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Relatório Pessoal de Tutoria P3M1

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Relatório Pessoal de Tutoria – P3M1
O1: Citar as fases da marcha fisiológica 
· Marcha Normal: A marcha humana é o translado do corpo de um lugar para outro com mínimo gasto de energia através de uma sequência rítmica de eventos com repetitiva perda e recuperação do equilíbrio. Para ser verdadeiramente funcional, a marcha deve ser: 
· Segura, de tal modo que o paciente não tenha receio de sofrer lesões por queda; 
· Relativamente sem esforço, de modo que nem toda energia disponível do indivíduo seja necessária para a realização da locomoção; 
· Esteticamente agradável, de modo que o indivíduo possa caminhar entre as pessoas sem ser observado desconfortavelmente; 
· Sem o uso de aparatos de suporte, de modo que o indivíduo possa usar os membros superiores para realizar outras tarefas; 
· Executada em um nível automático, para capacitar o indivíduo a concentrar-se em outras atividades simultaneamente. 
· Cada fase é subdividida em subfases que consistem em: 
· -Contato inicial ou toque de calcanhar; 
· -Resposta de carga ou aplanamento do pé; 
· -Apoio médio; 
· -Apoio terminal; 
· -Pré-balanço; 
· -Balanço inicial; 
· -Balanço médio; 
· -Balanço final. 
∙ Fase de Apoio 
A fase de apoio (ou fase de posição) ocorre quando o pé está em contato com o solo e o membro inferior está apoiando todo ou parte do peso do corpo. 
A fase de apoio constitui os 60% iniciais do ciclo, sendo dividida em cinco subfases: apoio do calcanhar (15%), aplanamento do pé (15%), médio apoio ou acomodação intermediária (25%), desprendimento do calcanhar (25%) e desprendimento dos dedos (5%), sendo que os dois últimos períodos juntos formam a fase de impulso.
∙ Fase de Balanço 
A fase de balanço (ou fase de oscilação) ocorre quando o pé não está tocando o solo, e o peso do corpo está colocado no membro oposto. 
A fase de balanço compreende 40% do ciclo da marcha e subdivide-se em três períodos: aceleração (ou balanço inicial), oscilação intermediária (ou balanço médio) e desaceleração (ou balanço final). 
Para aprofundamento: pág. 119 do livro Exame Físico em Ortopedia 3ª ed. (Cap. 5). 
O2: Reconhecer as principais marchas patológicas 
✔ Marcha de Pequenos Passos 
A característica principal é a diminuição do comprimento da passada, com deslocamento anterior do corpo e diminuição da potência no final do apoio. 
Traduz perda da plasticidade das estruturas cerebrais que comandam a deambulação. Observa-se neste tipo de marcha uma tendência a quedas. 
Causas: Senilidade, doença de Alzheimer. 
✔ Marcha Ceifante Ou Hemiplégica 
Caracteriza-se pela incapacidade de aumentar a velocidade de locomoção ou de adaptar-se às irregularidades do solo, além da dificuldade de elevar o pé durante a caminhada. Ao andar o paciente levanta o membro afetado, inicialmente para fora, depois para frente, executando um movimento ao redor da coxa, como se ceifasse algo no chão. A oscilação dos braços está comprometida. 
Causa: Acidente vascular encefálico (AVE).
✔ Marcha Atáxica 
Há três tipos: ataxia sensorial, labiríntica (vestibular) e cerebelar. 
Estão afetados o controle postural e a coordenação dos movimentos. Ao andar observa-se falta de equilíbrio, o paciente caminha cambaleando, como se fosse cair. Anda batendo o pé, alargando a base e mantendo os olhos fixos no chão. 
Causas: Esclerose múltipla, ataxia de Friedreich, polineuropatia periférica (diabética e alcoólica), lesões cerebelares. 
✔ Marcha Propulsiva 
Ao caminhar o paciente adota uma postura rígida com a cabeça e o pescoço encurvados para a frente, enquanto os braços permanecem estendidos e imobilizados, rentes ao corpo, e os quadris e os joelhos ficam semi-encurvados. Ao andar, o centro de gravidade do corpo desloca-se para frente, prejudicando o equilíbrio, o que obriga o paciente a dar passos curtos, cada vez mais rápidos, com aceleração involuntária da deambulação. Deve ser diferenciada da marcha de pequenos passos. 
Causas: Doença de Parkinson, esclerose múltipla. 
✔ Marcha Tabética Ou Talonante 
A marcha é realizada com a base alargada e o olhar fixo no chão, em função da perda da noção de proximidade do solo em relação aos pés. Os pés são arremessados para diante e batem com força no chão. Os calcanhares tocam o solo pesadamente. Decorrem de lesão do cordão posterior da medula ou da inervação periférica. 
Causas: Neurossífilis (tabes dorsalis), polineuropatia periférica. 
✔ Marcha Espástica Ou Em Tesoura 
Uma das pernas fica esticada com flexão plantar do pé enquanto um dos braços permanece imóvel e próximo ao corpo (hemiparesia espástica). Quando bilateral, os dois membros inferiores, enrijecidos e espásticos, permanecem semifletidos. Ao caminhar os pés se arrastam e as pernas se cruzam, em um movimento que lembra o funcionamento de uma tesoura. 
