Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EPIDEMIOLOGIA – PSE 2020/2 Aula 03 – Validade de Instrumento de Medidas • Diagnóstico → Processo de decisão clínica que se baseia, conscientemente ou não, em probabilidade • Uso de testes diagnósticos - Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada à saúde - Avaliar a gravidade do quadro clínico - Estimar o prognóstico - Monitorar a resposta a um intervenção • Repetitividade ou reprodutibilidade - Repetitividade: capacidade de uma medida reproduzir consistentemente a mesma informação quando são feitos exames repetidos na mesma população. Ex: peso corporal - Se o exame cada hora dá um resultado diferente, ele tem baixa confiança. Ou seja, se a repetitividade não é elevada, o exame é de pouca confiança. Quanto mais confiável o teste, provável que os resultados sejam repetíveis. - A repetitividade pode ser interferida por erros relacionados ao ato da aferição, incluindo aqueles ligados ao desempenho do teste (ex: laboratório que produz) - Se houver variabilidade do método, os valores poderão ser sub ou super estimados (viés = erro). É provável obter conclusões errôneas - A repetitidade de uma medida pode ser afetada pela: - Variação devida ao observador: pode ser intra-observador (1 pessoa) ou inter-observador (diferentes pessoas) Ex: presença dos parasitos de malária nas lâminas de sangue. Quando essa lâmina é dada pra alguém com uma deficiência visual (ex: miopia), pode ocorrer interferência - Variação devido ao observado: A resposta de um questionário pode ser afetada pela motivação, local da entrevista, crenças. Por exemplo, ocorre quando o observado mente em entrevistas de doação de sangue, pois sua motivação é somente o exame sorológico; ou quando se faz uma entrevista num local que tem muita gente ouvindo, também expressado respostas socialmente aceitas e não necessariamente a verdade. - Variação devida ao instrumento e ao método: Ex: alguns são obviamente mais confiáveis que outros – marcas de esfigmomanômetro, glicemia capilar x curva glicêmica. • Validade ou acurácia - Capacidade do teste diagnosticar corretamente a presença ou ausência da doença (problema) em estudo. - A definição clara do caso ou evento em estudo é da maior importância para obter-se uma alta validade. - Há dois aspectos importantes para a validade de um teste diagnóstico: sensibilidade e especificidade Doença sempre na vertical e rastreamento sempre na horizontal • Sensibilidade - Capacidade de diagnosticar os verdadeiros positivos - Capacidade de detectar todos os indivíduos doentes - Se a doença está presente, qual a probabilidade que o teste seja positivo? - Ex: Um teste tem sensibilidade de 90% quando fornece acertadamente, resultados positivos em 90% das pessoas que realmente tem a doença - Para calcular a sensibilidade basta aplicar o teste em um grupo de doentes e comparar os resultados com aqueles de um teste padrão (padrão ouro) • Especificidade - Capacidade de diagnosticar os verdadeiros negativos - Capacidade de determinar como sendo sadios todos os indivíduos que estão efetivamente livre da doença em estudo. - Se a doença não está presente, qual a probabilidade que o teste seja negativo? - Ex: um teste tem especificidade de 90% quando fornece acertadamente, resultados negativos em 90% das pessoas que realmente não tem a doença - Para calcular a especificidade, aplicamos o teste em um grupo de pessoas sãs (com o “padrão ouro” negativo) e calculamos a porcentagem de resultados negativos • Teste de rastreamento - Deve ser barato, de fácil aplicação, aceitável pela população, preciso e válido. Um teste será preciso se fornecer resultados consistentes; será valido se classificar corretamente as pessoas como tendo ou não a doença, como definido pela sua sensibilidade e especificidade. - Após utilizar um exame com tais características, os pacientes serão encaminhados para exames mais específicos, com testes de provavelmente valor mais elevado e mais invasivo. • Sensibilidade e especificidade são características fixas dos testes diagnósticos. A única forma de alterar a sensibilidade e especificidade de um teste é alterando o ponto de corte. • Os valores preditivos positivos e negativo do teste, dependem da prevalência da doença na população. Ex: Se eu faço 100 testes de malária na Amazônia e 50 dão positivo, é provável que os 50 sejam realmente positivos. Mas se fizer aqui na região e 1 der positivo, talvez ela não seja de fato positivo. Os valores preditivos positivos servem para predizer quantas pessoas que deram positivas ao teste são realmente positivas, enquanto os valores preditivos negativos servem para predizer quantas pessoas que deram negativa ao teste são realmente negativas. • Valor preditivo positivo - É a probabilidade de que cada pessoa positiva segundo o teste seja um caso. - Dado que o teste foi positivo, qual a probabilidade que a doença esteja presente? - Depende da prevalência da doença, da especificidade e da