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Eletricista de Manutenção 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
004634 (46.15.11.944-7) 
 
© SENAI-SP, 2010 
 
4a Edição. 
Revisão de edição por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria técnica do SENAI-SP. 
 
Revisores de edição Priscila Ferri 
 Marcos Luesch Reis 
Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva 
 
 
3a Edição, 2008. 
Trabalho avaliado pelo Comitê Técnico de Eletricidade e editorado por Meios Educacionais da Gerência 
de Educação da Diretoria técnica do SENAI-SP. 
 
Avaliação Comitê Técnico de Eletricidade 
 
 
2ª Edição, 2005. 
Trabalho revisado pela Escola SENAI “Roberto Simonsen” - CFP 1.01 e editorado por 
Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP. 
 
Revisão de conteúdos Antônio Hernandes Gonçalves (CFP 1.01) 
 Paulo Dirceu Bonami Briotto (CFP 1.01) 
 Demércio Claudinei Lopes (CFP 1.01) 
 
1a Edição. Elaboração, 1998. 
Trabalho elaborado pela Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento 
Regional do SENAI-SP. 
 
Equipe responsável 
Coordenação geral Adilson Tabain Kole 
Coordenação Célio Torrecilha 
Elaboração Airton Almeida de Moraes 
 Regina Célia Roland Novaes 
Conteúdo técnico Airton Almeida de Moraes 
 Júlio César Caetano 
Ilustrações José Joaquim Pecegueiro 
 José Luciano de Souza Filho 
Capa José Joaquim Pecegueiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Regional de São Paulo 
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César 
São Paulo – SP 
CEP 01311-923 
 
Telefone 
Telefax 
SENAI on-line
 (0XX11) 3146-7000 
(0XX11) 3146-7230 
0800-55-1000 
 
E-mail 
Home page
 senai@sp.senai.br 
http://www.sp.senai.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
Parte I: Tecnologia aplicada 
Apresentação 9
Normas técnicas 11
O que é normalização? 11
Normas técnicas brasileiras 12
Normas para eletricidade/eletrônica 14
O consumidor e a norma 15
Exercícios 16
Diagramas elétricos 19
Diagrama elétrico 19
Exercícios 27
Ferramentas para instalações elétricas 29
Alicates 29
Chave de fenda 32
Exercícios 34
Utensílios para eletricistas 35
Escadas 35
Guia de náilon 38
Exercícios 39
Condutores elétricos 41
Materiais para a fabricação de condutores 41
Normalização 44
Técnicas de conexão de condutores elétricos 47
Emendas e derivações 47
Conectores especiais 53
Isolação de emendas e derivações 53
Instrumentos de medição 55
Instrumentos 55
Megôhmetro 58
Resistência de isolação 60
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
Regra para instalações elétricas 61
Regra para transformadores 63
Teste de isolação com o megôhmetro 64
Exercícios 67
Proteção contra os perigos da energia elétrica 69
Efeitos da corrente elétrica no corpo humano 69
Medidas de proteção 72
Exercícios 74
Aterramento 75
Eletrodo de aterramento 76
Corrente de fuga 77
Condutores de proteção 79
Sistemas de aterramento para redes de baixa tensão 80
Terramiter ou terrômetro 82
Exercícios 83
Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização 85
Dispositivos de proteção 85
Interruptor de corrente de fuga 85
Fusíveis 87
Disjuntores 88
Relês térmicos 91
Contatores 93
Dispositivos de sinalização 95
Exercícios 96
Dispositivos de manobra, ligação e conexão 99
Interruptores 99
Tipos de interruptores 100
Tomadas e plugues 103
Porta-lâmpadas 105
Exercícios 105
Lâmpadas incandescentes 107
Exercícios 109
Luminárias para lâmpadas fluorescentes 111
Luminária fluorescente 111
Calha 112
Reatores 113
Difusor 114
Starter 115
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
Lâmpada de descarga fluorescente 116
Funcionamento 117
Exercícios 118
Noções de ergonomia 121
O que é ergonomia? 121
Norma Regulamentadora 17 123
Organização do trabalho 124
Posto de trabalho 125
Princípios de economia de movimentos 126
Fatores ambientais 133
Riscos físicos 134
Ruído 135
Temperatura 136
Radiação 136
Radiações ionizantes 138
Riscos ergonômicos 143
Os riscos ergonômicos: Lesões por Esforço Repetitivo 143
O que é uma LER? 144
Causas da LER 144
Prevenção das LER 147
Importância das pausas e dos exercícios 148
Prevenção de incêndios 153
O que é o fogo? 153
A prevenção 155
Como evitar incêndios 155
Armazenamento 156
Organização e Limpeza 156
Pára-raios 157
Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos 157
Os primeiros cinco minutos 157
Todo incêndio é igual? 158
Providências em caso de incêndio 160
Exercícios 161
Descarte de materiais 163
Lixo: um grande problema 164
Tratamento do lixo 164
Reciclagem do lixo 167
Papel 167
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
Vidro 168
Metal 169
Plástico 170
Exercícios 171
 
Parte II: Ensaios 
Emendar, soldar e isolar condutores 173
Procedimento 174
Medir grandezas elétricas 179
Procedimento 180
Medir resistência elétrica 187
Procedimento 188
Comprovar a lei de Ohm 191
Procedimento 192
Instalar tomada, interruptor e lâmpada 197
Procedimento 198
Instalar duas lâmpadas incandescentes 201
Procedimento 202
Instalar luminária 203
Procedimento 204
Instalar motor monofásico 205
Procedimento 205
Instalar motor trifásico 207
Introdução 207
Procedimento 208
Instalar motor trifásico com inversão de rotação 211
Procedimento 211
Indicações de Normas 215
Referências 219
 
Eletricidade básica - Prática 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
9
 
 
Apresentação
 
 
 
Caro Aluno 
 
Neste momento você está iniciando seus estudos na área de Eletricidade no Curso de 
Aprendizagem Industrial do SENAI. O principal objetivo deste estudo é fazer você 
conhecer não só os princípios e as leis que comandam o funcionamento dos circuitos 
elétricos, mas também as características de componentes e instrumentos de medição 
usados no dia-a-dia do profissional dessa área. 
 
Para isso, o presente volume, Eletricidade Básica: Prática Profissional está 
dividido em duas partes: Tecnologia Aplicada, que complementa os conceitos 
teóricos que você já estudou com informações tecnológicas sobre ferramentas, 
instrumentos, componentes, equipamentos e normas de segurança para a realização 
das atividades práticas e Ensaios, que tem o objetivo de comprovar 
experimentalmente os conceitos e aplicar na prática todos os conteúdos teóricos 
estudados. 
 
Trata-se de um material de referência preparado com todo o cuidado para ajudá-lo em 
sua caminhada rumo ao sucesso profissional. Por isso desejamos que ele seja não 
apenas a porta de entrada para o maravilhoso mundo da elétrica, mas também que 
indique os inúmeros caminhos que este mundo pode fornecer quando se tem 
curiosidade, criatividade e vontade de aprender. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletroeletrônica 
Tecnologia aplicada e ensaios 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Eletricidade/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
11
 
 
Normas técnicas
 
 
 
Se observarmos a natureza, será possível perceber que existem, no ambiente em que 
vivemos, elementos que se repetem. Exemplos disso são os movimentos dos astros, 
os formatos das folhas, a estrutura cristalina de determinadas substâncias. 
 
Seguindo essa tendência natural, quando o ser humano começou a viver em 
comunidade, precisou usar normas de convivência, de linguagem, de padrões de 
comportamento. 
 
Conforme foi descobrindo ou inventando armas, ferramentas, objetos de uso 
doméstico, o homem percebeu também as vantagens de usar normas e procedimentos 
uniformizados. 
 
Isso se tornou ainda mais necessário quando a Revolução Industrial, que começou no 
fim do século XVIII, fez surgir a produção em massa, ou seja, a fabricação de um 
mesmo produto em grandes quantidades. Para racionalizar custos de produção e 
facilitar o uso e manutenção dos produtos fabricados, começaram a surgir critérios de 
padronizaçãoque reduziram a variedade de tamanhos e formatos das peças, 
diminuindo a quantidade de itens de estoque e facilitando a vida do consumidor. 
 
 
O que é normalização? 
 
A padronização foi o primeiro passo para a normalização. Esta nada mais é do que 
um conjunto de critérios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja, técnicos, 
engenheiros, fabricantes, consumidores e instituições, para padronizar produtos, 
simplificar processos produtivos e garantir um produto confiável que atenda às 
necessidades de seu usuário. 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
12 
Do processo de normalização surgem as normas que são documentos que contêm 
informações técnicas para uso de fabricantes e consumidores. Elas são elaboradas a 
partir da experiência acumulada na indústria e no uso, e a partir dos avanços 
tecnológicos que vão sendo incorporados à criação e fabricação de novos produtos. 
 
O processo de normalização que se iniciou por volta de 1900 e se estendeu até os 
anos 80, concentrou seus esforços na criação de normas que visavam à especificação 
e à definição de produtos industriais, agrícolas e outros. Nesse período, a maior 
atenção da normalização esteve voltada para a padronização de peças usadas na 
construção de máquinas e de equipamentos. 
 
Atualmente as normas englobam questões relativas a terminologias, glossários de 
termos técnicos, símbolos e regulamentos de segurança entre outros. Por causa disso, 
os objetivos atuais da normalização referem-se à: 
• Simplificação, ou seja, à limitação e redução da fabricação de variedades 
desnecessárias de um produto; 
• Comunicação, ou seja, ao estabelecimento de linguagens comuns que facilitem o 
processo de comunicação entre fabricantes, fornecedores e consumidores; 
• Economia global, isto é, à criação de normas técnicas internacionais que permitam 
o comércio de produtos entre países; 
• Segurança, quer dizer, à proteção da saúde e da vida humana; 
• Proteção dos direitos do consumidor, isto é, à garantia da qualidade do produto. 
 
