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Criminalidade em Barra Mansa

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ESPECIALIZAÇAO EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
Resenha Crítica de Caso
Ana Mirlene dos Santos Fiel
Trabalho da disciplina de Criminologia
Tutor: Prof. Milay Adria Ferreira Francisco
Belém
2020
2
RESENHA CRÍTICA
REFERÊNCIA: http://g1.g lobo.com/ rj/sul-do- rio -costa- verde /noticia/2015/05/falta-de-iluminacao-em-preocupa-moradores-de-distrito-de-barra-mansa. html 
 
O presente caso evidencia a criminalidade em Barra Mansa, município pertencente ao estado do Rio de Janeiro. Fica na microrregião do Vale do Paraíba dentro da mesorregião do Sul Fluminense.
 	De acordo com tal caso, os moradores do local relataram que a falta de iluminação tem promovido insegurança, pois as pessoas estão reféns dentro de suas residências, a partir de determinado horário, ficando impossibilitados de se locomover durante a noite, pois tem receio de tornarem-se vítimas da criminalidade. Além disso, a via não apresenta condições de circulação adequadas, em razão de não possuir calçamento, asfalto, não bastasse isso, falta cuidado em suas margens, sendo vulneráveis aos animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões, dentre outros. 
Ante o exposto, os moradores denunciam as péssimas condições de infraestrutura aonde residem, estando esquecidos da Administração Pública municipal e estadual.
Conforme Muñoz Conde Hassemer, a teoria ecológica ocorreu durante o período de grandes migrações e, consequentemente, da formação das grandes metrópoles. Nessas metrópoles, os imigrantes formavam grupos, que originavam a comunidades estanques que não se adaptavam aos costumes da classe dominante. Tais grupos viviam em áreas diferentes das que viviam os indivíduos mais abastados, eram conhecidas “zona de ninguém”, altamente deterioradas e com infraestrutura deficiente, nas quais se dão os mais altos graus de criminalidade. 
Portanto, a Ecologia Criminal, expressão também utilizada para se referir ao pensamento da Escola de Chicago, é o próprio princípio ecológico que, aplicado aos problemas humanos e sociais, postula a sua equacionalização na perspectiva do equilíbrio de uma comunidade humana com o seu ambiente concreto. Sendo assim, pode-se entender que a cidade submete o indivíduo a estímulos, conduzindo à impessoalidade, à liberdade, ao anonimato e ao distanciamento tanto físico quanto emocional. Desse modo, a cidade rompe os mecanismos tradicionais de controle dos comportamentos, pois os contatos da cidade podem ser face a face, mas são, não obstante, impessoais, transitórios e segmentários. 
Assim, percebe-se que alguns locais facilitam a prática do crime, como locais abandonados, mal iluminados, o que pode gerar ao delinquente uma sensação de facilidade, pois outras pessoas não poderão testemunhar o delito ou tentar evita-lo.
Portanto, o desrespeito aos princípios que informam e limitam o direito penal acaba por gerar uma criminalização seletiva. A seletividade na criminalização enseja na utilização do direito penal como mecanismo de controle social. Aqueles que estão em condições mais vulneráveis sofrem a incidência do direito penal, ficando marginalizados a mercê do sistema prisional.

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