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MISCO - RoteiroTestes Diagnosticos

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UniRV – Universidade de Rio Verde 
FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa 
Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha 
Formosa –GO 
Tel: (61) 3631-6734 
 
Disciplina:MISCO V Curso: Medicina 
Faculdade responsável: Faculdade de Medicina Docentes: Pedro Afonso Barreto e Danilo Araújo 
 
Conteúdo programático: Propriedades de testes diagnósticos 
 
Material: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527736077/epubcfi/6/54%5B%3Bvnd.vst.idref
%3Dchapter17%5D!/4/274%400:49.6 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830000/pageid/172 
 
ROTEIRO – TESTES DIAGNÓSTICOS 
 
1. Conceitue “Teste Diagnóstico”. 
Consideraremos, portanto, teste diagnóstico como qualquer informação que possa contribuir no 
processo diagnóstico, aumentando ou diminuindo a probabilidade de determinada doença. Em 
cenário ideal, um teste diagnóstico positivo deveria indicar presença de doença e um negativo 
deveria indicar ausência da doença. No entanto, na vida real todos os testes são falíveis, e 
estabelecer um diagnóstico é um processo imperfeito, resultando em probabilidade e não em 
certeza. 
 
2. De acordo com o estudo do material, defina as atribuições, objetivos e tipos de 
validade de um teste diagnóstico. 
 
O objetivo de um teste diagnóstico é mudar a estimativa de probabilidade de uma doença para 
mais ou para menos - cada vez que surge uma informação importante para o diagnóstico, a 
probabilidade de uma doença em particular estar presente oscila de zero a 100%. 
 
Existem diversos tipos de validade. A maioria das noções sobre validade é intuitiva, mas o tema 
pode ser abordado em nível de grande complexidade. 
● Validade lógica/consensual: trata-se de julgar uma informação, critério, indicador, teste ou 
medida por sua lógica ou obviedade. Ex: Os dados sobre o sexo do paciente, constantes em 
prontuário, refletem com segurança a verdade sobre a real característica do paciente. Já 
idade e local de residência não têm a mesma validade; menor validade ainda possuem as 
informações, contidas em prontuário, sobre hábito de fumar e consumo de bebidas 
alcoólicas. 
● Validade de conteúdo: pode ser utilizada para julgar a sua utilidade. O teste será válido se é 
adequado para medir as facetas que devem ser medidas. Ex: Um teste para medir esta 
característica deve incluir diversos aspectos que fazem parte daquele conceito, entre os 
quais, a saúde física, a capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia, o estado emocional e 
o ângulo social. Um teste válido de conteúdo, para medir o conhecimento dos alunos ao final 
 
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de um determinado curso, poderia ser obtido por amostragem aleatória de todos os 
quesitos do programa que os estudantes deveriam dominar ao final do curso. 
O consenso e o conteúdo de um exame, por vezes, não são suficientes para julgar o valor de um 
teste, de modo que evidências adicionais são necessárias para decidir sobre a sua utilidade. 
● Validade do constructo: muito empregada em psicologia e na área de educação, e tem o 
seguinte princípio básico - se a característica a ser medida correlaciona-se com uma outra, 
ou com o conhecimento disponível, o teste deve também comportar-se desta maneira. Ex: 
Se a prevalência do evento na população ou a sua intensidade em um indivíduo (como a 
depressão) aumentam com a idade, o resultado da aplicação do teste, para ele ser válido, 
deve também mostrar tendência crescente com a idade. 
● Validade em relação a um padrão: Esse outro tipo de validade é muito popular na área de 
saúde, em especial, em epidemiologia, farmacologia e patologia clínica. Refere-se a quanto, 
em termos quantitativos, um teste é útil para diagnosticar um evento (validade simultânea 
ou concorrente) ou para predizê-lo (validade preditiva). Para tal, comparam-se os resultados 
do teste com os de um padrão: esse pode ser o verdadeiro estado do paciente, se tal 
informação está disponível, um conjunto de exames julgados mais adequados ou uma outra 
forma de diagnóstico que sirva como referencial. 
 