 
Normas técnicas brasileiras 
 
O atual modelo brasileiro de normalização foi implantado a partir de 1992 e tem o 
objetivo de descentralizar e agilizar a elaboração de normas técnicas. Para isso, foram 
criados o Comitê Nacional de Normalização (CNN) e o Organismo de 
Normalização Setorial (ONS). 
 
O CNN tem a função de estruturar todo o sistema de normalização, enquanto que cada 
ONS tem como objetivo agilizar a produção de normas específicas de seus setores. 
Para que os ONS passem a elaborar normas de âmbito nacional, eles devem se 
credenciar e ser supervisionados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT). 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
13
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete coordenar, 
orientar e supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como 
elaborar, editar e registrar as referidas normas (NBR). 
 
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos nos mercados internacionais, as 
normas da ABNT devem ser elaboradas, de preferência, seguindo diretrizes e 
instruções de associações internacionais de normalização como a ISO (International 
Standard Organization), com sede em Genebra, na Suíça, e que significa Organização 
Internacional de Normas) e a IEC (International Eletrotechnical Commission, que quer 
dizer, Comissão Internacional de Eletrotécnica) utilizando a forma e o conteúdo das 
normas internacionais, acrescentando-lhes, quando necessário, as particularidades do 
mercado nacional. 
 
A ABNT é responsável pela elaboração dos seguintes tipos de normas: 
• Normas de procedimento que fornecem orientações sobre a maneira correta de 
empregar materiais e produtos; executar cálculos e projetos; instalar máquinas e 
equipamentos; realizar controle de produtos; 
• Normas de especificação que fixam padrões mínimos de qualidade para os 
produtos; 
• Normas de padronização que fixam formas, dimensões e tipos de produtos usados 
na construção de máquinas, equipamentos e dispositivos mecânicos; 
• Normas de terminologia que definem, com precisão, os termos técnicos aplicados 
a materiais, máquinas, peças e outros artigos; 
• Normas de classificação que ordenam, distribuem ou subdividem conceitos ou 
objetos, bem como estabelecem critérios de classificação a serem adotados; 
• Normas de métodos de ensaio que determinam a maneira de se verificar a 
qualidade das matérias-primas e dos produtos manufaturados; 
• Normas de simbologia que estabelecem convenções gráficas para conceitos, 
grandezas, sistemas ou partes de sistemas, com a finalidade de representar 
esquemas de montagem, circuitos, componentes de circuitos, fluxogramas etc. 
 
Observação 
A simbologia facilita a comunicação entre fabricantes e consumidores. Sem códigos 
normalizados, cada fabricante teria que escrever extensos manuais para informar as 
características dos equipamentos, projetos, desenhos, diagramas, circuitos, esquemas 
de seus produtos. 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
14 
Normas para eletricidade/eletrônica 
 
Para existir, uma norma percorre um longo caminho. No caso de eletricidade, ela é 
discutida inicialmente no COBEI - Comitê Brasileiro de Eletricidade. 
 
O COBEI tem diversas comissões de estudos formada por técnicos que se dedicam a 
cada um dos assuntos específicos, que fazem parte de uma norma. Estes 
profissionais, muitas vezes partem de um documento básico sobre o tema a ser 
normatizado, produzido pelo IEC. Como este documento é feito por uma comissão 
internacional, ele precisa, como já foi dito, ser adaptado para ser aplicado no Brasil. 
 
Feitos os estudos, tem-se um projeto de norma que recebe um número da ABNT, é 
votado por seus sócios e retorna à comissão técnica que pode aceitar ou não as 
alterações propostas na votação. Se aprovado, transforma-se em norma ABNT que, 
em seguida é encaminhada ao INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (órgão federal ligado ao Ministério da Justiça), 
onde receberá uma classificação e será registrada. 
 
Esta norma poderá ser uma NBR1, o que a torna obrigatória; uma NBR2, obrigatória 
para órgãos públicos e chamada de referendada; ou uma NBR3, chamada de 
registrada e que pode ou não ser seguida. 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
15
O organograma simplificado da ABNT, mostrado a seguir, representa o trajeto seguido 
por uma norma até que ela seja aprovada. 
 
 
 
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve ocorrer 
em intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que 
algumas normas sejam revistas em intervalos menores de tempo. 
 
 
O consumidor e a norma 
 
No relacionamento fabricante-consumidor, o consumidor é a parte que mais se 
beneficia com produtos fabricados segundo normas oficiais, pois quanto maior o 
número de normas implantadas para se fabricar um produto qualquer, maior a 
qualidade do produto e, portanto, maior é a confiança do consumidor. 
 
Além disso, fabricar produtos segundo normas aceitas internacionalmente é um fator 
muito importante para a colocação desses produtos no mercado externo. 
 
Se as normas já eram importantes, com o código de defesa do consumidor as 
normas técnicas da ABNT estão assumindo um papel ainda mais importante, já que se 
tornaram verdadeiras referências sobre qualidade e produto. 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
16 
A ABNT é aberta à população e é possível associar-se a ela e receber normas 
atualizadas. Mesmo não sendo sócio, qualquer cidadão pode fazer consultas ou 
adquirir normas no seguinte endereço: 
 
Rua Marquês de Itu, 88 - 4o andar 
São Paulo - CEP 01223-000 
Tel.: (011) 222-0966 
e-mail: http://www.abnt.org.br 
 
 
Exercícios 
 
1. Assinale a alternativa correta: 
a. As organizações ISO e IEC elaboram normas: 
1. ( ) nacionais, para uso restritoem alguns países. 
2. ( ) para setores específicos do setor produtivo. 
3. ( ) internacionais, para uso comum de vários países. 
4. ( ) para uso interno de algumas empresas. 
 
b. As mais importantes associações internacionais responsáveis pela elaboração 
de normas válidas para diversos países são: 
1. ( ) ISO, ABNT. 
2. ( ) ISO, IEC. 
3. ( ) IEC, ABNT. 
4. ( ) ABNT, DIN. 
 
c. Faça a analogia entre a descrição e o respectivo objetivo da normalização, 
numerando a coluna da direita de acordo com a da esquerda. Atenção! Um dos 
parênteses ficará vazio! 
 
1. Reduzir variedades de dimensões e 
padrões, definir terminologia comum e 
coerente para facilitar a fabricação e o uso 
dos produtos. 
2. Padronizar termos técnicos, criando uma 
linguagem comum para facilitar a relação 
entre fabricantes, fornecedores e 
consumidores. 
3. Obter produtos com qualidade, custo 
reduzido, menor índice de refugo, menor 
quantidade de itens de estoque. 
 ( ) economia global 
 
( ) segurança 
 
( ) interesse do consumidor 
 
( ) diversificação 
 
( ) simplificação 
 
( ) comunicação 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
17
4. Proteger a saúde, a vida humana e o bem-
estar da sociedade. 
5. Garantir satisfação com a qualidade e 
eficiência do produto. 
 
2. Responda às seguintes perguntas: 
a. Qual é o nome da organização responsável pela elaboração das normas 
técnicas no Brasil? 
 
 
 
 
b. Quantos e quais são os tipos de normas que esse órgão elabora? 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Eletricidade/2008 
Elaborador: Airton Almeida de Moraes 
 Regina Célia Roland Novaes 
Conteudista: Airton Almeida de Moraes 
 Júlio César Caetano 
Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro 
 José Luciano de Souza Filho 
André Gustavo Sacardo 
Augusto Lins de Albuquerque Neto 
Cláudio Correia 
Douglas Airoldi 
Edvaldo Freire Cabral 
Roberto Sanches Cazado 
Ronaldo Gomes Figueira 
Sergio Machado Bello 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Eletricidade/2009 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
19
 
 
Diagramas elétricos
 
 
 
Para a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição, 
uma série de dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do 
imóvel, a quantidade e seção dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o 
trajeto da instalação, a distribuição dos dispositivos e circuitos e seu funcionamento. 
 
Todos esses dados estão contidos neste capítulo que falará sobre diagramas de 
instalação. Nele você verá que existem diversos tipos de diagramas, conhecerá suas 
características, simbologia e modo de utilização. 
 
Diagrama elétrico 
Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio 
de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR 
12519, NBR 12520 e NBR 12523. 
 
Dos diagramas existentes, estudaremos neste capítulo três: 
• Diagrama funcional; 
• Diagrama multifilar; 
• Diagrama unifilar. 
 
O diagrama funcional apresenta todo o sistema elétrico e permite interpretar com 
rapidez e clareza o funcionamento ou a seqüência funcional dos circuitos. 
 
Esse tipo de diagrama não se preocupa com a posição física dos componentes da 
instalação elétrica.
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
20 
A figura a seguir mostra um exemplo de diagrama funcional de um circuito composto 
por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada. 
 
S1
 
 
O diagrama multifilar é usado somente para os circuitos elementares, pois é de difícil 
interpretação quando o circuito é complexo. É um diagrama que representa todo 
sistema elétrico em seus detalhes e todos os condutores. 
 
Veja na figura a seguir, um exemplo de diagrama multifilar mostrando um circuito 
composto de um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada. 
 
S1
X1
H1
 
 
O diagrama unifilar apresenta as partes principais de um sistema elétrico e identifica 
o número de condutores. O trajeto dos condutores é representado por um único traço. 
Esse tipo de diagrama geralmente representa a posição física dos componentes da 
instalação, porém não representa com clareza o funcionamento e a sequência 
funcional dos circuitos. É o tipo de diagrama mais usado em instalações elétricas 
prediais. 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
21
A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito elétrico composto por um 
interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada. 
 
-1-
a
 
 
Os símbolos gráficos usados neste diagrama são definidos pela norma NBR 5444, 
para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Nesta planta é indicada 
a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos 
aparelhos. 
 
