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ANÁLISE SOBRE O ARTIGO "A CONTRIBUIÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA ALUNOS PRIVADOS DE LIBERDADE" - REDEQUIM

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE
JANEIRO
LICENCIATURA EM QUÍMICA
SÁVIO DE MACEDO ISIDORIO
ANÁLISE SOBRE O ARTIGO "A CONTRIBUIÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA
ALUNOS PRIVADOS DE LIBERDADE"
Japeri
2021
Problema da pesquisa: aplicação e avaliação de um jogo didático contendo
desafios experimentais, sobre o conteúdo ácido e base, para a disciplina de química.
Justificativa: promover a inclusão e o acesso pleno à educação básica gratuita, a
fim de elevar e ampliar a escolaridade da população, inclusive em estabelecimentos
penais.
Objetivos: identificar a relevância das atividades educacionais inclusivas e
interativas para alunos do sistema prisional de Guarapuava - PR.
Tipo de pesquisa desenvolvida: os autores descrevem como uma pesquisa
qualitativa.
Resumo:
O artigo aqui abordado foi escrito por Marcos Roberto da Rosa, Elisa Aguayo
da Rosa e contou com a participação do professor-pesquisador Fernando José
Rodrigues. O trabalho desenvolvido por eles foi efetivado em duas unidades
prisionais da cidade de Guarapuava - Paraná: o Centro de Regime semi-aberto de
Guarapuava (CRAG) e a Cadeia Pública de Guarapuava (CPG). Ao todo 15 alunos
se envolveram nas aulas, sendo 6 alunos do CRAG e 9 da CPG (3 mulheres e 6
homens).
Na CPG as aulas foram realizadas em um espaço improvisado e adaptado
como sala de aula, de tal forma que os alunos e o professor ficavam separados por
uma grade. No caso das mulheres, a atividade ocorreu em um local também
adaptado para aulas, por meio de divisórias, na cozinha da unidade.
No CRAG a interação aconteceu nas salas de aula improvisadas, porém os
alunos e professores compartilhavam o mesmo ambiente. Vale a pena sinalizar que
a unidade passava por reformas a fim de proporcionar melhores condições de
trabalho e mitigar o estado de vulnerabilidade que os agentes penitenciários se
encontravam.
Sabemos que o EJA é direcionado à população que não teve possibilidade de
continuar os estudos na idade correta, e que a Educação Prisional faz parte dessa
modalidade, assim o pesquisador percebeu uma grande oportunidade para o
desenvolvimento do trabalho.
A atividade tem como objetivo instigar e despertar o interesse pelo tema
químico ácido-base, além de perceber como alunos presos recebem e interagem
com esse tipo de proposta. A partir disso eles disponibilizaram um jogo didático com
desafios experimentais que promovem entretenimento, socialização e o aprendizado
de conceitos teóricos.
De forma geral, o jogo tinha um tabuleiro com casas numeradas, dados (para
avançar pelo tabuleiro) e cartas coloridas: Azuis (questões teóricas sobre
ácido-base); amarelas (desafios experimentais); verdes (indicam o número de
tentativas para realizar o desafio). Nos vértices do tabuleiro haviam casas vermelhas
que deixavam o participante sem jogar por 1 rodada, só retornando após a
realização de uma atividade experimental. Os desafios experimentais contavam com
indicadores ácido-base acessíveis como: suco de laranja, água sanitária, sabão em
pó, entre outros. Essas soluções seriam misturadas a substâncias indicadoras como
o suco de repolho roxo, fenolftaleína e azul de bromotimol. Imagens referentes ao
tabuleiro do jogo podem ser encontradas no artigo.
A pesquisa teve caráter qualitativo. O interesse daqueles que a realizaram
não foi construir um compilado de dados numéricos, mas focar a atenção em
compreender um determinado grupo recluso. Com o intuito de obter um feedback,
foram feitas três perguntas aos alunos:
Questão 1: Na sua opinião, o que mais chamou atenção na Atividade
proposta?
Questão 2: Você considera que, trabalhada no coletivo ou grupos, a atividade
lúdica facilita a socialização do conteúdo?
Questão 3: Você em algum momento da atividade teve dificuldade$ De uma
maneira geral como você avalia sua participação$ qual avaliação (1 a 5) você faz da
atividade?
De acordo com os alunos reclusos, o que mais os chamou atenção foram os
desafios experimentais do jogo, com as diversas colorações e reações, e a
possibilidade de aprender e se divertir ao mesmo tempo.
Em relação à segunda pergunta, todos os integrantes do grupo concordaram
que a atividade promoveu a interação e o trabalho em grupo a partir da
aprendizagem colaborativa.
Ao serem questionados sobre terem dificuldades em algum momento da
atividade proposta, apenas um aluno disse que não teve problemas. Os demais
relataram dificuldade para se concentrarem, e falta de familiaridade com o conceito
ácido-base e com fórmulas químicas. Apesar das dúvidas e dúvidas eles
conseguiram superar os problemas de entendimento ao longo do jogo. Ressalvo que
o professor esteve a todo momento pronto para esclarecer as dificuldades que
surgiram durante o jogo didático.
A atividade lúdica foi muito bem recebida pelos estudantes das unidades
prisionais. Afirmo isso tendo em vista as autoavaliações e as notas que eles
atribuíram à atividade (média 4,6 de 5,0). É comentado no corpo do artigo que não
houve indisciplina durante o decorrer das aulas, isso mostra o quão interessante e
envolvente foram esses momentos.
REFERÊNCIA:
RODRIGUES, F. J.; ROSA, M. R.; ROSA, E. A. A CONTRIBUIÇÃO DE UM JOGO
DIDÁTICO PARA ALUNOS PRIVADOS DE LIBERDADE. Revista Debates em
Ensino de Química, v. 6, n. 2, p. 163-177, 2020. Disponível em:
<http://www.journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/3010>. Acesso em:
17 de maio de 2021.
http://www.journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/3010

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