3. Descreva o que significa reprodutibilidade de um teste diagnóstico? 
Reprodutibilidade (confiabilidade, fidedignidade, repetibilidade ou precisão; em inglês: 
reproducibility, reliability, repeatability, consistency, stability, precision) — é a consistência de 
resultados quando a medição ou o exame se repete. Por exemplo, dois radiologistas que lêem 
independentemente um do outro as mesmas radiografias e chegam ao mesmo diagnóstico 
alcançam o nível máximo de reprodutibilidade. Mas os dois especialistas podem estar certos ou 
errados em seus diagnósticos. 
Diz respeito à consistência ou concordância de resultados quando a mensuração ou o exame se 
repete, em condições idênticas. 
Validade: refere-se a quanto o resultado final reflete a real situação, ou seja, se o resultado pode 
ser aceito como expressão da verdade ou o quanto dele se afasta. Em um teste diagnóstico, a 
questão a ser investigada é a sua capacidade de discriminar corretamente doentes e sadios. 
 
4. Confeccione uma tabela que demonstre de modo sucinto diferença entre os testes 
de reprodutividade e de validade. 
 
 
 Reprodutibilidade Validade 
Chamado de confiabilidade, fidedignidade, 
repetibilidade ou precisão 
acuidade, acurácia ou 
exatidão 
 
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O que é a consistência de resultados 
quando o exame/medição se 
repete 
grau em que o exame é 
apropriado para medir o 
verdadeiro valor do que é 
medido/observado. 
Representa a verdade. 
Exemplos dois radiologistas lêem as 
mesmas radiografias e chegam 
ao mesmo diagnóstico 
alcançando nível máximo de 
reprodutibilidade. Mas os dois 
podem estar certos ou 
errados. 
o ECG é teste de maior 
validade, comparado à 
auscultação cardíaca feita com 
o estetoscópio, no intuito de 
detectar alterações 
cardiovasculares típicas de 
Chagas. 
 
Existe uma relação complexa entre reprodutibilidade e validade. 
Exemplo: teste de uma arma por um exímio atirador 
Se todos os tiros disparados acertarem o centro do alvo, a arma é confiável porque os tiros estão 
concentrados em um mesmo ponto. Ela também é de alta validade, por acertar a marca central. 
Se os tiros estão concentrados, mas fora do alvo, a arma é confiável, ou seja, repetindo-se a 
operação, obtêm-se os mesmos resultados. No entanto, ela é pouco válida; os tiros ficaram 
distantes da marca central do alvo. 
Se os tiros estão dispersos, a arma é pouco confiável; e ela é de validade limitada, por não acertar 
o alvo. 
O exemplo da arma pode ser generalizado para os testes diagnósticos. 
Um teste de baixa reprodutibilidade forçosamente acarreta baixa validade, o que significa pouca 
utilidade. 
Um teste de alta reprodutibilidade, no entanto, não assegura alta validade: observe-se que um 
exame pode ser reproduzível (dar resultados idênticos ou próximos quando o processo diagnóstico 
é repetido), mas não ser capaz de discriminar corretamente as diversas situações que se encontram 
na prática. Todos os resultados podem estar errados. Como esse aspecto é fundamental para 
separar corretamente doentes de sadios, a questão da validade tem de ser adequadamente 
esmiuçada, ao lado da reprodutibilidade, no sentido de avaliar a qualidade de um exame diagnóstico 
e, conseqüentemente, da informação por ele produzida. 
pg 363 - epidemiologia5. Monte um quadro explicativo, onde defina e demonstre a comparação entre os 
termos: sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo 
negativo. 
 
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MEDCEL 2019 V4 
A aplicação de um teste, separadamente, a um grupo de doentes e de sadios, permite atestar o seu 
nível de validade. 
Conhecendo-se a proporção de acertos (verdadeiros positivos e verdadeiros negativos) e de erros 
(falso-positivos e falso-negativos), estabelecem-se os diversos ângulos pelos quais a validade é 
expressa: a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos. 
 
 
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Quanto maior for o número de verdadeiros positivos e verdadeiros negativos de um teste, maior 
será a sua acurácia. Portanto, a acurácia de um teste é considerada com relação a alguma forma de 
saber se a doença está realmente presente ou não, uma indicação sólida da verdade 
frequentemente referida como padrão-ouro ou gold standard. Entende-se acurácia como o grau 
pelo qual o instrumento utilizado na mensuração é capaz de determinar o verdadeiro valor daquilo 
que está sendo medido. 
A eficiência de um diagnóstico refere-se à sua capacidade em distinguir as pessoas com doença das 
pessoas sem a doença. Tal capacidade é dada pelo aumento da sensibilidade e da especificidade. 
Desse modo, os parâmetros de um teste diagnóstico servem, principalmente, para avaliar as 
proporções de seus acertos (sensibilidade e especificidade), porém eles podem mensurar, também, 
a probabilidade de um indivíduo diagnosticado como positivo ou negativo ser, de fato, positivo ou 
negativo (valores preditivos), o que é muito importante para a sua aplicação. 
 