Veja na tabela a seguir, a simbologia do sistema unifilar para instalações elétricas 
prediais (NBR 5444). 
 
No. Símbolo Significado Observações 
 Dutos e distribuição 
1 Eletroduto embutido no teto ou parede 
2 Eletroduto embutido no piso 
3 Telefone no teto 
4 Telefone no piso 
Para todas as dimensões em 
milímetros, indicar a seção, se esta 
não for de 15 mm. 
5 
Tubulação para campainha, som, 
anunciador ou outro sistema 
Indicar na legenda o sistema 
passante. 
6 
Condutor de fase no interior do 
eletroduto 
7 
Condutor neutro no interior do 
eletroduto 
Cada traço representa um condutor. 
Indicar a seção, no do circuito e a 
seção dos condutores, exceto se 
forem de 1,5 mm2. 
8 
Condutor de retorno no interior do 
eletroduto 
9 Condutor terra no interior do 
eletroduto 
 
10 Condutor positivo no interior do 
eletroduto 
 
11 Condutor negativo no interior do eletroduto 
12 Cordoalha de terra Indicar a seção utilizada; em 50. significa 50 mm2 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT018-10 
22 
No. Símbolo Significado Observações 
 Dutos e distribuição 
13 
Leito de cabos com um circuito 
passante composto de: três 
fases, cada um por dois cabos de 
25mm2 mais cabos de neutro de 
seção 10mm2 
25. significa 25mm2 
10. significa 10mm2 
14 
 
Caixa de passagem no piso Dimensões em mm. 
15 
 
Caixa de passagem no teto Dimensões em mm. 
16 
 
Caixa de passagem na parede Indicar a altura e se necessário fazer detalhe (dimensões em mm). 
17 Eletroduto que sobe 
18 Eletroduto que desce 
19 Eletroduto que passa descendo 
20 Eletroduto que passa subindo 
 
21 
 
Sistema de calha de piso 
No desenho aparecem quatro 
sistemas que são habitualmente: 
I- Luz e força; 
II- Telefone (TELEBRÁS); 
III- Telefone (P(A)BX, KS, ramais); 
Especiais (COMUNICAÇÕES). 
22 
Condutor seção 1,0mm2, fase 
para campainha 
23 
 
Condutor seção 1,0mm2, neutro 
para campainha 
Se for de seção maior, indicá-la. 
24 Condutor seção 1,0mm
2, retorno 
para campainha 
 
 Quadros de distribuição 
25 
 
Quadro parcial de luz e força 
aparente 
Indicar as cargas de luz em watts e 
de força em W ou kW. 
26 
Quadro parcial de luz e força 
embutido 
27 
 
Quadro geral de luz e força 
aparente 
28 
Quadro geral de luz e força 
embutido 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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23
29 Caixa de telefones 
30 
 
Caixa para medidor 
 Interruptores 
31 
 
Interruptor de uma seção A letra minúscula indica o ponto comandado. 
32 
 
Interruptor de duas seções As letras minúsculas indicam os pontos comandados. 
33 
 
Interruptor de três seções As letras minúsculas indicam os pontos comandados. 
34 
 
Interruptor paralelo ou three-way A letra minúscula indica o ponto comandado. 
35 
 
Interruptor intermediário ou four-
way 
A letra minúscula indica o ponto 
comandado. 
36 
 
Botão de minuteria 
37 
 
Botão de campainha na parede 
(ou comandoà distância) 
38 
 
Botão de campainha no piso (ou 
comando a distância) 
Nota: Os símbolos de 31 a 38 são 
para plantas; os de 39 a 46 são 
para diagramas. 
39 Fusível 
Indicar a tensão, correntes 
nominais. 
40 
 
Chave seccionadora com 
fusíveis, abertura sem carga 
Indicar a tensão, correntes 
nominais. 
Ex.: chave tripolar. 
41 
 
Chave seccionadora com 
fusíveis, abertura em carga 
Indicar a tensão, correntes 
nominais. 
Ex.: chave bipolar. 
42 
Chave seccionadora abertura 
sem carga 
Indicar a tensão, correntes 
nominais. 
Ex.: chave monopolar. 
43 
 
Chave seccionadora abertura em 
carga 
Indicar a tensão, correntes 
nominais. 
44 
 
Disjuntor a óleo 
Indicar a tensão, corrente, potência, 
capacidade nominal de interrupção 
e polaridade. 
45 
 
Disjuntor a seco 
Indicar a tensão, corrente potência, 
capacidade nominal de interrupção 
e polaridade através de traços. 
46 
 
Chave reversora 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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24 
 Luminárias, refletores, lâmpadas 
47 
 
Ponto de luz incandescente no 
teto. Indicar o no de lâmpadas e a 
potência em watts. 
A letra minúscula indica o ponto de 
comando e o número entre dois 
traços o circuito correspondente. 
48 
 
Ponto de luz incandescente na 
parede (arandela). Deve-se indicar a altura da arandela.
49 
 
Ponto de luz incandescente no teto 
(embutido). 
50 
 
Ponto de luz fluorescente no teto 
(indicar o no. de lâmpadas e na 
legenda o tipo de partida e reator).
A letra maiúscula indica o ponto de 
comando e o número entre dois 
traços o circuito correspondente. 
51 
 
Ponto de luz fluorescente na 
parede. Deve-se indicar a altura da luminária.
52 
 
Ponto de luz fluorescente no teto 
(embutido). 
53 
 
Ponto de luz incandescente no 
teto em circuito vigia 
(emergência). 
 
54 
 
Ponto de luz fluorescente no teto 
em circuito vigia (emergência). 
55 
 
Sinalização de tráfego (rampas, 
entradas, etc.). 
56 
 
Lâmpada de sinalização. 
57 
 
Refletor. Indicar potência, tensão e tipo de lâmpadas. 
58 
 
Poste com duas luminárias para 
iluminação externa. Indicar potências, tipo de lâmpadas. 
59 
 
Lâmpada obstáculo. 
60 
 
Minuteria. Diâmetro igual ao do interruptor. 
61 
 
Ponto de luz de emergência na 
parede com alimentação 
independente. 
 
62 
 
Exaustor. 
63 
 
Motobomba para bombeamento 
da reserva técnica de água para 
combate a incêndio. 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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25
 Tomadas 
64 
 
Tomada de luz na parede, baixo 
(300 mm do piso acabado). 
65 
 
Tomada de luz a meio a altura 
(1.300 mm do piso acabado). 
66 
 
Tomada de luz alta (2.000 mm do 
piso acabado). 
67 
 
Tomada de luz no piso. 
68 
 
Saída para telefone externo na 
parede (rede Telebrás). 
A potência deverá ser indicada ao 
lado em VA (exceto se for de 100 
VA), como também o número do 
circuito correspondente e a altura 
da tomada, se for diferente da 
normalizada; se a tomada for de 
força, indicar o número de W ou 
kW. 
69 
 
Saída para telefone externo na 
parede a uma altura “h”. Especificar “h”. 
70 
 
Saída para telefone interno na 
parede. 
71 
 
Saída para telefone externo no 
piso. 
72 
 
Saída para telefone interno no piso. 
73 
 
Tomada para rádio e televisão. 
74 
 
Relógio elétrico no teto. 
75 
 
Relógio elétrico na parede. 
 
76 
 
Saída de som, no teto. 
77 
 
Saída de som, na parede. Indicar a altura “h”. 
78 
 
Cigarra. 
79 
 
Campainha. 
80 
 
Quadro anunciador. 
Dentro do círculo, indicar o 
número de chamadas em 
algarismos romanos. 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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26 
 Motores e Transformadores 
81 
 
Gerador. Indicar as características nominais 
82 
 
Motor. Indicar as características nominais 
83 
 
Transformador de potência. Indicar a relação de tensões e valores nominais 
84 
 
Transformador de corrente (um 
núcleo). 
85 
 
Transformador de potencial. 
86 
 
Transformador de corrente (dois 
núcleos). 
Indicar a relação de espiras, classe 
de exatidão e nível de isolamento. A 
barra de primário deve ter um traço 
mais grosso. 
87 
 
Retificador. 
 Acumuladores 
88 
 
Acumulador ou elementos de 
pilha. 
a) O traço longo representa o pólo 
positivo e o traço curto, o pólo 
negativo. 
b) Este símbolo poderá ser usado 
para representar uma bateria se 
não houver risco de dúvida. 
Neste caso, a tensão ou o no e o 
tipo dos elementos devem(m) ser 
indicado(s). 
89 
 
Bateria de acumuladores ou 
pilhas. Forma 1. 
Sem indicação do número de 
elementos. 
90 
 
Bateria de acumuladores ou 
pilhas. Forma 2. 
Sem indicação do número de 
elementos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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27
Como exemplo, é apresentado a seguir um esquema da instalação elétrica de uma 
residência, na planta baixa. 
 
 
 
 
Exercícios 
 
1. Resolva os exercícios a seguir: 
a. Qual é a diferença entre os diagramas multifilar e funcional? 
 
 
 
 
 
b. Que é diagrama elétrico? 
 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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28 
c. Qual tipo de diagrama é mais usado em instalações elétricas prediais? 
 
 
 
 
d. Qual é a norma da ABNT que define os símbolos gráficos para serem usados 
em plantas baixas, em instalações elétricas prediais? 
 
