuste contábil que deve ser feito quando o valor contábil de um ativo é superior ao
seu valor recuperável, a fim de se refletir a nova realidade do ativo.
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Essas ferramentas são essenciais para as empresas, especialmente para as médias empresas, que
precisam gerenciar seus riscos financeiros e garantir sua sustentabilidade a longo prazo. Sendo assim,
vamos estudar um pouco mais o registro dessas operações.
4.1 PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
As provisões são uma forma de passivo que envolve prazo ou valor incerto. Elas devem ser
reconhecidas quando a entidade tem uma obrigação, na data das demonstrações contábeis,
decorrente de um evento passado, sendo provável que, por isso, a entidade tenha que transferir
benefícios econômicos para a liquidação dessa obrigação e o valor da obrigação possa ser estimado
com confiabilidade (CFC, 2016). As provisões mais comuns para as médias empresas compreendem
provisão para contingências trabalhistas e provisão para garantias.
Vamos supor que um fabricante venda seus produtos com garantia e se comprometa, de acordo
com os termos do contrato de venda, a reparar ou substituir os produtos com defeitos que surgirem
dentro de três anos a partir da data da venda. Com base em experiências anteriores, é provável que
ocorram algumas reclamações durante o período de garantia. Isso cria uma obrigação presente
devido a um evento passado, em que é provável que haja uma saída de recursos, e o valor dessa
obrigação pode ser estimado com base em experiências anteriores. Portanto, a entidade reconhece
uma provisão com a melhor estimativa dos custos necessários para reparar os produtos com defeitos
vendidos antes da data das demonstrações contábeis (CFC, 2016).
De acordo com a NBC TG 1000 (R1), a entidade tem a responsabilidade de revisar suas provisões
em cada data das demonstrações contábeis e ajustar os valores devidos com base na estimativa mais
precisa para liquidá-las naquela data. Esses ajustes devem ser registrados como despesas no
resultado, a menos que a provisão tenha sido registrada como parte do custo de algum ativo (CFC,
2016).
O passivo contingente compreende uma obrigação possível, mas incerta, ou uma obrigação
presente que não pode ser reconhecida por não ser provável uma saída de recursos e/ou o valor da
obrigação não puder ser mensurado com confiabilidade (CFC, 2016). Um exemplo de passivo
contingente ocorre quando uma empresa enfrenta um processo judicial movido por terceiros. Nessa
situação, a empresa pode ser considerada responsável e ter a obrigação de pagar uma indenização,
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mas o resultado final do processo ainda é incerto e o valor exato do passivo não pode ser
determinado no momento.
A entidade deve divulgar, na data das demonstrações contábeis, breve descrição da natureza do
seu passivo contingente e, quando praticável, a estimativa do seu efeito financeiro, a indicação das
incertezas referentes ao valor ou o prazo da saída de recursos e a possibilidade de qualquer
reembolso. Essa divulgação é dispensada apenas se a saída de recursos for de possibilidade remota
(CFC, 2016). Nesse sentido, podemos classificar as obrigações em três níveis de possibilidade:
provável, possível e remota. No Quadro 6, temos um resumo do tratamento contábil relacionado à
probabilidade de ocorrência de desembolso futuro da entidade.
Quadro 6 – Tratamento contábil das provisões e do passivo contingente
Probabilidade de ocorrência do desembolso Tratamento contábil
Provável
Mensurável mediante estimativa confiável
Uma provisão é reconhecida e é divulgada em
notas explicativas
Não mensurável por inexistência de estimativaconfiável
Divulgação em notas explicativas
Possível Divulgação em notas explicativas
Remota Não divulgação em notas explicativas
Fonte: Elaborado com base em CFC, 2016.
O ativo contingente, por sua vez, corresponde a um ativo possível, que decorre de eventos
passados e cuja realização será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos, que não estão completamente sob o controle da entidade (CFC, 2016). Um exemplo
de ativo contingente seria quando uma empresa possui uma reclamação de seguro em andamento.
Nessa situação, a empresa tem a esperança de receber uma indenização, porém a concretização desse
ativo está sujeita à aprovação da seguradora.
4.2 SUBVENÇÃO GOVERNAMENTAL
Subvenção governamental é uma ajuda fornecida pelo governo na forma de transferência de
recursos para uma entidade, em troca do cumprimento de condições relacionadas às suas atividades
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operacionais, tanto no passado quanto no futuro (CFC, 2016). Alguns exemplos de subvenção
governamental são: subvenção para aquisição de equipamentos ou maquinários para produção;
subvenção para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias; subvenção para construção ou
reforma de instalações; subvenção para incentivo à adoção de práticas ambientalmente sustentáveis;
e subvenção para apoio ao setor agrícola.