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A sensibilidade de um teste avalia os verdadeiros positivos, ou seja, a proporção de pessoas com a 
doença que tiveram o teste positivo. A sensibilidade de um teste é definida pela sua capacidade de 
reconhecer os verdadeiros positivos em relação ao total de doentes, ou seja, é a probabilidade de 
um indivíduo avaliado e doente ter seu teste alterado (positivo). 
 
A especificidade de um teste permite distinguir os verdadeiros negativos, ou seja, a proporção de 
pessoas sem a doença que tiveram um teste negativo. A especificidade do teste refere-se ao poder 
de distinguir os verdadeiros negativos em relação ao total de doentes, ou seja, é a probabilidade de 
um indivíduo avaliado e normal ter seu teste normal (negativo). Na tabela de contingência, é a 
proporção de indivíduos sem a doença que têm teste negativo que pode ser aferida pela fórmula a 
seguir (F2). 
 
 
O Valor Preditivo Positivo (VPP) refere-se à proporção de verdadeiros positivos (realmente 
doentes) entre todos os indivíduos com teste positivo. Repare que, embora o numerador seja o 
mesmo utilizado para o cálculo de sensibilidade (verdadeiros positivos), o denominador difere, 
levando em conta todos os indivíduos que tiveram o teste positivo. 
 
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O Valor Preditivo Negativo (VPN), que trata da proporção de verdadeiros negativos (realmente não 
doentes) entre todos os indivíduos com teste negativo. Nesses termos, o cálculo é igual ao da 
especificidade no numerador, que leva os verdadeiros negativos, mas difere quanto ao 
denominador, que inclui todos os indivíduos que apresentaram o teste negativo. 
O valor preditivo negativo tem a capacidade de expressar a probabilidade de um paciente com o 
teste negativo não ter realmente a doença. 
 
 
 
6. Com seu conhecimento, monte um exemplo de cada teste: Sensibilidade, 
especificidade. 
 
Barfield et al. (2011), preocupados com as melhorias para o diagnóstico da doença de Chagas, 
desenvolveram e avaliaram um novo teste rápido para o seu diagnóstico sorológico, utilizando 
antígeno recombinante para a detecção de anticorpos contra Trypanosoma cruzi. Para avaliar o 
desempenho desse teste, 375 amostras de soro provenientes de uma região onde a doença de 
Chagas é endêmica foram testadas como uma prova de referência (Tabela 3). Foram avaliadas 190 
amostras positivas e 185 amostras negativas (definidas pelo padrão-ouro). 
 
 
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Pode-se afirmar que o teste rápido para o diagnóstico da doença de Chagas teve um desempenho 
excelente, apresentando sensibilidade e especificidade próximas de 100% e, consequentemente, a 
acurácia também. O VPP foi bem elevado, ou seja, a probabilidade de haver doença, dado o teste 
positivo, é de cerca de 97%, e, em se tratando de VPN, a probabilidade de não ter doença, dado um 
teste negativo, é de 99,5%. 
 
7. Quais são os principais pontos que relacionam Valor Preditivo e prevalência? 
Discorra sobre. 
 
Para cada instrumento, de acordo com a prevalência da doença correspondente na população, 
existe certa probabilidade de qualquer suspeito ao teste ser um verdadeiro positivo. A prevalência 
da doença é, na realidade, a probabilidade pré-teste de ter a doença. O VPP é a probabilidade pós-
teste. Desse modo, os valores preditivos são influenciados não apenas pela sensibilidade e 
especificidade, devendo-se considerar também a prevalência da doença na população em que o 
teste está sendo aplicado. 
Assim, quanto maior a especificidade do teste, maior o seu VPP, ou seja, maior a segurança de um 
paciente com resultado positivo ser doente. Quanto maior a sensibilidade do teste, maior o VPN, 
ou seja, maior a segurança de um paciente com teste negativo realmente não ser doente. Como o 
valor preditivo é influenciado pela prevalência, ele depende do contexto em que o teste é aplicado, 
como exames de triagem ou exames confirmatórios utilizados na clínica. 
A interpretação de um teste diagnóstico negativo ou positivo pode variar de um local para outro, 
de acordo com a prevalência estimada da doença. Assim, para um teste com sensibilidade e 
especificidade de 100%, quando a prevalência da doença for de 100%, o VPN será zero, e, quando 
a prevalência for de zero, o VPP também será zero. 
 