 
 
 
2. Complete a tabela que segue com os respectivos símbolos. 
 
a. Eletroduto embutido no teto ou parede 
b. Eletroduto embutido no piso 
c. Telefone no teto 
d. Condutor neutro no interior do eletroduto 
e. Condutor de retorno no interior do eletroduto 
f. Interruptor de duas seções 
g. Campainha 
h. Retificador 
i. Tomada de luz na parede, baixo (300 mm do piso acabado) 
j. Tomada de luz a meio a altura (1.300 mm do piso acabado) 
k. Motor 
l. 
Ponto de luz incandescente no teto. Indicar o número de 
lâmpadas e a potência em watts 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Eletricidade/2009 
Elaborador: Benjamin Prizendt 
Conteudista: Antonio Luis Geovani 
José Ruis Gomes 
Ilustrador: Hugo Campos Silva 
André Gustavo Sacardo 
Augusto Lins de Albuquerque Neto 
Cláudio Correia 
Douglas Airoldi 
Edvaldo Freire Cabral 
Roberto Sanches Casado 
Ronaldo Gomes Figueira 
Sergio Machado Bello 
 
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29
 
 
Ferramentas para 
instalações elétricas
 
 
 
Para a realização de suas tarefas do dia-a-dia, o profissional da área eletroeletrônica 
necessita não só do conhecimento teórico, mas também de uma série de 
equipamentos, componentes e ferramentas que o auxiliam nesse trabalho. 
 
Neste capítulo serão estudadas as ferramentas mais usadas em eletricidade, ou seja, 
alicates e chaves de fenda. 
 
 
Alicates 
 
O alicate é uma ferramenta de aço forjado composta de dois braços e um pino de 
articulação. Cada uma das extremidades de cada braço (cabeça) pode ser em formato 
de garras, de lâminas de corte ou de pontas que servem para segurar, cortar, dobrar 
ou retirar peças de determinadas montagens. 
 
 
 
Existem vários modelos de alicates, cada um adequado a um tipo de trabalho. Em 
serviços de eletricidade, os alicates mais usuais são os seguintes: 
• Alicate universal; 
• Alicate de corte diagonal; 
• Alicate de bico; 
• Alicate decapador; 
• Alicate gasista. 
Eletricidade básica - Prática 
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30 
O alicate universal é o modelo mais conhecido e usado de toda a família dos alicates. 
Os tipos existentes no mercado variam principalmente em relação ao acabamento e ao 
formato da cabeça. 
 
Esse tipo de alicate é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista, pois 
serve para prender, cortar ou dobrar condutores. 
 
Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, que permite 
abri-lo e fechá-lo, e em uma dasextremidades se encontram suas mandíbulas. São 
encontrados nos comprimentos de 150mm, 165mm, 175mm, 190mm, 200mm, 
210mm e 215mm. 
 
 
 
O alicate de corte diagonal serve para cortar condutores. É encontrado nos 
comprimentos de 130mm e 160mm. 
 
 
 
 
 
 
 
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31
Alicate de bico redondo é utilizado para fazer olhal em condutores com diâmetros 
diferentes, de acordo com o parafuso de fixação. É encontrado nos comprimentos de 
130mm e 160mm. 
 
 
 
O alicate decapador possui mandíbulas reguláveis para decapar a isolação com 
rapidez e sem danificar o condutor. Tem comprimento padronizado conforme o 
diâmetro do condutor. 
 
 
 
 
 
Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também chamado de 
alicate bomba d’água, que possui mandíbulas reguláveis, braços não isolados e não 
tem corte. Serve para montar rede de eletrodutos, e especificamente buchas e 
arruelas. É encontrado nos comprimentos de 160mm, 200mm e 250mm. 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
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32 
Chave de fenda 
 
A chave de fenda comum ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada 
para apertar e desapertar parafusos que apresentam uma fenda ou ranhura em suas 
cabeças. 
 
 
 
Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial, com uma das 
extremidades forjada em forma de cunha e outra, em forma de espiga prismática ou 
cilíndrica estriada, encravada solidamente em um cabo. 
 
 
 
O cabo normalmente é feito de material isolante rígido com ranhuras longitudinais que 
permitem uma boa empunhadura do operador e impedem que a ferramenta 
escorregue da mão. 
 
A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação cortante das 
ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste deve apresentar 
uma boa tenacidade para resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver 
sendo utilizada. 
 
Para permitir o correto ajuste na fenda do parafuso, as chaves de fenda comuns de 
boa qualidade apresentam as faces esmerilhadas em planos paralelos, próximo ao 
topo. 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
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33
A finalidade dessas faces esmerilhadas é dificultar o escorregamento da cunha na 
fenda do parafuso quando ele está sendo apertado ou desapertado. Isso evita que 
a fenda do parafuso fique danificada e protege o operador de acidentes devidos ao 
escorregamento da ferramenta 
 
Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelos indicados para o uso 
em trabalhos da área eletroeletrônica. Elas são: 
• Chave Philips; 
• Chave tipo canhão. 
 
Chave Philips 
A chave Philips é uma variante da chave de fenda. Nela, a extremidade da haste, 
oposta ao cabo, tem o formato de cruz. É usada em parafusos que usam este tipo de 
fenda. 
 
 
 
Chave tipo canhão 
A chave tipo canhão tem na extremidade de sua haste um alojamento com dimensões 
iguais às dimensões externas de uma porca. Esse tipo de chave serve para a 
colocação de porcas. 
 
 
 
Conservação e condições de uso 
Como qualquer outra ferramenta, a chave de fenda requer cuidados especiais de 
manuseio e armazenamento. 
 
Eletricidade básica - Prática 
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34 
Para que a chave de fenda se mantenha em perfeito estado para uso, deve-se seguir 
os seguintes cuidados de manuseio: 
• Não usar o cabo da chave como um martelo; 
• Não usar a chave para cortar, raspar ou traçar qualquer material; 
• Usar a chave adequada ao tamanho e tipo do parafuso; 
• Jamais esmerilhar ou limar a cunha da chave. 
 
Para evitar acidentes, ao apertar parafusos, a peça deve estar apoiada em um lugar 
firme. Do contrário, a chave poderá escorregar e causar ferimentos na mão que estiver 
segurando a peça. 
 
 
Exercícios 
 
1. Responda às seguintes questões: 
a. Quais são as ferramentas mais usada nas atividades da área eletroeletrônica? 
 
 
 
 
b. Qual dos alicates estudados nesta lição serve para prender, cortar e dobrar 
condutores? 
 
 
 
 
c. Qual é a função do alicate bomba d’água? 
 
 
 
 
2. Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita. 
a. alicate decapador 
b. alicate de bico 
c. alicate de corte diagonal 
d. chave tipo canhão 
e. chave Philips 
( ) Serve para cortar condutores. 
( ) Tem uma fenda no formato de cruz. 
( ) Decapa a isolação de condutores. 
( ) Serve para montar redes de eletrodutos. 
( ) Faz olhal em condutores. 
( ) Serve para colocação de porcas. 
 
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35
 
 
Utensílios para eletricistas
 
 
 
Para executar seu trabalho, muitas vezes o eletricista precisa, além de ferramentas 
como alicates e chaves, de equipamentos adicionais que o auxiliem na execução de 
determinadas tarefas. 
 
Neste capítulo, serão apresentados três utensílios que ajudam o eletricista em seu 
trabalho. Serão mostradas também as formas corretas de sua utilização. 
 
 
Escadas 
 
A escada é um equipamento utilizado pelo eletricista para que possa realizar trabalhos 
em diferentes alturas. Elas são encontradas basicamente em três modelos diferentes: 
• Escada simples; 
• Escada dupla; 
• Escada com apoio. 
 
A escada simples é constituída basicamente 
por degraus e pernas. Esse tipo de escada só 
pode ser usado em locais que ofereçam apoio 
a sua parte superior, como por exemplo 
paredes. 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
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36 
O apoio contra as paredes deve ter uma inclinação tal, que os pés fiquem distantes da 
parede aproximadamente ¼ do comprimento “L”. 
 
 
 
Antes de subir na escada, é necessário certificar-se de que os pés da escada estejam 
firmemente apoiados ao chão. Se o piso for escorregadio, use um tapete de 
borracha no apoio dos pés da escada. 
 
 
 
Ao utilizar essa escada, deve-se solicitar o auxílio de 
outra pessoa para segurá-la firmemente antes da 
subida. Se possível, o último degrau deve ser 
amarrado no ponto de apoio para que a escada não 
escorregue de lado. 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
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37
As escadas dupla e com apoio são semelhantes na forma construtiva, diferindo 
apenas na utilização. A escada dupla permite a subida de duas pessoas, enquanto que 
a escada com apoio permite a subida de somente uma. 
 
Esses tipos de escada não precisam ser apoiadas em paredes, porque possuem dois 
lados que se abrem com o auxílio de uma dobradiça. Além disso, um braço articulado 
mantém a escada na posição aberta. 
 
 
 
Cinto porta-ferramentas 
 
 
 
Esse cinto é um equipamento de segurança usado não só para proteger o eletricista 
contra quedas, mas também para transportar as ferramentas de forma prática e 
organizada, uma vez que, para evitar acidentes nunca se deve carregar ferramentas no 
bolso. 
Eletricidade básica - Prática 
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38 
O cinto deve ser colocado na cintura com as ferramentas encaixadas nos espaços 
separados para cada uma; alicates, chaves de fendas e canivete. 
 
 
Guia de náilon 
 
O guia de náilon é utilizado para facilitar a passagem dos condutores nos eletrodutos. 
 
Na ponta desse utensílio existe uma mola com uma esfera para guiar a haste de nailon 
através das curvas. 
 
 
 
Na outra extremidade do guia, a fixação dos condutores é feita por meio do olhal 
metálico, conforme ilustração a seguir. 
 
 
 
Após feitas as amarrações, e antes de introduzir o guia através do eletroduto, estas 
devem ser isoladas com fita isolante. As amarrações devem receber uma camada de 
vaselina ou talco industrial, fabricados para esse fim, à medida que o guia e as fiações 
forem sendo introduzidas. Isto é feito para facilitar a passagem dos condutores pelos 
eletrodutos. 
Eletricidade básica - Prática 
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CT018-10 
39
Exercício 
 
1. Responda as questões a seguir: 
a. Quais são os modelos de escadas existentes? 
 
 
 
 
 
b. O que deve ser feito quando se utiliza uma escada simples em pisosescorregadios? 
 