Causas: Esclerose múltipla, encefalopatia crônica da infância. 
✔ Marcha Anserina ou de Pato 
Quando o paciente dá o passo o quadril oposto cai, em virtude de fraqueza dos músculos da cintura pélvica. 
Causa: Distrofia muscular.
✔ Marcha Claudicante 
Para aliviar o peso sobre um dos membros inferiores, o paciente modifica a marcha, ficando uma perna com movimentação normal, enquanto a outra toca com menos força no chão. 
Causas: Afecções articulares, musculares ou ósseas que se acompanham de dor. 
Tipos de marcha patológica 
∙ Todo e qualquer distúrbio da marcha, dá-se o nome de disbasia. Ela pode ser uni ou bilateral, os principais tipos são: 
o Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: ao andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. Dessa forma, a perna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo. Esse modo de caminhar é semelhante ao movimento de uma foice em ação. Geralmente, ocorre em pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é AVC. 
o Marcha anserina ou de pato: o paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, semelhante ao andar de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. 
o Marcha parkinsoniana: o paciente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão de que o paciente “corre atrás do seu centro de gravidade” e vai cair para a frente. Ocorre em portadores de doença parkinsoniana. 
o Marcha cerebelar ou marcha do ébrio: o paciente ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões no cerebelo. 
o Marcha tabética: o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. Com os olhos fechados, a marcha apresenta acentuada piora, ou se torna impossível. Indica perda de sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues), na mielose funicular (mielopatia por deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou vitamina B6), mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões posteriores da medula (mielopatia cervical). 
o Marcha de pequenos passos: caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical da senilidade. 
o Marcha vestibular: o paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda: é como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Se o paciente for colocado em um ambiente amplo e 
lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, ele descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí serdenominada também marcha em estrela. 
o Marcha escarvante: o paciente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca a ponta do pé ao solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o “passo de ganso” dos soldados prussianos. 
o Marcha claudicante: o paciente irá mancar para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. 
o Marcha em tesoura ou espástica: os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento da perna lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral. 
O3: Diferenciar os tipos de déficit motor 
Deficits motores agudos ocorrem quando há uma perda súbita de conectividade entre o sistema nervoso central (SNC) e os músculos, ou quando há uma disfunção dos próprios músculos. A perda de conexão pode ocorrer em qualquer lugar, desde o SNC até a placa terminal motora. Deficits motores agudos ocorrem em uma ampla faixa de estados 
patológicos. Uma anamnese detalhada de um paciente que relata perda motora súbita pode ajudar a determinar a anatomia exata do deficit motor, características associadas e a provável fisiopatologia. A descrição anatômica do deficit ajuda a localizar o local da disfunção, que pode incluir cérebro, medula espinhal, nervos periféricos e músculos. Deficits motores podem ser intermitentes, recidivantes ou agudos e catastróficos, embora essas características nem sempre ajudem a definir a fisiopatologia. 
O4: Discutir sobre o diagnóstico e tratamento da neurossífilis 
✔ Diagnóstico 
Neurossífilis: pode haver acometimento do SNC de forma assintomática. Com exceção das pupilas de Argyll-Robertson e de tabes dorsalis, que são manifestaçãoes da forma terciária, os sinais e sintomas de neurossífilis são inespecíficos (ex: convulsão, hemiparesia/plegia, alteração de personalidade, hiperreflexia, ataxia, comprometimento de pares cranianos). Em pacientes jovens que apresentem acidente vascular isquêmico, a sífilis deve ser fortemente considerada. 
A neurossífilis acomete o sistema nervoso central (SNC), o que pode ser observado já nas fases iniciais da infecção. Esse acometimento precoce, no entanto, ocorre por reação inflamatória da bainha de mielina, não havendo destruição anatômica das estruturas neurais. Estatisticamente, ocorre em 10% a 40% dos pacientes não tratados, na sua maioria de forma assintomática, só diagnosticada pela sorologia do líquor, exteriorizando-se clinicamente em apenas 1% a 2% como meningite asséptica.
Para o exame liquórico do RN, consideram-se os seguintes valores para diagnóstico de neurossífilis, conforme o Quadro: 
Em usuários que apresentam sintomas neurais, o exame do líquor – LCR é indicado, porém nenhum teste isoladamente é seguro para o diagnóstico da neurossífilis. Recomendase que o diagnóstico seja feito pela combinação da positividade do teste sorológico, aumento da células e de proteínas no LCR. 
✔ Tratamento da Neurossífilis 
A penicilina é o medicamento de escolha para o tratamento da sífilis. Níveis de penicilina superiores a 0,018 mg por litro são considerados suficientes e devem ser mantidos por pelo menos sete a 10 dias na sífilis recente, e por duração mais longa na sífilis tardia. 
Neurossífilis: Penicilina cristalina, 18-24 milhões UI/dia, IV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias. 
O complemento do tratamento de neurossífilis, com três doses de penicilina benzatina, seguindo o mesmo esquema de tratamento de sífilis terciária e latente tardia, fica a critério do médico assistente, pois não há relatos na literatura que indiquem seu benefício nem malefício.

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