 
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As estimativas de valores preditivos (positivo e negativo) são úteis para responder à probabilidade 
de o paciente ter ou não a doença, dado um resultado positivo ou negativo. Os valores preditivos 
podem ser chamados também de probabilidade posterior ou pós-teste, pois sinalizam a 
probabilidade da situação após a realização do teste.A prevalência, nesse contexto, também poderá ser chamada de probabilidade anterior ou pré-teste, 
uma vez que se refere à probabilidade da doença antes de o resultado do teste ser conhecido 
(Fletcher; Fletcher, 2006). 
A combinação desses parâmetros pode refletir o valor da informação produzida pelo teste na 
avaliação dos pacientes (informação clínica), podendo ser mensurado por meio da medida de 
acurácia do teste diagnóstico, ou seja, da relação entre sensibilidade e especificidade (parâmetros 
intrínsecos do teste), surgindo o conceito de razão de verossimilhança. 
 
Valor preditivo e prevalência 
Sensibilidade e especificidade são propriedades inerentes ao teste e não variam substancialmente 
a não ser por mudanças na técnica ou por erros na sua aplicação. O mesmo não ocorre com os 
valores preditivos do teste, que dependem da prevalência do evento. Em conseqüência, a 
interpretação do valor preditivo deve ser cuidadosa. Trata-se de uma questão de probabilidade, e 
não de certeza, em que assumem papel crucial não somente a sensibilidade e a especificidade do 
teste, mas também a prevalência do agravo à saúde no segmento populacional de onde vieram os 
pacientes. 
O Quadro 17.13 contém simulações de um mesmo teste de 90% de sensibilidade e especificidade 
também de 90% — aplicado a populações de 10.000 pessoas, nas quais a prevalência da doença 
que o teste objetiva detectar é de, respectivamente, 1% e 10%. Observe-se que os valores preditivos 
positivos aumentam com a prevalência, enquanto os negativos diminuem. Esta mesma conclusão é 
encontrada no Quadro 17.14, onde estão assinalados os valores preditivos em relação a estes e 
outros níveis de prevalência. 
Quando a doença é rara, notem-se essas duas situações: 
1. O valor preditivo positivo é muito baixo. A maior parte dos exames positivos pertence a sadios, 
ou seja, representa resultados falso-positivos. Logo, os resultados positivos, em baixas prevalências 
da doença, devem ser rotineiramente retestados. Neste sentido, o exame é um fracasso. 
2. O valor preditivo negativo, por sua vez, é elevado em baixa prevalência. Os exames negativos 
serão quase que universalmente de sadios. Serão poucos os falso-negativos. Sob este outro ponto 
de vista, o exame é um sucesso. 
Estas considerações devem ser levadas em conta na solicitação de exames complementares e no 
planejamento de rastreamentos de enfermidades. 
Em primeiro lugar, pode-se prever o número de indivíduos triados, a serem enviados à etapa 
seguinte de diagnóstico, e os níveis de acertos e erros que serão cometidos, a partir do 
conhecimento da sensibilidade e da especificidade do teste, e da prevalência da condição. 
 
 
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O nível do valor preditivo positivo encontrado quando a doença é rara constitui forte razão para 
não rastrear populações sadias, em busca de doentes: escolher grupos de alto risco, desta doença, 
para efetuar este trabalho. 
Existem maneiras de reduzir os resultados falso-positivos e falso-negativos de um teste. A repetição 
ou combinação de provas, em paralelo ou em série, é uma destas estratégias, embora aumente os 
custos. Na eventualidade de uso de dois testes, os seguintes critérios poderiam ser usados para 
basear o diagnóstico final: 
• “positivo” se os dois testes dão resultados positivos 
• repetição do teste se os resultados são discordantes 
• “negativo”, se os dois testes são negativos 
 