 
 
 
 
c. Qual é a diferença entre a escada simples e a dupla? 
 
 
 
 
 
d. Qual é a função do cinto porta-ferramentas? 
 
 
 
 
 
e. Quando a guia de náilon deve ser usada? 
 
 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
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CT018-10 
40 
 
Eletricidade básica - Prática Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Eletricidade/2008 
 
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CT018-10 
41
 
 
Condutores elétricos
 
 
 
Nas lições anteriores, você aprendeu que para a eletricidade poder ser utilizada, 
precisa da existência de um circuito por onde possa circular a corrente elétrica. 
 
Você estudou, também, que o circuito elétrico mais simples é composto por três 
componentes: a fonte geradora, a carga e o condutor. 
 
Nesta lição, vão ser estudados os diferentes tipos de condutores que podem ser 
usados nos mais variados tipos de instalações elétricas. 
 
Para obter sucesso no estudo dos condutores, é necessário ter conhecimentos 
anteriores sobre materiais condutores. 
 
 
Materiais para a fabricação de condutores 
 
Como já foi estudado, condutor é o componente do circuito que conduz a corrente 
elétrica. Ele é tão mais eficaz quanto maior for sua capacidade de facilitar a passagem 
da corrente. 
 
Por causa disso, os condutores elétricos são fabricados com materiais cuja formação 
atômica facilita a ocorrência de uma corrente elétrica, ou seja, materiais que conduzem 
eletricidade com maior eficácia devido a sua condutibilidade. 
 
Os materiais mais utilizados como condutores elétricos são o cobre e o alumínio. 
Esses dois materiais apresentam vantagens e desvantagens em sua utilização. 
Eletricidade básica - Prática . 
 
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CT018-10 
42 
A tabela que segue apresenta em destaque os itens nos quais um material apresenta 
vantagem sobre o outro. 
 
Cobre Alumínio 
Resistividade (0,017Ω.mm2) / m Resistividade (0,028Ω .mm2) / m 
Boa resistência mecânica Baixa resistência mecânica 
Soldagem das emendas com estanho Requer soldas especiais 
Custo elevado Custo mais baixo 
Densidade 8,9 kg/dm3 Densidade 2,7kg/dm3 
 
Comparando a resistividade do alumínio com a do cobre, verifica-se que a resistividade 
do alumínio é 1,6 vezes maior que a do cobre. Portanto, para substituir um condutor de 
alumínio por um de cobre, deve-se diminuir a seção deste em 1,6 vezes com relação 
ao condutor de alumínio, para que este conduza a mesma corrente nas mesmas 
condições. 
 
Em instalações residenciais, comerciais e industriais, o condutor de cobre é o mais 
utilizado. O condutor de alumínio é mais empregado em linhas de transmissão de 
eletricidade devido a sua menor densidade e, consequentemente menor peso. Isso é 
um fator de economia, pois as torres de sustentação podem ser menos reforçadas. 
 
Tipos de condutores 
O condutor pode ser constituído de um ou vários fios. Quando é constituído por apenas 
um fio é denominado de fio rígido. Quando é constituído por vários fios, é chamado de 
cabo. 
 
fio
cabo
 
 
O cabo é mais flexível que um fio de mesma seção. Assim, quando se necessita de um 
condutor com seção transversal superior a 10mm2 é quase que obrigatório o uso do 
cabo devido a sua flexibilidade, uma vez que o fio a partir desta seção é de difícil 
manuseio. 
Eletricidade básica - Prática . 
 
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CT018-10 
43
O cabo pode ser formado por um condutor (cabo simples ou singelo) ou vários 
condutores (múltiplo). 
 
 
 
Isolação 
Para proteção do condutor é utilizado uma capa de material isolante denominado 
isolação, com determinadas propriedades destinadas a isolá-los entre si. 
 
 
 
A isolação deve suportar a diferença de potencial entre os condutores e terra, e 
proteger o condutor de choques mecânicos, umidade e corrosivos. Alguns condutores 
são fabricados com duas camadas de materiais diferentes, porém completamente 
aderidas entre si. 
 
A camada interna é constituída por um composto com propriedades elétricas 
superiores, sendo que a externa é constituída por um material com características 
mecânicas excelentes. 
 
 
Eletricidade básica - Prática . 
 
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CT018-10 
44 
A isolação suporta temperaturas elevadas, de acordo com o material que é utilizado na 
sua fabricação. Veja tabela a seguir. 
 
Tipo de isolação 
Temperatura máxima 
para serviço contínuo 
(condutor °C) 
Temperatura limite de 
sobrecarga 
(condutor °C) 
Temperatura limite 
de curto-circuito 
(condutor °C) 
Cloreto de polivilina 
(PVC) 70 100 160 
Borracha etileno-
propileno (EPR) 90 130 250 
Polietileno reticulado 
(XLPE) 90 130 250 
 
 
Normalização 
 
No Brasil, até 1982, os condutores elétricos eram fabricados de acordo com a escala 
AWG / MCM. A partir daquele ano, de acordo com o plano de metrificação do Instituto 
Nacional de Metrologia, foi implantado a série métrica conforme as normas da IEC. 
 
Como consequência, a NBR 5410 inclui duas novas características nas especificações 
dos fios e cabos: nova escala de seções padronizadas em mm2 e emprego de 
materiais isolantes com nova temperatura-limite, aumentando de 60°C para 70°C. Com 
isso, houve um aumento da densidade de corrente (ampères por mm2) uma vez que o 
emprego de materiais isolantes com maior temperatura-limite possibilita este aumento. 
 
Outra vantagem dessa mudança é que as seções são dadas em números redondos, 
ou seja, com menor número de casas decimais em relação ao sistema AWG / MCM. 
 
A tabela que segue mostra o limite de condução de corrente elétrica pelos condutores, 
no sistema métrico, a capacidade de condução de corrente para cabos isolados até 3 
condutores carregados, e maneiras de instalar n°s. 1, 2, 3, 5 e 6 da norma NBR 5410. 
 
PVC/70oC - NBR- 6148 ABNT 
Série Métrica (mm2) Ampéres Série Métrica (mm2) Ampéres 
1,5 15,5 70 171 
2,5 21 95 207 
4 28 120 239 
6 36 150 272 
10 50 185 310 
16 66 240 364 
25 89 300 419 
35 111 400 502 
50 134 500 578 
 
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As normas da ABNT aplicáveis a fios e cabos são: 
• NBR-6880 para condutores de cobre para cabos isolados; 
• NBR-6148 para fios e cabos com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila 
para tensões até 750V-especificações. 
 
 
Exercícios 
 
1. Responda as questões abaixo: 
a. Cite duas principais vantagens que o cobre oferece em relação ao alumínio. 
 
 
 
 
b. Qual é a diferença entre fio rígido e cabo nos aspectos construtivos e de 
utilização? 
 
 
 
 
c. Quais foram as principais vantagens da mudança da escala AWG para a série 
métrica? 
 
 
 
 
2. Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita. 
a. Cabo singelo 
 
b. Cabo múltiplo 
 
c. Isolação PVC 
 
d. Isolação EPR 
( ) 70° 
 
( ) Prolongamento 
 
( ) 90° 
 
( ) Condutor único 
 
( ) Vários condutores 
 
 
 
 
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Créditos Comitê Técnico de Processos de Eletricidade/2008 
Elaborador: Airton Almeida de Moraes 
 Regina Célia Roland Novaes 
Conteudista: Airton Almeida de Moraes 
 Júlio César Caetano 
Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro 
 José Luciano de Souza Filho 
André Gustavo Sacardo 
Augusto Lins de Albuquerque Neto 
Cláudio Correia 
Douglas Airoldi 
Edvaldo Freire Cabral 
Roberto Sanches Cazado 
Ronaldo Gomes Figueira 
Sergio Machado Bello 
 
 
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47
 
 
Técnicas de conexão de 
condutores elétricos
 
 
 
Quando é necessário unir as extremidades de condutores de modo a assegurar 
resistência mecânica adequada e um contato elétrico perfeito, usam-se emendas e 
derivações. 
 
As técnicas para realizar esses tipos de conexão entre condutores elétricos são o 
assunto deste capítulo. 
 
 
Emendas e derivações 
 
Os tipos de emendas mais empregados são: 
• Emendas em linhasabertas; 
• Emendas em caixas de ligação; 
• Emendas com fios grossos. 
 
As emendas feitas em linhas abertas são feitas enrolando-se a extremidade do 
condutor à ponta do outro e vice-versa. Este tipo de emenda é denominado de 
prolongamento. 
 
 
 
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Para se executar este tipo de emenda, os condutores a serem unidos devem ser 
desencapados em aproximadamente 50 vezes seu diâmetro. 
 
 
 
O fio sem isolação deve ser cruzado, e as primeiras espiras enroladas com os dedos. 
 
 
 
 
 
Então, prossegue-se com o alicate universal, dando o aperto final com dois alicates. 
 
 
 
 
 
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As emendas de condutores em caixas de ligações são denominadas rabo de rato. 
Para esse tipo de emenda, os condutores são desencapados da mesma forma e 
comprimento do processo anterior. Os fios devem estar fora da caixa e a emenda deve 
ser iniciada torcendo-se os condutores com os dedos. 
 
 
 
 
 
O aperto final deve ser dado com o alicate. 
 
 
 
Dobrando-se a emenda no meio, faz-se o travamento. 
 
 
 
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Quando é necessário derivar um condutor em uma rede elétrica, independente do tipo 
de ligação, usa-se a derivação. 
 
 
 
O condutor a ser derivado deve ser desencapado num comprimento de aproximada-
mente 50 vezes seu diâmetro. A região do outro condutor onde se efetuará a emenda 
deve ser desencapada num comprimento aproximado de 10 vezes o seu diâmetro. 
 
 
 
Deve-se cruzar o condutor em um ângulo de 90° em relação ao condutor principal, 
segurando-os com o alicate universal. 
 