O reconhecimento das subvenções governamentais depende da forma em que elas são
concedidas. A subvenção que não impõe condições de desempenho futuro à entidade beneficiária é
reconhecida como receita quando os valores da subvenção forem líquidos e certos. Vamos supor que
uma empresa de médio porte que receba uma subvenção governamental para aquisição de
equipamentos. Nesse caso, a subvenção não exige que a empresa atenda a metas ou requisitos
adicionais para receber o valor. Após a aprovação da subvenção, a empresa recebe os recursos
financeiros diretamente em sua conta bancária. Nesse momento do recebimento do recurso, a
subvenção é reconhecida como receita. A subvenção que impõe condições específicas de
desempenho futuro à entidade beneficiária é reconhecida como receita somente quando as
condições de desempenho são cumpridas. As subvenções recebidas antes do cumprimento dos
critérios de reconhecimento de receita são reconhecidas como um passivo (CFC, 2016). Vamos
considerar o caso de uma empresa que recebe uma subvenção governamental para desenvolver um
projeto de pesquisa e desenvolvimento. A subvenção é concedida com a condição de que a empresa
atinja certos marcos e entregue resultados específicos ao longo do tempo. Assim, a empresa
reconhece a subvenção como passivo e, conforme cada etapa do projeto é concluída e as metas são
alcançadas, a parte correspondente da subvenção é reconhecida como receita em suas
demonstrações contábeis.
4.3 IMPAIRMENT
A mensuração dos ativos nem sempre está em consonância com seu real valor. Por esse motivo é
que surge o teste de impairment. Impairment é uma redução no valor contábil de um ativo, em que o
valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. A redução ao valor recuperável de ativos   é
aplicável a todos os itens registrados no Ativo, exceto sobre tributos diferidos ativos, ativos
provenientes de benefícios a empregados, instrumentos financeiros básicos e complexos, propriedade
para investimento mensurada pelo valor justo, ativos biológicos e produtos agrícolas e ativos
provenientes de contratos de construção (CFC, 2016).
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No caso dos estoques, as empresas devem avaliar, na data de divulgação das demonstrações
contábeis, se seus estoques estão desvalorizados. Para tanto, é necessário comparar o valor contábil
de cada item de estoque (ou grupo de itens similares) com o preço de venda líquido menos os custos
para completar e vender. Caso seja constatado que algum item de estoque (ou grupo de itens
similares) está desvalorizado, a empresa deve ajustar o valor contábil do estoque (ou do grupo) ao
preço de venda líquido menos os custos para completar e vender. Esse ajuste é conhecido como
perda por desvalorização e deve ser registrado imediatamente no resultado (CFC, 2016).
Quando o valor recuperável dos demais ativos (exceto estoques) for menor que seu valor
contábil, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo para seu valor recuperável. Nesse caso, o
valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos a despesa para vender (valor líquido de
venda) e o seu valor em uso. A NBC TG 1000 (R1) especifica como ativos que devem ser reduzidos ao
valor recuperável os estoques, o ativo imobilizado (incluindo propriedade para investimento
contabilizada pelo método do custo), os ágios, os ativos intangíveis (exceto o ágio por expectativa de
rentabilidade futura), os investimentos em coligadas e os investimentos em empreendimentos
controlados em conjunto (CFC, 2016).
Após compreendermos diversas regras contábeis específicas direcionadas às médias empresas,
vamos analisar por que essas empresas devem seguir a NBC TG 1000 (R1) (CFC, 2016).
TEMA 5 – POR QUE ADOTAR A NBC TG 1000 (R1)
A primeira revisão da NBC TG 1000 foi publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
em dezembro de 2016 e entrou em vigor a partir do primeiro dia de 2017. Essa norma é aplicável a
todas as empresas cuja receita bruta seja inferior a R$ 300 mil e cujos ativos sejam inferiores a R$ 240
mil. Embora existam normas contábeis específicas às microentidades (NBC TG 1002) e pequenas
empresas (NBC TG 1001), essas empresas também têm a opção de aderirem à NBC TG 1000 (R1). Essa
possibilidade permite que elas adotem uma estrutura contábil mais abrangente, alinhada às melhores
práticas internacionais, caso desejem. Dessa forma, ao optarem por seguirem a NBC TG 1000 (R1), as
empresas podem elevar o nível de suas práticas contábeis, o que pode resultar em uma gestão mais
eficiente, melhor governança corporativa e uma imagem mais sólida perante o mercado. Esses
aspectos positivos podem contribuir para o crescimento sustentável e o sucesso a longo prazo das
empresas (CFC, 2016, 2021a, 2021b).