 
8. Um inquérito foi realizado, no qual foram tomadas as pressões arteriais de um 
milhão de adultos: 66 24,7% apresentaram pressão arterial diastólica maior do que 
90 mm. Colocando-se o ponto de corte um pouco acima, 11,6% estavam com a 
pressão arterial diastólica maior do que 95 mm. Estimativas médias informaram que 
a medida da pressão arterial, nos moldes realizados, apresentava sensibilidade de 
 
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93% e especificidade de 91,1%. Corrija as prevalências em função dos níveis de 
validade. 
A prevalência é corrigida através da formula: 
 
Pc = prevalência corrigida. 
Po = prevalência observada (a obtida com a coleta de dados) 
S = sensibilidade 
E = especificidade 
 
Para pressão diastólica maior que 90mm: 
Po = 24.7/100 = 0,247 
E = 91,9/100 = 0,911 
Pc = 0,247 + 0,911 – 1 / 0,93 + 0,911 – 1 = 
Pc = 0,158 / 0,841 = 0,1878 x 100 = 18,8% 
 
Para pressão maior que 95mm: 
Po = 0,116 
Pc = 0,11 + 0,911 – 1 / 0,93 + 0,911 – 1 = 0,032 x 100 = 3,2% 
 
9. Explique o que é o teste da razão de verossimilhança. 
Likelihood Ratio (LR), ou razão de verossimilhança, é uma valiosa ferramenta para a prática clínica 
e laboratorial na análise de um teste diagnóstico, relacionada com o desempenho dos testes 
diagnósticos. 
Assim, um LR positivo (LR+) expressa quantas vezes é mais provável encontrar um resultado positivo 
em pessoas doentes quando comparadas com pessoas não doentes (F6). Já o LR negativo (LR-) 
quantifica quantas vezes é mais provável encontrar um resultado negativo em pessoas doentes 
quando comparadas com pessoas não doentes (F7). 
 
Os valores de sensibilidade e especificidade, nesse caso, são expressos em proporções, e não em 
porcentagens. Assim, quanto maior o valor LR+ de um teste, maior a sua capacidade de diagnosticar 
a doença, enquanto um valor de LR- baixo revela baixa suspeita da doença em pacientes com teste 
negativo. 
Como sempre se parte da probabilidade inicial da doença (conhecida como probabilidade pré-
teste), o valor de 1 é neutro, ou seja, um teste com LR+ de 1 não acrescenta em nada ao diagnóstico, 
 
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mesmo sendo positivo. A aplicação dos LRs na clínica fica extremamente facilitada quando se utiliza 
o nomograma de Fagan, disponível na Figura 2 (Fagan, 1975). 
 
 
10. Qual a importância do estudo das Propriedades de testes diagnósticos na prática do 
profissional médico, dentro da epidemiologia. 
Saber até que ponto se pode confiar em um teste ou não, entender como a prevalência afeta os 
resultados. Saber escolher qual teste é indicado para cada paciente, se é necessário fazer rastreio 
ou não. 
Analise de métodos diagnósticos – MEDCEL: 
Possibilidades diagnosticas: 
 
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Na medicina não existe certeza absoluta de diagnóstico que a pessoa tem – trabalha-se com 
probabilidades. 
Exemplo: paciente masculino, 72 anos, apresenta tosse com expectoração purulenta e dor torácica 
ventilatório-dependente. Ausculta pulmonar evidencia crepitação na base direita. Tem 
probabilidade de pneumonia, mas faz o raio x de tórax que evidencia consolidação na base 
pulmonar direita. 
 
Não dá pra ter certeza, o raio x é sugestivo de pneumonia assim como o quadro clínico também só 
é sugestivo. 
A probabilidade de pneumonia é altíssima, trata-se para pneumonia, mas não se pode dizer que ele 
tem pneumonia. Para ter absoluta certeza é necessário fazer uma broncospia com biópsia da área 
suspeita (teste padrão ouro). 
 
Os testes diagnósticos substituem exames elaborados, tem de ter chance de erro aceitável e não 
podem trazer malefício ao paciente. 
 