 
 
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O condutor derivado deve ser enrolado com os dedos sobre o principal mantendo-se 
as espiras uma ao lado da outra, e um mínimo de 6 espiras. 
 
 
 
 
 
Utilizando dois alicates, dá-se o aperto final e o arremate. 
 
 
 
Em virtude da resistência que os condutores oferecem na torção das pontas, em 
condutores com seção igual ou superior a 10mm2 outro processo de emenda é 
utilizado. Isso exige técnica especial de junções, a fim de assegurar uma ligação 
mecânica forte, além do bom contato elétrico. 
 
Emendas de fios grossos 
Em relação às emendas de fios grossos, observa-se a regra geral de que as 
emendas só podem ser executadas com auxílio de conectores. A tabela a seguir 
resume informações sobre esse tipo de emenda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tipo de emenda Aplicação Ilustração 
Emendas com fio 
amarrilho 
Instalações interiores. O fio 
utilizado como amarrilho deve ser 
de 1mm2 . 
fio amarrilho
 
Emendas em 
prolongamento e em 
derivação 
Instalações externas 
 
Condutor encordoado 
(cabo) Emenda entrelaçada de uso geral. 
 
 
Emenda com conector Prolongamento ou derivações em fios singelos ou cabos. 
cobre
inibidor
alumínio
 
 
Emenda por soldagem 
Outra forma de emendar fios grossos é pela emenda por soldagem que apresenta um 
bom contato elétrico e boa resistência mecânica. Ela é executada com o auxílio de um 
metal de adição formado por uma liga de estanho e chumbo. 
 
 
 
Para executar a emenda por soldagem, o ferro de soldar deve estar com a ponta limpa, 
quente, e com uma certa quantidade de metal de adição derretido. 
 
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O ferro deve ser o apoio da emenda, e o metal de adição deve estar apoiado na parte 
superior da emenda, até que a solda fundida preencha todos espaços entre as espiras 
e cubra totalmente a emenda. 
 
 
Conectores especiais 
 
A conexão de condutores pode também ser feita por meio de conectores especiais, 
denominados bornes ou conectores bornes, que unem fios ou cabos por meio de 
parafusos. 
 
 
 
 
 
 
 
Outra forma de conexão de condutores a equipamentos é o olhal, feito com um alicate 
de bico. É importante observar o sentido de aperto do parafuso ao se conectar o fio no 
equipamento para que o olhal não se abra. 
 
 
 
 
Isolação de emendas e derivações 
 
Toda emenda e derivação deve ser protegida por uma isolação restabelecendo as 
condições de isolação dos condutores. Essa isolação é feita por meio da fita isolante. 
 
A fita isolante é fabricada com materiais plásticos e borracha. É apresentada 
comercialmente em rolos com diferentes comprimentos e larguras adequadas a cada 
tipos de condutor que se queira isolar. 
 
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Independente do tipo de emenda ou derivação, esta deve ser isolada com, no mínimo, 
duas camadas de fita sem que ela seja cortada, procurando deixá-la bem esticada e 
com a mesma espessura do isolamento do condutor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Eletricidade/2008 
 
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Instrumentos de medição 
 
 
 
Estudando os capítulos anteriores, você aprendeu o que é corrente, o que é tensão e o 
que é resistência. Por isso, você já sabe que corrente, tensão e resistência são 
grandezas elétricas e que, como tal, podem ser medidas. 
 
Existem vários instrumentos para medições dessas grandezas elétricas mas, neste 
capítulo, estudaremos alguns deles. 
 
 
Instrumentos 
 
O multímetro digital e o volt-amperímetro alicate são instrumentos dotados de múltiplas 
funções: com eles é possível fazer medições de tensão, corrente, resistência. Com 
alguns de seus modelos pode-se, também, testar componentes eletrônicos, e até 
mesmo medir outros tipos de grandezas. 
 
A figura que segue, ilustra um modelo de multímetro digital e um modelo de volt-
amperímetro alicate digital. 
 
 
 
 
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Multímetro digital 
Com a utilização do multímetro digital, a leitura dos valores observados é de fácil 
execução, pois eles aparecem no visor digital, sem a necessidade de interpretação de 
valores como ocorre com os instrumentos analógicos, ou seja, que têm um mostrador 
com um ponteiro. 
 
 
 
Antes de se efetuar qualquer medição, deve-se ajustar o seletor de funções na função 
correta, isto é, na grandeza a ser medida (tensão, ou corrente, ou resistência) e a 
escala no valor superior ao ponto observado. Quando não se tem idéia do valor a ser 
medido, inicia-se pela escala de maior valor, e de acordo com o valor observado, 
diminui-se a escala até um valor ideal. 
 
Observação 
Nunca se deve mudar de escala ou função quando o instrumento de medição estiver 
conectado a um circuito ligado, porque isso poderá causar a queima do instrumento. 
Para a mudança de escala, deve-se desligar antes o circuito. Para a mudança de 
função, deve-se desligar o circuito, desligar as pontas de prova, e selecionar a função 
e escala apropriadas antes da ligação e conexão das pontas de prova no circuito. 
 
Para a medição de tensão elétrica, as pontas de 
prova do instrumento devem ser conectadas aos 
pontos a serem medidos, ou seja, em paralelo. 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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Nas medições da corrente elétrica, o circuito deve ser interrompido e o instrumento 
inserido nesta parte do circuito, para que os elétrons que estão circulando por ele 
passem também pelo instrumento e este possa informar o valor dessa corrente. Desse 
modo, o instrumento deve ser ligado em série com o circuito. 
 
 
 
Para a medição de resistência elétrica, o resistor desconhecido deve estar 
desconectado do circuito. Se isto não for feito, o valor encontrado não será 
verdadeiro, pois o restante do circuito funcionará como uma resistência. Além disso, se 
o circuito estiver energizado poderá ocorrer a queima do instrumento. 
 
 
 
Volt-amperímetro alicate 
Para a medição de tensão e resistência com o volt-
amperímetro alicate deve-se seguir os mesmos 
procedimentos empregados na utilização do multímetro.Na medição de corrente elétrica, o manuseio do volt-
amperímetro alicate difere do manuseio do multímetro, 
pois com ele não é necessário interromper o circuito para 
colocá-lo em série. Basta abraçar o condutor a ser medido 
com a garra do alicate. 
 
condutor
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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O volt-amperímetro alicate é indispensável em instalações industriais, para medições 
da corrente elétrica de motores, transformadores, cabos alimentadores de painéis. No 
entanto, com este instrumento só é possível medir corrente elétrica alternada, pois seu 
funcionamento se baseia no princípio da indução eletromagnética. 
 
Antes de utilizar qualquer instrumento de medida, é necessário que se consulte o 
manual do instrumento, no qual são descritas particularidades e formas de utilização, 
pois de um instrumento para outro ocorrem diferenças significativas. 
 
 
Megôhmetro 
 
O megôhmetro é um instrumento portátil utilizado para medir a resistência de isolação 
das instalações elétricas, motores, geradores, transformadores. 
 
Ele é constituído basicamente por um instrumento de medição, com a escala graduada 
em megohms e um pequeno gerador de corrente contínua girado por meio de uma 
manivela. 
 
Na parte externa, possui dois bornes de conexão e um botão para ajustar o 
instrumento no momento de se efetuar a medição. 
 
Veja nas figuras abaixo um modelo de megôhmetro. 
 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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Existem megôhmetros sem esse botão, nos quais a tensão do gerador se mantém 
constante, independentemente da velocidade do giro da manivela. 
 
Na parte interna, o megôhmetro possui os seguintes componentes: 
A - galvanômetro com bobinas cruzadas; 
B e B1 - bobinas móveis cruzadas; 
C - gerador manual de CC de 500 ou 1.000V; 
D - regulador de tensão; 
E – ponteiro; 
F - Escala graduada; 
L e T - bornes para conexões externas; 
R e R1 - resistores de amortecimento. 
 
 
 
Os megôhmetros são construídos com diferentes faixas de medição e um gerador de 
tensão com o valor adequado a cada aplicação. Os mais comuns são os que permitem 
medir até 50 megohms com uma tensão de 500V. 
 
Quando a instalação elétrica ou o aparelho que se está testando destina-se a trabalhar 
com alta tensão, deve-se utilizar megôhmetros de maior alcance, de 1.000 ou 10.000 
megohms, cujo gerador proporciona uma tensão de 2.500 ou 5.000V. 
 
Funcionamento 
O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio eletrodinâmico com bobinas 
cruzadas, tendo como pólo fixo um ímã permanente e, como pólos móveis, as bobinas 
B e B1. 
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Quando a manivela do gerador de CC (componente C) é girada, obtém-se uma tensão 
de valor variável de acordo com a velocidade que esteja sendo imprimida à manivela. 
 
 
 
Essa tensão é enviada ao regulador de tensão D, que a estabiliza em 500V, sendo 
enviada em seguida aos bornes L e T. 
 
Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente somente pela 
bobina B, que, por sua vez, receberá tensão através do resistor de amortecimento R. 
 
O campo magnético criado pela bobina (B) provocará um deslocamento do conjunto de 
bobinas móveis, levando o ponteiro E para o ponto "infinito" da escala graduada F. 
 
 
Resistência de isolação 
 
A resistência de isolação é medida pelos megôhmetros e existem vários fatores que 
interferem na medição a saber: 
• Temperatura ambiente e da máquina; 
• Tipo de construção, potência e tensão; 
• Umidade do ar e do meio envolvente; 
• Condições da máquina, ou seja, se é nova, recuperada, estocada; 
• Qualidade dos materiais usados e seus estados. 
 
Em virtude desses fatores, é difícil formular regras fixas para se determinar com 
precisão o valor da resistência de isolação para cada máquina. Por isso, é necessário 
usar o bom senso baseado em experiências e anotações anteriores. 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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Há, em todo caso, algumas regras que podem ser utilizadas e que são descritas a 
seguir. 
 