sensibilidade - A prevalência influencia muito mais no VPP do que no VPN. Quanto maior a prevalência da doença, maior o VPP. • Valor preditivo negativo - É a probabilidade de que cada pessoa negativa segundo o teste seja um não caso, isto é, seja sadia. - Dado que o teste foi negativo, qual a probabilidade que a doença esteja ausente? - Depende da prevalência da doença, da especificidade e da sensibilidade. • Atenção! - Os valores preditivos positivos e negativos só podem ser calculados diretamente da tabela 2x2 se a proporção de casos apresentados representar a prevalência da doença na população. Caso contrário, deve-se levar em conta os determinantes do valor preditivo apresentados abaixos e utilizar as fórmulas apresentadas. • Determinantes do valor preditivo - Sensibilidade - Especificidade - Prevalência da doença na população → probabilidade pré-teste - Valores preditivos positivos e negativos → probabilidade pós-teste RESUMÃO EPIDEMIOLOGIA – PSE 2020/2 Aula 03 – Validade de Instrumento de Medidas • Diagnóstico ? Processo de decisão clínica que se baseia , conscientemente ou não, em probabilidade • Uso de testes diagnósticos - Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada à saúde - Avaliar a gravidade do quadro clínico - Estimar o prognóstico - Monitorar a resposta a um intervenção • Repetitividade ou reprodutibilidade - Repetitividad e: capacidade de uma medida reproduzir consistentemente a mesma informação quando são feitos exames repetidos na mesma população. Ex: peso corporal - Se o exame cada hora dá um resultado diferente, ele tem baixa confiança. Ou seja, se a repetitividad e não é elevada, o exame é de pouca confiança . Quanto mais confiável o teste, provável que os resultados sejam repetíveis . - A repetitividade pode ser inte rferida por erros relacionados a o ato da aferição, incluindo aqueles ligados ao desempenho do te ste (ex: laboratório que produz) - Se houver variabilidade do método, os valores poderão ser sub ou super estimados (viés = erro) . É provável obter conclusões errôneas - A repetitidade de uma medida pode ser afetada pela : - Variação devida ao observador: pode ser intra - observador (1 pessoa) ou inter - observador (diferentes pessoas) Ex: presença dos parasitos de malária nas lâminas de sangue. Quando essa lâmina é dada pra alguém com uma deficiência visual (ex: miopia), pode ocorrer interferênc ia - Variação devido ao observado: A resposta de um questionário pode ser afetadapela motivação, local da entrevista, crenças. Por exemplo, ocorre quando o observado mente em entrevistas de doação de sangue, pois sua motivação é somente o exame sorológ ico; ou quando se faz uma entrevista num local que tem mu ita gente ouvindo, também expressado respostas socialmente aceitas e não necessariamente a verdade . - Variação devida ao instrumento e ao método: Ex: alguns são obviamente mais confiáveis que outr os – marcas de esfigmomanômetro, glicemia capilar x curva glicêmica . EPIDEMIOLOGIA – PSE 2020/2 Aula 03 – Validade de Instrumento de Medidas • Diagnóstico ? Processo de decisão clínica que se baseia, conscientemente ou não, em probabilidade • Uso de testes diagnósticos - Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada à saúde - Avaliar a gravidade do quadro clínico - Estimar o prognóstico - Monitorar a resposta a um intervenção • Repetitividade ou reprodutibilidade - Repetitividade: capacidade de uma medida reproduzir consistentemente a mesma informação quando são feitos exames repetidos na mesma população. Ex: peso corporal - Se o exame cada hora dá um resultado diferente, ele tem baixa confiança. Ou seja, se a repetitividade não é elevada, o exame é de pouca confiança. Quanto mais confiável o teste, provável que os resultados sejam repetíveis. - A repetitividade pode ser interferida por erros relacionados ao ato da aferição, incluindo aqueles ligados ao desempenho do teste (ex: laboratório que produz) - Se houver variabilidade do método, os valores poderão ser sub ou super estimados (viés = erro). É provável obter conclusões errôneas - A repetitidade de uma medida pode ser afetada pela: - Variação devida ao observador: pode ser intra-observador (1 pessoa) ou inter- observador (diferentes pessoas) Ex: presença dos parasitos de malária nas lâminas de sangue. Quando essa lâmina é dada pra alguém com uma deficiência visual (ex: miopia), pode ocorrer interferência - Variação devido ao observado: A resposta de um questionário pode ser afetada pela motivação, local da entrevista, crenças. Por exemplo, ocorre quando o observado mente em entrevistas de doação de sangue, pois sua motivação é somente o exame sorológico; ou quando se faz uma entrevista num local que tem muita gente ouvindo, também expressado respostas socialmente aceitas e não necessariamente a verdade. - Variação devida ao instrumento e ao método: Ex: alguns são obviamente mais confiáveis que outros – marcas de esfigmomanômetro, glicemia capilar x curva glicêmica.
Compartilhar