Populaçãode 10 pessoas, 4 tem virose, 6 não tem virose (não estão doentes). Aplicamos o teste 
diagnóstico. Dos 4 que estavam com a virose, apenas 3 testaram positivo, ou seja, a quarta pessoa 
testou negativo. Dos 6 que não tinham a virose, cinco testaram negativo e uma pessoa testou 
positivo. A pessoa que não tem a doença e teve resultado positivo caracteriza um falso positivo. 
A pessoa que tem a doença e o teste deu negativo caracteriza um falso negativo. 
tabela do jogo da velha 
VP – verdadeiro positivo 
FN – falso negativo 
FP – falso positivo 
VN – verdadeiro negativo 
 
 
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Parâmetros: 
Sensibilidade: 
Trabalha somente com pessoas doentes. 4 pessoas tem a virose (esse é o denominador). No 
numerador, coloca-se as pessoas que tem a doença e que o teste acusou que tem a doença (os 
verdadeiros positivos). S = ¾= 0,75 ou 75% - é a capacidade que o teste tem de detectar os 
verdadeiros positivos. 
Exemplo população maior: 200 pessoas, 100 doentes e 100 não doentes 
 
S = 99/100 = 0,99 = 99%. É um teste com altíssima sensibilidade. 
 
Se o teste é altamente sensível significa que ele tem poucos falsos negativos. 100% sensível significa 
que ele tem 0 falsos negativos (mas isso é mundo da fantasia, não existe 100% na medicina). 
Para que é útil um teste altamente sensível? Quando o resultado é negativo. É útil para 
rastreamento. Se o teste tem poucos falsos negativos, significa que se o resultado deu negativo é 
pouco provável que o resultado seja falso. Se o teste deu negativo, a probabilidade de ter a doença 
é quase zero pq o teste é altamente sensível. 
Exemplos de testes altamente sensíveis: mamografia, VDRL, sangue oculto, D-dímeros, CP de colo 
uterino. Funciona como uma peneira – quem passa pela peneira são os negativos. Os que ficarem 
na peneira são os que precisam fazer mais testes. 
 
Especificidade: 
Trabalha com os saudáveis/que não tem a doença. 6 não tem a virose (é o denominador). No 
numerador coloca-se os verdadeiros negativos (os que não tem a doença e o teste acusou negativo). 
E = 5/6 = 0,83 = 83%. 
É a capacidade que o teste tem de detectar os verdadeiros negativos. 
 
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E: 95/100 = 0,95 = 95% 
 
Teste com especificidade (específico) alta significa que tem poucos falsos positivos. Se tem poucos 
falsos positivos, é mais útil quando o resultado é positivo – se o resultado der positivo, é improvável 
que o resultado seja falso. São uteis para confirmação do diagnóstico porque se realmente deu 
positivo, a probabilidade de ser fácil é quase zero. 
Exemplo: anatomopatológico, biopsia, FTA-Abs. 
 
Acurácia: 
É a capacidade de dar um resultado certo – verdadeiro positivo e verdadeiro negativo somados 
divididos por toda a população. 
8 pessoas têm resultados corretos: 8/10 = 
 
VP+ VN / TODOS = 99+95/200 = 0,97% 
 
 
 
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NÃO VARIAM DE ACORDO COM A 
POPULAÇAO E PREVALENCIA DA DOENÇA NA POPULAÇÃO. 
 
Valor preditivo positivo: 
Quando os testes são aplicados numa população, qual a probabilidade do paciente ter a doença 
quando o exame é positivo? 
Qual a probabilidade de se ter realmente a doença quando o teste dá positivo. 
 são os verdadeiros positivos divididos por todos com teste positivo. 
 
O cálculo é na horizontal: 99/104 = 0,95. Se o valor deu 95, o pct tem 95% de chances de ter a 
doença. 
 
 
O valor preditivo positivo é a chance de ter a doença se o teste deu positivo – pode ser chamado 
de probabilidade pós teste. 
E o que seria a probabilidade pré-teste? Antes da pessoa fazer o teste, existe uma probabilidade 
dela ter a doença – isso se chama probabilidade pré-teste. Isso é a prevalência da doença na 
população. 
 
Valor preditivo negativo (VPN): 
 
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Todos com teste negativo no denominador, e o numerador os verdadeiros negativos. 
 
É frente a um teste negativo, a chance de realmente não ter a doença. 
Calculo na horizontal. 
 