 
Regra para instalações elétricas 
 
O Instituto Americano dos Engenheiros Eletricistas (AIEE) sugere que a resistência de 
isolação seja calculada pela fórmula: 
 
).M (em 
000.1
máquina da ntofuncioname de tensão isolação de aresistênci Ω= 
 
Com esta fórmula deduz-se que para cada volt deveremos ter 1.000Ω de isolação, 
admitindo porém que as resistências de isolação para circuitos, mesmo quando 
calculadas, não podem ser menores que 1MΩ, devido a problemas de corrente de 
fuga. 
 
Tensão Calculado Mínimo exigido entre a parte ativa e a carcaça 
motor 220V 0,2MΩ 1MΩ 
440V 0,4MΩ 1MΩ 
550V 0,5MΩ 1MΩ 
1.000V 1MΩ 1MΩ 
 
Este sistema, embora muito aceito, fica restrito a instalações elétricas, pois deixa a 
desejar em termos de precisão técnica. 
 
Regra para máquinas 
Esta regra, muito utilizada para máquinas rotativas, precisa de uma resistência de 
isolação para máquina limpa e seca, numa temperatura de 40°C, quando for aplicada a 
tensão de ensaio (do megôhmetro) durante um minuto. 
 
Assim, Rm = En + 1 
 
Nessa igualdade Rm é a resistência de isolação mínima recomendada em MΩ com 
enrolamento a 40°C, e En é a tensão nominal da máquina (enrolamento em kV). 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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Observações 
• Quando a medição for feita a temperatura diferente de 40°C, será necessário 
corrigir o seu valor através da fórmula R40°C = Rt ⋅ Kt40°C, para satisfazer o valor 
de Rm. Veja a curva no gráfico a seguir. 
 
 
Gráfico da resistência da isolação 
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• Quando não se dispõe dessa curva, pode-se fazer o levantamento de uma nova 
curva para que sejam estabelecidos parâmetros específicos para determinada 
máquina; 
• A cada 10°C de temperatura diminuída no enrolamento, resistência de isolação 
praticamente dobra; 
• Máquinas novas poderão fornecer valores de resistência de isolação menores que 
as mais antigas, devido a secagens incompletas dos solventes dos vernizes; 
• Quedas bruscas na resistência de isolação indicam que o sistema está 
comprometido. Se a resistência medida, após a correção, for menor que a indicada 
pela fórmula e tabela, é indício de que esse motor deverá ser submetido a um 
processo de recuperação do sistema de isolação. 
 
 
Regra para transformadores 
 
Transformador parado (30°C) Transformador em funcionamento (80ºC) 
Risol = 
f
kVA
En 30 Risol = 
f
kVA
 En 
 
Risol = resistência de isolação, em megohms e a 30°C; 
30 = constante quando a temperatura for de 30°C; 
kVA = potência aparente; 
f = freqüência, em Hz; 
En = tensão nominal em kV - primária/secundária. 
 
Exemplo 
Num transformador de 10kVA – 3.200/220V - 60Hz, quais devem ser suas resistências 
de isolação? 
 
1. Com temperatura a 30°C: 
 
 Risol = Ω==
⋅
= 240M 
0,4
 96 
60
 10 
 3,2 30 
f
kVA
 Enp 30 
 
 Risol = Ω==
⋅
= 16,5M 
0,4
 6,6 
60
 10 
 0,22 30 
f
kVA
 Ens 30 
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2. Com temperatura a 80°C: 
 
 Risol = Ω=== 8M 0,4
 3,2 
60
 10 
 3,2 
f
kVA
 Enp 
 
 Risol = Ω=== 0,55M 0,4
 0,22 
60
 10 
 0,22 
f
kVA
 Enp 
 
Observações 
• Corrente de fuga é a corrente que, por deficiência do meio isolante, flui à terra; 
• Com o aumento de temperatura, a resistência de isolação diminui; 
• As medições com o megôhmetro devem ser feitas tomando-se medida durante 1 
minuto; 
• Essas regras são gerais. Para casos específicos, consulte as normas específicas 
da ABNT. 
 
 
Teste de isolação com o megôhmetro 
 
• Verifique se o equipamento a ser testado encontra-se totalmente desligado de 
fontes de energia elétrica; 
• Ligue, por meio de um condutor, o borne T do instrumento à massa do aparelho 
sob teste; 
• Ligue o borne L a um dos extremos do circuito que se deseja testar; 
• Acionea manivela e faça a leitura. 
 
Teste de isolação entre os enrolamentos e a carcaça de um motor. 
 
 
Eletricidade básica - Prática 
 
 
 
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Medição da isolação entre tanque e 
secundário de um transformador. 
 
 
 
Medição da isolação entre tanque e 
primário de um transformador. 
 
 
 
Se a resistência de isolação for muito elevada é conveniente que as conexões L e T 
sejam feitas com condutores separados e suficientemente isolados. 
 
Medição de cabo 
Quando, na medição de um cabo, a isolação está muito próxima da proteção metálica, 
é preciso eliminar as correntes superficiais que provocam erros na medição. Isso é 
conseguido conectando-se o borne G do aparelho à capa isolante. 
 
Observe as figuras a seguir. 
 
Isolação entre os enrolamentos da 
fase 2 e da fase 3. 
 
 
 
 
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Isolação do cabo entre os condutores 
1 e 2 e a massa. 
 
 
 
Isolação do cabo entre o condutor e a 
massa. 
 
 
 
Isolação do cabo entre o condutor 1 e 
seus demais elementos. 
 
 
 
Isolação do cabo entre os condutores 
1, 2 e 3 e a massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercício 
 
1. Responda: 
a. Quando não se tem idéia do valor a ser medido, qual escala deve ser usada no 
multímetro? 
 
 
 
b. O que se deve fazer no circuito quando for necessário mudar de função? 
 
 
 
 
c. Relacione: 
1. Medição de tensão. 
2. Medição de corrente. 
3. Medição de 
resistência. 
( ) Desconectar o componente do circuito. 
( ) Energizar o circuito. 
( ) Ligar o instrumento em série com o circuito.
( ) Ligar o instrumento, em paralelo com o 
 circuito. 
 
d. Qual a principal vantagem na utilização do volt-amperímetro alicate? 
 
 
 
 
e. Qual deve ser a principal atitude ao se utilizar um instrumento de medição? 
 
 
 
 
 
 
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Proteção contra os perigos 
da energia elétrica
 
 
 
Muitas vezes subestimamos os perigos da energia elétrica, por não ser um perigo 
visível ou apalpável como ocorre em mecânica, por exemplo. 
 
Mas uma simples troca de lâmpada pode ser fatal se não forem observados alguns 
aspectos importantes com relação à segurança. 
 
Neste capítulo serão abordados assuntos que devem ser encarados com muita 
seriedade, pois, sua vida é mais importante que qualquer outra coisa, inclusive seu 
trabalho. 
 
 
Efeitos da corrente elétrica no corpo humano 
 
Partindo do princípio de que tudo é formado por átomos, e corrente elétrica é o 
movimento dos elétrons de um átomo a outro, o corpo humano é então um condutor 
de eletricidade. 
 
 
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A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano pode ser perigosa dependendo da 
sua intensidade, do caminho por onde ela circula e do tipo de corrente elétrica. Assim, 
uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo, uma corrente de até 40mA. 
 
Vejamos por quê 
Com as mãos úmidas, a resistência total de um corpo humano é de aproximadamente 
1.300Ω. Aplicando a Lei de Ohm (V = R ⋅ I), vamos nos lembrar de que para uma 
corrente de 40mA circular em uma resistência de 1.300Ω, é necessária apenas uma 
tensão elétrica de: V = 1.300 . 0,04 = 52, ou seja, 52V. 
 
Por causa disso, em nível internacional, tensões superiores a 50V são consideradas 
perigosas. 
 
Através da tabela que segue, é possível observar em valores de correntes, o que pode 
ocorrer com uma pessoa quando submetida à passagem de uma corrente elétrica. É 
claro que cada ser humano tem valores resistivos diferentes e esses valores variam de 
acordo com o metabolismo, a presença ou não de umidade, e o trajeto que a corrente 
faz através dos membros da pessoa. 
 
Corrente em ampères Efeito 
0,005 a 0,01A Pequenos estímulos nervosos. 
0,01 a 0,025A Contrações musculares. 
0,025 a 0,08A Aumento da pressão sangüínea, transtornos cardíacos e respiratórios, desmaios. 
0,08 a 5A Corrente alternada pode provocar a morte por contrações rápidas do coração (fibrilação). 
acima de 5A Queimaduras na pele e nos músculos. 
 
Veja na ilustração a seguir, o que pode ocorrer em alguns dos órgãos do corpo 
humano, quando atravessado por uma corrente, entrando pela mão e saindo pelos pés 
de uma pessoa descalça sobre um chão molhado. 
 
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1. Cérebro: detenção da circulação sangüínea; 
2. Músculo: paralisação do músculo; saída de um órgão ou parte dele; 
3. Pulmões: acúmulo anormal de líquido; aumento de pressão; 
4. Coração: infarto; aumento do número de contrações e perda da capacidade de 
bombear sangue; 
5. Diafragma: parada respiratória; tetanização; 
6. Rim: insuficiência renal; incontinência de urina; 
7. Embrião (feto): tetanização; aumento do número de contrações no coração e 
perda de capacidade de bombear sangue; desprendimento da placenta; 
8. Vasos circulatórios: entupimento e parada cardíaca; 
9. Sangue: fuga da parte líquida, coagulável do sangue; 
10. Bulbo: inibição dos centros respiratórios e cardíacos. 
 