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Diante disso, podemos concluir que o objetivo principal das normas é padronizar e regularizar as
práticas contábeis das empresas, garantindo maior transparência e confiabilidade nas informações
financeiras por elas apresentadas. Contudo, é importante destacar que a implementação das normas
contábeis pode representar um desafio para as médias empresas, especialmente para aquelas que
não possuem uma equipe de contadores qualificados. Por isso, é fundamental que essas empresas
busquem se capacitar e buscar a ajuda de profissionais especializados a fim de procederem a uma
adequada aplicação das normas contábeis.
TROCANDO IDEIAS
As mudanças nas políticas contábeis podem ter um impacto significativo nas demonstrações
financeiras de uma empresa, especialmente em termos de sua relevância, confiabilidade e
comparabilidade. Nesse contexto, como as mudanças nas políticas contábeis podem afetar as
demonstrações financeiras de uma empresa e quais são as implicações dessas mudanças para a sua
análise e interpretação?
As mudanças nas políticas contábeis podem ter efeitos significativos nas informações financeiras
apresentadas pela empresa, por exemplo: uma mudança na política de depreciação pode afetar
diretamente o valor líquido contábil de um ativo e, consequentemente, o lucro líquido e o fluxo de
caixa da empresa. Além disso, essas mudanças podem tornar as demonstrações financeiras menos
comparáveis ao longo do tempo e com outras empresas do mesmo setor. Por outro lado, é
importante considerar que as mudanças nas políticas contábeis muitas vezes são necessárias para
refletir melhor a realidade da empresa e/ou a mudança nas condições de mercado. Por exemplo, uma
empresa pode optar por mudarsua política contábil de reconhecimento de receita para se adequar às
novas normas regulatórias ou para refletir melhor a natureza do seu negócio.
Diante desse cenário, é fundamental que as empresas comuniquem claramente as mudanças
havidas nas políticas contábeis nas suas demonstrações financeiras, explicando as razões para elas e
seus efeitos nas informações apresentadas. Além disso, os analistas financeiros devem estar atentos a
essas mudanças e avaliar seus impactos para uma análise mais precisa e confiável das demonstrações
financeiras das empresas.
NA PRÁTICA
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Agora que conhecemos um pouco sobre as regras contábeis das médias empresas, que tal
exercitarmos os conhecimentos adquiridos respondendo às seguintes quatro questões?
1. Sobre a depreciação pelo método das unidades produzidas, o método de depreciação
conhecido como unidades produzidas considera o número de unidades que o ativo produzirá
durante toda a sua vida útil. Esse método de depreciação assume que o desgaste do ativo está
diretamente relacionado ao número de unidades que ele produz. Sendo assim, considere que
uma empresa adquiriu uma máquina por R$ 120 mil, com uma vida útil estimada de 50 mil
unidades produzidas. No final do ano, a empresa produziu 10 mil unidades. Qual é o valor da
depreciação anual utilizando-se o método das unidades produzidas?
a. R$ 24 mil.
b. R$ 30 mil.
c. R$ 36 mil.
d. R$ 42 mil.
e. R$ 48 mil.
2. Sobre o reconhecimento do ativo intangível, conforme definido pela NBC TG 1000 (R1), o
intangível compreende um ativo que não possui substância física e que pode ser identificado de
duas maneiras. Primeiro, se puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado,
alugado ou trocado; segundo, se for proveniente de direitos contratuais ou outros direitos
legais, independentemente de esses direitos poderem ser transferidos ou separados da
entidade. Diante disso, assinale a alternativa que contemple um ativo intangível:
a. Maquinário para produção.
b. Equipamentos de uso administrativo.
c. Software desenvolvido para comercialização.
d. Software para operação de uma máquina específica.
e. Aquisição de uma licença de software para uso da empresa.
3. Sobre o reconhecimento das provisões, as empresas se deparam constantemente com
diversas incertezas relacionadas às suas operações, o que pode lhes gerar riscos financeiros
consideráveis. Para lidar com esses riscos, é necessário que as empresas possuam mecanismos
capazes de identificar e gerenciar tais incertezas, como as provisões.  Nesse sentido, qual é a
definição de provisão, segundo a NBC TG 1000 (R1) (CFC, 2016)?
a. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, cuja liquidação é incerta e cujo
valor pode ser mensurado de forma confiável.
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b. Uma obrigação presente que surge de eventos futuros, cuja liquidação é certa e cujo valor
pode ser mensurado de forma confiável.
c. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, cuja liquidação é certa e cujo
valor não pode ser mensurado de forma confiável.
d. Uma obrigação presente que surge de eventos futuros, cuja liquidação é incerta e cujo
valor pode ser mensurado de forma confiável.
e. Uma obrigação presente que surge de eventos futuros, cuja liquidação é incerta e cujo
valor não pode ser mensurado de forma confiável.