VPN = 95/96= 0,99 = 99% 
 
Probabilidade pré-teste = Prevalência 
Probabilidade pós-teste = VPP 
 
 
Então Prevalência pode alterar o VPP? Sim, o VP sofre a interferência da prevalência da doença na 
população. Se for testar HIV em uma população que compartilha seringas, tem sexo sem proteção 
e número de parceiros grandes, a probabilidade de encontrar HIV pós teste (VPP) é alta, pois a 
prevalência é alta. 
Uma mulher de 22 anos que é magra e faz exercício físico 3x na semana, tem alimentação saudável 
e quer fazer exame para ver se ela tem risco cardiovascular (cardiopatia isquémica – doença 
coronariana). Essa mulher deve ser submetida a algum teste? Ela não precisa fazer, porque em 
mulheres com esse histórico, a prevalência de doença coronariana é muito baixa (o valor preditivo 
positivo é muito baixo). Se o teste der positivo pode até ser um falso positivo. 
Diferente de uma população de homens, obesos, maiores de 40 anos, tabagista, sedentário, em que 
a prevalência é alta. Ele vale a pena ser submetido ao teste. A prevalência é alta e o valor preditivo 
positivo é alta também (probabilidade pós-teste). 
 
O cálculo é simples, mas a prevalência muda o valor preditivo, se a questão informar algo da 
prevalência da doença, tem que ficar atendo. 
Ex: um teste que a sensibilidade é 90% e a especificidade é 80%. 
Se 100 pessoas tem a doença e a sensibilidade é 90%, 90 pessoas terão o teste positivo e 10 terão 
o teste negativo. Se 100 pessoas são saudáveis e a especificidade é 80%, 80 pessoas terão o teste 
negativo e 20 pessoas terão o teste positivo. 
 
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Mas aparece no enunciado que a prevalência é 10%. 
O S e o E são valores fixos, não mudam. Mas o valor preditivo muda de acordo com a prevalência 
da doença. 
Na tabela acima, foi suposto que a prevalência da doença nessa população era 50%, mas não é, o 
enunciado diz que é 10%. 10% de 100 é 10, então ficam 10 pessoas no quadro de doentes e sobe 
90 para o quadro de não doentes. 
 
 
Então, o valor preditivo positivo correto é: 9/27= 0,33 = 33%. 
O VPN = 72/73 = 99% 
 
Curva ROC: 
É um plano cartesiano que faz relação entre a sensibilidade e a especificidade. 
 
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No eixo das ordenadas (Y) coloca a sensibilidade. 
No eixo X coloca 1 – especificidade ou 100 – especificidade (número dos falsos positivos). 
0,05 é o valor de falsos positivos. 
A medida que sobe a sensibilidade de um teste, é comum que tenha aumento do número de falsos 
positivos. 
 
A curva ROC tem objetivo de encontrar um equilíbrio entre a Sensibilidde e os falsos positivos (FP) 
– até que ponto falsospositivos são aceitáveis para que tenha aumento da sensibilidade. 
Serve para identificar o ponto de corte de determinado teste – ponto de corte da glicemia por 
exemplo, que não tenha número alto de falsos positivos. 
O ponto de corte é o ombro da curva. 
 
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O ombro da curva é o ponto da curva que mais se aproxima do canto superior esquerdo do gráfico. 
Quanto mais o ombro da curva se aproxima do canto esquerdo, maior a acurácia do teste, da mesma 
forma quanto maior a área abaixo da curva, maior a acurácia. 
Se tiver no meio (como a linha reta na imagem), o teste não tem validade pois a chance de ser falso 
positivo é a mesma de ser verdadeiro positivo. 
 
o teste C tem maior poder discriminatório, maior acurácia. 
 
Testes de rastreamento na população: 
O ideal de um teste de rastreamento é que ele consiga detectar o maior número de pessoas com 
menor custo, que seja de realização simples, o teste tem que ter alta sensibilidade, a doença precisa 
ser problema de saúde pública, e para que valha a pena rastrear a doença tem que ter um estágio 
pré-clínico longo para que consiga fazer intervenção nesse estágio pré-clínico. 
O ideal é ter tudo alto: (próximo a 100%) 
 
Mas isso não existe, então o mais importante é ter a sensibilidade mais próxima de 100% para ser 
teste de rastreamento. 
Exemplos: triagem neonatal (teste do pezinho), colo uterino (papanicolau), mama (mamografia) e 
cólon (sangue oculto nas fezes a partir dos 50 anos).

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