Devido ao que acabou de ser explicado, os seguintes cuidados devem ser tomados: 
• Os reparos de equipamentos elétricos devem ser sempre feitos por especialistas; 
• As partes do corpo expostas à tensão devem estar devidamente isoladas; 
• Os equipamentos devem estar desligados por completo durante a execução dos 
reparos. 
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Medidas de proteção 
 
Várias medidas podem ser tomadas para proteger as pessoas contra choques 
elétricos. As mais usuais são: 
• Proteção através do condutor terra; 
• Proteção por isolamento; 
• Proteção por separação de circuitos. 
 
Proteção através do condutor terra 
A falha de isolação de qualquer equipamento cuja instalação tenha sido realizada sem 
o condutor terra, fará a carcaça do equipamento ficar energizada. Se alguém se 
encostar nesta carcaça, uma corrente elétrica circulará através de seu corpo, 
ocasionando um choque elétrico. 
 
Para evitar esse tipo de acidente deve-se instalar um condutor terra na carcaça do 
equipamento. Esta medida de proteção é chamada de aterramento. 
 
 
 
Se ocorrer falha na isolação do equipamento, estando a carcaça aterrada, teremos 
um curto-circuito entre a fase e o terra. Isto faz romper o fusível e elimina o perigo. A 
corrente de curto-circuito passa à terra pelo condutor de proteção. 
 
 
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O condutor de proteção deve ter cor verde com espiras amarelas (NBR 5410). 
 
Proteção por isolação 
Uma outra forma de proteção contra choques elétricos é através da utilização de 
materiais isolantes na carcaça dos equipamentos. As ferramentas elétricas e os 
aparelhos eletrodomésticos são envolvidos em materiais isolantes com boa resistência 
mecânica. 
 
 
 
Proteção por separação de circuitos 
A proteção por separação de circuitos é feita com o auxílio de um transformador 
isolador (1:1) com o secundário não aterrado. Assim é possível deixar o secundário 
sem referência com o terra, deixando de existir, dessa forma, diferença de potencial 
entre os terminaisdo secundário e o terra. 
 
 
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Exercícios 
 
1. Responda às questões que seguem: 
a. Qual é o valor limite de corrente elétrica que uma pessoa pode suportar durante 
um curto período de tempo? 
 
 
 
 
b. O que pode ocorrer com uma pessoa quando submetida a passagem de uma 
corrente elétrica de 30mA? 
 
 
 
 
c. Acima de qual valor a tensão é considerada perigosa? 
 
 
 
 
d. Cite um exemplo de dano que a corrente elétrica pode causar ao passar pelo 
coração de uma pessoa. 
 
 
 
 
2. Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita. 
a. Proteção através do condutor terra. 
 
b. Proteção por separação de circuitos. 
 
c. Proteção por isolação. 
 ( ) Transformador isolador 1:1. 
 
( ) Aterramento. 
 
( ) Carcaça de materiais isolantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Eletricidade/2008 
Conteudista: Airton Almeida de Moraes 
 Júlio César Caetano 
Ilustrador: José Joaquim Pecegueiro 
 José Luciano de Souza Filho 
André Gustavo Sacardo 
Augusto Lins de Albuquerque Neto 
Cláudio Correia 
Douglas Airoldi 
Edvaldo Freire Cabral 
Roberto Sanches Cazado 
Ronaldo Gomes Figueira 
Sergio Machado Bello 
 
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Aterramento
 
 
 
Segundo a ABNT, aterrar significa colocar instalações e equipamentos no mesmo 
potencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja 
zero. Isso é feito para que, ao operar máquinas e equipamentos elétricos, o operador 
não receba descargas elétricas do equipamento que ele está manuseando. 
 
Portanto, o aterramento tem duas finalidades básicas: proteger o funcionamento das 
instalações elétricas e garantir a segurança do operador e do equipamento que está 
sendo usado. 
 
Neste capítulo são apresentadas as técnicas de aterramento e os materiais que são 
usados para esse fim. Esses conhecimentos são de fundamental importância para o 
eletricista de manutenção e devem ser estudados com bastante cuidado. 
 
Para aprender com mais facilidade esse assunto, é necessário ter conhecimentos 
anteriores sobre corrente e tensão elétrica. 
 
O que deve ser aterrado 
Em princípio, todo equipamento deve ser aterrado, inclusive as tomadas para 
máquinas portáteis. Veja figura a seguir. 
 
 
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Outros equipamentos que devem ser aterrados são: 
• Máquinas fixas; 
• Computadores e outros equipamentos eletrônicos; 
• Grades metálicas de proteção de equipamentos de alta tensão; 
• Estruturas que sustentam ou servem de base para equipamentos elétricos e 
eletrodutos rígidos ou flexíveis. 
 
Observações 
1. Em equipamentos eletrônicos e impressoras gráficas, o aterramento elimina os 
efeitos da eletricidade estática. 
2. O aterramento para computadores deve ser exclusivo para esse tipo de 
equipamento. 
 
Na prática, é comum adotar-se o conceito de massa com referência ao material 
condutor onde está contido o elemento eletrizado e que está em contato com a terra. 
 
 
 
Assim, as bobinas de um motor, por exemplo, são os elementos eletrizados. A 
carcaça, (base de ferro do motor) e a estrutura de ferro que fazem parte do conjunto 
constituem a massa, formada de material condutor. 
 
 
Eletrodo de aterramento 
 
O eletrodo de aterramento tem a função de propiciar bom contato elétrico entre a terra 
e o equipamento a ser aterrado. Ele é constituído por hastes de cobre ou tubos 
galvanizados fincados no solo. Deve ter, no mínimo, 1,50m de comprimento. 
 
 
 
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Observação 
O ponto de conexão do condutor de proteção com o eletrodo de aterramento deverá 
ser acessível à inspeção e protegido mecanicamente. 
 
No circuito a seguir, vê-se um transformador cujo primário e secundário estão 
aterrados de modo a atender aos requisitos de funcionamento e segurança. 
 
 
 
Se, por acidente, o secundário entrar em contato direto com o primário, haverá um 
curto-circuito através dos eletrodos de aterramento. Esse curto-circuito fará com que a 
tensão caia praticamente a zero. Por outro lado, a corrente de curto-circuito provocará 
a interrupção do circuito através dos fusíveis. 
 
 
Corrente de fuga 
 
Corrente de fuga (ou de falta) é a corrente que flui de um condutor para outro e/ou 
para a terra quando um condutor energizado encosta acidentalmente na carcaça do 
equipamento ou em outro condutor sem isolação. 
 
Em quase todos os circuitos, por mais bem dimensionados que sejam, há sempre uma 
corrente de fuga natural para a terra. Essa corrente é da ordem de 5 a 10mA e não 
causa prejuízos à instalação. 
 
 
 
 
 
 
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A corrente de fuga (ou de falta) é ilustrada no diagrama a seguir no qual a carcaça de 
uma máquina aterrada no ponto 1 teve um contato acidental com um resistor. 
 
 
 
Como se pode ver, a corrente passa para a massa e retorna à fonte pela terra, partindo 
do eletrodo 1 para o eletrodo 2. 
 
Se no sistema o neutro é aterrado, a corrente de fuga (falta) retornará por ele como 
mostra o diagrama a seguir. 
 
 
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Qualquer fuga de corrente, seja por meio de isolamento defeituoso ou através do corpo 
de pessoas ou animais, pode causar incêndios ou acidentes, muitas vezes fatais. 
 
Se ela ultrapassar os 15mA, pode haver riscos para o circuito, daí a necessidade de se 
operar com os dispositivos de segurança. 
 
 
Condutores de proteção 
 
O aterramento de um circuito ou equipamento pode ser feito de várias formas, e para 
cada sistema é utilizada uma terminologia para o condutor de proteção: 
• Condutor PE; 
• Condutor N; 
• Condutor PEN. 
 
O condutor PE é aquele que liga a um terminal de aterramento principal as massas e 
os elementos condutores estranhos à instalação. Muitas vezes, esse condutor é 
chamado de terra de proteção, terra de carcaça ou simplesmente condutor de 
proteção. A norma NBR 5410 prescreve que este condutor tenha cor verde com 
espiras amarelas. 
 
O condutor N é aquele que tem a função de neutro no sistema elétrico e tem por 
finalidade garantir o correto funcionamento dos equipamentos. Esse condutor é 
também denominado condutor terra funcional. 
 
O condutor PEN tem as funções de terra de proteção e neutro simultaneamente. 
 
A seção dos condutores para ligação à terra é determinada pela ABNT NBR 5410 
(tabela 53), que é apresentada a seguir. 
 
Seção dos condutores-fase da instalação 
(mm2) 
Seção mínima do condutor de proteção 
correspondente SP (mm2) 
S ≤ 16 S 
16 < S ≤ 35 16 
S > 35 S/2 
 
 
 
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Sistemas de aterramento para redes de baixa tensão 
 
Do ponto de vista do aterramento, os sistemas de distribuição de energia em baixa 
tensão são denominados conforme determina a NBR-5410, ou seja: sistema TT; 
sistema TN-S; sistema TN-C; sistema IT. 
 
O sistema TT é o sistema pelo qual o condutor de proteção serve exclusivamente para 
aterramento. As massas são ligadas ao cabo que está ligado à terra por um ou vários 
eletrodos de aterramento. 
 
 
 
O sistema TN-S é um sistema com condutor neutro e condutor de proteção distintos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No sistema TN-C, o N e o PE formam o condutor PEN com a função de neutro (N) e 
proteção (PE). 
 
 
 
Observação 
Existem restrições quanto ao uso desse sistema, porque oferece riscos. Em caso de 
rompimento do condutor PEN, a massa do equipamento fica ligada ao potencial da 
linha como mostra a ilustração a seguir. 
 
 
 
Além disso, se o sistema de distribuição empregado não é conhecido, o neutro nunca 
deve ser usado como terra. 
 
No sistema IT somente a massa é aterrada, não havendo nenhum ponto de 
alimentação diretamente aterrado. 
 
 
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