4. Sobre o impairment, a mensuração dos ativos nem sempre está de acordo com seu real valor.
Por essa razão é que surge o teste de impairment. Impairment é uma redução no valor contábil
de um ativo, em que o valor contábil do ativo supera seu valor recuperável. Sendo assim, qual é
a perda por impairment que uma empresa deve reconhecer em um imóvel que possui valor
contábil de R$ 500 mil, valor em uso de R$ 250 mil e valor justo de venda de R$ 400 mil, com
custo de desmontagem e venda de R$ 50 mil?
a. R$ 50 mil.
b. R$ 100 mil.
c. R$ 150 mil.
d. R$ 250 mil.
e. R$ 300 mil.
FINALIZANDO
Neste conteúdo, estudamos a NBC TG 1000 (R1) e conhecemos as diretrizes para a
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis.
Estes são os tópicos tratados nesta abordagem:
NBC TG 1000 (R1): contabilidade para médias empresas
NBC TG 1000 (R1): políticas contábeis, instrumentos financeiros e estoques
NBC TG 1000 (R1): investimentos, imobilizado e intangível
NBC TG 1000 (R1): provisão, subvenções, impairment
Por que adotar a NBC TG 1000 (R1)
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Na próxima abordagem, estudaremos a contabilidade como uma ferramenta de controle da
gestão das micro e pequenas empresas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Brasília, 17 dez. 1976.
Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm>. Acesso em: 4 jul.
2023.
_____. Lei n. 11.638, de 27 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, Brasília, 28 dez. 2007.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso
em: 4 jul. 2023.
CFC – Conselho Federal de Contabilidade. NBC TG 1000 (R1): contabilidade para pequenas e
médias empresas. Diário Oficial da União, Brasília, 1 nov. 2016. Disponível em:
<https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1000(R1).pdf>. Acesso em: 4 jul. 2023.
_____. NBC TG 1001 (R1): contabilidade para pequenas empresas. Diário Oficial da União, Brasília,
9 dez. 2021a. Disponível em: <https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1001.pdf>. Acesso em:
4 jul. 2023.
_____. NBC TG 1002 (R1): contabilidade para microentidades. Diário Oficial da União, Brasília, 9
dez. 2021b. Disponível em: <https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1002.pdf>. Acesso em:
4 jul. 2023.
PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. de; LEITE, J. da S. J. Manual de contabilidade internacional:
IFRS – US Gaap – BR Gaap – teoria e prática. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2014.
SANTOS, A. dos et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 2022.
RESPOSTAS
1. a. R$ 24.000,00. O método das unidades produzidas é utilizado quando a vida útil do ativo está
relacionada ao seu uso produtivo e não ao tempo. Para se calcular a depreciação anual, é
necessário primeiro calcular o custo de depreciação por unidade produzida. Isso é feito
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subtraindo-se o valor residual do custo original do ativo e dividindo esse resultado pelo número
de unidades produzidas estimadas. No caso da questão, o custo de depreciação por unidade
produzida é de R$ 2,40 (R$ 120.000,00 - R$ 0,00 ÷ 50.000 unidades). Como a empresa produziu
10.000 unidades no ano, o valor da depreciação anual será de R$ 24.000,00 (R$ 2,40 x 10.000
unidades produzidas).
2. e. Aquisição de uma licença de software para uso da empresa. O ativo intangível compreende
um bem que não possui matéria, é separável, mensurável e que vai gerar benefício econômico
futuro para a empresa, como a aquisição de uma licença de software. Maquinários para
produção, equipamentos de uso administrativo e software para operação de uma máquina
específica se referem a imobilizados. O software desenvolvido para comercialização deve ser
reconhecido no estoque, pois permanece na empresa por um período curto de tempo.
3. a. Uma obrigação presente que surge de eventos passados, cuja liquidação é incerta e cujo valor
pode ser mensurado de forma confiável.
4. c. R$ 150.000,00. A perda por impairment que a empresa deve reconhecer em um imóvel é de
R$ 150.000,00 (valor contábil/valor recuperável). Nesse caso, o valor recuperável é o maior entre
o valor em uso (R$ 250.000,00) e o valor justo de venda descontado dos custos de
desmontagem e venda (R$ 350.000,00 = R$ 400.000,00 – R$ 50.000,00). Portanto, a perda por
impairment é de R$ 150.000,00 (R$ 500.000,00 – R$ 350.000,00).

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